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SÃO PAULO
1999
CEFAC
CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA
MOTRICIDADE ORAL
SÃO PAULO
1999
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RESUMO
Este trabalho busca dar uma visão mais específica sobre a mastigação aos
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SUMMARY
intervention into the oral motricity of cerebral palsy patients, has as final objective
the speech adequation, and not the improvement of the mastigation function.
This paper aims to give the professionals active in the area, a more specific
view of the mastigation process, emphasizing its importance to the whole oral
apparatus.
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Para meus pais, Glauce e Luiz Antonio,
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SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................6
2. Discussão Teórica....................................................................................8
3. Considerações Finais.............................................................................23
4. Referências Bibliográficas......................................................................25
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1 - INTRODUÇÃO
possibilidades de modificação?
cada caso.
(Lacerda,1987; Braga, 1995; Frazão,1996 ). Porém, discutir esse tema não é meu
objetivo.
profissionais que trabalham com esses pacientes reflitam sobre sua prática e que
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2 – DISCUSSÃO TEÓRICA
Histórico
apresentada na metade do século XIX por John Little como sendo uma nova
motor decorrente de uma condição não progressiva, adquirida antes dos dois
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O prejuízo motor deve estar presente, mas não é o único parâmetro. É
termo “paralisia cerebral” é reconhecido como uma expressão geral que abarca
persistente, porém variável, surgida nos primeiros anos de vida pela interferência
normal da criança”.(p.11)
Etiologia
destacam que durante muito tempo estudiosos acreditavam ser apenas a asfixia
durante o parto a principal causa da paralisia cerebral; porém como vários casos
cerebral tem sido muito pesquisada, porém nos estudos prospectivos mais
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Kubam & Leviton, citados em Piovesana (1998), procuram determinar os
hormonal.
ocorreu.
- Genética: síndromes
importantes.
Geralmente o quadro clínico resultante das seqüelas é mais grave, como nas
“paralisia cerebral”.
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reflexa tônica. Os movimentos são restritos em amplitude e requerem excessivos
esforços.
sendo mais afetados que os inferiores. São casos referidos como “dupla
hemiplegia”.
envolvidos.
difícil. A mão afetada está bem fechada e o bebê não a abre. Não chuta com a
perna afetada e a cabeça é usualmente virada para o lado oposto ao afetado. Ele
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não passa pelos estágios de desenvolvimento simétrico do bebê normal, que
amplitude das flutuações pode variar nos casos individuais. O tônus postural
destas crianças é deficiente e não podem, assim, manter uma posição estável. Há
todas as articulações.
A criança atáxica – são raros os casos de ataxia pura, ou seja, ela vem
tônus postural baixo combinado com alteração da inervação recíproca, com falta
Diagnóstico
severas.
com menos de seis meses de idade. As crianças com paralisia cerebral atingem
primeiro ano de vida – em casos graves mesmo por dezoito meses de vida –
maiores mudanças. Além disso, somado aos retardos na maturação , mais cedo
Isso é evidente quando a criança se torna mais ativa, isto é, quando ela tenta se
sentar, usar suas mãos e braços, empurrar-se para levantar, ou quando tenta
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Muitos dos padrões essenciais e fundamentais do desenvolvimento motor,
sofrimento fetal devem ser seguidas periodicamente por profissionais atentos aos
primeiros sinais de alerta que indicam que algo não vai bem com o bebê. Estas
atrasado, a criança não apresenta o controle cervical dentro dos primeiros três
meses de idade. Seu contato com o meio ambiente é muito pobre, apresenta
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Neste capítulo tive a intenção de explicitar os aspectos mais objetivos
estomatognático e vem sendo muito estudada por profissionais que atuam nesta
área.
ocupado atualmente o centro das preocupações por fazerem parte das matrizes
estomatognático.
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destes órgãos na alimentação e desenvolvimento de atividades musculares mais
elaboradas.
Crickmay (1974) afirma que a criança suga e morde como resposta reflexa
normal a criança com paralisia cerebral é ajudada a inibir estes reflexos para a
normal, o ato de mastigar sólidos por si só contribui para reforçar a inibição dos
de cabeça por parte de criança, que por sua vez depende do controle postural-
ocupacional.
geral da postura da criança para que, uma vez sentida a perda da normalização
inibitória.
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Marujo (1998) considera que o posicionamento adequado promove uma
estável, uma estabilidade de quadril e uma posição estável e simétrica dos pés.
estimulado.
A mesma autora refere, ainda, que líquidos e purês são mais difíceis para
porque oferecem mais informações sensoriais e por isso são mais facilmente
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Mueller (1980) considera que para o desenvolvimento da mastigação o
melhor é colocar com a mão o alimento entre os dentes no lado da boca, ajudando
tocar o alimento nos lados do dente antes de colocá-lo entre os mesmos e ajudar
continuamente com firme pressão com o dedo médio, o que leva aos movimentos
Limongi (1989), em seu trabalho com mastigação, faz com que a criança
alimentos mais moles, aumentando-se aos poucos a consistência até chegar aos
mais duros.
Após esta etapa, passa-se a colocá-los sobre a língua, que deverá lateralizá-los
arrancar pedaços de alimento com os dentes irá favorecer muito a oclusão dental
possui.
Como enfatiza Marujo (1998), básico para uso de uma fala eficiente e
da “pré-fala”.
obter, entre outras, informações dos movimentos individuais das partes que
som.
órgãos e grupos musculares cuja função básica é servir a outros fins, como
rapidez e com uma precisão muito maior que a requerida no desempenho de suas
funções básicas.
mandíbula ( necessários para a fala ), a partir dos movimento mais grosseiros que
primeiros dentes.
Esta foi uma breve visão do trabalho realizado com pacientes portadores de
paralisia cerebral.
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3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
presentes.
fazendo que a criança com paralisia cerebral realize ações, as mais próximas
que maneira” alimentar uma criança com paralisia cerebral e, principalmente, “com
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que finalidade”. Foi observado que, na maioria dos casos, a mastigação é utilizada
lutas; o mesmo não acontece com o homem moderno. Além de utilizá-lo apenas
sistema.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERRARETTO, I.; FERREIRA, A.; IGNÁCIO, A.; PRADO, A.E.O.; PINTO, M.C.F.;
Universidade Católica]
Universidade Católica]
(13):4-21, 1993.
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