Você está na página 1de 14

João Ilo Coelho Barbosa,

COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira


EM FOCO VOL. 6

-0btb7-7;v o›o to o;t_o -u0ov-


Universidade Federal do Ceará
$;u-rцž1-v m- t mb1- Ð0ou- 7; u-¿fo bl- †|u-
m-t ž1oJ olrou|-l;m|-t J ;m|uo 7; v|†7ov ;l vb1oto]b-
debora.araujold@gmail.com

-mm- ;Œ;uu- u-]- ;uu;bu-


$_;u-r;†¼1 vhbrrv bm 0;_-ˆbou-rH-m-r‹¼1
J ;m|uo 7; v|†7ov ;l vb1oto]b-
clinic

!;v†lo 0v|u-1|
Em um processo terapêutico, mudanças no com- In a therapeutic process, changes in the client’s
portamento do cliente são contingentes às ações do behavior depend upon the therapist’s actions. As a
terapeuta. O êxito ou insucesso da terapia depende, result, the success or failure of the therapy depends
portanto, da forma como o terapeuta lida com o cliente on the way the therapist deals with the client and
e com seus problemas. Apesar de sua relevância, ainda their problems. Despite its relevance, there is still no
não há consenso sobre quais seriam essas habilidades consensus on what these therapeutic abilities would
terapêuticas, dificultando uma análise operacional de be, making it difficult to do an operational analysis
respostas do terapeuta requeridas para o atendimento. of the therapeutic responses required for clinical
Com base no relato dos atendimentos realizados por care. Based on the report of a group of trainees’
estagiários e também pela observação do desempenho psychological support and also on the observation
dos alunos em uma disciplina que promovia simula- of a group of students taking a discipline which
ções de situações de atendimento terapêutico, foram promoted simulations of therapeutic care situations,
propostas oito habilidades terapêuticas consideradas eight therapeutic skills considered relevant for good
relevantes para o bom desempenho na prática clínica. performance in clinical practice were proposed. The
O presente estudo objetivou identificar e discutir tais present study aimed to identify and discuss these
habilidades, sob a ótica analítico-comportamental. abilities, from an analytical-behavioral perspective.
Foram elencadas as seguintes habilidades: observar, The following skills were listed: observation; empathy;
ser empático, lidar com diferenças, expressar sen- ability to deal with differences, express feelings and
timentos e evocá-los no cliente, ser assertivo, ser evoke them in the client; assertiveness; persuasion;
persuasivo, confrontar o cliente com contradições em confrontation of the client with contradictions in
seu comportamento e ter informações sobre o con- their behavior and collecting data of the context in
texto em que o cliente vive. Cada uma dessas habili- which the client lives. Each skill was described and
dades foi descrita e discutida, e as conclusões dessa discussed, and the conclusion of the analysis can
análise podem colaborar para uma formação clínica contribute to a better clinical training, filling some
mais completa, suprindo algumas lacunas observadas gaps observed in the therapists’ traditional analytic-
nos métodos tradicionais de formação do terapeuta behavioral training methods.
analítico-comportamental.

PALAVRAS-CHAVE KEYWORDS

-0btb7-7;v |;u-rцž1-v8 $_;u-r;†ž1 -0btbž;v8


$;u-rb- -m-t ž1oJ1olrou|-l;m|-t8 m-t‹ž1J0;_-ˆbou-t |_;u-r‹8
oul-2›o ruoCvvbom-t: Clinical training.

47
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

O objetivo final de qualquer tipo de psicotera- da investigação da intervenção terapêutica,


pia é a mudança no comportamento do cliente. no que se refere a características e a efetivas
Não parece haver, entretanto, consenso sobre respostas do terapeuta para a mudança do
quais variáveis são relevantes para essa mu- comportamento do cliente, ainda é de resul-
dança: se são as técnicas específicas a cada tados iniciais e pouco conclusivos, embora
abordagem ou os elementos comuns ao tra- promissores (Tourinho et al. 2007).
tamento psicológico, como a empatia e outros
aspectos da relação terapêutica (Diniz Neto & O presente estudo espera colaborar com a
Féres-Carneiro, 2005; Nunes & Lhullier, 2003). discussão sobre a relação terapêutica, abor-
dando particularmente a figura do terapeuta
Pesquisas apontam para a contribuição rele- nessa relação. Mais especificamente, preten-
vante de procedimentos específicos das te- de-se apontar e discutir algumas habilidades
rapias comportamentais e cognitivas como julgadas necessárias para o estabelecimento
fatores relevantes para alterações comporta- de uma boa relação terapêutica, com base
mentais do cliente (cf. Bregman, 1999; Craske principalmente na experiência do primeiro
et al., 1995; Durham et al., 1994). Para outros autor como professor e supervisor de estágio
autores, a própria relação entre terapeuta e na área clínica.
cliente constitui-se no principal fator para
o sucesso terapêutico (Keijsers, Hoogduin & Ao planejar e ministrar a disciplina “Tópicos
Schaap, 1994; Krupnick et al., 1996). Avançados para o Atendimento em Terapia
Analítico-comportamental”, no curso de
Sendo o processo terapêutico focado no com- Psicologia da Universidade Federal do Ceará,
portamento, fenômeno complexo e multi- o primeiro autor teve como meta não apenas
determinado, é mais provável que se esteja discutir esses tópicos, de forma conceitual
falando de elementos que se complementam ou por meio de leituras, mas apresentá-los
para o resultado final observado no cliente, e discuti-los de forma dinâmica e vivencial,
que se soma às mudanças ambientais intro- tomando como base a encenação de situações
duzidas dentro e, principalmente, fora do frequentes na relação terapêutica que costu-
contexto de consultório. mam gerar muitas dúvidas sobre formas de
conduta na referida relação. As estratégias
Segundo Meyer e Vermes (2001), a qualida- mais empregadas para fazer essa discussão
de da relação terapêutica tem valor prediti- foram a apresentação de trechos do seriado
vo para os resultados do tratamento, mas a “Sessão de terapia” (D’Avila, 2012), veiculada
complexidade de fatores envolvidos em tal pelo canal GNT, e a simulação de situações
relação e as dificuldades de controle dessas problemáticas possíveis de ocorrer em um
variáveis impedem uma ampla compreensão atendimento clínico.
dos aspectos mais relevantes para uma boa
relação terapeuta-cliente (Meyer & Vermes, Para cada aula era proposta uma situação
2001). Pelas mesmas razões, o momento atual específica, baseada nos relatos dos próprios

48
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

estagiários em supervisão, e, a partir do tema situações difíceis na relação terapêutica. Dessa


da aula, era apresentado um trecho de aten- forma, vale ressaltar ao leitor que a escolha
dimento realizado no seriado, ou o professor das oito habilidades, consideradas relevantes
propunha uma situação de role-playing si- para o bom atendimento em terapia analíti-
mulando uma sessão de terapia. A simulação co-comportamental, não se baseou em um
do caso era feita pelos alunos, com o professor estudo empírico rigoroso. São as seguintes:
orientando a construção das características 1) observar, 2) ser empático, 3) lidar com dife-
do suposto cliente e de seu comportamento renças, 4) expressar sentimentos e evocá-los
problemático. no cliente, 5) ser assertivo, 6) ser persuasivo,
7) confrontar o cliente com contradições em
Alguns exemplos de situações sugeridas seu comportamento e 8) ter informações sobre
pelos alunos e pelo professor para a simula- o contexto em que o cliente vive.
ção foram de clientes que apresentavam os
comportamentos problemáticos de: 1) con-
cordar com o terapeuta, mas não alterar seu -0btb7-7;v |;u-rцž1-v
comportamento ao longo das sessões; 2) agir ;vr;1 C1-v9
frequentemente em função da aprovação do
terapeuta; 3) silenciar por longos períodos
durante o atendimento 4) esquivar-se de 1. Observar
assuntos específicos; 5) tentar estabelecer
relação de amizade com terapeuta; ou 6) O terapeuta deve, desde o primeiro contato,
questionar sua capacidade técnica. Tais si- observar as respostas vocais e não vocais do
tuações geravam condições aversivas para o cliente, com todas as suas nuances. Observar
aluno que fazia o papel do terapeuta e, para as respostas não vocais do cliente refere-se a
cada uma delas, discutiam-se quais habilida- estar sob controle dos gestos, das expressões
des terapêuticas seriam necessárias para lidar faciais e da postura para identificar suas fun-
com as respostas problemáticas apresentadas ções, enquanto as respostas vocais têm sua
pelo cliente. Esse formato proposto para a importância, por ser a principal ferramenta
disciplina permitiu a observação de ações do na prática clínica.
terapeuta que produziam diferentes efeitos
sobre o comportamento do participante no Segundo Medeiros (2002), nas primeiras ses-
papel de cliente. sões, observar as vestimentas e a aparência
geral do interlocutor ajuda a identificar o tipo
A experiência acadêmica somou-se à expe- de comunidade na qual está inserido, auxi-
riência do primeiro autor como terapeuta, liando na adaptação da linguagem e de temas
supervisor de estágio e pesquisador da área discutidos em sessão. Além disso, a observação
(cf. Barbosa & Tourinho, 2010), colaborando de tais aspectos serve como parâmetro para
para o interesse em identificar habilidades ne- avaliação da presença do terapeuta, enquanto
cessárias ao psicólogo clínico para lidar com uma audiência não punitiva (Marmo, 2012).

49
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

Referindo-se ao comportamento verbal, Um terapeuta experiente consegue estar sob


Skinner (1978) propôs categorias básicas de controle de mudanças comportamentais cada
operantes verbais, dentre as quais serão des- vez mais sutis, embora, muitas vezes, não
tacados apenas três: tato, mando e autoclíti- consiga descrever com exatidão todos os es-
co; por serem as modalidades mais presentes tímulos discriminativos que controlam suas
em um contexto de psicoterapia. decisões ao longo da sessão. Evidentemente,
é desejável que este se empenhe em se au-
Tato é um operante verbal sob controle de um to-observar e identificar, cada vez melhor,
estímulo antecedente não-verbal e tem como tais estímulos, pois isso se traduzirá em um
função básica nomear tal estímulo (Skinner, ajuste fino para a escolha da melhor resposta
1978). Na terapia, o tato faz-se presente ao cliente a cada momento.
sempre que o cliente relata ao terapeuta o
conjunto de condições privadas e públicas Outra categoria de operante verbal a ser ob-
percebidas. Por sua vez, o terapeuta também servada no cliente é o mando. Skinner (1978)
emite tatos quando descreve sua percepção conceituou o mando como a resposta verbal
a respeito dos problemas do cliente e das que especifica a consequência reforçadora. São
condições a eles relacionadas. O processo de exemplos de mandos as respostas de pergun-
tatear, comum a terapeuta e cliente, portan- tar, de dar ordens ou de fazer pedidos. Para
to, é condição TGOC RV? OPO para a ocorrência cada um desses exemplos observa-se uma
das demais funções terapêuticas. consequência reforçadora específica respon-
sável por manter o mesmo tipo de asserção que
Sendo uma resposta presente no repertório produziu o reforçador, em situações futuras.
do indivíduo desde os primeiros anos de vida, Respectivamente: a resposta do interlocutor
o tato terá sua precisão e acurácia dependen- à pergunta, o seguimento da ordem dada e a
tes de contingências sociais específicas. Se o solicitação atendida ao pedido feito.
cliente não teve acesso a ambientes verbais
muito ricos, é esperado que suas descrições Clientes com um repertório verbal amplo podem
verbais sejam limitadas ou distorcidas, difi- variar a forma como fazem suas solicitações,
cultando o trabalho do terapeuta. de modo a não deixar tão claro qual a sua de-
manda, reduzindo as chances de uma nega-
O repertório verbal do terapeuta, relativo à ção ou crítica. Repertórios verbais com essas
sua capacidade de tatear as respostas vocais e características são conhecidos como mandos
não-vocais do cliente, será fundamental para disfarçados (de tatos). Um exemplo de mando
ampliar as possibilidades de explicação do disfarçado de tato seria uma “indagação” do
comportamento do cliente por meio de hipó- cliente sobre a conveniência de o terapeuta
teses funcionais, e para garantir uma maior conhecer um familiar, quando, na verdade, o
flexibilidade na forma como se comunica cliente teria essa demanda, e só não faz tal soli-
durante o processo terapêutico. citação diretamente pelo risco dela ser negada.

50
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

sentimentos positivos que o cliente desperta


A adequada observação de mandos disfar-
no terapeuta, paráfrases e resumos, uso crite-
çados se faz relevante para que o terapeuta
rioso de humor, confirmações como “Sim, eu
não reforce inadvertidamente essa classe de
acho que é isso mesmo” e indicação de estar
resposta verbal, pois esta concorre com res-
ouvindo e concordando como “Uhm., aha., sim,
postas assertivas do cliente.
etc.” Ser empático inclui: a) adoção de pers-
pectiva (disposição para se colocar no lugar da
A terceira classe de operantes verbais destacada outra pessoa, podendo ou não experimentar
é o autoclítico, que tem a função de descrever, os mesmos sentimentos dela); b) neutralidade
de qualificar ou de comentar outras respostas e imparcialidade (disposição para ouvir, sem
verbais, alterando o efeito de tais respostas julgar, os pensamentos e os sentimentos de
sobre o ouvinte (Skinner, 1978). Isso pode ser outra pessoa) e c) comportamento pró-social
observado na expressão: “UCOFP ACSUCZ? RVC não (preocupação genuína com o bem-estar da
conseguirei enfrentar essa situação”. O auto- outra pessoa) (p.104).
clítico deve ser atentamente observado porque
pode fornecer pistas sobre o modo como o Tal categorização ainda não consegue ope-
cliente avalia uma situação, tanto no que se racionalizar, de forma abrangente, o que é
refere aos eventos privados relacionados a uma chamado de empatia. Um reflexo dessa di-
situação como na análise da força com a qual ficuldade se traduz na falta de parâmetros
um estímulo eliciador, aversivo ou reforçador claramente definidos para se estabelecer um
controla as respostas do cliente. treino para essa classe de respostas.

Como forma de promover a empatia e reco-


•8 ";u ;lr³¼1o nhecer as dificuldades em manter uma pos-
tura empática, durante a disciplina minis-
Del Prette e Del Prette (2001) conceituam em- trada foram propostas situações imaginárias
patia como uma habilidade de comunicação nas quais o aluno atendia um suposto cliente
contextualizada em uma situação de demanda que apresentava intensas respostas de crí-
afetiva, na qual o interlocutor é capaz de: 1) tica, desprezo ou raiva, capazes de produzir
compreender e sentir o que o falante pensa e reações emocionais aversivas ao terapeuta.
sente, e 2) comunicar adequadamente a com- Após alguns minutos, a cena era interrom-
preensão obtida e o sentimento vivenciado. pida e a turma discutia estratégias para lidar
com aquela situação, promovendo, então, a
A partir de um levantamento realizado, Meyer auto-observação e a identificação dos estí-
e Vermes (2001) categorizaram empatia como mulos eliciadores das emoções do terapeuta.

comportamentos verbais e/ou gestuais (inclu- A atividade permitiu aos alunos observarem
sive expressões no rosto) que tenham como que a empatia é uma habilidade almejada,
objetivo a aproximação e a demonstração de mas nem sempre alcançada. O fundamental
compreensão. Incluem o relato verbal dos seria o terapeuta aprender a ampliar seus

51
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

limites de convivência com condições aversi- na qual assumiu o papel de terapeuta e pediu
vas produzidas pelo cliente, entendendo que aos alunos que representassem um cliente
tais respostas são decorrentes dos próprios fictício, com características ou com valores
problemas que o cliente precisa resolver, e díspares do contexto de vida do professor.
não uma atitude consciente e intencional. Dessa forma, coube ao terapeuta apresentar
respostas empáticas e não-valorativas das
ações do cliente, mesmo diante de colocações
3. Lidar com diferenças passíveis de punição social.

Minha capacidade de ser empático está re- Em seguida, foram discutidas com os alunos
lacionada com o grau de identificação que as características de pessoas tidas como into-
tenho com o outro. Quando valores, opini- leráveis, de acordo com a percepção de cada
ões e estilo de vida são aproximadamente participante. Debateu-se também como a di-
compartilhados, torna-se mais fácil ser ficuldade de lidar com tais pessoas, muitas
empático. O problema é que não é possível vezes, reside na incompreensão das contin-
escolher apenas clientes com essas mesmas gências que levam estas a agirem daquela
características para o atendimento. É mais forma. Ressaltou-se, portanto, a necessidade
provável se deparar com clientes com uma de buscar conhecer melhor outras contingên-
ampla variação de modos de vida mais ou cias, além daquelas próximas ao terapeuta.
menos diferentes daquele experienciado
pelo terapeuta.
‘8 Šru;vv-u v;m¼l;m|ov ;
Frente a essa realidade, o terapeuta precisa ser evocá-los no cliente
flexível para lidar com as diferenças, evitando
juízos de valor, em relação a aspectos da vida A quarta habilidade abrange, a rigor, duas
do cliente. São exemplos dessas diferenças a habilidades distintas, ambas relacionadas
opção sexual, o nível socioeconômico, valores com o fato de o terapeuta saber lidar com
pessoais ou a preferência política. O terapeuta sentimentos. A primeira delas consiste em
capaz de lidar com clientes muito diferentes expressar os próprios sentimentos ao cliente,
de si provavelmente mantém essa flexibili- quando isso possa ter uma função terapêutica
dade em sua vida pessoal e vice-versa. relevante. A segunda seria a capacidade de o
terapeuta evocar sentimentos no cliente.
Simulações de sessões de atendimento também
foram utilizadas para criar uma situação fictí- A expressão de sentimentos por parte do te-
cia de clientes com características bem parti- rapeuta depende da sua capacidade de auto-
culares, como adictos ou com posições políti- -observação. Tal recurso pode ser útil para
co-partidárias extremas para que o terapeuta que o terapeuta consiga entender que con-
percebesse suas dificuldades naquela situação. tingências sociais costumam surgir a partir
Em seguida, o professor simulou uma sessão de respostas problemáticas do cliente e, com

52
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

isso, identificar relações S-R-S que esclare- enormemente a relevância de um contínuo


çam o repertório do cliente. processo de avaliação funcional entre as res-
postas do cliente e as contingências que a
Ao detectar condições privadas diretamente antecedem e a sequenciam, anulando, dessa
relacionadas ao comportamento do cliente, maneira, a possibilidade de “não reagir” a
o terapeuta pode-se utilizar dessa percepção uma ação do cliente. Assim, quando o cliente
para descrever suas reações emocionais, pro- expressa uma reação emocional intensa, não
duzidas por uma resposta específica do cliente. há como o terapeuta passar ao largo da situ-
Esse recurso pode ser utilizado tanto em si- ação, fingindo que nada está acontecendo de
tuações de empatia, envolvendo sentimentos diferente ou apenas perguntando ao cliente
positivos, como no surgimento de sentimentos sobre o que “significa” aquela reação.
aversivos, provocados pelo próprio cliente.
A segunda habilidade que o terapeuta pre-
É esperado que situações de conflito ou cisa desenvolver, em relação à expressão de
outras eliciadoras de respondentes aversivos sentimentos, refere-se a conseguir evocar
ocorram em baixa frequência na relação sentimentos no cliente. Pautado pela ideia
terapeuta-cliente, porém esses momentos de Skinner (1974) de que eventos privados
podem ser cruciais para o desenvolvimento podem funcionar como pistas para se en-
do processo terapêutico. Ao expressar tender as contingências de controle sobre
sentimentos aversivos relativos ao cliente, o comportamento operante, ao conseguir
é provável que haja: 1) prejuízo grave ao evocar sentimentos específicos no cliente, o
vínculo terapêutico, podendo levar ao terapeuta pode ajudá-lo a perceber melhor
rompimento do processo de terapia; ou 2) os fatores ambientais responsáveis pela pre-
alterações no vínculo que, embora produzam sença da condição privada percebida.
efeitos aversivos em um primeiro momento,
possibilitam o contingenciamento adequado A tarefa de levar o cliente a perceber seus
de respostas problemáticas no repertório do eventos privados é particularmente útil
cliente. A situação exige, portanto, extrema quando este não está ciente de fatores am-
cautela e clareza dos fatores envolvidos. bientais controladores de seu comporta-
mento. O cliente pode, ainda, ser capaz de
Para saber como agir em situações de conflito observar uma condição emocional privada
que demandem a expressão de sentimentos, o aversiva, mas agir no sentido de evitá-la, em
terapeuta precisa pautar-se pela análise fun- um processo de fuga ou esquiva. Ao conseguir
cional da resposta do cliente, relacionando-a levar o cliente a entrar em contato com suas
ao contexto da sessão e das contingências emoções, o terapeuta aumenta as chances de
controladoras de tal ação. Além disso, ele pre- produzir o segundo efeito terapêutico citado.
cisa ter a exata noção de que sempre há uma
consequência produzida pelo terapeuta para Mesmo podendo gerar uma condição aver-
cada resposta do cliente. Essa noção amplia siva inicial, é fundamental que o terapeuta

53
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

consequencie a expressão de sentimentos do agressividade. No primeiro caso, o proble-


cliente com atenção e acolhimento, além de ma estaria em não perceber que a frequente
prover uma análise funcional visando o es- aprovação do cliente, produto de um padrão
clarecimento dos fatores determinantes de pouco assertivo, pode controlar e manter res-
tais sentimentos. Uma terceira tarefa seria postas do terapeuta de emitir regras a serem
apontar formas mais produtivas para o clien- seguidas muito mais em função de tal refor-
te lidar com esses eventos privados aversivos. çamento do que por sua função terapêutica.
Na segunda possibilidade, respostas agres-
sivas do cliente podem levar o terapeuta ini-
’8 ";u -vv;u¼ˆo ciante a temer conflitos e passar a responder
sob controle do medo, deixando de intervir
A discussão sobre assertividade está inserida de maneira mais produtiva.
no contexto das habilidades sociais, conjunto
de respostas presentes em uma relação inter- Falcone (2001) propõe a empatia como re-
pessoal que favorece uma clara comunicação e pertório complementar à assertividade, afir-
a maximização de reforçadores positivos (Del mando que se expressar de maneira empática,
Prette & Del Prette, 2001; Rich & Schroeder antes de apresentar uma resposta assertiva,
1976) para a resposta de dialogar e de outros pode minimizar a possibilidade de avaliação
comportamentos envolvidos por parte dos negativa da resposta assertiva do terapeuta.
interlocutores. Um comportamento assertivo também pode
ser empático ao cliente quando permite que
O comportamento assertivo, por parte do este observe que as reações do terapeuta ao seu
terapeuta, pode ser requerido em diferen- relato são autênticas, e não visam apenas agra-
tes situações, desde o estabelecimento do dá-lo. O terapeuta precisa, portanto, aprender
contrato inicial de atendimento, passando a emitir respostas assertivas sempre contin-
por expressões de sentimentos e manejo de gentes às situações que as demandem, como
situações conflituosas. Além disso, em quei- estratégia terapêutica claramente identificada.
xas que envolvam dificuldade de expressar
sentimentos e pensamentos, respostas ver-
bais assertivas do terapeuta podem servir de 6. Ser persuasivo
modelo para o cliente.
Dentre as habilidades propostas, a de ser per-
Nem sempre clientes apresentam um com- suasivo provavelmente seja a mais polêmica,
portamento assertivo. É comum a presença de em função da hipótese de que o terapeuta
respostas passivas ou agressivas na presença poderia “convencer” o cliente a realizar algo
do terapeuta. Nesses casos, há risco de um de interesse do primeiro, e não do próprio
terapeuta iniciante reagir de forma mais di- cliente. Cabe, portanto, um esclarecimento
retiva frente a respostas passivas do cliente, inicial necessário para o problema do “con-
ou se sentir inseguro diante de uma maior trole” exercido pelo terapeuta sobre o cliente.

54
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

No contexto de terapia, a adoção do termo necessária para se alcançar o objetivo final da


técnico “controle” não pode ser confundida terapia, qual seja levar o cliente a ficar mais
com o uso popular do termo. Na linguagem sensível e aprender a lidar com contingências
da Análise do comportamento, ao se falar que reais às quais está submetido.
um evento exerce controle sobre o compor-
tamento queremos apenas salientar que tal A área de estudos sobre o comportamento
evento é contingente àquele comportamento. governado por regras aponta para um con-
Neste sentido é que afirmamos que o terapeuta junto de variáveis que interferem no grau de
exerce controle sobre as respostas do cliente e controle produzido pelas regras de um falan-
o inverso também é verdadeiro, ou seja, o com- te, dentre as quais podemos citar a habilidade
portamento do terapeuta também é modelado do falante em monitorar e liberar consequ-
por contingências produzidas pelo cliente. ências para o seguimento de regra, além de
sua credibilidade (Zettle & Hayes, 1982).
Ciente de que as ações do cliente serão
contingentes à sua presença, o terapeuta Polito (2016) aponta algumas estratégias
deve estar sempre pautado pelo benefício e para promover a persuasão, que podem ser
bem-estar do cliente, reavaliando constan- generalizadas para o contexto clínico como
temente sua postura a fim de evitar o desvio úteis para promover o seguimento de regras.
dessa premissa básica para sua atuação. Um conjunto específico de respostas vocais
e motoras pode ser visto pelo ouvinte como
Ao falar sobre comportamento persuasivo em evidência de que o falante está “seguro” da
terapia é preciso relacioná-lo com o concei- veracidade daquilo que está falando, aumen-
to de comportamento governado por regras, tando a probabilidade de o primeiro fazer
entendido como aquele sob controle de estí- aquilo que lhe é solicitado. Além disso, a
mulos verbais especificadores de contingên- utilização de exemplos, de comparações, de
cia, como no caso de instruções ou conselhos testemunhos, de referências a pesquisas e
(Hayes, 1987). de estatísticas para fortalecer a defesa de
argumentos podem ser utilizados em con-
A emissão de regras por parte do terapeu- dições específicas na terapia, especialmente
ta, dentre outros fatores, também se deve quando o terapeuta enfrenta a resistência do
ao contexto tradicional no qual ocorre uma cliente a mudar um padrão rígido de com-
psicoterapia, restrito ao consultório e forte- portamento de fuga e esquiva.
mente embasada em uma intervenção verbal.
Com todas as limitações geradas pela falta Nos casos de resistência a mudanças, o
de acesso direto às contingências produto- cliente pode discordar ou se opor ao que o
ras e mantenedoras do comportamento pro- terapeuta diz, dificultando o andamento do
blemático do cliente, por vezes o terapeuta processo (Guilhardi, 2002). Nesses casos, o
lança mão de contingências verbais com o terapeuta deve ser persuasivo e convencer o
objetivo de produzir o seguimento de regras, cliente a abandonar seu padrão de compor-
sendo esta apenas uma etapa intermediária tamento evitativo.

55
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

7. Confrontar o cliente forma a evitar novas investigações por parte


com contradições em do terapeuta.

seu comportamento
Profissionais pouco experientes provavel-
mente terão dificuldades com as situações
A habilidade terapêutica de confrontar o descritas, temendo produzir uma situação
cliente requer cuidados por parte do tera- aversiva e conflituosa. Ao se depararem com
peuta, em função dos riscos de apresentação contradições no relato do cliente evitam apon-
de uma condição exageradamente aversiva na tá-las, perdendo uma ótima oportunidade
relação. Sua função é levar o cliente a observar de contribuir para o seu autoconhecimento.
e identificar inconsistências em seu compor- Quando isso acontece e o terapeuta não faz a
tamento e, com isso, aprofundar a análise de confrontação, há risco de um problema adi-
contingências ambientais controladoras de cional, que é o reforçamento inadvertido de
suas respostas verbais e não-verbais. respostas de esquiva.

Frequentemente, essas inconsistências Um terapeuta hábil em confrontar o cliente


ocorrem entre o dizer e o fazer. Quer dizer, com suas contradições está atento a essas
o cliente diz ao terapeuta que fez algo mas ocorrências e consegue reduzir o caráter aver-
outras respostas suas apontam para uma sivo da confrontação, minimizando colocações
discordância e, às vezes, oposição àquilo que poderiam ser interpretadas como atribui-
que foi dito. Por exemplo, o cliente com ção de culpa a si mesmo, levando-o a anali-
problemas de adicção alcoólica afirma que sar que contingências estariam controlando
conseguiu reduzir o consumo de álcool nos o comportamento inconsistente apresentado.
últimos dias, embora tenha ido à sessão com
sinais de ter bebido há pouco tempo. Outra Para conseguir seu objetivo de chamar a aten-
possibilidade de inconsistência a ser con- ção para o problema sem necessariamente fazer
frontada entre o fazer e o dizer do cliente uma acusação, o terapeuta deve estar sensí-
pode ocorrer quando este apresenta uma vel aos efeitos de suas intervenções verbais no
ação descrita de forma claramente distor- comportamento do cliente, o que lhe permitirá
cida. Pode-se ilustrar a situação com uma selecionar a melhor forma de abordar a questão,
cliente que ostensivamente controla a filha, escolhendo criteriosamente as palavras. Por
não a deixando, inclusive, tomar a decisão exemplo, ao invés de falar: Você não está sendo
de escolha da profissão, mas relata ao te- APCSCOUC "GTTC RVC CTUVBPV N?T Q?TTPV P BG? BC
rapeuta que sempre deu liberdade à filha, ontem todo na internet jogando com os amigos;
apenas tomando o cuidado de “orientá-la”. talvez seja mais produtivo se o terapeuta disser:
QCT?S BC ùPA² UCS BGUP RVC CTUVBPV POUCN NC
A confrontação também pode ser empregada Q?SCAC RVC P JPEP APN PT ?NGEPT ?US?Q?MFPV TCVT
para bloquear respostas de esquiva do clien- QM?OPT 4?NPT UCOU?S COUCOBCS P RVC P GNQCBGV BC
te, como mudar de assunto ou responder de manter sua disciplina frente aos estudos.

56
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

Vale ressaltar que, em uma intervenção con- pecados. Um outro exemplo, dessa vez ligado
frontativa, o terapeuta pode não se restringir à necessidade de compreensão de aspectos
às respostas inconsistentes imediatamente característicos de uma profissão, poderia ser
emitidas, podendo compará-las com outras visto na queixa de uma mulher casada com
anteriormente observadas e relacioná-las um cirurgião que se queixa da pouca atenção
enquanto um padrão de comportamento com dada a ela e aos filhos. Para a avaliação do
uma função em comum ocorrendo em con- problema, é importante o terapeuta conhecer
textos diversos. a rotina de um médico cirurgião, que costuma
sair de casa mais cedo que o usual e que pode
voltar tarde da noite todos os dias, em função
8. Ter informações sobre o contexto do acompanhamento de clientes ou de outras
em que o cliente vive atividades realizadas.

Uma última, mas não menos relevante habili- Um maior conhecimento de condições idios-
dade terapêutica, refere-se ao conhecimento sincráticas do cliente também auxilia na for-
mais detalhado dos diferentes contextos nos mação de um bom vínculo terapêutico, pois
quais o cliente está inserido. Esses contextos ao observar que seu terapeuta mostra ter co-
envolvem as esferas familiar, social, econô- nhecimento sobre as particularidades de sua
mica, profissional e religiosa, dentre outras. vida, o cliente pode se sentir empaticamente
acolhido e mais à vontade para se colocar,
Estar atualizado com essas informações requer tendo em vista que o risco de ser incompre-
do terapeuta uma investigação dos aspectos endido, em seus pontos de vista, foi reduzido.
levantados sempre que o cliente abordá-los ou,
quando isso não ocorrer, é possível indagá-los Vale salientar que o terapeuta não precisa, ne-
diretamente, de preferência quando o assun- cessariamente, ter tido as mesmas experiências
to discutido permita uma conexão com esses de vida ou concordar com o mesmo posiciona-
contextos de sua história de vida. mento político ou religioso, mas precisa com-
preender as variáveis relevantes que controlam
Tomar conhecimento sobre aspectos da o padrão comportamental descrito dentro de
vida religiosa ou profissional do cliente, um contexto social mais amplo. Condições es-
nem sempre relatados espontaneamente, pecíficas que fazem parte da rotina do cliente
pode dizer muito sobre seu comportamento, podem ser responsáveis pelo aumento ou dimi-
auxiliando em uma análise funcional mais nuição da emissão de certas classes de resposta.
completa e refinada. Dessa forma, é possí-
vel entender, por exemplo, que uma pessoa Uma forma de conseguir estar atento a essas
suporta uma condição aversiva por muito variáveis pode ser alcançada pela própria ex-
tempo por estar submetido a contingên- periência clínica. A sucessão de histórias de
cias que o fazem relacionar seu sofrimento vida e os relatos descritivos vão proporcionan-
à penitência necessária para redimir seus do ao terapeuta, aos poucos, a capacidade de

57
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

identificar condições ambientais e respostas do e situações em um processo terapêutico sejam


cliente que se assemelham às já relatadas por as principais contingências responsáveis pelo
outros clientes, o que poderia sugerir a pre- desenvolvimento dessas habilidades. A expe-
sença de relações de contingências parecidas. riência aumenta as chances de um repertório
mais elaborado para lidar com clientes ou
Outra possibilidade de ampliar o repertório situações difíceis, mas contar apenas com o
relativo ao conhecimento das variáveis do tempo de atuação profissional resulta em um
contexto dos clientes poderia se dar com o processo lento de aprendizagem, produto de
engajamento do terapeuta em atividades so- erros e acertos, com risco de graves proble-
ciais diversas, como a participação em cursos mas na condução do caso.
ou a colaboração com uma organização
não-governamental. Ações como essas pro- As oito habilidades terapêuticas propostas
porcionam contato com pessoas diferentes, foram resultantes de uma análise com base
além da aquisição de novos conhecimentos na experiência do primeiro autor como su-
sobre temas diversos. pervisor, e não em um prévio estudo contro-
lado, o que impõe limites a suas conclusões.
Por último, a aproximação com a cultura, por Os aspectos comportamentais do terapeuta
meio das artes, como a literatura, cinema e que são determinantes para o êxito da terapia
teatro, também auxilia na capacidade de en- analítico-comportamental devem continu-
tender diferentes estilos de vida, pois costu- ar sendo objeto de estudo de investigação
mam retratar a história de personagens com científica. Por outro lado, é compreensível a
riqueza de detalhes sob outros pontos de vista. escassez de pesquisas com tal objetivo, frente
às dificuldades de controle das inúmeras va-
riáveis envolvidas.
Conclusão
O objetivo de elencar e discutir tais habilidades
A evolução do desempenho profissional deve visou chamar a atenção para aspectos presen-
ser uma preocupação contínua do terapeuta, tes no contexto clínico, nem sempre abordados
traduzida pela busca por aprimoramento de com a devida ênfase no âmbito acadêmico, mas
suas habilidades no atendimento clínico. É fundamentais para a formação de terapeutas
provável que o contato com diferentes clientes analítico-comportamentais competentes.

58
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

!;=;uÑm1b-v
Barbosa, J. I. C., & Tourinho, E. Z. (2010) Verbalizações de terapeuta e cliente e estabelecimento
de relações na evolução de uma terapia analítico-comportamental. Revista Brasileira de
Terapia Comportamental e Cognitiva, v. XI, pp. 313-328.

Bregman, C. (1999). Entrevista a David Barlow. Revista argentina de Clínica psicológica v. 8, n. 3,


pp. 261-265.

Craske, M. G.; Maidenberg, E. & Bystritsky, A. (1995). Brief cognitive-behavioral versus nondi-
rective therapy for panic disorder. Journal of Behavioral Therapy and Experimental Psychiatry
v. 26, n. 2, pp. 113-20.

D’Avila, R. (produtor). (2012). Sessão de terapia [série de televisão]. São Paulo, BR.: Moonshot Pictures.

Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (2001). Psicologia das relações interpessoais: vivências para o
trabalho em grupo. Petrópolis, Brasil: Vozes.

Diniz Neto, O., & Féres-Carneiro, T. (2005). Eficácia Psicoterapêutica: terapia familiar e o efeito
“dodô”. Estudos de Psicologia. v, l10, n. 3, pp. 355-361.

Durham R. C., Murphy T., Allan T., Richard K., Treliving L. R., Fenton G. W. (1994). Cognitive
Therapy, analytic psychotherapy and anxiety management training for generalized anxiety
disorder. British Journal of Psychiatry v. 165, n. 3, pp. 315-323.

Falcone, E. (2001). Habilidades sociais: para além da assertividade. In: R. C. Wielenska. Sobre
Comportamento e Cognição: Psicologia Comportamental e Cognitiva: Questionando e ampliando
a teoria e as Intervenções clínicas e em outros contextos (v. 6, pp. 202 – 212). Ed. Santo André,
SP: ESETec Editores Associados.

Guilhardi, H. J. (2002) A Resistência do Cliente à Mudanças. In: H. J. Guilhardi & M. B. B. P. MADI


& P. P. QUEIROZ; M. C. SCOZ (org). Sobre Comportamento e Cognição (v. 9). Santo André, SP:
ESETec,

Hayes, S. C. (1987). A contextual approach to therapeutic change. In N. Jacobson (Ed.).


Psychotherapists in clinical practice: cognitive and behavioral perspectives, (pp. 327-387). New
York, NY: Guilford.

Keijsers, G. P.; Hoogduin, C. A. & Schaap, C. P. (1994) Predictors of treatment outcome in the
behavioural treatment of obssessive-compulsive disorder. British Journal of Psychiatry v.
165, n. 6, pp. 781-786.

59
João Ilo Coelho Barbosa,
COMPORTAMENTO Débora de Araújo Lima Dutra e Janna Bezerra Braga Ferreira
EM FOCO VOL. 6

Krupnick, Janice L.; Sotsky, Stuart M.; Simmens, Sam; Moyer, Janet; Elkin, Irene; Watkins, John;
Pilkonis, Paul A. (1996) The role of the therapeutic alliance in psychotherapy and pharmaco-
UFCS?QY PVUAPNC OBGOET GO UFC O?UGPO?M 'OTUGUVUC PD +COU?M &C?MUF 2SC?UNCOU PD "CQSCTTGPO
Collaborative Research Program. Journal of Consulting and Clinical Psychology v. 64, n. 3, pp.
532-539.

Medeiros, C. A. de. (2002). Comportamento verbal na terapia analítico comporta-


mental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 4(2), pp.105-
118. Recuperado em 11 de junho de 2017, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452002000200004&lng=pt&tlng=pt.

Meyer, S. & Vermes, J. S. (2001). Relação terapêutica. In: B. Rangé (Org). Psicoterapias cogniti-
ùP§APNQPSU?NCOU?GT VN BG©MPEP APN ? QTGRVG?USG?. Porto Alegre, RS. Artmed Editora.

Nunes, M. L. T., & Lhullier, A. C. (2003). Histórico da pesquisa empírica em psicoterapia. Revista
Brasileira de Psicoterapia. v. 5, n. 1, pp. 97-112.

Polito, R. (2016). Os segredos da Persuasão. Recuperado em: 14 de outubro de 2016 de


http://reinaldopolito.com.br/34---os-segredos-da-persuasao-239

Rich, A. R. & Schroeder, H. E. (1976). Research issues in assertiveness training. Psychological


Bulletin, v.83, pp. 1081-1096.

Skinner, B.F. (1978). O comportamento verbal (M. P. Villalobos, Trad.). São Paulo, Brasil: Cultrix.

Skinner, B.F. (1974). Sobre o behaviorismo (M. P. Villalobos, Trad.). São Paulo, Brasil: Cultrix.

Tourinho, E. Z.; Neno, S.; Batista, J. R.; Garcia, M. G.; Brandão, G. G.; Souza, L. M.; Lima, J. B. de;
Barbosa, J. I. C.; Endemann, P. & Oliveira-Silva, M. (2007). Condições de treino e sistemas de
categorização de verbalizações de terapeutas. Revista Brasileira de Terapia Comportamental
e Cognitiva, v. 9, pp. 317-336.

Zettle, R. D., & Hayes, S. C. (1982). Rule governed behavior: A potential theoretical framework for
cognitive behavior therapy. In P. C. Kendall (Ed.), Advances in cognitive behavioral research
and therapy, pp. 73-118. New York, NY: Academic.

60

Você também pode gostar