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01/08/2019

Agradecimento Especial
• Luana Deva Mendes

Workshop de
Habilitação e
Reabilitação Auditiva
Projeto CEMEAR de Capacitação e Atualização Profissional

Maria Jaquelini Dias dos Santos


Fonoaudióloga – CRFa 3-18098/2
Doutora em Ciências – FOB (USP)
2019

Tópicos da aula Introdução


• Introdução • Como ouvimos?

• Abordagem Aurioral Propagação do som  analisador do som como


“Surround”

• Marcadores clínicos  It-mais/muss/gasp/cat. Aud/cat.lgg. Diferença de chegada entre as orelhas

Desenvolvimento da habilidade auditiva :


LOCALIZAÇÃO AUDITIVA
Captação
Leve amplificação Aprendizagem depende do desenvolvimento
Localização auditiva desta habilidade (nível de atenção)

Feedback da articulação - audição binaural

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Introdução Introdução
• Como ouvimos? • Como ouvimos?

Condução

Amplificação (15- Transdução mecânica  elétrica


30dB
Equilíbrio – noção espacial do corpo pelos
Crianças X Adultos ADULTOS movimentos da cabeça
Freq. Ressonância na
CRIANÇAS faixa de 2kHz =
Freq. Ressonância Audição
na faixa de 4kHz 
Sistema sensorial

Introdução
• Como ouvimos?

Fletcher e Munson, 1933

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E qual é o foco da reabilitação auditiva na


Abordagem Aurioral?
Abordagem Aurioral

• O diagnóstico precoce!
• Uso consistente do AASI / Implante Coclear
Neuroplasticidade • Família integrada ao tratamento
• Fonoaudióloga (o) segue os princípios e usa as técnicas
terapêuticas adequadas
Condições!!
 São determinantes para o progresso da audição e linguagem
oral da criança

Bevilacqua & Formigoni, 1998

Tipo e grau da perda auditiva X


Diagnóstico precoce diagnóstico precoce
• 0 – 3 anos de idade
DA Neurossensorial: DA Condutiva:
• Período crítico de desenvolvimento da audição e linguagem
• Grau leve • Leve
• Grau moderado • Moderada
• Severo
• Impactos FISIOLÓGICOS • Profundo

• “É só uma perda leve...”


• COMPORTAMENTAIS
TPAC

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Uso consistente do AASI/IC Participação ativa da família


• Diagnóstico diferencial (Audiometria comportamental fones !! • Análise inicial do estado
Campo livre!!/ observação do comportamento auditivo; emocional da família
PEATE-clique e TB; Imitanciometria; Emissões Otoacústicas)
• Intervenção familiar faz parte
• Adaptação adequada  considerando os fatores anatômicos e da ABORDAGEM AURIORAL
de saúde da orelha externa e média da criança
• Acolher
• Aconselhar
• Orientar – parte técnica da
terapia
• Questão emocional da família;
Na sala de terapia!

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Participação ativa da família Informações pré-terapia


• Abordagem Centrada na pessoa • Nome, data de nasc., idade, local de nascimento
• Data do diagnóstico audiológico
• Utilizada desde a Triagem Auditiva Neonatal, no Diagnóstico • Diagnóstico audiológico
Audiológico, Adaptação e Reabilitação • Data da adaptação
• Tempo de uso do dispositivo
• Uma sessão para os pais!
• Profissão dos pais, com quem a criança mora;
• Expectativas, como ocorre o desenvolvimento de audição e
linguagem, como cuidar e manusear o AASI/IC • Frequenta creche/escola;
• Está exposto à outra língua;
• Histórico gestacional (fatores de risco – pré-termo);
• Análise do Desenvolvimento global da criança
• Quanto tempo usa o AASI/IC por dia

Informações pré-terapia Avaliações


• Diagnóstico audiológico • Aplicação dos protocolos de avaliação: audição,
• AUDIOGRAMA sem AASI/IC linguagem, fala, cognição, comunicação, motor.
• AUDIOGRAMA com AASI/IC Ganho em 1000Hz!!
• Av. do comportamento auditivo*
• Mapa do IC + orientações de trocas dos mapas (entregue aos • IT MAIS (Castiquini, 1997)
pais) • MAIS (Castiquini & Bevilacqua, 2000) Categorias de Audição
• MUSS (Nascimento, 1997) (Geers, 1994)

• Relatório do centro de referência com os dados do AASI • SuHA (Beltran LF, Basaigoiti, 2005)
Categorias de Linguagem
(mapeamento de fala / ganho de inserção) • GASP (Bevilacqua & Tech, 1996) Expressiva
• O ganho alvo corresponde aos comportamentos do bebê  • ELM (Coplan, 1993) (Bevilacqua, Delgado e Moret, 1996).

questão atencional – tempo de uso – • OCC (Ferreira, 2010)


• Inventário Macarthur (Silva, 2003)

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Av. comportamento auditivo


(6 meses – 2 anos)
Aplicação prática
• Av. do comportamento Auditivo

• Sons de Ling Sons do Faixas de frequências


• Guizo (~6000Hz)
Ling principais (Hz)
• Tambor (~250Hz)
/m/ 250
• Modo de aplicação
/u/ 275

• Duas avaliadoras /a/ 1000


/∫/ 2500
/i/ 3000
/s/ 6000

Quantos pontos à favor da Abordagem Qual caminho seguir para elaborar meu plano
Aurioral foram detectados? terapêutico?
• Diagnóstico precoce?

• Usa sempre o AASI/IC?

• Família participa da terapia?

• Comparece as terapias?

• A terapia estimula a audição? ou bilingue?

E quais pontos podem ser


consideradas barreiras?

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Abordagens na Reabilitação Avaliação da linguagem


Auditiva
• Aurioral • Importância (benefícios e qualidade do serviço)

• Comunicação total Dificuldades – desafios. • Avaliação/Observação se inicia desde o momento do


Novos descobertas - incentivo . diagnóstico
Encaminhar para outros • Intenção comunicativa
• LIBRAS profissionais

• Bilinguismo • Escalas do desenvolvimento auditivo e de linguagem

• Base para saber se a criança está evoluindo


• Idade cronológica
• Idade auditiva
• Tempo de terapia

Estimular também é avaliar


• Motor fino (ex.)

Consigo categorizar a audição


dessa criança?

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Categorias de Audição Categoria de Linguagem Expressiva


• CATEGORIA 0 - Não detecta a fala.
Esta criança não detecta a fala em situações de conversação normal (limiar de detecção de fala
• CATEGORIA 1
> 65 dB). Esta criança não fala e pode apresentar vocalizações indiferenciadas.
• CATEGORIA 1 – Detecção.
• CATEGORIA 2
Esta criança detecta a presença do sinal de fala.
• CATEGORIA 2 - Padrão de percepção. Esta criança fala apenas palavras isoladas.
Esta criança diferencia palavras pelos traços suprasegmentares (duração, tonicidade, etc.). Ex: • CATEGORIA 3
dog X airplane, baby X birthday cake (mão X sapato; casa X menino).
• CATEGORIA 3 - Iniciando a identificação de palavras.
Esta criança constrói frases de 2 ou 3 palavras.
Esta criança diferencia entre palavras em conjunto fechado com base na informação fonética. • CATEGORIA 4
Este padrão pode ser demonstrado com palavras que são idênticas na duração, mas contém Esta criança constrói frases de 4 ou 5 palavras, e inicia o uso de elementos
diferenças espectrais múltiplas. Ex: thooth brush X hot dog, airplane X lunch box (geladeira X
bicicleta, gato X casa) conectivos (pronomes, artigos, preposições).
• CATEGORIA 4 - Identificação de palavras por meio do reconhecimento da vogal. • CATEGORIA 5
Esta criança diferencia entre palavras em conjunto fechado que diferem primordialmente no
som da vogal. Ex: bird, boat, bike,bat (pé, pó, pá; mão, meu, mim). Esta criança constrói frases de mais de 5 palavras, usando elementos
• CATEGORIA 5 - Identificação de palavras por meio do reconhecimento da consoante. conectivos, conjugando verbos, usando plurais, etc. É uma criança fluente
Esta criança diferencia entre palavras em conjunto fechado que tem o mesmo som da vogal,
mas contém diferentes consoantes. Ex: hair, pear, chair, stair (mão, pão, tão, cão, chão). na linguagem oral.
• CATEGORIA 6 - Reconhecimento de palavras em conjunto aberto.
Esta criança é capaz de ouvir palavras fora do contexto e extrair bastante informação
fonêmica, e reconhecer a palavra exclusivamente por meio da audição.

Consigo mensurar se o ritmo


de desenvolvimento com IC
está adequado?

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• Av. do comportamento auditivo*


• IT MAIS (Castiquini, 1997)
• MAIS (Castiquini & Bevilacqua, 2000)
• MUSS (Nascimento, 1997)
• SuHA (Beltran LF, Basaigoiti, 2005)
• GASP (Bevilacqua & Tech, 1996)
• ELM (Coplan, 1993)
• OCC (Ferreira, 2010)
• Inventário Macarthur (Silva, 2003)

Sistema motor fino e grosso – Denver II e escalas de


desenvolvimento.

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Referências:
• Ferreira, 2010 (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01062011-085159/pt-br.php)
• Silva C. O desenvolvimento lexical inicial dos 8 aos 16 meses de idade a partir do Inventário Macarthur de
Desenvolvimento Comunicativo – Protocolo palavras e gestos [tese]. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2003.
• Nascimento LT. Uma proposta de avaliação da linguagem oral [monografia]. Bauru: Hospital de Pesquisa e Reabilitação
de Lesões lábio-Palatais, 1997.
• Coplan J. Early language Milestone Scale. 2nd ed. Austin(Tx): ProEd; 1993.
• Delgado EMC, Bevilacqua MC. Lista de palavras como procedimento de avaliação da percepção dos sons da fala para
crianças deficientes auditivas. Pró-fono Revista de Atualização Científica, 1999; 11(1): 59-64.
• Beltran LF, Basaigoiti KH. Sugestão de Habilidades para o Desenvolvimento: auditivo, linguístico, comunicativo e
cognitivo. Cochlear Limited. 2005.
• Bevilacqua MC, Delgado EMC, Moret ALM. Estudos de casos clínicos de crianças do Centro Educacional do Deficiente
Auditivo (CEDAU), do Hospital de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais - USP. In: Costa OA, Bevilacqua, MC,
organizadores. XI Encontro Internacional de Audiologia. Anais: 1996, 30 de março a 02 de abril; Bauru, Brasil. p. 187.
• Bevilacqua MC, Tech EA. Elaboração de um procedimento de avaliação de percepção de fala em crianças deficientes
auditivas profundas a partir de cinco anos de idade. In: Marchesan IQ, Zorzi JL, Gomes ICD, editores. Tópicos em
Fonoaudiologia. São Paulo: Lovise; 1996. P. 411-33. (Adaptação do GASP – material CPA/HRAC-USP e FOB-USP)
• Castiquini EAT, Bevilacqua MC. Escala de integração auditiva significativa: procedimento adaptado para a avaliação da
percepção da fala. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia 2000; 6:51-60.
• Castiquini EAT. Escala de integração auditiva significativa: procedimento adaptado para a avaliação da percepção da fala
[dissertação]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica; 1998. Adaptado de: Zimmerman-Phillips S; Osberger MJ;
Robbins AM. Infant-Toddler: Meaningful Auditory Integration Scale (IT-MAIS). Sylmar, Advanced Bionics Corporation,
1997.

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