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BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 51
1 PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA DO ATLETA
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Tudo isso faz parte do universo esportivo, e convivemos com isso nas diferentes
provas e nas mais diferentes modalidades. No entanto, tais aspectos são muitas vezes
negligenciados, como se não fizessem parte da vida do atleta (profissional ou amador).
Quando penso uma preparação esportiva, penso em quatro tipos de
preparações: técnica, tática, física e psicológica. E algo que chama atenção é que
normalmente nos dedicamos a treinar apenas três delas:
A técnica (a qualificação dos fundamentos, a execução correta dos
movimentos, etc.),
A tática (conhecer a prova, criar uma estratégia, fazer um plano de treino,
etc.)
A física (o condicionamento físico, a alimentação correta, a prevenção de
lesão, etc.).
Mas é a preparação psicológica? Na maioria das vezes é deixada de lado, como
se a condição psicológica de um atleta não pudesse ser treinada.
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Justamente por isso falamos de uma preparação psicológica, uma vez que não
envolve apenas intervenções pontuais, ou dicas/ sugestões para o dia prova (que
também são válidas), mas sim um processo de preparação, que começa com uma
avaliação psicológica do atleta que tem como objetivo mapear suas principais limitações
e potencialidades e montar um Programa de Preparação Psicológica, em que
escolhemos os temas, caminhos e estratégias para fazer seu acompanhamento
visando desenvolver suas habilidades e competências psicológicas, deixando-o melhor
preparadas para os treinos e as provas.
Sempre brinco que psicólogo não tem bola de cristal nem varinha mágica. Muitas
vezes as pessoas fazem perguntas do tipo: Antes da prova começo a ficar com medo
de não conseguir terminar e isso compromete toda a minha prova, o que eu faço? E
minha resposta só pode ser: Não sei! É preciso conhecer essa pessoa, sua história, e a
partir daí entender o que acontece e pensar formas de solucionar tal questão. É claro
que existem dicas generalizadas e algumas “fórmulas” que muitas vezes são
divulgadas, mas não podemos nos esquecer de que cada pessoa é única, e que muitas
vezes as fórmulas não se aplicam a todas elas.
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Com efeito, quando se diz que o atleta está precisando de melhor preparo físico
para uma competição, sabe-se que o preparador físico será escalado para um trabalho
mais rigoroso com esse atleta, seja definindo nova rotina de treinamento, optando por
um macrociclo ou determinando-lhe que faça exercícios para desenvolver habilidades
motoras necessárias ao seu desempenho: força explosiva, flexibilidade, resistência
muscular localizada, agilidade etc.
Se o atleta está mal – psicológica ou emocionalmente – quem é o profissional
tecnicamente preparado para atuar na solução desse problema? O técnico, o diretor do
clube, o médico ortopedista, profissionais de outras áreas que não a da psicologia do
esporte? Os que conhecem de perto o cotidiano do treinamento do atleta, de equipes
ou clubes de futebol dirão que profissionais sem a devida formação atuam como
“psicólogos” no esporte. Esse problema coloca em discussão inúmeros problemas – um
deles, o papel do psicólogo no mundo do esporte e, mais especificamente, na
preparação das equipes e dos atletas individualmente. Isso justificaria uma análise
sobre tudo aquilo que ocorre no campo do esporte.
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A reflexão que pudemos construir ao longo desse trabalho nos permite pensar o
quanto o ideal de superação, que propomos como sendo a utopia esportiva, realmente
em algum momento pode constituir-se num imperativo bastante cruel. Este “ideal da
alta performance custe o que custar” que atravessa o esporte de alto rendimento faz
parte de toda a rede discursiva que nos enlaça, e, estando fortemente presente no
discurso social, podemos pensar que se constitui como um sintoma desse. Atualmente
é impossível pensar o homem sem todas as tecnologias que o circundam e assim
também o é no esporte. Dos programas de computador que auxiliam no scout do jogo
às roupas e acessórios especiais, tudo isso já é parte do cenário esportivo
contemporâneo.
Quando se trata do trabalho psicológico realizado com atletas e equipes
esportivas, a grande maioria das intervenções ainda se pauta em um modelo bastante
positivista. Há a preocupação em treinar as habilidades psicológicas necessárias a um
bom desempenho como a atenção, a concentração, o controle do nível de estresse e
de ansiedade, etc., no entanto, muitas vezes o sujeito atleta, com suas angústias, suas
vivências, seus sonhos, suas expectativas, suas frustrações não são escutadas e dessa
forma o foco do trabalho passa a ser a vitória e não o sujeito.
Então, pensamos na potência da escuta psicanalítica no trabalho com esses
atletas. Ao contrário de muitas teorias psicológicas que com suas técnicas parecem
visar continuar tamponando a falta, a psicanálise, numa interlocução com o treinamento
esportivo, permite resgatar a dimensão desejam tantas vezes negligenciada na
instituição esportiva. Não se trata de assim julgar a pertinência deste ou daquele modo
de treinar ou conduzir a carreira atlética, e sim de permitir que o atleta possa fazer suas
escolhas sendo realmente sujeito da sua história e não apenas sujeitado a um discurso
outrora instituído.
A utopia que vislumbramos neste trabalho é justamente essa possibilidade de o
atleta não figurar como objeto no alto rendimento, de o esporte não ter seus nobres
valores corrompidos pelo capital, e, enfim, de que o desenvolvimento científico, capaz
de criar novas tecnologias esportivas, não substitua o atleta como personagem
principal.
3 HABILIDADES PSICOLÓGICAS
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Nosso ambiente está cercado por vários estímulos que aguçam a nossa
percepção, e a atenção seleciona e codifica alguns deles que nos interessam no
momento. Quando focamos em poucos estímulos, utilizamos a concentração - que
nada mais é do que prestar mais atenção naquilo que é relevante para nós naquele
determinado momento. Ou seja, em quadra seria focar na bolinha, no adversário, nos
pensamentos e nas sensações corporais. Quando você ouvir alguém falar de foco,
lembre-se de um feixe de luz iluminando um local escuro. A falta de concentração em
determinados momentos do jogo é uma das queixas mais frequentes que os psicólogos
do esporte escutam não só de tenistas, mas de atletas de diversas modalidades
(exemplos: como se concentrar e não ficar pensando na torcida, na prova da próxima
semana, no namorado, na festa de aniversário etc).
No tênis as interações são rápidas, as trocas de bolas, o saque, a
movimentação, por isso a concentração é uma habilidade muito influente. Em outros
esportes, o nível de concentração não precisa ser tão exacerbado.
Dicas: Muitas vezes, os jogadores ficam remoendo os erros, pensando neles
durante grande período e esquecem de focar no "Aqui, agora". Isso desconcentra. Os
rituais ajudam muito a manter o foco. Foque-se nos aspectos relevantes ligados ao
desempenho da tarefa no momento que está acontecendo. Tenha pensamentos
positivos.
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As derrotas podem ensinar mais do que as vitórias. Pouco tempo atrás, Novak
Djokovic era um coadjuvante em relação a Rafael Nadal e Roger Federer. Em diversas
entrevistas, ele disse que aprendeu muito com as suas derrotas. Esse foi seu principal
combustível para se desenvolver, estudar os seus erros e obter a confiança para
perseverar. Alguns adversários são mais do que simplesmente rivais, eles podem
proporcionar indiretamente as condições para a evolução de um atleta.
Encontre o lado positivo em suas derrotas. Se a derrota equivalem ao fracasso,
nunca se ganhará a batalha da confiança com esse tipo de crença. Tenha a capacidade
de aprender muito mais com uma derrota que de com uma vitória.
Dicas: Seu lema deve ser sempre: Ganhando ou perdendo, vou dando outro
passo adiante em busca de evolução. Isso independentemente do resultado de suas
partidas.
Controlar a ansiedade nos momentos mais difíceis, fechar um game, um set, no
match-point, ou, pelo contrário, tentar reverter um placar adverso, quebrar o saque do
adversário quando acabou de perder, são comportamentos típicos que ocorrem durante
os jogos e que naturalmente põem pressão em quem está atuando.
Todo atleta, antes do início de uma partida, sente-se ansioso, agitado,
apreensivo de que possa acontecer algo inesperado. Não é adequado que essas
sensações cresçam e se tornem amedrontadoras a ponto de as pessoas não
conseguirem realizar plenamente suas capacidades. Aceitar que a ansiedade é
inevitável na competição e saber que pode lidar com ela é uma habilidade essencial
para recuperar o controle psicológico na sequência de acontecimentos inesperados ou
distrações. Superar o medo, ele é uma emoção natural do ser humano e pode ser
controlado.
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Fonte: www.brasil2016.gov.br
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Pensar positivo, ter uma atitude positiva, verbalizar coisas positivas é tão
importante em treino quanto em competição. Essas ações repercutem em nosso corpo,
deixando-o mais relaxado e equilibrado para executar os movimentos necessários.
Corpo e mente estão interligados e, por isso, as atitudes negativas também refletem em
nosso corpo. A consequência, entre outros aspectos, é o desequilíbrio e a diminuição
da performance.
Em competição, quanto mais você enfrenta adversidades, mais positivo tem que
ser para construir a sua confiança e autoestima. A confiança está relacionada
diretamente com o êxito percebido. Então, muitas vezes os tenistas só acham
relevantes as vitórias nas partidas, quando o mais importante é sua atitude durante o
jogo, ou seja, há jogos que se vence jogando mal e outros que se for derrotado jogando
bem.
Dicas: Uma estratégia que pode ajudar é o auto diálogo positivo, não só nos
momentos de dificuldade, mas também nos acontecimentos positivos. No auto diálogo,
o objetivo é ajudar os tenistas a controlar os seus pensamentos durante o treino e a
competição para contribuir com o sucesso.
Podemos definir motivação basicamente como os motivos que nos levam às
ações em busca de nossas metas em todos os aspectos de nossas vidas. Pode ser
exemplificada também como a direção e a intensidade de nossos esforços. Sejam eles
estudar para passar no vestibular ou treinar intensamente o ano todo para ganhar um
campeonato. Motivação é uma "energia psicológica" que faz com que nos comportemos
de determinadas maneiras. Para saber o que lhe motiva é imprescindível ter
autoconhecimento. Portanto, quando falamos de motivação não existe "receita de bolo",
pois ela é pessoal, individual e exclusiva. Não há motivação sem busca por metas.
As metas podem tornar nossos sonhos e ambições profissionais palpáveis,
desde que façamos algo para alcançá-las. É preferível, do ponto de vista psicológico,
que se pretenda alcançar metas de atuação em vez de resultados. As metas de
atuação podem ser controladas. Os resultados, não. As metas de atuação são de
esforço, por exemplo: ter uma boa atitude durante o jogo; manter-se confiante nos
momentos difíceis; atacar em bolas curtas; jogar preferencialmente golpes cruzados ou
subir à rede. Esse tipo de meta é mais fácil de executar, depende exclusivamente do
indivíduo. As metas por resultados (ganhar um torneio, chegar às quartas-de-final, dar
um "pneu" no adversário) são mais complexas de se atingir, pois não dependem
fundamentalmente do indivíduo, mas de outras variáveis que não podem ser
controladas e a probabilidade de frustração é muito alta.
Fonte: www.cienciadoesporte.com.br
Dica: Estabeleça metas (de curto, médio e longo prazo) e escreva-as. Elas têm
que ser: específicas (melhorar um golpe), mensuráveis (possível de ser medida), dentro
do controle (possível de ser adquirida com treino), realistas (de acordo com suas
habilidades no momento) e de limite temporal (data para conseguir realizar).
Respeitar o adversário, as regras do jogo, o fair-play, o ambiente competitivo, os
horários da partida, os árbitros, assistentes e colaboradores deve ser um objetivo.
Apesar de o tênis ser um esporte individual, ele é um jogo e necessariamente precisará
de pelo menos outra pessoa para dividir a quadra. Por mais que em determinadas
ocasiões algum adversário tenha um comportamento desrespeitoso, tenha uma atitude
superior e não caia nesse tipo de "catimba".
Dica: Adversários sim, inimigos não.
Saber ler as nuances do jogo do adversário, seus pontos fortes e fracos, e utilizar
estratégias para minimizar as jogadas dele. Isso é inteligência tática. Em competições,
os jogadores deveriam evitar focar em seus pontos fracos (deixe isso para os treinos).
Devem pensar nos pontos positivos de seu jogo, tendo por base os pontos fortes, ou
seja, abusar de suas jogadas de confiança. Quanto mais positivo for durante a
competição, melhor, mesmo que seus pensamentos sejam negativos com relação a si
mesmo.
É importante ter um repertório grande de variação de jogadas e ter paciência
para colocá-las em prática nos momentos adequados. Nem sempre seu estilo de jogo
irá se encaixar com o do adversário. Ter coragem de arriscar pode ser fundamental
quando estiver numa situação como essa. Jogar com simplicidade também ajuda.
Inteligência não é sinônimo de belas jogadas. Em muitos momentos, fazer o
básico para marcar um ponto pode ser a estratégia mais adequada.
Dica: Treine com jogadores com estilos diferentes e tente impor seu jogo. Isso
lhe ensinará a desenvolver inteligência tática.
Habilidade e talento por si só não são os únicos requisitos para uma carreira
vitoriosa. É necessária muita disciplina. Michael Jordan disse certa vez que 90% é
transpiração e 10% inspiração. Pelé frequentemente comenta que após as rotinas
diárias, ele ficava mais tempo treinando faltas com a sua perna esquerda (ele é destro)
e cabeceio (que ele dizia ser seu pior fundamento).
Fonte: www.horadotreino.com.br
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Ao longo de uma temporada o atleta passa por momentos muito bons e outros
menos bons, o que pode estar relacionado por diversos fatores: ansiedade, forma
física, autoconfiança, concentração, stress e, motivação entre outros… Se ao longo de
uma temporada isto acontece inúmeras vezes, o mesmo pode acontecer de um jogo
para o outro, ou mesmo durante o decorrer de um jogo.
O principal fator é a motivação que pode provocar modificações no rendimento e
desempenho do atleta. Este fator está presente nos treinos, nas prelações, e
principalmente nas competições, onde ocorrem vários fatores que podem provocar
alterações no estado do atleta e da equipa.
A motivação caracteriza-se como sendo um processo ativo, intencional, e dirigido
a um objetivo, que depende da interação de fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais
(extrínsecos). A motivação é um processo que coordena e dirige a direção e a
intensidade do esforço dos atletas na sua modalidade.
A motivação está associada à palavra motivo, podendo este ser definido como
uma força interior, impulso, intenção, que determina a ação de um indivíduo. Assim
sendo, para compreender a motivação é necessário investigar os motivos que
influenciaram um dado indivíduo a ter aquele comportamento, uma vez que todo o
comportamento é motivado, isto é, é impulsionado por motivos.
Fonte: www.drasimonychiaperini.com.br
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Os atletas de sucesso são autoconfiantes. A sua autoconfiança desenvolve-se
com o tempo e, muitas vezes, é o resultado de pensamentos positivos e de
experiências de êxito.
Todos os atletas estão envolvidos no desporto sabe o que significa este conceito.
No entanto, é muito difícil de a descrever. Podemos entender a ansiedade como um
estado emocional angustiante, em que coexistem alterações somáticas e em que se
preveem situações desagradáveis ou não. O que segundo o mesmo autor, quando a
ansiedade está presente numa competição, pode afetar negativamente o desempenho
desportivo do atleta se permanecer por demasiado tempo. Os atletas de futebol
vivenciam variadas situações de ansiedade, como por exemplo erros que cometem
dentro de campo, competições acirradas, pressão do público e adeptos, troca de clube,
salários atrasados, lesões inesperadas, derrotas em partidas decisivas, entre outras.
Assim sendo, os atletas, nestas situações, podem desenvolver respostas de ansiedade,
ou seja, uma resposta física perante uma situação de ameaça real ou de uma situação
interpretada como ameaçadora.
Fonte: www.cardioemotion.com.br
Fonte: www.sinpsi.org.br
Muitos estudos têm comprovado a influência, tanto positiva quanto negativa, dos
aspectos psicológicos na performance de atletas e o despreparo emocional e cognitivo
frente às demandas estressantes do ambiente esportivo. Através da própria experiência
do mestrado, com o levantamento diagnóstico realizado através de entrevistas e
observações, foi possível detectar a falta que a preparação psicológica fez na equipe
investigada, pois o fator psicológico foi decisivo nas fases finais do campeonato. Deste
modo, fica ainda mais evidente a necessidade da inclusão do trabalho psicológico no
esporte, especialmente nas diferentes fases do treinamento e das competições.
Cada etapa da preparação psicológica deve ser específica, considerando-se as
características e demandas desse público e, também da modalidade esportiva em foco
e o momento da preparação na qual se encontra a equipe. O trabalho deve possuir
objetivos claros e bem definidos, sendo essas informações transmitidas aos
participantes do processo, procedimento este importante para a boa aceitação do
psicólogo esportivo na equipe.
Fonte: www.emiliaalvares.com
Fonte:www. i2.wp.com
Fonte: www.i0.wp.com
Mas, afinal, qual seria o estado psicológico ótimo do atleta de alto rendimento?
Uma descrição e análise dos estados psicológicos do atleta foi realizada por
Alexseev (1993), que estabelece três situações que são:
Estado psicológico da norma, sendo o estado funcional e saudável do
indivíduo, representado pelo equilíbrio emocional para a realização das
tarefas básicas do cotidiano. Esse estado psicológico não é o ideal para
as disputas competitivas, que exigem uma mobilização das forças físicas
e psíquicas do atleta além daquelas exigidas pelo cotidiano. Entretanto, o
estado da norma é fundamental para a conservação da saúde do atleta. O
estado da norma é favorecido pelos seguintes pontos: não sofrer(o
sofrimento provoca o mal funcionamento de todos os sistemas do
organismo humano; assim, deve-se criar mecanismos que substituam o
sofrimento por outras emoções, exemplo: exercícios físicos ou atividades
que supram as necessidades pessoais do atleta, e criação de imagens
mentais positivas); manutenção do bom humor (garantia do otimismo, que
desenvolve no atleta uma expectativa de sucesso, mesmo com todas as
frustrações e reveses); restabelecimento das forças(equilíbrio e
manutenção dos gastos energéticos provocados pelo estresse oriundo do
treinamento, das competições e do cotidiano social; a recuperação física e
mental é importante para a saúde e a qualidade de vida do atleta);
Estado psicológico da mobilização, é o estado ideal do atleta que lhe
possibilita a intervenção ótima na competição. O atleta de alto rendimento
deve estar continuamente preparado para a execução de tarefas motoras
específicas (exigências da modalidade praticada), para a adaptação a
novos estímulos (treinamento) e para a superação das dificuldades.
Portanto, a integração dos componentes da performance, ou seja, os
fatores físicos (força, velocidade, resistência), emocionais (controle da
ansiedade) e mentais (concentração) é imprescindível para a obtenção do
desempenho máximo ou da vitória. No estado de mobilização, o atleta
consegue manter sob seu controle um elevado nível dos componentes da
performance, do início ao final da competição;
Estado psicológico patológico, que são as manifestações emocionais
maléficas para o desempenho desportivo e contrárias à situação ideal
psicológica do atleta. Medo, apatia, nervosismo, excesso de ansiedade
dentre outros, representam uma desarmonização psíquica que afeta
diretamente o desempenho do atleta. Associa-se o estado patológico a
uma situação de exaustão psicofisiológica do atleta em relação a suas
atividades (esportivas ou sociais). É o estresse crônico, provocado pelo
excesso de estímulos físicos, emocionais ou mentais. É o esforço extremo
e inútil do atleta para superar as elevadas demandas impostas pelo
excesso de treinamentos e competições.
As desarmonizações psíquicas são responsáveis pelo fracasso do atleta nas
competições. Elas podem se manifestar algumas horas, dias ou semanas antes das
competições, durante as mesmas ou após. Irritação, descontrole, ansiedade, falta de
vontade de competir, desinteresse pela prática esportiva são algumas manifestações da
patologia atlética.
Medidas pedagógicas devem ser tomadas como forma de prevenção para que o
atleta não atinja esse estado patológico que, conforme o grau de desenvolvimento,
poderá inclusive afastar definitivamente o mesmo do meio esportivo.
Fonte: www.vivaocatarinense.com.br
Fonte: www.psico.srv.br
Vale ressaltar que o termo esporte apesar de referir-se a uma prática competitiva
de alto rendimento e profissionalizada ou ao espetáculo esportivo, ele também
contempla a atividade física de uma forma mais ampla e abrangente como as práticas
de tempo livre e as atividades não regulamentadas e institucionalizadas.
Isso significa um deslocamento tanto da produção do conhecimento como da
atuação profissional do psicólogo do esporte. Se na perspectiva do esporte competitivo
a intervenção visa a produção da vitória, na prática de atividades de tempo livre, na
iniciação esportiva não competitiva e na reabilitação o que norteia o trabalho do
psicólogo é a motivação e a adesão, o bem-estar psicológico e o manejo de
pensamentos e sentimentos que levam a busca da atividade física e esportiva em
diversos contextos sociais em cada uma dessas populações.
A diversidade sugerida pelo amplo espectro de settings, de populações e de
expectativas sugere um suporte teórico também variado que explique os diversos
fenômenos estudados. Daí uma ligação estreita com a Psicologia Clínica e a Psicologia
Social. Se no esporte de alto rendimento o esforço dos vários profissionais que
compõem a equipe técnica está voltado para a produção da vitória, nos demais
contextos esportivos a vitória pode estar identificada com a formação de um grupo para
a atividade, com a permanência na prática ou com a compreensão do significado do
processo que desencadeou ou culminou uma necessidade física. Essa ação específica
faz com que a Psicologia do Esporte se diferencie da Psicologia no Esporte.
Fonte: www.3.bp.blogspot.com
Durante quase três décadas grande parte da produção acadêmica da área era
produto da Psicologia no Esporte. Esse quadro apresentou uma grande transformação
no final da década de 1980, com a busca dos interessados pela formação específica
em outros países e a posterior organização de grupos de estudo e instrução de
psicólogos brasileiros.
Como reflexo dessa `formação estrangeira' o que se viu no princípio foi a
utilização de instrumentos de avaliação e técnicas de intervenção à semelhança do que
se fazia nos países onde foram desenvolvidos. Mas, diante da especificidade do
esporte e da realidade brasileiros, esses instrumentos e técnicas foram sendo
adequados e adaptados tanto às condições das instituições esportivas como às
variações culturais presentes na vida dos atletas e cidadãos brasileiros.
O resultado dessa busca pela alteridade pode ser observado na diversidade de
formas de atuação. Partindo da psicanálise, do cognitivismo, do behaviorismo radical,
do psicodrama, da psicologia social, da psicologia analítica ou da gestalt como
referencial teórico, um grupo crescente de psicólogos tem se dedicado a desenvolver a
Psicologia do Esporte brasileira, considerando as particularidades das modalidades no
país e dos atletas que convivem com uma realidade específica.
Fonte: www.abrilveja.files.wordpress.com
Fonte: www.abrilveja.files.wordpress.com
Fonte: www.coachin.com.br
A Psicologia do Esporte tem como meio e fim o estudo do ser humano envolvido
com a prática de atividade física e esportiva competitiva e não competitiva. Esses
estudos podem abarcar os processos de avaliação, as práticas de intervenção ou a
análise do comportamento social que se apresenta na situação esportiva a partir da
perspectiva de quem pratica ou assiste ao espetáculo
A Psicologia no Esporte é a transposição da teoria e da técnica das várias
especialidades e correntes da Psicologia para o contexto esportivo, seja no que se
refere a aplicação de avaliações para a construção de perfis, seja no uso de técnicas de
intervenção para a maximização do rendimento esportivo
Durante quase três décadas grande parte da produção acadêmica da área era
produto da Psicologia no Esporte. Esse quadro apresentou uma grande transformação
no final da década de 1980, com a busca dos interessados pela formação específica
em outros países e a posterior organização de grupos de estudo e instrução de
psicólogos brasileiros.
Como reflexo dessa ‘formação estrangeira’ o que se viu no princípio foi a
utilização de instrumentos de avaliação e técnicas de intervenção à semelhança do que
se fazia nos países onde foram desenvolvidos. Mas, diante da especificidade do
esporte brasileiro, esses instrumentos e técnicas foram sendo adequados e adaptados
tanto às condições das instituições esportivas como às variações culturais presentes na
vida dos atletas brasileiros.
Fonte: www.planaltofitness.com.br
DIAS, Mariana Hollweg, Sousa, Edson Luiz André de. Esporte de Alto Rendimento:
Reflexões Psicanalíticas e Utópicas. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/psoc/v24n3/26.pdf> Acesso dia 07/05/2017.
FREITAS, Clara Maria Silvestre Monteiro de, JUNIOR, João Manuel de Farias, JUNIOR,
Aloísio Bezerra Sandes, KUCERA, Carlos Augusto Cardoso, MELO, Rebeca Rodrigues
de, LEÃO, Ana Carolina, CUNHA, Ana Elizabeth Vieira da. Aspectos Psicossociais
Que Interferem no Rendimento de Modalidades Desportivas Coletivas. Disponível
em <file:///C:/Users/Sami/Downloads/10107-30251-2-PB.pdf>Acesso dia 07/05/2017.