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Recensão Crítica
Aluna: Cláudia Nunes 2ª ano Leb
Referências bibliográficas:
• Costa, João e Santos, Ana Lúcia, Editorial Caminho SA, Lisboa 2003,
capítulo I, II e IV do livro “A falar como os bebés” – o
desenvolvimento linguístico das crianças (2ªedição);
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têm que passar por estas. Este processo é rápido, as crianças por volta dos
cinco, seis anos, já são falantes bastante competentes da sua língua.
Os bebés raramente reagem positivamente a correcções feitas por
parte dos adultos em relação aos seus erros, umas vezes ignoram-nas
simplesmente, outras repetem a correcção para de certa forma contentar o
adulto, voltando a repetir o mesmo erro quando retomar o discurso. No
entanto devem fazer-se brincadeiras e correcções, para estimular os seus
comportamentos verbais. Como afirma Inês sim sim as crianças apenas em
determinadas situações tentam corrigir o erro para que o adulto goste, mas
passado um instante ela já faz o mesmo erro, visto que ela na altura
entende o erro e corrige-o porque o pai a corrige, mas seguidamente repete
o mesmo erro.
Por volta dos três anos de idade, todas as crianças conseguem
produzir com facilidade várias formas do uso de um verbo sem lhes ter sido
mostrada as várias conjugações verbais existentes. Para formular regras as
crianças são capazes de seleccionar dados relevantes, retirando o que não é
necessário. Para a autora Inês sim sim as crianças são capazes de retirar
regras da conjugação dos verbos e de as usarem sempre que elas tendem a
conjugar um verbo.
Assim no seu processo de aquisição, a criança vai descobrir que
existem várias regras que se aplicam na sua língua, no entanto também
tem que compreender que estas regras nem sempre são regulares. Inês
Sim Sim refere que os erros de sobregeneralização aplicados pelas crianças
por exemplo no verbo fazer que é um verbo irregular, é um processo
eficiente para as crianças desenvolverem a sua linguagem.
A linguagem da criança deve ser estimulada num período próprio,
caso contrário pode ocorrer um processo de atrofiamento irreversível deste
órgão biológico, o que inviabiliza o sistema de aquisição. Segundo a autora
Inês sim sim existem crianças que tendem a recriar doenças como a afasia,
que se designa pela perca total ou parcial para compreender e/ou produzir
linguagem.
Embora muitos autores considerem que o “Paiés” é um factor
importante para a aquisição da linguagem da criança, este processo de fala
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as crianças ainda não produzem frases com sílabas fechadas, isto é, sílabas
que terminem numa consoante. Não obstante como foi referido as crianças
partem de estruturas mais simples para as mais complexas. A autora Inês
Sim-Sim explicita que a estrutura reduplicada de consoante/vogal que é
uma das características do processo de lalação da criança, estabelece na
combinação de consoante/vogal repetida em cadeia como em
<mamamamama> e <babababa>
De seguida a estrutura reduplicada de consoante/vogal, característica
da lalação, dá lugar a produções de não reduplicação como <ma> e <pa>.
Nesta fase, as crianças também utilizam essencialmente substantivos pelo
facto de serem as palavras com uma maior força denotativa; não produzem
ainda sílabas terminadas em consoante e as suas produções iniciais são
essencialmente holofrásicas, isto é, caracterizam-se por conter apenas uma
palavra, sendo difícil detectar o conhecimento morfológico e sintáctico. Para
Inês sim sim o período holofrásico, marca um certo nível de domínio lexical
e para muitos autores, corresponde às primeiras manifestações do que virá
a ser o conhecimento sintáctico.
Por volta dos 12 meses, os bebés já produzem eficientemente cerca
de 10 palavras, todavia se as crianças com essa idade ainda balbuciam não
terá de ser um motivo de preocupação, visto que como foi referido no
capítulo anterior, ela pode ser apenas um menino de poucas palavras. Entre
os 12 e dezoito meses o número de palavras cresce de 10 para 50, sendo
que estas palavras são geralmente as que rodeiam as crianças, tomando
como exemplo, as palavras <<mamã>>, <<papá>>, <<água>>, etc.
Devido aos pais utilizarem palavras básicas para conversarem com as
crianças, elas tendem então a utiliza-las no seu input com uma maior
frequência. As suas primeiras produções reflectem um nível básico da
organização do léxico, podendo existir casos de sobregeneralização de
significados.
A nível dos sons, as crianças nas suas construções iniciais produzem
essencialmente consoante oclusivas, como o [p] [t] [k] [b] e [d], embora
ainda não sejam capazes de produzir consoantes fricativas. Desta forma
serão capazes de dizer pa para pato, e ta para chave, substituindo o som
fricativo para um som oclusivo mais próximo.
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desenvolver e por fim a idade-alvo que designa a idade das crianças pela
qual o jogo deverá ser dinamizado
Este livro “ A falar com os bebés” proporciona a quem o lê um
conhecimento bastante alargado acerca do desenvolvimento da criança. Ao
ser um texto com uma linguagem acessível permite que todo o tipo de
leitores possa usufruir do seu conteúdo e das informações que ele
transmite.
Posso salientar ainda, que os jogos que o livro contém são
actividades bastante potenciadoras para o desenvolvimento linguístico das
crianças.
Enquanto futuros profissionais de Educação estas actividades
linguísticas são fulcrais e útil para exercer futuramente a minha profissão,
quer seja como futuro professor ou educador de infância.
Para concluir posso afirmar que as crianças são alvo de
características genéticas que são fulcrais para o seu desenvolvimento da
linguagem. No entanto, se o meio não for propício a esse desenvolvimento
a criança terá mais dificuldades na sua aprendizagem.
As educadoras, os pais e os seus professores devem portanto criar
um ambiente linguístico eficiente para que estas desenvolvam a sua
linguagem de uma forma correcta e assertiva.
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