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1. Introdução ........................................................................................................................... 3
2. Sépsis .................................................................................................................................. 5
5.1. Factores que Concorrem para Elevado Risco de Transmissão de Infecções nas
Unidades Sanitárias ............................................................................................................... 12
7. Conclusão.......................................................................................................................... 15
Referências bibliográficas..................................................................................................... 16
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1. Introdução
O presente trabalho da disciplina Doenças Infeciosas versa sobre a ‘’Sépsis e Epidemiologia’’,
onde que Sépsis é uma SRIS com etiologia infecciosa comprovada ou suspeita. A sépsis pode-
se complicar com uma hipotensão que não responde à administração de líquidos endovenosos
(choque séptico) e com falência multiorgânica e óbito.
A maior parte dos microorganismos responsáveis pela sépsis são bactérias gram negativas
A sépsis é uma emergência clínica e exige acção imediata para tratar o foco de infecção,
fornecer suporte respiratório e hemodinâmico e eliminar o microorganismo agressor.
A associação de antibióticos e fluidoterapia são a base do manejo inicial e imediato da sépsis.
Síndrome esta, de resposta inflamatória (SIRS), desencadeada por um agente agressor,
associado à infecção sistêmica. É basicamente a forma mais extrema de infecção sistêmica.
Onde o clínico deve efectuar um tratamento agressivo de modo a evitar o óbito do paciente que
pode ocorrer nas primeiras horas.
Dizer também que maior parte dos microorganismos são bactérias, principalmente as gram
negativas e gram positivas e a Epidemiologia é uma ciência que estuda a distribuição e os
determinantes de condições ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua
aplicação na prevenção e controlo dos problemas de saúde. A cadeia de infecção, que envolve
4 componentes (agente infeccioso, o processo de transmissão, hospedeiro e o ambiente), é a
chave para a percepção de formas de prevenção e controlo de infecções.
As unidades sanitárias não são um ambiente estéril, sendo, na verdade, um ambiente de risco
de transmissão e propagação de doenças infecciosas.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Estudar a Sépsis;
Compreender a Epidemiologia Geral Preventiva.
1.1.2. Objectivos específicos
Descrever as seguintes condições em termos fisiopatológicos e clínicos: a Sépsis, Sépsis
severa e o Shock séptico;
Enumerar as várias infecções que podem resultar em sépsis;
Contrastar as diferentes manifestações da doença meningocócica, incluindo
bacteriemia, doença localizada e quadro séptico;
Indicar as vias de transmissão das doenças infeciosas;
Indicar as práticas que podem contribuir para a disseminação de doenças infecciosas a
nível da unidade de saúde ou os costumes e comportamentos a nível comunitário;
Definir a função do técnico de medicina na prevenção das infecções a nível da unidade
sanitária e na promoção da saúde na comunidade;
Explicar porque as unidades sanitárias são locais com elevado risco de transmissão das
infecções;
Explicar a importância da implementação de um plano de prevenção/controlo das
infecções a nível da unidade sanitária;
Definir as medidas de controlo das infecções;
Descrever um plano de saúde ocupacional para o pessoal de saúde.
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2. Sépsis
2.1. Definição
A Sépsis é uma síndrome de resposta inflamatória (SIRS), desencadeada por um agente
agressor, associado à infecção sistêmica. É basicamente a forma mais extrema de infecção
sistêmica. O clínico deve efectuar um tratamento agressivo de modo a evitar o óbito do paciente
que pode ocorrer nas primeiras horas.
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2.5. Fisiopatologia da Sépsis e do Choque Séptico
A fisiopatologia da sépsis envolve 3 principais fases: fase 1 (hiperdinâmica), fase 2
(hipodinâmica) e fase 3 (fase final)
2.5.1. Fase 1: após a infecção e liberação de toxinas pelo microorganismo, ocorre a libertação
de potentes vasodilatadores. Estes são responsáveis pela vasodilatação periférica e consequente
redução da resistência periférica e estase circulatória. Compensatoriamente, com a tendência
para a hipotensão ocasionada pela vasodilatação, ocorre um aumento do retorno venoso
ocasionando taquicardia e aumento do débito cardíaco (fase hiperdinâmica). Clinicamente, esta
fase manifesta- se com taquicárdia, tensão arterial normal, e pele quente e seca.
2.5.2. Fase 2: com a evolução do processo, os vasodilatadores vão reduzindo e são substituídos
por vasoconstritores, ocasionando uma vasoconstrição periférica e consequente aumento da
resistência periférica. Isto leva a diminuição do retorno sanguíneo venoso e queda do débito
cardíaco (fase hipodinâmica). A lesão do endotélio dos vasos e estase circulatória levam ao
desenvolvimento de mecanismos de coagulação favorecendo a coagulação intravascular
disseminada (CID) com aparecimento de tromboses, áreas de necrose e fenómenos
hemorrágicos (devido a coagulopatia de consumo). Clinicamente, esta fase manifesta-se com
taquicardia, tensão arterial baixa, e pele húmida e fria.
2.5.3. Fase 3: com lesões muito mais profundas ao nível celular, o choque entra na sua fase
final, em que a deficiente perfusão dos tecidos (hipoxia tissular) leva a lesões irreparáveis.
Igualmente, ocorre a autólise e morte celular. Clinicamente, esta fase final manifesta-se com
falência multi-sistémica dos órgãos.
2.9. Conduta
A sépsis é uma emergência clínica e exige acção imediata para tratar o foco de infecção,
fornecer suporte respiratório e hemodinâmico e eliminar o microorganismo agressor.
Sendo assim, o TMG tem de transferir de imediato todo o paciente com suspeita de sépsis para
um nível superior.
Antes de transferir o TMG tem de estabilizar o doente com a seguinte conduta:
Estabilização hemodinâmica: administração de líquidos intravenosos – soro fisiológico
ou lactato de ringer. Administrar 1 a 2 litros por 1 a 2 horas. Administrar líquidos de
modo que a TAS se mantenha acima de 90 mmhg e ocorra melhoria da diurese.
Estabilização respiratória: administrar oxigénio na dose de 2 a 4l por minuto, até
conseguir uma saturação de oxigénio>90 ou melhoria do status respiratório. Se não
houver melhoria, pedir ajuda para entubar
Antibioterapia empírica combinada com: Ampicilina ou Penicilina Cristalizada, mais
Gentamicina e Metronidazol:
o Ampicilina 2 - 4 gramas ou Penicilina cristalizada (3.000.000 UI) EV como dose de
ataque que pode ser repetida de 6 em 6 horas; dose máxima de ampicilina (14 g/dia).
o Gentamicina – 160 a 240 (dose diária total) mg EV como dose de ataque. Os pacientes
com sépsis podem ter uma insuficiência renal, pelo que o clínico deve estar atento a esta
situação tendo em conta que a gentamicina é nefrotóxica. Nestas condições, administrar
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dose de ataque de 80 mg, sobretudo nos doentes com maior risco (crianças, idosos,
debilitados, desidratados ou com patologia renal prévia)
o Metronidazol – 500 mg EV como dose de ataque, que pode ser repetida de 8 em 8 horas.
Remoção ou drenagem de qualquer foco infeccioso:
o Remoção de cateteres IV ou urinários permanentes que possam estar na origem da sépsis
o Drenagem de colecções purulentas (pode necessitar cirurgia): seios perinasais,
pulmonares, abdominais, pélvicas, etc.
3. Doença meningocócica
A doença meningocóccica pode se apresentar sob a forma localizada ou disseminada podendo
evoluir para sépsis grave ou choque séptico.
3.1. Etiologia
A etiologia da doença meningocóccica é Neisseria meninigitidis, que é uma bactéria diplococo
gram negativa. A colonização da nasofaringe por meningococos é mais comum que a doença
invasiva e pode persistir por vários meses.
3.2. Transmissão
Os seres humanos são os únicos hospedeiros do microorganismo, e a transmissão ocorre através
das secreções respiratórias em gotículas.
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3.3.2. Meningite – é a forma localizada da infecção e afecta o sistema nervoso central.
Manifesta-se com febre, náuseas, vómitos, cefaleia, rigidez de nuca, brudzinski e kerning
positivo. Convulsões, letargia, confusão ou coma podem surgir, associado ou não a lesões
cutâneas. Descrita com detalhe na disciplina de neurologia.
3.4. Complicações
Meningococémia fulminante;
Endocardite;
Coma e morte.
3.6. Diagnóstico
O diagnóstico é suspeitado pela clínica e confirmado pelo exame de LCR no caso de meningite
meningocócica ou de hemocultura no caso de infecção disseminada.
3.7. Conduta
O TMG tem de transferir de imediato todo o paciente com suspeita de meningococémia para
um nível superior.
O tratamento da meningococcémia é semelhante ao abordado para a sépsis. O princípio de
localizar e deter o foco de infecção, fornecer suporte respiratório e hemodinâmico e eliminar o
microorganismo agressor deve ser seguido. O antibiótico de eleição é o cloranfenicol, embora
a penicilina cristalizada ou ampicilina tenham acção contra o meningococo.
Cloranfenicol – 50 - 100 mg/kg/dia divididos em 4 tomas (máximo de 4 gramas por dia
em adultos).
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Todo caso de meningite meningocócica deve levantar a possibilidade de uma epidemia, pelo
que as seguintes medidas devem ser tomadas:
Registar e notificar o caso pela via mais rápida (telefone, rádio);
Isolar o paciente;
Fazer profilaxia dos contactos do paciente com ciprofloxacina ou rifampicina.
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5.1. Factores que concorrem para Elevado Risco de Transmissão de Infecções nas
Unidades Sanitárias
Vários factores contribuem para que as unidades sanitárias não sejam um ambiente estéril,
contribuindo para a disseminação de infecções, a saber:
Os utentes das unidades sanitárias, geralmente, estão doentes (procuram cuidados
curativos e de reabilitação) ou procuram cuidados de saúde promotivos e preventivos;
As doenças infecto-contagiosas em utentes das unidades sanitárias podem ser
transmitidas aos utentes sem doença ou com doença não transmissível;
Nas unidades sanitárias realizam-se procedimentos invasivos (cateterização, punção
venosa para colheita de sangue ou colocação de soros/medicamentos) que quebram a
primeira barreira de defesa do corpo (pele);
Os instrumentos invasivos (bisturis, agulhas, seringas, etc) podem estar deficientemente
esterilizados;
A superlotação das unidades sanitárias (particularmente as enfermarias) pode
proporcionar ambiente favorável a disseminação de doenças transmissíveis, como a TB;
Visitantes dos pacientes internados, podem trazer doenças para o ambiente hospitalar,
ou serem infectados durante as visitas hospitalares;
Produtos biológicos contaminados são manuseados nas unidades sanitárias
(expectoração, sangue, material fecal, urina, entre outras);
Agentes infecciosos resistentes aos fármacos são particularmente encontrados em
ambientes hospitalares.
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Propor recomendações e normas de prevenção e controlo da infecção e a monitoria da
sua correcta aplicação;
Fornecer aos serviços interessados informação pertinente referente a microrganismos
isolados e resistência a agentes anti-microbianos;
Colaborar na definição da política de antibióticos, anti-sépticos, desinfectantes e
esterilização da unidade sanitária, de acordo com as normas nacionais e padronizadas;
Definir e implementar normas e circuitos para comunicação dos casos de infecção em
utentes e no pessoal;
Participar no programa de promoção da qualidade da unidade sanitária.
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5.4.1. Factores ambientais que Podem Influenciar a Saúde
Psicológicos;
Biológicos;
Físicos;
Acidentais;
Químicos.
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Referências bibliográficas
AUTO, Hélvio José de Farias e Colaboradores, Doenças Infecciosas e Parasitárias, editora
Revinter, 2002.
BURTON, Gwendolyn R. W.; Engelkirk, Paul G.; Microbiologia para as Ciências de Saúde;
7ª edição, Guanabara Koogan; 2004.
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