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Curso Técnico de Apoio à Infância
Gaguez e Sigmatismo
Saúde Infantil
2010/2011
Conteúdo
Introdução.........................................................................................................................3
Gaguez...............................................................................................................................4
Definição:.......................................................................................................................4
Tipos de Gaguez:...........................................................................................................4
Classificação da gaguez.....................................................................................................5
Quanto aos movimentos:..............................................................................................5
Quanto à pronúncia:......................................................................................................5
Quanto ao aparecimento:.............................................................................................5
Quanto á emoção:.........................................................................................................5
Quando surge?..................................................................................................................6
Fases da gaguez.................................................................................................................6
Começa na Escola..............................................................................................................7
As causas da gaguez..........................................................................................................8
Soluções para a gaguez.....................................................................................................9
O que a família pode fazer................................................................................................9
Sigmatismo......................................................................................................................10
Conclusão........................................................................................................................12
Bibliografia.......................................................................................................................13
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Gaguez e Sigmatismo
Introdução
No âmbito da disciplina de Saúde Infantil foi nos proposto realizar um trabalho sobre a
Gaguez e Sigmatismo.
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Gaguez e Sigmatismo
Gaguez
Definição:
Tipos de Gaguez:
- A gaguez Clónica caracteriza-se pela repetição de uma sílaba no início da frase ou quando
está a pronunciá-la. Há uma repetição compulsiva das sílabas que ficam presas (por exemplo:
Por-Por-Por-Portugal).
- A gaguez Tónica é acompanhada por uma paragem no discurso, impedindo a articulação da
palavra. Parece que tropeça nas palavras. De repente, a palavra em falta explode e a frase
completa-se – por exemplo: queres ir comigo, comigo, comigo, queres ir comigo ao cinema? A
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gaguez pode ser acompanhada de movimentos motores como piscar os olhos, tiques e
tremores.
- A balbuciação ou titubeação, são também distúrbios que se enquadram na gaguez. O
balbuciador possui um pensamento que, por assim dizer, se desenrola mais rapidamente do
que é possível verbalizar o que provoca um choque de palavras. Na titubeação, as frases são
imperfeitas, incoerentes no modo como se constroem, mas não na sua articulação.
Classificação da gaguez
Quanto à pronúncia:
Repetição de consoantes;
Quanto ao aparecimento:
Quanto á emoção:
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Quando surge?
A gaguez tende a surgir entre os 3 e os 6 anos, mas é mais frequente aos 5 anos. Estas idades
constituem por si só, duas fases críticas do desenvolvimento infantil, uma vez que é por volta
dos 3 anos que a criança começa a utilizar a linguagem como instrumento privilegiado de
comunicação. O pensamento formal está consolidado e há necessidade de o colocar em
prática. A criança experimenta comunicar verbalmente, mas atrapalha-se com as palavras.
Estas dificuldades geram ansiedade, que aumenta quando percebe que a mãe também está
preocupada por esse motivo.
Por vezes, nos estádios de evolução da linguagem, podem surgir alguns episódios de gaguez,
mas que são transitórios. Este facto não deverá constituir um motivo de inquietação para os
pais. A situação geralmente resolve-se por si e a insistência em corrigi-la é que poderá
provocar uma fixação. Algumas crianças chegam, inclusive, a manifestar grande receio em
falar. As crianças também têm tendência para repetir frases inteiras, o que não deve ser
confundido com gaguez.
Fases da gaguez
A primária e a secundária.
Na fase primária, a criança ainda não está consciente de suas dificuldades na fala, apesar de
manifestar bloqueios, hesitações e repetições de sons ou palavras. Ocorre, na maioria das
vezes, com crianças de 2 a 4 anos de idade, pois todas elas experimentam um certo grau de
não influência, já que estão a aprender a falar. Elas gaguejam, mas não sentem os sintomas
secundários da gaguez. As medidas que devem ser tomadas por pais, professores e outros
adultos, nesta fase da gaguez, devem ser indirectas, sem manifestar preocupação com desvio
em si. Deve-se procurar manter a criança, em boas condições físicas, proporcionando-lhes uma
agradável e repousante atmosfera familiar, com bons modelos de fala. É importante também
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tentar desenvolver nela sentimentos de adequação e autoconfiança, ressaltando as suas
aptidões positivas e minimizando as suas deficiências.
As crianças com não influências devem ser reconhecidas, mas aceites como normais. Deve-se
evitar dar-lhe a impressão de que as outras pessoas ficam preocupadas ou ansiosas por causa
disso. E, mais do que tudo, não se pode humilhar, criticar ou castigar a criança quando ela
gagueja. Movimentando perto de cem músculos para pronunciar uma palavra, ela não toma
consciência da origem do erro. Sendo ridicularizada, fica nervosa e gagueja mais ainda. Nos
primeiros anos, pode-se tentar corrigir a gaguez obedecendo-se as seguintes normas:
3) Matriculá-la numa escola de educação infantil, para que ela possa jogar, pintar etc.;
Na fase secundária, o individuo já foi classificado por si mesmo e por outros como gago. Sente
ansiedade ao falar certas palavras e teme gaguejar, temor que aumenta ainda mais a
possibilidade de que ele gagueje.
Nesta fase é necessário ensinar ao gago técnicas de respiração para controlar o ritmo da fala e
a articulação de frases. O tratamento destinado a possibilitar a pessoa que fala sem gaguejar
consiste em ensiná-la a articular apropriadamente as sílabas e palavras e a construir
gradualmente a sua não influência. O procedimento correctivo tem a finalidade de
desenvolver a tolerância da gaguez, a dessensibilização emocional, a redução da ansiedade e a
fala controlada.
A gaguez é mais um problema emocional do que de fala, então o seu tratamento é orientado
mais no sentido da descoberta do conflito que gerou. Normalmente a criança gaga é sensível,
emotiva e insegura, necessitando de uma orientação especial no seu relacionamento.
Começa na Escola
Aos 6 anos, chega o momento do ingresso na escola primária e há crianças que sofrem
intensamente nesta altura, já que são inundadas de sentimentos de abandono. Embora a
maioria das famílias opte por colocar os seus filhos no infantário, o certo é que este momento
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poderá constituir uma situação traumática para as crianças que estiveram sempre com a mãe
e que de repente se vêm privadas dela. O medo do abandono, a fantasia de terem feito algo
errado e que estejam por isso a ser punidas, aumenta-lhes a ansiedade a tal ponto que podem
surgir sintomas de gaguez.
As causas da gaguez
Constata-se também que muitos gagos são também canhotos, canhotos contrariados, ou
então crianças com dificuldades ao nível da lateralidade isto é, com má coordenação dos
gestos. Estas situações podem ser identificadas em crianças que têm pouca habilidade para
enfiar contas, fazer puzzles, recortes, etc. Embora inicialmente tudo apontasse para a
existência de uma correlação entre a lateralização e as perturbações da linguagem, o certo é
que numerosos canhotos jamais apresentam distúrbios ao nível da linguagem.
Mães ansiosas ou, no pólo oposto, distantes e pouco calorosas poderão desencadear na
criança uma ansiedade tal que provocam o surgimento dos primeiro sintomas de gaguez.
Frequentemente este tipo de mães assume um comportamento que oscila, de um modo
contraditório, entre uma atitude possessiva ou asfixiante e outra de rejeição ou agressão.
Podem num momento ser extremamente carinhosas, mas no momento seguinte a paciência e
a disponibilidade deixam de existir, afastando a criança de um modo abrupto. Estas atitudes
podem provocar nos filhos uma tal insatisfação que, de entre outros modos, se manifesta por
distúrbios ao nível da linguagem.
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- Não aumentar á criança a ansiedade. Falar calmamente, fazendo-a perceber que tem tempo
para ouvir a resposta. Não a pressionar, se não a criança vai gaguejar mais;
- Mostrar-se disponível. Ouvir as histórias que ela conta, valorizando sempre que possível, a
capacidade que ela tem em observar as coisas. Deste modo, pode-se transmitir-lhe o quanto
gosta de a ouvir e de falar com ela, apesar do seu problema de linguagem.
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- Evitar expô-la a situações complicadas, que lhe possam provocar ansiedade. Tentar
encontrar um equilíbrio nunca caindo na tentação de a superproteger, mas tendo sempre
presente que a auto-estima da criança está fragilizada e que todos os ataques são muito
sentidos. Não permitir que a família comente ou goze com esse problema.
- Fazer jogos com a criança, que incluam canções e versos. A criança gaga reage muito bem a
tudo o que é decorado ou entoado com ritmo. Assim, a criança sentir-se-á mais preparado
quando ingressar na pré-escolar.
Sigmatismo
Falar é um acto que envolve as estruturas dos aparelhos respiratórios e digestivo, além de
funções como respiração e deglutição. Quando qualquer um desses factores é afectado,
podem surgir distúrbios da fala, possíveis de correcção através de tratamento especializado.
As alterações da fala têm causas fisiológicas. Respiração bucal, língua, bochechas, dentes e
maxilares mal posicionados geram alterações na arcada dentária e problemas de pronúncia
das palavras. O uso prolongado de chupeta, sucção de dedo e alimentação pastosa por muito
tempo prejudicam a mobilidade e tonicidade dos órgãos fonoarticulatórios.
Factores hereditários, traumas, timidez, e até mesmo o bilinguismo também podem
comprometer a comunicação oral da criança. Dentro das alterações mais comuns, destacamos
as seguintes:
Dislalia: A criança troca letras, fala enrolado. Consiste em: 1º troca de fonemas: |F| por |V|, |
G| por |C|, |T| por |D|, etc. 2º Omissão de fonemas: sapato/ apato, palhaço/paiaço. 3º
distorção: papagaio/ papaigaio. 4º Inversão: televisão/tevelisão. Ocorre também de não se
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entender nada ou pouca coisa do que ela fala. A dislalia poderá ser um problema sério se
persistir além da idade de aquisição normal da fala que é 4 anos, podendo deixar a criança
inibida, tímida, causada pelas observações dos amiguinhos (ele fala de forma errada!). Os pais
e professores devem estar atentos, pois no período de alfabetização a criança pode transferir
as trocas da fala para a leitura e escrita.
Disfluência ou gaguez: a criança, por volta dos 3 a 4 anos, apresenta uma gagueira fisiológica.
Dependendo de como é vivenciada, passa naturalmente ou se instala e os factores emocionais
e hereditários podem interferir nesse processo. Para estimular a fluência recomenda-se
brincar com ritmo, música, teatro, dramatização, poesia, etc. Os pais devem evitar ao máximo
corrigir e pressionar a criança, dando atenção especial ao conteúdo da mensagem e não a
forma como ela está a falar. Não completem as palavras, dando o tempo necessário para que
ela termine a frase tranquilamente. Os pais devem evitar comparação e discriminação, ter
calma, paciência e reduzir a ansiedade para não transferir ao filho. Atraso na aquisição da fala,
algumas crianças começam a falar muito cedo, já na época do primeiro aniversário e outras
que falarão só no final do segundo ano de vida. A partir dessa idade, as crianças que
apresentam vocabulário restrito, dificuldade em elaborar frases, dificuldade de compreensão,
fala ininteligível e uso de gestos podem necessitar de tratamento especializado para
estimulação da fala. Dentro das causas do atraso na aquisição da fala, destacamos: Factores
hereditários e falta de estimulação de modo geral; Factores afectivos: abandono, rejeição,
superprotecção e ambiente familiar;
Factores orgânicos: rubéola, viroses, prematuridade, etc;
Disfonia infantil: a voz apresenta-se rouca. As crianças que falam alto, imitam sons com
esforço, choram em excesso, gritam nos parques, jogos e escolas, falam de forma incorrecta,
causando esforço vocal e sendo sérios candidatos a terem
nódulos nas pregas vocais. Elas necessitam de orientações
sobre como usar a voz (higiene vocal) e buscar uma
melhor forma de se comunicar.
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Conclusão
Com este trabalho podemos concluir que a criança gaga precisa de um
acompanhamento delicado, precisa que lhe demos a entender que deve falar
lentamente e com calma, porque a ansiedade faz com que a criança gagueje e faz com
que a criança fique com medo.
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Bibliografia
http://www.gaguezapg.com/index.php?
option=com_content&task=view&id=23&Itemid=37
http://www.portaldacrianca.com.pt/artigosa.php?id=36
http://www.construcaoecia.com.br/conteudo.asp?ed=49&cont=476
http://www.webartigos.com/articles/2742/1/A-Gagueira---Sindrome-Da-
Fala/pagina1.html#ixzz1BmpGUwrh
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