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MANUAL

DE
SOBREVI-
VÊNCIA
DO TDAH
SAYMON VEIGA
QUEM
SOU
EU
Meu nome é Saymon Veiga, tenho TDAH, sou
graduando em psicopedagogia e criador do
TDAH Pra Gente Grande. Mudei meus hábitos
para conviver com esse transtorno sem que
isso afetasse de maneira determinante meu
convívio com pessoas, minha vida profissional
e minha autoestima.

Direciono adultos e adolescentes com TDAH a


alcançarem melhores resultados e a entrarem
em ação, processo que envolve a vida
profissional e pessoal, as emoções, que são as
maiores dores e dificuldades que enfrentamos.

Esse transtorno acaba nos tirando do “jogo


de gente grande”, que envolve a boa relação
com um grande amor, uma promoção no
trabalho e tudo que precisamos para sermos
mais produtivos e focados para atingir
nossos objetivos.

Orientarei você, que sofre de TDAH, para que


minimize o impacto desse transtorno no seu
dia a dia e assuma o controle da sua vida!

SAYMON
VEIGA
COMO
USAR
ESSE
As informações contidas nesse manual irão
ajudar você, TDAH, a lidar com algumas
das dores que o transtorno nos faz passar.
Nele, há uma série de medidas que você deve
pôr em prática para lidar com os sintomas e
problemas que surgem no seu dia a dia.

Siga as recomendações, os métodos e


as precauções descritos em cada capítulo
desse material. Fazendo isso você irá
perceber que, com o tempo, as mudanças
na sua vida irão se concretizar e você
conseguirá assumir o controle.

Nada do que é mostrado aqui substitui o


aconselhamento por um profissional médico,
apenas são estratégias que montei, por meio
de muita pesquisa e vivência como TDAH, e
que funcionam para enfrentar e superar as
dificuldades resultantes desse transtorno.

A mudança de hábitos e comportamentos


vai depender da sua mentalidade frente ao
transtorno, do seu nível de consciência e
entendimento de como é o TDAH e como ele
afeta sua vida. Portanto, esse manual será
extremamente importante na sua jornada
como TDAH.
Não esqueça nunca de procurar um médico,
um psiquiatra ou um neurologista; de ir atrás de
uma terapia, que é onde você verá como você
age e reage frente ao seu transtorno.

Nós podemos sim criar hábitos, novas formas


de enxergar e visualizar o transtorno. Apenas
dessa maneira, com esse acompanhamento,
é possível contornar e driblar todos esses
sintomas que se apresentam na vida de um
TDAH adulto.

UM
PASSO
DE
CADA
VEZ!
SUMÁRIO
3 QUEM SOU EU
5 COMO USAR ESSE
MANUAL
***
9 VISÃO GERAL DO TDAH
20 PROCRASTINAÇÃO
26 DESATENÇÃO
31 HIPERATIVIDADE
37 IMPULSIVIDADE
43 ANSIEDADE
49 ESQUECIMENTO
VISÃO
GERAL
DO
O QUE É
Para começar, TDAH significa Transtorno
de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Ele é uma desordem crônica do
neurodesenvolvimento, ou seja, ele afeta
nossas regiões neurológicas, que são
responsáveis pela aquisição, retenção,
aplicação e memorização.

Basicamente, um transtorno de
neurodesenvolvimento é aquele onde
indivíduos, pessoas com TDAH, aprendem
e sabem igual a qualquer pessoa da mesma
idade, sexo ou escolaridade, mas que
possuem dificuldade em aplicar tudo isso.

Pessoas com TDAH têm produção desregulada


de determinados neurotransmissores,
como a dopamina e a noradrenalina, que
são responsáveis por nos manter motivados,
engajados em determinados projetos etc.
Além disso, pessoas com TDAH têm uma menor
atividade no córtex pré-frontal, que está
localizado atrás da nossa testa. Nele, nós temos
as funções executivas, que são responsáveis
pela organização, rotina e sequência.

Ele afeta cerca de 11% das crianças em idade


escolar e os sintomas continuam na fase
adulta em até 3/4 dos casos. É caracterizado
por altos níveis de desatenção, impulsividade
e hiperatividade.

***
SINTOMAS
Os especialistas dizem que o TDAH é um
funcionamento disfuncional do cérebro.
Porém, se você buscar pela definição
da palavra disfunção no dicionário, ela
quer dizer anormal. Eu não gosto dessa
definição, eu gosto de dizer que temos um
funcionamento diferente.

Infelizmente, esse funcionamento diferente


veio com uma carga muito pesada para
quem é TDAH, já que a sociedade é o nosso
manual de usuário e, se funcionamos de
uma maneira diferente das outras pessoas,
isso traz muita dificuldade. Traz dificuldades
em relacionamentos, em trabalhar junto
com outros, em desenvolver uma conversa,
desenvolver projetos etc.

Essas dificuldades são resultadas


dos sintomas do TDAH, que são,
principalmente, a alteração da atenção,
a impulsividade e a hiperatividade física
ou mental. Porém, também podem estar
presentes:

+ Procrastinação;
+ Desatenção;
+ Falta de autocontrole;
+ Esquecimento;
+ Falta de autorregulação;
+ Desorganização e falta de
planejamento;
+ Adiamentos crônicos;
+ Dependência de atividades
estimulantes;
+ Hiperfoco.

O indivíduo que tem TDAH tem tudo isso


24hs por dia, por 365 dias do ano. Não
é apenas em uma fase da vida ou em
um período de estresse, de muita carga
emocional, que a pessoa está vivendo. Essa
é a vida de um TDAH!

Esses sintomas não aparecem do nada na


sua vida, você os tem desde a infância,
principalmente antes dos 12 anos. Segundo
a DSM (Diagnostic and Statistical Manual of
Mental Disorders ou Manual Diagnóstico e
Estatístico dos Transtornos Mentais), se os
sintomas aparecem após essa idade não se
caracterizam como TDAH.
Apesar de funcionar de maneira diferente,
possuímos nosso próprio jeito único
e incrível. Que, inclusive, pode ser
caracterizado em coisas positivas. A
impulsividade do TDAH, por exemplo, pode
muitas vezes ser revertida em “pensar
fora da caixa” e a hiperatividade pode ser
revertida em criatividade.

Um pouco mais à frente, irei te explicar


mais sobre como se apresentam alguns
desses sintomas e ensinarei algumas
estratégias para sobreviver a eles, que, se
colocadas em prática, podem tornar tudo
mais leve e agradável!

***
DIAGNÓSTICO
A primeira vez que recebi meu diagnóstico
como TDAH ignorei completamente. Meu
médico, um neurologista da cidade, seguiu
todas as etapas corretas do diagnóstico,
chamou familiares para definir meu histórico
e teve todo o cuidado na definição (mesmo
sendo muito claro o TDAH). Ainda assim, eu
nunca tinha ouvido falar na sigla, para mim
este sempre foi meu “jeitão de ser”.

O fato é que, por rejeitar o diagnóstico


(por falta de informação e assistência
correta), eu sofri duras penas na minha
vida. Assim como aconteceu comigo,
diversas pessoas rejeitam o diagnóstico
por dizer coisas como: “Mas não foi feito
nenhum exame”.

Entenda, o diagnóstico para TDAH é


inteiramente clínico, feito por médico
especialista em TDAH. Portanto, não
é necessário exame de ressonância,
eletroencefalograma ou qualquer outro que
avalie características físicas. Também não
é preciso fazer avaliação neuropsicológica,
apenas em certos casos.

É realizada uma avaliação compreensiva,


para desconsiderar outras condições, a
definição de um histórico clínico cuidadoso
sobre o paciente, como vida acadêmica,
social, emocional e desenvolvimental. Além
disso, checklists para avaliar os sintomas
e outras condições coexistentes são
frequentemente utilizadas por médicos.

Por isso, você sempre precisa sentir


confiança em seu médico. Pergunte tudo
que precisar e, se ainda assim não se sentir
confortável com o diagnóstico, não pense
duas vezes: procure outro médico!

Não negligencie, busque informações e


cuide de você!

***
TRATAMENTO
Geralmente, o tratamento para TDAH é
feito por intervenção medicamentosa,
acompanhamento psicológico e mudança
de hábitos e comportamentos. Ou seja, é
uma abordagem multimodal.

Caso a pessoa com TDAH apresente


instabilidade comportamental, oscilações
de humor, entre outros tipos de prejuízo
funcional, a medicação é fundamental. Ela
irá colaborar para que se tenha uma boa
qualidade de vida e um futuro promissor,
coisas que TDAHs buscam diariamente.

Esses medicamentos são psicoestimulantes,


que, como o próprio nome já indica,
aumentam os níveis de atividades motoras
e cognitivas; reforçam o estado de alerta,
de atenção. Ritalina, por exemplo, é um
psicoestimulante bastante utilizado para tratar
os sintomas do TDAH. Existem várias opções,
que variam quanto à sua concentração e
tempo de ação no organismo.

Porém, não é só de medicamentos que vive


um TDAH!

A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC),


que possui responsabilidade exclusiva de
psicólogos, é a indicada para o tratamento de
TDAH. Até o momento, não existe nenhuma
evidência científica de que outras formas de
psicoterapia auxiliem nos sintomas.

Essa psicoterapia busca compreender a forma


como o indivíduo com TDAH interpreta os
acontecimentos, levando em consideração
como eles o afetam e não os acontecimentos
em si. Isto é, ela irá perceber a sua visão
individual sobre determinada situação que
te causa qualquer sensação negativa; irá
analisar como você se sente e o que você
pensa em relação a isso.

Além de tudo isso, para conseguir implementar


novos hábitos e comportamentos na sua vida,
você precisará estabelecer estratégias que
funcionem para você, que te ajudem a lidar
com as dificuldades geradas pelo TDAH e a
superar os obstáculos diários.
Para isso, você terá que começar com mini-
hábitos, micropassos e micromissões, que
são passos pequenos, mas firmes, em direção
a mudança que você tem como objetivo. Essa
é a minha estratégia para lidar com os sintomas
do TDAH e será ela que irá te ajudar também.

Você, como TDAH, tem que procurar pelo


maior número de ferramentas que puder, o
maior número de ferramentas que estiver ao
seu alcance!
PRO-
CRASTI-
NAÇÃO
Nós, TDAHs, somos procrastinadores natos
por termos dificuldade em nos organizarmos
de maneira “padronizada”, por termos
uma menor produção de dopamina e
noradrenalina, dois neurotransmissores
importantes que nos mantém motivados e
engajados nas atividades.

Temos uma “miopia cerebral” e, enquanto


determinada atividade ou tarefa não estiver
na nossa frente, temos enorme dificuldade
para nos movermos e fazermos. E as pessoas
nunca nos entendem.

Ao acreditar que procrastinar e deixar para


última hora é o único jeito de você “entrar
em ação” você não percebe o mal que está
causando a si mesmo, à sua saúde física
e mental. Você se deixa continuar sendo
controlado pelo teu transtorno!
A estratégia dos mini-hábitos e micropassos
é muito importante, porque ela reduz a
resistência e te tira da inércia. Assim como
um carro gasta mais gasolina para dar uma
arrancada, você gastará mais energia para
começar, mas depois será muito mais fácil e
econômico manter, porque conforme você faz
a tarefa você recebe reforço positivo.

Para sair da procrastinação que está incrustada


em você, primeiramente você deve identificar
seu ambiente, mapear tudo isso, ter clareza do
porquê você procrastina mais e depois traçar a
estratégia que funciona para você.

***
COMO
LIDAR
1
Reconheça seus
motivos para
procrastinar.

2
Identifique qual a
primeira hora do
seu dia em que
sua cabeça está
funcionando
bem.
3
De manhã,
coloque em uma
folha de papel
as 3 coisas que
você precisará
fazer durante
o dia. Escrever
o que você vai
fazer aumenta
em 5 vezes a
chance de você
realizar.

4
Comprometa-
se com alguém
a fazer a
atividade que
precisa ser feita,
principalmente
com alguém que
vai te cobrar.
5
Determine um mini-hábito a ser
seguido para alcançar seu objetivo.
Ex: se está com dificuldade para
fazer seu TCC, se proponha a
apenas abrir o computador e
escrever uma palavra.
DESA-
TENÇÃO
A única característica presente em todas as
pessoas com TDAH é a desatenção. Nem
todos são hiperativos, por exemplo, mas
desatentos, todos nós somos! É claro
que o nível de desatenção varia de pessoa
para pessoa, de acordo com o ambiente, a
disposição genética, as situações etc.

Por isso, se distrair em conversas,


principalmente sobre assuntos que não nos
interessam, é algo extremamente comum
na vida de um TDAH. Comum tipo: sempre!
Não conseguimos regular nossa atenção e
sentimos a necessidade de responder a um
outro estímulo. Isso altera nossa atenção em
nos manter focados e engajados.

Para persistir em direção a um objetivo,


você precisa resistir às distrações. Nós, com
TDAH, não temos problema em perceber as
distrações em relação às outras pessoas,
o problema é que nós respondemos às
distrações melhor do que as outras pessoas; E
isso é uma falha de inibição.

Pessoas “comuns” podem ouvir um barulho na


cozinha, mas pessoas com TDAH são forçadas
a reagir a esse barulho. Para qualquer pessoa,
o barulho é irrelevante; para quem tem TDAH,
não se pode simplesmente ignorar, precisamos
responder a esse “estímulo”.

A maioria das pessoas, quando é interrompida,


consegue voltar a atividade que estavam
fazendo, nós não! Qualquer outra coisa
atraente irá capturar o nosso comportamento,
nossas ações. E por isso pulamos de tarefas
inacabadas em tarefas inacabadas.

***
COMO
LIDAR
1
Treine praticar
a respiração
diafragmática
antes de iniciar
qualquer
atividade. Isso
irá aliviar essa
“gritaria mental”
que temos e te
permitirá ficar
conectado com
2
Remova
o agora.

qualquer
distração
(celular, objetos,
tudo aquilo que
não for utilizado
na tarefa).
3
Divida a tarefa
em pequenos
pedaços.

4
Recompense-
se por cada alvo
atingido.
HIPERA-
TIVIDA-
DE
A hiperatividade pode se dividir em física e
mental. A hiperatividade física se apresenta
como a necessidade de sempre estar em
movimento, em não conseguir ficar parado, em
não parar de mexer a perna, por exemplo. Ela
envolve não conseguir fazer as coisas sem estar
em movimento, seja falar no telefone ou estudar.

Geralmente, essa hiperatividade tão


característica do TDAH infantil começa se
perdendo quando chegamos na fase adulta.
Porém, ela pode continuar presente.

A hiperatividade também pode ser


caracterizada como mental. É como se
houvesse uma gritaria na nossa cabeça,
um carrossel girando a todo momento. Isso
acontece muito com os adultos com TDAH.
Muitas das vezes o pensamento é mais
acelerado do que você consegue processar
para falar para o outro, não há organização
para falar e explicar algo da maneira correta.
Não conseguimos organizar o pensamento
porque eles vão pulando de um lado para o
outro.

***
COMO
LIDAR

1
Pare de tentar
parar de
pensar em
determinada
coisa. Quanto
mais você tenta
parar, mais forte
fica.
2
Você precisa
voltar para
o momento
presente.
Portanto, pare
para fazer uma
respiração
diafragmática
ao perceber
que você está
entrando na
loucura dos
pensamentos
acelerados.

3
Depois,
descreva 3
objetos que há
ao seu redor.
4
Agora, comece a reparar nos sons
que você está ouvindo.
IMPUL-
SIVIDA-
DE
Como TDAH, temos grande dificuldade em
controlar nossa impulsividade, é o famoso:
“Quando vi, já fiz!”. Seja para mandar uma
mensagem sem pensar, responder de maneira
ríspida e, até mesmo, se frustrar quando
acontece algo conosco ou quando fazemos
algo e nos arrependemos.

Isso é uma grande problemática nos


relacionamentos, sejam eles afetivos ou não.
Ela se explica devido a menor atividade
cerebral no nosso córtex pré-frontal.

Autocontrole sobre a impulsividade,


capacidade de esperar, pensar antes de fazer,
ou então, deixar para depois alguma coisa que
se quer muito; de fato, não são competências
com que nascemos.
Em contraste com respirar, enxergar ou
escutar, autocontrole vai se fortalecendo
enquanto crescemos. Ele se forma da massa
complexa de interações com as pessoas,
como resultado das consequências diretas de
tudo o que nos acontece.

No TDAH, os mecanismos de “freio


comportamental” usualmente estão menos
desenvolvidos, se comparados a pessoas de
idade similar. Como resultado, se nota forte
sensibilidade ao momento presente, bem
como menor sensibilidade a tudo que esteja
mais adiante no tempo.

Para pessoas com TDAH, a imersão no


presente é extremamente intensa. Ao passo
que críticas ou consequências dos atos estão
fora do radar, dessa forma aumentando a
probabilidade de reagir e agir sem pensar.

***
COMO
LIDAR

1
Reconheça
sempre
suas falas
impulsivas.
Pare de justificá-
las!
2
Observe em
quais situações
isso ocorre e
anote em algum
lugar.

3
Controle a
emoção saindo
da situação.
Se está com
raiva ou ansioso,
tem de respirar
ou ir tomar um
café, para parar,
pensar e ouvir.
Assim verá qual
a colocação
mais adequada
a se fazer.
4
Implemente
uma mudança
de hábitos e
comportamentos.

5
Faça atividade
física aeróbica.
ANSIE-
Não é incomum que adultos que possuem TDAH
também sofram com os sintomas de ansiedade.

Nós possuímos dificuldade com a


autorregulação emocional, que envolve
aquela “explosão” que você dá, você se
sentir mal pela resposta de alguém, variação
de humor etc. Além disso, temos também a
dificuldade na autorregulação ao responder
estímulos, que nos faz responder a estímulos
de maneira mais ativa do que outras pessoas.
Isso colabora e muito para o desenvolvimento
da ansiedade.

Essa combinação de transtornos, de


ansiedade e TDAH, transforma a vida de
quem possui em um verdadeiro martírio. A dor,
o sofrimento, o desespero, o “aperto no peito”,
não são nada perto de não saber identificar o
que está acontecendo.
E tudo isso pode ser manifestado em
diferentes padrões, desde sintomas físicos,
emocionais e cognitivos.

***
COMO
LIDAR

1
O primeiro passo é você
identificar o que está sentindo,
para poder agir e expressar.
2
Respire! Faça
a respiração
diafragmática
para acalmar a
agitação.

3
Faça
exercícios,
eles geram
dopamina e
serotonina.
4
Não ingira açúcar para dar uma
acalmada! Apesar de gerar prazer,
ela inicia um ciclo vicioso, um
efeito rebote. Ao invés disso, coma
uma banana, por exemplo, que
gera a mesma sensação.
ESQUE-
CIMEN-
TO
Pessoas com TDAH esquecem praticamente
tudo, desde buscar filhos na escola até
compromissos importantes, como consultas
médicas e reuniões de trabalho.

Se você se identifica com situações como


essas e se pergunta sempre “por que
sou esquecido?” e, além disso, ainda vive
perdendo as chaves da casa e a carteira, entre
tantas outras situações constrangedoras que
se repetem, saiba que esquecimento e TDAH
são praticamente parceiros!

Isso se deve a disfunção no córtex pré-


frontal, que além de ser responsável pelo
controle da atenção, do planejamento, das
tomadas de decisões, entre outras coisas que
compõem as funções executivas, também é
responsável pela memória.
Pelo menos temos a boa notícia de que o
cérebro é extremamente sensível e responde
muito bem aos treinamentos e mudanças de
estilo de vida.

***
COMO
LIDAR

1
Faça exercícios para formação
da Memória de Trabalho:
exercícios de melhora cognitiva
destinados a fortalecer a memória
de trabalho, projetados para
desenvolver a atenção sustentada
e a concentração durante a
utilização da memória de trabalho
de curto prazo.
2
Faça exercícios
físicos.

3
Faça treinamentos mentais para
alta performance: a memória
operacional, a capacidade de
concentração e a velocidade
mental respondem muito bem a
treinamentos e a Meditação de
Atenção Plena.
4
Crie uma curta
rotina diária
e defina um
tempo para ela.

5
Faça o que
tiver que ser
feito na hora,
evitando deixar
‘’para depois’’.
Espero que esse manual te ajude a
sobreviver às adversidades diárias
que o TDAH acaba trazendo para a
nossa vida.

Não se esqueça: seu TDAH é


treinável, mas você precisa agir, estar
comprometido com a mudança de
hábitos e comportamentos.

De todo modo, busque


aconselhamento médico e enfrente
essa jornada!

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