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material foi elaborado com muito carinho e dedicação para auxiliar você nos estudos, sejam
eles da graduação, para residência ou concursos.

Esse é um material exclusivo e por isso não deve ser compartilhado de forma pública ou
comercial, apenas para fins de estudo e desde que citada a fonte.

Materiais complementares para estudo

Cadernos da Atenção Básica

Saúde da Mulher - Livros Obstetrícia e Ginecologia

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Avaliação Pré Concepcional 3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado
a solicitação, realização e avaliação em termo oportuno
Entende-se por avaliação pré-concepcional a do resultado dos exames preconizados no atendimento
consulta que o casal faz antes de uma gravidez, pré-natal.
objetivando identificar fatores de risco ou doenças que 4° PASSO: Promover a escuta ativa da
possam alterar a evolução normal de uma futura gestante e de seus (suas) acompanhantes,
gestação. Constitui, assim, instrumento importante na considerando aspectos intelectuais, emocionais,
melhoria dos índices de morbidade e mortalidade sociais e culturais e não somente um cuidado biológico:
materna e infantil. "rodas de gestantes".
5° PASSO: Garantir o transporte público
A atenção em planejamento familiar contribui
gratuito da gestante para o atendimento pré-natal,
para a redução da morbimortalidade materna e infantil
quando necessário.
na medida em que:
6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser
 Diminui o número de gestações não desejadas cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso
e de abortamentos provocados; a informações) antes, durante e depois da gestação:
 Diminui o número de cesáreas realizadas para "pré-natal do(a) parceiro(a)".
fazer a ligadura tubária; 7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de
 Diminui o número de ligaduras tubárias por referência especializada, caso seja necessário.
falta de opção e de acesso a outros métodos 8° PASSO: Estimular e informar sobre os
anticoncepcionais; benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração
 Aumenta o intervalo entre as gestações, do "Plano de Parto".
contribuindo para diminuir a frequência de 9° PASSO: Toda gestante tem direito de
bebês de baixo peso e para que eles sejam conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no
adequadamente amamentados; qual irá dar à luz (vinculação).
10° PASSO: As mulheres devem conhecer e
 Possibilita planejar a gravidez em mulheres
adolescentes ou com patologias crônicas exercer os direitos garantidos por lei no período
descompensadas, tais como: diabetes, gravídico puerperal.
cardiopatias, hipertensão, portadoras do HIV,
entre outras. Diagnóstico de gravidez

Realizado a partir de Teste Imunológico de


Gravidez (TIG) ou dosagem de gonodotrofina coriônica
A avaliação pré concepcional inclui:
humana (HCG), que começa a ser produzida a partir da
 Anamnese e exame físico; nidação)
 Exame laboratorial e ginecológico;
 História clínica, condições de trabalho,
vacinação, doenças prévias; HCG A partir de 8 a 11 dias no sangue

 História familiar (Has, DM);


 História obstétrica (gestações anteriores,
Atraso menstrual ˃12 semanas: Diagnóstico é
abortamento).
clinico (exame clínico) sem necessidade de TIG, Iniciar
pré-natal.

Consulta de pré-natal Queixas principais:


 Amenorreia;
O objetivo do acompanhamento pré-natal é
 Fadiga;
assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo
o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto  Mastalgia;
para a saúde materna, inclusive abordando aspectos  Aumento da frequência urinária;
psicossociais e as atividades educativas e preventivas.  Náuseas e vômitos;
Para isso foi criado os 10 passos para o pré-natal de  Pirose (azia);
qualidade.  Dor abdominal, cólicas, flatulência e
obstipação intestinal;
1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção
Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação Ver em anexo
(captação precoce)
2° PASSO: Garantir os recursos humanos, Oferecer teste rápido de:
físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-  Gravidez;
natal.  HIV/aids;
 Sífilis.
Sinais de gestação Classificação de risco gestacional

Dividem-se em sinais de presunção, sinais de A classificação de risco gestacional tem como


probabilidade e sinais de certeza objetivo reduzir a morbimortalidade materno-infantil e
ampliar o acesso e a qualidade do pré-natal
Sinais de presunção (sinais inespecíficos)
 É um processo permanente;
 Amenorréia;  Alguns fatores de risco permitem o Pré-Natal
 Náuseas/vômitos; pelo Enfermeiro na Unidade Básica de Saúde.
 Aumento da salivação (sialorréia);
Fatores de risco que permitem a realização do
 Mudança de apetite;
Pré-Natal pela equipe da Atenção Básica
 Aumento da frequência Urinária;
 Sonolência;
Fatores relacionados às características individuais
 Aumento das mamas;
e condições sociodemográficas desfavoráveis:
 Tubérculos de Montgomery;
 Saída de Colostro;  Idade menor que 15 ou maior que 35 anos;
 Aumento da sensibilidade dos mamilos;  Ocupação: Esforço físico excessivo, carga
 Coloração violácea vulvar; horária muito extensa, risco de contaminação,
 Cianose vaginal e cervical; exposição a radiação, estresse, etc.;
 Aumento do volume abdominal.  Situação familiar insegura (violência
doméstica);
Sinais de probabilidade (mais específicos)  Baixa escolaridade;
 Condições ambientais desfavoráveis;
 Alterações na consistência uterina (Sinal de  Altura menor que 1,45m (risco de
Goodell e Sinal de Hegar); desproporção céfalo pélvica);
 Alterações no formato uterino (Sinal de  IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou
Piskacek, Sinal de Nobile – Bundin); obesidade;
 Sinal de Puzzos*;
 Positividade da fração Beta a partir do 8º ou 9º Fatores relacionados à história reprodutiva
dia após fertilização; anterior:
 Contração de Braxton Hicks
 Recém nascido com restrição de crescimento
intra uterino (RCU), pré termo ou malformado;
 Macrossomia fetal;
 Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas;
 Intervalo interpartal menor que 2 anos ou maior
que 5 anos;
 Nuliparidade ou multiparidade (5 ou mais
partos);
 Cirurgia uterina anterior;
 Três ou mais cesárias;

Fatores relacionados à gravidez atual

Sinais de Certeza  Ganho ponderal inadequado;


 Infecção urinária;
 Presença de Batimentos cardiofetais – BCF  Anemia.
 10 a 12 semanas com sonar Doppler
 ˃ 20 semanas com Estetoscópio de Pinar Fatores de risco que podem indicar
 Presença de movimentos fetais (18 a 20 encaminhamento ao Pré-Natal de Alto Risco:
semanas);
 Ultrassonografia Fatores relacionados às condições prévias:
 Transvaginal 4 a 5 semanas
 Atividade cardíaca 1ª manifestação com 6  Cardiopatias
semanas gestacionais  Pneumopatias graves;

 Nefropatias graves;
*Algumas literaturas podem trazer o sinal de Puzzos
como sinal de certeza de gravidez.
 Endocrinopatias (Diabetes Mellitus,
hipotireoidismo e hipertireoidismo);
 Doenças hematológicas (ex. doença Idade Gestacional Consultas
falciforme); Até 28 semanas Mensalmente
 HAS crônica; Entre 28 e 36 semanas Quinzenalmente
 Doença neurológica (ex. epilepsia); De 36 a 41 semanas Semanalmente
 Doença psiquiátrica (ex. psicoses);
 Doença autoimune;
 Alterações genéticas materna;
 Antecedente de trombose venosa profunda ou Realizar Consulta Puerperal na 1ª
embolia pulmonar; semana Pós Parto

 Ginecopatias (malformação uterina,


miomatose, tumores anexiais e outras);
 Portadoras de doenças infecciosas como
hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV,
Exames de 1º Trimestre/Primeira Consulta
sífilis terciária (USG com malformação fetal) e
outras DSTs (condiloma);
 Hemograma;
 Hanseníase;
 Tipagem sanguínea e fator Rh;
 Tuberculose;
 Coombs indireto se Rh negativo;
 Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
 Eletroforese de Hemoglobina*;
 Qualquer patologia clínica que necessite de
acompanhamento especializado.  Glicemia de jejum;
 Teste Rápido (TR): Sífilis ou VDRL;
 TR: HIV ou sorologia anti HIVI e II;
Fatores relacionados à história reprodutiva  Toxoplasmose IgG e IgM;
anterior:  Sorologia para Hepatite B (HbsAg);
 Urina tipi I e Urocultura com Antibiograma;
 Morte intrauterina ou perinatal em gestação  Exame de secreção vaginal**;
anterior, principalmente se for de causa  USG Obstétrica;
desconhecida;  Citopatológico**;
 História prévia de doença hipertensiva da  Parasitológico de fezes**;
gestação, com mau resultado obstétrico e/ou
perinatal (interrupção prematura da gestação, *Devido a nossa miscigenação, todas as mulheres
morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, devem realizar;
eclâmpsia, internação da mãe em UTI); **Se necessário.
 Abortamento habitual;
 Esterilidade/infertilidade. Exames de 2º Trimestre

Fatores relacionados à gravidez atual:  TTGO – Teste de Tolerância à Glicose Oral


 75g de dextrose em gestante sem Diabetes
 Restrição do crescimento intrauterino; Mellitus;
 Polidrâmnio ou oligodrâmnio;  Entre 24 e 28 semanas.
 Gemelaridade;  Coombs indireto (se mãe Rh negativo)
 Malformações fetais ou arritmia fetal;
 Distúrbios hipertensivos da gestação
(hipertensão crônica preexistente, hipertensão Exames de 3º Trimestre
gestacional ou transitória);
 Anemia grave;  Hemograma;
 Obesidade mórbida;  Glicemia de jejum;
 Infecção urinária de repetição ou pielonefrite  Coombs indireto (se Rh negativo);
recorrente;  TR HIV ou sorologia anti HIV I e II;
 Entre outros fatores  Sorologia para Hepatite B (HbsAg);
 Urina tipo I, Urocultura com antibiograma;
Calendário de consultas  Toxoplasmose (se IgG não reagente no 1º
trimestre);
 Mínimo 6 consultas;  TR de sífilis ou VDRL.
 Intercaladas entre médico e enfermeiro;
 Inicio precoce ( ˂ 12 semanas)
Idade Gestacional II. Quando a data da última menstruação é
desconhecida, mas se conhece o
Os métodos para esta estimativa dependem da período do mês em que ela ocorreu:
data da última menstruação (DUM), que corresponde
ao primeiro dia de sangramento do último ciclo Se o período foi no início, meio ou fim do mês,
menstrual referido pela mulher. considere como data da última menstruação os dias 5,
15 e 25, respectivamente. Proceda, então, à utilização
I. Quando a data da última menstruação de um dos métodos descritos acima.
(DUM) é conhecida e certa:

É o método de escolha para se calcular a idade III. Quando a data e o período da última
gestacional em mulheres com ciclos menstruais menstruação são desconhecidos:
regulares e sem uso de métodos anticoncepcionais
hormonais: Quando a data e o período do mês não forem
• Uso do calendário: some o número de dias do conhecidos, a idade gestacional e a data provável do
intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o parto serão, inicialmente, determinadas por
total por sete (resultado em semanas); aproximação, basicamente pela medida da altura do
fundo do útero e pelo toque vaginal, além da informação
sobre a data de início dos movimentos fetais, que
habitualmente ocorrem entre 18 e 20 semanas. Pode-
se utilizar a altura uterina e o toque vaginal,
considerando-se os seguintes parâmetros:

• Até a 6ª semana, não ocorre alteração do tamanho


uterino;
• Na 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do
tamanho normal;
• Na 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o
tamanho habitual;
• Na 12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que
é palpável na sínfise púbica;
• Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a
• Uso de disco (gestograma): coloque a seta sínfise púbica e a cicatriz umbilical;
sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e • Na 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura
mês do último ciclo menstrual e observe o número de da cicatriz umbilical;
semanas indicado no dia e mês da consulta atual. • A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as
semanas da gestação e a medida da altura uterina.
Porém, este parâmetro torna-se menos fiel a partir da
30ª semana de idade gestacional.

Quando não for possível determinar


clinicamente a idade gestacional, solicite o mais
precocemente possível a ultrassonografia obstétrica.
Data Provável do Parto 2º Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior
do útero, procurando sentir o dorso e as pequenas
Calcula-se a data provável do parto levando-se partes do feto;
em consideração a duração média da gestação normal
(280 dias ou 40 semanas, a partir da DUM), mediante 3º Explore a mobilidade do polo, que se apresenta no
a utilização de calendário. estreito superior pélvico;
Com o disco (gestograma), coloque a seta
sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e 4º Determine a situação fetal, colocando as mãos sobre
mês da última menstruação e observe a seta na data as fossas ilíacas, deslizando-as em direção à escava
(dia e mês) indicada como data provável do parto. pélvica e abarcando o polo fetal, que se apresenta.
As situações que podem ser encontradas são:
Outra forma de cálculo consiste em somar sete longitudinal (apresentação cefálica e pélvica),
dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair transversa (apresentação córmica) e oblíquas.
três meses ao mês em que ocorreu a última
menstruação (ou adicionar nove meses, se
corresponder aos meses de janeiro a março).
Esta forma de cálculo é chamada de Regra de
Näegele. Nos casos em que o número de dias
encontrado for maior do que o número de dias do mês,
passe os dias excedentes para o mês seguinte,
adicionando 1 (um) ao final do cálculo do mês.

O feto pode estar em situação longitudinal


(mais comum) ou transversa. A situação transversa
reduz a medida de altura uterina, podendo falsear sua
relação com a idade gestacional.

Manobra de Palpação Obstétrica


As apresentações mais frequentes são a cefálica e a
Objetivos: pélvica.
 Identificar o crescimento fetal;
 Diagnosticar os desvios da normalidade a partir
da relação entre a altura uterina e a idade
gestacional;
 Identificar a situação e a apresentação fetal.

A palpação obstétrica deve ser realizada antes da


medida da altura uterina.

Técnica para palpação abdominal (Manobras de


Leopold):
Consiste em um método palpatório do abdome A situação transversa e a apresentação
materno em 4 passos: pélvica, ao final da gestação, podem significar risco no
momento do parto. Nestas condições, a mulher deve
ser referida para a unidade hospitalar de referência
1° Delimite o fundo do útero com a borda cubital de
que tenha condições de atender caso de distócia.
ambas as mãos e reconheça a parte fetal que o ocupa;
Medida de Altura de Fundo Uterina – AFU Se a AFU for MENOR do que o esperado
para idade gestacional pode indicar:
Visa ao acompanhamento do crescimento fetal
e à detecção precoce de alterações. Use como  Erro de cálculo;
indicador a medida da altura uterina e sua relação com  Restrição de Crescimento Intrauterino;
o número de semanas de gestação.  Feto Pequeno para idade gestacional – PIG;
 Morte fetal;
Técnica para medida da altura uterina:  Oligodrâmnio;
 Doença Hipertensiva Específica da Gestação –
 Posicione a gestante em decúbito dorsal, com DHEG.
o abdome descoberto;
 Delimite a borda superior da sínfise púbica e o Se a AFU for MAIOR do que o esperado para
fundo uterino; idade gestacional pode indicar:
 Por meio da palpação, procure corrigir a  Erro de cálculo;
comum dextroversão uterina;  Diabetes Gestacional;
 Fixe a extremidade inicial (0cm) da fita métrica,  Gemelaridades;
flexível e não extensível, na borda superior da  Polidrâmnio;
sínfise púbica com uma das mãos, passando-a  Macrossomia fetal.
entre os dedos indicador e médio.
 Deslize a fita métrica entre os dedos indicador
e médio da outra mão até alcançar o fundo do
útero com a margem cubital da mesma mão; Auscuta de Batimentos Cardiofetais
 Proceda à leitura quando a borda cubital da
mão atingir o fundo uterino; Tem como objetivo constatar a cada consulta a
 Anote a medida (em centímetros) na ficha e no presença, o ritmo, a frequência e a normalidade dos
cartão e marque o ponto na curva da altura batimentos cardíacos fetais (BCF). Deve ser realizada
uterina. com Sonar Doppler, após 12 semanas de gestação, ou
com Pinard, após 20 semanas. É considerada normal a
frequência cardíaca fetal entre 120 a 160 batimentos
por minuto.

Prescrição de suplementos

Ferro e folato: a suplementação rotineira de ferro e


folato parece prevenir a instalação de baixos níveis de
hemoglobina no parto e no puerpério.
Foram desenvolvidas curvas de altura uterina
em função da idade gestacional, nas quais os percentis  Recomenda a suplementação de 40mg/dia de
10 e 90 marcam os limites da normalidade, de acordo ferro elementar (200mg de sulfato ferroso).
com o Ministério da Saúde. Orienta-se que a ingestão seja realizada uma
hora antes das refeições. A suplementação de
ferro deve ser mantida no pós parto e no pós-
aborto por 3 meses;

 O Ácido Fólico (folato) deve ser usado


rotineiramente pelo menos dois meses antes e
nos dois primeiros meses da gestação.
Vacinação na Gestação

A vacinação durante a gestação objetiva não


somente a proteção da gestante, mas também a
Vacina contra
proteção do feto.
Hepatite B
De acordo com o Programa nacional de
Imunização está recomendado a vacinação da
gestante com as vacinas dT, dTpa, Vacina contra
Influenza e vacina Contra Hepatite B.  Completar esquema;
 3 doses: 0, 1 mês e 6 meses;
 Anti Hbs ˂ 10 é indicado vacinar;

dT Avaliação do Estado Nutricional

A avaliação do estado nutricional da gestante


 Previne Difteria e Tétano acidental e neonatal; consiste na tomada da medida do peso e da altura e
 Dupla adulto; o cálculo da semana gestacional, o que permite a
 A vacinação segue o seguinte esquema: classificação do índice de massa corporal
 Gestantes com esquema completo: 1 dose (IMC) por semana gestacional.
de dTpa Com base no IMC obtido na primeira consulta
 Gestantes com esquema incompleto com de pré-natal, é possível conhecer o estado nutricional
apenas 1 dose tomada: 1 dose de dTpa e 1 atual e acompanhar o ganho de peso até o final da
dose de dT gestação. Recomenda-se que a gestante seja pesada
 Gestantes com esquema incompleto com 2 em todas as consultas. A estatura pode ser aferida
doses tomadas: 1 dose de dTpa apenas na primeira consulta, desde que não seja
 Gestante não vacinada ou esquema gestante adolescente
desconhecido: 2 dT e 1 dTpa
 Intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Ganho de peso recomendado na gestação segundo


dTpa estado nutricional

 A partir de 20 semanas;
 Completar esquema no puerpério, se
necessário;
 0,5mL IM;

Controle da Pressão Arterial

Vacina contra A hipertensão arterial sistêmica (HAS) na


gestação é classificada nas seguintes categorias
Influenza principais:
 Pré-eclâmpsia: caracterizada pelo
aparecimento de HAS e proteinúria (> 300
mg/24h) após a 20ª semana de gestação em
 Qualquer idade gestacional;
mulheres previamente normotensas;
 Dose única;
 Campanha anual;
 Eclâmpsia: corresponde à pré-eclâmpsia
 0,5mL IM ou SC; complicada por convulsões que não podem ser
 Pode ser tomada no puerpério. atribuídas a outras causas;

 Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica:


definida pela elevação aguda da PA, à qual se
agregam proteinúria, trombocitopenia ou
anormalidades da função hepática, em Roteiro para consulta de Pré Natal
gestantes portadoras de HAS crônica com idade
gestacional superior a 20 semanas;  Anamnese:
 Antecedentes familiares*
 Hipertensão arterial sistêmica crônica: é  Antecedentes Ginecológicos*
definida por hipertensão registrada antes da  Queixas e dúvidas;
gestação, no período que precede à 20ª  Avaliar situação vacinal;
semana de gravidez ou além de doze semanas
 Solicitar/avaliar exames;
após o parto;
 Orientação nutricional;
 Hipertensão gestacional: caracterizada por  Prescrever medicamentos:
HAS detectada após a 20ª semana, sem  Sulfato ferroso – 40mg de Fe
proteinúria, podendo ser definida como  Ácido Fólico – 5mg
“transitória” (quando ocorre normalização após  Pesquisar edema;
o parto) ou “crônica” (quando persistir a  Exame Físico (completo)
hipertensão).  Avaliação fetal

*Primeira Consulta. Nesse momento também será


necessário preencher a Caderneta da Gestante, caso a
mesma não tenha sido preenchida.

Referência Bibliográfica

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à


Saúde. Departamento de atenção básica . Atenção ao
pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde,
2012. 316p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
Cadernos Atenção Básica, n32
ANEXO

Queixas mais comuns na gestação X Orientações

As orientações a seguir são válidas para os casos em que os sintomas são manifestações ocasionais e
transitórias, não refletindo, geralmente, patologias clínicas mais complexas. A maioria das queixas diminui ou
desaparece sem o uso de medicamentos, que devem ser evitados ao máximo.

Náuseas, vômitos e tonturas

 Explique que tais sintomas são comuns no início da gestação;


 Oriente a gestante a:
 Consumir uma dieta fracionada (6 refeições leves ao dia);
 Evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiros fortes ou desagradáveis;
 Evitar líquidos durante as refeições, dando preferência à sua ingestão nos intervalos;
 Ingerir alimentos sólidos antes de se levantar pela manhã, como bolacha de água e sal;
 Ingerir alimentos gelados;
 Agende consulta médica ou refira a gestante ao pré-natal de alto risco em caso de vômitos frequentes
refratários às medidas citadas.

Pirose (azia)

Oriente a gestante a:

 Consumir dieta fracionada, evitando frituras;


 Evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo.

Obs.: Em alguns casos, a critério médico, a gestante pode fazer uso de medicamentos antiácidos.

Sialorreia (salivação excessiva)

 Explique que é um sintoma comum no início da gestação;


 Oriente dieta semelhante à indicada para náusea e vômitos;
 Oriente a gestante a deglutir a saliva e tomar líquidos em abundância (especialmente em épocas de calor).

Fraquezas e desmaios

 Oriente a gestante para que não faça mudanças bruscas de posição e evite a inatividade;
 Indique dieta fracionada, de forma que a gestante evite jejum prolongado e grandes intervalos entre as
refeições;
 Explique à gestante que sentar com a cabeça abaixada ou deitar em decúbito lateral, respirando profunda e
pausadamente, melhora a sensação de fraqueza e desmaio

Dor abdominal, cólicas, flatulência e obstipação intestinal

 Certifique-se de que não sejam contrações uterinas;


 Se a gestante apresentar flacidez da parede abdominal, sugira o uso de cinta (com exceção da elástica) e
exercícios apropriados;
 Se houver flatulências (gases) e/ou obstipação intestinal:
 Oriente dieta rica em resíduos: frutas cítricas, verduras, mamão, ameixas e cereais integrais;
 Recomende que a gestante aumente a ingestão de líquidos e evite alimentos de alta fermentação, tais como
repolho, couve, ovo, feijão, leite e açúcar;
 Recomende caminhada.

Queixas urinárias

 Explique que, geralmente, o aumento do número de micções é comum no início e no final da gestação
 Incentivar a ingestão hídrica adequada;
Falta de ar e dificuldades para respirar

 Tais sintomas são frequentes na gestação, em decorrência do aumento do volume do útero por compressão
pulmonar, assim como por consequência da ansiedade da gestante.
 Recomende repouso em decúbito lateral esquerdo;
 Ouça a gestante e converse sobre suas angústias, se for o caso;

Esteja atento para outros sintomas associados (tosse, chiado e sibilância) e para achados no exame
cardiopulmonar, pois – embora seja pouco frequente – pode se tratar de um caso de doença cardíaca ou respiratória;
Agende a consulta médica caso haja dúvida ou suspeita de problema clínico.

Mastalgia (dor nas mamas)

 Oriente a gestante quanto à normalidade de incômodo mamário, pela fisiologia da gestação, devido ao aumento
mamário e ao desenvolvimento de suas glândulas;
 Recomende à gestante o uso constante de sutiã, com boa sustentação, após descartar qualquer intercorrência
mamária;
 Oriente a gestante sobre o colostro (principalmente nas fases tardias da gravidez), que pode ser eliminado em
maior quantidade, obrigando o diagnóstico diferencial com anormalidades.

Lombalgia (dor lombar)

Recomende que a gestante:

 Faça a correção de sua postura ao se sentar e ao andar;


 Use sapatos com saltos baixos e confortáveis;
 Faça a aplicação de calor local;
 Eventualmente, a critério e por orientação médica, use analgésico (se não for contraindicado) por tempo
limitado.

Cefaleia (dor de cabeça)

 Afaste as hipóteses de hipertensão arterial e pré-eclâmpsia (se houver mais de 24 semanas de gestação);
 Converse com a gestante sobre suas tensões, seus conflitos e seus temores;
 Refira a gestante à consulta médica, se o sintoma persistir;
 Oriente a gestante quanto aos sinais e sintomas que podem indicar doença grave.

Varizes

Recomende que a gestante:

 Não permaneça muito tempo em pé ou sentada;


 Repouse (por 20 minutos), várias vezes ao dia, com as pernas elevadas;
 Não use roupas muito justas e nem ligas nas pernas;
 Se possível, utilize meia-calça elástica para gestante.

Hemorroidas

Recomende à gestante:

 Alimentação rica em fibras, a fim de evitar a obstipação intestinal. Se necessário, prescreva supositórios de
glicerina;
 Que não use papel higiênico colorido ou áspero (nestes casos, deve-se molhá-lo) e faça higiene perianal com
água e sabão neutro, após a evacuação;
 Que faça banhos de vapor ou compressas mornas.
 Agende consulta médica, caso haja dor ou sangramento anal persistente.

Apaixone-se por estudar, pois é isso que tornará seu sonho realidade!

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