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2020/2021
Uberlândia – MG
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 2
1.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA 3
1.2. A ESCOLA EM NÚMEROS 3
1.3. HISTÓRICO DA ESCOLA 4
2. MARCO REFERENCIAL 7
2.1 MARCO SITUACIONAL 8
2.2 MARCO FILOSÓFICO 11
2.3 MARCO OPERATIVO 13
3. DIAGNÓSTICO 18
3.1. EIXO 1: RELAÇÃO DA ESCOLA COM A COMUNIDADE 19
3.1.1. SUJEITOS DA APRENDIZAGEM, CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E
TERRITÓRIOS ESCOLARES 20
3.1.2. RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS: FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SOCIEDADE 21
3.2. EIXO 2: DIREITO À APRENDIZAGEM 23
3.2.1. ANÁLISE DE DESEMPENHO, RENDIMENTO (FLUXO) E FREQUÊNCIA DOS
ESTUDANTES 23
3.2.2. DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA APRENDIZAGEM 34
3.3. EIXO 3: GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA 42
3.3.1. IMPACTO DA VIOLÊNCIA NAS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 42
3.3.2. AMBIENTE PARTICIPATIVO 46
3.4. EIXO 4: FORTALECIMENTO DO TRABALHO COLETIVO 48
3.4.1 PARTICIPAÇÃO E FORMAÇÃO DOS PROFESSORES 48
5. PLANO DE AÇÃO 58
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 80
8. REFERÊNCIAS 81
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1. INTRODUÇÃO
NOME DA ESCOLA:
ESCOLA MUNICIPAL PROF. MILTON DE MAGALHÃES PORTO
LOCALIZAÇÃO/ENDEREÇO:
Rua do Serviço A, nº 136
Bairro: Segismundo Pereira
CEP: 38.408-344 Uberlândia – MG
CONTATOS:
Telefone: (34) 3219-5316
e-mail: emef.miltonporto@uberlandia.mg.gov.br
Masculino 68 62 75 67 35 308
Feminino 43 55 53 53 28 232
306 178 28 5 1 22
8 8 8 8 6
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“Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo.
Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, os seus donos podem levá-los para onde
quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o
voo.”
Rubem Alves
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A Escola Municipal Professor Milton de Magalhães Porto foi criada no dia 30 de abril
de 1999, através da Lei nº 7276 e sua trajetória tem-se configurado por um processo democrático
de luta para que não fosse apenas gaiola, cerceando a liberdade dos alunos , e sim, preservasse a
essência deles que é dar-lhes asas para que alcem vôos em busca de novos horizontes, alimentando
os sonhos, para que nesta escola, fossem construídos verdadeiros cidadãos.
A Escola Municipal Professor Milton de Magalhães Porto foi construída para atender a
demanda existente de vagas para alunos no nível de ensino fundamental de 1ª a 4ª séries e em
virtude da excedência de servidores municipais lotados em outras unidades escolares.
A Escola iniciou suas atividades funcionais no ano 2000. A direção interina da escola
foi confiada à senhora Niza Maria Teodoro Nascimento que, junto aos 37 servidores criaram um elo
sólido e, de mãos dadas, iniciaram uma caminhada que, hoje orgulha e dignifica a todos nós. Está
implícita na história da escola a contribuição de muitos profissionais da área educacional, que não
mediram esforços para consolidar a identidade desta comunidade escolar.
Destacamos alguns anos relevantes nesse contexto histórico.
No ano de 2001, a então diretora senhora Hilda Mara Bacelar Hruska, observando o
grande número de alunos que moravam distante da escola e a considerável lista de espera de alunos
aguardando vagas, uniu-se aos pais, alunos e professores para reivindicar e lutar pela abertura de
um anexo que viesse atender de pronto a demanda ali existente. Mesmo por vezes fatigados pela
luta diária, este batalhão de professores e funcionários valentes, fortes, verdadeiros guerreiros não
permitiram abater-se pela descrença. A Escola Municipal Professor Milton de Magalhães Porto
solidificou-se e foi ampliando o espaço de conquistas educacionais.
No ano de 2009, sob a direção da senhora Isabel Cristina Silva Carrijo, foi instituído a
sala de Recursos Multifuncionais para o Atendimento Especializado (A.E.E.) aos alunos com
necessidades especiais.
Em 2015 foi inaugurada a Quadra coberta para a prática de esportes. Projetos
importantes foram conquistados para a unidade de ensino O Programa Mais Educação e PIB se
destacaram sobremaneira no desenvolvimento dos estudantes com dificuldade de aprendizagem e
vulnerabilidade social.
No ano de 2017 assume a direção da escola a senhora Simone Gonçalves Silveira
Ferreira da Silva, que nesse mesmo ano, demonstrando muita determinação, esforço e dedicação,
inicia um processo de revitalização do espaço físico da escola.
No ano de 2018, é realizada a Revitalização da Quadra da sede da escola em parceria
com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para implantação do Projeto “Cesta na Educação”,
desenvolvido pela AEDEC – Brasil (Associação Educacional de Desenvolvimento Esportivo
Cultural) e para aquisição de materiais esportivos destinados às atividades pedagógicas realizadas
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no projeto desenvolvido no contra turno, modalidade basquetebol.
No final do ano de 2018, visando atender a demanda de crianças da pré-escola 4 e 5
(quatro e cinco) anos de idade de famílias residentes no bairro Santa Mônica e bairros adjacentes, o
segundo endereço da Escola Municipal Professor Milton de Magalhães Porto ofertou vagas para
esta nova modalidade de ensino a partir de 2019.
Em janeiro de 2019 foi efetuada junto à inspeção escolar a adequação do regimento
escolar para o processo de autorização de funcionamento da Educação Infantil na unidade anexo
junto à Superintendência Regional de Ensino. A unidade escolar passou por constante inspeção da
Superintendência Regional de Ensino e da Vigilância Sanitária.
Considerando a distância da escola sede e a dificuldade no atendimento pedagógico e
administrativo das duas unidades, a Secretaria Municipal de Educação, atendendo à solicitação da
comunidade escolar e objetivando a melhoria da qualidade educacional para a clientela atendida,
sentiu a necessidade da criação de uma escola independente.
Em 20 de agosto de 2019 a estudante da Escola Municipal Professor Milton de
Magalhães Porto, Mirelly Fernandes Souza , antes mesmo de completar oito anos de idade, veio a
falecer vítima de uma fatalidade. A Secretaria Municipal de Educação que já vinha considerando
desvincular as duas unidades escolares para melhor atender a comunidade solicitou à direção
escolar no dia 28/08/2020 conversar com os pais da estudante Mirelly para informar que a escola
teria o nome dela em sua homenagem. Os pais sentiram-se honrados com a homenagem. A
denominação da unidade escolar em homenagem à pequena Mirelly foi uma maneira de amenizar a
dor da família e perpetuar o carinho que ela deixou para toda a comunidade escolar. Foi um dia de
muita emoção, pois em comemoração à Semana da Educação Infantil estávamos nesse mesmo dia
recebendo os músicos da Angels Musical para uma apresentação de violino na escola que prestou
uma belíssima homenagem à Mirelly e seus pais.
Em 21 de outubro de 2019 foi criada a Escola Municipal Estudante Mirelly Fernandes
Souza, localizada à Av. Ortizio Borges nº 3.360 no bairro Santa Mônica, conforme a lei de criação
nº 13.249. No entanto a unidade permaneceu vinculada à E. M. Prof. Milton de Magalhães Porto e
sob a direção de Simone Gonçalves Silveira Ferreira da Silva. Em 22/11/2019 ocorreu o retorno da
vistoria da Vigilância sanitária que aprovou as instalações.
Em 16 de dezembro de 2019 foi nomeada a primeira diretora da Escola Municipal
Estudante Mirelly Fernandes Souza: Marilze Tannús Stefani Amâncio.
Em janeiro de 2020, foi desativado o laboratório de informática para atender a
demanda de vagas para o 1° ano. A partir de 18 de março de 2020 as atividades presenciais foram
interrompidas em virtude da pandemia mundial do COVID-19 e em 06/04/2020 iniciaram as
atividades remotas do Programa Escola em Casa. Nossa escola foi contemplada com o Programa
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Escola Bem Arrumada e 4 salas modulares.
Construir uma história dá, de fato, muito trabalho! É necessário dedicação, empenho e
total entrega à causa em que se acredita e se defende diariamente. Merece referência o vínculo
construído entre a escola e a comunidade escolar. Equipe gestora, pais, alunos, ex-alunos,
professores aposentados, conselho escolar, somam-se neste processo de implementação de ações
que alavancam o crescimento educacional.
Agradecimento especial a Deus que está sempre à frente de nossa escola e de nossas
vidas para que possamos vencer com humildade, mostrando-nos os caminhos, protegendo-nos e
nos abençoando com saúde, possibilitando que estivéssemos aqui nesse momento.
São 20 anos de conquistas, vitórias, construção, avaliação, persistência,
questionamentos, mas acima de tudo, de luta para que a educação pública tivesse seu espaço e
cumprisse sua missão primeira que é formar verdadeiros cidadãos para a vida. Dar asas para que
nossos alunos aprendam a voar e partam sempre em busca de novos portos para a construção de
uma vida com maior autonomia e feliz.
O relato da história da Escola, nesse atual contexto finaliza, porém a história continua
e, no dizer de Gabriel Garcia Márquez – que relata em sua carta de despedida: “Aos homens
provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem,
sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar! A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas
teria que aprender a voar sozinha. Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a
velhice, mas sim com o esquecimento”.
Texto elaborado com as contribuições dos seguintes servidores: Professora Inalbes
Oliveira Martins,Vice Diretora Marilze Tannus Stefani Amâncio, Diretora Simone Gonçalves
Silveira Ferreira da Silva e Oficial Administrativo Cáritas Gonçalves de Oliveira Silva.
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2. MARCO REFERENCIAL
O Marco Referencial está condicionado ao processo político da escola, à atividade de
planejar, em relação à sua identidade, visão de mundo, valores, objetivos e suas possibilidades de
transformação do contexto real ao qual está inserido. Conforme Vasconcellos (2000), o marco
referencial é “a tomada de posição da instituição que planeja em relação à sua identidade, visão de
mundo, utopia, valores, objetivos, (p. 182). Ainda se configura como sonho da escola, o ideal que
ela deseja ser.
Nesse marco, buscamos expressar o sentido da ação educativa, do fazer pedagógico e
as expectativas em relação a uma realidade desejada e ao caminho necessário para alcançá-la.
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Vários questionamentos precisam ser respondidos, entre eles destaca-se: quais são os fundamentos
do nosso querer em relação à escola? O que se espera da escola pública hoje? Que cidadão
almejamos formar e para qual sociedade? Que escolha faz em torno das concepções de educação,
de ensino aprendizagem, de avaliação para atingir os objetivos previstos.
“Marco referencial nasce como busca de resposta a um forte questionamento que nos colocamos [...]
Tem como função maior tencionar a realidade no sentido da sua superação/ transformação e, em termos
metodológicos, fornecer parâmetros, critérios para a realização de diagnóstico” (VASCONCELLOS, 2000, p.182).
É nele também, que se discute a escola que temos e, por onde perpassa o olhar coletivo
em relação à realidade da escola. É neste momento que diagnosticamos coletivamente a
necessidade de reestruturar os pontos negativos e pontuar os pontos positivos, buscando
compreendê-los e referenciá-los em forma de ações e atitudes. E, nesse propósito de
reestruturação, a Proposta Pedagógica da Escola foi cuidadosamente e participa ativamente
repensada e atualizada.
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escola, situa-se o bairro Santa Mônica que começou a ser loteado em 1964 pela Imobiliária
Segismundo Pereira. A população urbana na cidade de Uberlândia/MG crescia com vigor, devido à
intensificação do capitalismo que, a cada dia, fazia com que mais trabalhadores saíssem do campo e
das cidades menores, para a cidade de Uberlândia, devido também, à criação da Universidade
Federal de Uberlândia, que foi responsável pelo desenvolvimento em especial do bairro: o Santa
Mônica (onde se instalou o Campus Santa Mônica). E, posteriormente com a construção da
Prefeitura de Uberlândia, da estruturação do Parque do Sabiá, como também a rica ampliação do
comércio, como a construção de Shoppings e áreas comerciais na região, assim o Santa Mônica
cresceu consideravelmente em relação a outros bairros da cidade.
A escola enquanto instituição de ensino público, situada numa região de considerável
desenvolvimento educacional e comercial, procura a excelência do ensino para bem atender à
demanda, cujas famílias na sua maioria pertencem à classe média, os pais e/ou responsáveis
pelos estudantes possuem escolarização média e/ou superior e muitos se interessam
pelo progresso de seus filhos, sendo participantes ativos, neste processo, junto à escola. Neste
contexto, grande é o empenho da Escola em buscar o máximo de qualidade, ao colocar em prática
suas propostas curriculares e projetos pedagógicos e ao possibilitar também o resgate da
construção coletiva e participativa e o crescente espírito do trabalho coletivo e em equipe.
O universo escolar é o local onde acontece a troca das experiências humanas e suas
interações com o meio social, sendo elas caracterizadas pela aquisição de conhecimentos e pelas
diversidades culturais. De uma forma globalizada, o desenvolvimento científico e tecnológico tem
contribuído de uma maneira notável para a rapidez da comunicação entre os seres humanos. Esta
comunicação, realizada pelos diversos meios, viabiliza o processo de assimilação das informações
adquiridas pela troca de experiências e ainda, oportuniza o acesso ao conhecimento, no qual, todos
os envolvidos procuram alcançar seus objetivos econômicos, políticos, culturais, sociais e
religiosos.
A Escola Municipal Prof. Milton de Magalhães Porto se prontifica como espaço para
discussões, descobertas e como uma fonte possível de comunicação e transformação social,
colaborando de forma efetiva para minimizar as injustiças, as diferenças e criar possibilidades para
as igualdades dos direitos em todas as suas dimensões.
Com uma ação bem refletida, referenciada e planejada pelo professor e equipe
pedagógica, a escola realiza seu maior objetivo que é o de possibilitar que os alunos aprendam e
adquiram o desejo de aprender cada vez mais, exercendo crescentemente a cidadania ativa, de
forma participativa e autônoma, no desenvolver de suas competências e habilidades próprias.
Entendemos que o mundo atual está em constante mudança e, consequentemente, o
Projeto Político Pedagógico deve assumir essa transformação com a finalidade de garantir ações
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eficazes para contemplar a ação educativa. Dessa forma, nossa escola está inserida em uma
comunidade que gosta de participar e necessita de intervenção no que se refere à ação educativa
voltada para o convívio social, a progressão do conhecimento sistemático e principalmente da
formação do cidadão consciente, ativo e participativo.
Nossos estudantes, das séries iniciais do Ensino Fundamental, são crianças que tem na
família, biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de
interações sociais que estabelece com outras instituições sociais.
Seguimos as orientações do estatuto da criança e do adolescente, no qual “a criança e o
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para
o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. Para se desenvolver, portanto, a criança
precisa aprender com os outros, por meio de vínculos que estabelece, e na Escola novos vínculos se
estabelecem e contribuem no seu pleno desenvolvimento. Amadurecem algumas capacidades de
socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.
Assim, a cada ano, os estudantes da escola em contínuo crescimento e desenvolvimento e se
tornam mais capazes, independentes e mais autônomos, mais reflexivos, críticos, participativos e
acima de tudo, sujeitos que conhecem e exercem o respeito mútuo.
Ser criança, adolescente, jovem ou adulto é viver cada uma dessas etapas como direitos
conquistados que precisam ser preservados no âmbito das diferentes instituições sociais: família,
escola, comunidade, outros espaços e tempos. Assim, em todas as fases a responsabilidade escapa a
um só percurso, pressupondo uma trajetória evolutiva (do infantil ao adulto). A escola, portanto, é
um espaço que abriga diferentes tempos de vida.
É impossível compreender todas as idades de maneira rígida, única e universal. Isso
porque, não se pode seguir um único modelo de criança, adolescente, jovem e adulto, pois o que
temos são sujeitos únicos, com características próprias. Compreender diferentes tempos de vida
implica conhecer todos os aspectos que os definem, cada fase apresenta suas especificidades,
necessitando de estímulos diferenciados para o desenvolvimento das potencialidades e aptidões dos
estudantes.
A concepção de criança defendida para preceitos de formação humana, pensando na
escola inclusiva, está em consonância com a ideia atual de infância, alicerçada como um ser
integral, sujeito de direitos e produtor de cultura, que interage com seus pares e com o meio,
compreendendo, intervindo e construindo sentidos e significados sobre o mundo circundante.
Torna-se relevante considerar estes sujeitos como pessoas que trazem suas marcas
culturais, econômicas e sociais, constituídas pelas suas trajetórias trilhadas ao longo de suas vidas,
as quais requerem um olhar sensível e atento, por parte do professor, levando em consideração suas
experiências e conhecimentos acumulados. Não há como ignorar os tempos de vivência no
cotidiano escolar. Segundo Arroyo (2014), o tempo humano não é somente biológico, são
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construções culturais que vão se configurando ao longo da história.
Portanto, o tempo dos estudantes vai além de “tempos institucionalizados”, confinados
à instituição escolar, mas soma-se: suas vivências, os tempos de família, tempos de rua, tempos de
brincadeiras, tempos de trabalho e tantos outros.
Nesse sentido, é importante que dentro do processo formativo, o professor e outros
profissionais da educação conheçam e reconheçam as especificidades da faixa etária a qual atende,
assim como outras particularidades individuais da clientela, tais como situação social, gênero,
cultura, identidade e outras.
Os discursos, as práticas e as motivações destinados às crianças tornam-se diversos
daqueles destinados aos adolescentes, assim como é diferente dos destinados aos jovens e adultos.
Estes últimos, por exemplo, em muitos contextos, a necessidade de conciliar trabalho e estudo pode
contribuir para o abandono da escola.
Nem sempre as etapas de vida são bem demarcadas, para algumas crianças não lhe são
dados direitos próprios do mundo infantil, muitos adolescentes e jovens necessitam assumir
precocemente responsabilidades de adultos, outros precisam retornar à escola. Dessa forma é
imprescindível que as instituições e os professores não se prendam a rituais muito demarcados e
generalizados, muitas vezes são necessárias práticas e organizações diversificadas e também ofertar
a crianças, adolescentes, jovens e adultos a oportunidade de vivenciar seus tempos nas suas
especificidades.
Ao se considerar os ideais de formação humana, a concepção de currículo desejada e
pensando na materialização de um caminho para alcançá-la, faz-se necessário considerar a
transição entre os níveis da Educação Infantil para o Ensino Fundamental I, deste para o Ensino
Fundamental II e, posteriormente, do Ensino Fundamental II para o Ensino Médio.
Em geral, este momento tem sido marcado por rupturas as quais afetam o
desenvolvimento integral (cognitivo, psíquico, físico, emocional e social) das crianças,
adolescentes, jovens e adultos. Assim, se fazem necessárias orientações e proposições curriculares
para a garantia da continuidade do desenvolvimento e a superação de tais lacunas.
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Dando continuidade aos propósitos apresentados na Carta de Princípios, coletivamente
foi construído o Guia de Orientações Teórico-Práticas (2016) e os elementos essenciais e
constitutivos deste Guia, referenciados pelos princípios filosóficos, acenam onde queremos chegar
enquanto escola que deseja cumprir o seu papel social com excelência. Os elementos essenciais
são: 1. Convivência: autoestima, afetividade, Bullying, violências, baixa participação da família na
escola, relações interpessoais e direitos humanos; 2. Prática pedagógica: metodologias de ensino,
didática, avaliação, organização e uso do tempo e espaço escolar e uso de tecnologias inovadoras;
3. Gestão escolar democrática e gestão democrática da produção e comunicação do conhecimento:
mecanismos de gestão democrática, gestão do tempo e espaço escolar, gestão da aula, gestão dos
recursos humanos, gestão dos processos administrativo-pedagógicos, gestão da produção e
socialização das informações e gestão da relação entre escola, comunidade e equipamentos sociais.
Na escola Municipal Prof. Milton de Magalhães Porto queremos reconstruir e
ressignificar, coletivamente, a cada ano, a proposta educativa pautada na diversidade sociocultural
dos estudantes e de todos os membros da comunidade escolar, em seus diferentes saberes e, frente
aos desafios repensar o discurso e as práticas pedagógicas. Para isso, é necessário colocar o foco da
discussão nas questões paradigmáticas e teórico-metodológicas sobre educação, assim como
propostas político-pedagógico que estejam em sintonia com a educação que queremos.
Compreendemos que a educação precisa ser práxis social, capaz de modificar as ações
dos sujeitos que a compõe, ou seja, modificar educadores/as e educandos/as na perspectiva de que
aprendam a elaborar e a reelaborar os saberes, as práticas socioculturais em favor da transformação
de si e da sociedade. Considerando a complexidade dessa intenção, defendemos a necessidade de
conhecermos e aprofundarmos sobre o entrecruzamento de concepções teórico-metodológicas da
educação, do ensino e da aprendizagem.
Entendemos que a proposta político-pedagógica da escola deve estar baseada na
diversidade, pluralidade e refletir sua identidade composta pelos seus estudantes, famílias e
funcionários/as, dando visibilidade às práticas escolares e garantindo a reflexão sobre o direito à
educação de qualidade.
Como direito fundamental, queremos também otimizar o AEE (Atendimento
Educacional Especializado), compreendendo que uma sociedade inclusiva se fundamenta numa
filosofia que reconhece e valoriza a diversidade como característica inerente à constituição de
qualquer sociedade. Partindo desse princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos direitos
humanos, a Educação Especial sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de
todos/as, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada estudante que se
encontra sob a nossa responsabilidade.
Percebemos que a qualidade da educação passa pela compreensão do sujeito sócio
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histórico, portador de direitos, produtor de cultura e, portanto, capaz de realizar escolhas e definir
caminhos para a sua própria educação. Nesta perspectiva, repensamos anualmente a estrutura física
da escola, a formação contínua dos profissionais, os conteúdos e as metodologias educacionais,
assim como as formas de gestão democrática dos recursos e da comunicação em rede.
A missão da Escola Municipal Prof. Milton de Magalhães Porto é proporcionar uma
educação dialógica, de respeito e participação para consolidarmos, no âmbito escolar, a democracia
como uma construção processual e histórica dos sujeitos e, a sustentação das ações se encontra na
gestão democrática que possibilita a legitimidade dos instrumentos e processos de tomada de
decisões, planejamento, organização e avaliação que deve ser uma constante dentro do espaço
escolar.
Acreditamos, dessa maneira, que atuando nos anos iniciais do Ensino Fundamental seja
possível gerir, na complexa e plural realidade, o espaço privilegiado de discussão e efetivação da
perspectiva teórica adotada, uma vez que a construção coletiva tem sido a base para a escuta ativa e
a elaboração de instrumentais, como esse PPP, bem como, estudos e pesquisas pedagógicas e
educacionais.
Os objetivos para o ensino fundamental é que os estudantes saibam posicionar-se de
maneira crítica, responsável e construtiva; construir progressivamente a noção de identidade
nacional e pessoal; conhecer e valorizar a pluralidade, posicionando-se contra qualquer
discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia, de
raça, ou outras características individuais e sociais.
Sendo assim, visa-se desenvolver na Educação Básica, as capacidades do sujeito se
tornar agente transformador do ambiente; demonstrar capacidades afetiva, física, cognitiva, ética,
estética, de inter-relação pessoal e de inserção social; adotar hábitos saudáveis como um dos
aspectos básicos da qualidade de vida; expressar e comunicar suas ideias; saber utilizar diferentes
fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos; questionar a
realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento
lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, as diferentes linguagens entre
outras aptidões, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
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se deseja para a mesma. O marco operativo expressa a utopia instrumental do grupo, ou seja, a
realidade desejada. Expomos, portanto aqui, as nossas opções, em termos ideais, em relação ao
campo de ação e à instituição que desejamos e fundamentamos essas opções em diversas teorias.
Buscamos seguir o princípio da exequibilidade, ou seja, a capacidade de se tornar reais
as ações, de não ficar apenas no sonho, mas um sonho possível de ser realizado, a partir das
condições concretas de nossa escola. Vasconcellos (2000) também alerta que o marco operativo
não é mera programação de ações concretas a serem executadas, pois é um plano de ação nas três
dimensões do trabalho escolar: pedagógica, comunitária e administrativa. Nessa ótica, estamos
atentos em sempre estabelecer a relação entre marco filosófico e o marco situacional, como
mediadores, enquanto que o marco operativo pode ser concebido com uma espécie de síntese. O
marco operativo, à luz dos elementos estruturais da realidade, remete às finalidades e concepções
filosóficas, encaminhando para a elaboração de um diagnóstico da situação particular da escola.
Sendo assim, se faz essencial a discussão sobre as concepções de currículo.
O Currículo escolar pode ser concebido de diferentes formas. Nas Diretrizes
Curriculares Municipais, partiu-se do princípio de currículo para além de um documento orientador
que indica concepções teóricas e metodológicas no processo educativo, representando o conjunto de
experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais,
contribuindo para a construção da identidade de nossos estudantes. Assim, Moreira e Candau
(2008, p.17) afirmam que “a participação do educador no processo de reelaboração curricular é
fundamental. Ele é um dos grandes artífices, da construção de currículos que se materializam nas
escolas e nas salas de aula”.
Pensando em formar cidadãos sensíveis, conscientes e comprometidos com a
transformação da sociedade a partir de uma perspectiva inclusiva que procura alcançar a TODAS as
pessoas, o currículo é compreendido como o entrelaçar de saberes, fazeres, concepções, valores,
poderes e identidades. Não é um “lugar”, mas, um caminhar.
A RME, em colaboração com os profissionais que nela atuam, possui um permanente
caminho de construções curriculares. Considerar este contínuo percurso é valorizar a história,
agregar elementos para reelaborar novos rumos, constantemente (re)planejados e (re)visitados. A
cada tempo histórico, com seus diferentes contextos socioculturais, as DCMs são produzidas.
Nesse movimento, o currículo escolar é entendido como um terreno de produção de
conhecimentos, articulados com a realidade social, constituindo a identidade dos estudantes. Tem
caráter teórico-normativo e prático, como suporte e caminho da ação educativa, respondendo às
conjunturas históricas. Assim, as DCMs tanto em seu processo de elaboração, quanto na sua
dimensão formativa e prática, seguem as novas normativas curriculares como meios de orientação e
informação da prática pedagógica.
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Partindo desses pressupostos, o movimento de reorientação curricular da RME de
Uberlândia buscou aproximar da perspectiva das Teorias Críticas de Currículo, na medida em que
se entende o processo educativo como um processo histórico-social, auxilia na formação de
estudantes crítico-reflexivos, sujeitos autônomos, capazes de intervir e transformar a realidade.
Pensando na melhoria da qualidade dos processos de ensinar e aprender na Educação
Básica, a BNCC busca garantir aprendizagens comuns a todos os estudantes, como forma de
garantir a equidade no processo de escolarização, permitindo melhores condições para o
desenvolvimento de capacidades estéticas, criativas, artísticas, culturais, dentre outras para a
compreensão e ação do ser humano no mundo.
Nessa perspectiva, a BNCC afirma que os currículos têm papéis complementares para
assegurar as aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educação Básica.
Aprendizagens essas, que só se materializam mediante o conjunto de decisões que caracterizam o
currículo em ação. São essas decisões que vão adequar as proposições à realidade local,
considerando a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, bem
como o contexto e as individualidades dos estudantes, objetivados nessas diretrizes.
Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na Base devem
concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais que
consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
Dessa forma, como destacado na BNCC, essas competências se inter-relacionam e se
desdobram no tratamento didático proposto para as três etapas da Educação Básica (Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no
desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB. São dez
as competências gerais para a Educação Básica propostas pela BNCC, a saber:
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4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir
sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal
e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários (BRASIL, 2017. p. 09-10).
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ü Dignidade, equidade, justiça e honestidade;
ü Compromisso ético, político e estético.
A aprendizagem torna-se significativa não só quando os estudantes são escutados
atribuindo sentidos às atividades propostas, mas também quando o planejamento e a avaliação se
engajam em práticas educativas dialógicas, clarificadas com seus objetivos e formas de realização,
de modo a trazer significados e contribuições sociais e culturais. O ensino faz-se fundamental à
medida que trabalha com os saberes historicamente construídos e socialmente referendados.
Portanto, o processo de ensino e aprendizagem envolve complexidade, desafios,
cumplicidade institucional e engajamento de todos os profissionais da educação atuantes no
cotidiano escolar. Para tal, é preciso ter clareza dos objetivos a serem alcançados para a formação
humana desejada mesmo com os desafios encontrados pelo caminho.
Para a construção desses ideais, os profissionais da educação incluem em seus
programas e planejamentos, estratégias didáticas diversas capazes de possibilitar, também, o
reconhecimento das diferentes potencialidades dos estudantes, enriquecendo o processo formativo.
No trabalho pedagógico eficaz o professor deve ser capaz de compreender os vínculos resultantes
de sua prática social. São ações que ultrapassam o momento da sala de aula também associados a
suas idiossincrasias, seus saberes, talentos, competências e habilidades em distintos graus e níveis
de abstração.
A educação como dever do Estado e da família, é um direito de todo cidadão,
resguardado na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Em nossa escola
existe a oportunidade de acesso que é oferecida nos anos iniciais do ensino fundamental, sem
nenhuma distinção. Deve-se oportunizar uma escola aberta e acessível.
A Escola Municipal Professor Milton de Magalhães Porto adotará para o bloco
pedagógico do Ensino Fundamental os seguintes critérios:
1) Para os três anos iniciais: um bloco pedagógico sequencial não passível de
interrupção, voltado para ampliar a todos os alunos as oportunidades de sistematização e
aprofundamento das aprendizagens básicas, imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos;
2) A avaliação do aluno no 1º e 2º ano do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), a ser
realizada pelos professores, será contínua, cumulativa e diagnóstica e tem um caráter processual,
formativo e participativo, mediante acompanhamento e o registro do seu desenvolvimento;
3) A observação e o registro se constituirão nos principais instrumentos de que o
professor dispõe para apoiar sua prática, obtendo informações sobre as experiências dos educandos
na instituição;
17
4) Os registros servirão como suporte para a elaboração do relatório de trabalho
realizado, contemplando as dificuldades, os avanços, as expectativas, as mudanças e as descobertas,
compondo um rico material de reflexão e ajuda para o planejamento educativo;
5) No decorrer do ano letivo, no processo de avaliação do 3º ano, que encerra o bloco
inicial de alfabetização (BIA), haverá avaliações diagnósticas específicas, bem como ocorrerá o
processo avaliativo bimestralmente, que servirão de parâmetro para continuidade ou para retenção
ao aluno que não demonstrar a consolidação das habilidades e competências mínimas para
prosseguimento dos estudos.
A Escola Municipal Professor Milton de Magalhães Porto deseja chegar a um ponto em
que todos a reconheçam pela qualidade do que ensina; pela competência de seus professores que
ensinam e exercem seu ofício com responsabilidade, planejando suas ações, visando ao ideal de
uma escola pública de qualidade para interferir, positivamente, na formação do indivíduo.
Para chegar a esse nível, é preciso investir na formação contínua dos professores e dos
servidores do setor administrativo; incentivar a participação dos pais e/ou responsáveis para estarem
mais presentes na escola e na vida escolar de seus filhos. Sabe-se que, onde e quando há tal
acompanhamento da vida escolar, o resultado é significativamente melhor no processo
ensino-aprendizagem. Enfim, o que se deseja é uma escola de referência em Ensino e Gestão,
elevando a autoestima dos estudantes e o contentamento de seus servidores ao oportunizar
condições favoráveis de trabalho e de realização pessoal.
Assim, enquanto instituição de ensino, tem por objetivo seguir os parâmetros e normas
curriculares e legislações em vigor, principalmente, envidar esforços no sentido de organizar o seu
espaço enquanto ambiente educador, de forma democrática e possibilitar a participação ativa da
comunidade e conveniar-se aos aparelhos sociais com a finalidade de propiciar uma educação
emancipadora e um bom ensino para seus alunos.
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3. DIAGNÓSTICO
Concebemos, conforme nos esclarece Danilo Gandim em seu livro: Planejamento como
Prática Educativa (2013), que o diagnóstico é a parte do plano que profere um juízo sobre a
instituição planejada em todos ou em alguns aspectos tratados no marco operativo (que descreveu o
modo ideal de ser, de se organizar, de agir da instituição), juízo este realizado com critérios
retirados do próprio marco operativo e, sobretudo, do marco doutrinal. É também uma forma de
comparar, um juízo circunstanciado que esclarece até que ponto estamos contribuindo para que
18
aconteça a sociedade e os sujeitos desejados, que apresentamos como ponto de chegada de todo o
esforço, no nosso marco doutrinal.
O diagnóstico da nossa escola foi tecido mediante encontros com todos os membros da
comunidade escolar e com base na realidade vivenciada, os sonhos e desejos para a nossa escola e
as proposições a serem operacionalizadas, foi possível uma percepção clara da distância em que nos
encontramos da realidade escolar que desejamos.
Considerando ainda bem jovem a nossa Instituição escolar, em seus 20 (vinte) anos de
existência, com nitidez percorremos pelos caminhos e trilhas da história, percebemos as conquistas
e os avanços, bem como as dificuldades enfrentadas e, pudemos vislumbrar possibilidades de novas
conquistas.
Diagnosticamos fazendo a comparação, do que era, do que é e do que será. Como uma
árvore frutífera, antes era tenra e frágil, porém audaz no firmar de suas raízes. Hoje já apresenta
vigor em seus diversos campos de atuação, galhos, flores e alguns frutos. Para o amanhã, a
possibilidade de tornar-se uma árvore com maior acolhimento, sustentabilidade, acessibilidade,
maior vigor pedagógico, didático e metodológico, gestão mais democrática e maior envolvimento
de todos, na efetivação da escola que todos sonhamos realizar.
O diagnóstico abriu as portas para as propostas de atualização, projeção e planificação
de nosso Projeto Político Pedagógico e, somente foi possível, pois maior foi a participação e o
envolvimento ativo da comunidade escolar.
———————————————————————————
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3.1.1. SUJEITOS DA APRENDIZAGEM, CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E TERRITÓRIOS
ESCOLARES
Considerando que é muito importante ter conhecimento da condição socioeconômica
que pode refletir um contexto de vulnerabilidade ou seguridade, que por sua vez, influencia na
restrição ou ampliação das oportunidades de vida para os nossos estudantes. Por isso, buscamos
seguir a recomendação de realizar análise do Índice Socioeconômico (ISE) observando as possíveis
causas e consequências relacionadas ao valor apurado. Outro fator relevante e que nos desafia é a
disponibilidade de equipamentos públicos de esporte, saúde, lazer e cultura próximos à nossa
escola, os quais devem apropriar, na medida do possível, como territórios educativos.
SUJEITOS DA APRENDIZAGEM
Após o levantamento de informações através de um questionário aplicado aos nossos
estudantes, para a melhor de reelaboração e atualização desse PPP, contando com 86% de respostas
e constatamos que:
1- Quando perguntados de que forma eles se sentem valorizados pela escola, os
estudantes, na sua maioria, responderam: através da participação das atividades e projetos
desenvolvidos pela escola os estudantes se sentem valorizados e reconhecidos. Compreendemos
que ao promover a participação coletiva é possível proporcionar aos nossos estudantes vivências
valiosas e assegurar aos mesmos o direito de ter vez e voz no cotidiano educativo.
2 - Quando perguntados de que forma eles se sentem acolhidos pela escola, os
estudantes, na sua maioria responderam: que se sentem acolhidos pela escola através de sua
participação nos projetos relacionados ao resgate da autoestima, atividades com realização de roda
20
de conversa, bem como, através dos atendimentos pontuais e escuta ativa, conforme as suas
necessidades. Nesse sentido, a escola realmente está aberta ao diálogo com os estudantes e famílias,
considerando que a participação destes é de suma importância e que muito contribui e de forma
significativa na melhoria do ambiente escolar e nos processo ensino aprendizagem.
3- Quando perguntados de que maneira os estudantes se reconhecem como
protagonistas das ações educativas, os estudantes, na sua maioria, responderam: a escola promove
ações pautadas nas necessidades manifestadas por eles, através da participação nas atividades
desenvolvidas. De fato, a escola procura, com empenho, desenvolver com os estudantes a
autonomia, cooperação e criatividade no dia a dia do ambiente escolar, através da troca de
experiências, reconhecendo-os como fonte de conteúdo e conhecimentos.
Abaixo, o percentual aproximado de estudantes que consideram a escola um local:
• Muito interessante: 38%
• Interessante: 45%
• Pouco interessante: 2%
• Não interessante: 1%
Dos estudantes que participaram da nossa pesquisa (86%), quando perguntados sobre as
suas expectativas em relação aos estudos e o seu futuro, aproximadamente 83% dos estudantes
acreditam valer a pena estudar na escola, 85% acreditam que concluirão a educação básica, 85%
acreditam que frequentarão uma Instituição de Ensino Superior e 84% acreditam que serão
absorvidos pelo mercado de trabalho.
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É por meio do entendimento da relação dos sujeitos da comunidade escolar com seus
territórios que se compreende também a realidade sócio espacial da escola. Além disso, e, partindo
da perspectiva da intersetorialidade, pensar o território nos permite identificar suas potencialidades
e incluí-lo como espaços educativos, de modo que a escola compartilhe o processo educacional com
demais grupos e instituições. Neste processo, compreendemos o significado e a singularidade de
nosso território e contexto, e buscamos desempenhar o papel fundamental na construção dos
saberes e no fortalecimento dos currículos e da instituição.
Buscamos ainda criar estratégias, mecanismos de intervenção e articulação junto à
outras redes de apoio e realizar de um trabalho preventivo, coletivo e coeso para o pleno
21
desenvolvimento dos estudantes, e não somente institucionalizar uma relação de acionamento das
redes de apoio, somente nos momentos de conflito.
Dentre as relações estabelecidas pela gestão escolar com atores “externos” à escola,
consideramos que a família dos estudantes, é uma instância fundamental e, neste sentido, buscamos
estar sempre atentos para que possamos, sempre e efetivamente, nos aproximar da família de forma
positiva, fazendo dessa relação uma parceria bem estruturada para a construção de um ambiente e
de uma educação de qualidade para os nossos estudantes e profissionais da escola.
PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA
Sabemos que a participação das famílias na vida escolar afeta diretamente a
aprendizagem dos estudantes.
A frequência bimestral com que a escola recebe os responsáveis pelos estudantes é: •
Uma vez para reuniões pedagógicas
• Uma vez para reuniões coletivas e/ou assembleias
• Uma vez em ocasiões festivas
A escola levantou com os estudantes as suas opiniões e perspectivas acerca da
participação de suas famílias na vida escolar. Segundo os 86% dos estudantes pesquisados, o
percentual aproximado de responsáveis que acompanham as suas atividades de estudos são: • 31%
acompanham totalmente.
• 45 % acompanham parcialmente.
• 10 % não acompanham.
Já, a participação dos responsáveis nas atividades realizadas pela escola é: • 65 %
participam totalmente.
• 15 % participam parcialmente.
• 6 % não participam.
A participação da família afeta na aprendizagem dos estudantes da escola da seguinte
forma: os estudantes acompanhados pelas famílias atingem melhores resultados e apresentam
avanços significativos em seu desenvolvimento. Consideramos que temos um percentual
considerável de pais que acompanham e participam da vida escolar de nossos estudantes e nesse
sentido, somamos esforços para fidelizar e aumentar esses percentuais.
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
Assim como a família, quando a comunidade abraça a escola e vice-versa, cria-se um
ambiente mais propício à melhoria da qualidade educacional.
22
Na pesquisa levantada foi feito o seguinte questionamento: Em uma escala de 0 a 10,
em que 0 significa “muito inativa” e 10 significa “muito ativa”, a nota atribuída sobre a atuação de
sua comunidade escolar é: 07. Concluímos que o resultado expressa que a escola é bem vista pela
comunidade, a qual sempre se faz presente, participando de eventos, encontros e reuniões para
discutir sobre assuntos de abrangência educacional e diversos outros assuntos, tendo-se em vista a
melhoria, o aprimoramento e a primazia da excelência.
23
políticas e práticas que contribuam para a melhoria da qualidade da educação pública e a promoção
da equidade. As possibilidades de melhoria são várias, dentre elas, podemos destacar:
. orientar a formulação de políticas voltadas para a qualidade da educação pública; .
produzir informações sobre o desempenho escolar dos estudantes mineiros, mostrando as
habilidades desenvolvidas e as não desenvolvidas;
. permitir às escolas analisar seu desempenho, possibilitando o planejamento de ações
pedagógicas que visem à melhoria tanto do sujeito que participa do processo quanto da unidade de
ensino.
O rendimento escolar (fluxo), por sua vez, posiciona-se como o indicativo final do
processo de aprendizado do estudante ao término do ano letivo, fornecendo uma quantificação
objetiva do seu desempenho e da sua frequência.
Como resultados de rendimento escolar compreende-se a aprovação, quando o
estudante alcança os critérios mínimos (frequência e nota) para a conclusão da etapa de ensino em
que estava matriculado, a reprovação, quando o estudante não alcança o que dele era esperado
durante o período letivo e o abandono, que é a ausência de rendimento do estudante que deixa de
frequentar a escola, antes do término do ano letivo, sem formalizar sua transferência para outra.
Nosso papel, envolvidos que somos, no ensino e na gestão escolar é de acompanhar, ao
longo do ano, o aprendizado dos estudantes por meio dos instrumentos de avaliação, intervindo
quando e onde for necessário, para garantir o desenvolvimento das competências e habilidades
desejados, bem como olhar para o seu rendimento, que irá marcar a sua trajetória escolar.
Análise da proficiência/desempenho nas avaliações externas do SIMAVE (PROEB e/ou
PROALFA);
Análise da participação nas avaliações externas do SIMAVE (PROEB e/ou PROALFA);
Análise da distribuição de estudantes por padrão de desempenho nas avaliações externas do
SIMAVE (PROEB e/ou PROALFA):
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30
As possíveis causas da variação ou manutenção da proficiência, no período
avaliado: são resultados obtidos pelo empenho, na manutenção e aprimoramento das
capacidades, competências e maestria dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
As possíveis causas da variação ou manutenção da taxa de participação, no
período avaliado: refletem, em nossa análise, que as ações realizadas pela escola contribuíram
e muito, para a diminuição dos índices de estudantes em níveis abaixo do recomendado.
A variação ou manutenção do percentual de estudantes nos padrões de
desempenho abaixo do recomendado influenciam a equidade da aprendizagem, no período
31
avaliado: Consideramos, mediante os resultados alcançados, que a diminuição dos índices de
estudantes abaixo do nível recomendado, reflete o êxito nas ações adotadas pela escola, para
recuperar e fortalecer o aprendizado dos estudantes que apresentavam déficits e dificuldades
de aprendizagem.
Em relação à média do município, da Superintendência Regional de Ensino e ao
Estado, o percentual de estudantes da escola com nível abaixo do recomendado pode ser
descrito da seguinte forma: A escola, na nossa análise, apresenta um percentual superior,
recomendado, em relação ao Estado e ao Município, significando avanços em relação ao
percentual de estudantes com nível abaixo do recomendado.
Para que a escola compartilhe e conheça boas práticas, que podem impactar na
aprendizagem de seus estudantes, é necessário que ela se articule com as demais escolas de
sua região, com o apoio da Superintendência Regional de Ensino.
Essa articulação é feita da seguinte forma: Com o fortalecimento das parcerias
com as escolas do Município, do Estado e com escolas da iniciativa privadas, situadas no
entorno de nossa escola e da região. Por meio de visitas, partilha de boas práticas e de práticas
pedagógicas exitosas, constante diálogo e ações positivas.
FREQUÊNCIA E RENDIMENTO
DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE
33
——————————————————————————
3.2.2. DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA APRENDIZAGEM
34
I - Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo
prazo de natureza física, intelectual ou sensorial; alunos com
deficiência visual (baixa visão e cegueira), deficiência intelectual,
deficiência física, deficiência auditiva (perda parcial ou total de 41
db até 70 db), surdez (perda acima de 71 db), deficiência múltipla
(consiste na associação de dois ou mais tipos de deficiências) e
surdocegueira;
II - Alunos com transtornos globais do desenvolvimento - TGD:
aqueles que apresentam um quadro de alterações no
desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações
sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa
definição alunos com transtorno do espectro autista, síndrome de
Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância e
transtornos invasivos sem outra especificação;
III - alunos com altas habilidades/superdotação - AH/SD: aqueles
que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as
áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas (intelectual,
liderança, psicomotora, artes, dentre outras) (SME, 2019, art. 4, p.1).
35
por turma, podendo essa distribuição ser alterada mediante o
grau de deficiência do aluno.
§ 3º A carga horária semanal do aluno no AEE será distribuída
em módulos de 50 (cinquenta) minutos, não excedendo a 04
(quatro) módulos semanais, exceto em caso de alunos com
surdez e cegueira, incluídas as áreas pedagógicas (pensamento,
percepção, memória e linguagem), LIBRAS, Braille e Soroban,
quando necessário, observando o seguinte:
I – A carga horária semanal de cada aluno no AEE, bem como
a forma de seu atendimento, individual ou em grupo, serão
definidas pela equipe pedagógica do AEE, em consonância
com seu Plano de AEE (SME 2019, art.7, p.1).
36
substituem a escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos
nossos estudantes com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.
Sendo assim, as abordagens que a escola utiliza para considerar o estudante com
deficiência, transtorno global de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, como
sujeitos dotados de direitos e desejos são: As abordagens que nossa escola utiliza partem
principalmente do diálogo com os pais e/ou responsáveis e dos laudos médicos apresentados.
Também das anamneses, entrevistas com os professores de anos anteriores e da atual turma em
que o estudante está inscrito e sondagens diagnósticas.
As barreiras à aprendizagem dos estudantes do AEE na escola que dependem de
fatores internos (como pequenas adaptações físicas nas salas de aula, adaptações na
metodologia de ensino e outros), bem como as ações que a escola tem tomado para reduzir
essas barreiras são: A escola promoveu a organização da sala multifuncional com estrutura
física adequada, assim como a organização de outros espaços para atividades diferenciadas e
acolhimento em momentos de crise. Além disso, o profissional de apoio ou eventual, ou
mesmo as ASGs auxiliam os estudantes do AEE, conforme a necessidade dos mesmos em
ambientes externos à sala de aula, como recreio. Quanto aos professores do ensino regular,
estes organizam e planejam as aulas de forma que seja possível atender aos estudantes com
deficiência quanto às suas necessidades em parceria com os professores do AEE e as analistas
pedagógicas. A escola também disponibiliza muitos materiais pedagógicos e jogos interativos,
para favorecer o melhor desenvolvimento possível.
A rede Municipal de ensino de Uberlândia conta com o Plano de Desenvolvimento
Individual (PDI), um instrumento de extrema importância para o acompanhamento do
desenvolvimento dos estudantes com deficiência, transtorno global de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação.
Para manter este plano como norte para suas ações pedagógicas, os atores
responsáveis pela formação desses estudantes, na escola trabalham de forma planejada,
articulada e proativa.
37
Este Plano consiste na descrição das características do desenvolvimento do aluno
e proposta de atendimento: objetivos, plano de ação/atividades, período de duração, resultados
esperados, resultados obtidos e observações complementares.
Sendo assim 100%, aproximadamente, dos estudantes com deficiência, transtorno
global de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação possuem Plano de Atendimento
Educacional Especializado (PAEE).
Na sala de recursos, o trabalho desenvolvido pela escola com seus estudantes do
AEE é: Desenvolvemos a partir do Plano de Desenvolvimento Especializado, atividades
diversas que trabalham a estimulação, a concentração, a memorização, a coordenação motora,
a autonomia e, as relações interpessoais.
Esse trabalho tem impactado na aprendizagem dos estudantes atendidos da
seguinte forma: Percebemos que nossos estudantes alcançam significativos avanços nos
aspectos cognitivos, emocionais e comportamentais.
Para uma boa qualidade do atendimento educacional especializado, é necessário
que os professores regentes e o professor do AEE (Sala de Recursos e/ou Professor de Apoio)
trabalhem sinergicamente. Por isso, esses profissionais têm se articulado da seguinte forma: as
trocas de informações entre os profissionais são realizadas cotidianamente, à medida da
necessidade, por meio de reuniões, durante os momentos de assessoramento e conselhos de
classe, módulos semanais com as analistas pedagógicas, que juntamente com a equipe
dialogam quanto ao direcionamento dos trabalhos, conforme a realidade de cada estudante.
O professor regente se relaciona com os estudantes com deficiência, transtorno
global de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação: Em nossa escola é grande a
dedicação e o esforço dos professores regentes, para incluir os estudantes com deficiência no
contexto da sala regular, preparando material diferenciado e planejando as aulas de modo a
atender da melhor forma possível a todos, com respeito às peculiaridades de cada um.
38
de Direitos Humanos.
Sendo assim, a escola oportuniza o desenvolvimento de práticas pedagógicas que
promovam a noção de dignidade humana e igualdade de direitos da seguinte forma: Nossa
escola realiza palestras, organiza eventos, projetos com atividades dinâmicas que valorizem a
singularidade de cada pessoa que faz parte da comunidade escolar. Procuramos atender da
melhor forma à comunidade, realizamos atendimentos pontuais individualizados e coletivos
sempre primando a questão do respeito e colocando em prática a empatia.
O reconhecimento e a valorização das diferenças e diversidades podem contribuir
para a aprendizagem dos estudantes do seguinte modo: Acreditamos que a melhor maneira de
reconhecer e valorizar as diferenças, de modo a contribuir com a aprendizagem dos nossos
estudantes é oportunizar momentos de convivência que permitam aos envolvidos se
identificar, se perceber enquanto seres únicos e dotados de potenciais e singularidades que
enriquecem o dia a dia uns dos outros. Em nossa unidade escolar destacamos a empatia e o
respeito enquanto bases significativas para atitudes justas e igualitárias para o conviver em
sociedade.
A escola também deve promover a noções de cidadania. Para isso, ela desenvolve
as seguintes práticas pedagógicas: Educar para a cidadania contribui para uma formação
integral dos estudantes, incentivando-os na busca por soluções para o enfrentamento de
situações de desigualdade, bem como na construção de caminhos democráticos. Promovemos
situações de formação de caráter, experiências e saberes nos vários contextos da vida, cujos
objetivos estão em tornar nossos estudantes preparados para a vida, adultos conscientes e
críticos. Dentre as ações propostas envolvemos nossos estudantes na criação de regras de sala
de aula, estudo e reconhecimento sobre o assunto através de rodas de conversas e debates,
destacamos ações de promoção da cidadania, no contexto da comunidade escolar.
A escola também favorece o desenvolvimento de práticas pedagógicas que
promovam a noção de solidariedade, ética e respeito mútuo: Nossa unidade escolar executa
projetos que trabalham valores humanos, essa temática é contemplada em diversos momentos
no currículo e desenvolvida cotidianamente através de ações interdisciplinares que estimulam
o respeito e a empatia entre os estudantes, seja em atividades dirigidas, práticas esportivas,
jogos cooperativos ou mesmo nos mais diversos ambientes da escola.
Essas ações contribuem para a aprendizagem dos estudantes: Consideramos que
todas as ações executadas no contexto da nossa unidade escolar contribuem significativamente
para o aprendizado de nossos estudantes.
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A escola deve promover um ambiente democrático, cujas diversidades
étnico-raciais sejam contempladas, desde a organização do currículo até ações efetivas contra
as práticas racistas, preconceituosas e discriminatórias. Sendo assim, a escola buscou
desenvolver conteúdos relacionados à história e à cultura africana e afro-brasileira,
enfatizando as contribuições históricas e contemporâneas de personalidades negras para a
formação político-social de nosso país da seguinte forma: Através de estudos sobre
personalidades negras de destaque na sociedade e suas contribuições, trabalhamos na
disciplina de História com debates, roda de conversa e produções escritas, nossa escola
realizou feiras do conhecimento com essa temática de grande relevância e importância social.
Da mesma forma, para desenvolver conteúdos relacionados à história e à cultura
indígena, enfatizando as contribuições históricas e contemporâneas de personalidades
indígenas para a formação político-social de nosso país, a escola realiza atividades
pedagógicas da seguinte forma: Estudos e pesquisas sobre a história e a cultura dos povos
indígenas e suas personalidades;
Essas atividades contribuem para a aprendizagem dos estudantes da seguinte
maneira: Compreendemos que ensinar sobre as raízes de nossa história, sociedade e cultura,
muito contribui não apenas para a aprendizagem dos nossos estudantes em relação ao ensino
formal, mas também quanto à formação cidadã, desenvolvendo a autoestima, o
desenvolvimento da capacidade de análise e consciência crítica, a empatia e o respeito à
diversidade.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
40
bairro e entornos da escola, promovendo desta forma, a interação com todos os envolvidos.
A escola valoriza o processo produtivo e fomenta o empreendedorismo ambiental
local: Contamos com a parceria com o Greenpeace, com a produção de energia fotovoltaica,
totalizando 48 placas de silício que potencializam a energia solar, gerando energia limpa.
A temática ambiental é periodicamente discutida no contexto escolar, trazendo
sempre a importância da conscientização de toda a sociedade.
Contamos ainda com a coleta de lixo reciclável e temos lixeiras específicas para
essa coleta, trabalhamos a questão do lixo, da poluição e campanha contra o desperdício, com
nossos estudantes em sala de aula, nos recreio e nos diversos espaços da escola.
Para potencializar ações de preservação do meio ambiente e desenvolvimento
sustentável com a comunidade, a escola tem desenvolvido as seguintes ações: Divulgamos e
socializamos os nossos projetos com a comunidade, dentre eles o projeto Horta,
onde trabalhamos as questões ambientais e a alimentação saudável, a qual acolhe muito bem
essa iniciativa, pois utilizamos técnicas de manejo sustentável, com a produção de hortaliças
orgânicas.
A escola tem participado das seguintes instâncias: Temos divulgado amplamente
as nossas ações sustentáveis, nas instâncias local e municipal, especialmente com nossos
estudantes e na comunidade em que estamos inseridos, a fim de promover maior
envolvimento e conscientização sobre a importância de se preservar o meio ambiente e para
contribuir na diminuição dos impactos negativos, da poluição e degradação da natureza.
Em 2018 foi desenvolvido um projeto em parceria com UNIPAC - primeiro
plantio, estudos, implementações e melhorias. Em 2019 foi desenvolvido por ações de
voluntários e investimentos pela própria escola. Para os próximos anos, em estudo a
implementação de ações cooperativas de produção orgânica.
Os projetos relevantes desenvolvidos pelo PROGRAMA SAÚDE ESCOLAR e os
demais projetos de elevada importância, desenvolvidos na nossa unidade escolar, foram:
Dengue, Alimentação saudável, com palestra de nutricionista, DMAE, Cultura Afro - Guiné
Bissau, Corpo de Bombeiros - Primeiros Socorros, Desarmamento, Settran - Trânsito seguro e
outros.
Importante destacar que muitos destes projetos foram desenvolvidos, em parceria
com a Secretaria Municipal de Educação de Uberlândia e contaram com os devidos
encaminhamentos realizados pelo CEMEPE.
—————————————————————————
41
3.3. EIXO 3: GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
42
dialogada dos conflitos, de forma a compreender efetivamente a situação e promover a
proteção dos estudantes e buscar promover o entendimento entre as partes. Além da
intervenção adequada, ressalta-se, por fim, que a atuação preventiva é fundamental para a
manutenção de um ambiente escolar saudável. Importante salientar que no dia a dia de nossa
escola, existem as manifestações de indisciplina, condutas indesejáveis e que são
pontualmente administradas e, até o momento, inexistentes as situações violência.
INDISCIPLINA
VIOLÊNCIA
43
INSTITUIÇÕES ACIONADAS
44
bullying e das diversas formas de violência e suas consequências, socialização das regras
disciplinares do nosso regimento interno escolar e também grande incentivo no
desenvolvimento das práticas esportivas, através de várias propostas e, em especial, do Projeto
Cesta na Educação, que atende no contra turno um número considerável de estudantes.
A escola conta ainda com a valorosa parceria do PROERD, Programa Educacional
de Resistência às Drogas, o qual trabalha com aulas ministradas por policiais militares com
estudantes dos 1º e 5º anos, orientando quanto aos malefícios do uso de drogas e
entorpecentes.
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
DIREITOS HUMANOS
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46
classificando-a como boa, razoável ou ruim, através de formulário aplicado aos estudantes,
onde 58% dos estudantes responderam o questionamento:
• Respeito aos (às) estudantes, sem discriminá-los(as): boa
• Consideração à opinião dos(as) estudantes: boa
• Conhecimento dos problemas pessoais e familiares dos estudantes: boa
47
3.4. EIXO 4: FORTALECIMENTO DO TRABALHO COLETIVO
Uma das competências que a escola busca estimular com os estudantes é a capacidade de
trabalhar em equipe, de forma colaborativa, visando um objetivo em comum. Para a escola, enquanto
comunidade de aprendizagem, e partindo do pressuposto de que nela todos aprendem uns com os
outros, essa competência não é somente algo que se espera do estudante ao final de seu processo
formativo, mas é a própria forma como se devem construir as demais aprendizagens no meio escolar os
professores são estimulados a trabalhar coletivamente.
50
entre os professores da seguinte maneira: A direção, com a equipe gestora instituída, se
preocupa com o fortalecimento do trabalho coletivo, o desenvolvimento e a formação dos
professores, e busca viabilizar, encontros, reuniões, cursos e formações dentro da unidade
escolar. A Realização dos módulos com professores do mesmo ano de ensino, junto às
analistas pedagógicas de forma a motivar a troca de experiências entre os membros da equipe.
Nas reuniões extraclasse (módulo II) a escola discute: Discutimos sobre o
currículo escolar, planejamento geral, os planejamentos de sala de aula, as atividades
propostas, a sistematização dos processos de ensino e aprendizagem, fazemos análises e
buscamos
soluções para os problemas de aprendizagem e rendimento escolar, critérios e
procedimentos de avaliação dos alunos, acompanhamento das ações do Projeto Político
Pedagógico da escola, fazemos reflexões e buscamos soluções para problemas disciplinares ou
de relacionamentos interpessoais, compartilhamento experiências curriculares bem-sucedidas,
analisamos os indicadores de desempenho da escola e nos esforçamos na busca de
aprofundamento para bem administrar os fatores intervenientes, intra e extraescolares e
avaliações externas.
O absenteísmo se define como a ausência do professor no trabalho seja por falta
ou atraso, podendo ser parcial ou completa. Os motivos são diversos: violência nas escolas,
precarização da atividade docente, carga horária de trabalho excessiva, problemas de saúde,
entre outros. A docência requer formação contínua, devido à complexidade do papel do
educador, que exige além de responsabilidade, o desenvolvimento de conexões entre a ação
educacional e as diretrizes pedagógicas. Portanto, a presença do professor na sala de aula é
fundamental, na medida em que o contato entre o professor e aluno, além de promover o
processo de ensino-aprendizagem, induz o aluno à expressão e ao diálogo.
Após realizar o levantamento da frequência dos professores, a escola faz a
seguinte análise: Consideramos que a frequência e pontualidade dos professores é satisfatória,
poucos e ocasionais são os casos de professores afastados por motivo de saúde ou que se
ausentam ou atrasam, por algum problema pontual. Geralmente, procuram avisar com certa
antecedência, minimizando os impactos e favorecendo o reordenamento escolar.
O absenteísmo pode impactar a aprendizagem dos estudantes da escola da
seguinte maneira: Estamos cientes que a ausência do professor, absenteísmo, impacta
negativamente no processo de ensino e aprendizagem, pois os vínculos e a referência dos
professores são fundamentais para os estudantes. O índice de infrequência é muito baixo em
nossa unidade escolar para considerarmos algum impacto na aprendizagem dos estudantes.
A causa mais comum para a infrequência dos professores na escola é licença para
51
tratamento de saúde.
A escola se articula para trabalhar, intervindo de forma positiva para ajudar o
professor em absenteísmo, conscientizando-o das perdas geradas para a qualidade educacional
da escola como um todo: A equipe gestora sempre dialoga abertamente com todos e se
prontifica em ajudar a todos, frente às demandas e possibilidades.
Diante da falta de professores, a escola se organiza da seguinte forma para atender
aos alunos: A escola conta os professores(as) eventuais que estão aptos a ministrar aulas em
substituição ao professor ausente. Sempre que possível o que vai se ausentar é orientado
compartilhar o planejamento e as atividades que estão sendo desenvolvidas.
——————————————————————————
Neste sentido nossa unidade escolar optou pela organização dos grupos de
transmissão através do whatsapp, por ano de ensino e por turma, onde a professora regente
ficou responsável pela interação com os pais e/ou responsáveis, realizando a transmissão dos
informativos da escola, roteiros de estudos - agendas semanais e atividades, links das vídeo
aulas e monitoramento da aprendizagem.
Optamos pela organização de roteiros de estudos semanais, divulgados através da
agenda, na qual contém todas as orientações destinadas aos estudantes e responsáveis, como
atividades a serem realizadas, lembretes e materiais a serem utilizados para a realização das
atividades diárias, além disso, organizamos as atividades a serem impressas em arquivo PDF,
de forma a facilitar para os responsáveis que optaram por imprimi-las em suas residências.
A escola assumiu o compromisso em atender aos pais e/ou responsáveis, de forma
presencial, para a entrega das agendas e atividades semanais, impressas na escola, entregues
juntamente com as atividades organizadas pela equipe do Cemepe. Com muita atenção e
critério, nossa escola estabeleceu uma organização interna especial, com cronogramas de
atendimento aos pais e/ou responsáveis, de forma a prevenir a aglomeração, seguindo os
critérios estabelecidos pelos órgãos competentes em relação às questões de biossegurança.
Nossos roteiros são planejados de forma coletiva, sendo que cada professor
53
assume a organização e o planejamento por disciplinas, socializando com seus pares, as
propostas de trabalho para a semana.
Nosso trabalho prioriza atender as necessidades dos estudantes e é organizado a
partir das vídeoaulas, dos planejamentos semestrais, BNCC e demais documentos oficiais que
subsidiam e norteiam o trabalho pedagógico, de forma a complementar às atividades
organizadas pelas equipes do Cemepe.
Semanalmente as Analistas Pedagógicas realizam módulos com os professores de
cada ano escolar, para repasse de informações, orientações e acompanhamento dos trabalhos.
Revisam os planejamentos, referenciam e catalisam as ações. Todos os módulos têm uma
duração média de 1h e 30min e seus conteúdos são registrados, logo após a sua realização.
Procuramos oferecer aos nossos pais e/ou responsáveis e estudantes uma proposta
de atividades organizadas didaticamente para facilitar a autonomia durante os estudos. A partir
desse pressuposto, consideramos a diversificação didática uma ferramenta importante para o
ensino não presencial, desta forma nossos professores organizam as atividades a partir dos
livros didáticos, livros Giro pela Aprendizagem, oferecidos de 2º ao 5º ano, vídeos do Youtube
ou gravados com proposta de atividades e ou orientações, experimentos práticos e atividades
lúdicas. No que se refere ao uso dos vídeos, Morán menciona em seu artigo, escrito no ano de
1995 que:
O vídeo está umbilicalmente ligado (...) a um contexto de lazer, de
entretenimento, que passa imperceptivelmente para a sala de aula.
Vídeo, na concepção dos alunos, significa descanso e não “aula”, o
que modifica a postura e as expectativas em relação ao seu uso.
Precisamos aproveitar essa expectativa positiva para atrair o aluno
para os assuntos do nosso planejamento pedagógico. Mas, ao mesmo
tempo, saber que necessitamos prestar atenção para estabelecer novas
pontes entre o vídeo e as outras dinâmicas da aula. (MORÁN, 1995,
p.27-28)
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Nossa escola oferece aos estudantes a realização de momentos de interação
através do Google Meet, sendo esta opção já adotada por vários professores, interagindo de
forma lúdica com os estudantes, de forma a manter os vínculos afetivos entre a turma e
professores.
Periodicamente, nossa equipe de professores encaminha vídeos e áudios com
mensagens motivacionais para nossos estudantes, com o intuito de manter a persistência dos
mesmos para a realização das atividades propostas semanalmente, além disso outra estratégia
de acompanhamento é de sempre contactar com os pais e/ou responsáveis pelos estudantes que
atrasam no envio das tarefas.
Para os estudantes do AEE e os apresentam maiores dificuldade na aprendizagem,
os professores regentes de cada turma, em parceria com as professoras do AEE, realizam a
adaptação das atividades, de forma a atender às necessidades dos estudantes, de acordo com as
especificidades de cada um.
Para além deste atendimento direcionado aos estudantes acima mencionados, as
professoras do AEE, organizam semanalmente as atividades de estimulação para os estudantes
com deficiência, respeitando as diretrizes estabelecidas pelo Cemepe, em conformidade com
todos os documentos norteadores para o desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Todas as agendas e atividades semanais elaboradas pelos professores regentes, de
aulas especializadas e AEE, bem como todos os registros e repasses, são criteriosamente
revisados e ajustados pelas Analistas Pedagógicas, antes de serem divulgados.
A direção da escola semanalmente se reúne com a equipe gestora, pelo google
meet para o alinhamento das ações e tomada de decisões e atua de forma proativa em todos os
segmentos da escola, favorecendo e viabilizando o ordenamento harmônico e exitoso.
Para o retorno às aulas, foi elaborado um Protocolo específico da escola, tendo se
em vista a preservação da vida, a saúde e a biossegurança de todos os envolvidos. O contexto
pandêmico impôs à escola e às família a necessidade de reinventar-se e adaptar-se de maneira
eficaz e ágil, à nova realidade, pois a incerteza vivenciada por toda a sociedade demanda
alinhamento de ações dos envolvidos no âmbito educacional para propiciar aos estudantes
autonomia no processo de aprendizagem.
Com a finalidade de alinhar ações, manter-se o vínculo escolar de forma vigorosa,
subsidiar, esclarecer e apoiar, a escola promoveu reuniões coletivas com os pais e/ou
responsáveis, pelo google meet, cujo envolvimento dinâmico e afetuoso, obteve reverberações
muito positivas.
Desta forma, nossa escola assume seu papel diante da atual crise mundial, de
forma a promover dentro das possibilidades que se apresentam, as estratégias para
55
manutenção do vínculo com nossos estudantes e famílias, trabalhando coletivamente para
evoluir e aprimorar diariamente o trabalho pedagógico realizado.
———————————————————————————
AVALIAÇÃO
No que diz respeito a avaliação neste período de pandemia, a mesma deve ter foco
prioritário nos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de competências essenciais que
devem ser cumpridos no planejamento curricular das escolas. Assim, para o cumprimento dos
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da Educação Básica, e observando-se a
legislação educacional e a BNCC.
A Escola Municipal Professor Milton de Magalhães Porto adotará a integralização
das habilidades e competências do ano letivo de 2020 afetado pela pandemia no ano de 2021,
por meio da adoção de um continuum curricular de 2 (dois) anos escolares contínuos. Assim,
as avaliações dos estudantes na Rede Municipal de Ensino, norteará pelos seguintes
princípios:
III - oferta, por meio de salas virtuais, de espaço aos estudantes para verificação da
aprendizagem de forma discursiva;
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construção de um programa de recuperação, caso necessário, para que todos os estudantes
possam desenvolver, de forma plena, o que é esperado de cada uma ao fim de seu respectivo
ano letivo.
5. PLANO DE AÇÃO
Todo esse movimento permitiu conhecermos melhor nossa escola e aumentar o
engajamento da comunidade escolar na construção do nosso PPP. Apresentamos o nosso Plano
de Ação que propõe ações concretas de melhoria e transformação da realidade identificada,
durante a etapa do diagnóstico. Este instrumento permitirá a definição dos passos a serem
dados pela escola e nossa comunidade, para o alcance dos objetivos que pretendemos.
Plano de Ação
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3º, 4º e 5º anos: Falar sobre os processos de trabalho, avaliações e
frequência na primeira reunião.
Por quem será feito? Professores regentes de cada turma e equipe gestora
Principais riscos para o Mudança de postura da equipe, maior envolvimento das famílias
sucesso dessa ação. e utilização de nova abordagem.
- PROERD
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2- 4º e 5º anos: Trabalho com diversidade de ritmos de dança e
música culminando em um festival.
Como podemos medir Por meio dos resultados obtidos nos processos e demandas
esse resultado? solicitadas ao grupo.
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2- Solicitar à PMU contratação de maior número de profissionais
de apoio, sendo necessários, no mínimo, 04 (quatro) profissionais
em cada turno.
61
necessário)
Por quem será feito? 1. Otimização dos processos de trabalho, respeito às atribuições
inerentes a cada cargo e função. (Direção e vice direção)
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Nome da ação Gerenciar o espaço físico da unidade escolar, otimizando o
trabalho.
Como podemos medir Por meio dos resultados em cada fechamento de projeto ou ação.
esse resultado?
O que será feito? 1. Recreio interativo com clipes musicais, histórias, músicas
relaxantes
Como será feito? 1. Recreio interativo com utilização de telão para expor durante o
recreio clipes musicais, histórias, músicas relaxantes, essa ação
traz a proposta de um recreio de acordo com as medidas de
biossegurança e adequação à realidade pandêmica.
Por quem será feito? Cuidados com alimentação e higiene (Professores da escola)
Recreio (Eventual e Bibliotecária)
Principais riscos para o Melhoria dos ambientes da escola e hábitos praticados pelos
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sucesso dessa ação. estudantes no contexto escolar quanto a higiene.
Ponto de melhoria 1 Perfil do professor atuante nos anos iniciais da alfabetização e nos
anos finais do Ensino Fundamental I.
4. Alfabetização matemática
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4. Mostra Pedagógica de Alfabetização (1o ao 3o anos)
8. Sarau literário
Como será feito? 1. Elencar critérios sobre o perfil desejado através da construção
sólida da proposta pedagógica a ser implementada em nossa
instituição.
Quando será feito? 1. Elencar critérios sobre o perfil desejado; (durante a elaboração
deste PPP)
Por quem será feito? 1. Elencar critérios sobre o perfil desejado; (Equipe gestora)
66
5. Mostra Pedagógica da Matemática (4o e 5o anos) (Professores
e Analista Pedagógico)
Como podemos medir Por meio das avaliações diagnósticas aplicadas no início e
esse resultado? posterior às intervenções a serem realizadas.
O que será feito? 1. Focar na adaptação dos estudantes com atividades voltadas para
sanar qualquer defasagem nos pré-requisitos essenciais para a
alfabetização.
2. Recrutamento de monitoria (estagiárias) para apoio às
professoras do 1o ano durante o período.
Principais riscos para o Desfalque ao atendimento dos demais anos de ensino, devido a
sucesso dessa ação. falta de recursos humanos disponíveis.
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Itinerário Avaliativo 6 Diversidade e inclusão na aprendizagem.
Objetivo e resultados Melhoria do espaço físico da unidade escolar para melhor atender
aos estudantes.
O que será feito? 1. Plantio de área verde com sombra (grama e árvores/ jardim
planejado)
3. Construção de quiosque
Quando será feito? 1. Plantio de área verde com sombra (grama e árvores/ jardim
planejado) (1º semestre de 2021)
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2. Aproveitamento dos espaços já existentes para revitalização
para construção e planejamento do espaço de convivência (1o
semestre de 2021)
Como será feito? 1. Organização de reunião geral pelo analista do AEE, com
conversa com os professores do ensino regular e do AEE, de
forma a esclarecer sobre as questões pontuais de cada estudante
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(perfil dos alunos).
Ponto de melhoria 1
Aprimorar e manter as ações já realizadas pela escola
Nome da ação
Manutenção e aprimoramento das ações efetivas já realizadas pela
escola.
Objetivo e resultados
Em nossa unidade escolar, o índice de violência é extremamente
baixo, nosso objetivo é manter as ações preventivas já realizadas
na unidade escolar.
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3. Troca de experiências entre estudantes, vivências pedagógicas e
afetivas, desenvolvimento da oralidade e resgate da autoestima por
meio do projeto Meu Mundo - Superando Desafios
O que será feito? 1. Comunicação externa e interna: Jornal Milton Porto (Virtual e
Gráfico)
Como será feito? 1. Comunicação externa e interna: Jornal Milton Porto (Virtual e
71
Gráfico), como proposta para os estudantes de 4o e 5o anos, com o
foco na valorização das produções dos estudantes e favorecimento
da comunicação com a comunidade escolar.
Por quem será feito? Jornal Professores e Analista Pedagógico Contação de histórias
professora Janaína Mendes Rodrigues(escrita do projeto)
Como podemos medir Por meio de devolutivas da comunidade escolar nos espaços
esse resultado? destinados ao diálogo, tanto interno como externamente.
Como será feito? Realização de sondagem com as famílias para escolha dos temas e
posterior organização de palestras formativas.
Ponto de melhoria 1 Estudo teórico e das práticas através dos módulos presenciais e
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online.
Como podemos medir Por meio dos resultados das avaliações externas e internas.
esse resultado?
O que será feito? 1. Módulos onde melhor convier uma vez por bimestre para
planejamento coletivo
Quando será feito? Ao longo do ano letivo através de encontros semestrais para
formação e bimestrais para planejamento
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3. Atuação da vice direção e direção nos atendimentos
disciplinares da Escola
4. Módulos híbridos
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envolvidos, o comprometimento da
equipe e a constante busca de
excelência administrativa e
pedagógica.
75
8- PROERD 13- material de
suporte:colas,
9- Realização de Festival barbante, etc.
de Dança e música com os
estudantes de 4º e 5º anos 14- material de
higienização.
10- Desenvolvimento da
psicomotricidade e 15- cartolina,
coordenação motora para papelão, evas,
estudantes de 1º, 2º e 3º barbante,cola,
anos. tampinhas, etc
11- Campeonato de 16-0
Matemática para 4º e 5º
anos. 17-0
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atendimento aos impressão do
responsáveis. jornal.
21- Otimização dos 30-0
processos de trabalho,
respeito às atribuições 31- Livros e
inerentes a cada cargo e material
função. motivacional
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Nota Importante: Para atender às demandas das atividades propostas e cobrir o valor dos
insumos que primeira análise, somam em R$ 5.030,00 (cinco mil e trinta reais) serão realizadas
para cada atividade proposta, três pesquisas de preços, que posteriormente, serão submetidas à
análise do conselho escolar, para definição de onde serão adquiridos os recursos materiais e/ou
humanos. Caso a verba não dê para adquirir todos os ítens mencionados, caberá ao conselho
escolar definir junto aos membros da Caixa Escolar da Escola Prof. Milton de Magalhães Porto,
o que será possível de ser adquirido e quais as estratégias a serem adotadas para viabilizar todas
as atividades propostas.
Recurso Municipal;
Recurso Próprio
A equipe de elaboração, que se dedicou aos registros documentais e redação final deste
documento foi composta pelas seguintes pessoas:
1- Cáritas Gonçalves de Ol.Silva - Oficial Administrativo
2 - Daniella Umbelino Gama - Inspetora
3- Deise da Silva Lima - Analista Pedagógica
4- Inalbes Oliveira Martins - Professora
Equipe da Escola Municipal Professor Milton de Magalhãe Porto que participou, direta ou
indiretamente, na reflexão, memória histórica e atualização, trazendo vigor ao nosso Projeto
Político Pedagógico 2020: Andressa da Silva Costa Belo, Ângela Maria de Oliveira, Ariana
Estevam Batista, Barbara Portilho Teixeira, Cáritas Gonçalves de Ol.Silva, Carolina Gomes da
Silva, Deise da Silva Lima, Edna Rodrigues Figueira, Elisa Maria da Veiga Soares, Elisama
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Cardoso da Silva, Elisângela Alves Rodrigues, Erli Aparecida Morais, Euzanires Santana Silva,
Fernanda Cristina Bastos, Fernanda Mendes Silva, Fernanda Soares de Faria, Giane Nunes
Rodrigues, Helenice Santos Rocha, Inalbes Oliveira Martins, Isadora Cunha de Oliveira, Izabel
de Fatima Gomes Reginato, Janaína Mendes Rodrigues, Joana Lucia Lemes da Silva, Kássia
M. Dos Santos Garcia, Kerlen Carolina Batista S.Santos, Leila Maria Lucas de Oliveira, Lidia
Claudino Alves Vieira, Livia Pereira Silva, Luciene Maria dos Santos, Lucimeire do Carmo
Cunha, Márcia Elaine Zanetti, Maria Abadia Oliveira Francisco, Maria Ap. F. Miranda, Maria
das Graças Silva Abreu, Maria de Lourdes Nunes, Maria Sebastiana B. Nascimento, Mariana
da Silva Costa, Marina Divina O. Da Fonseca, Marizete Marques da Silva, Michael Alves
Quirino, Monalisa Paula do Nasc. Ferreira, Nilma Costa de Melo, Rossana Valeria de Souza
B.Machado, Sandra Borges C. Dos Santos, Skarllat Schneider dos Santos Caetano, Simone G.
S. Ferreira da Silva, Sônia Maria Cassiano, Valéria Almeida R. Rodrigues, Valéria de Fátima S.
Tavares e Vanilde dos Santos Silva.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Buscamos a participação de todos que compõem o atual quadro de servidores para tecer,
atualizar e fortalecer o nosso Projeto Político Pedagógico. Foi um longo caminho percorrido e
todos (as), direta ou indiretamente, participaram dando sua opinião, fazendo as suas
considerações, trazendo ideias novas, estando, sempre que possível, presentes nos encontros e
reuniões que realizamos.
Este projeto está em conformidade legal com o disposto no regimento escolar desta
instituição.
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Daniela Umbelino Gama
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8. REFERÊNCIAS
80
ise por-natacha-costa/. Acesso em: 12 out. 2020.
GANDIN, Danilo. Planejamento Como Prática Educativa. São Paulo: Edições Loyola,
2013.
MINAS GERAIS, SEE. Currículo Referência de Minas Gerais, 2018. Disponível em:
http://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/20181012%20%20Curr%C3%ADcu
lo %20Refer%C3%AAncia%20de%20Minas%20Gerais%20vFinal.pdf. Acessado em 08
fev. 2020.
http://docs.uberlandia.mg.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/DCMs-Educa%C3%A7%C
3% A3o-Especial.pdf. Acessado em 01 out. 2020.
81
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CEMEPE. Diretrizes
Curriculares Municipais da Educação de Jovens e Adultos. Disponível em:
http://docs.uberlandia.mg.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/DCMs-EJA.pdf. Acessado
em 10 set. 2020.
http://docs.uberlandia.mg.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/5877.pdf. Acessado em
03 agosto. 2020.
82
Uberlândia, 26 de outubro de 2020.
_________________________________
83