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Biologia 12º Ano

Ficha Informativa 2: Sistema reprodutor masculino

O sistema reprodutor masculino é formado por um conjunto de órgãos reprodutores que podem ser
divididos em:

Órgãos Pênis
externos

Escroto

Sistema
reprodutor Gônadas Testículos
masculino
Próstata
Vesícula seminal
Glândulas Anexas
Órgãos Glândula de Cowper
internos

Epidídimo
canais deferentes
Vias genitais
Uretra

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Órgão Funções
 Órgão copulador;
 Constituído por tecido eréctil e possui uma extensa rede de nervos e vasos sanguíneos;
Pénis  Coberto por um tecido epitelial que se apresenta mais fino e sensível na extremidade –
glande – e que é responsável pela estimulação e prazer sexual;
 A glande é revestida pelo prepúcio.
 Produção dos gâmetas masculinos – espermatozoides;
Testículos
 Produção de hormonas sexuais – testosterona.
 É uma prega externa da superfície corporal, em forma de bolsa, que permite manter os
testículos fora da cavidade abdominal;
Escroto
 Mantém a temperatura dos testículos 2ºC mais baixa que a temperatura do corpo
(favorecendo a formação de espermatozoides).
Canais  Transportam os espermatozoides até à uretra
deferentes
 Um por cada testículo;
Epidídimos  São compostos por um tubo altamente enrolado que comunica com o canal deferente;
 Permite a acumulação e maturação dos espermatozoides.
 Canal comum ao sistema urinário;
Uretra
 Comunica com o exterior.
 Produzem um líquido alcalino) – líquido seminal;
Vesicula  O líquido seminal corresponde a cerca de 60% do volume do esperma e contem frutose
seminal (glícido que fornece energia aos espermatozoides)
 O líquido seminal é conduzido até á uretra através do canal ejaculatório.
 Segrega diretamente para a uretra ião citrato (nutriente para os espermatozoides) e
enzimas anticoagulantes, contribuindo com cerca de 30% do volume do esperma –
líquido prostático. O líquido prostático é alcalino (pH próximo de 6,5 um pouco
Próstata
espesso, de aspeto leitoso;
 Permite também a passagem da urina até à uretra, controlando assim, a alternância da
passagem de produtos provenientes do sistema urinário e do sistema reprodutor.
 Localizados abaixo da próstata;
Glândulas de  Produzem secreções alcalinas que são lançadas para a uretra antes da ejaculação que
Cowper neutraliza a acidez da urina;
 Constitui os restantes 10% do esperma.

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Espermatogénese

A espermatogénese é o processo de formação de espermatozoides maduros. Inicia-se na puberdade e


ocorre, de modo contínuo, durante o resto da vida do homem. É um processo que ocorre nos tubos
seminíferos, de forma centrípeta (isto é, da periferia para o lúmen), e compreende quatro fases
sucessivas: multiplicação, crescimento, maturação e diferenciação.

Espermatogénese

As células germinativas que se encontram na periferia dos tubos seminíferos –


as espermatogónias (2n) – dividem-se por mitoses a partir a partir da
Fase de multiplicação puberdade, formando novas espermatogónias. Metade das espermatogónias
continua a dividir-se por mitose, enquanto que as restantes passam para a fase
de crescimento.
As espermatogónias aumentam de volume, devido à síntese e acumulação de
Fase de crescimento
substâncias de reserva, originando os espermatócitos I (2n) ou de 1ª ordem.
Cada espermatócito I divide-se por meiose. Da primeira divisão meiótica,
resultam dois espermatócitos II (n) (ou de 2ª ordem). Nos espermatócitos II,
Fase de maturação
ocorre a segunda divisão meiótica, originando-se, assim, quatro espermatídeos
(n).
Os espermatídeos sofrem um processo de transformação em espermatozoides.
As transformações sofridas incluem perda de grande parte do citoplasma,
Fase de diferenciação
reorganização dos organelos citoplasmáticos e diferenciação de um flagelo, a
partir dos centríolos.

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Os espermatozoides assim formados são células altamente diferenciadas, perfeitamente adaptadas à sua função –
mover-se até ao gâmeta feminino e fecunda-lo. Num espermatozoide, é possível distinguir-se a cabeça, o segmento
intermédio (ou parte intermédia ou colo) e a cauda (ou flagelo).

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A contínua produção de fluidos nos tubos seminíferos gera um gradiente de pressão que encaminha os
espermatozoides para os epidídimos, onde o excesso de fluido é reabsorvido. Os epidídimos são também
responsáveis pela síntese de diversos nutrientes, hormonas e enzimas que auxiliam a maturação final dos
espermatozoides. O epidídimo é um tubo densamente enrolado que estabelece a comunicação entre o testículo e o
canal deferente. Quando os espermatozoides chegam aos epidídimos ainda se encontram imaturos e incapazes de
fecundar o gâmeta feminino, pois apresentam uma reduzida mobilidade. Permanecem entre uma a duas semanas
neste órgão, tornando-se mais resistentes às variações de temperatura e de pH. Este facto é de extrema
importância, pois as secreções vaginais são ácidas, dificultando a locomoção dos espermatozoides.

Espermatogénese e o controlo hormonal

Nos seres humanos, a regulação dos sistemas reprodutores ocorre devido à interação do complexo hipotálamo-
hipófise e das gonadas através de hormonas.

No homem, durante o desenvolvimento embrionário inicia-se a produção de testosterona. No entanto, os teores


desta hormona mantêm-se relativamente baixos até à puberdade. O aumento da produção de testosterona a partir
desta fase de desenvolvimento está associado a uma maior síntese de GnRH.

A hormona GnRH é produzida no hipotálamo, sendo também designada por hormona hipotalâmica. A partir da
puberdade, a GnRH passa a ser permanentemente sintetizada e estimula a hipófise (glândula endócrina) a produzir
duas hormonas hipofisárias (gonadoestimulinas):

 LH – a hormona luteinizante estimula as células de Leydig a sintetizarem testosterona que é responsável


pelo desenvolvimento e manutenção de caracteres sexuais secundários e pela estimulação da
espermatogénese (principalmente a formação de espermatogónias e a segunda divisão da meiose da qual
resultam os espermatídeos). A diminuição significativa de produção de LH pode ter como consequência a
esterilidade.

 FSH - Esta hormona é também designada por foliculoestimulante e, juntamente com a testosterona,
estimula a atividade das células de Sertoli.

Assim, o hipotálamo estimula a hipófise, que, por sua vez, estimula o funcionamento dos testículos, com maior
produção de testosterona e espermatozoides. No entanto, o organismo necessita de controlar eficazmente as
concentrações das diferentes hormonas, para manter o equilíbrio interno e o correto funcionamento dos diferentes
órgãos.

Quando a concentração de testosterona atinge valores elevados na corrente sanguínea, inicia-se a retroalimentação
negativa. O excesso de testosterona inibe a síntese de GnRH, LH e FSH. Esta deixa de estimular a hipófise, com uma

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redução significativa na produção de LH e FSH, implicando assim a diminuição da estimulação da atividade dos
testículos. Os níveis de testosterona são inibidos.

Quando os níveis de testosterona atinge valores baixos, consta-se um aumento da produção de GnRH, LH e FSH, pois
o reduzido teor de testosterona deixa de inibir a síntese destas hormonas. O teor de GnRH, LH e FSH retomam os
valores normais, estimulando novamente a atividade dos testículos, com restabelecimento dos níveis de
testosterona.

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