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Carangola
2017
KELLY MENDES MAIA BARBOSA
Carangola
2017
SUMÁRIO
1. EXPOSIÇÃO DO TEMA
Dessa forma, a TA, pode ser as vezes adequações simples construídas pelo
próprio professor para facilitar o desenvolvimento do aluno, qualquer coisa que leve o
aluno a aprender, ou que facilite seu dia a dia no contexto escolar.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo ressaltar a importância do
uso da Tecnologia Assistiva no processo de construção da aprendizagem nas escolas
inclusivas. Busca-se ainda compreender os conceitos em torno do tema, conceituando
ainda o processo de aprendizagem, para dessa forma compreender a importância da
Tecnologia Assistiva no contexto educacional.
O primeiro capítulo traz a educação inclusiva abordando de maneira sucinta seu
processo histórico. O segundo capítulo traz os conceitos em torno do processo de
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aprendizagem, tendo como base teóricos como Piaget e Vygotsky. E o terceiro capítulo,
não menos importante, traz o cerne do trabalho, refletindo sobre os conceitos em torno
das Tecnologias Assistivas, enumerando suas categorias e discutindo sua importância
no processo de aprendizagem.
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2. PROPOSIÇÃO DA HIPÓTESE
3. OBJETIVOS
4. DEFESA DA HIPÓTESE
Um grande marco em torno dos direitos das pessoas com necessidades especiais
foi a Declaração de Salamanca, elaborada em 1994, na Conferência Mundial sobre
Educação Especial, na cidade de Salamanca, Espanha. O principal objetivo da
Declaração de Salamanca é formular diretrizes básicas para a reforma de políticas e
sistemas educacionais, tendo como cerne a ideia de que a inclusão de pessoas com
necessidades especiais nas escolas regulares é uma das formas de combater a
discriminação e a exclusão, dando oportunidades iguais a todos os sujeitos independente
de suas condições.
teoria. O autor nos diz que o processo ensino aprendizagem na teoria conexionista é
reconhecido como “um processo de associação entre uma situação estimuladora e a
resposta”, e que os princípios da teoria funcionalista reconhecem a “aprendizagem como
ajustamento ou adaptação do indivíduo ao ambiente”. Ele prossegue e nos mostra que
os princípios que tangem ao reforçamento do comportamento pressupõem “o processo
de aprendizagem como um sistema de condicionamento das reações que pode ser
realizado por diversas formas [...]”.
Ainda de acordo com Campos (2007) as teorias gestaltistas “consideram a
aprendizagem como um processo perceptivo” (CAMPOS, 2007, p.28-29). Como
podemos perceber a partir do exposto, cada teoria recorre à sua matriz epistemológica
para fundamentar sua determinada concepção acerca do processo de aprendizagem, no
entanto, o que se observa a partir dessas reflexões de uma forma geral, é que haverá a
aprendizagem na medida em que acontecer uma modificação sistemática do
comportamento, e essa aprendizagem está diretamente relacionada a fatores como a
motivação, mas também aos estímulos ambientais.
O autor continua sua análise e salienta que o processo de aprendizagem acontece
de maneira distinta em cada sujeito devido não só às variadas formas de processar
cognitivamente a informação recebida como pelas diferentes formas como esse
conhecimento é apresentado ao sujeito. Nessa linha de reflexão é necessário considerar
que a aprendizagem ocorre nas relações sociais, e como tal está impregnada de
afetividade. A escola enquanto sistema de inter-relações sociais se apresenta como um
espaço potencializador de trocas, experiências e vivências de diferenciadas situações, e
s nesse sentido favorece o processo de aprendizagem e construção do sujeito.
Nesse sentido, concordamos com Araújo (1998, p. 34.), que estamos diante de
“um ser que é biológico, social, afetivo e cognitivo, sendo estes aspectos interligados e,
à medida que qualquer um destes sofre perturbações afeta a totalidade do sujeito”.
Nesse âmbito, pode-se dizer que a aprendizagem é um processo dialético que se constrói
a partir das vivências do indivíduo e está relacionada à maneira como atua e sofre
influências do/no mundo.
Para melhor compreendermos o processo de ensino aprendizagem, destacaremos
dois importantes teóricos que trazem suas definições importantes sobre o processo de
ensino aprendizagem.
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idade que a criança é inserida no ambiente escolar, logo, é tem-se início a construção do
pensamento lógico. No estágio operacional-formal (12 anos em diante) a criança passa a
operar com a imaginação e o pensamento formal, sendo uma das características desse
período a flexibilidade/mobilidade (PIAGET, 1983).
A teoria genética cognitiva nos permite compreender como a criança adquire o
conhecimento. Piaget usa como variável no processo de construção do conhecimento o
esquema, que pode ser entendido como quadro referencial ou estruturas organizadoras
da atividade mental. O conceito de esquema refere-se a uma estrutura cognitiva, que
emerge da interação de unidades mais simples e primitivas em um todo mais amplo,
assim, os esquemas mudam continuamente, não são fixos. É na medida que se
desenvolve o sujeito passa apresentar mais esquemas, sendo esses cada vez mais
generalizados, utilizados para processar e identificar a entrada de estímulos (PIAGET,
1993).
Segundo Piaget (1993), são quatro os fatores do desenvolvimento: maturação,
experiência, transmissão do conhecimento e processo de equilibração. A maturação
refere-se aos processos orgânicos ou mudanças que ocorrem dentro do corpo de um
indivíduo, que são independentes das condições externas. A maturação vivida pelo
sujeito colabora de maneira intensa para que surjam novas estruturas mentais, o que
acaba por gerar uma melhor construção do conhecimento do sujeito.
Em sua teoria, Piaget afirma que para o desenvolvimento da inteligência ocorra,
é importante que os indivíduos possuam condições biológicas de aprendizagem, uma
estrutura cognitiva capaz de facilitar a aprendizagem do sujeito. Nesse sentido, para que
o aluno aprenda é importante que tenha ocorrido a maturação adequada de modo a
assimilar os conhecimentos que estão sendo produzidos.
A experiência do indivíduo é um outro fato determinante para que haja a
aprendizagem. A experiência do sujeito refere-se à ação exercida sobre objetos, o que
propicia o desenvolvimento intelectual. Segundo Paula e Mendonça (2009, p. 74 apud
VALENTINI, 2006):
Pode-se dizer então que os signos são produções construídas pelo homem para
solução de problemas, lembrar coisas, relatar experiências, sendo criados de acordo com
as necessidades de cada sujeito. Nesse contexto, as estratégias criadas são internalizadas
pelo indivíduo. A internalização seria uma reconstrução interna de uma operação
externa, ou seja, as atividades externas vão sendo absorvidas pelo sujeito, essas
atividades referem-se à cultura, às ideias, a todo o conhecimento que é aprendido
externamente e internalizado. O processo de internalização está ligado diretamente no
contato do sujeito com o mundo, onde o desenvolvimento ocorre do social para o
individual. Nesse processo, a linguagem exerce um papel expressivo na constituição das
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Auxílios para a vida diária e vida prática: “Materiais e produtos que favorecem
desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o
cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio” (BERSCH, 2013, p.
5). Exemplos: talheres modificados, roupas desenhadas com o intuito de facilitar
o vestir e o despir, velcro, barras de apoio.
Órteses e próteses: “Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes
do corpo. Órteses são colocadas junto a um segmento do corpo, garantindo-lhes
um melhor posicionamento, estabilização e/ou função” (BERSCH, 2013, p. 8).
Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo: auxílios que incluem
vários equipamentos: aparelhos para surdez, telefones com teclado teletipo,
sistemas com alerta tático visual, chamadas por vibração, livros, textos e
dicionários digitais.
apresentados por esses sujeitos podem ser muitas das vezes uma barreira em seu
desenvolvimento.
Conforme Filho (2012, p. 4)
A mediação é feita através de objetos que possuem fim específicos, dentro desse
contexto temos todas as novas possibilidades de inserção dos portadores de necessidades
especiais, como os ambientes virtuais de interação e aprendizagem. Nesse sentido, é importante
salientar que devido as limitações apresentadas, devido a sua dificuldade de interação com o
meio, devido as desinformações, preconceitos, a criança com deficiência acaba sendo impedida
de desenvolver suas habilidades.
Tanto Vygotsky como Piaget, afirmam a importância da interação para o
desenvolvimento do ser humano, devendo essa ser realizada com qualidade, intensidade,
estímulos. Segundo Galvão Filho (2004, p. 28), Vygotsky
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SASSAKI, Romeu. Por que o termo “Tecnologia Assitiva”? 1996. Disponível em:
<http://www.cedionline.com.br> Acesso em 10 nov. de 2016
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 3 ed. Rio
de Janeiro: WVA, 1997.