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Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências de Saúde (FCS)

Curso de Licenciatura em Enfermagem

Infecções bacterianas e parasitárias mais frequentes na unidade sanitária

Nome do aluno: Adelina Tribano

Manica, Março de 2023


Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências de Saúde (FCS)

Curso de Licenciatura em Enfermagem

Infecções bacterianas e parasitárias mais frequentes na unidade sanitária

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Matemática da UnISCED.

Tutor:

Nome do aluno: Adelina Tribano

Manica, Março de 2023


ÍNDICE

Conteúdo

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................. 1

1.1 Contextualização .......................................................................................................... 1

1.1 Objectivos .................................................................................................................... 1

1.1.1 Geral ..................................................................................................................... 1

1.1.2 Específicos ............................................................................................................ 1

1.2 Metodologia ...................................................................................................................... 1

1.4 Estrutura do trabalho ......................................................................................................... 2

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 3

2.1 Números das infecções hospitalares ................................................................................. 3

2.2 Conceito das infecções hospitalares ................................................................................. 3

2.3 Factores primordiais e grupo de risco ............................................................................... 3

2. 4 Infecções hospitalares mais perigosas ............................................................................. 4

CAPÍTULO III: CONCLUSÃO ................................................................................................. 8

CAPÍTULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 9


CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

O objectivo desta pesquisa foi investigar sobre Infecções bacterianas e parasitárias mais
frequentes na unidade sanitária. As infecções associadas aos cuidados da saúde (IACS) são
uma das principais preocupações de segurança para os profissionais de saúde e para os
pacientes. Por isso, todos os hospitais possuem procedimentos e políticas direccionadas ao
controle de infecções hospitalares, mas o risco de que bactérias e vírus perigosos adentrem o
ambiente hospitalar e se espalhem sempre vai existir (Júnior, 1998).

Considerando a morbidade, a mortalidade e os custos de períodos de internação extensos,


todos os esforços devem ser direccionados para tornar os hospitais mais seguros. E
a odontologia hospitalar também está sujeita a esses riscos, mas, com os cuidados
apropriados, é possível prevenir e combater essas infecções perigosas (Bueno, 2000).

No presente trabalho, o principal propósito é de conhecer as infecções hospitalares, como


funcionam as estratégias de prevenção e quais métodos são utilizados para combater a
proliferação dessas doenças.

1.1 Objectivos
1.1.1 Geral

 Analisar as infecções bacterianas e parasitárias mais frequentes na unidade sanitária.

1.1.2 Específicos

 Identificar as infecções bacterianas e parasitárias mais frequentes na unidade sanitária.


 Caracterizar as infecções bacterianas e parasitárias mais frequentes na unidade
sanitária;

1.2 Metodologia

De acordo com Furlanetti e Nogueira (2013), a metodologia é a sequência dos procedimentos


que são fundamentais para descrever a forma como será elaborado a pesquisa, em razão de
que responderá como é possível atingir as metas estabelecidas. Assim sendo, metodologia
exibe o universo em que é feito a pesquisa, o tipo, o método de análise e qual instrumento

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utilizado para a colecta de dados para realizar a pesquisa.

A pesquisa bibliográfica foi elaborada por meio de livros, internet, artigos já publicados, de
maneira qualitativa, em que é um estudo não-estatístico. Segundo Vergara (2016), os dados
qualitativos são codificados, analisados e expostos de maneira mais estruturada. As pesquisas
bibliográficas contribuirão para a compreensão dos possíveis encalces relacionados ao tema.

O material foi colectado nas bases de dados do material didáctico do docente, Google, Google
académico e SciELO. Foram seleccionados os periódicos com textos completos, na área em
estudo.

1.4 Estrutura do trabalho

O presente trabalho está organizado em capítulos, com isso para uma melhor ilustração
segue abaixo o resumo da estrutura: Capitulo I: Introdução contendo os objectivos, a
estrutura do trabalho e Metodologia; Capitulo II: Desenvolvimento; Capitulo III:
Conclusão; Capitulo IV: Referências Bibliográficas (segundo a regra de APA).

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CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Números das infecções hospitalares

Você pode pensar em hospitais como locais estéreis e seguros, mas, em muitos casos, eles
podem ser o marco zero de muitos tipos de infecções. De acordo com um relatório de 2018 do
Banco Mundial, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e
da Organização Mundial da Saúde (OMS), países com um melhor índice de desenvolvimento
humano apresentam uma taxa de contaminação por infecções hospitalares de 7% entre todos
os pacientes internados. Nos países mais pobres, esse número sobe para mais de 10%, e o
Brasil tem um índice de casos de infecção hospitalar ainda maior do que a média mundial,
com 14%. O problema das infecções hospitalares é grave e precisa ser evitado a todo custo
(Bueno, 2000).

2.2 Conceito das infecções hospitalares

Infecções hospitalares são doenças causadas por microrganismos, como vírus, fungos,
bactérias e parasitas, muitas vezes agrupados erroneamente sob a palavra “germes”. As
bactérias são responsáveis pela maior parte das infecções associadas aos cuidados da saúde.
Os tipos mais comuns de infecções são as infecções do trato urinário, infecção em feridas,
pneumonia (infecção pulmonar) e infecções da corrente sanguínea, de acordo com
a Consumer Reports (Júnior, 1998).

2.3 Factores primordiais e grupo de risco

As infecções hospitalares geralmente ocorrem entre dois a três dias após a internação no
hospital, e alguns tipos de pacientes são mais susceptíveis as infecções do que outros. O grupo
de risco para infecções inclui bebés prematuros e crianças doentes, idosos, diabéticos e outras
pessoas com doenças degenerativas e pacientes com sistema imunológico enfraquecido ou
que estejam sendo tratados com quimioterapia ou esteróides (Araújo et al., 1989).

Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva ou que vão se submeter à cirurgia


também correm mais risco de adquirirem infecções que os demais. Essas infecções podem se
espalhar de muitas formas, e as mais comuns são causadas por alguns factores básicos, como
a permanência prolongada no hospital; a internação por doenças complexas ou a realização de
múltiplas cirurgias; o descumprimento das rotinas de higiene por parte dos profissionais do

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hospital; a resistência aos antibióticos causados pelo uso exagerado e que pode levar ao
surgimento de superbactérias; entre outros, conforme artigo do Better Health Channel (Araújo
et al., 1989).

2. 4 Infecções hospitalares mais perigosas

Todos os agentes infecciosos podem causar doenças infecciosas de origem ocupacional. A


origem da doença ocupacional para ser elucidada depende da colecta de uma história clínica
completa o que é factor crucial para a sua elucidação. Entre as doenças infecciosas mais
comuns em trabalhadores de saúde, em nossa época, estão a hepatite B, hepatite C, outras
hepatites, AIDS, tuberculose e influenza. A hepatite B é transmitida pelo vírus HBV. Este
vírus é transmitido pelo contacto com sangue ou outros fluidos corporais infectados, inclusive
esperma, fluido vaginal, leite materno, saliva e urina (Schneider, 1996).

Pode-se contrair a infecção através de picadas acidentais de seringas contaminadas nos


trabalhadores de hospital. Era possível contaminar-se mediante transfusão de sangue antes do
ano de 1972, quando começou a ser feito o teste preventivo. A incidência de reacção
sorológica positiva é quatro vezes superior nos trabalhadores de hospital do que entre os
doadores de sangue da comunidade. O sangue diluído a 10-8 ainda tem poder infectante para
o vírus da hepatite B. O sangue é a maior fonte de infecção para trabalhadores de hospital
(Schneider, 1996).

A transmissibilidade do HBV é maior do que a do HIV, sendo de difícil destruição, podendo


sobreviver em sangue seco por até 10 dias, e sobre superfícies por até 30 dias. A hepatite B é
responsável pela maior viremia da espécie humana. Através da engenharia genética, as
vacinas para hepatite B podem ser obtidas de plasma com vírus inactivado que produz uma
reacção na vacinação com a produção de anti HBs, que é conseguido com 3 doses de vacina
segundo esquema determinado. A hepatite B pode ser perfeitamente prevenida, tendo vacinas
eficazes, entre os trabalhadores de hospital (Marano, 1997).

A hepatite C é adquirida pelo contacto com sangue ou outros fluidos corporais, e seu agente
etiológico é o vírus HCV, conhecido anteriormente como vírus não A/não B. Foi descoberta e
identificada recentemente (1989) e sua forma de actuar ainda é conhecida apenas por um
reduzido número de médicos. Não é regularmente diagnosticada e tratada, sendo uma doença
geralmente assintomática devido o seu relativo desconhecimento pelos médicos, causado por

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falta de actualização. A hepatite C é perigosa pois, na grande maioria dos casos, torna-se
crónica, podendo evoluir posteriormente para uma provável cirrose ou câncer no fígado. O
período de evolução da doença é estimado em 20 a 30 anos, sendo que cada organismo reage
de forma diferente. Este prazo depende também dos cuidados e do modo de vida do paciente.
O sintoma mais comum na maioria dos infectados por HCV é a fadiga (Ramazzini, 1992).

A exposição profissional para o contágio pelo HCV é possível em qualquer ocupação na qual
há exposição a sangue possivelmente infectado. O risco de infecção que segue um acidente
cortante ou perfurante com material contaminado com sangue HCV pode chegar a 10 %. No
entanto, o risco de transmissão profissional pelo HCV para trabalhadores nestas áreas é muito
menos que isso. O tratamento ainda é impreciso e inadequado. Felizmente, nos últimos anos
houve avanços consideráveis e há muitos tratamentos promissores em fase de pesquisas.
Ainda que a doença permaneça incurável, muitas pessoas com hepatite C crónica mantém
vidas totalmente normais e, na sua maioria, não apresentam sintomas. Estima-se que dentro de
5 a 10 anos surgirá uma vacina e a cura da hepatite C (Júnior, 1998).

A hepatite A, transmitida pelo HAV, também conhecida como hepatite infecciosa, é o tipo de
hepatite virótica mais comum, e é transmitida principalmente pelo contacto oral ou fecal. O
HAV é transmitido facilmente pela ingestão de alimentos contaminados, especialmente
mariscos ou água contaminados e, ao trocar fraldas de pacientes contaminados. Também pode
ser transmitido através de utensílios ou vestes contaminadas. O período de incubação é curto,
aproximadamente de 10 a 50 dias. A sintomatologia pode incluir, inicialmente, febre, dor
abdominal, náuseas e fadiga, podendo também debilitar o organismo (Marano, 1997).

Nos primeiros 7 dias as pessoas com HAV descarregam os vírus e podem contaminar outros.
Algumas pessoas, especialmente crianças, não apresentam sintomas, mas transmitem o vírus.
Geralmente evolui para cura espontânea e a recuperação completa pode durar até 6 ou 12
meses. De 15 % a 20 % dos casos pode haver reinfecção, porém, sem passar à fase crónica. A
hepatite A raramente é fatal. A hepatite A representa risco ocupacional em condições
precárias de higiene do ambiente de trabalho para os profissionais de saúde, o que deve ser
considerado incompatível com as actividades profissionais. A hepatite D, transmitida pelo
vírus HDV, conhecida antigamente como hepatite delta, onde o HDV necessita de apoio do
HBV (co-infecção) para atacar as células e reproduzir-se, sendo exclusiva em portadores de
hepatite B. A fase aguda é muito mais severa e predispõe o desenvolvimento da forma crónica
da doença. É transmitida principalmente pelo sangue (Bueno, 2000).
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O HDV é comum no Mediterrâneo, no norte da África e na América do Sul (Amazônia
Ocidental). A hepatite E (hepatite endémica ou epidémica) é mais comum em países em
desenvolvimento, especialmente em partes da África e Sudeste da Ásia. A transmissão é
fecal-oral, comum em áreas sem saneamento básico. A fase aguda é semelhante à da hepatite
A, porém não são registados casos crónicos ou portadores permanentes do vírus. A hepatite F
(HFV) teve o vírus identificado provisoriamente em pessoas não contaminadas pelo vírus A e
E, sendo esta forma de hepatite, pouco conhecida. A hepatite G, pelo vírus HGV (também
conhecida como HGVB-C) está relacionada com o vírus HCV e é transmitida pelo sangue.
Aproximadamente, de 10 % a 20% dos portadores de hepatite C são portadores do HGV.
Acredita-se que o HGV não produz doença hepática (Júnior, 1998).

A AIDS representa um risco ocupacional pequeno mas concreto de transmissão do HIV entre
profissionais de saúde, principalmente quando forem utilizados objectos pontiagudos.
Grandes estudos realizados em várias instituições indicam que o risco de transmissão do HIV
depois de uma punção da pele por agulha ou objecto pontiagudo contaminado com sangue de
um indivíduo infectado por HIV documentada atinja cerca de 0,3 %. Um risco maior de
infecção por HIV após exposição percutânea ao sangue infectado pelo vírus está associado a
exposições envolvendo quantidades relativamente grandes de sangue, como é o caso de um
instrumento visivelmente contaminado pelo sangue de um paciente, um procedimento que
envolva uma agulha introduzida directamente numa veia ou artéria, ou uma lesão profunda
(Bueno, 2000).

E o risco aumenta no caso de exposições ao sangue de pacientes com doença em estágio


avançado, provavelmente devido ao título mais alto de VIH no sangue, bem como outros
factores, como a presença de cepas mais virulentas do HIV. O uso de medicamentos anti-
retrovirais logo após a exposição, pode conferir protecção aos profissionais de saúde expostos
durante o trabalho. A transmissão do HIV através da pele não íntegra ainda não foi
comprovada. O risco de transmissão do HIV por um profissional de saúde infectado para seus
pacientes é extremamente pequeno e, na verdade, baixo demais para ser detectável. Os
sintomas da AIDS são cansaço sem motivo aparente, perda de peso, febre, diarreia, tosse seca,
candidíase oral, entre outras (Atlas, 1999).

A tuberculose tem sua transmissão para trabalhadores de hospital, através de pacientes cujos
diagnósticos ainda não foram firmados. A incidência tem aumentado, determinando a
acentuação do risco ocupacional. O teste cutâneo tuberculínico é seis vezes mais
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frequentemente positivo em média entre trabalhadores de hospitais gerais e especializados,
assim como de clínicas para doentes mentais e prisões, quando comparados com outros
trabalhadores (Atlas, 1999).

A tuberculose é uma doença oportunista importante em pessoas infectadas pelo HIV, e o


diagnóstico de tuberculose em pacientes infectados com o HIV pode ser difícil, não apenas
devido à frequência elevada de negatividade no esfregaço de escarro (até 40 % em casos
pulmonares comprovados por cultura), mas também por causa dos achados radiológicos
atípicos, ausência do granuloma clássico nas fases finais e resultados negativos aos testes PPD
cutâneos. Os sintomas da tuberculose são tosse crónica (durante mais de 21 dias) febre,
sudorese nocturna, dor torácica e perda ponderal lenta e progressiva. A vacinação deve ser
aplicada nos 30 dias após o nascimento do indivíduo (Araújo et al., 1989).

A vacinação para os trabalhadores expostos e com reacção tuberculínica negativa deveria


ocorrer. O risco de infecção no trabalhador de hospital é um evento adverso, latente, algumas
vezes previsível e previnível, de importância humana social e económica relacionada a
morbidade e mortalidade, de extinção inatingível e que influencia directamente no equilíbrio
do processo saúde e doença do trabalhador. A prevenção e administração desse risco, é
conseguida por meio da educação que possibilita a construção do conhecimento e a formação
da consciência crítica, o que leva à busca de melhorias contínuas de qualidade no serviço e
possibilita maior segurança (Araújo et al., 1989).

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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO

Conclui-se que as infecções hospitalares geralmente ocorrem entre dois a três dias após a
internação no hospital, e alguns tipos de pacientes são mais susceptíveis as infecções do que
outros. O grupo de risco para infecções inclui bebés prematuros e crianças doentes, idosos,
diabéticos e outras pessoas com doenças degenerativas e pacientes com sistema imunológico
enfraquecido ou que estejam sendo tratados com quimioterapia ou esteróides.

Todos os agentes infecciosos podem causar doenças infecciosas de origem ocupacional. A


origem da doença ocupacional para ser elucidada depende da colecta de uma história clínica
completa o que é factor crucial para a sua elucidação. Entre as doenças infecciosas mais
comuns em trabalhadores de saúde, em nossa época, estão a hepatite B, hepatite C, outras
hepatites, AIDS, tuberculose e influenza. A hepatite B é transmitida pelo vírus HBV. Este
vírus é transmitido pelo contacto com sangue ou outros fluidos corporais infectados, inclusive
esperma, fluido vaginal, leite materno, saliva e urina.

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CAPÍTULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Araújo, V et a (1989). Prevalência de Marcadores e Profilaxia da Hepatite B no Hospital


Celso Ramos. Arquivos Catarinenses de Medicina, Florianópolis. v. 18. n. 4. P. 217-224. 2.

Atlas (1999). Manuais de Legislação. 42ª ed. São Paulo. V. 16. P. 86.

Bueno, O (2000). Formigas no ambiente hospitalar. Rio Claro : Centro de Estudos de


Insectos Sociais da UNESP.

Júnior, C (1998). Medicina Básica do Trabalho. 2ª ed. Curitiba : Géneses. V. 4. P. 295.

Marano, V (1997). Medicina do Trabalho. 3ª ed. São Paulo : LTR Editora LTDA. P. 19; 107;
153 - 155.

Ramazzini, B (1992). As doenças dos trabalhadores. São Paulo: Fundacentro, 1992. P. 68.

Schneider, L (1996). Medicina Básica do Trabalho. Curitiba: géneses. V. 5. P. 173; 201-202.

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