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Fisiologia do Sistema

Reprodutor Masculino

Dra. Vivian Lindmayer Cisi


Disciplina: Fisiologia Animal II
CEUNSP/Salto
As funções reprodutivas do macho incluem a
formação do esperma e sua deposição dentro
da fêmea.
Anatomia do aparelho reprodutivo
1. Escroto: saco musculocutâneo que contém os testículos
2. Testículos: gônada sexual masculina
3. Sistema de condução e maturação de espermatozóides
• Epidídimos
• Ductos deferentes
• Uretra
4. Pênis: órgãos sexual copulatório dos indivíduos do sexo masculino
5. Prepúcio: prega cutânea que recobre a glande do pênis
6. Glândulas Anexas
Anatomia do aparelho reprodutivo

Cão: entre a região inguinal e o ânus


Gato: ventral ao ânus

Cão: pele pigmentada com finos pêlos


Gato: pêlos denso
Testículo: DUPLA FUNÇÃO

• Produção de espermatozoides:
genes do progenitor para a cria.

• Produção de andrógenos:
fornecem características ao indivíduo
do sexo masculino.
Testículo:
O parênquima testicular:
Túbulos seminíferos, tecido intersticial
Canal deferente

Rede testicular

Dukes, 2017
Dukes, 2017
Na puberdade as espermatogônias iniciam um
processo contínuo de divisões mitóticas e
produzem sucessivas gerações de células.

As células-filhas podem seguir dois caminhos:


continuar se clividindo, mantendo-se como
células-tronco ou diferenciarem-se em
espermatogônias.
Os túbulos seminíferos ocupam a maior parte de cada testículo
(onde ocorre a produção de espermatozoides).
Vasos sanguíneos e linfáticos
Nervos
Cels. Intersticiais (Leydig = Produção testosterona)
Céls. Sertoli (proteção e nutrição células germinativas)
Dividem os túbulos seminíferos em 2
CÉLULAS DE SÉRTOLI PROTEÇÃO compartimentos:

Compartimento
adluminal (azul)

Fonte: Junqueira & Carneiro, 2015


CÉLULAS DE SÉRTOLI PROTEÇÃO
Compartimento
adluminal (azul)

Barreira
hematotesticular

Fonte: Junqueira & Carneiro, 2015


Função céls Sértoli:

1)Suporte e nutrição dos


espermatozoides em
formação.
1)Fagocitose e digestão restos de
citoplasma das espermátides.
2)Secreção fluido para a
mobilidade dos Células de Sertoli são estimuladas pelo
espermatozoides. FSH (Adeno-hipófise)

Secretam Inibina que inibem a


secreção do FSH.
Função céls Sértoli:

Produção da proteína ligante de andrógeno.

A secreção de uma proteína


ligante de andrógeno (ABP, do
inglês androgen-binding protein)
pelas células de Sertoli é
controlada por hormônio
foliculoestimulante (FSH),
servindo para concentrar
testosterona nos túbulos
seminíferos, onde ela é
necessária para estimular a
espermatogênese.
Função céls de Leydig:

1) Produzem hormônios andrógenos


(TESTOSTERONA).

A testosterona é o hormônio que


garante a diferenciação
embriológica do aparelho genital
masculino, e o desenvolvimento
das características masculinas.
Células de Leydig são estimulados
É o mais importante hormônio
na produção de esperma.
pelo LH (Adeno-hipófise)
OUTRAS FUNÇÕES DA TESTOSTERONA:

• Ativação e manutenção da libido


• Atividade secretória das glândulas
sexuais acessórias.
• Características sexuais secundárias:
- Crescimento ósseo aumentado (osso pesados)
- Musculatura mais desenvolvida
- Pele mais espessa (e voz mais grossa)
-Durante o desenvolvimento fetal a testosterona regula a
descida dos testículos.
https://www.youtube.com/watch?v=W862D63PTNg
ESPERMATOGÊNESE

Processo envolvido na transformação


das células epiteliais germinativas
(células-tronco) em espermatozóides.

Espermatocitogênese Espermiogênese
Fase proliferativa:
multiplicação das
espermatogônias por
divisões mitóticas seguidas
de divisões meióticas, que
formam a contagem haploide
(n) de cromossomos .
Fase de maturação:
consiste na maturação das
espermátides enquanto ainda estão
no compartimento adluminal.
EPIDÍDIMO:

Túbulo de acumulação e armazenamento


do testículo.

Recebe os
espermatozoides e o
líquido adluminal .

Onde os espermat.
Amadurecem e
adquirem mobilidade.
CANAL DEFERENTE:

O canal deferente é a continuação do


sistema de ductos originados da cauda
do epidídimo em direção à uretra pélvica
ESCROTO:

Escroto é um saco de pele que contém


o testículo.

Cordão espermático
Artéria, veia, nervo e vasos
linfáticos testiculares
O cordão espermático é a estrutura formada pelo epidídimo e os tecidos que o circulam
que correm desde o abdômen até o testículo.
Descenso testicular. :

Cavalo: 9 a 11 meses de gestação Gubernáculo -Estrutura embrionária


Bovino: 3.5 a 4 meses de gestação que auxilia na orientação apropriada da
Carneiro: 80 dias de gestação descida das gônadas até suas posições
Porco: 90 dias de gestação definitivas.
Cão: 5 dias após o nascimento
Gato: 2 a 5 dias após o nascimento

https://www.youtube.com/watch?v=Rr9cYZD9xa0
Criptorquidismo

Criptorquidismo é uma alteração reprodutiva de machos, caracterizada pela


ausência do deslocamento de um ou de ambos os testículos da cavidade
abdominal para o escroto, permanecendo no tecido subcutâneo da área pré-
escrotal, no abdome ou na área do anel inguinal.

Fator de risco para o desenvolvimento de tumores testiculares, aumentando 26


vezes o risco de desenvolver tumores de células de sertoli.
Hérnias inguinais e Hérnias escrotais

O cordão espermático passa pelos anéis


Anéis vaginais vaginais superficial e profundo até entrar
na cavidade abdominal.

Hérnia inguinal: alças intestinais passam através dos


canais vaginais muito largos.

As hérnias inguinais que entram no escroto são


conhecidas como hérnias escrotais.
Hérnia inguinal em suíno

http://vanat.cvm.umn.edu/vetAnomal/sysMS/MS8.html
https://www.merckvetmanual.com/digestive-system/congenital-and-inherited-
anomalies-of-the-digestive-system/hernias
http://juandediosveterinario.blogspot.com/2011/05/adenoma-perianal-en-perro-con-testiculo.html
Termorregulação testicular
A espermatogênese requer uma temperatura mais baixa que a
temperatura corporal normal (4º a 7ºC).

Efeitos do estresse térmico sobre a qualidade do


sêmen em mamíferos:

1) Degeneração dos túbulos seminíferos


2) Menor motilidade dos espermatozoides
3) Menor concentração dos espermatozoides
4) Aumento do número de espermatozoides
anormais
5) Diminuição do interesse sexual dos machos
Termorregulação testicular
A espermatogênese requer uma temperatura mais baixa que a
temperatura corporal normal (4º a 7ºC).

PLEXO PAMPINIFORME: veias do plexo pampiniforme circundam a


artéria testicular -troca de calor em contracorrente.
Músculo Cremaster: aproxima ou afasta a bolsa escrotal da cavidade abdominal.
Glândulas sexuais acessórias e sêmen

Formam as secreções que são lançadas na


uretra pélvica perto de sua origem.

➢ Tamanho e forma diferem entre as espécies.

1. Ampolas do canal deferente


2. Glândulas vesiculares (vesículas seminais),
3. Próstata
4. Glândulas bulbouretrais
No momento da ejaculação, as secreções das glândulas sexuais acessórias
(conhecidas coletivamente como plasma seminal) são misturadas com o esperma
e o líquido do epidídimo para formar o sêmen.
GLÂNDULAS SEXUAIS ACESSÓRIAS
O plasma seminal constitui o ambiente propício à
sobrevivência dos espermatozoides no trato
reprodutivo feminino.

Constituição: eletrólitos, frutose, ácido ascórbico e


outras vitaminas e prostaglandinas.

Prostaglandinas facilitam a fecundação:


↑↑ contração musculatura lisa facilitando o transporte
dos espermatozóides até o ovário.
Próstata

Presente em todos os animais domésticos.

A função da próstata é produzir o líquido prostático, o qual


age como um meio de transporte e suporte para os
espermatozoides durante a ejaculação.

Hiperplasia prostática benigna é o aumento de tamanho da


próstata, na qual ocorre o aumento de número de células
prostáticas secundárias à estimulação com
hormônios androgênicos (aumento do número de receptores celulares
para andrógenos)
▪ Dificuldade em defecar (tenesmo).
▪ Presença de sangue na urina (hematúria)
▪ Corrimento uretral (secreção transparente ou
hemorrágica).

*A obstrução do fluxo urinário, comum em homens, é rara em cães,


mas pode acontecer também.
PÊNIS E PREPÚCIO
Pênis é o órgão masculino da copulação,
por meio do qual a urina e o sêmen
passam a caminho da uretra peniana.
A estrutura interna é ocupada principalmente pelo tecido cavernoso
(geralmente conhecido como tecido erétil).
Ereção é causada pela elevação
da PA nos seios cavernosos do
pênis (entra mais sangue do que
sai).

A entrada de sangue aumenta


devido a vasodilatação arterial
(estimulação parassimpática)

A saída do sangue diminui por


causa da compressão das veias
dorsais do pênis “mecanismo
oclusivo venoso.

Junqueira & Carneiro, 2013


A ereção é o fluxo sanguíneo temporariamente aumentado e armazenado no pênis.

Processo neurovascular (estímulos visuais, olfativos, táteis etc.)

Relaxamento do músculo liso


do corpo cavernoso.

Aumento do fluxo arterial


peniano.

Restrição do fluxo venoso de


saída.

O cão tem uma glande bulbosa na parte caudal da


glande. A dilatação da glande bulbosa é responsável
pela retenção prolongada do pênis durante o coito.
O prepúcio é uma dobra invaginada de pele,
que circunda a extremidade livre do pênis.

Manutenção da umidade da glande.

FIMOSE CANINA

–Incapacidade de expor o pênis por ausência


ou subdesenvolvimento do orifício prepucial.
–Pode ser congênita ou adquirida
Adquirida:
Trauma, inflamação ou neoplasia.
Exame físico
– Abertura prepucial pequena ou inexistente.
– Retenção ou gotejamento de urina.
– Secreção purulenta à hemorrágica.

Tratamento cirúrgico
http://www.ufrgs.br/actavet/34-3/artigo698.pdf
OSSO PENIANO

Tem início após o nascimento:


nódulos cartilaginosos são formados no interior dos
corpos cavernosos do pênis.

Ajuda a manter o membro ereto e direcioná-lo no


momento do acasalamento (separação forçada na
cópula pode causar fratura do osso).

Está inserido em tecido mole e não se


articula com o restante do esqueleto.
MONTA E PENETRAÇÃO

Monta é a posição assumida pelo macho, por meio


da qual o pênis é aproximado e colocado em
aposição à vulva da fêmea.

O sucesso da monta deve


ser precedido pela postura
receptiva da fêmea. Os
fracassos de monta ocorrem
quando há lesões, fraqueza
ou ferimentos nas patas
traseiras do macho.
MONTA E PENETRAÇÃO

A introdução do pênis na vagina e sua manutenção


nesta posição durante o coito é conhecida como
penetração.
Empurrões pélvicos facilitados
pelos músculos abdominais
ajudam na penetração do pênis
na vagina.

A duração da penetração varia


entre as espécies: é mais breve
no touro e no carneiro e mais
longa no porco.
EMISSÃO E EJACULAÇÃO
A emissão ocorre antes da ejaculação e resulta da
inervação simpática, por meio da qual o esperma e
os líquidos presentes nos canais deferentes e nas
ampolas são esvaziados dentro da uretra junto com
os líquidos fornecidos por outras glândulas
acessórias.

A inervação simpática produz movimentos peristálticos para transportar o


material até a uretra.

Peristaltismo uretral: contração dos músculos bulboesponjosos que


comprimem a uretra.

A combinação de pressão e peristaltismo força o sêmen da uretra


para o exterior (EJACULAÇÃO).
Resumindo...

Testículos: produção de gametas ou


espermatogênese.

Ducto deferente e uretra: condução do


sêmen.

Bolsa escrotal: mantem a temperatura


dos testículos abaixo da corpórea.

Pênis: órgão externo do sistema:


direciona a saída do sêmen.
FATORES QUE AFETAM A FUNÇÃO TESTICULAR

Função testicular torna-se evidente no início da puberdade:


redução da sensibilidade do hipotálamo à testosterona, de
modo que o LH é secretado em quantidades maiores.

O aumento da concentração do LH estimula as células de


Leydig a secretar quantidades maiores de testosterona.

As alterações do fotoperíodo (duração da luz do dia) têm


influência marcante na função testicular em algumas
espécies.
A finalidade dessa sensibilidade ao
fotoperíodo é coordenar o nascimento
com condições climáticas favoráveis.
https://www.youtube.com/watch?v=YUOYiIuBLWw

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