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FACULDADE UNINASSAU PETROLINA

ENFERMAGEM

LORENA FARIAS DA SILVA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

GESTÃO EM SAÚDE E SAÚDE DOS TRABALHADORES:


IMPACTOS CAUSADOS PELA PANDEMIA DA COVID-19

PETROLINA-PE
2022
2

LORENA FARIAS DA SILVA

GESTÃO EM SAÚDE E SAÚDE DOS TRABALHADORES:


IMPACTOS CAUSADOS PELA PANDEMIA DA COVID-19

Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado à
Faculdade UNINASSAU
Petrolina, ao colegiado de
Enfermagem como parte dos
requisitos para obtenção do
título de Bacharela em
Enfermagem.
Orientador: Prof. Msc. Victor
Hugo da Silva Martins

PETROLINA-PE
2022
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente


a Deus, pois sem ele não teria
chegado até aqui. E aos meus pais
Josenildo e Erisvania por serem os
maiores incentivadores dos meus
sonhos.
AGRADECIMENTOS

Quero agradecer a esta minha primeira conquista, primeiramente a


Deus, meu pai, protetor e minha luz. A ele, minha eterna gratidão por ter me
guiado, por ouvir minhas orações, por ter me dado sabedoria e discernimento
por toda minha trajetória.

A minha mãe, Erisvania Moreira da Silva Farias, pelo o dom de existir,


por ser meu maior exemplo de força para encarar os obstáculos da vida, por
todo apoio e incentivo para seguir firme com meus sonhos.

Ao meu pai, Josenildo Farias da Silva, por toda luta e esforço que
permitiu chegar até aqui. Obrigada pai, por ter me dado a parte principal para
chegar até aqui: a oportunidade.

Ao meu noivo, Denysson Kaell Braz Diniz, por toda a compreensão nas
minhas ausências, por todo o apoio prestados nos momentos mais difíceis, por
todo o incentivo para ir atrás dos meus sonhos.

Ao meu professor e orientador, Victor Hugo da Silva Martins, por toda a


confiança depositada em mim, por todos os “puxões” de orelha, por todo o
conhecimento compartilhado, por sua amizade e por ter me apoiado até aqui. A
ele, meu muito obrigada por ter me guiado nessa trajetória acadêmica.
RESUMO

Objetivo: Evidenciar os impactos na saúde dos trabalhadores e na gestão de


saúde causados pela pandemia. Metodologia: Trata-se de uma integrativa da
literatura de estudos entre 2020 a 2022, utilizando como base de dados a
biblioteca virtual em saúde com os descritores “administração de serviços de
saúde”, “gestão em saúde”, “saúde do trabalhador” e “COVID-19”. Resultados
e discussão: Observou-se o despreparo dos sistemas de saúde que se viram
obrigados a desenvolver respostas rápidas para evitar o colapso do sistema e a
difícil realidade vivida pelos os profissionais da linha de frente que ficaram
expostos a adoecimento físico e mental. Conclusão: Este estudo evidenciou a
difícil realidade vivenciada pelos sistemas de saúde, chefes de saúde e
trabalhadores de saúde em tempos de pandemia da COVID-19, bem como,
demonstrou a importância exercida por estes que contribuíram para o
enfrentamento e redução dos impactos ocasionados pelo o vírus.

Palavras-Chave: Administração de Serviços de Saúde; Gestão em Saúde;


Saúde do Trabalhador; COVID-19.
ABSTRACT

Objective: To evidence the impacts on workers' health and health management


caused by the pandemic. Methodology: This is an integrative literature review
of studies from 2020 to 2022, using as database the virtual health library with
the descriptors "health services administration", "health management", "worker
health" and "COVID-19". Results and Discussion: It was observed the
unpreparedness of the health systems that were forced to develop quick
answers to avoid the collapse of the system and the difficult reality experienced
by the frontline professionals who were exposed to physical and mental illness.
Conclusion: This study evidenced the difficult reality experienced by health
systems, health chiefs, and health workers in times of the COVID-19 pandemic,
as well as, demonstrated the importance exercised by these who contributed to
the confrontation and reduction of the impacts caused by the virus.

Keywords: Health Services Administration; Health Management; Worker


Health; COVID-19.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................8

2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................10
2.1 COVID-19: SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA SANITÁRIA...............................................10
2.2 A GESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA................11
2.3 O TRABALHADOR DA SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19.............13

3 METODOLOGIA......................................................................................................16

4 RESULTADOS ........................................................................................................18

5 DISCUSSÕES..........................................................................................................20

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................24

REFERÊNCIAS...........................................................................................................26
8

1 INTRODUÇÃO

O movimento da reforma sanitária surgiu através da indignação social


com as desigualdades e desvalorizações vividas, como falta de saneamento
básico e a baixa qualidade assistencial, este se configurou como uma ação
política em busca de assegurar a saúde como um direito universal da cidadania
(SOUTO; OLIVEIRA, 2016). A efetivação do direito à saúde foi firmada na
Constituição Federal de 1988, onde este se tornou um direito de todos e dever
do estado. Fruto dessa luta surge o sistema único de saúde (SUS) (RAMOS et
al., 2021).
No entanto, o direito à saúde não se limita somente a ofertar
atendimento hospitalar a população, este também garante que o estado
busque maneiras de reduzir os riscos e agravos à saúde, bem como garante o
acesso universal e igualitário aos serviços de atendimento (FLAUZINO;
ANGELINI,2022).
Segundo o Ministério de Saúde (MS) (2020), o SUS é um dos maiores e
mais complexo sistema de saúde pública no mundo, este garante acesso
integral, universal e gratuito para toda a população. Este teve que passar por
diversos avanços que fortalecesse a políticas de saúde para a sua construção,
principalmente no âmbito de questões urgentes que necessitasse do
aperfeiçoamento ou reorientação do sistema (RAMOS et al., 2021).
No final do ano de 2019, surge um vírus causador de infecções
respiratórias em seres humanos que varia de intensidade quando associado a
outras comorbidades, este foi chamado de SARS-Cov-2 ou como ficou
popularmente conhecido COVID-19 (GEREMIA et al., 2020). No ano de 2020 a
Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou estado de emergência de
saúde pública internacional, obrigando os países a criarem medidas de controle
e contenção da propagação do vírus (OPAS, 2021).
No combate a propagação do vírus foi necessária adoção de medidas
que garantissem a proteção dos enfermos e dos profissionais. O cenário
pandêmico mudou toda a forma de atendimento nos serviços de saúde, isto
porque se tratava de um vírus desconhecido sem nenhum tratamento
específico e eficaz, obrigando os profissionais e gestores a readequar suas
práticas assistenciais (SOUZA, 2020).
9

Diante do cenário pandêmico os profissionais de saúde ganharam


visibilidade, se tornando os principais combatentes da linha de frente da
COVID-19, se tornando heróis. Estes tiveram que lidar com a falta de materiais
e recursos suficientes, além do medo de adoecer ou infectar suas famílias,
foram períodos turbulentos e muitos deles tiveram sua saúde mental afetada
(PINHEIRO et al., 2020).
Pelo exposto, este trabalho se justifica pela oportunidade de evidenciar
aspectos relevantes ocorridos durante a pandemia da COVID-19 em torno da
gestão pública da saúde, bem como entre os profissionais de saúde atuantes
na linha de frente, pois, estes tiveram que se reorganizar e adaptar-se diante
do desconhecido de maneira a garantir a contenção da propagação da doença.
Assim, este estudo objetiva-se a analisar os impactos causados pela pandemia
da COVID-10 gerados na gestão de saúde pública e na saúde dos
trabalhadores.
10

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 COVID-19: SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA SANITÁRIA

Em dezembro de 2019, a organização mundial de saúde (OMS) foi


alertada sobre diversos casos de pneumonia na cidade de Wuhan na China,
este se tratava de um novo tipo de vírus que nunca tinha sido encontrado em
seres humanos. Posteriormente as autoridades chinesas confirmaram se tratar
de um novo coronavírus e que este diferente dos demais causava síndromes
respiratórias mais graves. Com o aumento do número de casos da doença, a
OMS declarou estado de emergência em saúde pública de importância
internacional buscando interromper a propagação do vírus (OPAS, 2021).
O coronavírus é responsável por causar síndromes respiratórias com
sintomatologia de um resfriado comum, entretanto pode levar a infecções
graves nos grupos de riscos como idosos, crianças, pessoas imunodeprimidas,
obesos, entre outras comorbidades. A transmissibilidade desse vírus se dá
através de secreções, excreções e gotículas respiratórias de um indivíduo
infectado (BEZERRA et al., 2020).
O tempo de incubação da COVID-19 pode variar entre dois a 14 dias, a
maioria das pessoas infectadas pelo vírus sofrem com sintomas leves,
entretanto, pacientes que possuem alguma comorbidade ou são idosos podem
sofrer com sintomas mais graves e que podem evoluir para parada respiratória,
falência de órgãos e até a morte (PINHEIRO; PITOMBEIRA; LOIOLA, 2020).
A SARS-Cov-2 também chamado de coronavírus, tem como principais
sintomas febre, tosse seca e cansaço. Em alguns casos, os pacientes podem
apresentar sintomas menos comuns como inapetência, perda de olfato e
paladar, dores de garganta, artralgia, diarreia, náuseas e erupções cutâneas
(OPAS, 2021).
A OMS trabalhou com as autoridades chinesas e especialistas globais
desde que foi informado sobre o novo coronavírus para saber mais sobre a
etiologia da doença, como isso afeta os pacientes e quais as medidas devem
ser adotadas pelos os países para conter a curva epidemiológica (OPAS,
2021).
11

Segundo Pinto e Paim (2021) nessa perspectiva, o enfrentamento da


pandemia exigiu um investimento para entender o fenômeno e implementar
estratégias eficazes para a prevenção e controle dos efeitos da COVID-19.
Outro aspecto importante a ser destacado é o agravamento da crise dos
problemas enfrentados pelo sistema unificado de saúde (SUS) decorrente do
baixo capital, controle de despesas, fragilidades na organização e precarização
das condições de trabalho, entre outros problemas (PINTO; PAIM, 2021).
Dessa forma observamos que a pandemia provocada pela a COVID-19
compõe-se como um enorme confronto para a saúde global e para os sistemas
de saúde, isso por que foi necessário adoção de medidas de combate da
doença e ações de contenção dos impactos causados pela a doença na
população, além de evitar o colapso dos sistemas de saúde diante do aumento
de casos e a sobrecarga gerada nos profissionais para garantir o tratamento
dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) (MASSUSA et
al., 2020).

2.2 A GESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA NO ENFRENTAMENTO DA


PANDEMIA

A evolução e a gravidade da pandemia da COVID-19 levaram os


governos a adotarem medidas de intervenção de alta intensidade, a fim de
conter o aumento de casos e reduzir a carga de letalidade do vírus (SARTI et
al., 2020). Com o surgimento do primeiro caso e declaração de pandemia pela
a OMS foi reconhecido a autonomia dos estados para a criação de estratégias
sanitárias de enfrentamento ao vírus (SODRÉ, 2021).
Segundo Ventura e seus colaboradores o desenvolvimento das medidas
de intervenção adotadas para o enfrentamento da pandemia foi necessário que
os chefes políticos, gestores e os chefes dos setores de saúde fizessem uma
aliança entre si.
A gestão de saúde depende do suporte da ciência para determinar as
suas ações. Em um cenário como de uma pandemia provocado por um
patógeno desconhecido, como foi o caso da pandemia gerada pelo o novo
coronavírus, esta dependência torna-se ainda maior e imediata. Dessa forma, o
gestor necessita de respostas da ciência para determinar suas ações de
12

maneira que não gere consequências para a saúde da comunidade (BISOL,


2021).
Impasses como ausência de vacinas, tratamento efetivo e escassez de
insumos, desconhecimento sobre o vírus são exemplos de situações vividas
durante a pandemia da COVID-19 pelos os gestores de saúde e os chefes dos
estados e municípios. Estes se viram obrigados a desenvolver medidas para
conter a disseminação da doença e evitar o colapso total do sistema, além
disso suas decisões deveriam ser bem pensadas visto que deveriam prever as
consequências da conduta adotada de maneira que se evite danos a terceiros
(FONSECA, 2021).
O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) era imprescindível
para proteção e auxilio contra o contágio do vírus e propagação do mesmo.
Diante disso, passou-se a se utilizar um maior número desses EPI’S e por
consequência o aumento do valor aquisitivo desses equipamentos, tornando-se
difícil a aquisição desses equipamentos de maneira a suprir a demanda mesmo
que com a verba extra para recursos liberada pelo governo estadual (SILVA et
al., 2020).
Nessa perspectiva, uma corrida global foi gerada não só para conter o
avanço da doença, mas também uma competição em busca de insumos
capazes de ajudar no tratamento dos doentes. Sendo assim, quase todos os
países tiveram uma parcela significativa de população infectada, isso por que a
infraestrutura dos sistemas de saúde se mostrou ineficiente para atender a
demanda de pacientes que necessitavam de cuidados intensivos. Sofrendo
com a falta de leitos, respiradores mecânicos e equipamentos de proteção
individual básico como máscaras, aventais, luvas e até remédios. Porém,
sobretudo uma das maiores dificuldades enfrentadas foi a falta de profissionais
para tratar os pacientes (GEBRAN NETO, 2021).
Os profissionais de saúde, os principais combatentes da pandemia do
novo coronavírus passaram por um período de grande dificuldade, muitos
tiveram sua saúde mental afetada por a deixarem em segundo plano e se
preocupando mais com disponibilidade de equipamentos de proteção individual
e insumos que estava cada vez mais escasso. Cabendo aos gestores de saúde
a responsabilidade de traçar estratégias de apoio aos seus colaboradores,
planos de ações para detectar o adoecimento dos profissionais e
13

gerenciamento do estresse, sendo recomendado exercer uma liderança ativa


para detectar e intervir em tais situações (PINHEIRO; PITOMBEIRA; LOIOLA,
2020).
No combate a propagação do vírus havia a necessidade de proteção dos
enfermos e dos trabalhadores de saúde, bem como modificar os fluxos
assistenciais de maneira que suprisse a demanda gerada pela a nova
realidade. Entretanto, isto se tornou um desafio visto que ainda precisava se
atender a demandas das demais doenças sem que interferisse no plano de
contingência adotado (SOUZA, 2021).
Neste contexto pandêmico, a equipe da atenção primária à saúde se viu
na necessidade de adequar seus fluxos de atendimento visando fortalecer o
vínculo com a comunidade e reduzir a disseminação do vírus no território. Suas
atividades foram limitadas a atendimento de grupos prioritários em situações de
emergência e outros serviços foram suspensos, além disso, tornou-se a
principal porta de entrada para identificação de casos suspeitos, monitorização
e acompanhamento dos casos (BELARMINO et al., 2020).
Segundo Souza (2021), os profissionais de saúde enfrentam um maior
risco de contágio do que a população, isso porque estes atuam na linha de
frente do combate à pandemia e atendem um grande volume de pacientes
internados. Com base na limitação da infraestrutura e recursos, várias
recomendações foram feitas para garantir a segurança dos trabalhadores e da
população.
A seguintes recomendações foram adotadas: controle do acesso aos
serviços para evitar aglomerações, sala de espera com distanciamento dos
bancos e retirada de objetos de decoração para facilitar a limpeza, realização
da triagem dos pacientes com investigação de casos suspeitos, uso de
equipamentos de proteção individual e capacitação dos profissionais da saúde
para melhor atender as necessidades da população.

2.3 O TRABALHADOR DA SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA


DA COVID-19

Nesse cenário marcado pela ignorância, investigação e conflito


socioeconômico, os profissionais de saúde ganham notoriedade, sendo estes
14

os responsáveis pela a linha de frente no combate da COVID-19, tornando-se


heróis. Durante a pandemia, esses profissionais tiveram que lidar com a
infraestrutura insuficiente, principalmente no número de leitos hospitalares, falta
de equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos de respiração
mecânica insuficiente (CASTRO; PONTES, 2021).
Com o aumento dos números de casos graves de infectados pelo a
COVID-19 os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) se viram cada vez
mais restritos, impondo aos profissionais de saúde a responsabilidade de
destinar a prioridade dos casos para o uso dos respiradores enquanto os
demais esperaria por vagas. Para isso, foi desenvolvido um protocolo que tem
por objetivo determinar através de conhecimentos técnico-médico-científicos as
prioridades de acesso a UTI, sendo assim, retirada a responsabilidade dos
profissionais de saúde em decidir subjetivamente quais pacientes ocupariam os
leitos (RIBEIRO et al., 2021; LIMA et al., 2022).
O uso dos EPI’S é imprescindível para proteção dos profissionais de
saúde, sendo a principal forma de redução dos riscos de contágio da SARS-
Cov-2. Destaca-se o uso de máscaras N95/PPF2, luvas, face shields, roupas
de proteção e aventais de isolamento descartáveis. Com a falta desses
equipamentos os profissionais ficam expostos ao risco de contaminação pelo
vírus, bem como, transmitir o vírus para os seus familiares (NETO et al., 2022).
Com o aumento da propagação do vírus alguns profissionais como
técnicos de enfermagem e enfermeiros foram afastados das suas atividades
por serem grupo de risco de complicações da doença. As escalas foram
refeitas com os colaboradores que restaram, entretanto, estes trabalhadores
posteriormente foram adoecendo necessitando de substituições imediatas
(PINHEIRO; PITOMBEIRA; LOIOLA, 2020).
Segundo Nascimento e seus colaboradores (2022) os profissionais de
saúde tornaram-se um grupo altamente exposto aos efeitos do estresse, em
especial os que atuaram diretamente no cuidado de pacientes infectados. Em
especial a equipe de enfermagem, isso por que durante a pandemia foram os
responsáveis pelo o cuidado dos pacientes acometidos pela a COVID-19. Além
disso, o convívio direto com os pacientes em isolamento que não podiam ter
visitas ou acompanhantes durante sua internação, o que contribuiu para o
adoecimento físico e psíquico desses profissionais (LUZ et al.,2020)
15

Soma-se a isto às pressões vivenciadas na determinação da prioridade


para uso dos leitos, medo de contrair e contaminar seus familiares com o vírus,
mudanças contínuas na estratégia de enfrentamento da pandemia, escassez
de equipamentos de proteção individual (EPI), aumento das jornadas de
trabalho, adiamento de férias, desumanização do trabalho, baixa remuneração
e precarização do trabalho, entre outros estressores que juntos influenciam no
impacto psicológico causado na saúde dos trabalhadores (GALON; NAVARRO;
GONÇALVES, 2022).
A presença desses estressores pode se manifestar de diferentes formas
na saúde mental dos trabalhadores de saúde, os problemas mais comuns são
o esgotamento mental decorrente da atividade profissional, transtornos de
ansiedade e sintomas de depressão. Nesse contexto é necessário se atentar a
frequência desses sintomas, verificar a intensidade e duração, o contexto em
que eles aparecem e o se causa prejuízo de funcionalidade (SALUM JÚNIOR,
2021).
Nesse contexto, é possível perceber a existência de fatores no ambiente
de trabalho que são prejudiciais para os aspectos físicos, emocionais e
biológicos. Estes fatores causam uma precariedade na assistência prestada,
sobrecarga profissional, e até mesmo abandono da profissão. Os profissionais
estão sempre expostos a possíveis riscos de saúde e de segurança no seu
ambiente de trabalho, entre todos os agentes encontrados que influenciam no
adoecimento a falta de EPI se configura com risco a integridade física desses
trabalhadores, visto que ficam expostos a riscos biológicos, sendo de
responsabilidade da instituição no qual trabalham ofertar o acesso a esses
equipamentos, visando reduzir o risco de contágio com o vírus, promovendo a
segurança e bem- estar dos profissionais e dos pacientes (MONTEIRO et al.,
2021).
Sendo necessário implementar intervenções psicológicas para proteger
a saúde mental desses trabalhadores, bem como ofertar os recursos materiais
e humanos suficientes para que estes possam atender as demandas de
necessidades impostas pela pandemia do novo coronavírus (SOUSA et al.,
2021).
Nessa perspectiva, segundo Nascimento e seus colaboradores (2021),
foram desenvolvidas medidas preventivas para os agravos a saúde mental dos
16

trabalhadores de saúde, visando diminuir os níveis de estresse no ambiente de


trabalho, identificar precocemente e encaminhar para ajuda. Algumas medidas
adotadas foram estabelecimento de descanso, treinamento de pessoal para
diagnóstico precoce do adoecimento psíquico, entre outras. Já as medidas de
promoção à saúde mental está o apoio psicológico, gerenciamento de crise,
psicoeducação, entre outras.

3 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo revisão integrativa


da literatura. Este estudo buscou identificar na literatura brasileira, entre os
anos de 2020 e 2022, o contexto estudado, evidenciado e vivenciado acerca da
seguinte pergunta norteadora: “Quais foram os impactos gerados na gestão de
saúde pública e na saúde dos trabalhadores no período referente à pandemia
da COVID-19?”.
Constituiu-se de uma pesquisa teórica, baseada na análise documental
e revisão da literatura com caracterização descritiva e qualitativa (BRIZOLA;
FANTIN, 2016). Como critérios de inclusão neste estudo, utilizou-se artigos
científicos originais ou de revisão, livros e periódicos anuais, que estivessem na
língua portuguesa. Foram excluídos da análise monografias, dissertações,
resumos e artigos que não se enquadram na temática ou que estavam escritos
em outras línguas.
No processo de investigação e levantamento dos dados utilizados, foram
consultadas as bases de dados: Medical Literature and Retrivial System Online
(MEDLINE/PubMed) via National Library of Medicine, Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de dados em
enfermagem (BDENF), acessados pela a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
Para a seleção dos descritores foi utilizado nas definições encontradas nos
Descritores em Ciência e Saúde (DECS), sendo eles: “Gestão em Saúde”,
“Saúde do Trabalhador” e “COVID-19”, utilizando os operadores booleanos
“AND” e “OR”.
Para produção do fluxograma representativo da seleção e analise dos
trabalhos obtidos através da pesquisa nas bases de dados para a produção
deste presente estudo foi utilizado o método de pesquisa PRISMA. Este
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consiste, em um checklist composto por 27 itens e um fluxograma de 4 etapas,


tendo por objetivo nortear os autores na produção do trabalho (GALVÃO,
2015).
A Figura 01 apresenta o fluxograma do levantamento feito para a
pesquisa e trabalhos selecionados para a produção deste estudo. Após a
leitura sistemática dos manuscritos e aplicados os critérios de inclusão e
exclusão, foram utilizados 12 estudos para o embasamento deste trabalho.

Figura 01. Fluxograma da seleção dos estudos adaptado do Preferred


Reporting Items for Systematic review and Meta-Analysis Protocols (PRISMA
2020).
çã
ca
nt
Id

ifi

Registros identificados por meio de


e

pesquisa no banco de dados Registros adicionais identificados


MEDLINE/PubMed® = 493 por meio de outras fontes
LILACS = 26 / SciELO = 215 (n = 0)
BDENF = 12 / TOTAL = 746

Registros após a remoção de duplicatas


(n = 436)
Tr

m
ia
g
e

Registros selecionados Registros excluídos


(n = 194) (n = 242)
de
bil
El

gi

id
e

Texto completo avaliados Artigos de texto completo


para elegibilidade excluídos, com motivos
(n = 23) (n = 6)

Estudos incluídos na
síntese qualitativa
(n = 13)

In
cl
u

Estudos incluídos na
síntese quantitativa
(metanálise)
(N = 12)
18

Fonte: Autoria própria, 2022.


19

4 RESULTADOS

Os artigos selecionados para a produção desse trabalho estão


organizados na Tabela 01, estes estão organizados contemplando os seguintes
aspectos: título da obra, autor (es) do trabalho, ano, objetivos e conclusão.
Conforme está demonstrado abaixo:

Tabela 01. Características dos estudos selecionados organizados por autores,


ano de publicação, objetivo do estudo e conclusão.
TÍTULO DA AUTORES/
OBJETIVO CONCLUSÃO
OBRA ANO

Refletir as ações de
O planejamento
planejamento das
das
organizações de É imprescindível a criação de normas que conduzem e direcionam a
organizações de
saúde no atuação dos profissionais de saúde na linha de combate ao novo
saúde no JACOB et
coronavírus, destacando o profissional enfermeiro que possui atuação
contexto da al. 2020
contexto da assistencial e gerencial, evidenciando a sua relevância nas tomadas
pandemia da
pandemia do novo de decisões, organização do serviço, priorização de problemas e
covid-19 e o
coronavírus e com resolutividade, características essenciais em um momento de
papel do
isso o papel do emergência pública.
enfermeiro
enfermeiro gerente
gerente
neste cenário.

Evidenciar as
exigências e as
atribuições próprias
da APS para o Finalmente, deve-se considerar, mesmo sem ainda ter um
Atuação das
enfrentamento dimensionamento pormenorizado a esse respeito, que durante o
equipes de APS
dessa pandemia, período de epidemia, principalmente nos seus seis primeiros meses,
durante o LAVRAS,
bem como as houve uma diminuição no acesso de pacientes portadores de outros
período de 2021
modificações que agravos e patologias às UBS do SUS, pacientes esses que, em
enfrentamento
foram necessárias circunstâncias normais, estariam buscando a unidade, para
da covid-19
nos processos de diagnóstico ou acompanhamento de tratamento.
trabalho das equipes
desse nível de
atenção.

Desafios da
Demonstrar as
gestão em Num ambiente cercado de dúvidas e incertezas, como uma pandemia,
incertezas geradas
tempos de as opções administrativas demonstram-se simultaneamente
GEBRAN pela pandemia, que
covid-19: revestidas de maior importância e de maiores riscos. Ações e
NETO, 2021 levou os
escolhas entre o omissões dos gestores sempre estarão a sofrer escrutínio por parte
administradores a
ideal e o dos órgãos controladores e do Poder Judiciário.
tomar decisões.
possível

Com base nas considerações anteriores percebeu-se o fortalecimento


A relevância do
do SUS como estratégia principal na efetivação do direito à saúde. O
sistema único de Investigar através da
fortalecimento envolve a necessidade de atualização de seu
saúde na literatura científica a
financiamento, a valorização do trabalho dos profissionais de saúde, a
pandemia do SODER; relevância do SUS
necessidade de ações estratégicas às populações de maior
covid-19: uma SODER, na pandemia do
vulnerabilidade social e o conhecimento da importância desse sistema
revisão 2021 Covid-19.
de saúde pela população, alinhado à participação ampla da sociedade
integrativa
nesta revitalização do sistema.

Dilemas éticos LIMA et al., Refletir acerca das A pandemia, sem dúvida, criou um cenário que suscitou dilemas
durante a 2022 questões éticas éticos para profissional de saúde, paciente e família. Os profissionais
pandemia de enfrentadas por vivenciaram impasses como a falta de EPI adequados devido à alta
20

demanda, gerando questões sobre o dever de assistir o paciente e a


profissionais de garantia da segurança pessoal. A falta de condições de trabalho e
saúde, pacientes e recursos ainda é refletida em dúvidas e questionamentos que
familiares em envolvem escolha e prioridade relativas à vida de seres humanos.
covid-19
tempos de Somado a isso, o fato de se estar na linha de frente do combate direto
pandemia da covid- a um vírus pouco conhecido desencadeia o medo e desafia a
19. manutenção da saúde mental. Esses dilemas permeiam a rotina
daqueles envolvidos na assistência à saúde.

Refletir acerca da
gestão em saúde do
Sistema Único de
Reflexões sobre Saúde (SUS), na
gestão do perspectiva de A coordenação, como requisito de base da gestão, favorece a
sistema único de desafios e capacidade da comunicação para o gerenciamento de ações
GLERIANO
saúde para a possibilidades assistenciais e organizacionais, com a tomada de decisão centrada no
et al., 2020
coordenação e cuidado, em processos que orientem a rede de atenção e permitam a
enfrentamento para superar conexão entre os níveis do sistema de saúde.
da covid-19 lacunas de
coordenação no
enfrentamento da
COVID-19.

Refletir sobre o
Planejamento Com o surgimento da pandemia, foram adotadas, a nível social, um
planejamento
organizacional conjunto de atividades planejadas e organizadas com o objetivo de
organizacional no
no contexto de diminuir o número de casos de contágio do vírus, protegendo os
VENTURA- contexto da
pandemia por grupos mais vulneráveis. A par desta resposta social, tornou-se
SILVA et al., pandemia por
covid-19: imprescindível a resposta coordenada e eficaz das várias áreas
2020 COVID-19 e as
implicações para governamentais, no que concerne à dotação de equipamentos,
implicações para a
a gestão em materiais e recursos humanos, bem como à elaboração de
gestão em
enfermagem documentos orientadores para a prestação dos cuidados de saúde.
enfermagem.

Trabalho em Os relatos apresentados neste estudo retratam ainda que a exposição


saúde e as dos trabalhadores produz impactos emocionais e físicos resultantes
Identificar as
repercussões da sobrecarga de trabalho,
repercussões do
durante a MONTEIRO
trabalho em saúde
pandemia do et al., 2021 da preocupação de ser transmissor do vírus a membros da família e
durante a pandemia
covid-19: um da insuficiência de
de covid-19.
estudo
documental equipamentos que visem à sua própria proteção.

O estudo permitiu refletir a respeito das repercussões e possíveis


Repercussões Refletir acerca das
agravos à saúde mental aos quais os trabalhadores de enfermagem
da covid-19 na repercussões da
possam estar expostos no enfrentamento da pandemia Covid-19.
saúde mental LUZ et al., Covid-19 na saúde
Destes, o Estresse Ocupacional, a Síndrome de Burnout, os DPM e o
dos 2020 mental dos
SM podem estar acentuados, nesse período da pandemia Covid-19.
trabalhadores de trabalhadores de
Da mesma forma, influenciar negativamente na saúde física e
enfermagem enfermagem.
psíquica da equipe de enfermagem.

Achatar a curva de
Situação grave e sem precedentes, para a qual ninguém estava
incidência da
preparado, mas que nem por isso dispensou planejamento, decisão e
Gestão e doença, a fim de
ação, baseados no pouco que inicialmente se conhecia sobre a
controle da evitar um grande
FONSECA, COVID-19, conhecimento esse que foi aumentando com o passar dos
saúde pública número de casos
2021 meses e ainda está em construção. Foi nesse cenário de absoluta
em tempo de graves em um curto
anormalidade que trabalharam os profissionais de saúde, entre eles
pandemia período, o que
os gestores da saúde pública nos três níveis federativos e em todo o
levaria o sistema de
território brasileiro.
saúde ao colapso.
21

Tomada de Apresentar um
decisões ético- panorama sobre o
profissionais em processo de tomada Os critérios para prioridade na atenção de pacientes graves de Covid-
situações de de decisões ético- 19 foram: parâmetros técnico-médico-científico, gravidade do quadro
RIBEIRO et
excepcionalidad profissionais em clínico, maioridade, ser profissional da saúde, presença de doenças
al.,2021
e à pandemia da situações de de base incurável, realização de sorteio e pacientes com maior
covid-19: excepcionalidade no probabilidade de sobrevivência.
revisão início da pandemia
integrativa da Covid-19.

Uso de Os profissionais participantes do estudo


Investigar o uso de
equipamentos
CRUZ Equipamentos de
de proteção apontam dificuldades para acesso de EPIs, o que leva ao trabalho
NETO et al., Proteção Individual
individual no desprotegido e contaminação pela Covid-19. Ressalta-se que a
2022 no enfrentamento à
enfrentamento á compra de EPIs pelos trabalhadores e a reutilização de matérias
Covid-19.
covid-19 constituem práticas que colocam em risco sua saúde.

Fonte: Autoria própria, 2022.


22

5 DISCUSSÃO

A SARS-Cov2, doença ocasionada pelo novo coronavírus que ficou


popularmente conhecida por COVID-19, desencadeou uma grande
preocupação nas autoridades mundiais de saúde sendo nomeada de
pandemia. Isso porque possuía uma rápida disseminação e uma elevada taxa
de morbimortalidade que se atualizava diariamente, gerando grandes
incertezas no mundo da saúde principalmente quando relacionado a
determinação de protocolos terapêuticos e adoção de medidas preventivas
(BELARMINO et al.,2020).

Segundo Malik (2021), a pandemia do novo coronavírus tratou-se de


uma gestão de crise, esta seria a tentativa organizacional de evitar grandes
consequências sendo evidenciada pelas grandes mudanças geradas no
sistema de saúde brasileiro, na economia e até no próprio meio ambiente.
Exemplo disso seria o uso de teleconsultas, falências e maior número de
desemprego, bem como a redução da poluição do ar atmosférico.

Ainda segundo Malik (2021), no início da pandemia se esperava a


solidariedade da população respeitando as medidas de distanciamento e
isolamento social, entretanto esta solidariedade durou por um curto período de
tempo. Sendo assim, o comportamento humano teria ligação com a
disseminação das doenças infectocontagiosas, dando tempo aos países para
se preparar e providenciar vacinas e medicamentos.

A resposta sanitária brasileira a pandemia foi marcada pela a


descoordenação e insuficiência, pois o governo federal não honrou com o
pacto federativo, onde deveria ser responsabilidade do ministério da saúde a
unificação de ações e o direcionamento dos recursos para o enfrentamento da
COVID-19, entretanto as responsabilidades foram transferidas para os estados
e municípios (SODRÉ, 2020; CHIORO, 2021)

Reflexo disso está no baixo índice de testagem por milhão de habitantes


devido a incapacidade de prover a rede de laboratórios de saúde pública os
meios necessários para garantir a testagem diagnóstica em tempo hábil, bem
como a falta de estratégias de comunicação social, dificuldade na aquisição de
23

equipamentos, medicamentos e materiais médico-hospitalares (CHIORO, 2021;


GLERIANO et al., 2020).

A desonra do pacto federativo levou aos administradores públicos dos


estados e municípios o poder e dever de atuar na proteção da população,
sendo estes responsáveis por diminuir o contágio e tomar as medidas de
assistência dos pacientes portadores de COVID-19 (GEBRAN NETO, 2021).
Para Jacob e colaboradores (2020), essas mudanças e novas formas
gerenciais geradas pela a pandemia demonstra a importância do planejamento
nessas instituições de saúde para que assim seja prestada uma assistência
qualificada.

O enfermeiro gestor desempenhou papel fundamental ao gerir e


incorporar nas unidades as orientações regulamentadas, além disso contribuiu
na estimulação do trabalho em equipe permitindo no cuidado assistencial
focado no indivíduo (VENTURA-SILVA et al., 2020). Dado o cenário
pandêmico, iniciou-se uma corrida mundial pela a aquisição de produtos e pela
a montagem de estruturas de média e alta complexidade em tempo hábil, bem
como outras dificuldades que também foram geradas como falta de
respiradores e leitos, escassez de medicamentos e equipamentos de proteção
individual (EPI), demandando dos gestores de saúde uma resposta rápida e a
cumprir prazos urgentes na solicitação de novos materiais (BISOL, 2021).

De acordo com Massuda e seus colaboradores (2020), a pandemia


representou um teste de força para os sistemas de saúde, mesmo aqueles
mais bem estruturados sofrem com a sobrecarga gerada pela alta demanda de
pacientes graves. A COVID-19 gerou uma grave crise econômica que
demonstrou a ineficácia da infraestrutura, principalmente de leitos e de
unidades intensivas para atender a grande demanda (CASTRO; PONTES,
2021).

Diante disso, seria preciso fortalecer os recursos físicos e financeiros


para melhorar a resposta à pandemia, destacando-se alguns pontos chaves
como a ativação do gabinete gestor de crises, estabelecer um plano de ação
de acordo com o avanço da doença, alocação de recursos extraordinários para
garantir melhor infraestrutura e assistência, bem como a realização de compras
24

conjuntas entre as secretarias estaduais e municipais para negociação de


preços na compra de recursos materiais (MASSUDA et al., 2020).

A atenção primária à saúde (APS) desempenha o papel de porta de


entrada do sistema único de saúde (SUS), além disso é ela quem coordena o
direcionamento do indivíduo para os níveis de atenção de acordo com a sua
necessidade. Esta teve papel fundamental no enfrentamento do novo
coronavírus, desenvolvendo suas atividades rotineiras, atuando no
rastreamento, bloqueio e monitoramento de casos de pacientes portadores da
COVID-19, e na organização dos fluxos assistenciais direcionando pacientes
mais graves para outros níveis de atenção (LAVRAS, 2021; TAKEDA; SIRENA,
2021).

Foram vários os desafios enfrentados pela a APS durante a pandemia


da COVID-19 dentre eles destaca-se a necessidade da rápida qualificação dos
profissionais para atuarem na assistência de casos suspeitos e confirmados da
doença, classificação de risco das condições crônicas para acompanhamento e
prevenção de agravos, e a vigilância em saúde para acompanhamento e
levantamento de casos da doença (CAVALCANTE; LOPES; EVANGELISTA,
2021).

Segundo Souza (2021), o fornecimento de cuidados especiais à


comunidade durante a pandemia gerou uma sobrecarga acima da capacidade
funcional, sendo necessário ser elaborado um plano de contingência com
estratégias de gerenciamento dos recursos materiais e humanos. Sendo assim
necessário a formação de comitês específicos para elaboração dos fluxos,
protocolos, capacitação profissional (SOUZA et al., 2020).

Os profissionais da saúde tornaram-se os responsáveis pelo


enfrentamento da doença, por estarem na linha de frente ficarem expostos ao
risco de contaminação pela a COVID-19 ainda mais quando associada a
higienização inadequada das mãos e aumento da jornada de trabalho, risco de
adoecimento mental (LUZ et al., 2020; TEIXEIRA et al., 2020).

A utilização dos EPI é uma ferramenta de proteção contra os riscos


biológicos, sendo função da instituição dispor desses dispositivos para proteger
seus trabalhadores e diminuir o contágio com as doenças infectocontagiosas.
25

Durante a pandemia essas medidas foram reforçadas como medidas


preventivas contra a infecção pela a COVID-19, destacando o uso de gorros,
máscaras N95, luvas, propés, aventais de isolamento e escudo facial
(MONTEIRO et al., 2021; CRUZ NETO et al., 2022).

A falta de equipamentos de proteção individual, o aumento das jornadas


de trabalho, falta de leitos e equipamentos respiradores, são exemplos de
alguns estressores que levaram os trabalhadores de saúde ao aumento de
problemas de saúde mental como ansiedade, depressão, insônia, aumento do
uso de drogas e do medo de contaminar seus familiares (NASCIMENTO et al.,
2021; SALUM JÚNIOR, 2021; SOUSA et al., 2021).

Em conjunto ao desgaste físico e mental, os trabalhadores de saúde


vivenciaram situações conflitantes em agir com ética e responsabilidade dada a
sobrecarga de trabalho e aumento dos casos. Com o aumento de casos houve
a limitação da quantidade de leitos clínicos e cabendo aos profissionais de
saúde decidir quem teria prioridade para o uso do respirador (RIBEIRO et al.,
2021; LIMA et al., 2022).

A rotina de trabalho estressante vivenciada por esses profissionais


aliados a múltiplas responsabilidades, distanciamento de suas famílias,
escassez de equipamentos, medos e incertezas demonstra as diferentes
tensões vivenciadas por estes heróis. Além disso, estes se tornaram uma
população vulnerável para adoecimento pela a COVID-19 sendo um dos
principais grupos de risco (SALES et al., 2021).

A COVID-19 demonstrou o despreparo dos sistemas de saúde, sendo


estes obrigados a indicar respostas rápidas para conter a disseminação da
doença para evitar o colapso do sistema. No entanto, esta também demonstra
a importância da interação entre a equipe multidisciplinar para ocorrer o
cuidado integral e assistência qualificada (FONSECA, 2021; CAPUCHO, 2021)

Portanto, percebe-se a relevância exercida pelos os gestores de saúde


na coordenação do cuidado, bem como o papel exercido pela a atenção
primária na condução dos mecanismos de resposta desenvolvidos para o
enfrentamento da pandemia e dos profissionais da linha de frente na prestação
dos cuidados (SODER; SODER, 2021).
26

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo pretendeu visualizar a gestão em saúde e a saúde dos


trabalhadores e impactos causados pela a pandemia da COVID-19 para
evidenciar a realidade vivenciada pelos os gestores e trabalhadores da saúde
de maneira a conter a propagação do vírus e evitar o colapso total do sistema
de saúde, a partir da análise integrativa da literatura.

As principais limitações deste estudo centram-se na dificuldade


encontrada na busca de trabalhos voltados a temática da pandemia e que
abordassem a temática escolhida para o desenvolvimento do estudo. Dessa
forma, verifica-se a necessidade do desenvolvimento de estudos voltados a
temática da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, justificando a
produção deste trabalho, que através de outros estudos contribui para
documentar os desafios enfrentados pelos os sistemas de saúde e
trabalhadores de saúde durante este período, bem como, servir de
embasamento para possíveis pandemias.

Concluímos que a pandemia ocasionada pelo COVID-19 se tornou um


desafio sem precedentes para os sistemas de saúde mundiais que
preocupados com a situação se viram obrigados a definir medidas de combate
ao vírus. Dessa forma, observa-se o papel fundamental exercido pelos os
gestores de saúde na determinação de medidas de enfrentamento e na
reorganização do sistema. Bem como, percebe-se a importância do papel
exercido pelos os trabalhadores da saúde, que se tornaram os responsáveis
pela a linha de frente do enfrentamento da COVID-19.

A realidade vivenciada por esses trabalhadores nesse cenário


pandêmico não foi nada fácil, estes tiveram que lidar com a carência de leitos,
escassez de equipamentos de proteção individual, entre outros. Tornaram-se o
principal grupo de risco devido a exposição a indivíduos infectado, que somado
aos medos, inseguranças e estresses vivenciados tornaram-se propensos ao
adoecimento físico e mental.

Por tanto, podemos enfatizar a necessidade de se ter um sistema de


saúde bem preparado capaz de atuar no combate a possíveis emergências de
saúde como foi a covid-19, assim como, percebe-se a importância do SUS que
27

se demonstrou eficiente ao garantir assistência hospitalar e vacinação


seguindo seus princípios doutrinários: equidade, universalidade e integralidade.

Bem como, percebe-se a importância dos trabalhadores de saúde e a


necessidade de valorizar essa classe trabalhadora, em especial a equipe de
enfermagem que diante de um cenário de escassez de recursos humanos e
matérias, falta de local para descanso e alimentação, desvalorização da classe
e baixa remuneração comprometeram suas condições de saúde para garantir
assistência a população.
28

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VENTURA-SILVA, João Miguel Almeida et al. Planejamento organizacional


no contexto de pandemia por COVID-19: implicações para a gestão em
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