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FONOAUDIOLÓGICAS
NA PANDEMIA
NAP TRIAGEM
SUMÁRIO
Introdução 02
Dislexia 29
Gagueira 32
2
INTRODUÇÃO
NAP TRIAGEM:
2
Graduação
Faculdades Integradas Tereza D’ Ávila – FATEA-
Lorena, SP.
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Nossa
Senhora de Sion, Campanha, MG, (licenciatura
plena).
Pós-graduação
Elaine Ribeiro
Psicopedagogia e Psicomotricidade, UNISAL,
de Carvalho
Lorena, SP
Fonoaudióloga
CRFa 2480/T6R
Curso complementar
Curso de Formação Básica de Aplicadores em
ABA para TEA e DI;
Curso Método dos Dedinhos Plus.
Curso Método dos Dedinhos e Dedinhos Sign.
Segunda Conferência Nacional de Apraxia de
Fala na Infância.
Experiência profissional
Trabalhou por um ano e meio na Prefeitura
Municipal de Baependi, MG.
Iniciou na Secretaria Municipal de Educação de
Pindamonhangaba em 2002 por, concurso
público, e passou a integrar a equipe do NAP -
Núcleo de Apoio Psicopedagógico em 2006.
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Graduação
Graduada em Fonoaudiologia pela FATEA (Faculdades
Integradas Teresa D’Ávila), em Lorena – SP, no período de
1996 à 2000.
Pós-graduação
Pós Graduação em Motricidade Oral - pelo CEFAC
(Centro de Especializações em Fonoaudiologia Clinica –
SJC/ SP, no período de 2001 à 2003.
Pós Graduação em Neuropsicologia e Educação pelo
ITECNE – Instituto Tecnológico e Educacional – Taubaté/ SP
- concluída em março 2011.
Cursos complementares
Milena Pereira
LIBRAS ,
Müller
PECS ,
Fonoaudióloga
Método dos Dedinhos Básico e Plus
CRFa2 11401
Curso Básico de Aplicador em ABA para TEA e DI .
Experiência profissional
Apae de Itajubá-MG e consultório particular de 2001 até
maio de 2004.
Prestadora de serviço da Unimed Pindamonhangaba- SP
para exames audiológicos no setor de medicina
ocupacional e terapia fonoaudiológica em consultório há
16 anos .
Prestação de serviço fonoaudiológico na Santa Casa de
Misericórdia de Pindamonhangaba, realizando Emissões
Otoacústicas Transientes (EOAT) – Teste da Orelhinha;
triagem auditiva universal em neonatos , há 10 anos . E no
Hospital 10 de julho também , Teste da Orelhinha e o Teste
da Linguinha .
Fonoaudióloga no NAP - Núcleo de Apoio
Psicopedagógico em Pindamonhangaba, há 16 anos.
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Graduação
Graduada em Fonoaudiologia pela USP (Universidade
de São Paulo) em São Paulo/SP.
Pós-graduação
Aprimoramento Profissional no Hospital do Servidor
Público estadual (HSPE/SP).
Especialização em Linguagem pelo CEFAC (Centro
de Especializações em Fonoaudiologia Clinica) de
São Paulo/ SP Luciane Kalil
Patah
Aprimoramento em Linguagem, Aprendizagem e
Neurociências pelo CEFAC (Centro de Especializações Fonoaudióloga
em Fonoaudiologia Clinica) de São Paulo/ SP
CRFa2 9416
Mestrado em Semiótica e Linguística Geral (FFLCH-
USP/SP).
Cursos complementares
Realizou diversos cursos nas áreas de Fala,
Aprendizagem, Transtorno do Espectro Autista,
Necessidades Especiais, Linguagem. Os cursos
realizados incluem Estratégias Terapêuticas nas
Deficiências, Comunicação Suplementar e
Alternativa, Dislexia, Revisão e Atualização em
Motricidade Orofacial, Gagueira, PECS (Sistema de
Comunicação por Troca de Figuras), Curso Básico de
Aplicador em ABA para TEA e DI, Intervenção
Precoce em Autismo, Apraxia de Fala na Infância.
Experiência profissional
Realizou pesquisas e publicações em
Desenvolvimento e Transtornos Fonológicos e em
Processamento Fonológico e suas relações com
Linguagem Escrita. Atuou por cinco anos no SESI-
Serviço Social da Indústria (SJC) no Programa Saúde
Escolar. Atua em atendimento clínico há mais de 20
anos e no NAP- Núcleo de Apoio Psicopedagógico
da Prefeitura de Pindamonhangaba desde 2006.
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Graduação
Graduada em Fonoaudiologia pela FATEA
(Faculdades Integradas Teresa D’Ávila), em
Lorena – SP, no período de 1995 à 1998.
Pós-graduação
Curso de Especialização em Fonoaudiologia
Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo –
SP
Patrícia Ferraz
Cardoso
Cursos complementares
França
Dislexia
Fonoaudióloga
Reabilitação Neuropsicológica ( Estimulação de
Linguagem, Atenção, Praxia e Apraxia, e CRFa2 9617
Memória)
Linguagem
Fissuras Labiopalatinas (Capacitação ao
atendimento terapêutico) – Projeto The Smile Train
Curso Básico de Aplicador em ABA para TEA e DI .
Experiência profissional
Consultório particular – período de 2000 a 2003.
Creche – Obra Social Nossa Senhora da Glória
(Fazenda Esperança): Avaliação individual e
terapia fonoaudiológica em grupo, orientações à
pais e profissionais da entidade.
Fonoaudióloga concursada na Prefeitura
Municipal de Pindamonhangaba – SP; cargo no
NAP – Núcleo de Apoio Psicopedagógico, há 17
anos .
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Graduação
Bacharelado em fonoaudiologia pelas Faculdades
Integradas Teresa D´Avila (FATEA).
Pós-graduação
Especialização em Audiologia pela Irmandade
Santa Casa de Misericórdia de em São Paulo.
Tatiana Helena
Cursos complementares Pinto
Cursos de aperfeiçoamentos realizados em diversas Fonoaudióloga
áreas como fala, linguagem, comunicação
alternativa, dislexia, ABA, entre outros. CRFa2 9678
Experiência profissional
“Creche Associação Canisiana de Aparecida”.
Atividades: Avaliação e terapia fonoaudiológica
individual e em grupo, além de orientações à pais
e profissionais da entidade.
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Hábitos Orais.
O que é isso???
5- Alteração na Fala
8
6- Respiração Oral (respirar pela Esses hábitos modificam a estrutura
boca ou manter a boca aberta) orofacial, podem alterar a arcada
dentária, modificar a face,
musculatura das bochechas e
lábios ficam flácidas, a língua se
apresenta mais flácida (mole) e fica
em uma posição errada dentro da
boca; como consequência as
funções estomatognáticas -
SUCÇÃO, DEGLUTIÇÃO,
O que esses hábitos podem MASTIGAÇÃO, RESPIRAÇÃO E FALA,
prejudicar??? sofrem modificações.
Posicionamento inadequado de
língua, interposição lingual, flacidez
da musculatura e ausência do
fechamento da boca (selamento
labial)
9
Respiração oral Como posso ajudar???
11
Principais características da Apraxia de Fala na Infância:
• Fala poucas vogais ou apresenta erros ao pronunciar vogais;
• Fala poucas consoantes ou apresenta erros/omissões, mesmo as mais
visíveis, como P e M;
• Os erros são variáveis e ,muitas vezes, incomuns. Pode acontecer de a
criança produzir o mesmo som em uma palavra e em outras não ou
produzir a palavra em uma determinada situação e, em outras, não.
• Dependendo do grau de severidade, a criança pode produzir o som,
sílaba ou palavra-alvo em um contexto e não produzí-los com precisão
em um contexto diferente;
• Dificuldade em alternar, com precisão, a repetição das mesmas
sequências, como: pa/pa/pa ou de sequências múltiplas, como
pa/ta/ka;
• Presença de alterações prosódicas (“melodia da fala”), fala acelerada
ou monótona, instável, erros de “acentuação” (força ou marcação),
déficit na duração dos sons e pausas entre as sílabas;
• Em algum momento, podem demonstrar “procura” ou “esforço” ao
articularem sons de fala;
• A criança demonstra que fica “perdida”, não sabe como movimentar a
boca. Ela tenta falar, mas não consegue;
Como ajudar?
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A participação e postura dos pais também é fundamental para o
desenvolvimento das crianças com esta dificuldade. Seguem algumas
orientações da Associação Brasileira de Apraxia de Fala na Infância:
• Entenda e acolha a dificuldade da criança. Não é preguiça. A criança
precisa se sentir acolhida e aceita.
• A criança com Apraxia apresenta uma desorganização. Por isso, cuide
do ambiente familiar, organize os brinquedos, estabeleça rotina, limites e
regras em casa.
• Controle a ansiedade! Não obrigue ou pressione a criança para falar.
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Tudo se torna um experimento, desde colocar suas
A importância do brincar
brincadeira é a ligação entre a criança e o meio, sendo
o instrumento que permite o aprendizado e o
entendimento do mundo ao seu redor.
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Deixe a criança decidir para onde a brincadeira vai
A importância do brincar
da brincadeira. Pois, o objetivo é se divertir, mesmo que
ela não esteja seguindo as regras ou que esteja fazendo
o carrinho voar em vez de andar na pista.
Até os 3 anos, a criança ainda é pequena para seguir
regras. Procure se controlar e deixar que a criança
decida o destino da brincadeira, mesmo que você não
concorde (a não ser que haja questões de segurança
envolvidas – aí é sua obrigação intervir).
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para o desenvolvimento infantil
POR QUE BRINCAR É IMPORTANTE?
A importância do brincar
1. Combate a obesidade, o sedentarismo e desenvolve
a motricidade. Por exemplo, pega-pega, pular
amarelinha, pular corda, gastam muita energia.
2. Promove o autoconhecimento corporal. Correr, pular,
cair, levantar… Ações que auxiliam a criança a se
perceber e conhecer seus limites e potenciais.
3. Estimula competências socioemocionais. A brincadeira
é uma necessidade biológica que ajuda a moldar o
cérebro, fortalece as relações socioafetivas,
explorando aspectos como autocontrole, cooperação
e negociação.
4. Gera resiliência. Esta é uma das mais importantes
habilidades para se viver. A frustração de perder um
jogo ou de o colega não querer brincar do jeito
proposto pela criança irá ajudá-la a se adaptar a uma
realidade inesperada, administrando melhor as
decepções.
5. Ensina o respeito ao outro. A criança aprende a ouvir,
a relacionar-se, aceitando as diferenças.
6. Desenvolve a atenção e o autocontrole. Quebra-
cabeça ou empilhar blocos é um desafio que, a cada
nova tentativa, será melhor resolvido. Esse
aprendizado é uma ferramenta para superar vários
desafios na vida.
7. Acaba com o tédio e a tristeza. Brincar dá prazer.
Quantas vezes ouvimos pais falarem que a criança
estava triste, chorando. Foi só começar a brincar que
tudo ficou melhor. Isso significa que o brincar fortalece
a saúde emocional.
8. Incentiva o trabalho em equipe. Os jogos e
brincadeiras coletivos são verdadeiras escolas de
convivência, cooperação, respeito, trocas, limites,
essenciais à vida e ao mundo do trabalho.
9. Estimula o raciocínio estratégico. Jogos com regras
criam impasses que são vencidos por meio da análise,
da argumentação, do momento certo de agir, da
avaliação do resultado. Os erros servirão como ponto
de partida para novos acertos.
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10. Promove a criatividade e a imaginação. Baldes,
A importância do brincar
isso, estimular a criatividade com objetos simples traz
mais ganhos à criança do que com brinquedos
prontos e caros.
11. Estabelece regras e limites. A criança aprende a
respeitar o espaço e o limite do outro, lidando com
regras, questionando-as para entendê-las ou para
sugerir mudanças, postura essencial para viver pró
ativamente na sociedade.
12. Auxilia no desenvolvimento da linguagem.
Brincando, a criança será estimulada a desenvolver
a fala e, posteriormente, a leitura e a escrita.
PORTANTO, PAIS...
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É a capacidade de controlar o movimento da mão,
guiado pela visão. Atividades que estimulam esta
habilidade: lançar bola na parede e pegar, jogar bola um
para o outro ou bater peteca, vai-vem (brinquedo),
Coordenação
Visomotora pingue-pongue, boliche.
Esta habilidade é requerida quando a criança copia a
atividade da lousa: assim, deve ter uma boa
coordenação entre os movimentos da mão e dos olhos.
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É a habilidade que a criança apresenta de perceber a posição de
seu próprio corpo no espaço e a posição dos objetos em relação a
ela mesma. A estruturação espacial não nasce com o indivíduo, ela é
construída, assim como a noção de esquema corporal.
Esta habilidade será necessária quando a criança tiver que, por
Orientação exemplo, lidar com o espaço restrito de uma folha do caderno ou
Espacial sulfite. Ela precisará ter vivenciado o corpo, os movimentos em um
espaço, de dimensão maior para, depois, lidar com este espaço mais
restrito. Torna-se necessária, também, para diferenciar letras, números,
em posições
parecidas: “u” ou “n”; “ b, p, d, q” ; “6” ou “9”.
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DICAS PARA ESTIMULAR A FALA E A
LINGUAGEM ENTRE CRIANÇAS DE 1 A 2
ANOS E 6 MESES:
26
DESENVOLVIMENTO DE FALA DE 3 A 6
ANOS
Com 3 anos, a criança já fala frases formadas por 4 a 5 palavras. Também
já memoriza pequenos versos e músicas.
Aos 4 anos já utiliza frases complexas com até 6 palavras. Narra fatos e
histórias, faz perguntas usando “quem”, “por que” e “quando” e seu
vocabulário pode chegar a 1500 palavras.
Com 5 anos, a criança já usa tempos verbais (passado, presente, futuro),
pede informações e já é capaz de emitir todos os sons da fala
corretamente.
Quando a criança completa 6 anos ela é capaz de recontar detalhes de
histórias conhecidas, inventa outras histórias, com coerência. Seu
vocabulário pode chegar a mais de 10.000 palavras e já pode manter
uma conversa com um adulto.
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A dislexia é um distúrbio genético que dificulta o
aprendizado e a realização da leitura e da escrita.
O cérebro, por razões ainda não muito bem
esclarecidas, tem dificuldade para encadear as
letras e formar as palavras, e não relaciona direito
os sons às sílabas formadas. Como sintoma, a
pessoa começa a trocar a ordem de certas letras
ao ler e escrever.
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Alguns sinais na Pré-escola
• Dispersão;
• Fraco desenvolvimento da atenção;
• Atraso do desenvolvimento da fala e da
linguagem
• Dificuldade de aprender rimas e
canções;
• Fraco desenvolvimento da
coordenação motora;
• Dificuldade com quebra-cabeças;
• Falta de interesse por livros impressos.
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GAGUEIRA
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A CRIANÇA COM GAGUEIRA LEVE
1. A criança com gagueira leve repete sons mais de duas vezes, pa-pa-
pa-pa pato, por exemplo. A presença de tensão pode ser evidente
nos músculos faciais, especialmente ao redor da boca.
2. A intensidade de voz pode aumentar com as repetições e,
ocasionalmente, a criança terá “bloqueios” (ausência de ar e voz,
por alguns segundos).
3. Tente falar mais lenta e relaxadamente quando conversar com seu
filho. Encoraje outros membros da família a fazerem o mesmo. Não
fale tão devagar de modo que sua fala pareça estranha, mas,
mantenha-a lenta e faça várias pausas.
4. A fala lenta e relaxada pode ser mais eficaz quando a criança tiver a
atenção de seus pais só para ela, sem ter que competir com outros.
Alguns minutos do seu dia podem ser reservados para a criança, é
um tempo em que se vai apenas ouvir o que a criança tem para
falar.
5. Quando seu filho falar ou perguntar algo, tente parar um segundo ou
mais antes de responder. Isso vai fazer com que sua fala fique mais
lenta e relaxada.
6. Tente não ficar chateado ou nervoso quando a gagueira aumentar.
Seu filho está fazendo o melhor que pode para aprender muitas
regras novas de linguagem (todas ao mesmo tempo). Sua atitude de
aceitação e paciência vai ajudá-lo muito.
7. Se seu filho fica frustrado ou triste quando a gagueira está pior, dê a
ele segurança. Algumas crianças se sentem melhor quando ouvem
“Eu sei que às vezes é difícil falar, não tem importância”. Algumas
crianças se sentem mais confiantes ao serem tocadas ou abraçadas
quando se sentem frustradas.
8. As disfluências vão e vêm, mas, estão mais presentes do que
ausentes.
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A CRIANÇA COM GAGUEIRA SEVERA
34
SAIBA QUE...... A gagueira infantil é um problema
que surge com considerável
frequência e que requer acolhida e
A intervenção fonoaudiológica tratamento especializado. Há fortes
na criança tem como objetivo indicações de que a gagueira tem
eliminar a gagueira ou prevenir o origem genética e fica claro que o
desenvolvimento de seu aparecimento não depende do
comportamentos de gagueira sentimento e atitude dos pais. Se a
mais avançados. Embora criança continua falando com
pesquisas indiquem que muitas repetições de sílabas e palavras
crianças irão se recuperar pequenas, prolongando sons em
espontaneamente da gagueira, demasia ou ainda, travando no início
alguns pré-escolares irão de uma fala, procure um
desenvolver gagueira persistente. fonoaudiólogo. A terapia direta é a
Para estas crianças, a mais indicada, embora com
intervenção precoce seria frequência os pais precisem de
indicada, pois frequentemente orientação e participação no
tem sido relatada como processo terapêutico. Mesmo em
satisfatória, além de apresentar crianças pequenas e, ainda que não
resultados num período tenha sido diferenciada da
relativamente curto de terapia. disfluência infantil, a gagueira precisa
ser avaliada, identificada e a ação
O trabalho integrado com a
muscular que a forma, deve ser
família é fundamental, já que os
trabalhada em direção ao equilíbrio.
familiares são os principais
interlocutores da criança e, assim
sendo, podem determinar o
ambiente comunicativo.
Dependendo da maneira como
interagem com a criança que
gagueja, poderá haver tanto
facilitação como perturbação da
aprendizagem de uma fala mais
fluente. Desta forma, o trabalho
conjunto do terapeuta com a
família propiciará melhores
resultados, facilitando a
transferência e manutenção da
fluência obtida na terapia para o
ambiente domiciliar. Portanto,
para que os familiares possam
fornecer um modelo de fala
adequado à fluência e saibam
reagir diante da gagueira, é Patrícia Ferraz Cardoso França
preciso que lhes sejam dadas CRFa2 9617
orientações específicas.
35
Leitura e Desenvolvimento da
Linguagem
Benjamim Franklin disse, certa vez, que o investimento no conhecimento
sempre paga o melhor retorno.
As famílias desempenham um papel fundamental no desenvolvimento
linguístico das crianças, principalmente, ao longo dos primeiros anos de
vida.
A aprendizagem da linguagem oral, da leitura, da escrita começa em
casa, na convivência entre pais e filhos.
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PRÁTICAS DE LITERACIA FAMILIAR
LEITURA DIALOGADA
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• Ao ler acompanhe as palavras do texto com o dedo, para que a
criança saiba que se lê da esquerda para a direita e de cima para
baixo.
• Destaque o som inicial das palavras, por exemplo: “filho, você sabe qual
é o primeiro som da palavra “maçã”? Ah, isso mesmo, é m..m..( ocluindo
os lábios). Você pode destacar qualquer som ou letra. Chame a
atenção do seu filho para o nome da letra, sua forma (maiúscula,
minúscula) e para os sinais de pontuação.
• Peça à criança que localize na página do livro, por exemplo: “Onde
estão os bichos que nadam? “Mostre os meios de transporte”. “Encontre
as palavras com cinco letras”.
• Tanto você quanto seu filho devem gostar da história! Afinal, a leitura
tem que ser prazerosa.
➨ As práticas de literacia familiar aumentam o bem-estar da criança, pois
ajudam a diminuir a agitação e os comportamentos arredios. A leitura
feita antes de dormir, por exemplo, melhora a qualidade do sono infantil,
o que contribui para reduzir a agressividade e a ansiedade.
➨ O fortalecimento dos vínculos familiares, a motivação e o estímulo
intelectual estão fortemente correlacionados à prática da leitura dos pais
para os filhos.
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Estimular as habilidades auditivas contribui para o desenvolvimento de
diferentes aspectos da linguagem e da aprendizagem. A memória
auditiva, por exemplo, possui relação com muitas habilidades de
linguagem, como o desenvolvimento do vocabulário e a compreensão
do que é falado ou lido. Permite a aquisição de novos conhecimentos e a
integração (“junção”) de informações, interferindo em diferentes tipos de
aprendizado. Por outro lado, quando há alterações no processamento
auditivo, diversos prejuízos podem estar presentes na vida do indivíduo.
Problemas neurológicos ou
alterações sensoriais auditivas, Serão dadas algumas dicas e
mesmo as “passageiras”, como sugestões de atividades para
otites (infecções/inflamações de você estimular a escuta do seu
ouvido) recorrentes, podem filho. No entanto, é bom lembrar
ocasionar dificuldades no
Processamento Auditivo Central que elas podem ajudar muito,
(PAC). mas não substituem um
Alterações de PAC podem tratamento fonoaudiológico,
ocorrer mesmo em pessoas com caso este seja necessário.
audição normal. Quando há
alterações no PAC, a dificuldade Dicas gerais:
não é em ouvir e sim em
“processar o que ouve”. • Reservar um momento para
conversar com a criança
O transtorno do PAC pode ser a olhando para ela, de frente. Isto
causa principal de dificuldades
na aprendizagem e/ou no dará um modelo de atenção
desenvolvimento da linguagem, seletiva, mostrando que
mas muitas vezes é secundário a devemos focalizar no que deve
outras dificuldades ou coexistente ser escutado.
com outros transtornos. Assim,
pode ocorrer em crianças com • Se possível, elimine ou diminua
autismo, síndromes, dislexia,
transtornos de linguagem e outros ruídos que possam competir
distúrbios de aprendizagem. com a sua voz durante a
comunicação, principalmente
se você percebe que seu filho
tem dificuldade em focalizar a
atenção nesta situação. Na
medida em que esta atenção
vai melhorando, você pode
inserir estes ruídos aos poucos.
• Chamar a criança pelo nome,
fazer contato de olho e, até
mesmo, tocá-la para garantir a
atenção antes de começar a
falar. 42
• Falar com pausas nítidas e Sugestões de atividades para
entonação enfatizada (porém, estimular o Processamento Auditivo
de forma natural).
• Garantir que a criança entendeu
• Fazer uma brincadeira motora
as solicitações. Se ela tiver
associada a presença ou
condições, pedir para que repita
ausência de um som. Exemplos:
o que foi dito.
Brincar de “estátua”, de “vivo-
• Criar situações de comunicação morto” (agachar, levantar), jogar
diariamente. Nestas situações, uma bola ao cesto. Você pode
sinalize com frequência que você combinar com a criança de fazer
está ouvindo-a. “estátua” quando desliga uma
música (não deixe a criança ver
• Há vários tipos de sons em nosso
você ligando/desligando) e
dia-a-dia: sons do nosso corpo
dançar quando a música volta
(palmas, beijo, estalo dos
(você pode cantar também), ou
dedos...), sons da natureza
fazer a estátua quando você fizer
(chuva, trovão...), sons dos
um som ou falar uma palavra.
animais (gato, cachorro...), dos
Pode combinar uma palavra ou
meios de transporte (carro, moto,
som para agachar e outra para
avião...), da nossa casa (torneira,
levantar.
chuveiro, descarga...). Explore
estes sons. Chame a atenção da • Brinque de “onde está o som”.
criança para eles quando
• Com figuras: faça o som e peça
ocorrerem, nomeie-os, use-os
para ela adivinhar qual som foi.
para brincadeiras quando
Para aumentar a dificuldade:
possível.
faça dois ou mais sons ou fale
• Conte histórias. Insira sons nas duas ou mais palavras e peça
histórias quando possível (ex: faça para ela apontar as figuras na
o som do animal), faça diferentes sequencia.
vozes. Faça perguntas que
• Brinque de “o mestre mandou”,
possam dirigir a atenção da
dando uma ou mais ordens de
criança ao enredo e a
acordo com a dificuldade da
determinadas palavras (ex: qual
criança (e varie o tamanho das
será que é o nome da menina?
ordens de acordo com a
onde será que ela vai?).
dificuldade também). Exemplo:
“O mestre mandou...pular!”, “O
mestre mandou... pular e correr!”,
“O mestre mandou... colocar a
mão no cabelo e depois ficar de
joelho!”
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• Brinque de “adivinhe o som”. Você pode separar algumas coisas de
casa que fazem barulho. Exemplos: molho de chaves, colher (bater
uma na outra), potes (bater no pote). Você também pode fazer um
material, como potinhos transparentes com arroz, feijão, pedrinhas.
Deixe a criança explorar o som primeiro. Depois, sem ela olhar, você
faz o som e ela terá que adivinhar. Para trabalhar a memória
auditiva sequencial, faça dois ou mais sons e a criança terá que
adivinhar a sequência.
• Brinque de “fui à feira (ou outro lugar) e comprei...” Você fala o
nome de dois ou mais itens para a criança lembrar. Você pode
brincar de “fui para a lua e levei” e dizer “coisas malucas”- as
crianças adoram! Esta brincadeira trabalha a memória auditiva
verbal.
• Peça para a criança contar para você ou outro familiar algo que
acabou de ouvir (como uma história ou parte da história).
ATENÇÃO!
Estes são alguns sinais de perda auditiva causada por sons intensos:
• dificuldade de compreensão de fala.
• zumbido.
• intolerância a sons intensos.
• cefaleia, tontura, entre outros.
Caso você ou algum familiar apresente estes sintomas procure um
otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo para diagnóstico e
intervenção.
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