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BEHAVIORAL INTERVENTION
FOR YOUNG CHILDREN WITH AUTISM
Quero ressaltar que existem várias abordagens de ensino. Porém uma das que eu escolhi para
meu filho foi ABA – Applied Behavior Analysis – Análise do Comportamento Aplicada.
Durante o processo, também usei outras estratégias de ensino como o programa TEACCH e o
método Montessori. Isto quer dizer que pode haver situações durante o processo em que o
aluno aprenda um determinado programa de forma mais fácil usando uma outra abordagem.
Nem todas as famílias têm acesso a estes protocolos e a um profissional, então resolvi traduzir
três guias curriculares descritos no livro BEHAVIORAL INTERVENTION FOR YOUNG CHILDREN
WITH AUTISM – A MANUAL FOR PARENTS AND PROFESSIONALS de Catherine Maurice com
Gina Green e Stephen C. Luce, que poderá servir como um guia para famílias que estão
iniciando nesta caminhada.
Como se trata de um programa educacional, para padronização, utilizo o termo “aluno” para
referir àqueles que serão alvo do processo de ensino e aprendizagem.
Os três guias curriculares descritos a seguir, são habilidades que você pode ensinar a seu
aluno.
1- CURRICULO INICIANTE
2- CURRÍCULO INTERMEDIÁRIO
3- CURRÍCULO AVANÇADO
Para aqueles que não têm acesso a um protocolo de avaliação, os seguintes fatores devem ser
considerados durante o processo de avaliação:
Alguns alunos podem não conseguir responder a perguntas feitas por um adulto.
Por exemplo, você pode observar seu aluno nomear brinquedos enquanto brinca, mas quando
você segura um objeto e pergunta o que é, ele não consegue nomear. Ao avaliar o aluno,
certifique-se de que ele seja capaz de responder a perguntas relevantes e a estímulos.
Quando você avaliar uma determinada habilidade, verifique se o aluno realiza a mesma sem
sua ajuda. Por exemplo, se você dá uma instrução: “Pegue o copo!”, NÃO aponte ou olhe para
o copo (estímulo) quando você der a instrução.
Ou, se você quer saber se o aluno pode completar atividades simples (ex.: quebra-cabeças, ou
encaixes), apresente a atividade a ele e dê apenas a instrução: “Monta o quebra cabeça!”, sem
dar nenhuma ajuda física.
Alguns alunos são inconsistentes nas suas respostas. É importante garantir que uma habilidade
em particular seja demonstrada em diversas ocasiões. Só porque seu aluno responde uma vez,
não quer dizer que aquela habilidade faça parte de seu repertório. Ao avaliar uma habilidade,
dê a ele diferentes oportunidades de demonstrar se consegue realizá-la consistentemente em
várias situações (ex.: de 10 situações, ele realiza em 8).
Se aluno consegue demonstrar parte de uma determinada habilidade, mas não toda. Por
exemplo, ele consegue identificar três partes do corpo ou imitar uma ou duas ações. Isto é um
bom começo, porém você deve certificar-se que seu aluno consiga dar um número adequado
de respostas dentro do programa considerando a idade do aluno (ex.: muitos alunos na
Educação Infantil conseguem identificar 10 ou mais partes do corpo). Ao avaliar um
determinado programa (ex.: seguir instruções simples), determine um número apropriado de
respostas e avalie o desempenho do aluno nelas.
Algumas vezes, o aluno com autismo pode realizar tarefas com certas pessoas, mas não com
outras (ex.: com a mãe, mas não com o pai), e apenas em contextos específicos (ex. quando
você dá a instrução “pega o copo”, ele apenas a realiza quando está na cozinha e o suco está
visível. Ou com um estímulo específico (ex.: ele nomeia todas as partes do corpo do “cabeça
de batata”, mas não nomeia as partes do corpo dele e de demais pessoas. Ao avaliar uma
habilidade em particular, certifique-se de que ela seja demonstrada com várias pessoas em um
número de contextos e com vários estímulos.
POR ONDE COMEÇAR?
Uma vez que você tenha avaliado as habilidades de seu aluno, você deve decidir quais
habilidades você vai começar a ensinar. As seguintes perguntas devem ser consideradas para
ajudá-lo na seleção do que ensinar ao aluno. Cada vez que você selecionar um programa ao
seu aluno, faça as seguintes pergunta a si próprio:
Quando você escolher um programa, pergunte a si mesmo quais habilidades o aluno precisa
realizar. Por exemplo: você quer que seu aluno peça o que deseja usando “frases”, mas ele não
consegue repetir “palavras”.
Você quer que seu aluno interaja com seus parceiros, mas ele não consegue seguir instruções
simples. Discriminar os componentes da habilidade, pode ajudar a identificar quais outras
habilidades você deve ensinar primeiro.
Ao escolher uma habilidade para ensinar, identifique aquelas que muito provavelmente
levarão à aprendizagem de outras. Por exemplo: ensinar seu aluno uma sequência de imitação
motora ampla (ex.: duas imitações na ordem correta), muito provavelmente vai ensiná-lo
também a seguir instruções verbais com dois comandos.
Devido à dificuldade de generalização das habilidades para os alunos com autismo, escolha
programas em que ele tenha ampla oportunidade de praticar além de sessões de ensino. Por
exemplo, é muito mais provável que você peça a seu aluno “feche a porta”, “pegue seu
chinelo”, “apague a luz” do que “levante os braços”.
Além disso, é mais provável que as respostas associadas a consequências positivas que
ocorrem naturalmente sejam generalizadas.
Embora haja uma variação grande entre o tempo de aprendizagem de um aluno para outro,
devemos dar prioridade aquilo que é mais provável do aluno adquirir em um tempo razoável.
Por exemplo, se seu aluno não fala, ele deverá aprender respostas de comunicação efetivas. Se
o aluno pode aprender a “apontar itens que ele deseja” relativamente rápido se compararmos
com “pedir oralmente itens que ele deseja”. Escolher habilidades que serão adquiridas em um
prazo razoável será reforçador para você, seu aluno e a equipe que estiver ensinando.
Escolha habilidades que serão proveitosas para a participação do aluno nas atividades em
família. Embora “identificar cores” seja uma habilidade importante, ensinar seu aluno a
identificar os membros da família será de grande impacto na participação dele no âmbito
familiar.
Escolha habilidades que sejam funcionais para seu aluno. Por exemplo, “seguir instruções”,
usar “sim e não”, “apontar itens desejados” são úteis para seu aluno e podem ser incorporadas
durante o dia.
Observações gerais
Quando você iniciar um programa domiciliar, comece por um número limitado de programas
durante as primeiras semanas. É melhor focar em aquisições fáceis e rápidas em um número
limitado de áreas, do que num progresso lento em muitas áreas.
Isto também permitirá a você que se torne proficiente na metodologia de ensino e também
que o aluno se acostume com a estrutura das sessões de ensino.
Embora os programas devam ser individualizados para cada aluno, alguns programas devem
ser introduzidos já no início: responder “qual o seu nome”, programas de linguagem receptiva
(ex.: seguir instruções simples), um programa de imitação (ex.: imitação motora ampla), um
programa de linguagem expressiva (apontar itens desejados) e um programa de pareamento
(emparelhar objetos idênticos). Conforme a evolução do seu aluno, adicione os programas
conforme a sua necessidade.
Guia para o Currículo Iniciante
Habilidades de autocuidado
Além destes, sugiro (sempre com avaliação de um profissional capacitado) também como parte do currículo iniciante:
Pareamentos:
Opostos
Masculino x feminino
Grande x pequeno
Singular x plural
Quantidade x número
Letras forma x script
figura com sentido
Pre-acadêmicas:
Sequencia de tamanho
Montar nome
Grafo motor papel e lousa