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Fonoaudiologia| Terapia Ocupacional| Terapia Alimentar

Rua: Capitão Frederico Virmond, 1760, Centro - Guarapuava -Pr


(42) 9 9868 1223

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome: Alice D.N:


Idade: 6 anos
Responsáveis: Gorgonio Neto;

RELATÓRIO FONOAUDIOLÓGICO

A menor Alice realizou 5 sessões de avaliação fonoaudiológica solicitada pelos


pais.
- Foi analisado as formas que a criança utiliza para se comunicar e interagir
com o ambiente,
- intenção comunicativa,
- compreensão da linguagem
- família silábica As famílias silábicas são inicialmente compostas
por consoante e vogal (da, de, di, do, du) e recompostas para
formar novas palavras.
- fala espontânea,
- interação com os pais e interação com a terapeuta
- características vocais de ritmo, entonação, articulação, velocidade de fala,
volume de voz, tipo de voz, tipo respiratório, tempo de emissão,
- praxias A apraxia é a incapacidade para realizar tarefas que
exijam recordar padrões ou sequências de movimento.
funções orofaciais e musculatura orofacial.
Para avaliar estes aspectos foi utilizado o protocolo de avaliação de linguagem
e comportamento – PROC, MBGR.

Formas de comunicação (interação, expressividade e compreensão)


A menor compareceu tranquilamente ao ambiente terapêutico entrando na
sala sem resistência.
- A mesma apresenta olhar atento ao ambiente, demonstrando perceber o
outro (terapeuta) OLHA PARA O OUTRO FIXA O OLHAR E NÃO
APRESENTA RESISTENCIA
- ENTRETANTO Demonstrou poucas iniciativas verbais CONVOCA POUCO O
OUTRO DENTRO DA BRINCADEIRA, NÃO DEMONSTRA TER MUITA
INTENÇÃO COMUNICATIVA com vocalizações de difícil compreensão
apenas quando foi solicitado pelo terapeuta, por exemplo: respondeu o final
da palavra da pergunta feita pelo adulto. FALAVA APENAS O FINAL DA
PALAVRA (LINGUAGEM RECEPTIVA)
- Quando foi solicitado a ela seguir uma instrução rotineira (levantar, sentar,
sair, pegar, olhar) a mesma seguiu todos esses comandos.
- Alice demonstrou baixa motivação para se comunicar, no qual tende a
apenas responder quando perguntam, falar baixo, articular pouco, falar
metade da sílaba.
- Em relação a interação, foram realizadas atividades seguindo o interesse da
criança, a mesmo se interessou por animais da fazenda, miniaturas, bolhas
de sabão, quebra-cabeça, bonecas, dinossauro, etc. SÃO BRINQUEDOS
QUE IREMOS USAR COMO ESTRATÉGIAS DE MANEIRA DE REFORÇO
PARA ESTIMULAR A LINGUAGEM ORAL
resumo: se comunica por meio de gestos, apontando, compartilhando o olhar,
demonstra compreender porém, tem poucas iniciativas verbais.

Linguagem Expressiva, Fala, movimentos corporais

- Foi avaliado a fala espontânea e direcionada. Em relação a fala espontânea,


observa-se que a criança produz sons, a maioria ainda balbucios e palavras
ou sílabas incompreensíveis. COMO EU HAVIA COMENTADO…

- Realiza movimentos corporais fracos, no qual aplica pouca força com


dificuldade no controle de movimento rápidos e fortes e mais refinados o que
pode influenciar no desenvolvimento de fala, ex: assopra muito forte ou estala
lábios e língua muito fraco; É IMPORTANTE SER TRABALHADO
CONSCIÊNCIA CORPORAL E ARTICULATÓRIA

- Em relação aos aspectos de imitação vocal, sempre que foi solicitado


emissão de som simples (sons onomatopeicos e monossilábicos e
dissílabos), a menor demonstrou baixo interesse pela imitação orofacial,
tendendo a olhar para o lado ou desviando o foco da atividade, com
tendência a não repetir mais de uma tentativa.

- Em palavras solicitadas observa-se que a menor parece ”procurar” os sons


com a boca e desiste logo em seguida. Responde “com um som baixo”
quando é lhe perguntado algo ou responde com a última palavra falada pelo
adulto. ELA PODE RESPONDER BAIXO PELA FALTA DE CONFIANÇA
ISSO DEVE MELHORAR COM O DESENVOLVIMENTO DE LINGUAGEM

- Ainda não forma palavras isoladas compreensíveis por pessoas de fora do


seu convívio;

- Ainda não forma frases simples ou narrativas mais elaboradas esperadas


para sua idade;

- Dificuldade em responder perguntas simples, como nome, nome dos pais, o


que gosta de brincar;

Aspectos De Motricidade Orofacial (Anatomofuncional)

Alice apresentou padrão respiratório oral, com lábios entreabertos em repouso


a maior parte do tempo com pouco contato de lábio superior e inferior. Observamos
dificuldade em habilidades de assoprar, fazer bico, língua pra fora e para dentro e
demonstrou ter consciência das partes do corpo e orofacial, apontando quando
solicitado.
Em relação à condição postural dos lábios e mandíbula, foi possível observar
que a paciente apresenta uma proporção facial mais alongada. Para análise do
tônus foi realizada a palpação e observação visual.
Pode-se constar tônus leve hipotonia (flacidez) das estruturas orofaciais o que
pode impactar no desenvolvimento da fala.

Sessões de Tratamento
Durante as sessões Alice possui um bom aproveitamento, permanecendo
engajado na atividade, raramente emite comportamentos inadequados e é
colaborativa nas propostas.

Objetivos a curto prazo


Melhorar a pronúncia dos sons da fala o máximo possível, cuidando muito com
sua motivação e autoconfiança, incorporar mais palavras funcionais, curtas e que
sejam compreensíveis;

Objetivo a Longo Prazo


Espera-se que Alice tenha uma fala cada vez mais inteligível; podendo falar
frases mais longas que sejam compreensíveis para pessoas que são de fora do seu
convívio.

Conclusão e encaminhamentos

Com base nas observações realizadas durante as sessões avaliativas foi


possível levantar sinais evidentes de Apraxia de Fala na Infância que é uma
dificuldade em realizar voluntariamente os movimentos necessários à produção dos
sons da fala ou sequência de sons e sílabas, devido alteração no planejamento e
ou programação dos parâmetros de movimentos necessários à fala. Crianças com
este diagnóstico podem apresentar: fala com trocas, com uma pronúncia imprecisa
(articulação lentificada); com uma “melodia diferente” (alteração na prosódia), troca
de vogais, uso excessivo de gestos e demonstra esforço para produzir as posições
articulatórias, desatenção, dificuldade na memorização e junções de sílabas.
Oriento adequar as terapias fonoaudiológicas com urgência em pelo menos 4
horas e 30 minutos durante a semana (6 sessões semanais, distribuídas em 3
sessões de 1hora30min) com uma intensidade adequada, que seja
significativa a ponto de percebermos mudanças e evoluções no seu
desenvolvimento, e para que consiga desenvolver ao máximo e aproveitar o seu
tempo de desenvolvimento, priorizando o desenvolvimento da fala funcional, com o
único objetivo de garantir que haja a aquisição de novas habilidades que estão
ainda em déficits, para que essa criança possa aumentar habilidades de fala,
inteligibilidade, fazer e responder perguntas simples, fazer combinações de palavras
para formar frases funcionais.

VER ELE PELO MENOS MAIS UMAS DUAS SESSÕES


2 VEZES NA SEMANA PARA ALAVANCAR E AUMENTAR O REPERTÓRIO DE
FALA PARA NÃO FICAR SÓ NA REPETIÇÃO

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