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AS HABILIDADES
PSICOLÓGICAS UTILIZADAS
NO DESEMPENHO ESPORTIVO
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1. INTRODUÇÃO
Lipp (1996) conceituo o estresse como um processo e não uma reação única. Esse
processo envolve componentes físicos e/ou psicológicos e caracteriza-se por alterações
psicofisiológicas que acontecem quando a pessoa se confronta com uma situação que, de
um modo ou de outro, a irrite, confunda ou até mesmo a faça imensamente feliz.
Seyle (1951) definiu o estresse como uma resposta orgânica não específica para
situações estressoras ao organismo, e ao revisar seus conceitos, descreveu a resposta
orgânica a essas situações estressoras como Síndrome de Adaptação Geral, a qual possui
três fases: alerta, resistência e exaustão.
Os eventos estressores são tudo que cause quebra da homeostase, que exija uma
adaptação do sujeito, particularmente no idoso. Assim, o fato que desencadeia estresse pode
ser considerado tanto positivo como negativo (LIPP, 1996).
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Sendo assim, copping se trata de:
Guido (2003) e Bertolin (2007) citam que copping é uma estratégia deliberada e que
pode ser aprendida, usada, adaptada ou descartada para cada situação. Ainda há de se
salientar que o copping é considerado como um mecanismo de defesa ao estresse e não se
pode confundi-lo com os resultados dos esforços gerados por ele, como por exemplo:
somatização, dominação e competência. Portanto, copping vem como resposta a estímulos
de diversos ambientes e está associado a uma tentativa de adaptação do organismo, a fim
de manter a integridade física e psíquica (LAZARUS; FOLKMAM, 1984; BERTOLIN, 2007).
2. AS HABILIDADES PSICOLÓGICAS
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integração do treino psicológico têm ganhado relevância dentro do método de treinamento
esportivo (WEINBERG; GOULD, 1999; WEINBERG; GOULD, 2016).
No entanto, Lopes et al. (2013) julgam que negligenciar a psicologia esportiva seria um
erro gravíssimo em razão das questões psicológicas estarem presentes na maioria das
sessões de treinamento e competições, sendo necessário apenas readequar a direção dos
treinamentos para que os problemas fossem resolvidos efetivamente.
Para Machado (1996) o baixo rendimento dos atletas pode se dar por preocupações,
pressão por resultado ou atitudes, na maioria das vezes exercidas pela torcida. O treinador,
tido como figura máxima da equipe, exerce naturalmente pressão esperando o rendimento
máximo do esportista.
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Diante desse contexto o treinador deve compreender o desenvolvimento do atleta não
apenas as questões técnicas-táticas- físicas, mas o desenvolvimento intelectual,
motivacional, emocional e social do esportista, ressaltando a importância da integração dos
treinamentos das habilidades psicológicas à rotina de treinamento (SAMULSKI, 2002).
Weinberg e Gould (2016) realizaram em um estudo com atletas de oitos seleções nos
jogos olímpicos de Atlanta 1996, e constatou-se que as equipes que superaram as
expectativas traçadas inicialmente utilizaram a preparação mental, tiveram apoio familiar e
de amigos e eram altamente focadas e confiantes. Enquanto que as equipes que não
atingiram os objetivos planejados apresentaram problemas para controlar a ansiedade, falta
de experiência, conflitos com o treinador e encontraram problemas para se manter focado e
de confiança. Assim o trabalho concluiu que para atingir ápice da performance é um processo
complexo e multifatorial envolvendo fatores psicológicos, físicos, sociais e organizacionais.
O momento do jogo para o atleta de alto rendimento é decisivo. Porém, cada esportista
pode reagir de forma diferente diante de uma situação. Para Becker (2000), há quatro tipos de
atleta: Equilibrado; Positivo nos Campeonatos; Oscilante; e Positivo nos Treinos.
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O atleta equilibrado possui a mesma característica nos treinos e nas competições. O
atleta positivo nos campeonatos tem desempenho altíssimo no campeonato, por outro lado,
nos treinos não apresenta boa performance. O esportista oscilante depende de uma série de
fatores que o tornando um atleta imprevisível. O atleta que é positivo nos treinos apresenta
características de alta performance nos treinos, enquanto que no momento do campeonato é
bastante irregular (BECKER, 2000).
EXEMPLIFICANDO
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A tensão proporciona emoções negativas, como raiva, frustração e medo, e isso pode
ser um gatilho para problemas durante o jogo, gerando tensão muscular e desvio de
concentração, o que pode propiciar as distrações, lentidão de raciocínio na execução de gesto
técnico, movimentos lentos, leitura de jogo equivocada, dentre outros (SAMULSKI, 2002)
4.2. Concentração
Controlar a ansiedade nos momentos adversos, tentar reverter um placar adverso, ter
a chance decidir a vitória são comportamentos comuns durante os jogos e o atleta se sente,
naturalmente, pressionado. Comumente o atleta, antes do início de uma partida, sente-se
ansioso, agitado, apreensivo acerca de algo inesperado. Salmulski (2002) afirma que as
sensações são comuns, contudo, não é adequando que as sensações dominem o atleta.
Controlar a ansiedade por meio do treinamento psicológico pode ser essencial para
retomada de sequência de acontecimentos adversos e assim, continuar o objetivo traçado.
4.4. Motivação
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Podendo ser definida também como a “energia psicológica” que faz com que os
atletas tomem atitudes especificais. É imprescindível saber o que motiva o atleta, para isso é
necessário que os atletas consigam possuir o autoconhecimento. Por fim, vale ressaltar que
é preferível traçar metas por atuação, ao invés de resultados.
EXEMPLIFICANDO
5. REVISÃO DA AULA
Contudo, há que se identificar o tipo psicológico do atleta, que segundo Becker (2000),
existem quatro tipos de atletas: Equilibrado; Positivo nos Campeonatos; Oscilante; e Positivo
nos Treinos.
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6. REFERÊNCIAS
BECKER Jr., B. Manual de psicologia do esporte & exercício. Porto Alegre: Nova prova, 2000.
COX, R. Sport Psychology: Concepts and Applications. (pp. 197 – 208). Third Edition.
Columbia: Brown & Benchmark Publishers, 1994.
GOMES, S., COIMBRA, D., GUILLÉN, F., MIRANDA, R., BARA FILHO, M. Análise da produção
científica em psicologia do esporte no Brasil e no exterior. Revista Iberoamericana de
Psicología Del Ejercicio y El Deporte, 2(1), 25-40, 2007.
GOULD, D., EKLUND, R. e JACKSON, S. 1988 U.S. Olympic Wrestling Excellence: I. Mental
preparation, precompetitive cognition, and affect. The Sport Psychologist, 6, 358 – 382, 1992.
HOLM, J., BECKWITH, B., EHDE, D., e TINUS, T. Cognitive-behavioral interventions for
improving performance in competitive athletes: A controlled treatment outcome study.
lnternational Journal of Sport Psychology, 27, 463-475, 1996.
LIPP, M. E. N., Manual do inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL). São
Paulo: Casa do Psicólogo, v. 76, 2000.
RAPOSO, l., ARANHA, A. Algumas considerações sobre o Treino Mental. In: J. Garganta (Ed.),
Horizontes e Órbitas no Treino dos Jogos Desportivos. Porto: FCDEF-UP, 2000.
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SAMULSKI, D. M. Psicologia do Esporte. 1.ed. Barueri: Manole, 2002.
WEINBERG, R., GOULD, D. Foundation of Sport and Exercise Psychology. Human Kinetics,
1999.
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