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APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 4
2 PSICOLOGIA DO ESPORTE: CIÊNCIA DO ESPORTE E UMA
ESPECIALIDADE DA PSICOLOGIA .............................................................. 5
3 ESPORTE COMO FENÔMENO MODERNO E SOCIAL ................................ 8
4 INDÍCIOS DE SURGIMENTO DA PSICOLOGIA DO ESPORTE NO MUNDO
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5 PERCURSO HISTÓRICO NO BRASIL ........................................................ 12
6 PSICOLOGIA NA ATUALIDADE E CAMPOS DE ATUAÇÃO ...................... 17
7 AVALIAÇÃO APLICADA AO ESPORTE ...................................................... 20
8 ORGANIZAÇÃO ESPORTIVA E DE EVENTOS .......................................... 32
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 45
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 INTRODUÇÃO
Fonte: https://www.psicologosberrini.com.br/
Fonte: https://www.treinus.com.br/
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Desde as primeiras décadas do século XX, os saberes psicológicos, a partir de
diferentes práticas e interfaces, foram sendo paulatinamente consolidados por
personalidades de diversas áreas do conhecimento, sendo a psicologia do esporte
considerada como exemplo primeiro como psicologia do esporte e depois como
psicologia do desporto. Devido à sua ampla gama de atividades, agora também é
conhecido como psicologia do esporte e do exercício.
Os fenômenos psicológicos e seus conteúdos teóricos são primeiramente
assimilados pelas disciplinas aplicadas neste contexto antes de serem incorporados
como prática psi, porém, surgem dificuldades teóricas, metodológicas e
interdisciplinares, uma vez que o psicólogo neste contexto está inserido em um
contexto já definido, enquanto o universo esportivo é formado por profissionais de uma
outra área, que no caso é da educação física.
Dessa inserção teórica surgiu posteriormente a necessidade de adquirir novos
conhecimentos para além da psicologia e sua compreensão da subjetividade, as
chamadas ciências do esporte, juntamente com a antropologia, filosofia, sociologia,
medicina, fisiologia e biomecânica do esporte.
Embora seus indícios de surgimento no Brasil datem nas primeiras décadas do
século XX, como aponta Carvalho (2012) e Carvalho e Jaco-Vilela (2009), só em 2001,
a Psicologia do Esporte se legitima como prática profissional e especialidade do saber
psicológico conforme a Resolução CFP nº 1 (2000). Para Degani-Carneiro (2014) esse
processo não ocorreria se já não houvesse um movimento anterior de uma categoria
profissional emergente. (apud, Conde et al. 2019). A referida solução apresenta a
atuação do psicólogo do esporte.
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para conseguir o bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos. [...]. (CFP,
2007, p. 20).
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3 ESPORTE COMO FENÔMENO MODERNO E SOCIAL
Fonte: https://consultoriasquadra.com.br/
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escape para todas as tensões dos grupos. Assim, “o esporte como um espetáculo de
massa foi transformado numa sucessão infindável de contendas, onde digladiavam
pessoas e times simbolizando Estados-nações, o que hoje faz parte da vida global.”
(p. 170).
Modalidades nesse formato se destacavam de maneira rápida, como por
exemplo, o futebol, onde é visível a grande diferença de classes sociais presente, mas
o historiador chama a atenção para o fato de que existem demais elementos
socioculturais para serem pensados além do aspecto econômico. Os autores Elias e
Dunning (1990), destacam que o esporte como o entendemos hoje é diferente das
atividades físicas que existiam no passado, como a caça e a pesca, que garantiam a
sobrevivência, os Jogos Gregos e Romanos, entre outras práticas onde não existia o
rígido controle das regras, com a chegada das regras era preciso fiscalizá-las, o
cenário moderno criou então, a necessidade de institucionalizar as práticas esportivas.
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Fonte: https://futebolinterativo.com/
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Entre as décadas de 20 a 50 outros médicos russos, Avksenty Cezarevich
Puni (1898 – 1986) e Peter Rudik, foram responsáveis pela inclusão da
disciplina de psicologia do esporte nos cursos de educação física daquele
país, além de organizarem eventos e publicações na área, paralelamente à
criação dos Institutos para a Cultura Física de Moscou e Leningrado –
considerados o marco inicial da Psicologia do Esporte na antiga União
Soviética (RODRIGUES, 2006).
Demais países, surgiram neste contexto, a Itália por exemplo que em 1965 se
sedia em Roma o primeiro Congresso Mundial de Psicologia do Esporte, o que levou
a criação da International Society of Sport Psychology (ISSP), isso ocorreu no mesmo
ano, com intuito de promover e espalhar informações referentes à psicologia do
esporte por todo mundo. Nos EUA, Rubio (2000), diz que em 1968, a Sociedade
Americana para Psicologia do Esporte e da Atividade Física (NASPSPA) foi criada, e
no ano de 1985, veio a Associação para o Avanço da Psicologia do Esporte Aplicada
(AAASP), com objetivo de promover o trabalho das instituições ligadas à área. Vieira
et al. (2010), ainda acrescentam que no ano de 1986, foi formada a American
Psychological Association (APA) a division 47 (Sport and Exercise Psychology) com
intuito de especificar as qualificações essenciais para se tornar um psicólogo
esportivo.
Os fatos citados exibem o trajeto de construção e legitimação da área em
demais países, em meio ao avanço de uma aplicação técnica e da produtividade
científica o que levou a psicologia do esporte a se destacar como prática no cenário
mundial desde o princípio do século XX. O Brasil não acompanhou todos esses
eventos, apenas alguns, mas ao mesmo tempo, seguia seu próprio rumo.
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5 PERCURSO HISTÓRICO NO BRASIL
Fonte: https://oglobo.globo.com/
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seja, intelectual, moral e comportamental, a chamada educação integral, foi uma
educação baseada na disciplina e no controle.
Também na psicologia, as escolas fundadas no século XIX tinham como
objetivo formar um corpo docente competente e adequado às necessidades do
sistema educacional brasileiro e incluía, entre outras coisas, a disciplina "Psicologia
aplicada ao desenvolvimento infantil". No século XX surgiram os primeiros laboratórios
experimentais, marcando um forte movimento no Brasil, para seguir os modelos
vigentes no cenário social e cultural internacional da ciência moderna e objetiva
(Massimi, 2006). Em paralelo aos episódios políticos, o Brasil passava por uma fase
de sedimentação de alguns saberes além da educação, a medicina, afinal, educação
e saúde eram prioridades se o país tivesse que se desenvolver com ordem e
progresso.
Era, portanto, importante que a sociedade se remodelasse e o país se
desenvolvesse de acordo com os objetivos da modernidade, mas para isso, era
preciso que o os indivíduos fossem fisicamente educados e favoráveis ao
desenvolvimento de faculdades morais superiores. Para que a educação física
também se constitua como um saber científico de utilidade à sociedade. O
entendimento psicológico como mais um produto da modernidade, compreende as
influências deste tempo caracterizado pela ruptura com a tradição ao novo estímulo e
ao progresso, compreendendo as demandas emergentes como fruto da capacidade e
da potencialidade humana.
Em 1948, o Brasil iniciou suas participações em meio ao cenário de grandes
eventos esportivos, com os Jogos Olímpicos, que então passou a ser presente nas
demais edições sempre com medalhistas, mesmo com uma condição técnica e
estrutural de preparo insuficiente para essas competições, além dos esportistas civis
o time brasileiro também contava com militares, em especial os militares da Marinha
do Exército.
Depois de uma década o Brasil se sagrou Campeão da Copa do Mundo na
Suécia no ano de 1958, dentre sua comissão técnica tinha um paulista sociólogo
chamado João Carvalhaes (1917 – 1976), conhecido como professor Carvalhaes.
Mesmo que a psicologia se regulamentou no ano de 1962, sua formação já existia
desde o ano de 1950, onde se encontravam diversos profissionais de outras áreas
que exerciam práticas psicológicas, demonstrando o fazer psicologia, e esse era o
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caso de Carvalhaes, desde 1950, estava no meio esportivo, de início fez publicações
de artigos voltados ao boxe em jornais da época com o pseudônimo de João Ringue,
mas o que fortaleceu sua atuação na psicologia foi sua experiência profissional nas
empresas, conforme Costa (1950), nos anos de 1942 a 1946, Carvalhaes ocupou
cargos de Escriturário e em seguida como encarregado do Setor de Seleção de
Pessoal na Light & Power onde foi executado de modo experimental, trabalhos
voltados à aplicação de testes à nível mental, de interesses e personalidades. Após,
trabalhou de início como assistente técnico da divisão de psicologia e formação
profissional na Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC) entre os anos
de 1947 a 1970, uma companhia de transportes na cidade de São Paulo.
Todo o mundo passava por um período pós-revolução industrial que foi
marcado pelos avanços científicos, tecnológicos e pelas novas exigências sobre mão
de obra. O Brasil buscava o avanço no processo do desenvolvimento industrial e a
mão de obra qualificada se fez necessário, o que fez com que os conhecimentos e a
experiência do professor Carvalhaes na área da psicologia industrial, hoje chamada
de psicologia do trabalho, fosse necessário para atender toda a demanda social de
seleção de pessoas no âmbito das indústrias.
Essa experiência tornou possível a conexão com o mundo esportivo em que a
seleção dos atletas capazes e adequados a sua função também era necessário.
Dessa forma, Carvalhaes colocou em prática seus conhecimentos de psicotécnica, na
Federação Paulista de Futebol, onde foi implantado uma unidade de seleção para os
árbitros do futebol que também atuaram na preparação psicológica destes, juntamente
com a Seleção Brasileira de Futebol. Nesta mesma época, prestou seus serviços ao
São Paulo Futebol Clube, onde realizou testes de inteligência, personalidade e
habilidades específicas com objetivo de orientar melhor os atletas para realização de
suas atividades.
Mesmo sendo uma grande referência na história da constituição da psicologia
do esporte no Brasil, Carvalhaes não foi o único. Atualmente ainda existe uma
psicologia do esporte em busca do reconhecimento social no futebol. A partir dos anos
70 e 80, outras modalidades esportivas iniciaram de modo isolado a inserção de
métodos psicológicos. Em 2016 nos Jogos Olímpicos, as federações tiveram
incentivos financeiros para contratação de psicólogos, o que favoreceu a atuação de
psicólogos do esporte em diferentes modalidades.
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Como dito anteriormente, sobre Carvalhaes não ser o único como referência
histórica, sua experiência profissional se fez pelas tentativas claras de aplicar seus
conhecimentos sobre a psicologia no mundo esportivo, por meio da seleção de
pessoas e esse tipo de iniciativa já dava sinais de sua existência cerca de uma década
no Rio de Janeiro, de acordo com alguns estudos realizados, foi identificado
documentos com assuntos voltados a fenômenos psicológicos para uma aplicação da
psicologia no mundo esportivo desde 1940, o que pode ser visto nos seguintes títulos:
“Psicologia aplicada à torcida” (1944, Inezil Pena Marinho), “Um estudo de Psicologia
Social em uma equipe de futebol profissional” (1944, Pio Piano Junior), “O Campo
psicológico da dança” (1946, Maria Helena Pabst de Sá Earp), “A investigação
psicológica no controle científico das atividades desportivas” (1954-1955, Carlos
Sanchez de Queiroz), “Necessidade de orientação na prática de atividades
desportivas” (1962, Cecília Torreão Stramandinolli).
Dessa forma, o descobrimento de outros personagens nos faz confirmar que a
história da psicologia no mundo esportivo vem sendo escrita por diferentes autores,
além de Carvalhaes e até mesmo antes dos anos de 1950.
Temos o exemplo de Carlos Sanchez Queiroz, com seu artigo “A investigação
psicológica no controle científico das atividades desportivas” (1954 – 1955), publicado
na Revista Arquivos da ENEFD, sugere a instituições desportivas do país todo a
realizarem um controle psicológico dos atletas por meio de “psicólogos autênticos”
para atuar na seleção e orientação dos desportistas por meio da psicologia aplicada.
Queiroz (1954 – 1955), diz que após a verificação na bibliografia nacional e
estrangeira foi concluído que estudos sobre o tema se limitavam às condições
somáticas apresentadas pelos desportistas antes, durante e após as competições.
Para o autor, a estrutura somática é condição e não causa do comportamento do
atleta.
Os argumentos de Queiroz (1954 – 1955), se baseiam nos estudos de Gestalt,
tanto por meio do trabalho de Christian Von Ehrenfels (1859 – 1932) quanto ao
trabalho de Kholher, para conseguir explicar a fragilidade do determinismo causal na
psicologia. O autor deixa um alerta para o controle científico das atividades
desportivas, para que não se limite ao levantamento de condições somáticas dos
atletas e que esse controle por meio de um psicólogo seja com o intuito de promover
e selecionar atletas de uma maneira mais eficaz para prática dos esportes, desde que
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esse controle “[...] seja realizado por especialistas esclarecidos e seguros, diplomados
por institutos de ensino superior, onde se ministre o ensino sistemático da Psicologia
científica e, não, por meros “amadores”, improvisados no manejo das técnicas
psicológicas, com total ignorância dos fundamentos científicos” (p. 114).
Já podemos ver aqui a preocupação com a redundância e o erro na aplicação
dos testes psicológicos, uma vez que nas primeiras décadas do século XX foi
proporcionada a capacidade de controlar a medição oferecida pela psicometria, o que
favoreceu à chegada dos primeiros testes, entre esses o de personalidade, abrindo
um canal de conciliação e vinculando conhecimentos psicológicos com disciplina,
prestando serviços em avaliação psicológica. Note-se que os especialistas citados por
Queiroz (1954 – 1955) ainda não são psicólogos, mas médicos, pela inexistência da
profissão de psicólogo, para ele, médico, por sua formação científica avançada, será
inegavelmente competente e com autoridade para tal profissão.
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trabalho para cada homem visando o bem estar individual e social, a orientação
desportiva indicará o melhor desporto ao desportista” (p. 88).
Na finalização de seu artigo, Stramandinolli (1964), também apresentou alguns
princípios gerais voltados à orientação profissional com aplicação na orientação
desportiva diante da iniciação esportiva, no que diz respeito a orientar na escolha do
desporto e reajustar os que já foram orientados em meio as dificuldades. Essas ações
estariam a serviço de estudantes e amadores do esporte, em escolas, clubes
desportivos, assim também aos adultos em momentos de lazer e recreação.
Além disso, entre os beneficiários desse tipo de serviço, como indica o autor,
estariam profissionais do esporte e dirigentes de clubes que, além de técnicos
esportivos, teriam a oportunidade de contratar os jogadores mais capazes.
Stramandiolli (1964), já mencionava sobre alguns dos campos principais de atuação
da psicologia do esporte, como por exemplo, a iniciação esportiva, o alto rendimento,
recreação e lazer, que só foram melhor delimitados depois dos anos de 1980.
Fonte: https://blog.circulosaude.com.br/
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dedicadas ao esporte e à atividade física, sendo possível e necessário o trabalho
multidisciplinar dos profissionais dessas áreas.
Tais conflitos já foram apontados por Brandão (1995) e Rubio (1999) quando
apontaram a presença de diversos profissionais como engenheiros, médicos, ex-
atletas que se tornaram técnicos ou treinadores, mas que atualmente estão presentes
sem preparação acadêmica adequada, algumas inovações, além dessa falta de
formação acadêmica adequada e de especializações na área, estão surgindo
profissionais de diversas formações para “treinar mentalmente” os atletas –
treinadores ou motivadores.
Para Vieira et al. (2010) a atuação do psicólogo esportivo se divide na seguinte
classificação, levando em consideração a realidade de outros países além do Brasil:
Ensino: Atuando como professor;
Pesquisa: No cargo de pesquisador;
Intervenção: Atuando como consultor.
Inclui todos os esportes, qualquer tipo de atividade física, independentemente
do sexo ou faixa etária, destinada a iniciantes e amadores ou atletas profissionais de
alto rendimento.
Os papéis de professor e pesquisador são complementares, pois podem ser
mantidos juntos. Como professor, o psicólogo se dedica a ministrar as disciplinas de
psicologia aplicada ao esporte, tanto nas aulas de educação física quanto nos cursos
de graduação e pós-graduação em psicologia nas instituições de ensino superior.
Como pesquisador, o psicólogo realiza pesquisas e estudos relacionados à área,
considerando, entre outras coisas, a interface com outros saberes e práticas da
psicologia do esporte.
Esporte educativo ou iniciação esportiva: destina-se a crianças e jovens ou
adultos em fase inicial, que praticam atividades físicas e desportivas em clubes ou
escolas, e sobretudo representa a formação socio pedagógica. O psicólogo desportivo
procura compreender e analisar os processos de formação e desenvolvimento
relacionados com a educação e a socialização da prática esportiva, podendo ainda
auxiliar o professor ou treinador de educação física na aplicação de seus métodos
educativos e formativos, levando em consideração as etapas do desenvolvimento
cognitivo, emocional e psicossocial escolar.
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Práticas de tempo livre ou lazer: são práticas voluntárias que buscam o bem-
estar físico e mental. O psicólogo atua nesse contexto analisando o comportamento
de lazer de praticantes de diferentes faixas etárias, classes sociais ou habilidade
profissional, aumentando a qualidade de vida. Exemplos dessas atividades: corridas
de rua, caminhadas e exercícios funcionais, academias, entre outras.
Alto rendimento: a interferência da psicologia para o alto rendimento, visiona a
aprimoração ou desenvolvimento de processos psicológicos (percepção, atenção,
concentração), além de outros fenômenos, como por exemplo, a motivação, a
liderança, coesão grupal entre outros que são determinantes ao aumento da
performance de atletas e até mesmo grupos esportivos em contexto institucional e
formal. Nessa área de atuação se encontra atletas profissionais de diferentes
modalidades, integrantes de instituições públicas ou privadas, associações ou
federações esportivas.
Reabilitação esportiva: direcionado à prevenção e a intervenção aos esportistas
que portam alguma lesão resultante da prática esportiva ou algum tipo de deficiência
física ou até mesmo mental. O psicólogo pode vir a atuar desde a iniciação ao alto
rendimento, junto aos atletas paralímpicos. A reabilitação por meio de atividade física
é uma forma favorável e de grande eficácia à reinserção social, melhoria de qualidade
de vida e lazer.
Projetos sociais: este campo da psicologia do esporte tem como principal
objetivo, a promoção á inclusão social de indivíduos em situação de vulnerabilidade
social e psíquica, por meio de uma equipe multidisciplinar e da utilização de
ferramentas pedagógicas associadas à práticas esportivas. Carvalho, Seda e Santo
(2013), destacam que a vida real do brasileiro reúne diversos fatores que envolvem
discriminação econômica, cultural, política e ética, além da inacessibilidade e a falta
de equidade social, portanto os projetos sociais vieram como uma alternativa de
minimizar os efeitos causados por esse tipo de violência e exclusão social, entre
outros.
Desse modo, a grande competitividade e a pressão por resultados não são
prioridades no alto rendimento, muito menos na escolha de novos talentos. Para
Garcia e Zaremba (2017) “focar no jovem esportista e em seu desenvolvimento
pessoal, reflete antes de tudo uma atitude de cuidado [...]”. (p. 90). Assim, o psicólogo
deve considerar aspectos socioeducativos como disciplina, socialização, regras e
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outros, que são presentes em cada modalidade esportiva, com intuito de promover
uma formação social e cidadã aos praticantes.
Clínica do esporte: essa área no Brasil possui atuações recentes, mas tem
mostrado uma proposta de intervenção necessária e eficaz, embora esteja tratando
de uma prática clínica que envolve a formação de um psicólogo, ela se diferencia da
psicoterapia tradicional por enfatizar a redação entre os fenômenos individuais e as
necessidades atléticas que os praticantes experientes ou atletas vivenciam.
Fonte: www.professoralexandrerocha.com.br
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Na etapa de contato inicial é realizada a apresentação do psicólogo para toda
equipa ou atleta, no caso de um trabalho individual, com quem o profissional irá
trabalhar e é apresentado a todos os componentes do grupo esportivo o trabalho que
será realizado pelo psicólogo com o suporte esportivo. Esse é um momento de grande
importância para continuidade do trabalho, assim como em outros programas de
intervenção psicológico, pela determinação do rapport, o vínculo entre psicólogo e a
equipe de trabalho.
Fonte: www.i2.wp.com
Essa é uma fase marcada por uma prática pedagógica em que são definidos
os objetivos dos grupos, que são discutidos com os atletas e em seguida se é
estabelecido um cronograma de trabalho com objetivos à curto, médio e longo prazo.
Toda importância dessa fase de contato inicial é decorrente do fato de que geralmente
o psicólogo é contratado por uma comissão técnica de uma equipe esportiva,
responsável por perceber a necessidade do trabalho, assim, a iniciativa para este
trabalho, não vem de “clientes”, fator que influencia na resistência, aderência e
efetividade do apoio psicológico, sendo assim, a primeira ação do psicólogo esportivo
é expor seus objetivos e sua função de trabalho, destacando sua importância no meio
esportivo.
Durante o período de contato inicial, o psicólogo também deve conhecer todos
os integrantes da comissão técnica da equipe, a rotina de treinos, a programação
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periódica, os campeonatos a serem disputados, entre outras informações, atividades
e objetivos da equipe/atleta para temporada atual.
A próxima etapa é a de avaliação psicodiagnóstico, este é o momento em que
o psicólogo conhece um pouco mais dos atletas, os quais vai trabalhar, durante essa
avaliação, são coletados o máximo de informações possíveis sobre o grupo e os
membros do grupo. Essa avaliação tem foco no atleta e no grupo, sendo assim é uma
avaliação psicológica individual e grupal.
Na avaliação individual são realizados testes psicológicos e uma entrevista,
além desses processos, o psicólogo passa a observar o atleta em sua conduta de
treinamento e durante as competições, na avaliação em grupo são realizados
inventários adicionais, sociometria e a conduta em grupo passa a ser observada. Essa
etapa é de extrema importância para estruturação do programa de intervenção, pois
os dados coletados na avaliação psicodiagnóstico vão servir de base para que sejam
definidas as temáticas de trabalho em grupo e também do foco de trabalho individual.
É válido ressaltar que o trabalho executado pelo psicólogo deve estar sempre
embasado em um levantamento de necessidades, que no caso é a avaliação
psicodiagnótica, cada atleta apresenta uma necessidade específica. Com as etapas
do programa de intervenção, com base na avaliação diagnóstica, o cronograma de
execução é estrutura para intervenção psicológica o que deve ser inserido no
treinamento físico técnico e tático periódico da equipe/atleta.
O cronograma de execução precisa ser apresentado aos dirigentes e também
para comissão técnica, para que seja discutido e aprovado, esse cronograma trás uma
corresponsabilidade para o grupo em um todo, para que o mesmo seja implementado
e executado. Mediante aprovação do cronograma pelos dirigentes e pela comissão
técnica, o trabalho é iniciado, neste momento acontece uma interferência na área
emocional do atleta em situações do âmbito esportivo (família, amigos,
relacionamentos afetivos e etc.) o que merece uma atenção e orientação vinda do
psicólogo, além disso, os atletas precisa de orientação profissional decorrente da
dificuldade em conciliar as atividades profissionais com a carreira esportiva.
A intervenção acontece mediante duas frentes de atuação: as sessões em
grupo e as sessões individuais. As sessões que acontecem em grupo, são
periodicamente semanais, em busca de promover discussões de temas específicos
escolhidos na avaliação psicodiagnóstica ou por meio de uma demanda momentânea
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como a relação treinador/atleta e a integração do grupo. Já as sessões individuais
acontecem esporadicamente, varia de atleta para atleta, pois é de acordo com a
necessidade de cada um, e essa necessidade é observada pelo atleta, pelo técnico e
mediante as observações comportamentais do psicólogo. Em diversas vezes em meio
as sessões, o psicólogo realizam intervenções pedagógicas com intuito de promover
o acesso dos atletas a conceitos psicológicos como a ansiedade, a ativação, o
estresse, a atenção, a motivação, dentre outros, dessa forma é dado um suporte para
que os atletas consigam compreende e utilizar das técnicas para obterem sucesso na
resolução de seus conflitos emocionais.
A quarta etapa do processo é a avaliação dos resultados, que basicamente é a
leitura dos resultados do trabalho que é realizado de modo periódico e constante e
alguns dos atletas obtém melhores resultados mais rápidos do que outros.
Observa-se, nos últimos anos, uma crescente valorização do esporte no Brasil,
a qual está intimamente relacionada com a escolha do nosso país para sediar grandes
eventos esportivos como Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas. Diante desse
contexto competitivo que visa à melhora dos desempenhos em prol de resultados
expressivos, percebe-se a importância do profissional psicólogo nas equipes técnicas.
Contudo, a psicologia do esporte não consiste em uma área recente, estudos indicam
a prática de profissionais de psicologia no esporte desde 1958 na comissão técnica
da seleção brasileira campeã da Copa do Mundo de Futebol na Suécia, portanto,
antes mesmo da regulamentação da psicologia no Brasil. Dentre as mais diversas
atribuições do psicólogo do esporte está a avaliação psicológica, a qual objetiva
determinar o nível de desenvolvimento de funções e capacidades psíquicas no atleta
com a finalidade de prognosticar os resultados esportivos.
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Fonte:www.institutosingularidades.edu.br
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De modo geral, considerando a relevância da temática, a obra visa preencher
uma importante lacuna na literatura brasileira em relação à falta de informações a
respeito da avaliação em psicologia do esporte, bem como contribuir com dados para
outras áreas do conhecimento que estudam e se interessam pela temática do esporte,
como educação física, ciências da saúde, entre outras.
O livro expõe questões teóricas e práticas no que concerne ao contexto
esportivo organizadas de maneira que elas não apresentam apenas uma visão de
autores brasileiros, mas também internacionais. Ainda, a obra possui linguagem clara
e compreensível, acessível aos profissionais, pesquisadores e estudantes da área,
além dos leitores que se interessam pelo tema e que buscam encontrar referências
teóricas e fontes de informação.
Fonte:www.static.tuasaude.com
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exposição dos esportes, a área tem conquistado espaço e tem ido atrás de definir sua
identidade na psicologia. Faz parte da atuação da psicologia no esporte, a preparação
dos atletas para disputas e competições e isso não se restringe apenas aos esportes
profissionais, mas pode se estender a esportes educativos, recreativos e ao lazer,
além dos atletas, amadores ou profissionais, pessoas com ou sem deficiência física
podem utilizar dos benefícios da psicologia no meio esportivo, mas devido à
característica de delimitação, destina-se a alto rendimento.
A psicologia esportiva, aproxima profissionais e pesquisadores de áreas
diferentes, além da psicologia temos profissionais da educação física, da sociologia,
da antropologia, da psicanálise, da fisioterapia, da filosofia, da administração e da
economia. É uma área que pode ser dividida em dois ramos diferentes de atuação,
um deles seria a psicologia do esporte acadêmica que possui principal interesse na
ciência e ao ensino e o segundo é a psicologia do esporte aplicada ou prática
(psicodiagnóstico, intervenções, etc.)
Fonte: www.images.wisegeek.com
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Psicologia esportiva se trata de uma ciência aplicada à estudo de
desenvolvimentos psicológicos e sobre a conduta do atleta no decorrer da prática da
atividade física, ainda aprimora as condições internas dos atletas, a fim de aprimorar
as habilidades físicas, técnicas e táticas adquiridas durante a preparação.
Na pesquisa com intuito de entender em que provocaria a implementação da
psicologia para atletas, Serenini e Samulski (1997), falam que para se ter um
desempenho ideal, o treino esportivo precisa ser focado não apenas aos fatores
motores, físicos e técnicos, mas é preciso incluir os aspectos psicológicos e cognitivos,
portanto uma alternativa para melhorar o desempenho do atleta, baseando nisso,
destaca-se a importância da construção dos atletas de maneira completa, já que a
psicologia do esporte pode aumentar esse desempenho deles, porque deixar de lado
a parte humana do atleta?. Mesmo tendo o conhecimento de que o desempenho dos
atletas pode ser melhorado, ainda existem profissionais que não priorizam os
aspectos psicológicos, talvez pela falta de informações, pela escassez de material
publicado que possa impactar as pessoas, mas tem-se diversos pesquisadores na
área da psicologia esportiva que publicaram artigos, livros e realizaram pesquisas
impactantes, porém na psicologia esportiva, para os portadores de algum tipo de
deficiência, não se pode afirmar o mesmo.
Infelizmente, o que acontece é a utilização dos resultados de pesquisas
realizadas com atletas que não possuem deficiências, para atletas que possuem. O
autor Gaerther (2002), mostra que a psicologia do esporte tem atuação em duas áreas
básicas, sendo aspectos psicológicos que abalam o desempenho esportivo e como a
atividade física afeta os estados psicológicos, dentro dessa área se encontram
algumas subáreas predominantes, sendo: características psicológicas do atleta,
aspectos cognitivos, sociais, motivacionais, técnicas para o trabalho com esportistas,
a prática esportiva ao longo da vida, as relações entre o esporte e a saúde,
psicométrica, socialização, informação, atenção, liderança, torcida, ética, dentre
outros.
Provavelmente, a psicologia do esporte precise de uma nova subárea ou de
uma nova especialidade voltada aos atletas com deficiência física, as diferenciações
já conhecidas entre os atletas, seria um ponto a ser estudado em específico em
decorrência de diversas adaptações na psicologia esportiva,como por exemplo, se for
tratar somente sobre o estresse do atleta que possui deficiência física, o questionário
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a ser feito precisa ser diferente do questionário realizado com um atleta não portador
de deficiência, pelos muitos fatores podem vir a interferir no desempenho do atleta,
esses fatores são denominados como estressores e o ambiente competitivo em que
convivem, apresentam diversos fatores estressantes para o atleta. Nos casos dos
atletas portadores de deficiência, eles já possuem o estresse causado pelas
dificuldades em virtude da deficiência.
Fonte: www.mktvetoreditora.com.b
Por se tratar de atletas que possuem deficiência física e com uma psicologia
esportiva voltada à atletas não portadores de deficiência, estaríamos caindo em
contradição em um olhar dialético com todas as diferenças encontradas nos dois
grupos de atletas portador e não portador de deficiência, utilizando da mesma técnica.
Essa contradição é destruidora, mas também considerada criadora, por levar à
superação, os contrários em luta, procuram a superação da contradição superando a
si próprio em busca do novo do que ainda não é, mas pode ser. O que transforma
essa contradição em dois lados diferentes, tendo como ponto negativo o fato de que
poucas pessoas conseguem visualizar a diferença e poucos conseguem ver que não
fazem nada para mudar isso, mas quem encontra a diferença, tenta mudar para
melhorar a realidade encontrada.
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A psicologia esportiva pretende compreender que os comportamentos
interagem mediante o desenvolvimento do individuo em um grupo ou atividade
determinada, mas não somente com isso, mas com o tipo de aprendizagem que seja
relevante, com o desenvolvimento físico e de treinamento de habilidades é levado a
efeito nos diferentes esportes a que se pratica. Portanto se torna necessário o uso de
uma psicologia diferente para portadores de deficiência, mas, o conhecimento da
psicologia esportiva atual é insuficiente ou com muitas áreas com escassez na
produção científica, o que talvez sinalizaria novas subáreas da psicologia esportiva,
podem e devem surgir.
Entre os conceitos e subáreas da psicologia a serem elaboradoras, pode-se
destacar a questão metodológica de testes, o que se nota uma ausência de testes e
a metodologia específica para os portadores de deficiência física.
Fonte: www.imagens.ebc.com.br
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totalidade do ser humano que pode ser a diferença imprescindível na formação do
campeão. Com essa visão abrangente, no esporte deve ser recusado o trabalho
apenas com o biomecânico, mas sim com valores culturais e a personalidade por
completo, de acordo com princípios do humanismo, tudo que promove o
desenvolvimento e o bem estar do ser humano.
Alcançar esse desenvolvimento e o bem estar juntamente dos atletas, seria o
completo sucesso da psicologia esportiva, por essa razão, a psicologia esportiva para
os portadores de deficiência física, deve se preocupar com o conjunto da obra: corpo,
movimento e esporte, exatamente como a psicologia deve ser para atletas não
portadores de deficiências.
Fonte: www.1.bp.blogspot.com
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Os atletas portadores de necessidades especiais inclusos em uma sociedade
discriminatória, até mesmo no esporte são alvos de luta onde apenas o mais forte
sobrevive, não se fazem apologias de que os deficientes são inferiores e não são
aptos a competições, o que se busca é o fim desse conceitualismo da hegemonia dos
vitoriosos, portanto é chegado o momento da retomada cognitiva de uma psicologia
voltada a desenvolver o caráter e do espírito de sobrepor.
Enquanto lutamos pela igualdade de classes, a criação de um curso de
psicologia esportiva para atletas com deficiências físicas certamente trará resultados
de pesquisa de longo alcance. Assim, encontraremos na literatura uma melhor forma
de os ajudar a melhorar o seu rendimento nos desportos de alto rendimento. Caso
contrário, continuaremos a utilizar material mal adaptado e que não corresponde à
realidade das pessoas com necessidades especiais.
Fonte: www.produzindoeventos.com.br
Classificação Exemplo
Mega eventos internacionais Jogos Olímpicos, Copa do Mundo
Eventos internacionais Campeonato Mundial de Basquete
Eventos nacionais Campeonato Brasileiro de Natação
Eventos locais Torneio ABC de Voleibol de Praia
Tabela 1 - Classificação de eventos esportivos.
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o valor dos serviços e da experiência promovida aos atletas, públicos e entusiastas
do Jiu Jitsu brasileiro.
Não poderia faltar as munições, armamentos, vestuários, alimentos e
medicamentos na quantidade e momento corretos, pois não seria conveniente ter
acesso a todos estes recursos após o combate com os inimigos. Durante muitas
Guerras o Sistema Logístico foi utilizado pelo exército, sendo responsável pelas
estratégias e a retaguarda. As principais funções da logística estão relacionadas aos
planejamentos militares que buscava analisar os pontos fortes e fracos dos inimigos,
programação das equipes de apoio quanto ao abastecimento técnico e suprimentos,
movimentação e localização das tropas, além da definição das frentes de batalha.
A soma de esforços, direcionados a um público, com objetivos claros, tendo
como foco um público específico, é caracterizado por Britto e Fontes (2002) como um
evento. Dado a necessidade humana de interação social, segundo Giancaglia (2004),
os eventos proporcionam um ambiente favorável para esse relacionamento.
Conclui Meirelles (1999) que esse ambiente favorável para interações sociais,
é um dos motivos para o aumento do interesse das empresas em eventos de forma
geral, à medida que além de ser um ambiente propício para testes e apresentações
ao público, e evento por si só, em sua maioria, tem o objetivo de atingir e atrair pessoas
com interesses semelhantes, assim propiciando não só o diálogo, mas o
desenvolvimento de um potencial econômico, antes, não atingido.
Hoje em dia as necessidades das empresas nesse campo são amplamente
atendidas dada a vasta gama de tipos eventos disponíveis mediante disponibilidade
de recursos, objetivos, disponibilidade de produtos e estrutura, como afirma Giacaglia
(2004). Além disso, destaca-se que os eventos usualmente são responsáveis por
melhorar a imagem institucional das empresas, dentre outros benefícios, o que
ocasiona em maior estreitamento no relacionamento com os consumidores que por
sua vez, aumenta o poder dela na exposição e proposição de ideias. Ainda, a mesma
autora classifica os eventos tendo em vista: público-alvo, níveis de frequência,
abrangência e participação, e âmbito no qual se permite atuar.
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Fonte: www.associamed.com.br
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habilidades esportivas, técnica e permite que o participante se torne protagonista da
a prática esportiva, graças ao conhecimento da lógica interna, com resolução de
problemas e tomada de decisão.
Mesmo com o desafio de aproximar os referenciais teóricos que são distintos,
além de ser possível, é necessário realizar uma reflexão teórica sobre os nexos e
tensões ligados na relação entre a prática pedagógica no esporte e a influência
exercida pelas ações do marketing esportivo sobre as crianças, nos diferentes
contextos sociais, baseado na compreensão dos fenômenos esportivos
contemporâneos, em especial o esporte-espetáculo. Se inicia da premissa de que os
elementos externos influenciam o ensino do esporte, este é um papel da ciência do
esporte em discutir e contemplar esses aspectos evidenciados na complexidade
sistêmica do esporte atual.
A ação pedagógica se caracteriza pelo ato de ensinar, por meio de relações em
que se tenha a transmissão e compartilhamento de conhecimentos e se constitui por
meio de um campo de estudo tanto da teoria quanto da prática da educação se
ocupando do que foi produzido pelo homem no decorrer de seu processo histórico.
De acordo com estudos, a ciência do esporte visa intervir no processo de
ensinar, vivenciar, aprender e praticar esportes, por isso deve analisar, interpretar e
compreender as questões relacionadas ao processo educacional. Essa cultura é
capaz de realizar o processo de formação humana através da reflexão que conduz ao
conhecimento.
Como disciplina da ciência do esporte, ela surge da necessidade e interesse
da sociedade por meio das atividades e práticas esportivas, das mudanças no esporte
e das diversas possibilidades do presente, desta grande figura cultural do mundo
contemporâneo.
Seu papel é observar e chamar a atenção da maioria e não apenas dos poucos
talentosos para as atividades competitivas, e reconhecer o valor de todos os fatores
que o envolvem.. O esporte contemporâneo, com sua diversidade, desenvolvimento
e articulação, oferece aspectos importantes a serem explorados pelos cientistas do
esporte, e embora seja possível uma análise crítica da relação entre o esporte
"produto de consumo x ciência do esporte", ainda há aspectos que não foram
realizados. isso certamente precisa ser melhor estudado na compreensão do
fenômeno.
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Fonte: www.politize.com.br
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desenvolvimento do pensamento crítico sobre os conteúdos. ensinado sem
estabelecer uma conexão com sua vida diária.
A criança não deve ser alienada do contexto esportivo em que desenvolve sua
prática, e precisa compreender, a partir de suas ações educativas, suas capacidades,
suas relações e suas limitações. Apontam para a necessidade de pesquisas reflexivas
sobre esporte e sociedade, intervenção midiática nas regras do jogo, surgimento de
novas abordagens a partir das necessidades do esporte contemporâneo, e
evidenciando as conexões entre esses temas e o conceito de dimensão significa que
a educação deve integrar estes conteúdos para que os praticantes compreendam as
relações estabelecidas no âmbito da prática desportiva.
A necessidade de uma ciência que defenda o ensino de valores e
comportamentos, ética, influência mediática, respeito e consideração do contexto
desportivo do praticante. Se a pesquisa mostra que a imitação é uma forma de
aprendizagem para as crianças, então o cientista do esporte está interessado em
entender esse processo de imitação para explorar o fenômeno de forma sistemática
e elaborada.
À medida que as regras evoluem, será interessante entender essas estruturas
e sua aplicabilidade em um ambiente esportivo, principalmente para quem está
começando. É ainda mais interessante identificar as razões dessas mudanças e suas
implicações para a ciência do esporte. Deve-se evitar incluí-lo em um esporte com
base no princípio de que “regras são regras” e não devem ser questionadas.
Embora os órgãos institucionais utilizem as regras para fazer valer os seus
interesses, nem sempre a sua aplicação é a mais adequada no contexto da educação
desportiva. Há a necessidade de reflexões e apontamentos constantes em torno das
mudanças de regras que ocorrem no esporte, a fim de criar um novo formato de jogo
adequado à TV. Por exemplo, destacam-se as regras do voleibol, radicalmente
revisadas com o objetivo principal de encurtar o tempo de jogo.
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Fonte: www.sportquest.com.br
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Fonte: www.blog.sympla.com.br
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desenvolvimento humano das crianças desportivas de forma a encontrar autonomia,
autoconhecimento, da sensibilidade, rejeitando assim o pensamento simples
(simplicidade, estabilidade e objetividade).
Na busca de superação dos desafios para se alcançar os objetivos da ciência
do esporte, se resgata o estudo de Freire, onde é discutido o papel do professor no
esporte e mostra quatro princípios simples que devem nortear sua atuação:
• Ensinar esportes,
• Ensinar bem esportes para todos,
• Ensinar mais que esportes a todos,
• Ensinar a gostar de esportes.
Os princípios são relevantes, porém, para aplicação e avanço, o alcance da
ciência do esporte sugere-se um quinto princípio norteador de ação pedagógica no
esporte, diante o contexto esportivo contemporâneo:
• Ensinar a compreender criticamente o esporte na sociedade atual, ou
seja, qualificar os alunos a perceber cada evento esportivo como
conhecimento histórico, condição para a compreensão desse fenômeno
como um importante elemento da cultura.
O objetivo da ciência do esporte, além de formar e informar, é explicar o
fenômeno para se beneficiar dos estudos da evolução e transformação do esporte
contemporâneo e explorar as possibilidades, novas capacidades de ação educativa,
advocacia intelectual e crítica de praticantes de esportes.
Fonte: www.futcon.com.br
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Nesse contexto, propõe-se que, além de ensinar a lógica interna dos métodos,
mas também incorpore a lógica externa, ou seja, aspectos que afetam o ensino do
esporte e que devem ser claramente expressos nas atividades educativas. Propomos
ampliar os aspectos e áreas de aplicação da ciência do esporte, em que seu campo
de atuação não se limite ao simples papel do professor ensinando movimentos
esportivos nas escolas formais, clube, ginásio, escola de esportes (aspecto
processual), mas também intervir no comportamento destes atletas, permitindo uma
melhor compreensão deste fenómeno (dimensão conceptual), conceito e
verticalidade.
A importância da ciência tradicional é de grande relevância na cientificação da
pedagogia do desporto, mas abre novas possibilidades e novas perspectivas para
esta área de concentração na educação desportiva. Pesquisa de Galvão, Rodrigues
e Silva alerta para a necessidade de reflexão sobre as mensagens televisivas durante
eventos esportivos, discutindo as atitudes dessas pessoas enquanto consumidores
de imagens fotos esportivas e sugere a necessidade de incentivá-los a ter postura
crítica.
Destaca-se a pesquisa de Rodrigues, que observou as experiências de alunos
do 8º ano do ensino fundamental relacionadas aos conteúdos midiáticos sobre o
fenômeno esportivo. Ele identifica grandes participações, com interações e níveis de
importância relacionados aos eventos midiáticos expostos, reforçando sua posição
como ator ativo no processo de recebimento de informações.
Fonte: www.files.canalmvs.webnode.com
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O autor conclui que o ensino do esporte deve considerar a “bagagem” esportiva
dos alunos e atuar de forma mais decisiva. Convergindo com esta abordagem,
Ferreira e Darido apresentam uma reflexão sobre os usos das tecnologias de
informação e comunicação (TIC), tendo em vista a possibilidade de estabelecer um
contexto de aprendizagem significativo e relevante, a partir da percepção e uso
desses recursos tecnológicos por alguns educadores esportivos.
Nesse sentido, é possível (e necessário) se preocupar com "aspectos
conceituais (sobre o que é o jogo; jogabilidade adequada), procedimentais
(experiência real e virtual) e longitudinais (avaliação crítica, respeito, cooperação
durante e após o jogo)", introduz um maior grau de severidade em relação às crianças
e minimiza a orientação comercial e a alienação da indústria do entretenimento.
Assim, fica claro que é um grande desafio para quem atua na área da
Pedagogia do Esporte. Por outro lado, se o esporte contemporâneo, por meio de suas
diversas formas de expressão, oferece alguma possibilidade de exposição a
determinados modos e/ou práticas do esporte, influenciando a dinâmica social de
quem o pratica, por outro lado, a pedagogia da ação deve estimular os alunos refletir
sobre o significado de seus gestos, mesmo de forma crítica, nas atitudes,
comportamentos e consequências atuais do esporte na sociedade atual.
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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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