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Gabriela Noel Turma 2022 Ginecologia e Obstetrícia

HISTÓRIA GINECOLÓGICA
ANAMNESE EM OBSTETRÍCIA Antecedente menstrual – como são os ciclos, volume (sem o uso de
anticoncepcional).
Vida sexual – sexarca, número de parceiros, uso de métodos
contraceptivos.
IDENTIFICAÇÃO
Tratamento de infertilidade – tipo de tratamento (indução de
Nome
ovulação, fertilização assistida, fertilização in vitro)
Idade – a idade ideal para primeira parturição vai dos 18 aos 27 anos.
Utilização de método contraceptivo –
É preciso correlacionar com os fatores de risco, mulheres acima de
Última citologia oncótica – Papanicolau
40 anos tem mais risco de o bebê ter problemas.
Cor – determinados grupos éticos trazem consigo maior risco, por
exemplo negros com hipertensão. GESTAÇÃO ATUAL
Profissão – algumas profissões põem em risco o desenvolvimento da Data da última menstruação (DUM)/Data provável do parto (DPP):
gestação (carregamento de peso, uso de substâncias químicas utiliza-se a regra de Naegele – soma-se 7 ao dia e 9 ao mês (ou
tóxicas, exposição à radiação). diminuir 3); atenção quando ao somar o dia você muda o mês.
Estado civil – número de parceiros, é importante saber se a paciente
tem parceiro fixo ou não. HISTÓRIA FAMILIAR
Procedência – a paciente veio de casa ou veio encaminhada de outra Hipertensão Arterial Sistêmica
unidade? Diabetes
Escolaridade – quanto menor a escolaridade, maior o fator de risco Gemelaridade – a Gemelaridade dizigótica que tem relação familiar.
para várias questões. Câncer – qual tipo de câncer.
Doenças congênitas – aumenta a chance de o bebe desenvolver uma
doença congênita.
QUEIXA E DURAÇÃO
Anamnese em ambulatório ou em emergência?
A paciente veio para a consulta por uma queixa ou só para o HISTÓRIAO OBSTÉTRICA PRÉVIA
acompanhamento? Gesta/para/aborta – lembrando que quando a mulher tem gêmeos
ela é G1P1. Geralmente é feita com números romanos.
Primípara – já pariu 1 bebê.
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL
Primigesta – está na eminência da gestação, ainda não pariu. G1P0A0.
Na GO, a HDA é curta e é feita para explicar, em poucas palavras, a
Multípara – paciente que já pariu 4 bebês.
queixa principal.
Tipos de parto
Avaliar a existência de outros sintomas.
Idade gestacional dos partos
Doenças relacionadas a gestação
REVISÃO DE SISTEMAS
Igual a semio normal.
CASO CLÍNICO
Maria Aparecida, 35 anos, doméstica, encontra-se na quarta gravidez,
ANTECEDENTES PESSOAIS
sendo as 2 anteriores partos normais. Sua primeira gestação foi gemelar,
Transfusões – se fez, por que motivo. É um fator de risco para prematura de 35 semanas, por sofrimento de um dos bebês, com os recém
infecções veiculadas por sangue. natos pesando em torno de 2.200g. refere ter apresentado quadro de
Hábitos de vida – fumo (não faz cálculo de carga tabágica), álcool hipertensão na gestação (em que momento da gestação?). A segunda
(atenção para síndrome alcoólica fetal), uso de certos medicamentos gestação foi única, sem intercorrências e a termo, com RN pesando 3.135g.
prescritos ou não (o uso de IECA e BRA reduz a produção de urina a terceira gestação foi um aborto espontâneo. DUM: 03/01/2019. Ainda não
fetal), drogas ilícitas. realizou USG nem pré-natal.
Cirurgias anteriores – principalmente cirurgias pélvicas com Deu entrada na maternidade com queixa de discreto sangramento, escura,
movimentações da musculatura do útero (essa paciente corre um via vaginal e dor, tipo cólica, em andar inferior de abdome. Nega outras
risco maior de ruptura uterina durante a gestação ou durante o sintomatologias, patologias prévias e alergia a medicamentos. Tabagista
desde os 15 anos 20 cigarros dia. Foi adotada com 1 ano e não conheceu
trabalho de parto – o ideal é que a paciente faça cesariana agendada
seus pais biológicos e demais familiares.
antes de entrar no trabalho de parto).
DPP: 10/10/2019
Imunizações
Idade gestacional hoje (12/08/2019): 31 semanas e 4 dias. (ver a
Alergias – se for alergia medicamentosa isso precisa constar no
quantidade de dias da DUM até hoje e dividir por 7).
cartão de pré natal.
Doenças prévias

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Gabriela Noel Turma 2022 Ginecologia e Obstetrícia
Estática fetal: SAAP
EXAME FÍSICO EM OBSTETRÍCIA  Situação: relacionada a posição do dorso em relação com a pelve
materna. A localização do dorso é importante porque a ausculta
dos batimentos fetais é melhor realizada nesse local.

ABDÔME
INSPEÇÃO
Linha alba – linha negra
Presença de víbices (estrias)

PALPAÇÃO
Útero: ao longo da gestação o útero sofre hipertrofia e hiperplasia.  Apresentação: região do feto que ocupa a área do estreito
A hipertrofia volta ao normal, a hiperplasia não. superior e que nele se insinuará.
 6 semanas: sem alteração
 8 semanas: 2x o tamanho normal
 12 sem: sínfise púbica
 16 semanas: entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical
 20 semanas: cicatriz umbilical.
Manobra de Leopold Zweifel: possui 4 fases e serve para que,
através da palpação, identifica-se partes fetais dando ideia da  Atitude: relação das diversas partes do feto entre si.
estática fetal (relação com das partes fetais com a mãe). - Atitude cefálica: fletida (polo cefálico fletido ao mento), defletida
 Fundo de útero: de frente para a paciente palpando o fundo de grau 1 (apresentação bregmática), defletida grau 2 (apresentação
útero. Com uma fita, mede-se da borda superior da sínfise púbica da fronte), defletida grau 3 (apresentação do mento).
até o fundo de útero passando pela cicatriz umbilical.
 Avaliação da situação: encontrar o dorso do feto para realizar a
ausculta.
 Apresentação: avaliação de qual parte do feto está entrando na
pelve.
 Insinuação: avalia a posição da cabeça do bebê dentro da pelve.
 Posição: relação do dorso fetal com o lado materno. (direito,
esquerdo, anterior ou posterior)
- Variedade de posição: relação entre o ponto de referência fetal
(sutura sagital) com o ponto de referência materno (púbis e
sacro).

Ausculta fetal: deve ser feita a partir da 10 a 12 semana utilizando o


sonar. O pinar pode ser usado a partir da 18-20 semana.
Planos de Deli: é feito para avaliação da altura do feto.
- Plano zero: cabeça ou pelve
passando pelas espinhas isquiáticas.
- Varia de +5 (para fora) a -5 (para
dentro).

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AUSCULTA
Ausculta dos batimentos cardio fetais:
 6 semanas – ultrassonografia;
 10/12 semanas – sonar;
 18/20 semanas – pinnard;

VULVA

INSPEÇÃO
Na gestação há um aumento da vascularização local, deixando o óstio
ureteral mais arroxeado.
As glândulas periuretrais ou vestibulares aumentam sua secreção e
há aumento do fluido vaginal.

EXAME ESPECULAR
Avaliação do colo do útero: formato do orifício externo do útero
(puntiforme ou transverso).
Avaliação do conteúdo vaginal: presença de grumos, corrimentos.
Coleta do exame colpocitopatológico: alguns médicos optam por
colher no segundo trimestre, mas não há contraindicação.
Toque vaginal bimanual: a mão não dominante vai acima do púbis e
dois dedos vão tocar o colo do útero empurrando-o para cima. Esse
exame da ideia de volume uterino.
 Colo uterino: consistência, coloração, posição, esvaecimento,
dilatação e apresentação.

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Data da última menstruação (DUM): primeiro dia de sangramento.
ANAMNESE EM GINECOLOGIA Menopausa: é a interrupção da menstruação nos últimos 12 meses.
Sintomas climatéricos, terapia hormonal, sangramento pós
menopausa.
Tipo menstrual (TM): menarca/dias de sangramento/intervalo entre
IDENTIFICAÇÃO as menstruações. (ex: 13/5/21).
Nome completo  OBS: um ciclo padrão tem 28 dias (26 a 32); a duração do fluxo é
Idade: infância, puberdade, maturidade, climatério e senilidade. de 4 a 5 dias (3 a 7) e a quantidade é de 25 a 100ml.
Cor: doenças mais prevalentes em determinadas raças (leiomioma Sintomas pré-menstruais e menstruais: ingurgitamento mamário,
uterino nas negras, prolapso genital nas brancas). mastalgia, distensão abdominal (edema das vísceras pélvicas), dor do
Naturalidade e procedência: doenças mais prevalentes em meio (do ciclo), dismenorreia (algomenorreia), labilidade emocional.
determinadas regiões. Antecedentes sexuais: atividade sexual, dispaurenia, sinusorragia,
Profissão: mulheres grávidas que lidam com material tóxico. método contraceptivo, número de parceiros, tipo de relação.
Estado civil: juntamente com o parceiro para possível contato e Fluxo genital: corrimentos, odor, coloração.
informações sobre estado de saúde da paciente (nível ambulatorial). Queixas mamárias: faz autoexame, presença de nódulos.
Religião: fornece informações sobre costume, práticas e hábitos de Ultimo preventivo e mamografia: pelo MS tem as determinadas faixas
vida da mulher, possibilidade de aceitar hemotransfusão. etárias para coleta. Preventivo entre 25 a 60 anos e mamografia a
partir dos 40 anos.
QUEIXA PRINCIPAL Número de gestações, partos e abortos: discriminar gestações
Transcrição fiel das expressões usadas pelas pacientes. gemelares; lembrar que o ato de gestar e parir é único.
Particularidades dos partos, desfechos e número de filhos vivos.
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL Evolução no puerpério, amamentação.
Evolução clínica.
Particularidades: períodos de melhora espontânea, medicação HISTÓRIA SOCIAL
utilizada, exames laboratoriais, tratamentos clínicos e/ou cirúrgicos. Escolaridade
Tabagismo
HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA Etilismo
Doenças comuns da infância: rubéola, sarampo... Drogas ilícitas
Quadro vacinal: dTp, hepatite B, influenza. Saneamento básico
Comorbidades e uso de medicação regular.
Cirurgias e hemotransfusões: cesarianas, indicações e complicações.
Alergia medicamentosa AO FINAL
Doenças infectocontagiosas: ISTs ou outras doenças infecciosas. Tem algo mais para falar?
Sente algo que não perguntei?
REVISÃO DE SISTEMAS Tem alguma dúvida ou algo que queira conversar comigo?
Segmento cefálico: cabeça (enxaquecas-> pode estar relacionado ao
uso de hormônios) e pescoço (doenças tireoidianas).
Aparelho respiratório
Cardiovascular
Aparelho digestório
Aparelho urinário

HISTÓRIA FAMILIAR
Doenças neoplásicas
Doenças infectocontagiosas

HISTÓRIA FISIOLÓGICA
Menarca: entre os 11 e 13 anos.
Sexarca
Pubarca
Telarca
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pequenos lábios e clitóris, distopia genital, tamanho do introito
EXAME FÍSICO EM GINECOLOGIA vaginal, perda urinária, secreções, ISTs.
Inspeção da região anal; plicomas, hemorroidas, fissuras,
prolapsos.
EXAME DE MAMAS Palpação: manobra de Valsava para análise de descida da mucosa
Inspeção estática: paciente sentada, colo desnudo, braços ao longo vaginal ou exteriorização. Com dois dedos introduzidos na entrada da
do corpo. vagina se observa que parte da vagina prolapsa (parede anterior –
 Sinal de Hunter cistocele; uretra – uretrocele; parede posterior – retocele; ou colo
 Rede de Haller uterino – prolapso uterino).
 Tubérculo de Montgomery
Inspeção dinâmica: observam-se as mamas enquanto a paciente EXAME ESPECULAR
ergue os braços acima da cabeça e depois com as mãos na cintura e 1. Introduz-se o espéculo bivalve na vagina em sentido
fazendo uma contratura contra esta. Pode pedir também que a longitudinal-oblíquo formando um ângulo de 45 graus (para
paciente se incline para a frente com as mãos na cintura. desviar da uretra),
Analisar na inspeção: retrações, abaulamentos, simetria entre as afastando os pequenos
mamas, tumorações evidentes, secreção papilar espontânea e lábios e imprimindo um
anormalidades dos mamilos, papilas mamárias (protusas planas, trajeto direcionado
retraídas, invertidas), avaliar a linha mamária (mamilos assessórios, posteriormente ao mesmo
mama assessória). tempo em que se gira o
Palpação dos linfonodos: com a paciente sentada, palpar as instrumento para o sentido
cadeiras supra claviculares e cervical e depois a as axilares transversal.
(procurando deixar o braço relaxado – apoiando seu membro OBS: sempre avisar a
superior no ombro e braço do examinador). paciente de que se está
Palpação das mamas: paciente em decúbito dorsal com os braços introduzindo o espéculo. Não
atrás da cabeça, palpar com as polpas digitais explorando se deve utilizar lubrificante
completamente a mama. pois confunde a avaliação de
Analisar na palpação: nódulos, massas, sinais inflamatórios, secreções.
alterações na vascularização superficial e edema da pele da mama 2. Abrir o espéculo até que seja possível a visualização do colo
(pele em casca de laranja). uterino. Avaliar pregueamento e trofismo da mucosa vaginal,
Expressão mamilar: é feita de maneira centrípeta, seguindo o secreções, lesões da mucosa, septações vaginais, condilomas,
movimento dos ponteiros de um relógio. Só é necessária quando há pólipos, cistos de retenção e ectopia.
queixa de derrame papilar espontâneo. Na presença de secreção, 3. Análise da secreção vaginal, é importante para o diagnóstico
analisar quantos ductos participam (uni ou multiductal), se é uni ou de vulvovaginite. Coleta-se a secreção vaginal com a extremidade
bilateral, o dor e a coloração/aspecto. arredondada da espátula de Ayre e se espalha o material sobre
duas gotas colocadas nas extremidades uma lâmina preparada
EXAME PÉLVICO – POSICIONAMENTO (uma com KOH a 10% e outra com soro fisiológico).
Posição de litotomia em mesa ginecológica: decúbito dorsal, 4. O exame preventivo de câncer de colo é feito utilizando a outra
nádegas junto à borda da mesa de exame, com coxas e joelhos extremidade da espátula de Ayre. A parte maior da espátula deve
fletidos, descansando os pés ou a fossa poplítea nos estribos ser colocada no orifício
(perneiras). A paciente deve estar despida e coberta com um avental. cervical e depois girada em
Na ausência de mesa ginecológica adequada, pedir para a paciente 360 graus (para coletar
deixar os calcanhares próximos e afastar os joelhos. células de toda a
Posição lateral/lateral-oblíqua-esquerda/posição de Sims: circunferência da zona de
permite a realização do toque em gestante em trabalho de parto e transição). -> o objetivo é
visualização da vulva. destacar células da JEC pois
essa é a sede da maioria das
EXAME DA VULVA E DO PERÍNEO alterações celulares
Inspeção da vulva: distribuição e características do pelos, trofismo neoplásicas e pré-
vulvar, lacerações no períneo, secreções exteriorizadas, condilomas neoplásicas. O material deve
e outras lesões cutâneas, presença/ausência de hímen, tamanho dos ser espalhado sobre lâmina
de modo transversal. Coletar,
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com escova endocervical, material internamento no canal
cervical; deve-se inserir totalmente a escova e girar 360 graus.
O material deve ser colocado na lâmina de modo longitudinal no
sentido contrário do sentido da coleta.
5. Colocar a lâmina com material coletado em recipiente com
álcool a 95%.

TOQUE VAGINAL
1. Afasta-se os grandes e pequenos lábios com o polegar e com o
dedo mínimo.
2. Introduz-se no canal vaginal 1 ou 2 dedos lubrificados (médio e
indicador), tentando avançar no sentido posterior, com pressão
uniforme para trás. Os dedos devem explorar a musculatura
pélvica, as paredes vaginais, a cérvice, o fundo de saco anterior
e posterior.
3. Coloca-se a outra mão sobre o baixo ventre e as mãos são
comprimidas delicadamente uma contra a outra, com o objetivo
de apreender o útero e explorar sua forma, tamanho,
posicionamento, consistência, sensibilidade e mobilidade.

TOQUE RETAL
Não costuma ser realizado de rotina.
Deve ser feito: sintomas intestinais, suspeita de endometriose
profunda, neoplasia ou sangramento retal, distopias pélvicas.

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 FSH: hormônio folículo estimulante -> desenvolvimento dos
FISIOLOGIA DA MULHER folículos ovarianos e produção de estrogênio pelas células
foliculares
 LH: hormônio luteinizante -> induz a ovulação e a produção de
DEFINIÇÕES progesterona pelas células foliculares e corpo lúteo.
Eixo neuro-hormonal hipotálamo hipófise ovário Ovário: desenvolvimento dos folículos e produção de estradiol,
Menarca: primeira menstruação, marca o inicia do menacme progesterona e inibina. Possuem 3 zonas:
Menopausa: ultima menstruação  Córtex: folículos primordiais e estroma, local onde ocorre a
Menacme: período reprodutivo da mulher. maturação dos folículos
Puberdade: período em que ocorrem mudanças morfológicas e  Medula: estroma e vasos sanguíneos, é o tecido de sustentação
fisiológicas resultantes da maturação do eixo neuro-hormonal.  Hilo: local por onde penetram os vasos sanguíneos
Adolescência: período evolutivo, caracterizado por intensas Esteroidogenese: os esteroides são grupos compostos lipossolúveis
modificações biopsicossociais e pelos esforços do indivíduo em que tem estrutura básica de 17 átomos de carbono, são originados a
alcançar os objetivos relacionados às expectativas culturais da partir do colesterol. Os tecidos produtores de estrogênio são:
sociedade em que vive. suprarrenal, gônadas, placenta e tecidos periféricos, dependendo as
Climatério: período de transição entre a fase reprodutiva e a fase concentrações de FSH e LH
não reprodutiva.  E2: 17-beta-estradiol -> possui maior potência e predomina no
Menacme
PUBERDADE  E1: estrona -> predomina na pós menopausa
O que é? Processo complexo do desenvolvimento somático, mediado  E3: estriol.
pela ativação do eixo HHO, que culmina na maturidade reprodutiva  Existem 2 vias para produção de estradiol a delta 5 no ovário e a
Início: 8 anos em meninas e 9 anos em meninos. Seu momento de delta 4 no suprarrenal. -> na pós menopausa é a via delta 4 que
início é variável, determinado principalmente por fatores genéticos e funciona mais.
ambientais.
Fases: FOLÍCULOS OVARIANOS
 Telarca: aceleração e crescimento do broto mamário Folículo primordial: são formados a partir da 12 a 15 semana de
 Adrenarca: aparecimento dos pelos axilares e pubianos gestação do feto.
 Gonadarca: desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários  Composição: oócito envolvido por uma camada achatada de
 Menarca: primeira menstruação, acontece dos 9 aos 13 anos, células foliculares.
podendo ir até os 16.  20ª semana: o feto já possui todos os folículos prontos. Cerca de
Estágios de Tarnner: 5 a 7 milhões.
 Atresia folicular: ocorre devido a não maturação do eixo HHO, ao
nascimento o feto apresenta cerca de 2 milhões de folículos.
 Degeneração folicular: ocorre durante a vida da mulher até a
puberdade, onde existem cerca de 400 mil folículos.
 Menopausa: desaparecimento completo dos folículos primordiais.
Folículo primário: são produzidos a partir da ação do FSH
(maturação do eixo HHO). A cada mês cerca de 8 a 12 folículos
primordiais são convocados.
 Ocorre aumento do oócito
Em algum momento da infância começa a maturação do eixo e Folículo secundário: as células granulosas aumentam o número de
acontece a puberdade, com início da telarca. receptores de FSH (feedback +). O aumento do FSH com consequente
Se até os 13 anos não há o aparecimento de nenhuma caraterística aumento do estrogênio, leva ao aumento da produção de LH pela
sexual é preciso investigar. hipófise, aumentando a secreção folicular.
 Formação da camada externa (TECA) que vai responder ao LH e
EIXO HORMONAL HIPOTÁLAMO HIPÓFISE OVÁRIO adquirir capacidade de produzir progesterona.
Anatomia: O hipotálamo é localizado na base do cérebro junto com a Folículo terciário ou cavitário: é o folículo que mais produz
hipófise. receptores de FSH. O LH e o estrogênio elevados aumentam a
Hipotálamo: libera GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) que proliferação celular da TECA.
estimula a hipófise anterior.  Teca interna: produção de progesterona
Hipófise: produz as gonadotrofinas, o FSH e o LSH.
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 Teca externa: cápsula do folículo.  Idade média: 50 anos
Folículo maduro ou de Graaf: o aumento de estrogênio inibe a  >55 anos: menopausa tardia
liberação de FSH pela hipófise e faz um pico de LH, causando ovulação.  <45 anos: menopausa precoce
É um folículo com aumento de 10x o tamanho. Evento fisiológico: modificações endócrinas, físicas e emocionais
 Estigma: estrutura formada para que ocorra o rompimento do Sintomas relacionados principalmente à deficiência de
ovário/saída do ovócito para que haja ovulação. estrogênio: os receptores de estrogênios estão na pele, vasos,
Corpo lúteo ou amarelo: ocorre depois da ovulação com grande coração, ossos, cérebro, mama, útero, vagina, bexiga e uretra.
produção de progesterona. A inibina junto ao estrogênio reduzem os Alterações funcionais:
níveis de FSH, suprimindo o novo crescimento folicular; a  Menstruais: polimenorreia (ciclo inferior a 24 dias),
progesterona junto ao estrogênio reduz os níveis de FSH e LH levando oligomenorreia (intervalo >35 dias), hipermenorreia
a atrésia folicular. Se não ocorrer gravidez, o corpo lúteo degenera (sangramento intenso), amenorreia (ausência de menstruação
em 10 a 12 dias. >90dias), exacerbação da TPM, dismenorreia.
 A queda de estrogênio e progesterona cessa o feedback negativo  Vasomotores: fogachos, suores, palpitações, insônia, ansiedade
central.  Psicólogos: diminuição da autoestima, irritabilidade, sintomas
depressivos, dificuldade de concentração e memória
 Alterações sexuais: multifatoriais (biológicos, psicológicos e
sociais)
Sangramentos irregulares:
 Folículo atrésico: diminuição do número de receptores para
gonadotrofinas, diminuição de E2 não havendo pico de LH (ciclos
anovulatórios -> ciclos irregulares).
 Se ocorrer a ovulação, o corpo lúteo é insuficiente devido a
redução de progesterona.
 Redução progressiva da função reprodutora - diminuição do
volume do ovário (córtex)
Manifestações tegumentares: diminuição da produção do colágeno
e da síntese de ácido hialurônico
 Pele: ressecamento, perda da elasticidade, rugas, diminuição do
n° e hiperplasia dos melanócitos (manchas hipocrômicas,
Ação hormonal no útero: lentigos, melanose)
 Estrogênio: induz a proliferação endometrial  Deslocamento e retração da gengiva, infecção e cáries dentárias
 Estrogênio + progesterona: inibição da proliferação endometrial  Ressecamento vaginal, dispareunia, disúria, urgência miccional,
e início da modificação, aumentando a vascularização e as incontinência urinária, ITU de repetição, distopias genitais
glândulas.  Involução do parênquima mamário, lipossubstituição, flacidez
 Diminuição do estrogênio e progesterona: descamação Alterações cardiovasculares:
endometrial.  Tendência à obesidade central
Fases do ciclo menstrual: folicular/proliferativa, ovulação,  Diminuição de HDL, aumento de LDL e colesterol total
lútea/secretora, menstruação.  Placa de ateroma, vasoespasmo arterial
As variações da mama ao longo do ciclo menstrual:  Aumento de agregação plaquetária
 Fase folicular: proliferação epitelial e vasodilatação  Resistência periférica a insulina
 Fase lútea: dilatação dos ductos, pico de atividade proliferativa, Alterações ósseas:
aumento da permeabilidade vascular, edema interlobular (pode  Balanço entre formação e reabsorção óssea
haver mastalgia cíclica)  Pico de massa óssea - até 3° década de vida
 Menstruação: regressão dos sintomas.  4° década: perda de 0,2 a 0,5% ao ano
 Perimenopausa: até 5 anos após - 2% ao ano (queda de E)
CLIMATÉRIO  Após esse período: perda de 1 a 1,5% ao ano
O que é? Período de transição entre a fase reprodutiva e o estado  Fatores que influenciam: alimentação, sedentarismo, tabagismo,
não reprodutivo da mulher, estendendo-se até a senescência. alcoolismo, uso crônico de corticoides
Idade de ocorrência: 40 a 65 anos
Menopausa: interrupção permanente da menstruação (>12 meses de
amenorreia)
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AÇÕES DO ESTROGÊNIO
Aumentam: a excitabilidade e contratilidade do corpo do útero; a
atividade ciliar, contrátil e secretória (tuba uterina); o endométrio
funcional (até 10mm); os receptores de progesterona, secreção de
muco mais aquoso, ralo e claro; a lubrificação da vagina
Desenvolvimento mamário;
Metabolismo e absorção intestinal de Ca;
Secreção e expressão do gene paratireoidiano;
Diminui a ação dos osteoclastos;
Estimula produção de ptns transportadoras dos hormônios
esteróides como a SBMG ou Beta-globulina
Aumenta atividade do receptor hepático de LDL
Efeito vasodilatador, aumenta os níveis de fatores pró-coagulantes
(VII, IX, X, XII, XIII, favorecendo um estado pró trombótico)
Sensibilidade aumentada ao doce
Diminuição do apetite
Aumenta a densidade de receptores de serotonina – humor
Estimula plasticidade neuronal
SNC - aprendizagem, memória, libido, fome

AÇÕES DA PROGESTERONA
Regula produção de FSH e LH
Ação relaxante para evitar contrações (útero)
Desenvolvimento completo (artérias espiraladas), aumento da
produção de muco espesso viscoso, rico em açúcar, aminoácido e
glicoptn (endométrio)
Aumenta atividade ciliar, contrátil e secretária (tuba)
Diminui lubrificação, aumenta células queratinizadas (vagina) (obs:
pós-parto, mulher pode apresentar dispareunia, pois a progesterona
ainda está alta)
Retenção hídrica (mastalgia)
Aumento do volume sanguíneo após dois dias da oocitação e atinge
pico máximo 2-3 dias antes do sangramento
Fome, fadiga, insônia, dificuldade de concentração
Associado a ação da progesterona tem queda de estrogênio -> TPM -
> maior sensibilidade por salgados, amargo e azedo, aumento do
apetite, constipação, retenção hídrica.

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DIAGNÓSTICO BIOQUÍMICO

DIAGNÓSTICO E DATAÇÃO DA Dosagem do hCG (gonadotrofina coriônica): é uma glicoproteína,


secretada pelo embrião (sinciciotrofloblasto após a nidação). Pode

GESTAÇÃO ser detectado com dias mínimos de atrasos. Pode ser detectado entr
8 a 11 dias após a concepção.
 Possui uma fração alfa e beta: a dosagem é feita da fração beta,
porque a fração alfa é comum aos hormônios presentes na
O diagnóstico pode ser: circulação feminina como o FSH, LH e o TSH
1. Clínico  Sustentada pelo corpo lúteo do 8 dia a 7 semana:
2. Bioquímico  Beta hCG positivo: acima de 25 UI/ml
3. Ultrassonográfico  Beta hCG negativos: abaixo de 5 UI/ml
 Beta hCG positivo na urina (TIG): 200 UI/ml
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Baseia-se na história, sinais e sintomas DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRAFICO
Queixas principais: Saco gestacional: 5 semanas
 Atraso menstrual: pode ocorrer também em doenças da tireoide, Batimento cardíaco fetal: 6-7 semanas
tumores hipofisários e ovarianos. Movimentos fetais: 8 semanas
 Mastalgia: CCN (comprimento cabeça nádega) > 5mm: o BCF é positivo. É feito
 Náusea e enjoos matinais: para estimar a idade gestacional.
 Ganho ponderal: associado ao aumento da fome
 Polaciúria: ligado ao aumento repentino da progesterona DATAÇÃO DA GRAVIDEZ
Sinais de presunção: Regra de Neagele (data provável do parto): +7 no dia +9 ou -3 no
 Atraso menstrual mês.
 Manifestações clínicas: Náuseas, vômitos, salivação excessiva,  DUM 02/03/19 -> DPP 09/12/19
mudança de apetite, tontura, aumento da frequência urinária,  DUM 28/03/19 -> DPP 04/01/20
sonolência. Idade gestacional: DUM (calcula-se quantos dias se passaram e
 Modificações anatômicas: aumento do volume das mamas, divide-se por 7) e USG (1º trimestre) (calcula-se quantos dias se
hipersensibilidade dos mamilos, tubérculos de Montgomery*, passam da USG, divide-se por 7 e soma as semanas que deram na
saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea da vulva (sinal USG).
de Chadwick)/vagina (sinal de Kluge) e colo, cianose vaginal (sinal  DUM 02/03/19 -> idade gestacional (16/09/19): 28 semanas e 2
de Jaquemiar) e cervical, aumento do volume abdominal. dias
Sinais de probabilidade: sinais que indicam mais ainda  USG 12/04/19 com 6 semanas e 4 dias -> idade gestacional
 Amolecimento do colo de útero: o colo de uma mulher não grávida (16/09/19): 29 semanas
tem consistência mais firme e na mulher grávida o colo fica mais
amolecido.
 Aumento do volume do útero: junto com o amolecimento do colo
de útero formam o sinal de Hegar
 Paredes vaginais: aumentadas, com aumento da vascularização,
pulso da artéria vaginal (sinal de Osiander) ao toque vaginal.
Sinais de certeza:
 Batimentos cardíacos fetais: estetoscópio de Pinard (18 a 20
semanas) ou sonar de Doppler (12 semanas)
 Movimentos fetais: referidos pela paciente e detectados pelo
médico
 Ultrassonografia: dependendo do tempo de atraso menstrual
pode ser que não apareça na USG.

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 Como o bebe se desenvolve ao longo da gestação: orientação

PRÉ-NATAL sobre movimentação fetal (a partir do 5º mês)


 Nutrição e dieta: uma paciente com IMC normal (18-25) o ganho
esperado é de 11 a 16Kg; o ganho de pouco peso materno é fator
QUIZ VERDADEIRO OU FALSO – PRÉ NATAL de risco para que o feto tenha crescimento intrauterino restrito.
1. Uma gravidez normal tem 9 meses ou 36 semanas completas:  Exercícios físicos: incluindo exercícios pélvicos, que podem
FALSO, uma gravidez normal tem 42 semanas. reduzir a dor perineal no puerpério; pilates, hidroginástica,
2. O exame das mamas como rotina não é recomendado para caminhada, yoga e outros exercícios de baixa intensidade.
promoção do aleitamento materno durante a gestação:  Exames de rastreamento: incluindo riscos e benefícios dos testes.
VERDADEIRO, não se faz o exame de mamas para se falar de - OBS: o exame do HIV não pode ser requisitado sem
aleitamento. Você aproveitar o momento para abordar o consentimento.
aleitamento.  A maternidade de referência para atendimentos emergenciais e
3. O exame ginecológico deve ser realizado em toda a consulta, pois parto: hoje é recomendado que a mulher faça uma visita pré parto
ajuda no calcula da idade gestacional e na prevenção do parto para que ela conheça o ambiente.
prematuro: FALSO, não deve ser feito em toda conduta. É feito na  Amamentação: incluindo participação em atividades educativas
primeiro e deve ser repetido caso a paciente tenha alguma queixa de grupo.
(avaliação da dilatação)  Direitos e benefícios legais da gestante: toda gestante tem direito
4. O sulfato ferroso deve ser feito para toda mulher assim que ela a 120 a partir do nascimento do seu filho e ela tem o direito te
tenha o diagnóstico de gravidez: FALSO, deve ser suplementado antecipar esses dias 1 mês antes da data provável.
após a 16ª semana.
5. O ácido fólico é uma medicação que pode prevenir a anencefalia REDE CEGONHA
e outros defeitos do fechamento do tubo neural: VERDADEIRO, os Assistência ao pré natal adequada, referência de maternidade,
outros defeitos são: meningocele, espinha bífida, encefalocele, ect acompanhamento do RN até 2 anos e planejamento familiar.
6. O parceiro deve realizar anti HIV, tipagem sanguínea e VDRL: Tem como objetivo reduzir a mortalidade materna e a mortalidade
FALSO, não é obrigatório. Para o MS deve-se aproveitar esse infantil.
momento para pedir. Acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade,
7. O rastreamento para Chlamydia, rubéola, hepatite C e ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré-natal
citomegalovírus é imprescindível durante a gestação: FALSO, são Vinculação da gestante à unidade de referência para o parto, e ao
exames específicos e tem suas indicações pontuais. transporte seguro;
8. Toda gravida mesmo que de baixo risco deve fazer pelo menos 2 Boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento;
USG durante a gestação: FALSO, pelo MS a realização de USG não Atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e
é obrigatória. resolutividade;
9. A partir da segunda metade da gestação e mulher deve ser Acesso às ações de planejamento reprodutivo.
submetida a exames de rastreio para prevenção do parto Principais causas de morte materna no Brasil: hipertensão,
prematuro: FALSO, na segunda metade da gestação é feito o hemorragias, infecção e abortamento.
rastreio do diabetes gestacional, não há indicação de fazer
exames de rastreio de parto prematuro se a mulher for PRÉ-NATAL
assintomática. Início do acompanhamento: o mais precoce possível.
10. Deve-se pedir uma USG no terceiro trimestre de gravidez para Consulta pré concepcional:
estimar peso fetal e decidir qual seria a melhor via de parto:  Orientação nutricional
FALSO, existem as manobras e os toques que podem dar  Avaliação de riscos como tabagismo, álcool e outras drogas.
orientação a essa mulher.  Orientação sobre o uso de medicamentos (ex: em uso de
captopril, introduzir metildopa)
OBJETIVO  Avaliação das condições de trabalho
O objeto da assistência ao pré natal é acompanhar a gestante durante  Uso de ácido fólico
esse período, tentando diagnosticar e tratar possíveis doenças que  Orientação para registro das menstruações
venham surgir ou que ainda não tinham sido descobertas, tendo como Ácido fólico: 3 meses antes da concepção e 3 meses depois do início
meta, ao final da gestação, uma mãe e um recém-nascido saudáveis. da gravidez. Evitar a malformação do tubo neural.
Quantidade de consultas: mínimo de 6 consultas
PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL  Mensal: até 28 semanas
Fornecer informações sobre:
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 Quinzenal: de 28 a 36 semanas
 Semanal: de 36 a 41 semanas
Anamnese: identificação, queixa principal, história familiar, história
pregressa, história ginecológica e história obstétrica (GPA).
Orientação sobre amamentação: a média de tempo de
amamentação no Brasil é de 45 dias.
Calcula da data provável de perto: regra de Neagle.
Exame físico: peso e estatura (com IMC -> é preciso haver um
aumento do IMC durante a gestação), mucosas, sinais vitais, ausculta
cardiorrespiratória, abdome, membros inferiores (edema, varizes,
TVP), manobras de Leopold Zweifel (altura uterina, estática fetal),
ausculta fetal, medida da altura uterina.
Exame ginecológico: exame das mamas, exame genital externo,
exame genital interno (exame especular, coleta de preventivo e
toque).
 A mulher que tenha 2 preventivos anuais normais, ela pode colher
novamente em 3 anos.
Consultas subsequentes:
1. Condições maternas: PA, peso, edema, altura uterina, exame
especular e toque, indagar sobre intercorrências, função
intestinal e dieta.
2. Condições fetais: BCF, movimentação fetal, tamanho fetal,
estática, quantidade de líquido amniótico
Exames laboratoriais:
1. Rotina de primeiro trimestre
2. Rotina de segundo trimestre
3. Rotina de terceiro trimestre
Ultrassonografia: não existe obrigatoriedade de realizar USG pelo
MS. É recomendado fazer uma de 1º tri e 2º tri.
 Ultra de primeiro tri: mais fidedigna para cálculo de idade
gestacional; ela mostra a TN (transluscência nucal -> é a medida
da nuca do feto, deve ser feita entre 11s e 13 s e 6 dias; deve ser
menor que 2,5mm valores maiores traz um risco de
cromossomopatia -> trissomia do 13, 18 e 21, monossomia do 45
avalia malformação congênitas)
 Morfológica: da 20ª a 24ª semana. Avalia a anatomia do feto.
Validade fetal: cardiotocografia e doppler.
Medicações:
 Ácido fólico: 3 meses antes e até 14 semanas.
 Antianêmicos e polivitamínico: não são recomendados
 Sulfato ferroso: inicia-se com 16 semanas e deve ser usado até o
final da gestação
 Vacina DTpA: se a mulher não tem a vacina completa deve-se
completar o esquema de 3 doses, se ela foi vacina e tem mais de
10 anos deve ser feito o reforço (a partir de 20 semanas)
 Hepatite B:
 H1N1: se a mulher estiver no Brasil nos meses de inverno
 Podem ser feitas: febre amarela (se estiver em área endêmica ou
for viajar para área endêmica) e antirábica

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Gabriela Noel Turma 2022 Ginecologia e Obstetrícia
 Negativo: aconselhamento pós-teste e repetir a sorologia no 3º
EXAMES COMPLEMENTARES trimestre
Toxoplasmose IgM e IgG:
NO PRÉ-NATAL Sorologia para hepatite B (HbsAg): a intervenção pós natal pode
diminuir o risco de transmissão mãe filho. Se o resultado for negativo
PRIMEIRO TRIMESTRE/PRIMEIRA CONSULTA e não houver história de vacinação a vacina deve ser recomendada.
Hemograma:  Positivo: aconselhamento pós-teste e encaminhar para pré-natal
 Hemoglobina >11g/dl: ausência de anemia. especializado
 Hemoglobina entre 8 e 11g/dl: anemia leve a moderada. Solicitar  Negativo: aconselhamento pós-teste e vacine a gestante caso não
exame de fezes, tratar a anemia, repetir a dosagem em 30 a 60 tenha sido vacinada. Repita a sorologia no 3º trimestre
dias. Urocultura + urina tipo 1:
 Hemoglobina <8g/dl: anemia grave. Se necessário encaminhar  Proteinúria traços: repetir em 15 dias, se manter encaminhar
para pré-natal de alto risco para pré-natal de alto risco
Tipagem sanguínea e fator Rh:  Proteinúria traços e hipertensão e/ou edema: encaminhar para
 Rh negativo e parceiro Rh positivo ou Rh desconhecido: solicitar pré-natal de alto risco
coombs indireto  Proteinúria maciça: encaminhar para pré-natal de alto risco
Coombs indireto – se Rh negativo:  Piúria/bacteriúria/leucocitúria/cultura positiva: tratar ITU
 Se negativo: repetir a cada 4 semanas, a partir da 24ª semana empiricamente até resultado do antibiograma. Em caso de ITU de
 Positivo: referir a gestante ao pré-natal de alto risco repetição ou refratária ao tratamento encaminhar para pré-natal
Glicemia em jejum: de alto risco
 85-119mg/dl: realizar TTG de 24 a 28 semanas de gestação  Hematúria com piúria: considere ITU e proceda como já
 >110mg/dl: repetir o exame. Se maior que 110 o diagnóstico é apresentado
diabetes mellitus gestacional.  Hematúria isolada: excluir sangramento genital, encaminhar para
Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR: tratamento consulta especializada.
imediato caso resultado positivo  Cilindrúria: encaminhar para pré-natal de alto risco
 Teste rápido positivo: realização de VDRL e testar parceiros  Outros elementos: não necessita conduta especial
sexuais Ultrassonografia obstétrica:
 Teste rápido negativo: realização de sorologia no 3º trimestre, no Citopatológico de útero (caso necessário):
momento do parto e em caso de abortamento Exame da secreção vaginal (se tiver indicação clínica):
 VDRL positivo: tratamento da gestante e parceiro. Parasitológico de fezes (se tiver indicação clínica):
 VDRL negativo: repita o exame no 3º trimestre, no parto e em caso
de abortamento. SEGUNDO TRIMESTRE
Tratamento da sífilis: Teste de tolerância para glicose com 75g: se glicemia estiver
Primária: penicilina benzatina DU 2.400.00 UI (1.200.000 em cada acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame
nádega) preferencialmente entre 24º e 28º semana)
Secundária ou latente recente (menos de 1 ano de evolução): penicilina  Jejum <110mg/dl ou 2h <140: teste negativo
benzatina 2.400.000 UI (1.200.000 em cada nádega) em duas doses  Jejum >110 mg/dl ou 1h >140: diabetes melitus gestacional
com intervalo de 1 semana (dose total=4.8000.000 UI) Coombs indireto (se for Rh negativo)
Sífilis terciária ou latente tardia (mais de 1 ano de evolução ou duração
ignorada): penicilina benzatina 3 aplicações de 2.400.000 UI TERCEIRO TRIMESTRE
(1.200.000 em cada nádega) com intervalo de 1 semana (dose total=
Hemograma
7.200.000 UI). Realize exame mensal para controle de cura.
Glicemia em jejum
Teste rápido anti-HIV: Coombs indireto (se for Rh negativo)
 Positivo: aconselhamento pós-teste e encaminhar para pré-natal VDRL
especializado em DST/Aids Anti-HIV
 Negativo: aconselhamento pós-teste e repetir a sorologia no 3º Sorologia para hepatite B (HbsAg)
trimestre Toxoplasmose (se IgG não reagente)
Anti-HIV: Urocultura + urina tipo 1
 Positivo: aconselhamento pós-teste e encaminhar para pré-natal Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de
especializado em DST/Aids gestação)

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APARELHO CIRCULATÓRIO
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO Aumento da FC e VS: aumento do débito cardíaco; atenção às
pacientes cardiopatas.

MATERNO Aumento das câmaras cardíacas;


B3 e desdobramento de B1 fisiológicos;
Aumento do volume intravascular e da FC: sopro sistólico suave, de
POSTURA E MARCHA no máximo 2+/6+, pancardíaco.
Marcha anserina: lordose e cifose acentuada, base alargada, abdome Vasodilatação vascular: ação da progesterona (relaxamento de
projetado para frente. musculatura lisa); diminuição da PA (principalmente na primeira
metade -> relaxamento muscular sem aumento de volume ainda)
METABOLISMO Síndrome da veia cava/síndrome da hipotensão supina: o útero tende
Metabolismo glicídico: a placenta é produtora de hormônio a comprimir os grandes vasos quando a paciente assume decúbito
contrarreguladores de insulina como o hPL (lactogênio placentário), dorsal, principalmente a veia cava (mais anterior e à direita)
cortisol, estrogênio e progesterona. Esses hormônios aumentam a Aumento da pressão venosa nos MMII: o útero comprime os vasos
resistência periférica à insulina. pélvicos, diminuindo o RV e levando ao aumento das varizes.
 Hipoglicemia de jejum: quando a mãe está em jejum prolongado o
feto continua a consumir glicose, que passa através da placenta ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS
por meio de difusão facilitada. Hipervolemia: aumento do plasma e das células (hematócrito normal)
 Hiperglicemia pós-prandial: ao se alimentar, devido a produção de Aumento da necessidade de Fe e ácido fólico
hormônios contrarreguladores de insulina, há uma hiperglicemia Diminuição das plaquetas: devido a hemodiluição
devido a hiperinsulinemia para contrapor a resistência Aumento dos fatores de coagulação: exceto os fatores 11 e 13 que
(hipertrofia e hiperplasia do sistema beta pancreático) estão diminuído; a gestação é pró-coagulante
 Hiperinsulinemia: Aumento do VHS
 Diabetes gestacional: devido à resistência periférica insulínica Diminuição da resposta imunológica: o feto possui 50% de carga
ocorre uma hiperglicemia (hormônios contrarreguladores), o que diferente da materna o que poderia desencadear resposta
leva a uma hiperinsulinemia. Gestantes previamente diabéticas imunológica, logo, a diminuição da resposta imune permite que não
pioram o quadro clínico com o avanço da gestação em caso de haja essa reação. Entretanto, acaba por ser um fator de maior chance
não realização de tratamento. de infecções.
Metabolismo lipídico: aumento de todas as lipoproteínas para Aumento de leucócitos.
atender as demandas do feto; aumento de colesterol, HDL, LDL e
triglicerídeos. APARELHO URINÁRIO
 Cetose de jejum: com o jejum e hipoglicemia é feito lipólise dos Peristalse ureteral lentificada: progesterona faz relaxamento da
ácidos graxos, havendo liberação de cetonas. musculatura lisa do ureter e da pelve renal;
Metabolismo proteico: aumento da síntese proteica. A dosagem Bacteriúria assintomática: o ureter se implanta na bexiga com pouco
sérica de proteínas pode apresentar-se normal devido a diluição das ângulo e quando esta se contrai durante a micção impede o refluxo e
mesmas pelo aumento da volemia. cria um turbilhonamento da urina (“washalt”) que faz lavagem das
 O beta HCG estimula a tireoide, entretanto não há paredes internas da bexiga. Com o relaxamento da musculatura não
desenvolvimento de hipertireoidismo devido a produção há contração vigorosa causando aumento do refluxo vesicureteral
aumentada de tireoglobulina que se liga ao hormônio livre facilitando a adesividade bacteriana.
impedimento sua atividade metabólica.  Deve sempre ser tratado; a pielonefrite na gestação é
Equilíbrio hidroeletrolítico: durante a gestação há potencialmente grave podendo desenvolver sepse.
hiperaldosteronismo secundário com alta ativação do SRAA com Aumento do fluxo renal
consequente retenção de sódio e água. Para compensar a retenção Aumento do TFG (ureia <20 e creatinina 0,6/0,8)
líquida, a progesterona, junto ao peptídeo atrial natriurético, Glicosúria
neutraliza a aldosterona com a produção de muita urina. O sódio e o Aumento da reabsorção de NA: ativação do SRAA, compensado pela
potássio estão aumentados em níveis absolutos, mas diluídas devido progesterona com aumento da diurese.
ao aumento da volemia.
Metabolismo mineral: diminuição do cálcio total sem alteração do APARELHO RESPIRATÓRIO
cálcio livre; depleção de magnésio e da reserva de ferro. Elevação da cúpula diafragmática (4cm)
Aumento do diâmetro transversal torácico (2cm)
Aumento da circunferência torácica (6cm)
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Aumento do volume corrente e ventilação pulmonar: aumento da FR ÚTERO
devido ao relaxamento do musculo liso Sinal de Hegar: amolecimento do istmo (sensação de colo e corpo
Aumento de PO2 e diminuição da PCO2 sendo um só) – 2º a 3º mês
Diminuição da capacidade pulmonar residual e volume residual Sinal de Piskacek: útero assimétrico (local de nidação sofre mais
Complacência pulmonar inalterada alteração inicialmente) – 7ª a 8ª semana
Sinal de nobile-Budin: ocupação dos fundos de saco
EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO Dextrorotação uterina
Alcalose respiratória (efeito Bohr): O2 não chega no tecido fetal; para Hipetrofia e hiperplasia Miometrial
contrapor esse efeito há aumento da 2-3 DPG (difosfoglicerato) Conformação: piriforme -> globoso -> cilíndrico
Aumento de hemoglobina fetal: maior afinidade pelo O2.
COLO UTERINO
SISTEMA DIGESTIVO Alteração na consistência e coloração
Náuseas e vômitos: altos níveis de beta HCG Hipertrofia e hiperplasia de células glandulares: secreção cervical
Hiperplasia gengival: as gengivas possuem receptores de aumentada
estrogênios; as gengivas ficam friáveis e hiperemiadas dificultando a Ectopia cervical
higiene o que pode levar a cáries e a doenças periodontais (trabalho Posição do colo: posterior ou anterior ao eixo da vagina e toma o eixo
de parto prematuro) da vagina quando a paciente está se aproximando do trabalho de
Esvaziamento gástrico diminuído e constipação parto. em primigestas o colo se encurta e depois dilata e em
Pirose multíparas encurta e dilata simultaneamente
Litíase biliar: pouca contração da vesícula biliar, favorecendo a Pouco antes do trabalho de parto há eliminação do tampão mucoso
formação de cálculos
Colestase intra hepática da gestação: transporte intraductal hepático MAMAS
lenificado, aumento da bilirrubina direta e prurido Aumento dos canais galactóforos
Fosfatase alcalina é produzida pela placenta e está dobrada durante Rede vascular de Haller: veias superficiais dilatadas
a gestação, não sendo um marcador adequado para verificar função Sinal de Hunter: hiperpigmentação da auréola com formação da
hepática. auréola secundária
Tubérculos de Montgomery: glândulas sebáceas hipertrofiadas da
SISTEMA ENDÓCRINO auréola
Tireoide: aumento da função tireoidiana e do fluxo sanguíneo (normal Estrias (alterações do colágeno e distensão cutânea excessiva)
apresentar sopro e estar um pouco aumentada)
Pâncreas: hipertrofia e hiperplasias das células beta pancreáticas
com alta produção de insulina
Suprarrenais: grande produção de cortisol (reduzindo a resposta
imune da gestante)

PELE
Víbices (estrias)
Hiperpigmentação: ativação dos melanócitos; hiperpigmentação da
linha alba; cloasma gravídico; auréola hiperpigmentada; melasma
Sinal de Halban: crescimento de pelos velares que somem depois da
gestação
Aumento do fluxo sanguíneo: telangectasias e eritema palmar.

VULVA E VAGINA
Aumento do fluxo sanguíneo: tumefação, alteração da coloração da
mucosa e meato uretral
Mucosa vaginal espessa
Musculatura lisa hipertrofiada

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R.: Febre amarela; Hepatite A; Varicela; Sarampo; Solicitar antiHBs
VACINAÇÃO DA MULHER se tiver baixo refazer o esquema da hepatite B; Reforço para DTP;
Influenza (se estiver no inverno); HPV
 Caso existam vacinas a serem aplicadas, que orientações preciso
. lhe fornecer quanto à futura gravidez?
Vacinação x Imunização: a vacinação é a administração de R.: Se ela engravidar e já tiver reforçado a DTP, ela vai ter que
microrganismo para induzir a formação de anticorpos (vacinas repetir a Dtpa a partir da 20ª semana de gestação; se ela iniciar
vivas e não vivas); a imunização é a administração de a HPV ela só poderá continuar o esquema após 6 semanas do
imunoglobulinas (anticorpo) já pronto nascimento; caso tome a vacina da varicela é preciso esperar 3
meses para engravidar.
COMPOSIÇÃO DAS VACINAS  Caso ela engravide, que vacinas precisam ser realizadas?
Microrganismo (vivo atenuado ou inativado); subunidades ou R.: é preciso fazer DTPa, influenza e hepatite B (se antiHBs
fragmentos, produtos tóxicos, polissacarídio da cápsula, negativo).
componentes orgânicos, etc; Líquido em suspensão; Conservantes,
estabilizantes e antibióticos; Adjuvantes; CASO CLÍNICO 2
Tipos de vacinas: M.J.S, 17 anos, com 18 semanas de gravidez, primigesta.
 Únicas Assintomática. Durante a consulta pré-natal no PSF informa ao pré-
 Combinadas: mais de um antígeno natalista que assistiu uma palestra sobre câncer de colo do útero e
 Conjugadas: 2 ou mais antígenos ligados a uma proteína com a deseja fazer vacinação para HPV.
capacidade de estimular uma produção mais duradoura de Cartão de vacina:
anticorpos  BCG: 1 dose
 Recombinante: quando você coloca uma parte de um  DTP: 2 doses
microrganismo junto a outro não nocivo. Quanto ao esquema vacinal, responda:
Contraindicação: história de reação alérgica grave,  Qual a recomendação quanto ao esquema de vacinação para HPV
imunodeprimidos (vacinas de vírus vivos atenuados – as gestantes para a população geral?
entram nessa categoria devido a atenuação da atividade R.: 2 doses a partir dos 9 aos 14 anos pelo SUS e 3 doses pelo
imunológica). sistema privado.
 Esta paciente poderá receber esta vacina, neste momento?
BENEFÍCIOS R.: Não.
Proteção própria;  Que outras vacinas ela precisa receber durante a gravidez?
Redução do risco para o feto e lactente; R.: DTPa, hepatite B. influenza
Prevenção de transmissão vertical;
Transferência de AC para o feto (imunidade no primeiro ano); CASO CLÍNICO 3
Redução do risco em crianças e idosos cuidados por mulheres; F.H.P, 35 anos, moradora em Petrópolis, vai viajar para Minas Gerais,
Prevenção de perdas associadas ao trabalho; em área onde está ocorrendo uma epidemia de Febre Amarela.
Procurou o posto de saúde para se vacinar contra a febre amarela.
CASO CLÍNICO 1 Perdeu seu cartão de vacinas, que tinha desde a infância, quando
B.M.S., 30 anos, nuligesta, procura o ambulatório de ginecologia do mudou de outra cidade para Petrópolis há 2 anos.
AMBE pois deseja engravidar. Está assintomática. HPP: nada digno de Pergunta-se:
nota. HFAM: pai hipertenso.  Que orientações precisam ser dadas a esta paciente quanto a
O cartão de vacinas da paciente mostra as seguintes vacinas na vacina da febre amarela?
infância: R.:
 BCG: 1 dose  Por ter perdido seu cartão de vacinas, e por não se saber que
 Hepatite B: 3 doses vacina já foram realizadas, qual a conduta frente a este caso?
 DTP: 4 doses Recomendo outras vacinas?
 Poliomielite: 5 doses R.:
 Tríplice viral: 2 doses  Se esta mulher estivesse grávida, poderia tomar a vacina para
Com relação ao esquema vacinal, pergunta-se: febre amarela? Por quê?
 Que vacinas deveriam ser aplicadas neste momento, nesta R.: Não. Apenas se estiver em situação de risco.
paciente que deseja engravidar?

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Observações:
HPV: disponível no SUS também para pacientes com HIV até os 26
anos. Nas clínicas particulares são feitas 3 doses (0 – 6 – 12) e no
SUS 2 doses (0 – 6).
Influenza: grupos de risco (crianças de 6m a 5ª; gestantes e até 45
dia spós parto; idosos >60 anos; doenças crônicas; população
indígena; professores; profissionais de saúde; população carcerária.

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