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Introdução
indo
interesse
e ade- E
meio e máximo de seis meses, aproximadamente). O acompanhamento após b.0
lutacriarcondições o tratamento é mantido, visando verificar a eficácia da terapêutica ínsütu- Ü
Repara
asmudanças ída e manutenção dos resultados. Os resultados dos tratamentos e dessas
btodoo
processo,re- revisões têm mostrado a fala como a função mais estável. O acompanha-
0
coedevesercalca- mento longitudinal tem mostrado que a respiração, mastigação e deglutição 0
jlanhos
e mudanças são funções de mais difícil estabilidade após a alta inicial, necessitando de
levada.
manutenção cuidadosa. As revisões e acompanhamentos a médio e longo
lcrucial.
Nessesenti- 0
prazo favorecem esse tipo de reforço e verificação. E
devem
serdeixados 0
lanças
nãose deve Processo Terapêutico em Motricidade Orofacial
mserimpostos,mas O tratamento é um processo que envolveo preparo dos músculos P
Wquesemprevem Igeralmente feito com exercíciosl, o desenvolvimento da percepção do que a)
merece
serabordado está alterado e o treinamento funcional corretivo dirigido. O planejamento m
Halo
nemquanto à terapêutico é sempre individual e direcionado para as dificuldades específi-
daregião
oral.Seja cas constatadas.
baproveitando
a si- O atendimento de Motricidade Orofacial segue basicamente um
joveite
a situação de protocolo que inclui:
-porexemplo,por 1. Avaliação inicial
jte.A família
deverá
z. Documentação inicial
que
pareça
uma cn- 3. Planejamento terapêutico
a. Definição da frequência das terapias
h-se na compreen- b. Planejamento específico muscular
jssespontosdevem c. Planejamento específico funcional
ÉuHco,
desdeo pri- 4 Reavaliações periódicas com documentação completa
ma,tambémconü- 5. Alta ou finalização assísüda do processo
querealmentefoi
fatos
quenão estão Cada um desses itens deve ser revisado e analisado constantemen
te. Podemos sintetizar alguns pontos importantes de cada um deles:
35
l Avaliação inicial: anamnese e o exame clínico. A partir dessa
0 avaliação serão definidos os pontos fundamentais do caso
3
tais como: necessidadeou não de exames complementares
jeletromiografia de superfície, exames de imagens ou diag-
nóstico de outros profissionais); diagnóstico e prognóstico
miofuncionais; planejamento terapêutico quanto ao número
e frequência das terapias. Desde o início da avaliação já deve
seriniciado o processo de motivação para o tratamento. Além
da cuidadosa verificação da queixa, deve-se questionar so-
bre o conhecimento do paciente (e/ou da família) sobre esse
tipo de terapêutica fonoaudiológica. Pergunte diretamente:
o que você acha que o fonoaudiólogotem a ver com isso?
Você verá quantas respostas surpreendentes irão surgir. Ex-
plique em seguida as relações: o que será realizado e porque,
certificando-se que foi compreendido. Durante o exame os
procedimentos e achados deverão ser apontados e imediata-
mente explicados. Todo esse cuidado busca a compreensão
do que será tratado.
2 Documentação inicial: O exame será fotografado e filmado
para complementar o processo de avaliação clínica e possi-
bilitar revisões. Após a avaliação deverá ser feito um relatório
com os resultados do exame e associações, a conduta e as in-
dicações necessárias. Na primeira terapia esse material deverá
ser mostrado ao paciente para despertar a percepção, mas Ja
com foco explicativo e com reprodução voluntária do compor-
tamento funcional que está sendo mostrado.
3 Planejamento terapêutico
a. Frequênciadas terapias: depende da idade do pacientee
da gravidade do problema diagnosticado na avaliação. E co-
mum eleger-se uma vez por semana, eventualmente duas.
Existemainda casos que podem realizarum processo tera-
pêutico mais flexível,desde que se conte com apoio familiar
ou com revisões e direcionamento à distância(web).
b. Planejamento específico muscular: definição quanto à ne-
cessidade de exercícios e quais, dependendo estritamente
partirdessa dos dados de avaliação e dos objetivos a serem alcançados.
itaisdo caso Nesse ponto, especial atenção deve ser dada à situação fun-
plementares cional que o paciente apresenta e ao que quer ser alcan-
ns ou díag- çado. Por exemplo: situação funcional com língua projetada
prognóstico anteriormente e exame da musculatura mostrando muscu-
aonumero latura extrínseca de língua propulsora prevalente, associa-
iliação
já deve da à intrínseca (transversos) em hipotonia funcional. Nesse
mento. Além exemplo não devem ser realizados exercícios de contração
uestionarso- dos transversos ou afilamento de língua com essa projeta-
cialsobreesse da para fora da boca, pois manteríamos a valorização dos
diretamente: extrínsecos propulsores, reproduzindo o modelo funcional
r com isso? que se quer retirar. O foco em apenas um grupo muscular
irãosurgir. Ex- pode não ser adequado para o outro.É apropriado mostrar
doe porque, desenhos ou fotos dos músculos, vídeos ou qualquer outro
o exame os apoio que torne o exercício escolh.idocompreensível para
ose ímediata- o paciente. Ele deve compreender por que deve fazer
compreensao determinado exercício e qual a relação desse com o ob-
jetivo funcional almejado. Nenhum exercício deve ser
idoe filmado solicitado sem vínculo com os objetivos funcionais. Os
:cínica
e possi- exercíciosdeverão ser distribuídos e associados à rotina
um relatório do día a dia. Não recomendamos que faça os exercícios em
.nduta
e as m- uma única etapa ou em horários específicos. Os exercícios
aterial
deverá deverão ser realizadosvárias vezes ao dia, principalmente
associados com suas atividades normais como ao escovar
:epção,mas já
riadocompor- os dentes, voltar da escola, etc. Assim a musculatura será
estimulada o dia todo e o paciente se lembrará de que deve
estar atento à postura e funcionalidade orofacial.
c. Planejamento específico funcional: definição dos treinos
dopaciente e
funcionais que serão trabalhados em terapia e como serão
avaliação.E co-
almente duas.
solicitadosem casa. Os treinos são divididos em perceptuais
e corretivos. Os treinos perceptuais referem-se à realização
processotera-
do modelo que o pacientetem, por meio de reprodução
apoiofamiliar
voluntária do que faz automaticamente. Solicita-se então a
iajwebl.
descrição dos apoios usuais, contatos das estruturas - quais
ioquantoà ne-
o estritamente
estruturase onde se tocam -- em cada uma das funções.
Dessaforma, busca-seque o pacientesinta o que faz e
descreva detalhadamente. O terapeuta deverá conseguir
0
3 fazer como o paciente após suas narrações. A cada tenta-
tiva, por tratar-se de controle voluntário, é esperado que o
paciente modifique gradaüvamente o que e como faz de-
terminada função.
d Os treinos corretivos devem ser dírecionados pelo tera-
peuta e orientados de maneira facilitadora inicialmente.
Por exemplo: para possibilitar a percepção dos movimen-
tos desenvolvidos durante a mastigação pode-se dírecíonar
mastigação unilateral. Cada porção deverá ser mastigada
apenas de um lado, alternando-o na próxima porção. Des-
sa forma, os movimentos labiais, de bucinadores, de língua
e de mandíbula podem ser percebidos mais facilmente, as-
sim como a migração do bolo alimentar para região pos-
terior da boca pela ação associada de sucção. A variação
do üpo de alimento oferecido em cada terapia também
mostrará as diferenças quanto ao número de ciclos mas-
ügatórios, número de deglutições por porção e tempo de
mastigação. Durante as terapias deverá ser explicadoqual
grupo muscular está sendo trabalhado e por que, tanto nos
exercícios quanto na realização dos treinos funcionais. Se o
paciente compreender o que propomos, a realização do ex-
ercício e dos treinos fará mais sentido. Explicarsempre, que
só o exercício não é eficaz. Fazer terapia fonoaudiologia de
Motricidade Orofacíal significa mudar e reprogramar algo
que não está adequado e está automático, portanto terá
que treinar essas mudanças. O apoio de vídeos, realizados
e analisados numa mesma sessão de terapia, auxilia muito.
Por exemplo: o paciente acaba de deglutir corretamente,
pois estava realizandoa deglutiçãopasso a passo sob o
comando do terapeuta e em seguida realiza uma segunda
deglutição, na maioria das vezes imediata, no padrão inad-
equado que se encontra automatizado. Tendo sido fiImado,
mostra-se ao paciente o comportamento recém-realizado
e é ele quem deveráconstatara segundadeglutiçãofora
do que foi direcionado.Direcionar instruções funcionais, e
38
btadeverá
conseguir solicitar os treinos de como faz usualmente(treino percep- e
cações.
A cadatenta- 6
tual) e do que deve fazer(treino corretivo) de forma inter- Ca
lio,éesperado
que o calada. Usar as situações funcionais propícias do dia a dia: m8
que e comofaz de- enquanto estuda, no computador, enquanto se alimenta. B
e
entre outras. Dessa forma é possível fazer o que foi solicita- 0
kionados
pelotera- do mesmo que o paciente não tenha tempo para parar suas E3
ltadora
inicialmente. G
aüvidades, embora sejam necessárias percepção e atenção
opção
dosmovimen- constanteaté o padrão adequado ser automatizado. Isso é 8 e
bpode-se direciona r o que irá permitir a estabilidade final do trabalho. gL
Q
jevlrá
sermastigada 4 Reavaliação e nova documentação completa. Para trabalhar
.c:
Ü
Hximaporção.Des- com controle de resultados e de prazos devem ser realizadas
jcinadores,
de língua reavaliações periódicas após o início das terapias (em torno
e0
amais
facilmente,
as- de seis a oito semanas), dependendo do tipo de problema e 0
©
sarpararegião pos- dos objetivos propostos. A reavaliação deve ser analisada pelo
sucção.A variação terapeuta, retomando-se a queixa, a documentação anterior
jdaterapiatambém e os objetivos que tiverem sido elencados na definição do 0
E
heradeciclos mas- caso. Essa análise, comparada com a documentação da aval-
porção
e tempo de iação inicialdeve ser apresentadaao pacientepara que ele
serexplicadoqual aponte as mudanças, o que melhorou e o que falta. Portanto, P
eporque,tanto nos esse processo serve para o paciente e para o terapeuta verifi-
hosfuncionais.
Se o car os ganhos e o que falta. Acostuma-se com a característica a)
m
ja realização
do ex- do paciente, compreende-se facilmente o que ele díz e assim
pode-se perder a real evolução do tratamento. Afinal as sema-
kplicar
sempre,que
ifonoaudiologia de
nas passam rapidamente e nem se nota quantas sessões foram
ereprogramar
algo realizadas. O paciente por sua vez vaí perdendo a motivação
se não vír os resultados. As faltas e atrasos devem ser com-
hco, portantoterá
jevídeos,
realizados
putadas e apresentadas nessa reavaliação, pois podem definir
perdas na obtenção dos objeüvos e, consequentemente,no
lapia,
auxiliamuito.
tempo do tratamento. Porém, mais que isso deve ser cuida-
luarcorretamente,
dosamente analisado. Atrasos e faltas constantes, mesmo que
Issoa passosob o
"justificados" podem indicar desinteressee nesse caso uma
baliza
umasegunda
parada, para analisar todo o processo, deve ser realizada.
ja. nopadrãoinad-
5 Alta ou finalização assistida. O término do tratamento é ba-
kndosidofilmado,
b recém-realizad
o
seado sempre nas análises das reavaliaçõesrealizadas a cada
seis ou oito semanas. Quando definido(juntamente com o pa-
üadeglutição
fora
ciente) que os objeüvos foram alcançados e, principalmente,
iõesfuncionais,e
que se encontram estáveis, o tratamento está terminado. Essa
39
finalização deverá ser acompanhada em revisões periódicas, Bíbliogri
com frequência mensal, seguindo-separa bimestral. Assim, o
Beursken
paciente deve retornar algumas vezes para verificação da esta-
bilidade dos resultados. of fa(
fada l
casa. Não se espera que, sozinha, uma criança queira fazer os exercíciose trei- degl
nos em casa. A família precisa participar do processo, lembra-la não apenas res)
de fazer os treinos, mas principalmentecriar condições em casa de melhora Marches
cial.
funcional e seguir as orientações profissionais.
Com idosos, o fundamental é lembrar-se que eles não são crianças. pos
Nunca use diminutivos -- é comum ver terapeutas usando-os para falar com Tanrikul
idosos. A abordagem deve ser respeitosa e não infantil. Pode ser necessário met
stuc
ajuda familiar, porém os direcíonamentos devem ser pontuais e com as devi-
das explicações buscando o necessário envolvimento.
Apesar de que a proposta deva sempre ter foco direto, uma tera-
pêutica baseada em motivação e detalhamentos explicativosficará restrita ou
inviável para pacientes com deficiência cognitiva. Nesses casos, assim como
para várias doenças ou alterações estruturais que reflitam em alterações mio-
funcionais orofaciaís, outros tipos de processos diretivos específicos podem
ser necessários.
!speriódicas, Bibliografia recomendada
!stral.Assim, o
ícaçãoda esta-
Beurskens CHG, Heymans PG. Posiüve effects of mime therapy on sequelae
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íca,por meio Temporomandíbular: Implicações, Limitações e Possibilidades Fonoau-
lasconquistas. diológicas, Carapicuíba: Pró-Feno, 2010. p.363-401
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'rnecessário
methods of treatment of temporomandibular joint ankylosis(a statisücal
comas devi-
study containing 24 cases). Turk J Pediatr. 2005; 4713):261-265
do,umatera-
rárestritaou
assimcomo
orações
mio-
icospodem