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Respiração oral

Profa. Ana Carolina Rocha


Fonoaudióloga Clínica
Professora Assistente da Faculdade de Fonoaudiologia – UNCISAL
Doutora em Biotecnologia/ RENORBIO - UFAL
Mestre em Distúrbio da Comunicação Humana –UNIFESP
Especialização em Motricidade Orofacial - UFPE
Respiração
A respiração nasal é a respiração fisiológica do ser
humano, sendo elementar e natural desde o nascimento,
a qual favorece o equilíbrio harmonioso da face e está
relacionada a vários aspectos do desenvolvimento
intelectual e comportamental da criança.

LUSVARGHI, 1999; SONCINI, 2000; MARCHESAN, 2008, 2018


Síndrome do Respirador Oral
Caracteriza-se como uma Não é definida como uma
adaptação patológica cuja a doença, mas um conjunto
patologia é a presença de de sinais e sintomas, cuja
obstrução nasal ou faríngea. principal manifstação é a
(Di Francesco, 2018)
RO, de etiologia intrínseca
ou extrínseca ao nariz.
(Carvalho, 2003)
Características da face do RO
Alterações ósseas Alterações de partes moles
Arco palatino estreito Hipotonia de musculatura
Palato em ogiva peri oral
Protrusão de incisivos Eversão de lábio inferior
superiores Lábios entreabertos
Má-oclusão dentária classe Base alar nasal estreitada
II
Mandíbula em posição mais
inferior, com rotação maior Morais e Bezerra, 2019

para baixo e para trás.


Prevenção
80% do desenvolvimento facial é atingido até os 5 e 6
anos de idade!
Os dois componentes faciais que são fundamentais para
determinar o tamanho das vias aéreas superiores são o
complexo naso-maxilar e a mandíbula, que sofrem
influência do padrão respiratório.
(Guilleminault et al. Critical role of myofascial reeducation in pediatric slep-disordered breathing. Sleep Medicine.2013;
14:518-25.)
Fatores etiológicos
Rinites
Rinossinusites crônicas
(Obstrução/cogestão nasal; rinorreia mucoide/ mucopurolenta anterior/posterior;
dor/pressão facial; redução/ ausência de olfato) – 12 semanas agudas após
crônica.
Tumores
Corpo estranho
Malformações (atresia de coana)
Desvio de septo
Hipertrofia de tonsilas (faríngeas, palatinas e linguais)
Hipertrofia de tonsilas - linguais
Etiologia rara
Constituinte do anel linfático
de Waldeyer
Situada na base da língua,
entre os sulcos terminal e
as valéculas, relacionada
anteriormente pela
epiglote.
MONGE ET AL, 2006
Padrão:
Vedados sem esforço
O tamanho dos lábios deve
ser comparado com o
tamanho do osso que ele
deve cobrir

MARCHESAN, 2005, 2010


• Superior fino
• Superior encurtado
• “È considerado
encurtado quando, na
posição de repouso, tem
seu limite inferior no início
dos incisivos superiores”
FELÍCIO & MORAES, 2003

• Inferior evertido
• Pode ser devido a
hipofuncionalidade”
FELÍCIO & MORAES, 2003
• Volumosos
• Ressecados
• Fechados
• Entreabertos

(MARCHESAN, 2009, 2018)


• Entreaberto
• Possibilidade de vedamento
• Dificuldade de vedamento
(MARCHESAN, 2009;2018)

Com ajuda
do mentual
1. Reflexo de traumas (como
mordidas ou pancadas);
2. Sinais de infecções como
o herpes labial;
3. De origem inflamatórias
como estomatite, aftas
4. Câncer de boca.
• Uma das funções das bochechas é colaborar, durante a
mastigação, com a manutenção do alimento sobre os
dentes. (MARCHESAN,1997, 2010,2018)
• Funcionam, ainda, como reservatório e reconduzem o
alimento da vestíbulo para as faces oclusais (FELÍCIO,1999;
TESSITORE, 2010: 2017;2019; MARCHESAN, 2018)
Padrão “Simétricas”
ou levemente
assimétricas
Linha alba
• É uma alteração comum da mucosa jugal, mais provavelmente
associada a pressão, irritação por fricção, ou trauma por sucção
da mucosa entre as superfícies vestibulares dos dentes.
• Também chamada de linha branca.
• Geralmente bilateral.
• A linha é restrita as áreas dentadas.
• Frequentemente , na área adjacente aos dentes posteriores.
• Não é necessário tratamento, monitoramento.
• Pode ocorrer regressão espontânea
•Se houver mastigação unilateral por muito tempo,
provavelmente existirá uma assimetria da bochecha do
lado da mastigação, que tendo ser mais alta. A distância
entre a comissura labial e o canto externo do olho do
lado da mastigação tendo a ser menor do que a distância
do outro lado.
(MARCHESAN,, 2017)

ATENÇÃO
Para os casos funcionais sem
ausência de alteração de
forma!!!!!
Vetores do crescimento facial
A avaliação da língua deve
incluir a observação dos
seguintes aspectos: posição,
mobilidade, forma, volume,
tensão, freio lingual, presença
de marcas e desempenho nas
funções.

FELÍCIO, 2000,2007 e MARCHESAN, 2013


Hipertrofia de tonsilas – palatinas

Classificação:
● grau I: situa-se na loja
● grau II: entre o pilar
amigdaliano e a linha
imaginária
● grau III: ao atingir a linha
imaginária
● grau IV: ultrapassar a linha
imaginária.
(MOTA, 2004)
● Língua muito para frente!!!!!!

O que pode ser?


Funções Orofaciais
Espelho de Glatzel
▪Para visualização e mensuração do escape aéreo nasal.
▪ Respiração
▪ Fonação

▪Fácil manuseio e baixo custo


Fluxo nasal

▪Para visualização e
mensuração do
Metodologia
▪90 graus apoiado filtro
▪Individuo sentado
▪Olhos fechados
▪Medição após o primeiro
minuto

(Bassi, Franco, Motta , 2009)


Fluxo nasal
Espelho de Glatzel
▪ Teste do espelho
▪Fonação
▪Resultado
▪Positivo no embaçamento do
espelho
▪Hipernasalidade
▪Negativo sem embaçamento
do espelho
▪Ausência de hipernasalidade
O conjunto de fenômeno estomatgnáticos que visa
a degradação mecânica dos alimentos, isto é, a sua
trituração e moagem, degradando-os entre si pela
ação misturadora da saliva, obtendo-se o bolo
alimentar, apto para ser engolido.

(DOUGLAS, 2012; Bianchini, 2018)


▪ Incisão
▪ Trituração
▪ Pulverização
(DOUGLAS, 2002; D`ÁGOSTINI, 2000; BIANCHINII, 2018)
A maior força exercida corresponde ao alimento mais
duro, significando que o alimento duro determina um
sistema adaptativo capaz de aumentar
proporcionalmente a força mastigatória para este tipo
de alimento.
(DOUGLAS, 2012; D´AGOSTINI, 2014; BIANCHINI, 2018)
Enquanto as funções respiração, sucção e
deglutição são inatas e inicialmente controladas de
forma reflexa, a mastigação é uma função aprendida e
dependente de inúmeros fatores.

(DOUGLAS, 2012; D´AGOSTINI, 2014; BIANCHINI, 2018)


Padrão:
▪ Mastigação bilateral alternada
▪ Movimentos rotatórios da mandíbula
▪ Sem participação exagerada da musculatura perioral
▪ Vedamento labial
▪ Adequado ciclo mastigatório do alimento

(DOUGLAS, 2012; D´AGOSTINI, 2014; BIANCHINI, 2018)


Classe II
▪ Tendência à anteriorização mandibular durante o ciclo
mastigatório.
▪ Dificuldade de oclusão labial impedindo o correto desempenho
dos músculos orbicular dos lábios e bucinadores.
Classe III
▪ Prevalecem os movimentos mandibulares mais verticalizados
com grande utilização de meio e dorso da língua esmagando o
alimento, às vezes contra o palato duro.
▪ (BIANCHINI, 2018)
PAREI
Funções Orofaciais
A propulsão do alimento da boca para o estômago,
mas também atua no mecanismo protetor para os
tratos respiratórios e digestório.

(CARVALHO, 2016; BASHA, 2014; DOUGLAS, 2012; BIANCHINI, 2018)


Padrão INFANTIL de Deglutição
▪ Posicionamento lingual entre
as gengivas
▪ Contração da musculatura
facial
▪ Deglutição guiada pela
relação sensorial lábio e
língua

(DOUGLAS, 2002; D´AGOSTINI, 2000;MARCHESAN,2002)


Padrão maduro de deglutição
(primeiros molares decíduos)

▪ Dentes em oclusão
▪ Mandíbula estabilizada pelos músculos
elevadores da mandíbula
▪ Terço anterior da língua se coloca acima e atrás
dos incisivos superiores
▪ Lábios unidos em contração mínima

(DOUGLAS, 2012; D´AGOSTINI, 2014; BIANCHINI, 2018)


Fases
▪ Preparatória
▪ Oral
▪ Faríngea
▪ Esofâgica

(DOUGLAS,2012; MARCHESAN, 1998; 2017;BASHA, 2014)


▪ Preparo do alimento
▪ Mordida
▪ Mastigação
▪ Transformação no bolo
alimentar

(DOUGLAS,2012; MARCHESAN, 1998; 2017;BASHA, 2014)


Fala
MBGR – 5 provas de fala
▪Semi-espontânea
▪Automática
▪Nomeação de figuras
▪Coordenação motora
▪Aspectos gerais
Terapia do respirador oral
Deve-se mante o alinhamento biomecânico de todos os
segmentos corporais ( cabeça, cintura escapular, tronco,
pelve e membros inferiores), na posição sentada para
que as funções orofaciais possam ocorrer
adequadamente.
Rahal e Krakrauer, 2001; Cunha et al., 2019
Terapia do respirador oral
Conscientização
• Postura corporal global
• Padrão respiratório alterados
Propriocepção
• Postura corporal – vedamento labial – padrão nasal
Cunha et al., 2019
Higiene nasal
Massagem circulares com o dedo indicador na asa do
nariz – 10 x para cada narina. Essa manobra aumenta a
umidificação da cavidade nasal e percepção do fluxo
aéreo.
Krakrauer, 1993, 2005

Aplicação do soro fisiológico

Flaconete de soro fisiológico 5 e 10 ml


Higiene nasal
Assoar a narina por vez, de
forma alternada. Essa manobra
objetiva facilitar a retirada de
secreção nasal ou diminuir a
sensação de nariz entupido,
também auxilia na
conscientização da passagem do
ar na cavidade nasal.

Cunha et al., 2019


Terapia do respirador oral
Scape scope Pró-fono Aeronaso Pró-fono

Objetivam a aeração nasal


Estojo de garrafas Pró-fono
Inalação de vapor de água quente
Favorece a retirada da secreção nasal

Pró-fono
Estimulação do olfato
Apresenta-se 8 odores ( café, limão, tangerina, chocolate
em pó, alho, chiclete tuti fruti, pão, massa de modelar)
armazenados em pequenos potes. O paciente deve estar
com os olhos vedados.
Cunha et al., 2019

(CAMPIOTTO, REIS, GAEA, 2005)


Como realizar
1 ̊ passo – medir a aeração nasal com o espelho
2 ̊passo – apresentação dos odores
3 ̊passo – massagem, limpeza nasal com soro e assoar
4 ̊ passo – nova medição com espelho
5 ̊ passo – apresenta-se novamente os odores

Os resultados pré e pós medição devem ser anotados em


uma tabela para comparação.
EXERCÍCIOS
Protocolo registro diário de consistência e
textura alimentar (RDCTA)
Forma do alimento foi ingerido ( cortado, amassados,
triturados, etc.)
Presença de líquidos
(Cunha, 2014)

REGISTRO ALIMENTAR DIÁRIO


PROTOCOLO ALIMENTAR
Consistência alimentar
Proposta terapêutica para pacientes respiradores orais
alérgicos e não alérgicos

Prof. Dra. Ana Carolina Rocha


❑ Craniofaciais e dentárias
❑ Órgãos fonoarticulatórios
❑ Funções estomatognáticas
❑ Dificuldade de atenção e
concentração
❑ Défict na aprendizagem
❑ Alterações alimentares
❑ Alterações posturais
❑ Dentre outras
(FERRAZ, 2000;MARCHESAN, 2003)
❑ Nome: D. S. C.
❑ Idade: 16 anos
❑ Sexo: feminino
❑ Escolaridade: 1º ensino
médio
❑ Encaminhamento:
Ortodontista
❑ Boca seca
❑ Sono durante o dia
❑ “Face caída”
❑ Excesso de baba no
travesseiro
❑ Alimentação variada com
predominância pastosa
❑ Laudo ortodôntico
(acompanhamento em fase
final): oclusão classe I
bilateral com overjet de 0,41
mm.
❑Lábios entreabertos
❑Contração do mentual durante
vedamento labial
❑Lábio inferior com eversão e
flacidez
❑Ausência de alterações quanto
a:
❑Aspecto do lábio superior
❑Mobilidade labial
❑Frênulos labiais
Língua
❑ alargada
❑ Em assoalho bucal
❑ Frênulo sem alteração
❑ Hipofuncionante
Bochechas
❑ Assimetria
❑ Flacidez à Esquerda
❑ Rigidez à Direita
❑ Mobilidade pouco reduzida
Mentual
❑ rígido
❑ Respiração mista com predominância
oral
❑ Mastigação ineficiente
❑ Deglutição adaptada
❑ Desvio fonético (/T/, /D/, /N/.
/L/,/S/,/Z/)
❑ Exames complementares: avaliação
ORL- sem alteração

Distúrbio miofuncional
orofacial
❑ Adequar sistema estomatognático

Objetivos específicos

❑ Promover a respiração nasal


❑ Adequar postura, tônus e mobilidade de OFA’s
❑ Adequar mastigação, deglutição e fonoarticulação
❑ 17 sessões (4 meses e 1 semana)
❑ 30 minutos
❑ 1 vez por semana
❑ Exercícios três vezes diariamente
❑ Treino das funções
❑ Automatização
❑ Reavaliações periódicas
Estratégias
❑ Conscientização
❑ Propriocepção
❑ Exercícios miofuncionais
❑ Adequação das Funções
Estomatognáticas
(JUNQUEIRA, 2004; MARCHESAN, 1993,MARCHESAN, 2004)
❑ Massagem nas laterais do
nariz para verificação da
respiração nasal
(RAHAL & KRAKRAUER, 2002; KRAKRAUER, 2003)

❑ Assoar o nariz um de cada


lado
(RAHAL & KRAKRAUER, 2002; KRAKRAUER, 2003)

❑ Avaliação da aeração nasal


com espelho
(RAHAL & KRAKRAUER, 2002; KRAKRAUER, 2003)

❑ Observação dos indivíduos


respiradores orais
(MENDES, BARBOSA, NICOLOSI, 2005)
Lábios entreabertos Vedamento labial
Língua em assoalho bucal Língua em papila palatina
Bochechas assimétricas com Bochechas mais harmônicas
mobilidade reduzida com mobilidade satisfatória
Mentual rígido Mentual sem contração
Respiração com predominância oral Respiração com predominância
nasal
Mastigação ineficiente Mastigação adequada
Deglutição adaptada Deglutição adequada
U A ÇÃO
Desvio fonético FonoarticulaçãoQsem alteração
ADE TÔMICA
ANA IONAL
C
FUN
Condições de moradia da paciente:
❑ Presença de animais domésticos
❑ Presença de tapetes

Meio desfavorável, principalmente


para indivíduos alérgicos
Orientações quanto a importância da
diminuição da exposição
aos fatores desencadeantes da alergia

Orientações para o uso


do soro fisiológico e nebulização
Sugestão: retirar fatores contribuintes
Limpeza das narinas

Orientação quanto ao uso de soro fisiológico


três vezes ao dia.

Nebulização com soro fisiológico,


Seguida da limpeza das narinas
ao menos uma vez ao dia
Objetivo:
▪ Investigar as possíveis relações das alterações do sistema
estomatognático nas disfonias funcionais.
▪ Justificativa
▪ Há ligações anatomofisiológicas entre o sistema estomatognático e o
aparelho fonador
Metodologia:
▪ Análise de prontuários de 100 indivíduos com queixa de disfonia
▪ Ambos os sexos
▪ Faixa etária 18 a 60 anos

(SILVA, 2001- Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia)


Artigo:Distúrbios Miofuncionais Orofaciais em
indivíduos com Disfonia Funcional

Revisão da literatura
▪ As funções de mastigação e deglutição são básicas e anteriores à
fonação e que, se estiverem comprometidas, podem indicar
alterações importantes dos órgãos envolvidos na produção da
fala e consequentemente na voz.

(HERSAN, 1997)

(SILVA, 2001- Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia)


Artigo:Distúrbios Miofuncionais Orofaciais em
indivíduos com Disfonia Funcional

Revisão da literatura
▪ O contexto da motricidade oral, tanto no
aspecto neuromuscular como em sua estrutura
óssea, compromete a fonação podendo causar
produção inadequada da voz.
(TESSITORE & MANICARDI, 1997)

(SILVA, 2001- Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia)


Resultados e Discussão
Item analisado Com alteração Sem alteração % Total
%
Lábios 51 49 100
Língua 51 49 100
Dentes e arcadas 64 36 100

Palato duro 38 62 100


Palato mole 00 100 100
Mandíbula 25 758 100
Laringe 100 00
(SILVA, 2001- Jornal Brasileiro 100
de Fonoaudiologia)
Item analisado Com alteração % Sem Total
alteração %

Sucção 51 49 100

Deglutição 64 36 100

Mastigação 51 49 100

Respiração 25 75 100

(SILVA, 2001- Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia)


Esses resultados confirmam a hipótese de que
pacientes com diagnóstico de disfonia funcional podem
apresentar alterações miofuncionais orofaciais .

(SILVA, 2001- Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia)


Universidade Federal de Pernambuco
Departamento de Cirurgia
Curso de Fonoaudiologia
II Especialização em Motricidade Oral – Distúrbio
Oral Miofuncional

ESTUDO DESCRITIVO DO PERFIL


DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
E DA POSTURA CORPORAL DE
RESPIRADORES ORAIS

Aluna: Alexsandra da Silva Nunes


Orientadora: Fga. Ana Carolina
Rocha
Co-orientadora: Fta. Ana Lúcia
Gusmão
Objetivos
GERAL:
- Descrever o perfil do sistema estomatognático e
da postura corporal em respiradores orais;
ESPECÍFICOS:
- Avaliar a funcionalidade do sistema
estomatognático nos respiradores orais;
- Analisar a postura corporal dos respiradores orais.
Material e Métodos
Aspectos éticos
Amostra:
Pacientes do sexo masculino e feminino entre oito
anos e um mês e quinze anos de idade, em
atendimento na Clínica Integrada Infantil do
Departamento de Odontologia da Universidade
Federal de Alagoas.
Material e Métodos
- Critérios de Inclusão:
*Pacientes atendidos na Clínica Integrada Infantil
do Departamento de Odontologia da UFAL;
*Respiradores orais orgânicos ou funcionais entre
8 anos e 1 mês e 15 anos de idade;
*Diagnóstico clínico de respiração oral dado pelo
otorrinolaringologista.
Material e Métodos
- Critérios de Exclusão:
*Possuir deformidades torácicas congênitas ou
adquiridas;
*Já esteve ou está em tratamento ortodôntico ou
ortopédico funcional dos maxilares;
*Utilizar aparelhos ortopédicos corretores da
coluna e/ou deformidades dos membros
inferiores;
*Alterações viscerais ou auditivas.
Material e Métodos

Mediante os critérios de exclusão, 52 pacientes


foram encaminhados ao otorrinolaringologista, o
que resultou numa amostra de 21 pacientes.
Material e Métodos
*Triagem otorrinolaringológica;
*Pesados e medida a altura;
*Avaliação fonoaudiológica (MARCHESAN, 2003);
*Avaliação fisioterapêutica (KRAKAUER & GUILHERME, 1998)
Resultados

Para os aspectos fonoaudiológicos e


fisioterapêuticos avaliados, cada item apresentou
nenhuma, uma ou mais respostas a serem
consideradas.
Síntese do resultado
As alterações mais evidenciadas do sistema
estomatognático foram hipotonia da musculatura
facial, mastigação ineficiente, deglutição
alterada e alterações fonoarticulatórias;

Na postura corporal foram mais observadas


alterações de anteriorização de cabeça e
ombros e hiperlordose cervical e lombar.
Resultados
Conclusão
Foram observadas alterações no sistema
estomatognático e na postura corporal dos
respiradores orais estudados;

Na amostra não existiu diferenças entre o


respirador oral orgânico e funcional para os
objetivos propostos;
USO DO PAQUIMETRO
Face interna

Face
externa

Leitura

Face
interna
Marco da leitura
Terço médio
Terço inferior
Altura da face
Largura da face
Largura da face
Canto externo do olho direito a comissura do lábio direito
Canto externo do olho esquerdo a comissura do lábio esquer.
Lábio superior
(subnasal ao ponto mais inferior do lábio superior)
Lábio inferior
(do ponto mais superior do lábio inferior ao gnatio)
Parte profunda
Parte profunda
Terapia
Estratégias

❑ Conscientização
❑ Propriocepção
❑ Do problema e da respiração

❑ Exercícios miofuncionais
❑ Adequação das Funções Estomatognáticas
(JUNQUEIRA, 2014;MARCHESAN, 2014; 2018)
Estimulação do olfato
Apresenta-se 8 odores ( café, limão, tangerina, chocolate
em pó, alho, chiclete tuti fruti, pão, massa de modelar)
armazenados em pequenos potes. O paciente deve estar
com os olhos vedados.
Cunha et al., 2019

(CAMPIOTTO, REIS, GAEA, 2005)


Como realizar
1 ̊ passo – medir a aeração nasal com o espelho
2 ̊passo – apresentação dos odores
3 ̊passo – massagem, limpeza nasal com soro e assoar
4 ̊ passo – nova medição com espelho
5 ̊ passo – apresenta-se novamente os odores

Os resultados pré e pós medição devem ser anotados em


uma tabela para comparação.
Racíonio clínico
Mioterapia

O exercício não deve ser o


objetivo da terapia, mas sim
uma ferramenta que proporcione
ao paciente melhorar sua
percepção e adequar o tônus,
caso alterado.
Tipos de exercícios
■ Isotônica – São indicados para aumentar a
oxigenação e o aumento da amplitude dos
movimentos, normalmente realizados com
maior velocidade. A musculatura se contrai e
se encurta.
■ Mobilidade – contrações dinâmicas.

Rahal, 2014
Tipos de exercícios
■ Isométrica – São indicados para aumentar a
força dos músculos. O músculo se contrai mas
não se encurta, e efetuados de forma mais
lenta e muitas vezes mantendo a contração.
■ Tensão – exercícios de contração contínua.

Rahal, 2014

Rahal, 2014
Tipos de exercícios
■ Contra resistência ao movimento – São os
exercícios que fazem resistência contrária ao
movimento, que atua mais intenso na ativação
das unidades motoras e, consequente
aumento da força e também da mobilidade.
Rahal, 2014
Quando o objetivo é trabalhar a resistência de contração, o exercício mais indicado é o
contra- resistência. Que favorece a melhora da função e da tensão muscular
tornando-se mais fortes e a velocidade de contração mais aumentada.
IMPORTANTE!!!!!!!!
Mioterapia
Exercícios labial

Forma
Força
Postura
Mioterapia
Exercício para bucinador

Forma
Força
Postura
Equipe Multidisciplinar
▪ Pediatra
▪ Otorrinolaringologista
▪ Ortopedista dos Maxilares
▪ Odontopediatra
▪ Ortodontista
▪ Fonoaudiólogo
▪ Fisioterapeuta
▪ Nutricionista
▪ Alergologista

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