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KELLY MENDES MAIA BARBOSA

O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NO PROCESSO DE


ENSINO APRENDIZAGEM EM CONTEXTOS EDUCACIONAIS
INCLUSIVOS

Carangola
2017
KELLY MENDES MAIA BARBOSA

O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NO PROCESSO DE


ENSINO APRENDIZAGEM EM CONTEXTOS EDUCACIONAIS
INCLUSIVOS

Trabalho apresentado ao ISEED-FAVED


como requisito parcial para obtenção do
certificado de pós graduação em Educação
Especial e Inclusiva.

Carangola
2017
SUMÁRIO

1. EXPOSIÇÃO DO TEMA ...........................................................................................3


2. PROPOSIÇÃO DA HIPÓTESE ................................................................................5
3. OBJETIVOS ..............................................................................................................6
3.1 Objetivo Geral ..........................................................................................................6
3.2 Objetivos Específicos...............................................................................................6
4. DEFESA DA HIPÓTESE ...........................................................................................7
4.1 Educação Inclusiva .....................................................................................................7
4.2 Processo de Ensino Aprendizagem: conceitos e definições .......................................9
4.2.1 Jean Piaget e a Teoria Genético-Cognitivo ...........................................................11
4.2.2 Vygotsky e a perspectiva sócio-histórica ..............................................................14
4.3 Tecnologia Assistiva: conceitos ...............................................................................17
4.3.1 Categorias de Tecnologia Assistiva ........................................................................18
4.3.2 O uso da Tecnologia Assistiva no processo de ensino aprendizagem em contextos
educacionais inclusivos ..................................................................................................22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................25

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................26


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1. EXPOSIÇÃO DO TEMA

O mundo vive em constante mudanças, e a cada dia novas tecnologias são


criadas, novas formas de ver o mundo, novas formas de olhar o diferente. É nesse
contexto que surge a Educação Inclusiva enquanto um novo olhar, uma nova forma de
compreender o mundo, e de aceitar as diferenças, incluindo todos os sujeitos em um
único ambiente, as escolas de ensino regular.
A Educação Inclusiva é algo que vem ganhando espaço na sociedade, cada dia
mais as escolas se adequam para atender os alunos portadores de necessidades especiais,
criam novos meios, transformam mentes, especializam profissionais.
Nesse sentido, encontra-se a Tecnologia Assistiva (TA) enquanto recurso
essencial nesse processo, pois é uma das ferramentas de inclusão do sujeito à sociedade.
A TA, é um meio diferenciado, que utiliza de recursos que estimulam e facilitam o
desenvolvimento do portador de necessidades especiais. Apesar de ser um conceito
novo, a utilização desses recursos remonta aos primórdios da humanidade, quando por
exemplo qualquer pedaço de pau era utilizado como uma bengala. Como afirma Galvão
Júnior (2012, p. 3 apud MANZINI, 2005, p. 82)

Os recursos de tecnologia assistiva estão muito próximos do nosso dia-a-dia.


Ora eles nos causam impacto devido à tecnologia que apresentam, ora
passam quase despercebidos. Para exemplificar, podemos chamar de
tecnologia assistiva uma bengala, utilizada por nossos avós para proporcionar
conforto e segurança no momento de caminhar, bem como um aparelho de
amplificação utilizado por uma pessoa com surdez moderada ou mesmo
veículo adaptado para uma pessoa com deficiência.

Dessa forma, a TA, pode ser as vezes adequações simples construídas pelo
próprio professor para facilitar o desenvolvimento do aluno, qualquer coisa que leve o
aluno a aprender, ou que facilite seu dia a dia no contexto escolar.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo ressaltar a importância do
uso da Tecnologia Assistiva no processo de construção da aprendizagem nas escolas
inclusivas. Busca-se ainda compreender os conceitos em torno do tema, conceituando
ainda o processo de aprendizagem, para dessa forma compreender a importância da
Tecnologia Assistiva no contexto educacional.
O primeiro capítulo traz a educação inclusiva abordando de maneira sucinta seu
processo histórico. O segundo capítulo traz os conceitos em torno do processo de
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aprendizagem, tendo como base teóricos como Piaget e Vygotsky. E o terceiro capítulo,
não menos importante, traz o cerne do trabalho, refletindo sobre os conceitos em torno
das Tecnologias Assistivas, enumerando suas categorias e discutindo sua importância
no processo de aprendizagem.
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2. PROPOSIÇÃO DA HIPÓTESE

O presente trabalho traz como hipótese o seguinte questionamento: Até que


ponto o uso da tecnologia assistiva pode colaborar no processo de aprendizagem de
alunos com necessidades especiais em um contexto educacional inclusivo?
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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Ressaltar a importância das Tecnologias Assistivas na construção da


aprendizagem em contextos educacionais inclusivos.

3.2 Objetivos específicos

 Compreender o contexto histórico da educação inclusiva;


 Conceituar Tecnologia Assistiva;
 Analisar a importância da Tecnologia Assistiva.
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4. DEFESA DA HIPÓTESE

4.1 Educação inclusiva

Um grande marco em torno dos direitos das pessoas com necessidades especiais
foi a Declaração de Salamanca, elaborada em 1994, na Conferência Mundial sobre
Educação Especial, na cidade de Salamanca, Espanha. O principal objetivo da
Declaração de Salamanca é formular diretrizes básicas para a reforma de políticas e
sistemas educacionais, tendo como cerne a ideia de que a inclusão de pessoas com
necessidades especiais nas escolas regulares é uma das formas de combater a
discriminação e a exclusão, dando oportunidades iguais a todos os sujeitos independente
de suas condições.

O princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças


deveriam aprender juntas, independente de quaisquer dificuldades ou
diferenças que possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder
às necessidades diversas de seus alunos, acomodando tanto estilos e ritmos de
aprendizagem, e assegurando uma educação de qualidade a todos através de
currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de
recursos e parcerias com a comunidade (Declaração de Salamanca, 1994).

A inclusão de acordo com Sassaki (1997) é um processo onde a sociedade deve


se adaptar para poder incluir os portadores de necessidades especiais, onde estes podem
assumir seus papéis sociais. A inclusão valoriza a diversidade, baseando-se na defesa
dos valores éticos, tendo como conceitos integradores interação, socialização,
construção de conhecimentos, solidariedade, valorização das diferenças.
De acordo com Mitler (2003)

No campo da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de


reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que
todos os alunos possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades
educacionais e sociais oferecidas pela escola.

De acordo com a Constituição Federal Brasileira a educação é um direito de


todos, sendo direito de todos a igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola (BRASIL, 1988). Nesse sentido, os alunos portadores de necessidades especiais
possuem os mesmos direitos que os demais, podendo frequentar o ensino regular.
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Dessa forma, a inclusão, traz em sua efetivação a igualdade de direitos aos


sujeitos, trazendo um novo olhar sobre a educação, que a partir disso cria novas
pedagogias de ensino capazes de abranger todo o indivíduo independente de suas
condições físicas, psicológicas e de aprendizagem.
Entretanto, para que a inclusão escolar ocorra de maneira efetiva é necessário
que haja uma colaboração e cooperação de todos, equipe escolar, pais, comunidade e do
próprio aluno. Incluir não é apenas lançar o sujeito em mundo dito como normal, a
inclusão escolar é a capacidade de entender e reconhecer o outro, é conviver com as
diferenças, é levar a pessoa a se sentir inserida no ambiente em que se encontra,
independente de suas condições.
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4.2 Processo de ensino aprendizagem: conceitos e definições

A aprendizagem se inicia com o nascimento e se desenvolve por toda a vida.


Nesse sentido pode ser compreendida enquanto processo. É através do aprender que o
indivíduo desenvolve comportamentos, toma conhecimento do mundo em que vive, se
ajusta ao meio, se afirma como um ser racional possuidor de uma personalidade, capaz
de assumir seu papel social (CAMPOS, 2007).
A aprendizagem de acordo com Davidoff (1983) pode ser definida como uma
mudança relativamente duradoura no comportamento do indivíduo, sendo esta induzida
por experiências vivenciadas por ele. Esse processo de mudança acontece na relação
ativa do indivíduo com o mundo e no mundo, estando envolvidos tanto aspectos
internos, o que se refere ao estilo cognitivo, como externos, relativos aos estímulos ao
redor do sujeito.
A aprendizagem envolve, portanto, os mais variados aspectos, tendo por base
um conjunto de intenções que orientam e condicionam o sujeito, levando-o a alcançar o
saber. Como nos assegura Cabani (2004), cada indivíduo diante das variadas
possibilidades que lhe são dadas, adapta os conhecimentos que lhes chegam de acordo
com as experiências vivenciadas, o que incorreto em um processo, o processo de
aprendizagem.
Os estudos de Mello (2009) mostram que a aprendizagem está vinculada a
quatro estruturas: organismo, corpo, estrutura cognitiva e estrutura dramática, sendo
essas influenciadas por vários fatores, dentre eles: os fatores orgânicos, aqueles
relacionados ao desenvolvimento da criança e sua qualidade de vida; os fatores
relacionados aos transtornos na área perceptivo-motora; os fatores da psicogênese que
se constituem como elementos de inibição e defesa e finalmente os fatores ambientais
que estão vinculados ao aceso do sujeito ao saber elaborado em seu meio. Para esse
autor é necessário levar em consideração a capacidade e os recursos cognitivos de cada
sujeito, estando essas diferenças relacionadas aos graus de inteligência, às habilidades
cognitivas de cada pessoa, aos esquemas de conhecimento produzidos, as estratégias de
aprendizagem, interesses, expectativas, motivação etc. (COLL e MIRAS, 2004).
Campos (2007) nos apresenta uma panorâmica sobre as diferentes concepções
acerca do processo ensino-aprendizagem considerando os pressupostos de cada
corrente. Desse modo nos leva a compreenderas principais ideias que sustentam cada
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teoria. O autor nos diz que o processo ensino aprendizagem na teoria conexionista é
reconhecido como “um processo de associação entre uma situação estimuladora e a
resposta”, e que os princípios da teoria funcionalista reconhecem a “aprendizagem como
ajustamento ou adaptação do indivíduo ao ambiente”. Ele prossegue e nos mostra que
os princípios que tangem ao reforçamento do comportamento pressupõem “o processo
de aprendizagem como um sistema de condicionamento das reações que pode ser
realizado por diversas formas [...]”.
Ainda de acordo com Campos (2007) as teorias gestaltistas “consideram a
aprendizagem como um processo perceptivo” (CAMPOS, 2007, p.28-29). Como
podemos perceber a partir do exposto, cada teoria recorre à sua matriz epistemológica
para fundamentar sua determinada concepção acerca do processo de aprendizagem, no
entanto, o que se observa a partir dessas reflexões de uma forma geral, é que haverá a
aprendizagem na medida em que acontecer uma modificação sistemática do
comportamento, e essa aprendizagem está diretamente relacionada a fatores como a
motivação, mas também aos estímulos ambientais.
O autor continua sua análise e salienta que o processo de aprendizagem acontece
de maneira distinta em cada sujeito devido não só às variadas formas de processar
cognitivamente a informação recebida como pelas diferentes formas como esse
conhecimento é apresentado ao sujeito. Nessa linha de reflexão é necessário considerar
que a aprendizagem ocorre nas relações sociais, e como tal está impregnada de
afetividade. A escola enquanto sistema de inter-relações sociais se apresenta como um
espaço potencializador de trocas, experiências e vivências de diferenciadas situações, e
s nesse sentido favorece o processo de aprendizagem e construção do sujeito.
Nesse sentido, concordamos com Araújo (1998, p. 34.), que estamos diante de
“um ser que é biológico, social, afetivo e cognitivo, sendo estes aspectos interligados e,
à medida que qualquer um destes sofre perturbações afeta a totalidade do sujeito”.
Nesse âmbito, pode-se dizer que a aprendizagem é um processo dialético que se constrói
a partir das vivências do indivíduo e está relacionada à maneira como atua e sofre
influências do/no mundo.
Para melhor compreendermos o processo de ensino aprendizagem, destacaremos
dois importantes teóricos que trazem suas definições importantes sobre o processo de
ensino aprendizagem.
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4.2.1 Jean Piaget e a teoria Genético-Cognitivo

A teoria cognitivista de Piaget tem como pressuposto a construção do


conhecimento a partir das experiências e da interação com os objetos de conhecimento.
Toma por base a construção do conhecimento como um processo individual que tem
lugar em um contexto interpessoal e que influencia no processo educativo. Estes
aspectos estão relacionados aos processos ensino-aprendizagem a que estão conectados.
Jean Piaget tem como objetivo central de sua teoria estudar a gênese dos processos
mentais, ou seja, como o processo de construção dos fenômenos psicológicos se dá ao
longo do desenvolvimento humano. Segundo o teórico
O desenvolvimento é caracterizado por um processo de sucessivas
equilibrações. O desenvolvimento psíquico começa quando nascemos e segue
até a maturidade, sendo comparável ao crescimento orgânico; como este,
orienta-se, essencialmente, para o equilíbrio (PIAGET, 1983, p.13).

De acordo com Piaget (1983), a aprendizagem é resultado das trocas realizadas


pelo sujeito com o meio em que vive, sendo essa interação realizada não apenas com o
mundo físico, mas também de uma forma interindividual, onde o sujeito interage com
ele mesmo.
O conhecimento é resultado da ação dos sujeitos sobre os objetos, sobre o
mundo objetivo, sendo essencial na construção da aprendizagem a própria capacidade
de conhecer, organizar, estruturar as experiências vividas. A construção do
conhecimento é desencadeada a partir da interação do sujeito com o objeto de
conhecimento, ou seja, o conhecimento não é imanente ao sujeito e nem ao objeto, ele é
construído a partir da relação entre eles. É nessa interação sujeito-objeto que se dá a
construção do conhecimento, das relações e que o sujeito vivencia o processo de ensino-
aprendizagem. O desenvolvimento mental se dá a partir das potencialidades do sujeito
na sua interação com o meio.
De acordo com o teórico o processo de desenvolvimento mental é lento,
ocorrendo por meio de estágios: sensório-motor; pré-operatório; operatório-concreto; e
operatório-formal. O estágio sensório motor (0-24 meses), é o período em que inicia um
egocentrismo inconsciente, o bebê explora o seu próprio corpo, passa a conhecer os seus
vários componentes. O segundo estágio o pré operacional (2-7 anos) nesse período, a
partir da linguagem a criança passa a formar seus esquemas simbólicos. No estágio
operacional-concreto (7-12 anos) há o declínio do egocentrismo intelectual, é nessa
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idade que a criança é inserida no ambiente escolar, logo, é tem-se início a construção do
pensamento lógico. No estágio operacional-formal (12 anos em diante) a criança passa a
operar com a imaginação e o pensamento formal, sendo uma das características desse
período a flexibilidade/mobilidade (PIAGET, 1983).
A teoria genética cognitiva nos permite compreender como a criança adquire o
conhecimento. Piaget usa como variável no processo de construção do conhecimento o
esquema, que pode ser entendido como quadro referencial ou estruturas organizadoras
da atividade mental. O conceito de esquema refere-se a uma estrutura cognitiva, que
emerge da interação de unidades mais simples e primitivas em um todo mais amplo,
assim, os esquemas mudam continuamente, não são fixos. É na medida que se
desenvolve o sujeito passa apresentar mais esquemas, sendo esses cada vez mais
generalizados, utilizados para processar e identificar a entrada de estímulos (PIAGET,
1993).
Segundo Piaget (1993), são quatro os fatores do desenvolvimento: maturação,
experiência, transmissão do conhecimento e processo de equilibração. A maturação
refere-se aos processos orgânicos ou mudanças que ocorrem dentro do corpo de um
indivíduo, que são independentes das condições externas. A maturação vivida pelo
sujeito colabora de maneira intensa para que surjam novas estruturas mentais, o que
acaba por gerar uma melhor construção do conhecimento do sujeito.
Em sua teoria, Piaget afirma que para o desenvolvimento da inteligência ocorra,
é importante que os indivíduos possuam condições biológicas de aprendizagem, uma
estrutura cognitiva capaz de facilitar a aprendizagem do sujeito. Nesse sentido, para que
o aluno aprenda é importante que tenha ocorrido a maturação adequada de modo a
assimilar os conhecimentos que estão sendo produzidos.
A experiência do indivíduo é um outro fato determinante para que haja a
aprendizagem. A experiência do sujeito refere-se à ação exercida sobre objetos, o que
propicia o desenvolvimento intelectual. Segundo Paula e Mendonça (2009, p. 74 apud
VALENTINI, 2006):

A experiência física é entendida como toda a experiência que resulta das


ações realizadas materialmente; se este é essencial ao desenvolvimento,
também é insuficientemente porque a lógica da criança não é resultante
apenas dele. É necessária a coordenação interna entre as ações que a criança
exerce sobre os objetos.

Nessa perspectiva a aprendizagem se dá na ação, o que significa que precisa ter


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uma motricidade que facilite a aprendizagem, que colabore com o bom


desenvolvimento intelectual. Mas é importante salientar que essa experiência é
consequência de suas ações realizadas, assim como dos objetos utilizados para exercer
essas ações.
Como fator de desenvolvimento Piaget ainda traz o conceito de transmissão de
conhecimento ou transmissão social, que diz respeito à interação da criança com o meio
físico e social. As experiências que esse sujeito vivencia em seu ambiente acabam por
influenciar diretamente seu processo de aprendizagem, o que acontece por meio da
assimilação ativado que está sendo transmitido.
O processo de equilibração é responsável pela adaptação ao meio, ele é um
processo de organização das estruturas cognitivas num sistema coerente, o que facilita a
adaptação do sujeito. A equilibração é fator essencial e determinante no
desenvolvimento do sujeito. A adaptação, de acordo com a teoria Piagetiana, é a
essência do funcionamento intelectual e a essência do funcionamento biológico. Ela
acontece através da organização, sendo realizada sob duas operações, a assimilação e a
acomodação (PULASKI, 1986).
A assimilação pode ser compreendida como a incorporação de elementos do
meio externo a um esquema ou estrutura do sujeito, ou seja, é um processo cognitivo no
qual o indivíduo integra um novo dado às estruturas cognitivas prévias. A assimilação
consiste na tentativa do indivíduo em solucionar uma determinada situação a partir da
estrutura cognitiva que ele possui naquele momento específico da sua existência
(PULASKI, 1986).
A acomodação é “toda modificação dos esquemas de assimilação sob influência
de situações exteriores (meio) ao quais se aplicam” (PIAGET, 1996, p. 33). A
acomodação pode ser dar de duas formas: uma cria um novo esquema no qual se
encaixa o novo estímulo. A outra modalidade de acomodação modifica o esquema já
existente de modo que o estímulo possa ser incluído nele. A equilibração se refere ao
ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, sendo um mecanismo
regulador.
A partir desses conceitos, Piaget nos ajuda a compreender o processo da
construção do conhecimento, como um processo de cognição:

a inteligência não começa nem pelo conhecimento do eu nem pelo


conhecimento das coisas enquanto tais, mas pelo conhecimento de sua
interação e, orientando-se simultaneamente para os dois pólos desta
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interação, a inteligência organiza o mundo, organizando a si mesma (PAULA


e MENDONÇA, 2009, p. 62).

4.2.2 Vygotsky e a perspectiva Sócio-histórica

Outro teórico importante no que diz respeito às discussões em torno do processo


de ensino aprendizagem é Lev Semenovich Vygotsky, que em sua teoria sócio-histórica
entende a construção da inteligência humana a partir da vertente interacionista que une
corpo e a mente.
De acordo com Vygotsky, o sujeito se constrói por meio das interações que
estabelece com o meio social. Para esse autora criança nasce inserida num meio social
onde estabelece as primeiras relações por meio da linguagem em trocas sociais com os
outros. O sujeito elabora seus conhecimentos a partir dessas interações, das relações
sociais e se apropria do saber a partir da linguagem, sendo essa a responsável pela
relação mediada homem-mundo. Essa interação do sujeito com o mundo se dá por meio
da mediação, o que corresponde a um estímulo direto que facilita o desenvolvimento e a
aprendizagem.
Os elementos de mediação funcionam como um meio facilitador na/da
aprendizagem. Os signos são instrumentos que podem ser associados às ferramentas que
são utilizadas para auxiliar no desempenho das atividades assim como no pensamento.

os signos correspondem a instrumentos da atividade psicológica, com papel


semelhante ao dos instrumentos no trabalho, ou seja, auxiliam a nossa mente
a tornar-se mais sofisticada, possibilitando um comportamento mais
controlado (LOUREIRO, s/d).

Pode-se dizer então que os signos são produções construídas pelo homem para
solução de problemas, lembrar coisas, relatar experiências, sendo criados de acordo com
as necessidades de cada sujeito. Nesse contexto, as estratégias criadas são internalizadas
pelo indivíduo. A internalização seria uma reconstrução interna de uma operação
externa, ou seja, as atividades externas vão sendo absorvidas pelo sujeito, essas
atividades referem-se à cultura, às ideias, a todo o conhecimento que é aprendido
externamente e internalizado. O processo de internalização está ligado diretamente no
contato do sujeito com o mundo, onde o desenvolvimento ocorre do social para o
individual. Nesse processo, a linguagem exerce um papel expressivo na constituição das
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pessoas.Vygotsky compreende a linguagem como o aspecto mais importante na


formação das funções psicológicas superiores e na formação da consciência.
Vygotsky (1991), a partir de seus estudos afirma que a linguagem é o aspecto
mais importante na formação das funções psicológicas do sujeito, estando diretamente
ligada ao pensamento. Para ele a linguagem utilizada pela criança constitui um dos
meios mais expressivos para a formação da consciência, tendo ainda como função
inicial, a comunicação social. É a partir da linguagem e do uso dos signos que a criança
interioriza o universo que está ao seu redor e se forma como sujeito. Através da fala os
indivíduos podem organizar as atividades práticas e as funções psicológicas.Dois fatos
se destacaram para Vygotsky (1991, p. 21) em relação à fala:

A fala da criança é tão importante quanto a ação para atingir um objetivo. As


crianças não ficam simplesmente falando o que elas estão fazendo; sua fala e
ação fazem parte de uma mesma função psicológica complexa, dirigida para
a solução do problema em questão. Quanto mais complexa a ação exigida
pela situação e menos direta a solução, maior a importância que a fala
adquire na operação como um todo. Às vezes a fala adquire uma importância
tão vital que, se não for permitido seu uso, as crianças pequenas não são
capazes de resolver a situação.

A linguagem tem função essencial na construção da criança, sendo a fala


egocêntrica importante na construção da identidade do sujeito, assim como em seu
desenvolvimento intelectual. A fala egocêntrica da criança pode ser vista como uma
forma de transição entre a fala exterior e interior. Ela aparece quando a criança não
consegue utilizar algum instrumento na resolução de problemas. A fala egocêntrica se
divide em três ramificações: repetição, monólogo e monólogo coletivo. A repetição
ocorre quando a criança repete sílabas ou palavras sem contexto. No monólogo a
criança fala a si mesma; já no monólogo coletivo sua fala é dirigida para si, porém em
uma situação de interação social (PAULA e MENDONÇA, 2009).
Vygotsky (1991), em sua teoria afirma que a criança inicia seu aprendizado
antes mesmo de chegar à escola, pois ele estabelece interações em sua própria casa, na
convivência em sociedade. No entanto cabe à escola promover interações e ampliar esse
processo.

O processo de desenvolvimento se caracteriza como o domínio do uso dos


instrumentos e a combinação de instrumentos e signos para a realização da
atividade psicológica. Quando é pequena, a criança usa os instrumentos para
resolver os problemas. À medida que ela vai crescendo, as operações vão
mudando. A operação das atividades começa a ser mediada pelos signos, que
vão sendo internalizados. A criança vai aperfeiçoando a linguagem, seus
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métodos de memorização na construção de conceitos (PAULA E


MENDONÇA, 2009, p. 48).

Para Vygotsky (1991), a aprendizagem conduz ao desenvolvimento mental e


ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia
produzir-se sem a aprendizagem. Portanto, a aprendizagem promove o
desenvolvimento.
Vygotsky (1991), em sua teoria identifica dois tipos de desenvolvimento:o real e
o desenvolvimento potencial.O nível de desenvolvimento real corresponde a tudo aquilo
que a criança já tem consolidado em seu desenvolvimento, refere-se ao que ela é capaz
de realizar sozinha. Já o nível de desenvolvimento potencial se refere àquilo que a
criança pode realizar com auxílio de outro indivíduo. A distância entre os dois níveis de
desenvolvimento é chamado de zona de desenvolvimento proximal, o que corresponde à
necessidade da criança em utilizar um apoio para realizar determinada atividade que não
consegue realizar sozinha. Em relação ao processo de aprendizagem a Zona de
Desenvolvimento Proximal passa a ter importância fundamental para o
desenvolvimento da criança, pois é a partir da cooperação e das trocas sociais que a
criança alcança o conhecimento e chega a zona de desenvolvimento real.
A Zona de Desenvolvimento Proximal passa representa a maneira compartilhada
de construção de conhecimento. Nessa perspectiva, a lógica de aprendizagem muda:
passa-se a considerar não só o que a criança já sabe, a sua capacidade de equacionar
problemas sem ajuda (desenvolvimento real), mas interessa, principalmente, as
possibilidades de aprendizagem através da elaboração compartilhada, ou seja, o que ela
ainda não realiza sozinha poderá ter condições de realizá-lo sob a
orientação\intervenção dos adultos ou com a colaboração das crianças mais velhas
(desenvolvimento proximal). Entende-se, pois, que a escola tem participação direta
nesse processo, na medida em que o professor (a) é um mediador que ajuda a criança a
concretizar o desenvolvimento que está próximo (VYGOTSKY, 1991). Cabe ao
professor estar atento ao aluno, valorizar seus conhecimentos prévios e promover suas
potencialidades.
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4.3 Tecnologia Assistiva: conceitos

A Tecnologia Assistiva (TA) é um termo ainda novo, é uma área de


conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade,
relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades, ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e
inclusão social. Deve ser entendida como um auxílio que promove a ampliação de uma
habilidade funcional deficitária ou possibilita a realização da função desejada e que se
encontra impedida por circunstâncias de deficiência ou pelo envelhecimento.
De acordo com Sassaki (1996, p. 01) TA é

[...] a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico,


computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva,
mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de
todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações,
aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal
(comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte,
trabalho e outras).

Conforme Bersch (2013, p. 2 apud RADABAUGH, 1993) ao se referir a TA


pode-se tomar como base o seguinte conceito: “Para as pessoas sem deficiência a
tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia
torna as coisas possíveis”.
No Brasil o conceito de Tecnologia Assistiva foi criado a partir do Comitê de
Ajudas Técnicas (CAT), e aprovado em 14 de dezembro de 2007

Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica


interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de
vida e inclusão social (BRASIL - SDHPR. – Comitê de Ajudas Técnicas –
ATA VII).
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4.3.1 Categorias de Tecnologia Assistiva

Os recursos de TA são organizados ou classificados de acordo com os objetivos


funcionais a que se destinam, dentre as categorias da TA temos (BERSCH, 2013):

 Auxílios para a vida diária e vida prática: “Materiais e produtos que favorecem
desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o
cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio” (BERSCH, 2013, p.
5). Exemplos: talheres modificados, roupas desenhadas com o intuito de facilitar
o vestir e o despir, velcro, barras de apoio.

 Comunicação aumentativa e alternativa: destinada a atender pessoas sem fala ou


escrita funcional ou em defasagem em sua habilidade de falar e/ou escrever.
Exemplos: pranchas de comunicação, computadores com softwares específicos.

Figura 2 Pranchas de comunicação

 Recursos de acessibilidade ao computador: conjunto de hardware e software


idealizado para tornar o computador acessível a pessoas com privações
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sensoriais, intelectuais e motoras. Exemplos: teclados virtuais, mouses especiais,


órteses e ponteiras para digitação.

Figura 3 Recursos de acessibilidade ao computador

 Sistemas de controle de ambiente: as pessoas com limitações motoras utilizam


de um controle remoto para ligar, desligar e ajustar aparelhos eletrônicos como a
luz, o som, a TV, ventiladores.
 Projetos arquitetônicos para acessibilidade: projetos de edificação e urbanismo
que permitem o acesso e mobilidade a todas as pessoas. Exemplos: rampas,
elevadores, mobiliário.

Figura 4 Projetos arquitetônicos de acessibilidade


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 Órteses e próteses: “Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes
do corpo. Órteses são colocadas junto a um segmento do corpo, garantindo-lhes
um melhor posicionamento, estabilização e/ou função” (BERSCH, 2013, p. 8).

Figura 5 Órteses e próteses

 Adequação postural: “diz respeito à seleção de recursos que garantam posturas


alinhadas, estáveis, confortáveis e com boa distribuição do peso corporal”
(BERSCH, 2013, p. 9).
 Auxílios de modalidade: bengalas, muletas, andadores, cadeiras de rodas.

Figura 6 Cadeira de rodas

 Auxílios para qualificação da habilidade visual e recursos que ampliam a


informação a pessoas com baixa visão ou cegas: auxílios ópticos, lentes, lupas
manuais e eletrônicas, material gráfico com texturas
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Figura 7 Prancha com lupa

 Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo: auxílios que incluem
vários equipamentos: aparelhos para surdez, telefones com teclado teletipo,
sistemas com alerta tático visual, chamadas por vibração, livros, textos e
dicionários digitais.

Figura 8 Aparelho auditivo

 Mobilidade em veículos: acessórios que possibilitam uma pessoa com


deficiência física dirigir um automóvel, facilitadores de embarque e
desembarque.
 Esporte e lazer: recursos que favorecem a prática de esporte e participação em
atividades de lazer.
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Figura 9 Esportes Paraolímpicos

4.3.2 O uso da Tecnologia Assistiva no processo de ensino aprendizagem em contextos


educacionais inclusivos

A educação inclusiva marca uma nova era, sendo fruto de movimentações


realizadas por profissionais, pessoas com deficiências, e pais de indivíduos com
necessidades especiais, tendo como finalidade acabar com a segregação dos portadores
de necessidades especiais, e incluí-los de fato na sociedade, estes passam a ser atendidos
em escolas de ensino regular e não mais em escolas especiais.
Esse processo inclusivo colabora diretamente no processo de construção de
aprendizagem da criança, pois uma escola inclusiva é uma escola que conhece cada
aluno, que respeita seus limites, que potencializa suas habilidades. Nesse contexto, é
essencial a participação de profissionais capacitados, para que possam lidar de maneira
efetiva com os portadores de necessidades especiais, além disso é preciso utilizar de
métodos adequados para que se possa construir o conhecimento de forma efetiva.
A Tecnologia Assistiva, pode ser vista como uma mediação no processo de
aprendizagem, pois é através dela que o sujeito pode ter contato com o outro,
relacionando-se, desenvolvendo-se. Segundo Vygotsky (1994) os signos, e os
instrumentos proporcionam a mediação, e essa leva ao desenvolvimento.
No entanto, ao pensar no portador de necessidades especiais, é importante
salientar, que esse processo ocorre de maneira diferenciada, pois os problemas
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apresentados por esses sujeitos podem ser muitas das vezes uma barreira em seu
desenvolvimento.
Conforme Filho (2012, p. 4)

dispor de recursos de acessibilidade, a chamada Tecnologia Assistiva, seria


uma maneira concreta de neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e
inserir esse indivíduo nos ambientes ricos para a aprendizagem e
desenvolvimento, proporcionados pela cultura.

A mediação é feita através de objetos que possuem fim específicos, dentro desse
contexto temos todas as novas possibilidades de inserção dos portadores de necessidades
especiais, como os ambientes virtuais de interação e aprendizagem. Nesse sentido, é importante
salientar que devido as limitações apresentadas, devido a sua dificuldade de interação com o
meio, devido as desinformações, preconceitos, a criança com deficiência acaba sendo impedida
de desenvolver suas habilidades.
Tanto Vygotsky como Piaget, afirmam a importância da interação para o
desenvolvimento do ser humano, devendo essa ser realizada com qualidade, intensidade,
estímulos. Segundo Galvão Filho (2004, p. 28), Vygotsky

Estudou especificamente os processos de desenvolvimento cognitivo de


crianças com deficiências, percebe uma “nova face” nos obstáculos
interpostos pela deficiência: além das dificuldades decorrentes da mesma, ele
enxerga nesses obstáculos também uma fonte de energia, uma mola
propulsora para a busca de sua superação, principalmente através de “rotas
alternativas”. Vygotsky desenvolve essas idéias em seu trabalho
“Fundamentos da Defectologia” (1997), no qual conclui que os princípios
fundamentais do desenvolvimento são os mesmos para as crianças com ou
sem deficiência, mas que as limitações interpostas pela deficiência funcionam
como um elemento motivador, como um estímulo, uma “supercompensação”,
para a busca de caminhos alternativos na execução de atividades ou no logro
de objetivos dificultados pela deficiência.

Nesse sentido, os portadores de necessidades especiais, possuem condições de


aprendizagem, porém, essa deve ser feita através da mediação, sendo as deficiências
vistas como uma forma de estímulo, nesse sentido, ao se trabalhar com essas crianças, é
importante, observar suas deficiências, dificuldades, não como um problema, mas como
um estímulo. Como afirma Galvão Filho (2012, apud VYGOTSKY, 1997, p. 46) “que
perspectivas se abrem diante de um pedagogo quando sabe que o defeito não é só uma
carência, uma deficiência, uma debilidade, mas, também uma vantagem, um manancial
de força e aptidões, que existe nele certo sentido positivo”.
Dessa forma, o professor deve estimular o aluno a pensar m suas dificuldades
como um suporte, como um desafio a ser superado. Portanto, é nesse contexto que
encontra-se a Tecnologia Assistiva, sendo para as pessoas com deficiência, um
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elemento catalisador e estimulador na construção de novos caminhos e possibilidades de


aprendizagem.
A TA surge como um instrumento capaz de levar a participação dos portadores
de necessidades especiais, em casa, na escola, no trabalho, em uma roda de amigos, em
qualquer ambiente.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi exposto no decorrer do trabalho, ficou perceptível a


importância de uma escola inclusiva, capaz de transformar a realidade dos alunos
portadores de necessidades especiais, levando-os a interagir com o mundo, a conhecer o
outro, a se conhecer.
Nesse contexto, percebe-se a importância de profissionais capacitados, assim
como de recursos ideais capazes de mediar o processo de ensino aprendizagem. Dessa
forma, a Tecnologia Assistiva, é essencial na construção do conhecimento dos alunos
portadores de necessidades especiais nos contextos educacionais inclusivos, sendo ela
um elemento fundamental para a autonomia, o empoderamento e inclusão escolar da
pessoa com deficiência.
A TA vem se tornando um caminho essencial a ser percorrido no contexto
educacional, abrindo novos horizontes, sendo fundamental no processo de ensino
aprendizagem, pois facilitam o envolvimento de todos na ação educativa. Entretanto, é
importante ressaltar que ainda são muitos os problemas encontrados para que as escolas
adotem as TA, são poucos os recursos disponíveis para atender a essa nova clientela.
Na verdade, a inclusão escolar de uma maneira geral ainda é algo novo na
sociedade, as escolas, as pessoas ainda estão se adaptando a esse novo ideário, e
aprendendo com cada passo dado a se adequar de maneira que possa atender
efetivamente os portadores de necessidades especiais.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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