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Manoella Evelyn 1

Histopatologia

Serve de conduto para o ar; além disso, a sua parede


ajuda na purificação do ar inspirado. A traqueia
estende-se da laringe até aproximadamente a metade
do tórax, em que se divide nos dois brônquios
principais (primários). O lúmen da traqueia permanece
aberto devido à existência da série de anéis
cartilaginosos.

A parede da traqueia consiste em quatro camadas bem


definidas:

 A mucosa, composta de um epitélio


pseudoestratificado ciliado e uma lâmina própria rica
em fibras elásticas.

 A submucosa, composta de tecido conjuntivo


ligeiramente mais denso que o da lâmina própria. Um aspecto característico da traqueia é a existência de
uma série de cartilagens hialinas em formato de C, que
 A camada cartilaginosa, composta de cartilagens
estão empilhadas umas sobre as outras, formando uma
hialinas em formato de C.
estrutura de sustentação. Essas cartilagens, que
 A adventícia, composta de tecido conjuntivo que podem ser descritas como um arcabouço esquelético,
liga a traqueia às estruturas adjacentes. impedem o colapso do lúmen da traqueia,
particularmente durante a expiração. O tecido
fibroelástico e o músculo liso, o músculo traqueal,
estabelecem uma ponte entre as extremidades livres
das cartilagens em formato de C na borda posterior da
traqueia, adjacente ao esôfago.

Epitélio da traqueia
O epitélio da traqueia assemelha-se ao epitélio
respiratório em outras partes das vias respiratórias
condutoras.

As células colunares ciliadas, as células mucosas


(caliciformes) e as células basais constituem os
principais tipos de células encontrados no epitélio da
traqueia. Observa-se também pequena quantidade de
células em escova, bem como pequenas células
granulares.

 As células ciliadas constituem o tipo mais numeroso


de células da traqueia. Imediatamente abaixo dos
cílios, observasse uma linha escura formada por
Setas: espaços medulares de tecido ósseo
agregados de corpúsculos basais. Os cílios executam
um movimento de varredura coordenado de toda a

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extensão da camada mucosa das vias respiratórias em ocorrem na traqueia como unidades isoladas e estão
direção à faringe. De fato, as células ciliadas atuam dispersas entre os outros tipos de células. É difícil
como “escada rolante mucociliar”, que desempenha distinguilas das células basais na microscopia óptica
importante mecanismo protetor do pulmão pela sem o auxílio de técnicas especiais, como a
remoção de pequenas partículas inaladas. impregnação por prata, que reage com os grânulos. Em
um dos tipos de células de pequenos grânulos, a
 As células mucosas assemelham-se secreção é uma catecolamina; um segundo tipo produz
morfologicamente às células caliciformes intestinais e, hormônios polipeptídicos, tais como serotonina,
portanto, são frequentemente designadas pelo mesmo
calcitonina e peptídio de liberação da gastrina
nome. As células mucosas estão intercaladas entre as (bombesina).
células ciliadas ao longo de toda a extensão do epitélio.
Diferentemente das células ciliadas, o número de  As células basais representam uma população de
células mucosas aumenta durante a irritação crônica células de reserva que mantém uma reposição das
das vias respiratórias. células do epitélio. As células basais se destacam por
seus núcleos proeminentes, que formam uma fileira
 As células em escova apresentam as mesmas em íntima proximidade à lâmina basal. Embora os
características gerais daquelas descritas para o epitélio núcleos de outras células se localizem também na
respiratório da cavidade nasal. Trata-se de células camada basal, eles estão relativamente esparsos.
colunares que apresentam microvilosidades com
Desse modo, a maioria dos núcleos próximo à
extremidades arredondadas. A superfície basal das membrana basal pertence às células basais.
células faz contato sináptico com uma terminação
nervosa aferente (sinapse epiteliodendrítica), razão
pela qual a célula em escova é considerada uma célula
Membrana basal, lamina própria e
receptora. submucosa
Uma “membrana basal” espessa caracteriza o epitélio
da traqueia.

Abaixo do epitélio da traqueia, há uma camada distinta


típica de membrana basal que, em geral, é vista como
uma camada fracamente corada, homogênea ou
vítrea. A microscopia eletrônica revela que essa
membrana consiste em fibras colágenas densamente
compactadas, que se localizam imediatamente abaixo
da lâmina basal epitelial. Do ponto de vista estrutural,
pode ser considerada como uma lâmina reticular
incomumente espessa e densa, que faz parte da lâmina
própria.

CLINICA: Nos fumantes, particularmente naqueles que


apresentam tosse crônica, essa camada pode estar
consideravelmente mais espessa em resposta à
irritação da mucosa. Nos indivíduos com asma, a
membrana basal também é mais espessa e mais
pronunciada, particularmente nos bronquíolos.

O limite entre a mucosa e a submucosa é definido por


 As células de pequenos grânulos (células de
uma membrana elástica.
Kulchitsky) são as representantes respiratórias de
células enteroendócrinas do intestino e derivados do A lâmina própria, excluindo a membrana basal, é
intestino. As células de pequenos grânulos geralmente formada por um tecido conjuntivo frouxo típico. É

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muito celularizada e contém numerosos linfócitos, observasse a existência de glândulas compostas de


muitos dos quais infiltram o epitélio. Os plasmócitos, ácinos secretores de muco (predominantemente
os mastócitos, os eosinófilos e os fibroblastos são os composto por glicoproteínas) com meias-luas serosas.
outros tipos de células facilmente observados nessa
camada. O tecido linfático, tanto o difuso quanto o As cartilagens traqueais e o músculo traqueal separam
nodular, é abundante na lâmina própria e na a submucosa da adventícia.
submucosa da parede traqueal. A adventícia, a camada externa, situa-se
perifericamente aos anéis cartilaginosos e ao músculo
traqueal. Liga a traqueia às estruturas adjacentes
situadas no pescoço e no mediastino e contém vasos
sanguíneos e nervos de maior calibre que suprem a
parede traqueal. Vasos linfáticos de maior calibre
também se situam na adventícia e drenam a parede da
traqueia.

A traqueia é dividida em dois ramos, que formam os


brônquios principais (primários), os quais são
anatomicamente denominados como brônquios
principais direito e esquerdo.

O brônquio direito é mais largo e significativamente


mais curto que o esquerdo. Ao entrar no hilo do
pulmão, cada brônquio principal divide-se em
brônquios lobares (brônquios secundários). O pulmão
esquerdo é dividido em dois lobos, enquanto o pulmão
direito é dividido em três lobos. Por conseguinte, o
brônquio direito divide-se em três ramos brônquicos
lobares, e o esquerdo, em dois ramos brônquicos
lobares, suprindo, cada brônquio, um lobo. O pulmão
esquerdo é ainda dividido em oito segmentos
broncopulmonares, e o pulmão direito, em 10 desses
Ep: epitélio segmentos. Consequentemente, no pulmão direito, os
brônquios lobares dão origem a 10 brônquios
cc: células caliciformes segmentares (brônquios terciários), enquanto os
brônquios lobares do pulmão esquerdo dão origem a
MB: membrana basal apenas oito brônquios segmentares.
LP: lamina própria Traqueia ⟶ brônquio principal ⟶ brônquio lobar
(secundário) ⟶ brônquio segmentar (terciário) ⟶
SM: submucosa
bronquíolo ⟶ bronquíolo terminal ⟶ bronquíolo
A submucosa difere daquela observada na maioria dos respiratório ⟶ ducto alveolar ⟶ sacos alveolares ⟶
outros órgãos, pois é formada por tecido conjuntivo alvéolos
denso. Na traqueia, a submucosa é constituída por um Um brônquio segmentar e o parênquima pulmonar por
tecido conjuntivo relativamente frouxo, semelhante à ele suprido constituem um segmento
lâmina própria, o que dificulta a identificação de seus broncopulmonar.
limites. O tecido linfático difuso e os nódulos linfáticos
Na sua porção inicial, os brônquios apresentam a
penetram na submucosa a partir da lâmina própria. A
mesma estrutura histológica geral que a traqueia. A
submucosa contém os maiores vasos distribuidores e
partir de sua entrada nos pulmões, onde irão se
linfáticos da parede traqueal. Na submucosa, também

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constituir os brônquios intrapulmonares, a estrutura A parede do brônquio é, portanto, composta de cinco


da parede brônquica se modifica. camadas:

a) Mucosa: é composta de um epitélio


pseudoestratificado similar ao da traqueia. A
altura das células, no entanto, reduz à medida
que os brônquios diminuem de diâmetro. Nas
amostras coradas pela H&E, a “membrana
basal” é evidente nos brônquios principais,
mas diminui abruptamente de espessura e não
mais é distinguida nos brônquios secundários.
b) Lâmina própria: assemelhasse àquela da
traqueia, mas sua espessura é reduzida
proporcionalmente ao diâmetro dos
brônquios.
c) Muscular: é uma camada contínua de músculo
liso nos brônquios maiores. Torna-se mais
Nos ramos maiores, a mucosa é idêntica à da traqueia,
atenuada e frouxamente organizada nos
enquanto nos ramos menores o epitélio pode ser
brônquios menores, em que pode aparecer
cilíndrico simples ciliado. O epitélio dos brônquios
descontínua, em virtude de sua organização
menores vira cúbico e depois uma mistura de cúbico
espiralada. A contração do músculo regula o
com pavimentoso.
diâmetro da via respiratória.
Os anéis cartilaginosos são substituídos por placas de d) Submucosa: permanece como tecido
cartilagem de formato irregular. As placas conjuntivo relativamente frouxo. Nos
cartilaginosas formam um cilindro que envolve toda a brônquios maiores, observasse a existência de
circunferência da parede bronquiolar, conferindo-lhes glândulas, bem como tecido adiposo.
um formato circular ou cilíndrico, que difere do e) Camada cartilaginosa: consiste em placas de
formato ovoide com uma parede posterior achatada, cartilagem descontínuas, que se tornam
observado na traqueia. À medida que os brônquios se menores à medida que o diâmetro do
ramificam, seu diâmetro diminui. Consequentemente, brônquio diminui.
as placas de cartilagem tornam-se também menores e f) Adventícia: consiste em tecido conjuntivo
menos numerosas. Por fim, as placas desaparecem das moderadamente denso, que é contínuo com o
regiões onde as vias respiratórias alcançam um das estruturas adjacentes, tais como a artéria
diâmetro de cerca de 1 mm. Esses ramos menores são pulmonar e o parênquima pulmonar.
denominados bronquíolos.

Os brônquios podem ser identificados pelas suas placas


de cartilagem e por uma camada circular de músculo
liso.

A segunda mudança observada na parede do brônquio


intrapulmonar é a adição de músculo liso, que forma
uma camada circular completa em seu entorno. A
camada de músculo liso torna-se cada vez mais
evidente, à medida que a quantidade de cartilagem
diminui. Na porção inicial dos brônquios, o músculo
liso é disposto em feixes entrelaçados, formando uma
camada contínua. Nos brônquios menores, a camada
de músculo liso torna-se descontínua.

Brônquios: epitélio colunar simples é embebedado por


muco e vai ter cílio.

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Obs: quanto mais a cartilagem vai sumindo, mais O epitélio, nas porções iniciais, é cilíndrico simples
percebe-se a presença de musculo liso. Quando o ciliado, passando a cúbico simples, ciliado ou não, na
brônquio vai diminuindo de calibre e vai virando porção final.
bronquíolo as glândulas vão desaparecendo.
Quando se compara a espessura das paredes dos
brônquios com a dos bronquíolos, nota-se que a
musculatura bronquilar é relativamente mais
desenvolvida que a brônquica. As crises asmáticas são
causadas principalmente pela contração da
musculatura bronquiolar, com pequena participação
da musculatura dos brônquios.

Septos delicados de tecido conjuntivo que separam


parcialmente os lóbulos adjacentes podem estar
presentes na superfície do pulmão como áreas
poligonais de limites imprecisos.

Os ácinos pulmonares são pequenas estruturas


presentes nos lóbulos. Cada ácino consiste em um
bronquíolo terminal, nos bronquíolos respiratórios e
nos alvéolos. Por conseguinte, a unidade bronquiolar
respiratória é a menor unidade funcional da estrutura
pulmonar. Consiste em um único bronquíolo
respiratório e nos alvéolos que ele supre.

Estrutura
Os bronquíolos são ductos condutores de ar, medindo
1 mm ou menos de diâmetro.

Os bronquíolos maiores representam ramos dos


brônquios segmentares. Esses ductos ramificam-se
repetidamente, dando origem aos bronquíolos
terminais menores, que também se ramificam. Por fim,
os bronquíolos terminais dão origem aos bronquíolos
respiratórios.
Os segmentos broncopulmonares são ainda
subdivididos em lóbulos pulmonares. Cada lóbulo é
suprido por um bronquíolo.

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BT = bronquilo terminal

BR = bronquiolos respiratorios Há uma pequena quantidade de tecido conjuntivo


subjacente ao epitélio, além de uma camada de
DA = ductos alveolares
músculo liso disposta circularmente, subjacente ao
SA = sacos alveolares tecido conjuntivo nas porções condutoras.

As células de Clara são células não ciliadas, que exibem


uma projeção característica arredondada ou em
formato de cúpula na superfície apical. As células de
Clara secretam um agente tensoativo, uma
lipoproteína que impede a adesão luminal em caso de
colapso das paredes das vias respiratórias,
particularmente durante a expiração. Além disso, as
células de Clara produzem uma proteína de 16 kDa,
conhecida como proteína secretora das células de
Clara (CC16), que é um componente abundante da
secreção das vias respiratórias.

Células Clara no
bronquíolo
terminal
Obs: não há placas de cartilagem nem glândulas nos
bronquíolos.

Os bronquíolos de maior diâmetro têm inicialmente


um epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, que é
gradualmente substituído por um epitélio simples
colunar ciliado à medida que o ducto se estreita.

As células caliciformes ainda estão presentes nos


bronquíolos maiores, mas já não são encontradas nos Funcão
bronquíolos terminais. Uma exceção ocorre nos
fumantes e em outros indivíduos expostos a irritantes a) Bronquíolos terminais:
no ar. Parte mais distal da porção condutora do sistema
respiratório e não participa da troca gasosa.
Não existem glândulas subepiteliais nos bronquíolos.
As placas de cartilagem, que são características dos Têm estrutura semelhante à dos bronquíolos, tendo,
brônquios, estão ausentes nos bronquíolos. Na porém, parede mais delgada, revestida internamente
verdade, é possível observar pequenas porções de por epitélio colunar baixo ou cúbico, com células
cartilagem, particularmente nos pontos de ciliadas e não ciliadas.
ramificação. A parede de todos os bronquíolos
apresenta uma camada relativamente espessa de
músculo liso.

Os bronquíolos pequenos exibem epitélio simples


cuboide. Os bronquíolos condutores menores, os
bronquíolos terminais, são revestidos por um epitélio
simples cuboide, no qual são encontradas células de
Clara intercaladas com células ciliadas.

As células de Clara aumentam em número à medida


que as células ciliadas diminuem ao longo da extensão
do bronquíolo. Observa-se também a existência
ocasional de células em escova e células de pequenos
grânulos.

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O bronquíolo respiratório apresenta uma parede muito


fina, composta apenas de dois componentes: (i)
recessos, cuja parede é semelhante à dos alvéolos e,
portanto, com capacidade de realizar a troca gasosa;
(ii) uma porção formada por pequenas células cuboides
que repousam sobre um pequeno feixe de músculo liso
de coloração rosada, circundado por uma delgada
camada de tecido conjuntivo.

As porções dos bronquíolos respiratórios não ocupadas


pelos alvéolos são revestidas por epitélio simples que
varia de colunar baixo a cuboide, podendo ainda
apresentar cílios na porção inicial. Esse epitélio simples
contém também células de Clara. O músculo liso e as
fibras elásticas formam uma camada mais delgada do
que a do bronquíolo terminal.

Obs: epitélio no respiratório vai ser mais cubico

Bronquíolo Respiratório: Também pode ter as células


de Clara. Epitélio cúbico simples, é descontínuo e tem
musculo liso e alvéolos envolta.

Resumo: atua na troca gasosa e constitui o início da


porção respiratória da arvore bronquial; dão origem
aos ductos alveolares.

Bronquíolo Terminal: pode se localizar em uma região


de transição, podendo ver bastante músculo liso.

b) Bronquíolos respiratórios:
Os bronquíolos respiratórios constituem a primeira
porção da árvore bronquial que possibilita a troca de
gases.

Os bronquíolos respiratórios constituem uma zona de


transição no sistema respiratório; eles estão
envolvidos tanto na condução de ar quanto na troca
gasosa. Apresentam um pequeno diâmetro e são
revestidos por epitélio cuboide. O epitélio dos
segmentos iniciais dos bronquíolos respiratórios
contém tanto células ciliadas quanto células de Clara.
Distalmente, há um predomínio de células de Clara.

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O bronquíolo respiratório tem paredes descontínuas, características da parede bronquiolar que estão
musculo liso. evidentes na figura incluem os feixes de músculo liso
(ML) e o epitélio de revestimento. A quantidade de
Laminas tecido conjuntivo é mínima e não é evidente neste
pequeno aumento; no entanto, está presente e
organiza o músculo em feixes (i. e., a camada muscular
não é estruturada em uma camada contínua única). O
tecido conjuntivo contém fibras colágenas e algumas
fibras elásticas. Não há glândulas na parede do
bronquíolo. Os espaços aéreos ou alvéolos pulmonares
circundam o bronquíolo, compreendendo a maior parte
da estrutura pulmonar.

Nesta figura, uma porção curta de um bronquíolo (B) é


mostrada em corte longitudinal, o que possibilita
observar a sua ramificação em dois bronquíolos
respiratórios (BR). A última porção de um bronquíolo
que leva aos bronquíolos respiratórios é denominada
bronquíolo terminal. Este não está envolvido na troca
de ar com o sangue; essa função é desempenhada pelo
bronquíolo respiratório. As setas marcam o local em
que o bronquíolo terminal termina. Com certa
frequência, conforme mostrado aqui, observasse a
existência de cartilagem (C) na parede bronquiolar em
que ocorre a ramificação. Vasos sanguíneos (VS) e um
nódulo de linfócitos (L) estão adjacentes ao bronquíolo. Os alvéolos constituem o local da troca de gases.

Os alvéolos, que consistem em evaginações de paredes


finas, estão dispersos e estendem-se a partir do lúmen
dos bronquíolos respiratórios. Os alvéolos constituem
os locais em que o ar entra e sai do bronquíolo para
possibilitar a troca de gases. São circundados e
separados por uma fina camada de tecido conjuntivo,
os septos interalveolares, que contem capilares
sanguíneos

A área de superfície disponível para a troca gasosa é


aumentada pelos alvéolos pulmonares. Os alvéolos são
os espaços aéreos terminais do sistema respiratório e
constituem os verdadeiros locais de troca gasosa entre
o ar e o sangue. Cada alvéolo é circundado por uma
rede de capilares que coloca o sangue em grande
proximidade com o ar inalado dentro do alvéolo.

Obs: não tem células de Clara na região dos alvéolos

Esta figura mostra um bronquíolo típico. Note os vasos


sanguíneos (VS) adjacentes. As principais

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pavimentosas extremamente finas, que


revestem a maior parte (95%) da superfície dos
alvéolos. Essas células são unidas entre si e
com outras células do epitélio alveolar por
zônulas de oclusão. As junções formam uma
barreira efetiva entre o espaço aéreo e os
componentes da parede septal. As células
alveolares do tipo I não têm capacidade
proliferativa
b) As células alveolares do tipo II, também
denominadas pneumócitos tipo II ou células
septais, são células secretoras. Essas células
têm formato cuboide e estão intercaladas com
as células do tipo I, mas tendem a se
concentrar nas junções septais. As células do
tipo II representam 60% das células do
A direita temos a pleura visceral coberta por epitélio revestimento alveolar; no entanto, em virtude
simples pavimentoso e uma camada subjacente de de seu formato cuboide, cobrem apenas cerca
tecido conjuntivo. de 5% da superfície aérea alveolar. À
semelhança das células de Clara, as células do
Os ductos alveolares são vias respiratórias alongadas, tipo II tendem a fazer protrusão para dentro
cujas paredes são formadas quase exclusivamente por dos alvéolos São ricas em uma mistura de
alvéolos. Observa-se a existência de anéis de músculo fosfolipídios, lipídios neutros e proteínas, que
liso nos septos interalveolares semelhantes a é secretada por exocitose, formando um
maçanetas. agente tensoativo de revestimento alveolar,
denominado surfactante. Além da secreção de
DA: vias respiratorias alongadas com paredes formadas
surfactante, as células alveolares do tipo II são
pelos proprios alveolos que circundam o espaço ductal)
células progenitoras das células alveolares do
Os sacos alveolares são espaços circundados por tipo I. Após lesão pulmonar, elas proliferam e
grupos de alvéolos. Os alvéolos circundantes abrem-se restauram ambos os tipos de células
nesses espaços. Os sacos alveolares ocorrem na porção alveolares. A hiperplasia das células alveolares
terminal de um ducto alveolar, mas podem, no do tipo II constitui um importante marcador de
entanto, ser observados em qualquer ponto ao longo lesão alveolar e recuperação dos alvéolos
de sua extensão. c) As células em escova também estão presentes
na parede alveolar, mas em pequeno número.
Sacos alveolares: espaços situados na terminação dos Podem atuar como receptores que monitoram
DA que são circundados por alvéolos a qualidade do ar no pulmão.
Os alvéolos são circundados e separados uns dos
outros por uma camada de tecido conjuntivo Nos alvéolos, os pneumócitos tipo I são pavimentosos
e tipo II são cúbicos. As células do endotélio possuem
extremamente fina, contendo capilares sanguíneos. O
tecido entre os espaços aéreos alveolares adjacentes é um núcleo mais achatado do que a do pneumócito tipo
denominado septo alveolar ou parede septal. I.

O epitélio alveolar é composto de células alveolares


dos tipos I e II e de raras células em escova. O epitélio
alveolar é composto de várias células especializadas e
seus produtos – algumas das quais desempenham
papel defensivo e protetor:

a) As células alveolares do tipo I, também


conhecidas como pneumócitos do tipo I,
compreendem apenas 40% de todas as células
de revestimento alveolar. Trata-se de células

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espaço aéreo do alvéolo. Nos espaços aéreos, varrem


a superfície e removem o material particulado inalado.
Os macrófagos alveolares são derivados de monócitos
sanguíneos e pertencem ao sistema mononuclear
fagocítico. Fagocitam os eritrócitos que podem entrar
nos alvéolos em situação de insuficiência cardíaca.

Obs: o citoplasma dos macrófagos alveolares


frequentemente contém o pigmento marrom
hemossiderina dos eritrócitos fagocitados, esses
macrófagos são caracteriscticos de doenças cardíacas.
O surfactante diminui a tensão superficial alveolar e
A circulação de ar colateral através dos poros
participa ativamente na depuração de substâncias
alveolares possibilita a passagem de ar entre os
estranhas. A camada de surfactante produzida pelas
alvéolos. Os estudos da estrutura alveolar com o
células alveolares do tipo II diminui a tensão superficial
microscópio eletrônico de varredura revelam
na interface ar-epitélio. As proteínas do surfactante
aberturas nos septos interalveolares, que possibilitam
ajudam a organizar a camada de surfactante e
a circulação de ar de um alvéolo para outro. Esses
modulam as respostas imunes alveolares.
poros alveolares (de Kohn) podem ser de grande
O septo alveolar constitui o local da barreira importância em algumas condições patológicas, nas
hematoaérea. A barreira hematoaérea refere-se às quais a doença pulmonar obstrutiva bloqueia a via
células e a produtos celulares através dos quais os normal do ar para os alvéolos. A comunicação entre
gases devem se difundir entre os compartimentos alvéolos diferentes é feita pelos poros alveolares. São
alveolares e capilares. A barreira hematoaérea mais muito importantes para a não morte dos alvéolos se
delgada consiste em uma fina camada de surfactante, houver alguma obstrução.
uma célula epitelial do tipo I e sua lâmina basal e uma
célula endotelial capilar e sua lâmina basal. Com
frequência, ocorre fusão dessas duas lâminas basais. As
células e fibras do tecido conjuntivo que podem estar
presentes entre as duas lâminas basais ampliam a
barreira hematoaérea. Esses dois arranjos produzem
uma porção delgada e uma porção espessa da barreira.

Obs: Na delgada: fina camada de sulfactante, célula


epitelial do tipo I, lamina basal dessa célula, lamina
basal do capilar e a célula endotelial capilar. O que
passa nessa região é ar. O2 entra dentro do alvéolo >
passa pela porção delgada da barreira hematoaérea >
entra dentro da homoglobina das hemácias > e é
levado por elas.

Na espessa: tem bastante tecido conjuntivo, tem fibras O alvéolo é o componente mais distal da via
elásticas (área de suporte). Tem importância respiratória. Os grupos de alvéolos que compartilham
patológica, pois é onde ocorre o acúmulo de líquido. uma abertura comum formam uma estrutura
Em algumas patologias, esse líquido sai do plasma, denominada saco alveolar (SA). Os grupos de alvéolos
entra dentro do interstício, acumulando o líquido e que formam um tubo são denominados ductos
como o espaço é muito pequeno, ele pode cair dentro alveolares (DA). A superfície externa do tecido
da luz do alvéolo, enchendo-os de líquido. Ex: edema pulmonar é revestida por uma membrana serosa (S). As
pulmonar membranas serosas consistem em um revestimento de
Os macrófagos alveolares removem o material células mesoteliais que repousam sobre uma pequena
particulado inalado dos espaços aéreos e os eritrócitos quantidade de tecido conjuntivo. Essa membrana
do septo. Os macrófagos alveolares são especiais, pois serosa é denominada pleura visceral pelos
atuam tanto no tecido conjuntivo do septo quanto no anatomistas.

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