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PÓS-GRADUAÇÃO EM

ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO


COM ÊNFASE EM PERÍCIA TRABALHISTA

JOSIANE ROCHA STOCCO DE OLIVEIRA


CPF: 741.816.619-20

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO: o contágio do


SARS-COV-2 considerado como acidente do trabalho

Coronel Fabriciano - MG, 2021


OLIVEIRA, Josiane Rocha Stocco de
Saúde e Segurança do Trabalho: o Contágio do SARS-CoV-2
considerado como acidente do trabalho/ Oliveira, Josiane Rocha
Stocco de, 2021.
22 fls.

Trabalho de conclusão de curso (especialização) –


FACULESTE - Faculdade do Leste Mineiro. Coronel Fabriciano,
Minas Gerais. 2021.

Orientador:

1.Contágio COVID-19. 2. Segurança do trabalho. 3.Acidente do


trabalho. I. Oliveira, Josiane R. S. de. II. Pós-graduação em
Engenharia de Segurança do Trabalho com ênfase em Pericia
Trabalhista (lato sensu).
JOSIANE ROCHA STOCCO DE OLIVEIRA

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO:


O contágio do SARS-COV-2 considerado como Acidente do Trabalho

Trabalho de conclusão de curso,


apresentado à FACULESTE - Faculdade
do Leste Mineiro como parte das
exigências para a obtenção do título de
Especialista em Engenharia de Segurança
do Trabalho com ênfase em Perícia
Trabalhista.

Coronel Fabriciano, MG, ____ de _____________ de 2021.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

________________________________________

________________________________________
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 5
2.1 HISTÓRICO DA PANDEMIA DE COVID-19 ................................................................. 5
2.2 EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL ........... 8
2.3 O CONTÁGIO DA COVID-19, POR TRABALHADOR BRASILEIRO, PODE SER
CONSIDERADO COMO ACIDENTE DE TRABALHO ? .................................................... 10
2.4 SEQUELAS DE PESSOAS INFECTADAS PELA COVID-19 .................................... 14
3 METODOLOGIA ................................................................................................. 16
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 17
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 20
6

1. INTRODUÇÃO

Em tempos onde se fala, diuturnamente, na pandemia do COVID-19 instalada


que modificou a vida e a rotina de todas as pessoas deste planeta, tornou-se, de
especial relevância, o aprofundamento nesta área com relação a uma maior reflexão
quanto à saúde dos trabalhadores e do envolvimento dos profissionais de segurança
do trabalho nas ações de precaução e de controle, em especial, na análise da situação
dos trabalhadores brasileiros que foram contaminados, estes objeto desta pesquisa e
deste aprofundamento.
Este estudo tem como principal objetivo situar o leitor no tema
pesquisado e oferecer uma visão global do estudo, a nível de Brasil. Procurará esclarecer
como ocorreu a proteção, de todos os trabalhadores, em especial os que tiveram de
atuar nas linhas de frente do combate e proteção a esta doença pandêmica e suas
complicações na área de saúde, bem como os atuantes nos serviços de apoio à vida
e às necessidades básicas do ser humano, sejam eles de segurança pública e privada,
alimentação, transporte ou de cuidados de higiene, limpeza e outros mais, tão
necessários à contribuição para uma melhor qualidade de vida das pessoas.
Os demais trabalhos técnicos de apoio e, também, extremamente
necessários, dos demais serviços existentes que puderam (ao menos por um tempo
pré-determinado) atuar em home office também serão referenciados.
Reitera-se, aqui, que todas as áreas da atividade humana são
importantes, pois se as mesmas não tivessem se organizado, da melhor forma
possível, as atividades e funções da vida humana teriam se estagnado, por longo
período de tempo, uma vez que tal doença iniciou-se na metade de 2019, ainda no
exterior e, até o presente momento (agosto de 2021) não se tem uma ideia acertada
de quando ela se extirpará ou, se isto realmente irá ocorrer, a partir do que se tem
observado nos pareceres e direcionamentos de cientistas da área de saúde, em
especial, os pesquisadores em biotecnologia e médicos infectologistas.

2. REVISÃO DE LITERATURA

O termo segurança deve ser entendido como sendo “o estado de estar


livre de riscos inaceitáveis de danos” (BRAUNER, 2011). Da mesma forma, o termo
saúde é baseado em uma definição mais ampla, em conformidade com a Organização
7

Internacional da Saúde, que define como o “estado de bem-estar físico, mental e social
e não meramente a ausência de doenças ou enfermidades” (MIRANDA, 2007).
Tendo por base tais definições, temos o termo usual utilizado nesta
seara “saúde e segurança do trabalho” aplicável a esta pesquisa, que se define pelo
“estado de estar livre de riscos aceitáveis de danos nos ambientes de trabalho,
assegurando o bem-estar físico, mental e social de todas as escalas laborativas”
(BEHM, 2004).
Quanto ao outro lado do bem-estar físico e mental, quando os
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais acometem os trabalhadores, sabe-se
que estes representam um custo humano e social significativo. Também representam
ônus diretos e elevados às empresas e demais organizações, as quais são
impactadas, diretamente, pela ausência dos trabalhadores envolvidos, após
qualificados nos seus postos de trabalho, bem como com relação ao cálculo das
perdas nos processos produtivos impactando, também, o governo municipal, estadual
e a União, pela questão do recolhimento de impostos (efeito cascata) e da seguridade
social.
Com relação ao tema principal “acidente do trabalho”, este estudo
propõe um maior aprofundamento e reflexão sobre a relação deste e o contágio de
trabalhadores com o novo vírus, surgido em meados de 2019, denominado
Coronavírus (SARS-CoV-2) sigla usual COVID-19, que provocou uma série de
mudanças no sistema e rotina das empresas e, consequentemente, dos trabalhadores
brasileiros.
Esta doença infectocontagiosa, segundo dados da OPAS –
Organização Pan-Americana de Saúde, retirada do site do Ministério de Saúde
brasileiro relata que:
[...] a maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem
precisar de tratamento hospitalar. Uma em cada seis pessoas infectadas por
COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldade de respirar. As
pessoas idosas e as que têm outras condições de saúde como pressão alta,
problemas cardíacos e do pulmão, diabetes ou câncer, têm maior risco de
ficarem gravemente doentes. No entanto, qualquer pessoa pode pegar a
COVID-19 e ficar gravemente doente.”

2.1 HISTÓRICO DA PANDEMIA DE COVID-19

Em dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi


alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei,
8

na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de coronavírus


que não havia sido identificada antes em seres humanos.
Uma semana depois, as autoridades chinesas confirmaram que
haviam identificado um novo tipo de coronavírus. Os coronavírus estão por toda parte.
Eles são a segunda principal causa de resfriado comum (após rinovírus) e, até as
últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o
resfriado comum.
Ao todo, sete coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados:
HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (que causa
síndrome respiratória aguda grave), MERS-COV (que causa síndrome respiratória do
Oriente Médio) e o, mais recente, novo coronavírus (que no início foi temporariamente
nomeado 2019-nCoV e, em 11 de fevereiro de 2020, recebeu o nome de SARS-CoV-
2). Esse novo coronavírus é o responsável por causar a doença COVID-19.
A OMS tem trabalhado com autoridades chinesas e especialistas
globais desde o dia em que foi informada, para aprender mais sobre o vírus, como ele
afeta as pessoas que estão doentes, como podem ser tratadas e o que os países
podem fazer para responder.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem prestado apoio
técnico aos países das Américas e recomendado manter o sistema de vigilância
alerta, preparado para detectar, isolar e cuidar precocemente de pacientes infectados
com o novo coronavírus.

2.2 EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL

Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do novo


coronavírus constituiria uma Emergência de Saúde Pública de Importância
Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto
no Regulamento Sanitário Internacional. Essa decisão buscou aprimorar a
coordenação, a cooperação e a solidariedade global para interromper a propagação
do vírus. Essa decisão aprimora a coordenação, a cooperação e a solidariedade
global para interromper a propagação do vírus.
A ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário
Internacional (RSI), “um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde
9

pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e


potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata”.
É a sexta vez na história que uma Emergência de Saúde Pública de
Importância Internacional é declarada. As outras ocorreram nas seguintes datas:
 25 de abril de 2009: pandemia de H1N1
 5 de maio de 2014: disseminação internacional de poliovírus
 8 agosto de 2014: surto de Ebola na África Ocidental
 1 de fevereiro de 2016: vírus zika e aumento de casos de
microcefalia e outras malformações congênitas
 18 maio de 2018: surto de ebola na República Democrática do
Congo

Sabe-se que a responsabilidade de se determinar se um evento


constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional cabe ao
diretor-geral da OMS e requer a convocação de um comitê de especialistas – chamado
de Comitê de Emergências do RSI.
Esse comitê dá um parecer ao diretor-geral sobre as medidas
recomendadas a serem promulgadas em caráter emergencial. Essas
Recomendações Temporárias incluem medidas de saúde a serem implementadas
pelo Estado Parte (informa-se, o Brasil é signatário) onde ocorre a ESPII – ou por
outros Estados Partes conforme a situação – para prevenir ou reduzir a propagação
mundial de doenças e evitar interferências desnecessárias no comércio e tráfego
internacional.
Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS
como uma pandemia. O termo “pandemia” se refere à distribuição geográfica de uma
doença e não à sua gravidade. A designação reconhece que, no momento, existem
surtos de COVID-19 em vários países e regiões do mundo.
Infelizmente, o surgimento de mutações é um evento natural e
esperado dentro do processo evolutivo dos vírus. As medidas de proteção funcionam,
da mesma forma, para todas as variantes do vírus causador da COVID-19 (SARS-
CoV-2) identificadas até o momento da conclusão deste artigo (Agosto de 2021), ou
seja, para proteger a si e aos outros, é preciso continuar a: manter distanciamento
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físico, usar máscara, ter ambientes bem ventilados, evitar aglomerações, limpar as
mãos e tossir/ espirrar com cotovelo dobrado ou em lenço de papel.

2.3 O CONTÁGIO DA COVID-19, POR TRABALHADOR BRASILEIRO, PODE


SER CONSIDERADO COMO ACIDENTE DE TRABALHO?

Antes de adentrarmos nas questões mais pontuais deste item, em


específico, torna-se de especial relevância demonstrarmos a conceituação legal dos
requisitos para ser considerado um acidente do trabalho:

I. Casualidade – Situação em que o acidente de trabalho ocorre de forma inesperada,


ou seja, não é provocado. Como ocorre ao acaso, não se constitui situação de “dolo”.

II. Prejudicialidade – Sua ocorrência provoca lesões menores ou redução temporária


da capacidade de trabalho e, em casos extremos, a inutilidade permanente do
trabalhador ou até a morte do acidentado.

III. Nexo etiológico ou causal – é a relação de causa e efeito entre a atividade realizada
pelo trabalhador e o acidente ou doença, típicos em função do exercício da atividade.

Importante conceituarmos, também, a diferenciação do acidente do


trabalho e da doença ocupacional:

 Acidente do trabalho - segundo a legislação previdenciária, é um evento casual


e danoso, capaz de provocar lesão corporal ou perturbação funcional, perda ou
redução da capacidade produtiva do trabalhador ou sua morte.

 Doenças ocupacionais - ocorrem pela exposição cotidiana do trabalhador a


agentes nocivos de qualquer natureza, presentes no ambiente de trabalho.

É consabido que acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo


exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho (art. 19, “caput”, da Lei n.º 8.213/91).
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O art. 20 ampliou o conceito previdenciário de acidente do trabalho:

“Consideram-se acidentes do trabalho, nos termos do artigo anterior, as


seguintes entidades mórbidas:

I. Doença profissional (produzida ou desencadeada pelo exercício do


trabalho e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e da Previdência Social);

II. Doença do trabalho (a adquirida ou desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e como ele se relacione
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

O STF, ao julgar a ADI 6352, não declarou a Covid-19 acidente de


trabalho. Somente disse que há, sim, a possibilidade de a COVID-19 ser enquadrada
como doença ocupacional, o que a Medida Provisória vedava. Mas o nexo causal
continua sendo pressuposto da configuração da doença "ocupacional", nos termos da
Lei 8.213/91 (art. 20):

“Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as


seguintes entidades mórbidas:

[...] § 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

[...] d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que


ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.”

GRIFO NOSSO

O art. 21, da mesma Lei, também ampliou o conceito previdenciário


de acidente de trabalho:

“I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para morte do segurado, para redução ou perda
da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção
medica para a sua recuperação.

II – o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho em


consequência de: ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por
terceiro ou companheiro de trabalho; ofensa física intencional; ato de
imprudência, de negligencia ou de imperícia de terceiro ou companheiro de
trabalho; ato de pessoa privada do uso da razão; desabamento, inundação,
incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.

III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no


exercício de sua atividade.

IV – o acidente de trabalho sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e


horário de trabalho: na execução de ordem ou na realização de serviço sob
autoridade da empresa; na prestação espontânea de qualquer serviço à
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empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; em viagem a


serviço da empresa; no percurso da residência para o local de trabalho ou
deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção utilizado.

O artigo 21 da citada legislação estabelece, ainda, as hipóteses de


equiparação, dentre as quais lista, conforme demonstrado, acima, o inciso III “a
doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade”.
Tendo por base os atuais acontecimentos no mundo e, não
diferentemente, no Brasil, com relação à pandemia, o STF – Superior Tribunal
Federal, em 29 de abril de 2020, muito recente, permitiu o enquadramento da
contaminação pela Covid-19 como doença ocupacional e, como tal, “equiparável a
acidente do trabalho” sendo que o trabalhador infectado poderia, em tese, ter o direito
ao auxílio-doença acidentário, o que lhe daria, também, a garantia do emprego de,
até, doze meses a contar da alta médica bem como o direito ao retorno no seu posto
de trabalho, inclusive aos que chegaram a óbito, devido à esta doença sem
precedentes, as indenizações e pensionamentos devidos às famílias enlutadas:
viúvos(as) até a expectativa de vida do trabalhador de cujus, conforme o caso e, para
os filhos(as) indenização até completarem vinte e quatro anos.
Em 28 de agosto de 2020, a Portaria nº 2.309, que atualizou a Lista
de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT), havia incluído a Covid-19 como
doença ocupacional. Dias depois, a Portaria nº 2.345 revogou a referida norma e
retirou a doença da listagem, provavelmente devido ao fato de que seriam muitos
casos e famílias que entrariam com pedidos de pensionamento, auxílios e processos
judiciais amparadas em tal reconhecimento.
O fato de o STF decidir que a infecção pela Covid-19 seria equiparável
a um acidente de trabalho não vem afirmar que todo trabalhador infectado deve ser
considerado como um profissional que tenha “sofrido um acidente do trabalho”.
Existem muitas variáveis a considerar para que tal situação seja considerada como
“acidente de trabalho”, dentre elas, pode-se citar, como mais importante, a presunção
juris tantum (relativa) em favor de certas profissões tidas como “de risco” como:
médicos, enfermeiras, técnicos de laboratório, operadores de raio-x, maqueiros,
motoristas de ambulância, profissionais de apoio à saúde (até mesmo os de cunho
administrativo, se atuantes dentro de ambientes de hospitais ou de clínicas médicas,
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laboratórios ...), além de farmacêuticos, balconistas de farmácia, coveiros, entre


outros profissionais da linha de frente contra a COVID-19.
Em 11 de dezembro de 2020, a Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho publicou a Nota Técnica SEI nº 56376/2020/ME, determinando regras para
a análise do nexo causal entre a Covid-19 e o ambiente de trabalho para a concessão
de benefício previdenciário.
Segundo esta Nota, a Covid-19 pode ser considerada doença
ocupacional dependendo do contexto em que tiver sido contraída, aplicando-se, em
caso positivo, o disposto no §2º do art.20 da Lei nº 8.213, de 1991, quando a doença
resultar das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se
relacionar diretamente. Pode, ainda, vir a ser classificada como acidente de trabalho
por equiparação se a doença decorrer de contaminação acidental do empregado pelo
vírus SARS-CoV-2 no exercício de sua atividade (art.21, III da L. nº 8.213/91).
Independentemente do motivo do acidente de trabalho, a empresa
sempre será obrigada a emitir CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) em favor
do empregado até o primeiro dia subsequente ao dia do evento, ou imediatamente,
em caso de morte (art.22 da L. n° 8.213/91).
Além de que, para assim ser caracterizada, deverá haver a
constatação de que houve o nexo causal entre a doença e a relação com o ambiente
de trabalho, sendo sempre realizada pela perícia médica federal, mais conhecida
como “perícia médica do INSS” (art. 337 do Regulamento da Previdência Social,
aprovado pelo Decreto nº. 3.048/1999).
Partindo-se de tais premissas, pode-se afirmar de que não haverá
sempre uma presunção absoluta de que todo empregado que tiver contraído o vírus
da COVID-19 terá sofrido um “acidente do trabalho”. Será necessário comprovar todas
as variáveis ocorridas e o nexo causal, conforme já relatado.
Assim, vendo sob o prisma da empresa e do empregador, para que
ele evite ser responsabilizado, civilmente, em casos de atividades que não são
consideradas de risco, para os efeitos do art. 927 do Código Civil, deverá comprovar
que tomou todos os cuidados na prevenção da doença e na proteção da saúde de
seus trabalhadores, com a identificação dos riscos, adoção do regime de trabalho em
home office, higienização, remanejamento de turnos, distanciamento social,
redistribuição de mesas em espaços adequados, rodízio de trabalhadores, orientação
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e fiscalização sobre as medidas preventivas relacionadas à saúde e segurança e


entrega de equipamentos de proteção individual.
Em contrapartida, o empregado deverá comprovar que houve o
contágio no ambiente de trabalho ou, no trajeto de casa para o trabalho, se assim o
Juízo da causa decidir, comprovando, ainda, a data inicial dos primeiros sintomas,
pois é sabido que o período de incubação do SARS-COV-2 é de 2 a 14 dias, ou seja,
esse é o tempo que os sintomas levam para aparecer, a partir do momento do
contágio. A manifestação dos sintomas de coronavírus ocorre no quinto dia, para a
maioria das pessoas.
Partindo da premissa de que os sintomas aparecem no quinto dia
após a contaminação, seria possível, para o juízo da causa, após auxilio do Laudo
do perito médico, quando necessário, traçar uma linha cronológica dos fatos para se
concluir pela possibilidade de que a contaminação pelo SARS-COV-2 foi da forma
como alegado pelo trabalhador e constatar, ou não, se foi um acidente ocorrido no
trabalho.
Ocorre que tais variáveis são muito relativas e passíveis de
subjetividade e de decisões diferentes, conforme cada caso e Vara Judicial, pois o
comportamento de cada vírus e variante não é tão previsível assim, como também
não o são as decisões dos juízes brasileiros. Sendo assim, existirão, sempre, muitas
variáveis a analisar, para fins de uma decisão final favorável, ou não.

2.4 SEQUELAS DE PESSOAS INFECTADAS PELA COVID-19

Após o primeiro relato, no final de dezembro de 2019, da doença


causada pelo coronavírus, no Brasil, o conhecimento sobre suas complicações e
sequelas aumentou substancialmente.
A principal sequela nos pacientes que tiveram quadro clínico grave de
COVID-19 é a fibrose pulmonar. Também foram identificadas miocardite relacionada
à infecção, com redução da função sistólica e arritmias; declínio cognitivo de longo
prazo, como deficiências de memória, atenção, velocidade de processamento e
funcionamento, juntamente com perda neuronal difusa; encefalopatia aguda,
alterações de humor, psicose, disfunção neuromuscular ou processos
desmielinizantes; sequelas psicológicas relacionadas ao distanciamento social; entre
outras.
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Em recente decisão, que resultou no tema de repercussão geral nº


932, assim se manifestou o E. STF:

“O artigo 927, parágrafo único, do Código Civil é compatível com o artigo 7º,
XXVIII, da Constituição Federal, sendo constitucional a responsabilização
objetiva do empregador por danos decorrentes de acidentes de trabalho, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida, por sua natureza, apresentar exposição habitual a risco
especial, com potencialidade lesiva e implicar ao trabalhador ônus maior do
que aos demais membros da coletividade [...]

A CLT também tem previsão expressa que se coaduna com o pleito


formulado. Diz o art. 169:

“Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas


em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de
suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do
Trabalho”.

Assim, quando trabalhadores laboram em ambiente com risco


evidente de contato direto com pessoas contaminadas pelo vírus, no mínimo, existe a
óbvia suspeita da origem ocupacional na hipótese de contaminação pela Covid-19,
motivo suficiente para se reconhecer a obrigação de emissão da CAT e de se
considerar, em vias de regra, o “acidente do trabalho”, seja em vias administrativas,
pelo próprio reconhecimento do empregador, preservando os direitos de seus
empregados nesta condição, seja por meios legais, quando o empregado que se sentir
lesado, procure a Justiça do Trabalho para fins de reconhecimento de seus direitos
trabalhistas.
Neste caso, a perícia judicial e a perícia médica serão as que irão
auxiliar os Magistrados no melhor convencimento e decisão: uma para comprovar as
medidas de proteção que foram utilizadas no ambiente do trabalho e entrega de EPIs
e EPCs (por profissional Especialista em Segurança do Trabalho) e a outra, a perícia
medica para comprovar se houve o nexo causal entre o trabalho e o contágio da
doença (por profissional médico clinico geral ou especialista da área).
Mais ainda, quando um trabalhador sofre um acidente de trabalho,
seja típico ou equiparado (como no caso da doença ocupacional), o empregador, ao
tomar conhecimento, deve informar à Previdência Social, no primeiro dia útil seguinte
ao da ocorrência, emitindo o Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), sob pena
de multa (artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999).
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Se estiver de posse do CAT (documento oficial de comprovação),


laudo médico e demais documentos pessoais exigidos para a avaliação em perícia
médica no INSS e, se reconhecida a incapacidade laborativa pelo perito do INSS, o
segurado (empregado) poderá dar entrada junto ao órgão e fazer jus ao benefício
previdenciário de natureza acidentária, conhecido como “auxílio-doença acidentário”
ou “aposentadoria por invalidez acidentária”.
Quanto ao art. 20, § 1º, d, da lei 8.213/91, a interpretação não deve
ser entendida como regra geral, pois a doença endêmica “não é considerada doença
do trabalho para os trabalhadores em geral”, não sendo esta regra aplicada aos
empregados que laboram expostos, de forma acentuada à doença. Somente o risco
comprovado, acentuado causado pela atividade laboral desenvolvida, levará à
presunção da natureza laboral da doença.

3. METODOLOGIA

Para fins de apoio técnico a este estudo, utilizou-se da metodologia


denominada como “Pesquisa Documental”, que tanto poderia ser feita através da
análise de artigos científicos atualizados, publicados em sites oficiais, sejam nacionais
e/ou internacionais, bem como do estudo realizado em documentos jurídicos, normas
técnicas e/ou regulamentos, livros (impressos ou digitais), relatórios, revistas
científicas da área e afins, sites relacionados, notícias oficiais, etc. em virtude que o
tema abordado é muito recente, sendo que os pesquisadores da área e estudiosos
ainda estão em fase de elaboração de novas conclusões e pesquisas, bem como a
população em geral, em especial, a trabalhadora, está se adaptando com esta nova
realidade.
Assim, a pesquisa teve caráter, essencialmente, qualitativo com
ênfase somente no estudo documental e levantamentos de toda a referência
bibliográfica indicada, ao longo das disciplinas estudadas no curso de Pós-graduação
em Engenharia de Segurança do Trabalho com ênfase em Pericia Trabalhista da
FACULESTE, a nível lato sensu, ao mesmo tempo que tornou-se necessário o
cruzamento de novas informações, mais recentes, a partir dos levantamentos de toda
a pesquisa informativa realizada, principalmente online, via Internet, em razão da
pandemia, ainda instalada e continuada (término da segunda onda da COVID-19 e
início da disseminação da variante Delta, no Brasil).
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Pelo fato das consequências da COVID-19 e das más condições de


saúde e de segurança no trabalho em algumas organizações (as mais despreparadas
para enfrentarem a pandemia) o potencial dos trabalhadores foi muito reduzido e,
como mais um dos fatores prejudiciais ao mundo do trabalho pós-COVID, virão as
sequelas deixadas pelo contágio, em alguns indivíduos trabalhadores, bem como, ao
longo do tempo, algumas empresas poderão enfraquecer-se, principalmente as da
área de saúde, bem como poderão ser reduzidos, em alguns setores, a
competitividade das organizações, pois muitas delas tiveram de “fechar suas portas”
por longos períodos de tempo; outras, fecharam definitivamente e; outras mais, terão
equipes atuantes, que se restabeleceram da referida doença, mas que serão
portadoras de doenças ocupacionais, por certo, as famosas “sequelas da COVID-19”
o qual poderá vir a ser objeto de novos pleitos administrativos e judiciais, não sendo
objeto e nem de aprofundamento, neste estudo.
Se numa empresa, qualquer acidente de trabalho gera um prejuízo
muito significativo, considerando que os custos diretos e indiretos resultantes são
absorvidos, em sua maioria, pelas empresas e, consequentemente, atingem todas as
partes envolvidas, a longo prazo, bem como toda a sociedade produtiva, quiçá o
tratamento das sequelas da COVID-19, que também poderão, conforme o caso,
serem consideradas doenças ocupacionais, a posteriori.
Logo no início da pandemia do COVID-19, muitos trabalhadores, após
o primeiro contágio com a doença e aparecimento dos primeiros sintomas, tiveram de
se ausentar de sua atividade laboral e, até mesmo, ficarem afastados do convívio
familiar, pois tinham de ficar isolados, para não colocarem em risco os demais colegas
da empresa e, até mesmo, os demais membros de sua família. Assim, na atividade
empresarial, o acidente representou, diretamente, uma “redução no número de
trabalhador/ hora trabalhada”.
Vê-se que a representação do custo direto do “acidente de trabalho
instalado” 0- pois é assim que a COVID-19 está sendo considerada pelos juristas
brasileiros nas profissões de maior risco - significou, para cada empresa envolvida, o
pagamento do salário dos primeiros quinze dias de afastamento, além da ausência da
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mão-de-obra daquele trabalhador, sem contar nas “portas fechadas” por grande
período e sem a possibilidade de continuidade das atividades empresariais.
Tais causas, acima referenciadas, geraram maiores custos (estes
mais exorbitantes) mas que, pelos governos, inclusive o brasileiro, foi considerado
como um “risco de ter um negócio aberto e funcionando”, de acordo com a legislação
brasileira.
Sabe-se que tal fato foi e, ainda está sendo, considerado como um
“custo indireto” (o provocado pelo acidente do trabalho) pois, neste caso, além de
significar o tempo de parada de um homem/hora numa linha de produção ou a
ausência do profissional num setor específico de uma empresa, ainda há o risco de
contágio pelos demais colegas de trabalho, além das despesas com assistência
médica, bem como, por muitas vezes, a necessidade de direcionamento e maior
precaução pelo profissional responsável pela saúde e segurança do trabalho, na
empresa, tendo de realizar, quando tal contágio acontecesse, uma estratégia
diferenciada de assepsia maior e/ou isolamento de um setor inteiro e, muitas das
vezes, de toda a empresa, conforme o caso.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se afirmar que para salvaguardar a vida dos profissionais de


uma empresa, seja qual for o seguimento, os especialistas em Segurança do Trabalho
tem um papel de extrema importância, sejam eles Técnicos, Tecnólogos ou
Engenheiros, pois são eles os responsáveis pela elaboração de procedimentos de
trabalho, avaliando o riscos atribuídos a cada função para eliminá-los ou minimizá-los,
são eles os responsáveis pelos vários treinamentos para prevenção de acidentes e
doenças ocupacionais, bem como para evitar riscos de incêndio e evacuação do local,
assim como para orientar, estimular e incentivar a prática da utilização dos
equipamentos de proteção individual e proteção coletiva, os famosos “EPIs e EPCs”,
principalmente nestes tempos de pandemia da COVID-19 no qual estamos vivendo e
que se sabe, ainda perdurará por muito tempo. Ninguém melhor do que os
profissionais de segurança do trabalho para demonstrarem como a negligência, a
imprudência e a imperícia, neste momento pandêmico, podem levar a complicações
muito sérias de saúde e, até, à morte de muitos trabalhadores.
19

Neste sentido, vê-se que são eles os responsáveis pelo cumprimento


das legislações vigentes, pela gestão de todos os equipamentos de proteção
individual e coletiva, assim como a gestão de equipamentos de prevenção contra
incêndio, dentre outras atividades, mas sempre com o intuito de orientação, estimulo
e incentivo quanto à prevenção para a devida preservação da vida dos trabalhadores,
assim como do maior patrimônio das empresas, as pessoas nelas envolvidas.
Ocorre que, o caso atípico da COVID-19, os trabalhadores que atuam
na linha de frente do combate à pandemia, executando atividades essências para a
sociedade (conforme Decreto nº 10.282/20, art. 3ª, § 1º, I), expostos continuamente
ao contato direto com pessoas enfermam ou potencialmente contaminadas com a
Covid-19, realizam atividades essenciais e com risco acentuado, pois não podem
deixar de cumprir suas obrigações laborais e o fazem em situação de exposição ao
vírus pandêmico.
Vale ressaltar que, nestes casos, o empregador que realizar serviços
que gerarem riscos acentuados aos seus empregados terá sempre, contra si, a
presunção prevista no art. 927 do CCB, a qual estipula a responsabilidade objetiva do
empregador, devido às atividades de risco envolvidas.
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