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Benefícios da atividade física para crianças e adolescentes

portadores do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção


com Hiperatividade)

Marcos Nascimento dos Santos

Professora: Indianara dos Passos

Cento Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Educação Física Bacharelado (0301BEF) - Trabalho de Graduação

06/07/2022

Resumo

Nesse trabalho veremos o que e TDAH suas características, como a atividade física
alinhada a medicação pode melhorar a vida de quem TDAH. Através de pesquisas
cientificas veremos na pratica que esse transtorno pode ser tratado e seu sintomas
diminuídos com a participação de todos desde a escola, pais, alunos e comunidade.

Essa pesquisa reflete um fato muito importante a atividade tem um papel


importantíssimo no desenvolvimento motor e psicológico de uma criança com Habilidades
normais, em uma criança com TDAH esses benefícios são maiores ainda porque favorecem
a inserção do mesmo em uma melhor convivência com as outras crianças em seu meio.

Palavras-chave: TDAH. Atividade física. Benefícios.


INTRODUÇÃO

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é considerado


pelos educadores um fator preocupante, principalmente na fase escolar.
Caracterizado pelos sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade, afeta
crianças e adolescentes em idade escolar. É um transtorno neurobiológico, de
causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo
durante toda sua vida. Pelo fato de não existir uma cura sua manifestação tende a
diminuir com a idade e com o uso de medicação. Quando a criança inicia seu
contato com a leitura e escrita, é necessário que mantenha sua atenção e
concentração sustentados, a fim de que os objetivos pedagógicos possam ser
alcançados.

O TDAH É um transtorno com causas ambientais, neurobiológicas e


hereditárias. De difícil diagnóstico, ele também pode afetar adultos, mas costuma
ser bem frequente na infância, o que facilita o tratamento.

Noção de que atividades físicas têm impacto positivo no TDAH não é nova,
mas um estudo ampliou a discussão. A pesquisa mostrou que atividades físicas
regulares reduziam a seriedade dos sintomas e melhoravam o funcionamento
cognitivo das crianças. (Autor, ano)

De acordo com Betsy Hoz (ano), professora de Psicologia na Universidade de


Vermont; diz que os resultados foram promissores, já que eles demonstram que
crianças (do jardim de infância à segunda série) tiveram um impacto significativo no
foco e no humor com apenas 30min de exercícios físicos por dia. Os resultados
foram similares para crianças tanto com o tipo hiperativo-impulsivo do transtorno
quanto do tipo desatento.

De fato, uma das características mais notáveis do Transtorno de Déficit de


Atenção/Hiperatividade é o comportamento agitado. É por isso que tantas crianças
portadoras do transtorno se mexem e se contorcem sempre que pedimos a elas que
se sentem por algum período.

Para liberar esta energia, crianças com TDAH precisam de muito exercício.
Manter-se ativo não é bom apenas para o excesso de energia física, mas como
também para outras questões do TDAH: falta de foco, impulsividade e
relacionamentos sociais.

Se utilizados conjuntamente com o tratamento tradicional (terapias e


medicações estimulantes), os exercícios regulares têm um impacto geral positivo
nos sintomas de TDAH.

O que muitos não sabem é que, assim como a medicação, os


acompanhamentos médico, psicológico e terapêutico, a Atividade Física também é
uma forma válida para auxiliar no tratamento de pessoas com TDAH, já que, de
acordo com estudos, ela é uma importante aliada para a melhoria tanto da
concentração quanto da função cognitiva da criança.

Isso acontece porque quando os pequenos ou qualquer pessoa se exercitam,


acabam liberando dopamina e serotonina, que possuem um efeito semelhante aos
medicamentos estimulantes ingeridos durante o tratamento. Logo, conseguem
desenvolver habilidades para manter o foco, para melhorar o desempenho na escola
e para alternar tarefas.

Quando as crianças se exercitam, muda a quantidade de neurotransmissores


liberados pelo cérebro. Neurotransmissores incluem a dopamina, envolvida na
capacidade de atenção. As medicações utilizadas no tratamento do TDAH trabalham
aumentando este mesmo neurotransmissor no cérebro, então, faz sentido que
exercícios tenham efeitos similares nos pacientes.

O transtorno se origina de uma falha no sistema de atenção do cérebro, que é


feito de uma rede de neurônios interconectada, que se espalha através de várias
áreas do órgão – áreas que vão da motivação e da recompensa até aquelas que
envolvem movimento e função executiva.

Estes circuitos de atenção são regulados por neurotransmissores como a


noradrenalina e a dopamina, que ajudam a conduzir mensagens de uma parte do
sistema para outra.

Sempre que você caminha, corre, anda de bicicleta ou nada, seu cérebro
libera esses neurotransmissores em grande quantidade. Isso aumenta a habilidade
do sistema de atenção de ser regular e consistente, ao estimular o crescimento de
novos receptores em determinadas áreas do cérebro.
Uma das áreas que as crianças mais apresentam problemas é na função
executiva, as habilidades que utilizamos para planejar e organizar.

Uma falta destas habilidades torna difícil para as crianças com TDAH se
lembrarem de terminar a tarefa da escola. Exercícios podem melhorar a função
executiva nos portadores de TDAH.

Muitas crianças com o transtorno também lutam por suas capacidades sociais
e comportamentais. Praticar um esporte pode trazer benefícios capazes de
melhorar este quadro.

Exercícios também podem ajudar a minimizar o comportamento Interruptivo,


como interromper, falar palavrões, bater e se recusar a participar de atividades.

Diante destes benefícios, os exercícios são uma ótima ferramenta para


otimizar a eficiência da medicação no tratamento do TDAH quando usamos
concomitantemente. O plano de exercícios deve ser parte de um tratamento
multidisciplinar. Avalie com seu pediatra, psicólogo ou psiquiatra e desenvolva o
melhor tratamento para seu filho.

Sendo assim, essa pesquisa reflete um fato muito importante sobre o papel
da atividade física no desenvolvimento motor e psicológico de uma criança com
Habilidades normais e em uma criança com TDH, pois esses benefícios favorecem a
inserção do mesmo em uma melhor convivência com as outras crianças em seu
meio.

Deste modo, abaixo estão listados alguns exemplos de Atividade Física Para
Crianças Com TDAH e seus respectivos benefícios.

Andar de Bicicleta: oferece uma sensação de liberdade, mostra que são


capazes de superar as frustrações diárias, ajuda no equilíbrio e na concentração, e
ainda acabam conhecendo lugares e pessoas novas ao saírem para pedalar;

Atletismo, ginástica e dança: proporcionam uma melhora na coordenação e


na habilidade de socialização. Sem contar que é bom para o fortalecimento físico e
para o gasto de energia;

Futebol: por mais que seja popular e indicado, ao jogar, os pequenos podem
sofrer resistência por parte do restante dos colegas, podem não ter coordenação e a
concentração necessária, mas é importante para aprenderem e mostrarem que
persistem nas suas vontades e ainda ajudam os amigos a serem empáticos e
tolerantes;

Natação: é um esporte que permite uma queima de energia e instiga maior


interesse pela vida. E apesar da dificuldade que a criança possa apresentar para
conseguir uma coordenação corporal, o exercício só vai ser eficiente caso ela se
divirta enquanto realiza o exercício.

Todos os anos crianças e adolescentes passam por dificuldades de


aprendizagem, as vezes surgem dúvidas sobre quais o motivos, pois existem
motivos variados, entre eles está o TDH que é uma doença crônica mas ainda pouco
conhecida pelos pais e pessoas envolvidas com as crianças e a adolescentes. Já
para classe docente esclarecer sobre esse assunto ainda é um assunto delicado,
nesse trabalho veremos como essa problemática pode ser trabalhada.

Partindo do princípio de que o TDAH afeta a capacidade do aluno de prestar


atenção, o transtorno impacta na sua performance escolar. Isso porque ele tende a
ter dificuldade para se concentrar e para controlar o seu raciocínio, se distraindo
facilmente.

Muitas pessoas com TDAH obtém bom rendimento escolar quando


desenvolvem estratégias compensatórias para o déficit, ou o TDAH é mais leve ou
se é do tipo mais impulsivo/hiperativo (Existe mais de um tipo de TDAH).

Tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de


medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que
são ensinadas ao portador. A medicação, na maioria dos casos, faz parte do
tratamento.

A psicoterapia que é indicada para o tratamento do TDAH chama-se Terapia


Cognitivo Comportamental, que no Brasil é uma atribuição exclusiva de psicólogos.
Não existe até o momento nenhuma evidência científica de que outras formas de
psicoterapia auxiliem nos sintomas de TDAH.

O tratamento com fonoaudiólogo está recomendado em casos específicos


onde existem, simultaneamente, Transtorno de Leitura (Dislexia) ou Transtorno da
Expressão Escrita (Disortografia). O TDAH não é um problema de aprendizado,
como a Dislexia e a Disortografia, mas as dificuldades em manter a atenção, a
desorganização e a inquietude que atrapalham bastante o rendimento dos estudos.

É necessário que os professores conheçam técnicas que auxiliem os alunos


com TDAH a ter melhor desempenho (Obs.: A ABDA oferece cursos anuais para
professores). Em alguns casos é necessário ensinar ao aluno técnicas específicas
para minimizar as suas dificuldades.

Segundo a associação brasileira de déficit de atenção (ano), o transtorno do


déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma condição muito comum que afeta
cerca de 5% das crianças, e na maioria dos casos, os sintomas persistem na vida
adulta. Ainda muito estigmatizado, o transtorno se manifesta como desatenção,
agitação e impulsividade. No maior estudo já conduzido, médicos e cientistas de 23
centros de pesquisa ao redor do mundo observaram atraso no desenvolvimento do
cérebro dos pacientes com TDAH. Para o Dr. Paulo Mattos, representante brasileiro
do único centro de pesquisa da América Latina do estudo, o Instituto D’Or de
Pesquisa e Ensino no Rio de Janeiro, “esses achados são importantes para médicos
e pais, pois demonstram claramente que o TDAH não é “uma doença inventada”,
não é meramente um “rótulo” para crianças difíceis e não se deve a falhas na
educação pelos pais”.

Até então, estudos anteriores também haviam identificado algumas


alterações, mas devido ao pequeno número de pacientes estudados, era difícil
generalizar os resultados. Mais ainda, devido a diferentes metodologias, grupos de
pesquisa em diferentes países obtinham resultados diferentes.

Neste estudo, mais de 3 mil pessoas (pacientes com TDAH e indivíduos


saudáveis) entre 4 e 63 anos, foram submetidos a exames de neuroimagem
estrutural por Ressonância Magnética, técnica que permite estudar com precisão a
estrutura do cérebro. Em seguida, cada região cerebral foi avaliada através de um
mesmo protocolo padronizado de análise em todos os diferentes centros, obtendo-
se informações específicas, como o tamanho e volume de cada região. Desse modo,
os pesquisadores puderam comparar cada uma das estruturas cerebrais de
indivíduos com e sem o transtorno.

Os resultados revelaram que estruturas como a amígdala cerebral, acúmbens


e hipocampo, responsáveis pela regulação das emoções, motivação e o chamado
sistema de recompensa (que modifica nosso comportamento através de
recompensas) são menores nos pacientes com TDAH. Quando se levou em conta a
idade dos pacientes, observou-se que estas alterações são mais leves em pacientes
adultos, o que sugere que existe uma compensação ao menos parcial com o passar
dos anos. Esses resultados são a sustentação mais sólida até o momento que o
TDAH é um transtorno relacionado ao atraso na maturação de regiões cerebrais
reguladoras das emoções, pois essas estruturas estão menos desenvolvidas,
principalmente nas crianças.

Outro achado muito importante foi destacado no estudo: tais alterações não
se devem ao uso de medicamentos para tratamento do TDAH e nem à presença de
outros problemas que podem surgir associados ao transtorno, como ansiedade e
depressão.

“É preciso deixar claro que o TDAH é um transtorno do desenvolvimento


associado a alterações no nosso cérebro, e que precisa perder o estigma e
ser tratado de modo apropriado”, completa Dr. Paulo Mattos, que é
professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador do
Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).

O TDAH é uma questão que precisa ser levada em consideração por todos os
envolvidos na escola desde pais, professores, alunos e comunidade.

Materiais e métodos

Trata-se de uma revisão de literatura, onde o autor ... diz que a revisão de literatura
é ... A pesquisa é de caráter qualitativo e descritivo, sendo assim, o autor diz que
uma pesquisa de caráter qualitativo e descrito é... Para a produção do artigo foi
necessário fazer uma revisão de x artigos.

Nesse trabalho utilizamos uma fonte de pesquisa de autores conhecidas, além de ter
orientação com professores com experiências na área.

Resultado e discursões

Em estudos publicados no Archives of Clinical Neuropsychology e no


Attention Deficit Hyperactivity Disorder, crianças com TDAH que se exercitavam
tinham avaliações melhores em testes de atenção e apresentavam menos
impulsividade – mesmo que não estivessem tomando medicações estimulantes. Os
pesquisadores sugerem alguns motivos para esta transformação:

Fluxo de sangue: exercícios aumentam o fluxo de sangue no cérebro.


Crianças com TDAH podem ter menos fluxo sanguíneo nas partes do cérebro
responsáveis por pensamento, planejamento, emoções e comportamento.

Vasos sanguíneos: exercícios melhoram os vasos sanguíneos e a estrutura


cerebral. Isso colabora na habilidade de pensar.

Atividade cerebral: exercícios aumentam a atividade em determinadas partes


do cérebro relacionadas ao comportamento e à atenção.

Conclusão

Em resumo, o TDAH representa um problema de saúde pública relevante e


pode causar custos pessoais e sociais muito altos. No entanto ele pode ser tratado
com auxílio de medicamentos, atividade física e acompanhamento familiar a criança
ou adolescente poderá ter uma como menos dificuldades terá um infância feliz e
cheia de boas atividades.
Referências

ADHD AND EXERCISE. CHILD MIND INSTUTE. Disponível em:


<https://childmind.org/article/adhd-and-exercise>

CHANG YK, et al. Effect of acute exercise on executive function in children with
attention deficit hyperactivity disorder. Arch Clin Neuropsychol. 2012 Mar;27(2):225-
37. doi: 10.1093/arclin/acr094. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22306962>

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<https://www.webmd.com/add-adhd/childhood-adhd/exercise-for-children-with-
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Hoza B, Smith AL, Shoulberg EK, et al. A Randomized Trial Examining the Effects of
Aerobic Physical Activity on Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder Symptoms in
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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25201345>

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<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22306962>

THE EXERCISE PRESCRIPTION FOR ADHD. THE NATIONAL RESOURCE ON


ADHD. Disponível em:
<http://www.chadd.org/AttentionPDFs/ATTN_06_12_Exercise.pdf>.

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