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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE DO LESTE

BAIANO - CEEPS

CURSO: GERÊNCIA EM SAÚDE

EMANUELA SOUSA DOS SANTOS


KELLY SANTOS ALEXANDRIA
JOSE FRANCISCO PEREIRA FARIAS

COMO OCORRE OS ATENDIMENTOS AOS PACIENTES


INTERNADOS NA UTI DESTINADO A COVID-19

VALENÇA - BA
2022
EMANUELA SOUSA DOS SANTOS
KELLY SANTOS ALEXANDRIA
JOSE FRANCISCO PEREIRA FARIAS

COMO OCORRE OS ATENDIMENTOS AOS PACIENTES


INTERNADOS NA UTI DESTINADO A COVID-19

Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma


de Artigo Científico, apresentado Centro
Estadual de Educação Profissional em Saúde
do Leste Baiano - CEEPS, como requisito
parcial obrigatório para conclusão do curso de
Gerência em Saúde.

Orientadora:
Profa. Esp. Verônica Queiroz Borges
Coorientador
Prof. Esp. Emerson dos Santos de Carvalho

Valença - BA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

2 HUMANIZAÇÃO: Conceitos......................................................................................5
2.1 Organização hospitalar no Brasil............................................................................6
2.2 Humanização e os profissionais da saúde...........................................................10

3 CONCLUSÃO..........................................................................................................14

REFERÊNCIAS..........................................................................................................15

AGRADECIMENTOS

Agradecemos em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida e por nos capacitar
nesse curso, podendo hoje concluí-lo.
Agradecemos aos nossos familiares na pessoa dos pais, irmãos, esposos e
filhos que, foram capazes de nos compreender quando não tínhamos tempo para os
mesmos devido as atividades de pesquisa em prol da nossa formação.
Somos gratos(as) também a cada profissional que se empenhou e nos
transmitiu saberes inerentes à formação.
Agradecemos em especial aos nossos orientadores, a professora Verônica
Queiroz Borges e o professor Emerson Carvalho pela sua dedicação e ensino.
Enfim, queremos externar a nossa gratidão a todos que, de forma direta ou
indireta contribuíram significativamente para a nossa formação, por meio de palavras
de afirmação e apoio. O nosso muito obrigado(a)!
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COMO OCORRE OS ATENDIMENTOS AOS PACIENTES


INTERNADOS NA UTI DESTINADO A COVID-19

RESUMO

O presente artigo tem como proposta apresentar a questão de como ocorre os atendimentos
aos pacientes internados na uti destinado a COVID-19, como objetivo, fazer uma reflexão da
pandemia ocorrida não só no Brasil, mais em todo mundo. Perceber de que forma foi tratada
a Saúde pública, as urgências nos atendimentos e suas prioridades, unidades de utis
construídas rapidamente para poder atender as emergências, quantidades de pessoas que
perderam familiares e amigos por conta a precarização dessas unidades. Escândalos por
desvio de verbas destinadas as ações da COVID-19 e demais situações, com isso ficou
melhor observar como ocorre os atendimentos aos pacientes, inclusive os que são
destinados as unidades de emergências, durante, antes e depois também os que são
destinados as alas destinadas ao isolamento a Covid-19. Com isso, houve criação de notas
técnicas para que estados e municípios pudessem correr contra o tempo para salvar vidas.
O coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa e por isso que a humanização dos
serviços e como os profissionais de saúde deve proceder com relação aos atendimentos
específicos para o vírus.

Palavras-Chaves: UTI. Atendimentos. COVID-19.

1 INTRODUÇÃO
A COVID-19 afeta a população de diferentes maneiras, pois a maioria das
pessoas infectadas apresentam sintomas leves a moderados, inclusive os
assintomáticos da doença e que não precisaram ser hospitalizadas. Historicamente
foi em dezembro de 2019 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi acionada
sobre o surto de diversos casos do vírus em uma cidade da China. O vírus ainda
não conhecido e que precisava ser identificada, com isso dias depois foi confirmado
e identificado que havia um novo tipo de coronavírus, logo após a descoberta, já
estava em todo mundo por conta das rotas turísticas e se observarmos até as
últimas décadas que raramente se ver pandemia dessa que causasse doenças
graves. Até o momento foram identificados sete tipos de coronavírus em humanos
(HCoVs): HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (que
causa síndrome respiratória aguda grave), MERS-COV (que causa síndrome
respiratória do Oriente Médio) e a mais recente, novo coronavírus (que no início foi
temporariamente nomeado 2019-nCoV e, em 11 de fevereiro de 2020, que recebeu
o nome de SARS-CoV-2). Esse novo coronavírus é responsável por causar a
doença COVID-19. Doença essa que deixou cerca de 2,5 milhões de pessoas no
mundo estaticamente mortas. Cerca de milhões entubadas em casos craves de
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saúde, a situação fica cada vez mais grave para pessoas com doenças crônica,
nessa situação, o internado recebe oxigênio suplementar para auxiliar o trabalho dos
pulmões. Ele pode ser ofertado tanto por um cateter nasal quanto por ventilação
mecânica, quando o paciente é conectado por um tubo a uma máquina que faz a
respiração de forma artificial. Essa segunda estratégia precisa ser feita na Unidade
de Terapia Intensiva (UTI).

Ao chegar na uti o paciente passa cerca de um mês ou mais a depender de


como o paciente tá evoluindo com os remédios ver se devido sua doença não calçou
mais nenhum dano no ser humano nem fez sua doença evoluir.
Com isso os hospitais foram ficando lotados sem ter lugar para tantos
pacientes com situações graves então os municípios tiveram que improvisar e se
adaptar com os novos leitos para que foce utes improvisadas. O Governo Federal
para garantir o atendimento de pacientes com Covid-19 não para. O Ministério
da Saúde liberou R$ 1,2 bilhão para o custeio de leitos de Unidades de Terapia
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Intensiva (UTI) em todo o país. O valor é referente ao mês de julho. Os recursos


atendem a leitos de UTI adultos e pediátricos. Todos os estados e Distrito Federal
serão contemplados com recursos para leitos de UTI Covid-19 adulto. O valor total
do repasse para esse tipo de leito é de R$ 1,1 bilhão. São cerca de 25 mil leitos
destinados exclusivamente para o tratamento da doença. Já 20 estados receberão
verbas para atendimento em leitos de UTI Covid pediátricos, totalizando R$ 20,2
milhões. Os recursos custearam 433 leitos em Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito
Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins. Desde o início da pandemia, o
Ministério da Saúde tem apoiado os estados e municípios, atendendo as solicitações
com investimentos, ações, serviços e fornecendo infraestrutura para o
enfrentamento da Covid-19. As autorizações para leitos de UTI Covid ocorrem sob
demanda e solicitação dos estados, que têm autonomia para disponibilizar e
financiar quantos leitos forem necessários.

2. HUMANIZAÇÃO: Conceitos

Humanização é a soma de valores, métodos, comportamentos e atitudes que


são realizadas dentro de seus princípios, propõem a qualidade das relações entre
pessoas e os serviços de saúde.
Como você pode ver, a humanização é algo que dá a uma pessoa o espaço
para se sentir algo, se sentir importante e especial em sua vida. As pessoas
precisam dessa confirmação diária em suas vidas, ou seja. as pessoas precisam se
sentir como uma pessoa, para se sentirem importantes em seu ambiente.
Porém, segundo o Ministério da Saúde, Política Nacional de Humanização
Hospitalar, (2003) até o momento não existe consenso quanto ao conceito de
humanização da assistência hospitalar, embora o Ministério da Saúde tenha
proposto algumas definições no programa - que posteriormente se transformou em
política - criado para incentivar a humanização nas organizações de saúde.

O sentido de humanidade até aqui é o tema do cuidado humanizado, ou seja,


cuidado bom e digno com preocupação e respeito aos pacientes que necessitam de
assistência médica. A humanidade busca esse conceito porque entende que todo
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ser humano é um ser com mente e corpo, e por isso deve ser cuidado, ou seja, você
deve cuidar, amar e respeitar as pessoas no momento. Dor através de um serviço
confortável. No campo da saúde, o conceito de humanidade aparece como um
princípio relacionado ao paradigma dos direitos humanos consubstanciado no nível
individual e social. É importante saber que a base do princípio da humanidade
encontra-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos publicada pelas Nações
Unidas em 1948, que se baseia nos conceitos de dignidade humana e “igualdade”.

Para Mezono (2003) a humanização nos hospitais passa pela humanização


da sociedade como um todo, não se esquecendo de que uma sociedade violenta,
injusta e excludente interfere no contexto das instituições de saúde, a hospitalar
principalmente; humanização em instituições hospitalares significa tudo quanto seja
necessário para tornar a instituição adequada à pessoa humana e aos seus direitos.

Às vezes, a unidade hospitalar não pode ser humanizada devido à sociedade em


que esse profissional médico vive. Porque quando a sociedade é excludente,
violenta e injusta, as instituições, inclusive os hospitais, sofrem automaticamente.
Eles são frequentemente maltratados, difamados e ostracizados simplesmente
porque estão doentes. Todos os dias, através dos noticiários da TV, vemos
informações sobre o sofrimento de muitas pessoas morrendo nos hospitais, sem
conseguir um lugar ou leito, e muitas vezes (mas nem sempre) um ser humano para
essas pessoas. Nesse sentido, há uma turbulência sanitária na sociedade devido à
escassez de médicos, leitos, hospitais e sobretudo a humanização de um grande
número de funcionários que se autodenominam enfermeiros. A saúde do Brasil
atingiu níveis catastróficos. Devemos buscar a humanização, pelo menos nessas
instituições. Assim cada indivíduo pode se sentir melhor e mais humano nos
momentos de dor e desespero

2.1 Organização hospitalar no Brasil


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As instalações médicas podem ser categorizadas como clínicas, prontos-socorros,


postos de saúde, ambulatórios e hospitais. Estes últimos caracterizam-se pela oferta
de leitos para internação e representam 9,3% de todas as instalações médicas.

Segundo Almeida, o hospital pode ser definido como:

Uma instituição destinada ao diagnóstico e tratamento de doentes internos e


externos; planejada e construída ou modernizada com orientação técnica;
bem organizada e convenientemente administrada consoante padrões e
normas estabelecidas, oficial ou particular, com finalidades diversas; grande
ou pequena; custosa ou modesta para atender os ricos, os menos
afortunados; os indigentes e necessitados, recebendo doentes gratuitos ou
contribuintes; servindo ao mesmo tempo para prevenir contra a doença e
promover a saúde, a prática, a pesquisa e o ensino da medicina e da
cirurgia, da enfermagem e da dietética, e das demais especialidades afins
(ALMEIDA, 1983, p. 205).

Almeida apresenta, o hospital como um espaço acolhedor que procura tratar,


oferecer um trabalho de modo igualitário, independente da condição socioeconômica
do indivíduo. No entanto, esse conceito para a realidade da maioria dos seres
humanos é uma mera utopia. Oxalá fosse colocado em prática tudo o que o autor
acima aborda no seu conceito de instituição hospitalar. Como ele mesmo falou, um
hospital pode ser grande ou pequeno, pública ou privada, rica ou pobre, mas que
tenha todas as mesmas finalidades que são as de prestar um atender a qualquer um
que necessitar de cuidados médicos, independente do indivíduo ser rico, pobre,
mendigo, negro ou branco.
Para Carvalho (1984), a instituição hospitalar é aquela devidamente
aparelhada em material e pessoal, que se destina ao diagnóstico e tratamento de
pessoas que carecem de assistência médica diária e cuidados permanentes de
enfermagem, em regime de internação.
Os hospitais são as engrenagens mais importantes do sistema de saúde.
Além de todo o atendimento hospitalar, oferece atendimento ambulatorial integral e
emprega 56% dos profissionais de saúde que respondem por 67% do gasto total em
saúde e 70% do gasto público da região.

Quanto mais pesquisas são feitas sobre o papel dos hospitais e instituições de
saúde, mais as mesmas definições são seguidas, pois todos concordam que os
hospitais são instituições que diagnosticam e tratam aqueles que precisam de
cuidados médicos. lê apenas no papel e as pessoas que precisam ou precisam de
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um hospital para tratar suas doenças não conseguem realizar essa tarefa ou se têm
capacidade, são ignoradas porque não têm ou não têm o valor necessário para
pagar pelo serviço forneceu. . A cada dia se vê que é preciso rever e mudar a
organização hospitalar do país, pois muitos morrem em filas médicas e nosso
governo sempre "mostra" interesse pela saúde, prometendo melhorias, ampliações e
propostas que enchem nossos corações de alegria e esperança. . . Existem vários
hospitais no país e, segundo pesquisas, quase todos são financiados pelo estado. A
maioria, 71%, são hospitais municipais e a maior parte do restante do estado são
comunidades. O governo federal tem um número relativamente pequeno de
hospitais em todo o MS e MEC. mas a presença de desumanização às pessoas
pode ser observada em todos eles. Não se pode esquecer que ainda existem
hospitais privados que em muitos casos recebem financiamento público, como no
caso dos hospitais beneficentes e beneficentes sem fins lucrativos, esses hospitais
devem fornecer 60% dos leitos para pacientes do SUS (Saúde). Sistema Único). E
hospitais privados que também recebem dinheiro do SUS.

Para Forgia (2009), ainda existem os hospitais particulares com fins lucrativos
e alguns filantrópicos não financiados pelo SUS. Essas instituições, administradas e
custeadas de forma privada constituem cerca de 20% de todas as unidades
hospitalares e 30% de todos os hospitais privados.
O setor hospitalar brasileiro desempenha um papel central no sistema de
saúde. De acordo com o número de leitos, os hospitais no Brasil são divididos em
pequenos (1 a 9 leitos), médios (50 a 1 9 leitos), grandes (150 a 99 leitos) e
especiais (mais de 500 leitos). A maioria dos hospitais é pequena, mas ocupa
apenas 18% dos leitos. Isso tem implicações importantes para a qualidade e
eficiência de escala que são inconsistentes com os padrões internacionais. Nesse
sentido, entende-se que a desumanização se dá principalmente pela falta de leitos,
e como mencionado acima, poucos hospitais têm leitos suficientes, e se tiverem,
falta de atendimento, falta de diagnóstico, falta de atendimento, falta de cura, em
suma... falta de tudo. Assim, pode-se dizer que a reestruturação dos hospitais do
país pode reduzir parte da desumanização e os pacientes podem ser mais bem
tratados e curados.
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Para Senhoras (2007) ao observar a realidade de um hospital afirma-se que


este se constitui em uma das estruturas mais complexas da sociedade moderna,
pois possui especificidades incontornáveis do setor, por ter que desempenhar
funções cada vez mais complexas ao longo da história, tais como:

Recuperar, manter e incrementar os padrões de saúde de seres humanos.


Essas funções demandam um conjunto altamente divergente e complexo de
atividades, tais como a realização de atendimentos, exames, diagnósticos e
tratamentos, o planejamento e execução de internações, intervenções
cirúrgicas e outros procedimentos (SENHORAS, 2007, p. 45).

Os hospitais têm atividades bastante complexas, pelo simples fato de


trabalhar com humanos e acima de tudo enfermos, mas por essa complexidade é
que se deve a cada dia procurar realizar suas funções da melhor forma possível. E
sabe-se que as funções, os objetivos de uma organização hospitalar é atender aos
pacientes, ou seja, indivíduos que necessita de cuidados médicos e, esse
atendimento é imprescindível que seja adequado e de qualidade.
É fundamental que as instituições hospitalares atendam aos pacientes
proporcionando com dignidade e acima de tudo procurar capacitar seus
profissionais, realizando pesquisas que tragam inovações na medicina e exercendo
a medicina preventiva e curativa.

No que se refere a produtos e serviços oferecidos pelos hospitais,


especialmente na área da assistência médico-hospitalar, Castro (2002) identifica os
seguintes grupos:

Atendimento médico ambulatorial, caracterizado pelas consultas médicas;


SADT – Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Tratamento, caracterizado
pelos exames complementares; Procedimentos cirúrgicos ou obstétricos,
caracterizados pelas intervenções em ambientes hospitalares específicos;
Internações hospitalares (CASTRO, 2002, p. 70).

Deve-se ter em mente que o sistema hospitalar visa prolongar a vida humana
prevenindo a morte prematura. Minimize as alterações fisiológicas ou funcionais,
desconforto ou deficiência. promove o bem-estar; O problema da humanização pode
ser visto de forma diferenciada quando cada instituição hospitalar, por meio de seus
profissionais, coloca esses objetivos em primeiro lugar em sua vida.

2.2 A Humanização e os profissionais da saúde


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Quando se trata de humanização de hospitais, não é só o espaço físico do prédio


que está tão infiltrado, rachado e sujo que chega a ser lamentável. Mas a
humanização também afeta o cuidado prestado pelos profissionais. Porque o
atendimento dos profissionais médicos espera que algumas das histórias e relatos
sejam ouvidos e presenciados. A negligência é muito alta, pois nos noticiários da
televisão você pode ouvir médicos e enfermeiros abusando de pacientes ou se
recusando a atender pacientes que chegam às unidades médicas, o atendimento
deve ser feito de forma humana. Em outras palavras, temos que ser compassivos
com nossos pacientes. Em outras palavras, você precisa mostrar preocupação com
a dor do seu paciente e comunicá-la. Nos olhos (isso foi diferente para cada
consulta). Devido ao excesso de trabalho e alta demanda dos pacientes e poucos
especialistas na prática, as consultas agora são feitas com tanta rapidez que os
especialistas dificilmente veem o paciente, eles veem que podem fazer. Outra coisa
inusitada na clínica é ouvir e ser questionado. Em outras palavras, a escuta ativa é
ignorada.

Segundo Oliveira e Vieira (2006) os profissionais da saúde submetem-se a tensões


de diferente natureza, o contato com a dor e o sofrimento, com pacientes terminais e
pacientes difíceis, o receio de cometer erros irreversíveis. Sendo assim, o cuidar de
quem cuida é essencial para o desenvolvimento de projetos e ações para a prática
da humanização da assistência.

Não devemos esquecer que tratar um paciente requer uma ajuda diferenciada, e
saber respeitar e tratar a pessoa é mais importante do que tratar a doença. agir com
sabedoria e prestar um cuidado que lhes dê confiança de que é feito com amor e
carinho. As pessoas devem ser reconhecidas como pessoas mentalmente e
espiritualmente formadas, necessitadas de cuidados psicológicos e emocionais,
assim como as que necessitam de atenção por motivos biológicos ou de saúde.
cada paciente. Como seria diferente se o médico visse cada ser humano como
tendo, além de um corpo, uma mente que necessitasse de atenção. Vez após vez
ouvimos relatos de médicos e enfermeiros tratando pacientes como se fossem
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objetos e não pacientes. Os profissionais de saúde precisam ver não só o corpo do


paciente, mas também o interior, humanizar todos os serviços, entender que por trás
dessa doença existe uma necessidade humana de ajuda, é preciso sensibilidade.
atenção e cuidado. Sabe-se que muitas doenças só podem ser curadas e curadas
com carinho, afeto e amor. Posso garantir que a partir do momento em que um
paciente começa a sentir esse amor e carinho em uma clínica ou hospital, a melhora
é automática. O atendimento de pacientes necessitados requer mais humanidade,
para a qual os profissionais devem estar constantemente atentos. Os profissionais
de saúde devem amar seu trabalho e saber que a vida e a morte de seus pacientes
estão em suas mãos. Depende de como você olha para seus pacientes e como você
os trata. Sabemos que a vida pertence a Deus, e que é Ele quem decide quando
vivemos e quando morremos, mas nossos profissionais estão mais do que dispostos
a ajudar, especialmente para aqueles que precisam de cuidados. a compaixão pode
aliviar a dor do paciente e retardar a morte, os profissionais de saúde não devem se
preocupar com pagamento ou horas de trabalho. Você deve estar disposto a servir,
em vez de servir.

Barbosa e Silva (2007) dizem que, para ter respeito, é preciso ouvir o que o
outro tem a dizer, interpretando o que se escuta, tendo compaixão, tolerância,
atenção; entendendo a necessidade de autoconhecimento, respeitando a si próprio,
para assim respeitar o próximo.

Este é o início da humanização dos hospitais. É importante que os


profissionais de saúde saibam ouvir, ser compassivos, tolerantes e, o mais
importante, amar e cuidar dos necessitados. Dessa forma, os profissionais são
respeitados, respeitam o ser humano acima de tudo e se tornam profissionais que se
comportam com dignidade na profissão que escolheram. O ambiente hospitalar é
hostil e pode interferir no bem-estar humano. Ajudar o paciente a sentir talvez seja
mais importante do que simplesmente tratar a doença e conectá-la com toda a
tecnologia. No entanto, as relações entre profissionais de saúde e usuários são mais
facilmente estabelecidas. O ambiente hospitalar é realmente um ambiente
deprimente e triste. Portanto, o médico deve mudar o momento da internação ou do
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tratamento para outro, sempre demonstrando atenção e cuidado para que o paciente
fique mais feliz, com o resultado mais feliz e se cure mais rápido. uma mente feliz
traz felicidade a todo o corpo, e no momento em que o paciente se sentir
verdadeiramente cuidado e amparado, essa alegria é o poder da dor e da doença,
será uma droga terapêutica. É preciso desenvolver uma política para humanizar o
hospital, vai valer a pena e o governo vai se beneficiar mais. O cuidado adequado e
o diagnóstico precoce reduzem significativamente o tempo que muitos pacientes
passam no hospital. Não podemos mais presenciar a cena de hostilidade e
misantropia chegando ao hospital. É hora de mudar isso. É hora de lutar pela
humanização dos hospitais, onde muitas pessoas possam voltar a sorrir, mesmo nos
momentos de dor e choro por doença.

É tempo de cada profissional de saúde aplicar aquele juramento que os


enfermeiros falam no momento da formatura, que diz:

Juro dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a


dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com
consciência e dedicação, guardando sem desfalecimento os segredos que
me forem confiados. Respeitando a vida desde a concepção até a morte,
não participando voluntariamente de atos que coloquem em risco a
integridade física e psíquica do ser humano, mantendo elevados os ideais
da minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral,
preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições. (Juramento... 2009)

Ou o juramento que os médicos fazem ao concluir seu curso, que diz:

Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da


Humanidade. Darei como reconhecimento a meus mestres,
meu respeito e minha gratidão. Praticarei a minha profissão
com consciência e dignidade. A saúde dos meus pacientes
será a minha primeira preocupação. Respeitarei os segredos a
mim confiados. Manterei, a todo custo, no máximo possível, a
honra e a tradição da profissão médica. Meus colegas serão
meus irmãos. Não permitirei que concepções religiosas,
nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu
dever e meus pacientes. Manterei o mais alto respeito
pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça,
não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários
às leis da natureza. (Juramento da Associação Médica Mundial
de 1948).
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Os votos são certamente bonitos e chamativos, mas o importante é mantê-los. Num


futuro próximo, em todos os ambientes hospitalares, a humanização ocorrerá
quando todos os profissionais de saúde estiverem nos hospitais, encontrarem
aqueles que procuram ajuda e todos esses profissionais lembrarem de seus votos.
Vidas são preciosas e devem ser valorizadas para todos que confiam nos
profissionais médicos para que se sintam melhor na luta contra a doença.

3 CONCLUSÃO

Diante de tudo o que veio à tona, conclui-se que a humanização é fundamental para
a recuperação de todos que buscam o atendimento dos profissionais médicos, seja
no setor público ou privado. Muitos atos desumanizantes ocorrem nos hospitais
brasileiros. Precisamos resolver o problema da humanização nesses quartos de
hospital. Precisamos de médicos, enfermeiros e outros profissionais. Esses
profissionais desenvolvem a profissão de saúde e cuidam humanamente de cada
indivíduo, mostrando com eles cuidado, amor e respeito. Vivemos em uma era
totalmente informatizada, onde a tecnologia avançou tanto que muitos pensam que a
humanização é apenas a aquisição de meios tecnológicos, mas isso não é tudo. A
sociedade conquistou os meios tecnológicos superiores para prestar melhores
serviços, mas também é preciso completar a humanização do cuidado pessoal
adequado, de paciente para médico, de médico para paciente e assim por diante. Os
profissionais de saúde devem ver os pacientes como doentes físicos e mentais. E
mostrando sua compaixão, compreensão, compaixão e amor, esse paciente pode
melhorar sua condição. Prestar atendimento humanizado aos pacientes não significa
que os médicos precisem passar mais tempo com eles, mas sim que pratiquem
todos os procedimentos e prestem uma assistência de qualidade. Os profissionais
de saúde não precisam apenas saber dizer palavras de conforto, segurança e amor,
mas também precisam dar um significado real à dor e às emoções, conversar com a
pessoa e fazê-la falar sobre o que está sentindo. Toda saúde os profissionais de
saúde devem se colocar no lugar de seus pacientes, tratar a todos como gostariam
14

de ser tratados, trabalhar sempre com ética e dignidade, tratá-los com respeito e,
acima de tudo, é importante amar o seu trabalho.

REFERÊNCIAS

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