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Nome:________________________________________

Maria Eduarda Cabral


Apostila com base nas anotações realizadas em
sala de aula e com os slides. O presente conteúdo
não é de minha autoria.

Histologia
veterinária
SUMÁRIO

Tecido Epitelial p.1


Tecido Conjuntivo p.10
Tecido Adiposo p.17
Tecido Cartilaginoso p.20
Tecido Ósseo p.24
Tecido Muscular p.31
Sistema Nervoso p.38
Sistema Circulatório p.48
Sistema Linfático p.54
Sistema Digestório p.57
Glândulas Anexas ao Trato Digestivo p.71
Sistema Urinário p.78
Sistema Tegumentar p.85
Sistema Respiratório p.90
Órgãos Linfoides p.94
Sistema Reprodutor Feminino p.99
Sistema Reprodutor Masculino p.104
 Também pode ser chamado de epitélio.  Percepção de estímulos (neuroepitélio olfatório e
gustativo).
 Contração (células mioepiteliais).
 Células com formatos variados.
 Unidas firmemente por junções intercelulares (3 grupos
– 5 subtipos).

 Revestem a superfície externa de corpo, cavidades e


formam as glândulas.
 São avasculares (não apresentam vasos sanguíneos), a
difusão de substâncias ocorre pela membrana basal
proveniente do tecido conjuntivo.
 Células coesas.
 Os núcleos variam de acordo com o formato das células.
 Células epiteliais estão sempre apoiadas sobre um tecido  Formada por moléculas localizadas entre as células
conjuntivo frouxo (lâmina própria). epiteliais e o tecido conjuntivo.
 Não existe espaço ou substâncias entre as células  CONSTITUIÇÃO: colágeno tipo IV e glicoproteínas (são
epiteliais. secretados pelas células epiteliais), adere-se ao tecido
OBS: todo tecido epitelial está associado ao tecido conjuntivo por meio de fibrilas de ancoragem formadas de
conjuntivo frouxo, por ser um tecido avascular. O colágeno tipo VII.
tecido conjuntivo frouxo recebe o nome de lâmina
 Pode ter um componente extra fibras reticulares que são
própria. produzidos pelo tecido conjuntivo que está abaixo,
Produz glicoproteínas e fibrilas de colágeno, formando assim a lâmina reticular.
resultando na formação da lâmina basal, a junção de
duas lâminas basais forma a membrana basal ->  FUNÇÕES: promover adesão das células epiteliais ao
adesão do epitélio com o tecido conjuntivo. tecido conjuntivo, estrutura para células, filtração de
moléculas, orienta a migração celular, regula a proliferação
celular (visível somente no microscópio eletrônico),
também pode estar presente em células musculares,
adiposas e de Schwann.

 Estrutura de fixação do Tecido Epitelial ao tecido


conjuntivo frouxo.
 Fusão de duas lâminas basais ou uma lâmina basal e uma
lâmina reticular, visível ao microscópio de luz como uma
 Revestimento de superfícies (pele). faixa escura abaixo do epitélio.
 Absorção de moléculas (intestino).
 Secreção (glândulas).

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1. Quanto ao número de camadas de células:
 uma camada de célula.

 pouco citoplasma, ex. tireoide, glândula mamária;


só existe no simples.
 duas camadas de célula.

 três ou mais camadas de células.

Exemplos
 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
SIMPLES PAVIMENTOSO.
 presente em vasos sanguíneos, por ser fina favorece
a troca gasosa.

2. Quanto a morfologia celular (formato):


 facilita a passagem de oxigênio
(revestimento dos vasos sanguíneos).

 só existe no simples.
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 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
SIMPLES COLUNAR.
 presente no estômago, intestino e vesícula biliar.

 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO


SIMPLES CÚBICO.
 presente nos ovários, ductos de glândulas e folículos
tireoidianos.

 2 lâminas basais (produzida pelo epitélio); lâmina reticular


(produzida pelo tecido conjuntivo frouxo).

1. GLICOPROTEÍNAS + COLÁGENO + FIBRILA


 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO DE COLÁGENO = lâmina basal.
ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO.
 o conjunto das duas lâminas basais forma a membrana
 presente no esôfago, pele (apresenta queratina).
basal (mais comum ocorrer nos órgãos) – mais
delicada.
2. 1 LÂMINA BASAL + 1 LÂMINA RETICULAR =
fita de colágeno.
 o epitélio produz uma lâmina basal e o tecido conjuntivo
frouxo origina uma lâmina reticular formando uma
membrana basal – membrana mais resistente (mais
comum na pele).

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Zônula de oclusão

 Localizada na região apical, sendo um espessamento da


membrana, cuja função é promover a adesão e vedação
de espaços intercelular, impedindo o movimento de
substâncias/materiais entre as células.
 Ocorre apenas uma por célula, zônula indica que pode
formar uma faixa ou cinturão ao redor da célula e a
oclusão refere-se a adesão das membranas, vedando o
espaço intercelular.

 Estruturas associadas à membrana plasmática das células,


com a função de coesão adesão, impermeabilização e Zônula de adesão
comunicação entre as células.
 Circunda toda a célula, contribui para a aderência entre as
células vizinhas.
 As proteínas agrupam-se formando filamentos de actinas
que se inserem no citoplasma (ocorre perto da membrana
plasmática).
zônula de oclusão + zônula de adesão =
1. JUNÇÃO IMPERMEÁVEL:
 zônula de oclusão: função impossibilita a
passagem de substâncias como microrganismos, Desmossomos
formando uma barreira.
 Forte adesão, em forma de disco na superfície da célula
2. JUNÇÃO DE ADESÃO:
(sobreposta a outro disco na célula adjacente).
 zônula de adesão.
 No citoplasma forma-se uma placa de ancoragem (12
 desmossomos. proteínas caderinas) mais filamentos de queratina se
 hemidesmossomos. inserem nela e formam alças que retornam ao citoplasma.
3. JUNÇÃO COMUNICANTE:  São grupos de proteínas que formam uma placa,
constituindo de 12 proteínas, pode ocorrer em qualquer
 junção comunicante ou GAP.
lugar do citoplasma ou membrana, sendo abaixo de zônula
de adesão (exceção do núcleo), podendo ocorrer várias na
mesma célula.
 As 12 proteínas compõem a placa de ancoragem, para
que ocorra a adesão precisa do filamento de queratina.
Tudo o que ocorrer numa célula tem que acontecer nas
células da frente. Não se localiza na região basal.
 O filamento de queratina vai para o citoplasma para criar
resistência, podendo voltar para outras proteínas da
mesma placa que saiu (“costura” a célula), pode se ligar

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nos próximos desmossomos desde que volte para a  As proteínas conexinas se organizam em torno de um
origem. O caminho percorrido é: poro, se ligando a eles, fazendo com que um poro se ligue
ao outro poro de outra célula.
Citoplasma
 Várias destas estruturas (proteínas com os poros)
Placa formam o conexon (placa), o conexon de uma célula se
alinha com o da célula vizinha formando canais que
Célula vizinha permitem o intercâmbio de moléculas ou alguns hormônios.
 Tecidos trabalham de forma ordenada (ex. coordenação
Placa da contração do músculo cardíaco).
 FUNÇÕES: comunicação, passagem de substâncias,
Citoplasma como hormônios, água e entre outros.

Placa de origem

Hemidesmossomos

 Equivale a metade de um desmossomo, possui 6 proteínas


mais os filamentos de queratina, mudando o tipo de
proteína.
 Desmossomo não se liga nos hemidesmossomos, localiza-
se na região basal da célula, fazendo a adesão da célula
epitelial à membrana basal.  Estruturas que podem ou não estar presentes na
 As placas de ancoragem têm proteínas diferentes dos superfície da célula epitelial.
desmossomos (caderinas) sendo as integrinas, que são  A presença da especialização ou não depende da
proteínas transmembrana que age como receptor de localização da célula epitelial no corpo do animal e a função
macromoléculas da matriz extracelular, como o colágeno que a mesma desempenha.
tipo IV. O caminho percorrido é:
 Aparece na região apical:
Citoplasma 1. Microvilos. projeções de citoplasma e
2. Estereocílios. membrana plasmática, são imóveis.
Placa
3. Cílios.
estruturas anexas, são móveis.
4. Flagelos.
Membrana basal

Placa

Junção comunicante ou GAP

 Ocorre várias por células em qualquer lugar abaixo da  São projeções do citoplasma que podem variar quanto ao
zônula de adesão, em qualquer lugar das membranas tipo, número e forma (possuindo um formato de dedo,
laterais das células epiteliais. sendo curtas ou longas).

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 Não estão presentes em todas as células epiteliais,  Presente em células do epidídimo e ducto deferente, no
auxiliam na absorção de água e substâncias, favorecendo sistema reprodutor masculino, liberando e reabsorvendo
a nutrição das células e aumentando a superfície de um fluido, que avalia na formação e na sobrevivência dos
contato (sendo constituído por uma projeção do citoplasma espermatozoides.
e membrana plasmática).  FUNÇÃO: é aumentar a área de superfície da célula,
 Presente em células de órgãos que exercem intensa facilitando o movimento de moléculas para dentro e para
absorção, como as células epiteliais do intestino delgado fora da célula.
(absorção de nutrientes) e dos túbulos contorcidos
proximais nos rins (reabsorção de água), possuindo
centenas de microvilos.
 A junção dos microvilos mais glicocálice resulta no
aspecto de borda em escova, presente em células de
intensa absorção.

 GLICOCÁLICE: as células animais são envoltas por uma


camada de carboidratos ligados as proteínas ou lipídios,
sendo conhecido como glicocálice. Essa estrutura se
encontra na parte externa da membrana plasmática e é
proveniente do Complexo de Golgi o glicocálice exerce a  Prolongamentos médios e móveis.
função de diminuir o tempo de passagem, localizando-se  Aparece durante a formação da célula, onde a membrana
acima dos microvilos. plasmática não possui alteração, sendo uma estrutura
anexa contendo milhares por células.
 Possui movimento coordenado de fluidos ou partículas na
superfície epitelial.
 Localizado na tuba uterina (auxilia na movimentação do
óvulo até o útero) e no trato respiratório (exercendo a
função de limpeza).
 São inseridos no corpúsculo basal na superfície apical da
célula.
 Um tipo de microvilo longo e ramificado;
 FUNÇÃO: movimento ordenado de partículas, limpeza na
 Prolongamentos longos e imóveis. superfície epitelial.
 Projeção do citoplasma e membrana plasmática, porém
libera o que a célula produz, favorecendo a reabsorção do
fluido velho e secretando o fluido novo (a produção do
fluido novo é realizado pela célula e secretado pelos
estereocílios, controlando a renovação do fluido).
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Glandular

 Originado através de um epitélio de revestimento, possui


características iguais ao de revestimento.
 EXEMPLOS: glândula sebácea, glândula sudorípara,
glândula mamária..

Epitélio de transição

 Produzido pela própria célula, sendo longo e limitados a um  É um epitélio estratificado, onde uma célula se encontra
por célula, possui um movimento ordenado. em cima da outra formando uma linha descontínua.
 Estrutura semelhante ao cílio, porém, é maior.  Reveste o trato urinário (nas estruturas de cálice renal,
 FUNÇÃO: locomoção. bexiga e ureteres), possui a capacidade de expansão,
 Presente apenas nos espermatozoides. permitindo a distensão da estrutura, presença de muito
citoplasma.
 Células globosas estratificado.

Revestimento

 Pele, revestimento interno dos órgãos e cavidades do


corpo.
 As células estão organizadas em camadas que cobrem a
superfície externa ou cavidades do corpo, os exemplos
são:
 tecido epitelial de revestimento simples
pavimentoso.
 tecido epitelial de revestimento
estratificado pavimentoso.
 tecido epitelial de revestimento simples
cúbico.
 tecido epitelial de revestimento simples
colunar.
 epitélio de transição.
 epitélio de revestimento pseudoestratificado Epitélio pseudoestratificado colunar
colunar ciliado com células caliciformes.
ciliado com células caliciformes
 epitélio estratificado cúbico.

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 Composto por uma única camada de células, todas
diretamente apoiadas na membrana basal, mas com os
núcleos em diferentes alturas.
 Apresenta cílios e células caliciformes (produtoras de
muco que ajuda na retenção de partículas).  EXEMPLOS: glândulas sebáceas, sudoríparas,
mamárias, intestinal..
 Comum nas vias respiratórias.
 Mantém a conexão com o epitélio do qual se originou.
 Suas secreções são variadas e eliminadas na superfície do
corpo ou em cavidades, podem apresentar ductos (separa
uma célula da outra formando uma passagem para a
liberação das secreções).
 Não vai para a corrente sanguínea.

Composição do nome do epitélio

 OBRIGATORIAMENTE USAR: tecido epitelial de


revestimento ou epitélio de revestimento número de
camadas presentes morfologia celular (se houver
presença de cílios, usar o termo ciliado).
 Tecido epitelial ou epitélio de revestimento simples CLASSIFICAÇÃO DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS
pavimentoso. De acordo com a porção do ducto:
 Tecido epitelial de revestimento duplo cúbico.
 GLÂNDULA SIMPLES: 1 ducto não-ramificado, a
 EX: tecido epitelial de revestimento pseudoestratificado secreção cai direto no ducto principal.
colunar ciliado.
 EXCEÇÃO: epitélio de transição (não é necessário usar
revestimento neste caso).

 Células especializadas na atividade de secreção. Exemplos


de secreção:
 GLÂNDULA COMPOSTA: ductos ramificados, a
 proteínas (pâncreas). secreção passa por vários ductos até chegar no ducto
 lipídeos (adrenais e glândulas sebáceas). principal.
 complexo de carboidratos e proteínas (glândulas
salivares).
 hormônios (tireoide).

Glândulas exócrinas
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 EXEMPLOS: adrenal, tireoide, paratireoide, lóbulo
anterior da hipófise.
 Produtoras obrigatoriamente de hormônios.
 Interrompimento da conexão com o epitélio originário.
 Não possuem ductos, as secreções são lançadas na
corrente sanguínea.

CLASSIFICAÇÃO DAS GLÂNDULAS ENDÓCRINA


 As glândulas endócrinas não apresentam nenhum tipo de
classificação, pois a secreção é sempre lançada na
De acordo com o modo pelo qual os corrente sanguínea.
produtos de secreção deixam as células:
FORMAÇÃO DAS GLÂNDULAS
 MERÓCRINAS: a secreção é liberada pela célula por
meio de exocitose, sem perda de outro material celular.
Não destrói a membrana plasmática, secreção sai por
vesículas.
 exemplo: parte exócrina do pâncreas e glândula
salivar.
 HOLÓCRINAS: o produto de secreção é eliminado
juntamente com toda a célula, onde ela irá se desprender
do epitélio acarretando numa morte celular, ou seja,
rompe a membrana plasmática para a liberação das
secreções.
 exemplo: glândulas sebáceas. Glândula mista
 APÓCRINAS: produto de secreção é eliminado junto
 Localizadas no pâncreas, possuindo partes independentes.
com porções do citoplasma. A secreção sai causando um
dano parcial à membrana plasmática, onde é eliminada  É constituída por uma parte endócrina (produção de
junto com porções do citoplasma. hormônios: insulina e glucagon) e uma exócrina (suco
 exemplo: glândula mamária. pancreático – secreção).

Glândulas endócrinas

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 Responsável pela manutenção da forma do corpo – fibroblastos
conecta e liga células e tecidos do corpo; meio onde ocorre
trocas de nutrientes; preenchimento e sustentação em  Célula ativa, capaz de produzir os elementos da matriz
órgãos. extracelular.
 Elementos: grupos de macromoléculas e proteínas
fibrosas (elastina e colágeno).

 Células separadas. matriz extracelular


 FIBROBLASTO: células que produzem elementos, é uma  Organizada em duas partes:
célula ativa. 1. O complexo viscoso é formado por macromoléculas,
originando a primeira parte da matriz extracelular, a
 FIBRÓCITO: células que não produzem elementos, células
substância fundamental (barreira contra
jovens ou velhas.
microrganismos, preenchimento na matriz extracelular).
 Presença de vasos sanguíneos.
macromoléculas:
 obrigatoriamente vasculares – auxilio a tecidos
como o epitelial.  glicosaminoglicanos. preenche os espaços

 Ausência de junções intercelulares e organização das  proteoglicanos. entre as células mais


fracas.
células.  glicoproteínas.
 Tecido amplamente distribuído no corpo.  proteínas multiadesivas. se ligam para fazer uma
adesão maior entre as células, são mais fortes
 Grande quantidade de substâncias intercelulares = matriz (fibronectina, laminina).
extracelular.
As macromoléculas são produzidas pelos fibroblastos. As
fibroblasto e fibrócito + matriz extracelular proteínas multiadesivas (fibronectina laminina) se ligam as
proteínas receptoras (integrinas) presentes na célula e a
outros componentes da matriz extracelular,
proporcionando uma rigidez à matriz extracelular.
2. A segunda parte é formada por proteínas, que se
dividem em:
 FIXAS: fibroblastos e fibrócitos. proteínas colágeno
 RESIDENTES: macrófagos, plasmócitos, mastócitos,
 são produzidas pelo fibroblasto.
células adiposas ou adipócitos.
 fibra colágeno.
 fibra reticular.
 Substância fundamental e fibras (proteínas fibrosas). proteínas elastina
 fibra elástica.
 A junção de todos os componentes (fibroblasto,
substância fundamental e proteínas) formam a matriz
extracelular.

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Fibroblasto
 As glicoproteínas são proteínas que contêm cadeias de
 Citoplasma abundante, presença de prolongamentos, oligossacarídeos.
núcleo ovóide e grande.

 Fibroblasto: mais comuns no tecido conjuntivo – forma


ativa da célula.
 Sintetizam proteínas – colágeno e elastina,  Fibrócito: forma inativa da célula.
glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas.
 Compõe a matriz extracelular e auxiliam na proliferação e
diferenciação celular.
 Mais comuns no tecido conjuntivo, sendo uma forma ativa
da célula, possui uma maior quantidade de retículo
endoplasmático rugoso.

 Existem células que vem do sangue para participar da


defesa, sendo células auxiliares.
 Glicosaminoglicano: sequência de dímeros de  EX: linfócitos, mastócitos, macrófagos (originados a partir
açúcares ou dissacarídeos. de um monócito), plasmócitos, células adiposas ou
adipócitos (armazenam triglicerídeos).
 São células que podem estar presentes no tecido
conjuntivo.

Sistema fagocitário mononuclear

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medula óssea  Com grânulos de mediadores químicos, participam de
reação alérgica e de processos inflamatórios no tecido
produz
conjuntivo.
monócitos (células inativas)  Colaboram com as reações imunes e tem papel
fundamental na inflamação, reação alérgica e expulsão de
parasitas, possui uma atuação local.
tecido conjuntivo fígado SNC pele
 Quando se encontra maduro é uma célula globosa, sendo
macrófago célula de Kupffer micróglia célula de grande e com um citoplasma repleto de grânulos.
Langerhans
 Núcleo pequeno, esférico, central e pouco visível por
 MACRÓFAGO: faz a síntese proteica. estar coberto de grânulos. Os grânulos possuem
mediadores químicos como a histamina e
 CÉLULA DE KUPFFER: função de defesa.
glicosaminoglicanos, sendo que esses grânulos são
 MICRÓGLIA: função de defesa. liberados aos poucos acarretando na morte do invasor.
 CÉLULA DE LANGERHANS: função de defesa,
formada pela união de vários monócitos.
 Monócitos e macrófagos são a mesma célula em
diferentes estágios de maturação.
 Realizam fagocitose e pinocitose.
 Características morfológicas diversas (atividade funcional
e tecido).
Todas as células (macrófagos, célula de Kupffer, micróglia
e células de Langerhans) realizam a fagocitose que é um
englobamento de partículas sólidas, em contrapartida, a
Plasmócitos
pinocitose é o englobamento de substâncias líquidas.
 Abundantes no tecido conjuntivo do tubo digestório e
 Os monócitos estão presentes na circulação sanguínea,
regiões de inflamação crônica.
sendo ausente a síntese proteica.
 Originados a partir de linfócitos B, realizando a produção
 Suas características morfológicas são diversas (atividade de anticorpos, seu aparelho de Golgi encontra-se aderido
funcional e tecido). ao núcleo, sendo uma área esbranquiçada perinuclear,
 O processo de transformação monócito – macrófago aparece em processos avançados/crônicos.
resulta no aumento da célula e aumento da síntese de  Pouco presentes no tecido conjuntivo saudável, são
proteína. atraídos quando ocorre a entrada de algum parasita.
 Possuem um núcleo esférico, excêntrico com grânulos de
cromatina.
 O plasmócito não permanece o tempo inteiro no tecido
conjuntivo, ou seja, migra quando o organismo apresenta
alguma infecção por bactérias (ex. mucosa intestinal) ou
inflamações crônicas.

Mastócitos

 Provenientes da medula óssea.


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Leucócitos  Células + matriz extracelular (elementos fibrosos
“fibras” e substância fundamental “viscosa”)
 São glóbulos brancos que migram dos vasos sanguíneos,
sendo um constituinte normal do tecido conjuntivo, eles Fibras do tecido conjuntivo
participam de processos inflamatórios (são células
especializadas na defesa contra microrganismos  Proteínas filamentosas que se polimerizam formando
agressores). estruturas alongadas.
 A inflamação é uma reação celular e vascular contra Fibras colágenas
proteina colageno
substâncias estranhas (bactérias patógenas). Fibras reticulares
Fibras elásticas proteina elast ina
Células adiposas ou adipócitos
 Colágeno é a proteína mais abundante do organismo
 Não são produzidos na medula óssea e não vêm da (30%).
corrente sanguínea, são originadas do tecido conjuntivo  PROTEÍNA COLÁGENO: tipo I, tipo II ... tipo XV.
frouxo.
 forma fibrila longa (sequência de proteínas
 Sua função é o armazenamento de energia (triglicerídeos),
colágeno).
sendo uma célula grandes com um núcleo periférico, seu
citoplasma é preenchido por gordura.  forma fibrila curta.
 forma uma rede (união de fibrilas longas com curtas).
 ancoragem (predominantemente na lâmina basal).
Classificação do colágeno

 COLÁGENO QUE FORMA FIBRAS LONGAS: tipo I, II,


III, IV e XI.
 tipo I (mais abundante) está presente nos ossos,
dentina, tendões, cápsulas de órgãos e derme.
 COLÁGENOS ASSOCIADOS A FIBRILAS curtas:
estruturas curtas que ligam as fibrilas de colágeno
umas as outras e a componentes da matriz
 SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL: complexo extracelular.
viscoso de macromoléculas.  tipo IX, XII e XIV.
 glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas.  as fibrilas curtas são formadas através de uma
multiadesivas (fibronectina, laminina) que se ligam a atração entre cada tipo de colágeno, caso essas
proteínas receptoras (integrinas) presentes na fibrilas formassem uma longa, elas iriam se
superfície da célula e outros componentes da matriz. desestabilizar.
 rigidez à matriz extracelular.  colágeno que forma rede: tipo IV, encontrado
principalmente na lâmina basal, cuja função é a
Característica e função aderência e filtração de moléculas.
 Incolor e transparente, preenche os espaços entre as  colágeno de ancoragem: tipo VII, presente nas
células e o tecido conjuntivo, lubrificante, barreira contra fibrilas que ancoram as fibras de colágeno tipo I à
penetração de microrganismos invasores. lâmina basal.
 TROPOCOLÁGENO: as fibrilas de colágeno são
Componentes do tecido conjuntivo formadas pela polimerização de moléculas alongadas
tropocolágenos (subunidades de cadeias polipeptídicas
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arranjadas em tripla hélice). As regiões lacunares se
sobrepõem, o que causa a estriação característica das  O conjunto de fibrilas longas formam a fibra colágeno.
fibras de colágeno com faixas claras e escuras.
Tipos de colágenos

 TIPO I: pele, tendão, osso e dentina.


 TIPO II: cartilagem.
 TIPO III: pele, músculos, vasos, frequentemente
associado ao tipo I.
 TIPO IV: membranas basais.
 TIPO V: tecidos fetais, pele, osso e placenta.
 TIPO VII: interface epitélio – tecido conjuntivo.
 TIPO IX: cartilagem.
 TIPO XI: cartilagem.
 TIPO XII: tendão embrionário e pele.
 TIPO XIV: pele fetal e tendão.

FORMAÇÃO DAS FIBRAS COLÁGENAS

FORMAÇÃO DAS FIBRAS RETICULARES


 Só pode ser formada por proteína colágeno tipo III.

 São finas e delicadas.


 Tropocolágeno: a proteína colágeno é formada por  PRESENTES NO: músculo liso, baço, nódulos linfáticos
vários tropocolágenos. e medula óssea.

 Vários tropocolágenos formam uma proteína, a junção


dessas proteínas numa mesma linha forma a fibrila, a
união dessas fibrilas origina uma fibra.

 Tem de duas a três fileiras, sendo assim, é extremamente


fina.
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 começa a deposição de
elastina (deposição
parcial).
 ex. derme,

 As fibras formam uma rede delicada ao redor de células


e alguns órgãos ou estruturas, como as glândulas
endócrinas – sustentação.
 Também formam uma rede flexível em órgãos que estão
sujeitos a mudanças fisiológicas de forma ou volume, como
no baço, fígado, útero, camadas musculares do intestino e  3º GRAU DE FORMAÇÃO = elástica.
artérias.
 elastina continua acumulando-se até ocupar todo o
FORMAÇÃO DAS FIBRAS ELÁSTICAS centro de microfibrilas (região periférica permanece
livre).
 Formada pela proteína elastina (possuindo apenas um tipo).  distende-se facilmente.
 Formado por três tipos de fibras, a estrutura do sistema  deposição total de
de fibras elásticas se desenvolve por meio de três
elastina.
estágios.
 exceto nas bordas
 1º GRAU DE FORMAÇÃO DA PROTEÍNA
ELASTINA = oxilânico/oxitalânica.
 são feixes de microfibrilas (glicoproteínas) que se
organizam em forma de rede para receber elastina.
 resistentes à força de tração.
 zônula de olho, conecta sistema elástico com a lâmina
basal (pele), é resistente à força de tração.
 formação de uma base.
 ausência de elastina.
 resistente.  Principais células produtoras de elastina são os
 a sequência de fibroblastos e o músculo liso dos vasos sanguíneos.
glicoproteínas forma a
microfibrila.

 2º GRAU DE FORMAÇÃO (DEPOSIÇÃO) =


eulanínica.
 deposição irregular de elastina nas microfibrilas
oxitalânicas.
 ao redor das glândulas sudoríparas e derme.
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 Refletem seu componente (elemento) predominante ou a
organização estrutural do tecido.
 A combinação dos elementos da matriz extracelular
(fibras e substância fundamental) formam os tipos de
tecido conjuntivo.
A presença em maior quantidade das células/fibras e suas Tecido conjuntivo denso
combinações formam os diferentes tipos de tecido
 Resistência e proteção aos tecidos.
conjuntivo.
 Preenchimento de órgãos.
 Predomínio de fibras colágenas.
 Mais resistente à tensão que o frouxo.
Tecido conjuntivo frouxo
TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO
 Suporta estruturas sujeitas a pressão e atritos pequenos.  Fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma
 Não há predomínio de componentes, ou seja, a orientação definida.
quantidade de substância fundamental e de fibras são  Resistência à tração exercida em qualquer direção.
semelhantes.
 É desorganizado e faz o preenchimento nos órgãos ocos.
 COMPOSIÇÃO: fibroblastos, macrófagos residentes,
fibras colágenas, elásticas e reticulares, substância  Derme profunda da pele.
fundamental.
 Sempre associado ao tecido epitelial, fazendo a adesão
entre os tecidos, presente em diversos lugares, sendo
bem vascularizado.

LOCALIZAÇÃO
 Entre grupos de células musculares, adipócitos.
 Suporte e oxigenação de células epiteliais.
 Em torno dos vasos sanguíneos. TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO
 Papilas da derme.
 Organizado, os feixes de colágeno estão paralelos, um ao
 Hipoderme. lado do outro e alinhado com os fibroblastos.
 Forças de tração exercidas num determinado sentido.
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 Se localizam em tendões e cápsula de músculo estriado  Forma uma rede tridimensional delicada, sendo similar a
esquelético. uma esponja, ocorre um predomínio de fibras reticulares
associadas com fibroblastos.
 Localiza-se nos órgãos linfoides e hematopoiéticos ->
produtores de células do sangue (medula óssea, linfonodos
e baço).

 O que difere ambos é a organização.

 Predominância de matriz extracelular composta de


substância fundamental (amorfa), não pode conter fibra
colágeno.
 Rica em ácido hialurônico e possui uma consistência
gelatinosa com poucas fibras;
 Feixes espessos e paralelos de fibras elásticas, possuindo
grande elasticidade e uma coloração amarelada, há um  Fibroblastos.
predomínio de fibras elásticas + fibroblastos.  É encontrada no cordão umbilical e na polpa jovem dos
 Encontra-se nos ligamentos amarelo da coluna vertebral, dentes.
cordas vocais, parede de grandes artérias.

 Tipo especial de tecido conjuntivo, advindo do tecido esquelético) também acumulam energia, mas na forma de
conjuntivo frouxo. Há uma predominância de células glicogênio.
adiposas (adipócitos).  triglicerídeos fornecem 9,3 kcal/g.
 Formam agregados compondo o tecido adiposo distribuído  glicogênio 4,1 kcal/g.
no corpo animal, são células isoladas ou em grupos
formadas a partir do tecido conjuntivo frouxo.
 Maior depósito de energia sob a forma de triglicerídeos,
as células hepáticas e musculares (tecido muscular
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 Vasculares devido aos septos de T.C.F (tecido conjuntivo  Possui uma única gota de triglicerídeo no citoplasma, a
frouxo). lâmina basal reveste toda a célula.
 Células isoladas ou agregadas - tecido adiposo.  A membrana plasmática mostra vesículas de pinocitose.
 Maior depósito de energia - triglicerídeos.
 As células adiposas são revestidas pela lâmina basal –
manutenção da forma da célula.

 Reserva energética, armazenamento na forma de


triglicerídeo (gera 9,3 kcal de energia).
 Proteção contra choques mecânicos.  O septo de tecido conjuntivo frouxo origina as células
 Modela a superfície do corpo dos animais (abaixo da pele). adiposas e fornece a estrutura ao tecido adiposo, as
 Forma coxins absorventes de choques. células ficam presas no septo.
 Faz termorregulação (manutenção da temperatura),  As fibras reticulares do septo sustentam o tecido.
favorecendo o isolamento térmico do organismo -> más  No septo de tecido conjuntivo frouxo temos a presença
condutores de calor. de vasos sanguíneos e nervos.
 Atividade secretora (sintetizam enzimas).  vasos sanguíneos: fazem a nutrição dos adipócitos.
 Auxiliam na manutenção da posição de alguns órgãos,  nervos: fazem a propagação de sinais para que a
principalmente dentro da cavidade abdominal. célula comece a liberar triglicerídeos aos poucos,
 ex. rim. fazendo com que a liberação ocorra de maneira lenta,
decorrente disso, o processo de emagrecimento é
 As células que armazenam triglicerídeos são chamadas de lento.
células adiposas ou adipócitos.
 As fibras agem lentamente, as células adiposas não
 O tecido adiposo é dividido em dois tipos: possuem vasos sanguíneos, apenas os septos, entretanto,
1. Tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular. como o septo é considerado parte do tecido adiposo, então
é caracterizado como vascular.
2. Tecido adiposo pardo ou multilocular.
 As células adiposas não somem rapidamente, elas
reduzem de tamanho, o tecido só se degenera após muito
tempo.
 Vem da absorção e do metabolismo.
 Inervado por fibras simpáticas do tecido nervoso
 Com uma gotícula de gordura ocupando todo o citoplasma. autônomo, as terminações nervosas encontram-se na
 É uma célula grande, há a entrada de gotículas de parede dos vasos sanguíneos e em alguns adipócitos.
triglicerídeos, essas gotículas se fundem no citoplasma da  As células do tecido adiposo unilocular podem ficar
célula, se unindo às outras gotículas, com isso ocorre a poligonais ou fusiformes por diminuição dos triglicerídeos:
formação de uma única gota no citoplasma da célula, por alimentação controlada ou aumento do gasto energético.
conta desse processo o núcleo é periférico.
 Quando isoladas são redondas, em grupos são poliédricas
pela compressão recíproca.
 Sua preparação histológica é comum -> remoção da
gotícula lipídica (anel de citoplasma e núcleo periférico).

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 Característico em animais que hibernam (possuem muito
multilocular), nos humanos só tem relevância nos recém-
nascidos para realizar a termorregulação.
 As fibras nervosas fazem com que a liberação de
triglicerídeos ocorra de maneira mais rápida, é escuro pela
grande vascularização e quantidade de mitocôndria.
 Não cresce após o nascimento, portanto, os adultos
possuem pequena quantidade, esse tecido começa a ser
degenerado pelo metabolismo, pois a sua função é a
termorregulação no nascimento.
 No nascimento encontramos alta quantidade de
Disposição e mobilidade dos lipídios multiloculares e baixas de uniloculares, após o crescimento
ocorre uma inversão.
 Principalmente os triglicerídeos – ácidos graxos e glicerol.
 O unilocular é formado após o nascimento.
 absorção na
alimentação e conduzidos para as células adiposas como  Células com formato poligonal, citoplasma carregado de
triglicerídeos; oriundos do fígado e conduzidos ao tecido; da gotículas lipídicas de tamanhos variados, as terminações
síntese nas próprias células adiposas, a partir da glicose. nervosas simpáticas atingem diretamente os vasos
sanguíneos e adipócitos.
Tumores originados a partir deste  Nas espécies que hibernam o despertar ocorre com
tecido estímulos nervosos sobre o tecido adiposo multilocular que
atua como um acendedor dos outros tecidos, por distribuir
 LIPOMA: formado por adipócitos uniloculares, benigno o sangue aquecido.
(infiltrativo) e comum em cães.
 LIPOSSARCOMAS: tumores malignos, comum em
animais domésticos.

 Células com numerosas gotículas lipídicas e muitas


mitocôndrias, essas gotículas não se unem.
 É uma célula pequena com um núcleo centralizado e as
gotículas de triglicerídeos isoladas.

 A liberação de triglicerídeo ocorre de maneira mais rápida,


é especializado na produção de calor, sendo formado no
período embrionário.

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 Forma especializada de tecido conjuntivo com consistência  Cartilagens que revestem a superfície de ossos nas
rígida, vem do tecido conjuntivo denso não modelado. articulações móveis não tem pericôndrio, sendo nutridas
 Temos a presença de cartilagem na traqueia, nos meios pelo líquido sinovial das cavidades articulares.
das articulações, nos brônquios..
 É um tecido rígido, porém com flexibilidade, absorve o
impacto quando localizado perto dos ossos, quando
localizada na traqueia e no brônquio tem a função de deixá-
lo aberto.

 Suporte para tecidos moles, reveste superfícies


articulares (absorve impactos -> choque), facilita o
deslizamento dos ossos nas articulações e é essencial para
a formação dos ossos longos na vida intrauterina.

Condroblastos
 Avasculares.
 Não ficam em meio ácido, são tipo os fibroblastos,
 Nutrido e inervado pelos capilares e nervos do tecido
possuem as mesmas funções, secretam os elementos da
conjuntivo envolvente – pericôndrio.
matriz.
 Presença de lacunas – cavidade da matriz ocupada pelos  Presentes na cartilagem em crescimento, secretam
condrócitos. colágeno tipo II, proteoglicanos, glicoproteínas
(condronectina). Seu funcionamento depende de um
balanço hormonal adequado.
 Síntese de proteoglicanos é acelerada pelo aumento de
 CÉLULAS: condrogênicas, condroblastos e condrócitos.
tiroxina e testosterona ou diminuída pela cortisona,
 MATRIZ CARTILAGINOSA: colágeno ou colágeno e hidrocortisona e estradiol.
elastina (fibras), macromoléculas (GAGs, glicoproteínas,
proteoglicanas), ácido hialurônico e água.
 PERICÔNDRIO: tecido conjuntivo denso com vasos
sanguíneos, linfáticos e nervos.
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 É um material extracelular, é formada por fibras
(colágenas e/ou elastina), macromoléculas, água e ácido
hialurônico (auxilia na absorção de impactos).
colágeno ou colágeno e elastina + proteoglicanos e
glicoproteínas + glicosaminoglicanos e ácido hialurônico.

 Consistência firme da cartilagem: ligações das


glicosaminoglicanas e colágeno mais alta concentração de
moléculas de águas presas aos glicosaminoglicanas -> água
 O hormônio do crescimento (hipófise) promove a síntese de solvatação.
de Somatomedina C no fígado.
fígado somatomedina C aumenta a multiplicação dos
 A é quando as macromoléculas,
a água e o ácido se juntam para ficarem mais resistentes
condroblastos estimula o crescimento da cartilagem. (dá a capacidade de absorver impactos).

Condrócitos

 São tipo os fibrócitos, fazem a manutenção da matriz,  Cavidade da matriz extracelular ocupados pelos
todo o condrócito está dentro de uma lacuna, a lacuna faz condrócitos.
a proteção porque os condrócitos ficam em meio ácido.  Avasculares.
 É uma forma menos ativa dos condroblastos, estão mais
aprofundados (no meio da matriz): podem se organizar
em grupos de até oito células, chamados isógenos  Nutrido pelos capilares do tecido conjuntivo envolvente.
por serem células originadas de um único
condroblasto.  O tecido conjuntivo denso não modelado quando
associado ao tecido cartilaginoso é chamado de
 Responsáveis pela manutenção permanente e contínua da
pericôndrio (periferia da cartilagem).
matriz cartilaginosa.
 Camada de tecido conjuntivo denso que envolve as
cartilagens hialinas (exceção das cartilagens articulares).
 O pericôndrio dá origem ao tecido cartilaginoso,
responsável por formar condroblastos. O crescimento da
cartilagem ocorre em direção ao centro com o pericôndrio
nas extremidades.
 É formado por tecido conjuntivo contendo vasos
sanguíneos, linfáticos e nervos. As cartilagens que
revestem a superfície de ossos nas articulações móveis
não possuem pericôndrio, sendo nutridas pelo líquido
sinovial das cavidades articulares.

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 O pericôndrio nutre e origina os condroblastos através dos
fibroblastos localizados na borda, os condroblastos
produzem a matriz e são carregados para o centro,
tornando-se um condrócito.
 Organizado em duas partes: crescimento interst icial
1. CAMADA EXTERNA FIBROSA: rica em fibras
colágenas do tipo I.
2. ZONA CONDROGÊNICA (INTERNA): rica em
células condrogênicas. crescimento aposicional

Funções do pericôndrio

 Fonte de condroblastos a partir de células condrogênicas.  CLASSIFICAÇÃO: predomínio de elemento e/ou


 Nutrição, oxigenação e eliminação dos metabólitos da organização dos condrócitos.
cartilagem pela presença dos vasos sanguíneos e
linfáticos, além de nervos.
 Fibras de colágeno tipo II, alta quantidade de
macromoléculas, alta concentração de água e ácido
hialurônico, presença de pericôndrio (ausente em grandes
articulações), ex.: traqueia, brônquios..
 Depois da meia vida do animal o pericôndrio deixa de
produzir condroblastos, consequentemente ocorre um
ressecamento da matriz, podendo apresentar problemas
nas articulações.
 Tipo mais abundante no corpo dos animais.
 Forma o primeiro esqueleto do embrião, sendo substituído
por tecido ósseo posteriormente.

Localização
 CRESCIMENTO INTERSTICIAL: divisão mitótica
dos condrócitos preexistentes (nas primeiras fases da  Parede das fossas nasais.
vida do organismo).  Traqueia e brônquios.
 crescimento rápido.  Extremidade ventral das costelas.
 característico da cartilagem hialina, principalmente  Recobre as superfícies dos ossos longos articulações com
durante o desenvolvimento embrionário. grande mobilidade).
 CRESCIMENTO APOSICIONAL: células do
pericôndrio (crescimento predominante). Constituição
 crescimento lento.
 crescimento de manutenção do tecido. MATRIZ – CARTILAGEM HIALINA
 presente em todos os tipos de cartilagem.  Fibrilas de colágenos tipo II (40%), ácido hialurônico,
 Os condroblastos formados produzem fibrilas colágenas, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas
proteoglicanos e glicoproteínas. O crescimento real é condronectina macromoléculas com sítios de ligação
maior do que o produzido pelo aumento do número de para condrócitos, fibrilas de colágeno tipo II e
células. glicosaminoglicanos.
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 causa um enrijecimento da matriz mais abundante na
cartilagem hialina.
 A cartilagem elástica é a única que tem fibras elásticas,
CÉLULAS bastante macromoléculas, quantidade moderada de água e
pouco ácido hialurônico.
 Todos os tipos presentes.
 Condrogênicas no pericôndrio, condroblastos e Localização
condrócitos.
 Pavilhão auditivo e conduto auditivo externo.
PERICÔNDRIO
 Epiglote.
 Ausentes em articulações moveis (líquido sinovial), demais  Laringe (cartilagem cuneiforme).
cartilagens hialinas apresentam com a constituição básica.
 Camada de tecido conjuntivo denso não modelado que Composição
envolve as cartilagens hialinas (exceto a de cartilagens
articulares).  Fibrilas de colágeno tipo II + (rede –
coloração amarelada), pericôndrio, condroblastos e
 Uma parte é rica em fibras colágenas do tipo I
condrócitos.
camada externa fibrosa.
 Outra parte rica em células, condroblastos zona Crescimento
condrogênica.
 Principalmente por aposição (células do pericôndrio).
 FUNÇÕES: fonte de condroblastos a partir de
fibroblastos, nutrição, oxigenação e eliminação dos
metabólitos da cartilagem pela presença dos vasos
sanguíneos e linfáticos, além de nervos.

CRESCIMENTO
 Intersticial e aposicional.

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 A cartilagem fibrosa possui fibras colágenas tipo I, baixa
quantidade de macromoléculas, pouca água e ácido
hialurônico.
 Menos frequente nos animais, porém é encontrada
formando uma parte do coração de cães, seno menos
abundante e seu pericôndrio não é evidente.
 Aparece interposta entre outros tecidos e cartilagem
hialina, tendões ou ligamentos.
 Localizado entre as vértebras.
Localização  2 componentes:
1. Anel fibroso (fibrocartilagem): porção periférica de
 Discos intervertebrais de todos os animais.
conjuntivo denso (feixes colágenas formam camadas
 Forma o menisco da articulação da soldra dos equinos.
concêntricas).
 No cão aparece no esqueleto cardíaco (trígono fibroso), 2. Núcleo pulposo (líquido viscoso): parte central, células
que une os músculos cardíacos atriais e ventriculares.
arredondadas, muito ácido hialurônico e água com pouco
Constituição colágeno.
 Substituído por fibrocartilagem com a idade.
 Fibras colágenas tipo I salientes na matriz.
 Condrócitos em fileiras.
 No Trígono fibroso os condrócitos e as fibras
permanecem mais dispersos.
 Sem pericôndrio diferenciado.
 A cartilagem pode apresentar fibras colágenas ao redor,
mas não existe a camada celular.
 CONDRÓCITOS: formam fileiras.
 MATRIZ: proteoglicanas, glicoprotéinas, GAGs –  Discos intervertebrais previnem o desgaste dos ossos das
escassa. vértebras durante o movimento da coluna espinhal.
 rico em ácido hialurônico, muito hidratado -
absorve as pressões e protege as vértebras contra
impactos.

 É um tipo especial de tecido conjuntivo, sendo


vascularizado.
 Mesoderme.  Dois modos de ser formado:

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1. Ossificação intramembranosa: a partir de uma  Células que compõe a linhagem osteoblástica – pequenas
membrana de tecido conjuntivo denso (T.C.D.) e sem prolongamentos
2. Ossificação endocondral: a partir de um molde de  Origem mesenquimal.
cartilagem hialina.  Alojadas no periósteo principalmente.
 Capazes de sofrer divisão mitótica e se diferenciar em
osteoblasto.

 Suporte para os tecidos moles e músculos.


 Proteção de órgãos vitais (caixa craniana, torácica, canal
raquidiano).
 Aloja e protege a medula óssea. Osteoblastos
 Depósito de minerais: cálcio, fosfato e outros íons.
 Produção da matriz orgânica e inorgânica.
 Absorvem toxinas e metais pesados (minimizando em  Sintetizam componentes da matriz óssea (orgânica):
outros tecidos).
colágeno tipo I, proteoglicanas e glicoproteínas,
concentram e armazenam fosfato de cálcio
(mineralização).
 Vascularizado.  Localizados nas superfícies ósseas – endósteo e
periósteo.
 Presença de revestimento externo e interno – periósteo
e endósteo, respectivamente.  Formam um arranjo semelhante a um epitélio simples –
após envoltos pela matriz óssea – tornam-se osteócitos.
 Matriz é dividida em orgânica e inorgânica (mineralizada).

 CÉLULAS:
 osteogênicas ou osteoprogenitoras.
 linhagem osteoblástica – mesenquimal.
 osteoblastos; osteócitos.  Matriz se deposita ao redor da célula e ocorre a formação
 linhagem osteoblástica – mesenquimal. das lacunas e canalículos.
 osteoclastos.
 linhagem osteoclástica – monócitos.
 MATRIZ ÓSSEA:
 orgânica: fibras colágenas e macromoléculas.
 inorgânica: íons – fosfato de cálcio.
 REVESTIMENTOS: periósteo e endósteo.

Osteogênicas ou osteoprogenitoras

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Osteócitos

 Presentes no interior da matriz óssea (dentro das


lacunas), são achatados e realizam a manutenção da
integridade da matriz óssea, apresentam canalículos que
permitem comunicar-se com outro osteócito.
Osteoclastos
 Células alongadas com prolongamentos.
 Ocupam as lacunas e os prolongamentos os canalículos.  Células mononucleadas provenientes dos monócitos –
na medula óssea se funde formando uma célula
 Apresentam junções comunicantes nas pontas dos multinucleada.
prolongamentos.
 São células móveis, grandes, multinucleadas e ramificadas.
 função: manutenção da integridade da matriz óssea.
 Responsável pela reabsorção óssea, pois liberam
 Os osteoblastos vêm de células osteogênicas ou substâncias ácidas e colagenase (enzima).
osteoprogenitoras.
 Digerem matriz óssea e dissolvem os cristais de sais de
 células pequenas, não estão ativadas. cálcio.
Esquema: célula osteogênica osteoblasto osteócito  Seu precursor são as células mononucleadas precursoras
do sangue que na medula óssea se fundem formando a
 As células osteogênicas vêm da diferenciação celular na
célula multinucleada: osteoclasto.
mesoderme.
 Tem a função de degradar a matriz óssea para os
osteoblastos regenerarem ela, não realiza fagocitose.

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Matriz óssea
orgânica: fibras colágenas + macromoléculas
inorgânica: íons - fosfato de cálcio.

 Composta por parte orgânica e parte inorgânica.


 Na região de tecido conjuntivo frouxo encontramos as
 50% orgânica: fibras colágenas (tipo I), proteoglicanos e células osteogênicas que se diferenciam em
glicoproteínas. osteoblastos.
 produzida pelo osteoblasto, sendo flexível, porém  macromoléculas: glicoproteínas e proteoglicanas.
resistente.
 Primeiro ocorre a formação da matriz orgânica e depois
 50% inorgânica: cálcio, fosfato, magnésio, potássio, da inorgânica.
sódio, cálcio+ fósforo + H2O= hidroxiapatita (cristais).
 vem da circulação sanguínea, através da alimentação,
constituído por íons.  PERIÓSTEO: revestimento da região externa da
+ = matriz, presença de células osteogênicas e tecido
conjuntivo frouxo.
 A combinação de cálcio + fósforo + água resulta na
 externo.
formação de cristais, que são chamados de
hidroxiapatita, sendo que a junção da hidroxiapatita com  ENDÓSTEO: revestimento da região interna da matriz.
o colágeno proporciona uma consistência dura e, através  interno.
disso, possui uma rigidez maior quando associada com a  reveste as traves no osso esponjoso e a cavidade
parte inorgânica. medular.
 Funções: nutrição do tecido ósseo, fornecimento de
novos osteoblastos e oxigenação da matriz.

 O osso com ausência de cálcio se torna flexível, enquanto


que um osso com ausência de colágeno fica quebradiço.
 Os osteócitos possuem prolongamentos e são células
pequenas, os prolongamentos favorecem a comunicação
entre as células, fazendo com que ocorra a troca de
substâncias.
 Ocorre a formação de lacunas, cuja função é revestir
a célula, realizando o revestimento dos prolongamentos
temos os canaliculos.

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tecido ósseo jovem ou primário ou não lamelar

tecido ósseo maduro ou secundário ou lamelar

Endósteo

 Camada delgada, sem divisão da matriz, composta por


poucas células osteogênicas, osteoblastos e osteoclastos.
 O endósteo reveste, além da, parede do canal medular,
todas as traves e porções de tecido ósseo esponjoso.
 células osteogênicas achatadas, canal medular, canais
Periósteo
de Havers e os de Volkmann (transversais, comunicam-
 Ausentes nas superfícies articulares. se com os canais de Havers).

 Formado por tecido conjuntivo denso modelado


(fibroblastos) e células osteogênicas.
 Camada externa: fibras de colágeno e fibroblastos,
fibras de Sharpey (são as fibras que vão para o meio da
matriz, cuja a função é preencher o periósteo ao osso).
 possui poucos vasos sanguíneos, porém é a região do
osso por onde correm os vasos e nervos que penetram
nos ossos por pequenos orifícios.
 Camada interna: células osteogênicas e osteoblastos.

 Região do osso por onde correm vasos sanguíneos e


nervos que vão entrar na matriz óssea.
 Grande quantidade de células osteogênicas, presença de
nervos e vasos sanguíneos, apresentam osteoclastos.
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 Os osteoblastos começam a produzir a matriz orgânica,
através dos prolongamentos, os osteócitos começam a se
ligar entre si.
 Esse tecido jovem encontra-se em algumas inserções de
tendões, nas suturas e nas ligações do dente com os
ossos.
 Quando não possui mais osteoblastos e as fibras estão
bagunçadas, começa a deposição de sais minerais, fazendo
com que ocorra uma reorganização. Os vasos sanguíneos
e os nervos que se encontram fora da matriz, começam
a adentrá-la, ganhando um revestimento chamado de
canal de Havers.
 A matriz começa a se formar entre os vasos (matriz com
fibras sofre atração), sendo chamado de lamela, os
 Fibras colágenas organizadas em lamelas, sendo paralela
osteócitos começa, a se posicionar ao redor, se ligando
às outras:
com os vasos sanguíneos, fazendo com que se forme mais
uma camada de fibras colágenas, sendo cada volta uma  sistema de Havers: camadas concêntricas em torno
lamela. Após isso, começa a deposição de sais minerais, de vasos e nervos (canal de Havers, passagem do vaso
tornando-se um osso maduro. sanguíneo) -> diáfise de ossos longos.
 canais longitudinais que alojam os vasos sanguíneos e
os nervos.
 canais de Volkmann: canais transversais que
 TECIDO ÓSSEO IMATURO, PRIMÁRIO OU
NÃO LAMELAR: composto por matriz orgânica
permitem a comunicação entre os canais de Havers.
desorganizada e menor deposição de íons.  Para iniciar a organização das fibras e macromoléculas, os
 TECIDO ÓSSEO MADURO, SECUNDÁRIO OU vasos sanguíneos e nervos penetram na medula óssea, os
LAMELAR: organização das fibras de forma
quais também estão revestidos (canais de Havers e
concêntrica, deposição maior de íons e presença de canais Volkmann).
que revestem vasos sanguíneos e nervos.  Fibras colágenas e macromoléculas se organizam em
lamelas ao redor do canal de Havers e entre elas tem a
substância cimentante (matriz com pouco colágeno) onde
os osteócitos se alojam.
 Primeiro tecido ósseo a se formar, não possui lamelas,
sem organização das fibras e macromoléculas, sendo  Conjunto é chamado de SISTEMA DE HAVERS.
substituído gradativamente pelo tecido ósseo lamelar  Camadas concêntricas de fibras colágenas,
(organizado) ou secundário. macromoléculas e osteócitos, tudo coberto pela matriz
 características: fibras colágenas desorganizadas e inorgânica e organizado em torno de vasos e nervos
pouca quantidade de minerais. (canais de Havers e de Volkmann).
 O tecido ósseo primário pode permanecer como primário  Periósteo e endósteo permanecem revestindo a matriz
ou continuar o desenvolvimento e originar o secundário ou ósseo, agora organizada nos sistemas de Havers.
lamelar.
 Adultos: presente próximo às suturas dos ossos do
crânio, alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção
de tendões.

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 Presente nas cavidades dos ossos esponjosos e no canal
medular da diáfise dos ossos longos.
 Animais jovens: coloração avermelhada (hemácias).
 Animais idosos: coloração amarelada (presença de tecido
adiposo).

 Ossos esponjosos e ossos compactos (corticais).

 Epífise (extremidade): osso esponjoso + delgada


camada compacta.
 Diáfise (parte cilíndrica): maior parte osso
compacto.

 Centro esponjoso com camada periférica compacta.

 Duas camadas externas compactas e meio esponjoso.

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 Células osteogênicas se diferenciam em osteoblastos e
inicia a formação da matriz óssea jovem sob os tabiques,
 Manutenção da forma enquanto crescem: ao mesmo que será substituída pela lamelar em seguida.
tempo que forma novo tecido ósseo, ocorre reabsorção  Pericôndrio origina periósteo e algumas células migram
parcial do tecido já formado, assim o osso cresce para a região interna formando endósteo.
mantendo sua forma.
 Fraturas: periósteo e endósteo respondem com intensa
proliferação celular que contorna a fratura, osteoclastos  Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo.
degradam a matriz danificada e nova matriz é produzida
 Forma o osso frontal, parietal e partes do occipital,
pelos osteoblastos.
temporal e maxilares.
 Contribui para o crescimento dos ossos curtos.
 O local em que a ossificação começa é chamado centro
 2 tipos: de ossificação primário.
1. ENDOCONDRAL: a partir de um molde de cartilagem  A partir de feixes de tecido conjuntivo - centro de
hialina e; ossificação primário:
2. INTRAMEMBRANOSA: a partir de uma membrana  células mesenquimais se diferenciam em células
de tecido conjuntivo. osteogênicas, que se diferenciam em osteoblastos,
produtores da matriz óssea jovem (osteóide).
 ocorre organização das fibras em lamelas, entrada de
 Ocorre sob uma peça menor de cartilagem hialina. vasos sanguíneos e nervos do centro de ossificação
 Formação de ossos longos e curtos. primário e mineralização.
 Formação do esqueleto no desenvolvimento embrionário.  Formação de osso maduro ou lamelar (processo de
formação do osso jovem para maduro).
 Cartilagem hialina sofre modificações que causam
hipertrofia nos condrócitos, redução da matriz  O feixe de tecido conjuntivo origina o periósteo e algumas
cartilaginosa a tabiques, mineralização e morte dos células migram compondo o endósteo.
condrócitos.  Vários pontos de início se formam no centro de
 Lacunas dos condrócitos são invadidas pelos vasos ossificação primária, ocorre encontro das partes em
sanguíneos e células osteogênicas, provenientes do formação, gerando o aspecto esponjoso.
pericôndrio.

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 Realiza a contração, possui origem na mesoderme,
durante a diferenciação celular junto com a formação das
proteínas filamentosas.
 Diferenciação ocorre pela síntese de proteínas
filamentosas concomitantemente ao alongamento das
células.
 Dentro das células musculares temos filamentos de actina
e miosina, a organização desses filamentos citoplasmáticos
de proteínas contráteis fazem com que as células
musculares sejam alongadas, gerando força para a
contração desse tecido.
 Altamente vascularizado e inervado.
 PROTEÍNAS FILAMENTOSAS: actina, miosina,
troponina e tropomiosina.

 Realizar contração envolvida no movimento do corpo em


conjunto ao tecido ósseo que compõe o esqueleto.
 Movimento peristáltico dos órgãos do trato digestório.
 Auxilio na propulsão do sangue nas artérias, retorno do
sangue nas veias, auxilio no deslocamento da linfa.
Características
 Suporte e resistência em órgãos como útero no período
gestacional, vesícula urinária, vesícula biliar.
 Cilíndricas.
 Multinucleadas.
 Altamente vascularizado e inervado.  Núcleos periféricos.
 Células alongadas com filamentos citoplasmáticos de  Longas (cerca de 30 cm).
proteínas contráteis – geram força para a contração
desse tecido.  Presença de estrias transversais.

 Presença ou ausência de sarcômeros que formam estrias


e localização no corpo.
 Divididos em 3 grupos:
1. MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – ligado
ao esqueleto (início do trato digestório e esfíncter).  Alternância de cor devido a presença de actina e miosina,
só actina ou só miosina.
2. MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – coração.
3. MUSCULAR LISO – órgãos (exceto o coração).

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 Células musculares se organizam em feixes e vários feixes
de agrupam formando o músculo.
 Apresenta 3 tipos de revestimentos: endomísio, perimísio
e epimísio.
 Contração rápida, vigorosa e controle voluntário.
 O efeito estriado está relacionado com a quantidade de
proteínas e a sua proporção, ou seja, a faixa escura é
quando temos a actina e a miosina. Revestimentos

 Esse tecido está ligado aos ossos, mas também é  EPIMÍSIO: envolve o músculo todo e protege os
encontrado na língua e na primeira porção do esôfago. músculos do atrito contra outros músculos e ossos.
 Suas células são longas (podendo ter até 30cm), são  tecido conjuntivo denso modelado.
cilíndricas e multinucleada, seus núcleos estão localizados
 PERIMÍSIO: envolve os feixes musculares para
na periferia, apresentando estrias.
proteger e manter as fibras organizadas potencializando
 Sua contração é voluntária, vigorosa e rápida, suas estrias a ação muscular.
são transversais.  tecido conjuntivo denso não modelado.
corte longitudinal
 ENDOMÍSIO: envolve e protege cada célula ou fibra
muscular.
 tecido conjuntivo frouxo.
corte transversal

 sarcolema: membrana plasmática.


 sarcoplasma: citoplasma.
 retículo sarcoplasmático: retículo endoplasmático
liso.
 sarcossomas: mitocôndrias.
 Cada célula é uma fibra muscular, o conjunto de
fibras musculares é um feixe/fascículo
muscular, o conjunto de feixes musculares forma o
músculo.

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Tipos de fibras no tecido muscular
estriado esquelético

 2 tipos: Fibras Vermelhas (Tipo I) e Fibras Brancas (Tipo


II).
 Diferença na quantidade de mioglobina presente.
 A mioglobina é uma hemoproteína, que pode guardar
oxigênio sendo muito necessária em músculos que tem alta
atividade necessitando de grande consumo de oxigênio.
 A mioglobina, quando ligada ao oxigênio, possui coloração
vermelho-escura, o que dá a cor característica aos
músculos.
 proteína com grupo heme – transporte de O2.

FIBRAS VERMELHAS OU DO TIPO I


 Ricas em mioglobina em seu sarcoplasma (citoplasma).
 Contração lenta e continua usando a glicose e ácidos
graxos como fonte de energia.
 São fibras menores com numerosas mitocôndrias, o que
garante um bom rendimento energético aeróbio.

FIBRAS BRANCAS OU DO TIPO II


 Pobres em mioglobina.
 Contração rápida descontinua. Devido ao pequeno número
de mioglobina, pouco O2 é guardado, sendo liberado para Características
a mitocôndria.
 2 subclasses: IIa, que são rápidas e resistentes a fadiga
e IIb, que são rápidas, porém acumulam ácido lático  Conhecidos como miócitos.
rapidamente o que causa fadiga e dor muscular. As fibras
musculares IIb podem ser chamadas de fibra mista, ou  Tamanho médio.
intermediária.  Presença de estrias.
 São ramificadas.
 1 ou 2 núcleos centrais.
 Presença de disco intercalar.

 Localizada no coração, suas células ou miócitos são mais


curtas que as fibras estriadas esqueléticas, sendo
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adaptadas para formar a maior parte do coração. Possui
estrias transversais, suas células são alongadas e
ramificadas, unidas por meio dos discos intercalares, seus
núcleos são centrais, contendo de 1 a 2 núcleos por
miócito, seu tamanho é intermediário.
 A contração é rítmica, voluntária e vigorosa.
 Apresenta endomísio e perimísio, mas o epimísio é
ausente.
 Localizado no miocárdio (camada intermediária da parede
do coração).
 Presença de junções comunicantes - auxilia na propagação
do potencial de ação.
 É o músculo mais forte do corpo, com junções
comunicantes auxilia na propagação do potencial de ação.

Função do disco intercalar

 Realiza a união entre as ramificações, auxilia na troca


rápida de íons, característico e essencial para que o
Características
coração tenha uma contração rítmica.
 Os discos intercalares fazem a conexão elétrica entre
todas as células do coração. Assim, se uma célula receber
 Fusiformes (pequenas).
um estímulo suficientemente forte, ele é transmitido a
todas as outras células daquela região e os átrios ou os  Sem estrias.
ventrículos se contraem.  1 núcleo central.
 Essa transmissão do estímulo é feita por canais de  Sem ramificação.
passagem de água e íons entre as células, que facilita a
 Com proteínas contrateis, mas que não se organizam nos
difusão do sinal iônico entre uma célula e outra,
sarcômeros.
determinando a onda rítmica de contração das células.
 Os discos intercalares possuem estruturas de adesão
entre as células que as mantém unidas mesmo durante o
vigoroso processo de contração da musculatura cardíaca.

 Contração lenta e involuntária, ocorrendo aos poucos, com


movimentos peristálticos (trato digestório).
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 Presente nos órgãos.
 REVESTIMENTO: somente endomísio (fibras
reticulares).
 Os filamentos ficam ao redor das células, na borda da
membrana plasmática.
 Células dispostas em camadas na parede do tubo digestivo,
vasos sanguíneos, útero, etc, sendo revestidas e unidas
por uma rede delicada de fibras reticulares.
 A fibra muscular lisa, além da capacidade contrátil, pode
sintetizar fibras colágenas, elásticas e proteoglicanas,
neste caso seu retículo endoplasmático rugoso é bem
desenvolvido.
 Cada célula do tecido muscular liso é envolvida por um
revestimento constituído por uma rede de filamento de
proteínas e fibras reticulares, chamado de endomísio.
 Ausência de perimísio e epimísio.

Fibra muscular lisa


 O sarcômero é o conjunto de proteínas filamentosas
 Capacidade contrátil. organizadas.
 Síntese de colágeno, elastina e proteoglicanas (REG  PROTEÍNAS:
desenvolvido).
 actina + troponina C, I, T + tropomiosina (filamento fino).
 Responsável por movimentos peristálticos – contrações
lentas e involuntárias em ondas que deslocam o alimento  miosina (filamento grosso).
pelo sistema digestório. sarcômero miofibrila (sequência de sarcômeros) célula
muscular (dentro têm várias miofibrilas).

 Região que só tem actina é chamada de banda I que é


dividida na linha Z, a linha Z divide a parte da contração
que a banda I vai puxar.
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 Região que tem actina e miosina é a banda A, região
que faz a contração.
 Não pode ter o potencial passando na mesma velocidade,
 Banda H é a região que não possui proteínas, região ele passa mais rápido fazendo com que a contração seja
que diminui na contração. rítmica. Abre o canal de sódio e o canal que troca sódio e
cálcio, o cálcio entra mais rápido.
 O disco intercalar faz com que o potencial de ação seja
10x mais rápido. O sódio ativa o túbulo T mandando um sinal
para liberar o cálcio, a função do disco intercalar é
espalhar o potencial.

 A contração é dependente de cálcio, pois o cálcio faz com  Contração lenta, uma célula contrai, relaxa e estimula a
que a troponina saia de cima da actina, permitindo que a seguinte. Não possui sarcômero, apenas a actina e miosina.
miosina se encaixe na cabeça da actina, portanto, a
troponina impede a contração, o cálcio tira a troponina e
joga ela para o lado.

 O cálcio é armazenado no alvéolo (dobra da membrana


plasmática), as miosinas estão soltas no citoplasma, junto
com a miosina tem a enzima quinase, cuja função é fazer
a miosina formar um filamento.
 O encontro da terminação nervosa com a célula pelo  O estímulo chega na primeira célula muscular lisa, a célula
sarcolema resulta na formação da placa motora. Começa recebe o estímulo e faz com que o cálcio que está dentro
a ocorrer uma troca de íons de sódio através das do cavéolo seja jogado no citoplasma, o cálcio se liga com
substâncias liberadas pela terminação nervosa. a calmodulina. A actina que está na borda vai para o meio
 O potencial de ação faz com que o estímulo passe pela do citoplasma e as miosinas começam a formar um
filamento, o filamento de desmina e vimentina começa a
célula, abrindo e fechando o canal de sódio, a passagem
puxar a célula, o corpo denso é estimulado pela passagem
de cálcio ocorre através do túbulo T.
da actina e miosina nele.
 O cálcio possui afinidade com a troponina, se ligando para
deixar a cabeça da actina livre. Toda a cabeça de miosina  A célula contra tanto que por estímulo o cálcio se desliga
da calmudolina relaxando, não gasta ATP.
tem uma molécula de ATP, o magnésio (Mg+) quebra o ATP
liberando energia para que ocorra a contração.
 Para relaxar vem um ATP que se liga na cabeça da miosina,
promovendo o relaxamento. Quando para de chegar
estímulo, o cálcio é guardado no retículo endoplasmático
gastando ATP.
 A substância química causa uma despolarização, fazendo
com que o sódio passe estimulando o túbulo T que estimula
o retículo endoplasmático liberando o cálcio. As células
musculares possuem mais mitocôndrias, a contração gasta
energia, o relaxamento não gasta.
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O tecido nervoso se interliga em uma rede, formando o
sistema nervoso que se divide em: Sistema Nervoso
Central (SNC) que é composto pelo encéfalo e medula
espinhal, e, o Sistema Nervoso Periférico (SNP)
constituído por nervos (prolongamentos de neurônios) e
gânglios (agregados de neurônios).
SNC: encéfalo e medula espinal.
SNP: nervos e gânglios nervosos.
SNE: gânglios no trato digestório.

Arquitetura em forma de rede (sua organização), pois um


neurônio fica ligado a outro neurônio, sendo sustentado
Detectar, analisar e transmitir informações geradas pelos pelas células da glia.
estímulos sensoriais representados por calor, luz, etc. As células da glia com as proteínas formam um
Organizar e coordenar o funcionamento de muitas microambiente.
funções do organismo (motoras, viscerais, endócrinas e O NEURÔNIO é composto por: dendritos, axônio, corpo
psíquicas). celular ou pericárdio, núcleo, vesículas sinápticas e
Estabilizar pressão sanguínea, tensão de O2 e CO2, teor terminações de axônio.
de glicose, de hormônios, de pH do sangue e padrões de
comportamento como a alimentação, reprodução, defesa
e interação com outros seres vivos.

Apresenta dois tipos de células, as neuroglias ou células


da glia (são células auxiliares) e os neurônios (são as
células principais, as células nervosas). As neuroglias são Os nervos são formados por agrupamentos de
compostas pelo astrócito, micróglia e oligodendrócito. axônios/fibras/prolongamentos. Os gânglios são
agrupamentos de corpos celulares/corpos de neurônios.

Os neurônios são a unidade básica de processamento


de informações, recebendo e transmitindo-as, são
especializados na condução do impulso nervoso.
Responsável pelas funções exclusivas do SNC, como
reconhecer, atividade muscular, regulação de secreções
glandulares, etc.
Para que o neurônio consiga atuar, precisa das neuroglias
favorecendo um microambiente bom, as proteínas que
constituem o neurópilo são produzidas pelo neurônio.

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As neuroglias ocupam os espaços entre os neurônios, O hipotálamo está localizado sob o tálamo (tamanho de
suas funções são: sustentação, revestimento ou isolamento, grão de ervilha), realiza a regulação do equilíbrio interno do
modulação da atividade neuronal, nutrição e defesa. organismo (temperatura corporal, apetite, sede, excesso
ou falta de água no corpo, pressão sanguínea, raiva,
instinto sexual, medo, ciclo menstrual e controle de
hormônios da hipófise).
O tronco encefálico é composto por mesencéfalo, ponte
e bulbo raquidiano.
 o mesencéfalo está localizado ao lado do tálamo e
hipotálamo, responsável pelos reflexos visuais e
auditivos.
Dividido conforme a sua organização em duas regiões:
 o bulbo raquidiano constituído
1. SUBSTÂNCIA BRANCA: mais interna, é constituída
por axônios ou prolongamentos do neurônio, células da glia por regiões que controlam funções vitais (ritmo
e bainha de mielina. cardíaco, vasoconstrição, respiração e etc).
 a ponte é o centro de retransmissão de impulsos
2. SUBSTÂNCIA CINZENTA: localizada no córtex,
sendo mais externa. É composta por axônios ou (fibras nervosas que se unem ao cerebelo e ao córtex
prolongamentos, células da glia e corpo celular. É a região cerebral).
do processamento das informações.
O axônio é formado pelo citoplasma com uma menor
quantidade de organelas.

O cerebelo atua na coordenação de movimentos do corpo,


equilíbrio, manutenção da postura e tônus muscular, o
cerebelo se liga ao córtex cerebral medula espinhal e
tronco encefálico por inúmeras fibras nervosas.

Se dividem em três tipos:


1. Neurônio unipolar.
2. Neurônios bipolares.
3. Neurônios multipolares.
O tálamo é a estrutura que recebe impulsos dos órgãos
os sentidos (exceto o olfato) e os transmite ao córtex,
região de interpretação. Informações provenientes do
córtex passam pelo tálamo e seguem para a medula ou Não possuem dendritos, sendo constituídos apenas pelo
para o tronco encefálico. corpo celular e um axônio, são pouco frequentes, porém
são encontrados nas células sensoriais da retina (auxilia na

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visão) e mucosa olfatória (auxilia na percepção do cheiro, NEURÔNIOS SENSORIAIS: recebem estímulos
ficam no revestimento do focinho). sensoriais do meio e do próprio organismo.
Conhecido como INTERNEURÔNIOS: conectam neurônios, formando
um complexo.
NEURÔNIOS MOTORES: controlam órgãos
efetores, como as glândulas exócrinas e endócrinas e
fibras musculares.

Dendritos

Recebem o estímulo e transmite para o corpo celular a


informação, possui um aspecto/processo arboriforme,
estão inseridos no corpo celular.
Possuem um dendrito, um corpo celular e um axônio. Prolongamentos com função de receber estímulos do meio
São frequentes nas estruturas sensoriais (retina e de células epiteliais sensoriais e/ou de outros neurônios.
mucosa olfatória). É o primeiro local de processamento dos sinais – impulso
Também conhecido como . nervoso, sendo especializado em receber estímulos, altera
o potencial de repouso da membrana plasmática.

Corpo celular ou pericárdio

Possuem um corpo celular, vários dendritos e um Núcleo circundado pelo citoplasma, é o centro metabólico,
axônio. Constituem a maioria dos neurônios do tecido sendo o centro de controle do neurônio, é a parte mais
importante, também tem função receptora e integradora
nervoso.
de estímulo de outras células nervosas.

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Axônio

É um processo único, longo (seu comprimento varia


conforme a região) e fino, emerge do corpo celular
através do cone de implantação, realiza a propagação dos
sinais, sendo especializado na condução de impulsos
nervosos para outros neurônios, fibra muscular, células
glandulares e o axônio pode apresentar a mielina.
Seu citoplasma é pobre me organelas e seu tamanho é
variável.
moléculas proteicas sintetizadas
no corpo celular migram pelo axônio.
traz moléculas diversas para o
Potencial de ação
corpo celular.
É a maneira na qual os neurônios comunicam-se entre si.
Extremidade ou terminações do axônio O impulso nervoso só ocorre quando acontece um
potencial de ação, o sódio que está fora começa a entrar
Possui a vesícula sináptica contendo neurotransmissores no citoplasma do axônio causando uma despolarização e
(substâncias químicas) que fazem o estímulo ativando o o potássio que está dentro, sai causando uma
neurônio seguinte. repolarização, resultando na propagação do impulso
nervoso.
O estímulo chega através das trocas de íons ativando as
vesículas sinápticas, fazendo com que os
neurotransmissores passem a informação para o dendrito
seguinte.
O potencial de ação depende que a membrana plasmática
esteja em repouso e a presença de canais iônicos, os
canais iônicos permite a difusão de íons específicos
através da membrana plasmática, indo do local mais
concentrado para o menos concentrado, sendo uma
bomba para troca de íons.
(membrana plasmática do axônio) bombeia
sódio (Na+) para fora do citoplasma e (K+) potássio, é
mantida alta dentro do citoplasma e baixa no meio externo,
forma-se uma diferença de potencial de -65 mV =
potencial de repouso da membrana.

POTENCIAL DE REPOUSO
Quando não está recebendo o estímulo.
Possui alta quantidade de potássio dentro e grande de
sódio fora. O potencial +30 mV fecha os canais iônicos
tornando a membrana impermeável, os canais de K+ altera
a concentração de íons e o potencial volt ao de repouso (-
65 mV), isso possui uma duração de 5 ms.

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Para cada neurônio tem aproximadamente 10 células da
glia.

Sinapse
Possui 5 tipos:
Passagem do neurotransmissor para o neurônio seguinte. SNC SNP
oligodendrócito células de Schwann
Fenda sináptica
astrócitos células satélites
É o espaço entre um neurônio e o outro, sendo o local micróglia
onde ocorre a sinapse.
A resposta é feita através de outro neurônio, podendo Oligodendrócitos (SNC) e células de
estimular o músculo. Schwann (SNP)

Neurotransmissores Produtores da mielina (lipídio) que origina a bainha de


mielina, envolvendo os axônios, faz a condução de impulsos
É o sinal químico, são substâncias carregadas em vesículas nervosos saltatório em axônios, com a bainha de mielina
sinápticas terminais nos axônios, próximo ao seu sítio de normal.
liberação. Possui dois tipos de mielina: fibras nervosas amielínicas e
Composta por acetilcolina, serotonina, GABA e etc. fibras nervosas mielínicas.
Sua função é transmitir informação do neurônio para o
músculo, do neurônio para glândulas e do neurônio para
neurônio.

Possui um tamanho menor, sendo um microambiente para


os neurônios, realiza o auxílio e a sustentação do neurônio.
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Forma estrelada, são células de sustentação se perdendo
no axônio, vasos sanguíneos e pia-máter.
Controlam a composição de neurópilo (fina rede de fibrilas
nervosas existentes na substância cinzenta nervosa).

ASTRÓCITOS FIBROSOS
Localizados na substância branca, prolongamentos menos
numerosos e mais longos.
FIBRAS NERVOSAS AMIELÍNICAS
Axônios de pequeno diâmetro com uma única dobra de
mielina, propagação lentar, é o conjunto do axônio mais
uma volta da bainha de mielina.

ASTRÓCITOS PROTOPLASMÁTICOS
Localizados na substância cinzenta, seus prolongamentos
são mais numerosos e mais curtos.
Condução nervosa velocidade mais baixa.
FUNÇÕES
FIBRAS NERVOSAS MIELÍNICAS
Sustentação.
Envoltórios concêntricos da bainha de mielina, a Controle da composição do neurópilo (fina rede de fibrilas
propagação é mais rápida porque o potencial só passa nas nervosas existentes na substância cinzenta nervosa).
regiões onde não tem a bainha de mielina, os pontos que
não tem mielina recebe o nome de nódulo de Ranvier,
Micróglia
isso faz com que o impulso seja saltatório.
Possui núcleos pequenos e alongados, são monócitos,
realizando fagocitose quando viram micróglias.
Veio do sistema fagocitário mononuclear do SNC,
participam da inflamação e reparação do SNC.

Astrócitos
Células ependimárias

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Ciliadas. 1. Camada molecular: apresenta prolongamentos e
Células epiteliais colunares. células da glia, é a mais externa.
Movimento do líquido cefalorraquidiano. 2. Camada de Purkinje: onde está localizados os maiores
neurônios do corpo é a camada intermediária.
Revestem ventrículos e canal central da medula espinal.

3. Camada granulosa: muitos corpos celulares e


Axônios (prolongamentos), células da glia e bainha de pequenos, possui prolongamentos e células da glia, é a
mielina. camada mais interna, ficando em contato com a
substância branca.

Axônios (prolongamentos), células da glia e corpos


celulares.
No cérebro e no cerebelo a substância cinzenta é externa
e a substância branca é interna.
Na medula espinhal a substância cinzenta é interna
formando uma borboleta, a substância branca é externa.
No cérebro e na medula espinhal a constituição da
substância branca e da substância cinzenta é igual, no
cerebelo a substância cinzenta é em camadas, com uma SUBSTÂNCIA BRANCA: sem corpos de neurônios,
divisão. com prolongamentos e com células da glia.
Possui função de equilíbrio do corpo.

A SUBSTÂNCIA CINZENTA (córtex) é dividida em 3


camadas:

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Localizada no interior da coluna vertebral, revestida pelas A dura-máter é uma continuação do periósteo.
meninges e composta por nervos espinhais.
Mediadora de informações, produção de estímulos
simples, que permite rápida reação do animal (antes que a
informação chegue ao cérebro - retirar a pata do chão
quente).
No meio da substância cinzenta tem o canal medular com
o líquido cefalorraquidiano (LCR), possui um revestimento
de células epiteliais, chamadas de células ependimárias ->
são células de proteção para que o líquido
cefalorraquidiano não entre em contato com a substância
cinzenta.

Dura-máter

É a mais externa, formada por tecido conjuntivo denso


não modelado com um epitélio de revestimento simples
medula espinal substância branca e substância cinzenta pavimentoso.
canal medular = LCR revestido por células epiteliais
colunares ciliadas células ependimárias.

As células ependimárias são células epiteliais colunares Aracnoide


com cílios, auxilia no movimento do líquido cefalorraquidiano,
revestem ventrículos e o canal central da medula espinal. O líquido cefalorraquidiano fica na aracnoide, cuja função
é a proteção, absorvendo os impactos.
É constituído de duas partes, uma delas fica em contato
Membranas de tecido conjuntivo que envolvem e protege com a dura-máter sendo uma membrana de conjuntivo, a
a caixa craniana e o canal vertebral. outra parte é constituída de traves que ligam a aracnoide
a pia-máter, a cavidade entre as traves é chamado de
São elas: dura-máter, aracnoide e pia-máter. espaço subaracnóide, local que fica o LCR.
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Se comunica com os ventrículos, exerce a função de É uma dobra da pia-máter, sendo rica em capilares e se
proteção hidráulica contra traumas. projetam para o interior do ventrículo, seu epitélio simples
cúbico produz e secreta o LCR.


Pia-máter
Também conhecido como líquor, possui uma grande
Formado por tecido conjuntivo denso não modelado, é quantidade de linfócitos (células de defesa), baixa
altamente vascularizado sendo que os vasos sanguíneos quantidade e com raras células de descamação, contém
ficam na borda, por estar mais próximo do tecido nervoso. de 2 a 5 linfócitos por mL com uma produção contínua, a
absorção também é contínua, no SNC não existe vasos
linfáticos e o LCR é absorvido pelas vilosidades (dobras)
aracnoides.

Função

Proteção contra traumatismos no SNC.


Proporciona ao encéfalo um suporte contra a pressão na
caixa craniana.
Nutrição do encéfalo (pequena quantidade).
Elimina os metabólitos do SNC.
Serve como via para as secreções chegarem a glândula
hipófise.
Permite o diagnóstico de doenças neurológicas e
constituem uma via de entrada para a anestesia epidural.

Formado por:
 nervos: (fibras nervosas – axônio e bainha de mielina):
É uma barreira funcional que diminui o diâmetro dos grupos de prolongamentos, possuem muitas células de
capilares sanguíneos afim de tentar proteger o tecido Schwann.
nervoso, dificulta a passagem de antibióticos, agentes  gânglios: tem corpos de neurônios fora do SNC,
químicos e toxinas do sangue para o tecido nervoso. presença das células satélites e prolongamentos.
Possui cinco junções oclusivas nas células epiteliais, o  terminações nervosas.
astrócito se liga no vaso para aumentar a proteção.
 célula da glia: a célula satélite é igual ao astrócito
no SNC, realizando a sustentação do corpo celular, a

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célula de Schwann é igual ao oligodendrócito no SNC,  epineuro: reveste o nervoso, formado por tecido
produzindo a mielina. conjuntivo denso não modelado.
Entre o perineuro e epineuro pode aparecer tecido
adiposo.

São agrupamentos de fibras nervosas, sendo formado


por fibras mielínicas. Se dividem em: sensoriais, motores e
mistos.
 nervos sensoriais/sensitivo: só tem fibras de
neurônios aferentes.
 nervos motores: só tem fibras de neurônios eferentes,
levando a resposta.
 nervos mistos: fibras aferentes e eferentes.

Sua composição possui as fibras nervosas (axônio + bainha


de mielina), tecido adiposo e tecido conjuntivo. Seu
revestimento é:
 endoneuro: reveste as fibras nervosas, formado por
tecido conjuntivo frouxo.
Agrupamentos de neurônios fora do SNC, estão ligados
 perineuro: reveste os feixes de fibras, formado por aos nervos e todo o gânglio posteriormente originará um
tecido conjuntivo denso não modelado. nervo, predomínio de corpos de neurônio. São revestidos

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por epineuro (cápsulas de tecido conjuntivo denso não
modelado).
Possui corpos celulares + células satélites +
prolongamentos, sendo mais encontrado nos órgãos.

Com base na sua estrutura e função, o sistema nervoso


periférico pode ainda subdividir-se em duas partes: o
sistema nervoso somático e o sistema nervoso
autônomo ou de vida vegetativa.
As ações voluntárias resultam da contração de músculos
estriados esqueléticos, que estão sob o controle do
sistema nervoso periférico voluntário ou somático.
Já as ações involuntárias resultam da contração das
musculaturas lisa e cardíaca, controladas pelo sistema
nervoso periférico autônomo, também chamado
involuntário ou visceral.
O SNP VOLUNTÁRIO OU SOMÁTICO tem por
função reagir a estímulos provenientes do ambiente
externo. Constituído por fibras motoras que conduzem
impulsos do sistema nervoso central aos músculos
esqueléticos. O corpo celular de uma fibra motora do SNP
voluntário fica localizado dentro do SNC e o axônio vai
diretamente do encéfalo ou da medula até o órgão que
inerva.
O SNP AUTÔNOMO OU VISCERAL: tem por
função regular o ambiente interno do corpo, controlando
a atividade dos sistemas digestório, cardiovascular,
excretor e endócrino. Contém fibras nervosas que
conduzem impulsos do sistema nervoso central aos
músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração.

Abrange o sistema vascular sanguíneo e o sistema O sistema vascular sanguíneo é diferente dos vasos
linfático. linfáticos, é constituído pelo coração, artérias, vasos
O sistema linfático é constituído pelos vasos linfáticos capilares e veias.
(veias linfáticas e capilares linfáticos), esse sistema Os vasos linfáticos vão até o coração.
recolhe o que foi perdido pelos vasos sanguíneos,
auxiliando o sistema circulatório.

CORAÇÃO: órgão com função de bombear o sangue


pelos vasos sanguíneos.
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ARTÉRIAS: uma série de vasos que se tornam maiores vasos de microcirculação: vasos delgados que
à medida que se ramificam. Função de transportar o realizam as trocas com os tecidos.
sangue com nutrientes e oxigênio do coração aos tecidos.  arteríolas, capilares e vênulas.
VASOS CAPILARES: vasos delgados que formam uma rede
Sangue arterial é carregado de gás oxigênio, o
complexa de tubos finos. Por suas paredes ocorre trocas
sangue venoso é carregado de gás carbônico.
entre o sangue e os tecidos adjacentes.
O vaso sanguíneo realiza o transporte de sangue a as
VEIAS: resultam da convergência de vasos capilares em
trocas gasosas.
um sistema de canais mais calibrosos (próximo ao coração).
Sua função é o transporte de sangue provenientes dos A parede dos vasos é formada pelo e
tecidos. quantidades variáveis de
.
A associação dos tecidos forma as camadas ou túnicas
dos vasos sanguíneos.
A quantidade e a organização dos tecidos nos vasos têm
relação:
 fatores mecânicos: pressão sanguínea.
 fatores metabólicos: necessidade local dos tecidos.

coração artérias arteríolas capilares vênulas


Forma uma barreira semipermeável interposta entre dois
veias
compartimentos do meio interno: o plasma sanguíneo e o
O coração impulsiona o sangue para as artérias fluido intersticial.
(apresenta túnica média bem desenvolvida), esse sangue Diferenciado para mediar e monitorar ativamente as
é transportado pelas artérias que se ramificam em trocas bidirecionais de pequenas moléculas, e ao mesmo
arteríolas, onde posteriormente se ramificarão em tempo, restringir o transporte de macromoléculas.
capilares, cuja função é realizar a troca gasosa. As células endoteliais são funcionalmente diversas, de
acordo com o vaso em que está presente. Nos capilares,
Os capilares irão se fundir formando as vênulas que por exemplo, que são vasos de trocas de O2, CO2, H2O e
transportará o sangue para vasos maiores, que são as solutos, as células permitem ou não a passagem.
veias, fazendo com que esse sangue retorne ao coração,
as veias apresentam uma túnica adventícia bem
desenvolvida, com ausência de fibras elásticas.
Compõe os vasos sanguíneos com exceção das arteríolas
A é um conjunto de tecidos. e vênulas.
Sai de um grande vaso e vai se ramificando até os Presentes na túnica média, onde se organizam em
capilares, quando chega nos capilares começa a se fundir camadas helicoidais. Cada célula muscular lisa é envolta por
em vasos maiores. uma lâmina basal e quantidade variável de tecido conjuntivo.
A superfície interna de vasos linfáticos e vasculares Unidas por junções comunicantes.
sanguíneos é revestida por uma única camada de epitélio
de revestimento simples pavimentoso (ENDOTÉLIO).
vasos de macrocirculação: vasos calibrosos Os componentes do tecido conjuntivo variam de acordo
responsáveis pelo transporte de sangue aos órgãos e com as necessidades funcionais dos vasos em que estão
retorná-lo ao coração. presentes.
 artérias e veias.

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Fibras colágenas: abundante nas paredes dos vasos,
encontradas entre as musculares lisas, na túnica
adventícia.
Colágeno do tipo IV, III e I: são encontrados na
membrana basal, túnica média e adventícia
respectivamente.
Fibras elásticas: fornecem resistência ao estriamento
promovido pela expansão da parede dos vasos.
Predominam nas grandes artérias.
Substância fundamental: formam um gel heterogêneo nos
espaços extracelulares da parede dos vasos.

De modo geral os vasos sanguíneos apresentam as


camadas:
1. Túnica íntima: apresenta uma camada de células
endoteliais que reveste a superfície interna do vaso,
lâmina elástica interna (artérias). Está em contato com o
sangue e pode conter fibras elásticas.
 endotélio: epitélio simples pavimentoso.
 subendotélio: tecido conjuntivo frouxo.
2. Túnica média: constituída por camadas concêntricas de
células musculares lisas, fibras elásticas, reticulares e
proteoglicanas (não existe nos capilares sanguíneos).
 tecido conjuntivo frouxo.
 células musculares lisas.
 fibras ou lâminas elásticas (opcional) -> presentes nas
artérias.
3. Túnica adventícia: consiste principalmente em tecido
conjuntivo, com fibras colágenas e elásticas. Formada por
colágeno do tipo I e fibras elásticas. Presente em todas as
artérias e veias. Túnica íntima
 tecido conjuntivo frouxo. Camada de células endoteliais apoiada na camada de tecido
conjuntivo frouxo, a camada subendotelial – pode conter
ou não células musculares lisas.
Nas artérias a túnica intima é separada da túnica média
por uma fibra elástica interna, a qual é o componente mais
externo da íntima.

Túnica média

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Camadas concêntricas de células musculares lisas
organizadas. Interpostas entre as células musculares
ocorre quantidade variável de matriz extracelular,
formada por fibras elásticas e reticulares, proteoglicanas
e glicoproteínas.

Túnica adventícia

Formada por colágeno do tipo I e fibras elásticas.


Artérias musculares
Vasa vasorum
Possui um tamanho médio.
Também conhecido como vaso dos vasos. A com camada subendotelial mais
Em vasos grandes ocorrem a presença de capilares,
espessa do que nas arteríolas, a é
arteríolas e vênulas que se ramificam na túnica adventícia
e as vezes, na túnica média. Eles proveem a adventícia e formada por células musculares lisas (até 40 camadas).
a média de metabólitos, pois os vasos maiores as camadas Entre as células musculares pode-se ter número variado
são muito espessas para serem nutridos somente pela de lamelas elásticas formadas por fibras reticulares e
difusão a partir do sangue que circula no lúmen do vaso. proteoglicanas. A é formada
Muito comum em veias (mais do que em artérias – apenas por tecido conjuntivo frouxo.
recebem nutrição e O2 por difusão do sangue que circula Controlam o fluxo do sangue para os órgãos.
no lúmen do vaso).
Predomínio de células musculares lisas.
Inervação Se divide em: artéria muscular de maior calibre e
artéria muscular de menor calibre.
Vasos sanguíneos que tem músculo liso na parede é
geralmente provido por uma rede de fibras não mielínicas ARTÉRIA MUSCULAR DE MAIOR CALIBRE
de inervação.

Artéria elástica

São as grandes artérias elásticas.


Predomina as fibras elásticas, inclui a aorta e seus
grandes ramos, vasos de cor amarelada devido a elastina Possui duas fibras elásticas, uma entre a túnica íntima e
na túnica média. a túnica média, e a outra entre a túnica média e a túnica
adventícia.
A é rica em fibras elásticas e é
espessa. A é formada por muitas ARTÉRIA MUSCULAR DE MAIOR CALIBRE
lâminas elásticas perfuradas, concêntricas, entre as
fibras elásticas ficam as células musculares lisas, fibras
de colágeno, proteoglicanas e glicoproteínas. A
é pouco desenvolvida.
Auxilia na uniformidade do fluxo sanguíneo.

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Contém apenas uma fibra elástica entre a túnica íntima e Capilar fenestrado ou visceral
a túnica média.
Com grandes orifícios ou fenestras nas paredes das
Arteríolas células endoteliais, as quais são obstruídas por um
diafragma (é como uma membrana, porém é mais fina que
O diâmetro do lúmen começa a se estreitar. a membrana plasmática da própria célula).
Camada subendotelial delgada, lâmina elástica geralmente Com a presença do diafragma a velocidade de troca
ausente, a túnica média é formada por 1 ou 2 camadas de diminui, sendo uma velocidade intermediária.
células musculares lisas, desaparece a túnica adventícia. Encontrado em órgãos que necessitam de trocas rápidas
Começa a perder túnicas, realiza o transporte do sangue. de substâncias como o rim, o intestino e as glândulas
Túnica média e íntima finais. endócrinas.

Capilar fenestrado e destituído de


diafragma ou capilar fenestrado sem
Vasos capilares sofrem variação estrutural que os diafragma
adaptam a exercer os níveis de trocas metabólicas entre
o sangue e os tecidos. Suas células são descontínuas, onde o sangue só é
separado dos tecidos por uma lâmina basal espessa e
Formadas por 1 camada de células endoteliais que se contínua, favorecendo a troca rápida de água, íons, gases
enrolam em forma de tubo (possui apenas o endotélio). e etc.
Realiza as trocas gasosas, sua nutrição é feita pelo É característico de glomérulo renal, onde tudo que for
sangue. água e íons acaba saindo.
artéria elástica artéria muscular de maior calibre
artéria muscular de menor calibre arteríola capilar

Capilar sinusóide
Se divide em 4 tipos.
Com maior diâmetro, células endoteliais formando camada
Capilar contínuo ou somático descontínua e separada por espaços.
Com presença de macrófagos (células de Kupffer) entre
Ausência de fenestras em sua parede, possuindo células
as células endoteliais. Encontrados no fígado e em órgãos
na sequência, é o tipo mais comum, encontrado nos três
hemocitopoéticos (formadores de células do sangue) como
tipos de tecidos musculares, tecido conjuntivo e glândula
a medula óssea e o baço.
exócrina.

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Os capilares se anastomosam livremente, formando uma
rede que interconecta pequenas arteríolas com pequenas
vênulas. Formado originalmente de um vaso sanguíneo, o coração
também é constituído de três túnicas equivalentes às
O SANGUE RETORNA CARREGADO DE GÁS
CARBÔNICO! túnicas dos vasos sanguíneos:
1. Epicárdio: camada mais externa.
2. Miocárdio: camada mais espessa, tecido muscular
As vênulas pós-capilares é a transição do capilar para a estriado cardíaco (corresponde a túnica média dos vasos).
vênula, que ocorre gradualmente, sendo que a parede das
3. Endocárdio: camada mais interna.
vênulas é formada por apenas uma camada de endotélio,
elas podem ser de dois tipos:
Epicárdio
1. Vênulas pericíticas: participam em processos
inflamatórios e trocas de moléculas do sangue com o Camada constituída de tecido conjuntivo denso não
tecido. Apresenta apenas o endotélio, não realiza trocas modelado apoiado sobre a camada subepicárdica,
gasosas, possui a mesma constituição dos capilares, constituída de tecido adiposo unilocular.
porém com função diferente, conduz o sangue em direção A superfície do epicárdio é revestida por um mesotélio.
ao coração.
Tecido conjuntivo denso não modelado + epitélio simples
2. Vênulas musculares: possui uma túnica média e íntima pavimentoso (mesotélio).
finas. É a junção de várias vênulas pericíticas, apresenta
Tecido adiposo unilocular (subepicárdio).
o endotélio, tecido conjuntivo frouxo e algumas células
musculares lisas na parede.

O sangue que é coletado dos capilares e vênulas é


posteriormente coletado pelas veias, sendo classificadas
em pequenas, médias e grandes, contendo ao menos
algumas células musculares lisas em suas paredes.
A com uma camada subendotelial
fina formada por tecido conjuntivo (pode ser ausente).
A é formada por um pacote de
pequenas células musculares lisas entremeadas por fibras
reticulares e uma rede de fibras reticulares.
A é a mais espessa e bem
desenvolvida.
veias de pequeno calibre veias de médio calibre veias
de grande calibre (ex. veia cava).

A diferença entre elas é a quantidade de tecido e o


tamanho do lúmen que vai aumentando gradativamente. Miocárdio
Para auxiliar no retorno do sangue temos as válvulas,
possuem a mesma constituição da túnica íntima, cuja Tecido muscular estriado cardíaco em várias direções +
função é o fechamento para que o sangue não retorne. tecido conjuntivo frouxo.

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Característico ter vaso sanguíneo no meio. Camada mais
espessa, o músculo estriado cardíaco corresponde a
túnica média dos vasos.

Endocárdio

Reveste as cavidades do coração. Constituído de tecido


conjuntivo frouxo revestido por uma camada de endotélio.
Abaixo do endocárdio há uma camada subendocárdica,
é de espessura variável e às vezes seus limites com o
endocárdio não são muito nítidos, sendo difícil delimitar uma
camada da outra.
CAMADA SUBENDOCÁRDICA: tecido conjuntivo
com vasos sanguíneos, nervos e componentes do sistema
de condução de impulsos do coração (formado por fibras
musculares cardíacas modificadas, denominadas fibras de
Purkinje).
As fibras de Purkinje são células de diâmetro bastante
Tecido epitelial de revestimento simples pavimentoso
(endotélio).
Tecido conjuntivo frouxo. Toda a artéria que vai para a circulação sistêmica tem
sangue arterial e a veia sangue venoso, na circulação
Tecido conjuntivo frouxo + fibras de Purkinje pulmonar a artéria tem sangue venoso e a veia sangue
(subendocárdica). arterial.

 É um sistema de canais com paredes finas revestidas por  Filtra a linfa, tem grande quantidade de células de defesa
endotélio que coleta o fluido dos espaços intersticiais e o para que nenhum microrganismo entre em contato com o
retorna ao sangue. sangue, fazendo uma barreira.
 O fluido é a linfa que circula somente na direção do  Quando ocorre uma inflamação ou algum processo que
coração. irrite as células, fazendo com que elas sejam ativadas irá
 É constituído pelos linfonodos e vasos linfáticos, é auxiliar causar um leve inchaço.
ao sistema circulatório sanguíneo, recolhendo o sangue  Os vasos linfáticos vêm da periferia do corpo até próximo
que foi extraviado ao longo do trajeto dos vasos ao coração, ausente na medula óssea e no sistema
sanguíneos. nervoso, possuem um ponto cego.
 Muitas vezes as moléculas, os íons, as proteínas e outros  É dividido em dois tipos: capilares linfáticos e veias
constituintes, durante a troca gasosa, o líquido extravasa linfáticas.
para o espaço intersticial, o vaso linfático serve para
recolher o que se encontra no meio dos tecidos, o conjunto
do que é recolhido é chamado de linfa, desembocando
na veia subclávia ou jugular (veia próxima ao coração). O  Encontrados na extremidade do corpo, pequenos vasos
sistema linfático recolhe e redefine o caminho. com fundo/ponto cego, que consiste em uma camada de
endotélio e uma lâmina basal incompleta.

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 São mantidos abertos devido inúmeras microvilosidades
elásticas, que se ancoram em tecido conjuntivo que os
envolve.
 Os vasos linfáticos convergem gradualmente e terminam
em dois grandes troncos – ducto torácico e ducto
linfático direito, que desembocam na junção das veias
jugular, subclávia direita e esquerda.
 São encontrados em quase todos os órgãos, exceto:
sistema nervoso central e medula óssea.

 Semelhante as veias, exceto por serem mais finas e não


apresentarem separação clara entre as túnicas (íntima,
média e adventícia). Com várias válvulas em cada vaso.
 endotélio, subendotélio, tecido conjuntivo frouxo, células
musculares lisas e tecido conjuntivo frouxo.
 A circulação da linfa tem auxilio por forças externas –
contração dos músculos estriados esqueléticos
circunjacentes das paredes.
 A contração rítmica da musculatura lisa da parede das
veias linfáticas maiores ajuda a impulsionar a linfa na
direção do coração.
 Capilares finos – médios e veias linfáticas.  São órgãos encapsulados espalhados pelo corpo, sempre
 e . no trajeto dos vasos linfáticos. Formato de rim com
presença de hilo (artérias e veias)
 Medem de 1mm a 1-2 cm de comprimento.
 SUSTENTAÇÃO: fibras reticulares.
 Circulação linfática unidirecional.
 Presença de linfócito T e B -> são produzidos na medula
óssea, o B vem da medula óssea e o T fica maduro no
timo, o B tem papel periférico e podem produzir
anticorpos, o mais efetivo é o T.
 Morfologia parecida com a das veias. Possui parede mais
delgada sem separação nítida entre as túnicas íntima,
média e adventícia (válvula - seta curta).

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 Constituída por cordões medulares, com linfócitos B.
 As fibras e células reticulares (síntese e secreção de
colágeno que se organiza sob forma de fibras reticulares,
importantes estruturas que mantém a arquitetura do
órgão), apresenta macrófagos.
 Os seios medulares separam os cordões medulares que
recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se com
os vasos linfáticos eferentes - linfa sai do linfonodo.

cordões
medulares

seios
medulares

Cápsula

 Tecido conjuntivo frouxo.

Região cortical/córtex

 Se divide em duas regiões:


1. Região cortical superficial: constituída por nódulos ou
folículos linfáticos e por tecido linfoide frouxo, forma os
seios subcapsulares.
 predomínio de linfócitos B, macrófagos, plasmócitos
e células foliculares dendríticas.  A linfa entra na região da cápsula e sai pelo hilo. Os
linfonodos são “filtros” da linfa, removendo as partículas
 seios subcapsulares: recebem a linfa vinda pelos
estranhas antes que a linfa retorne ao sistema
vasos aferentes – medular. circulatório sanguíneo.
2. Região cortical profunda ou paracortical:
predomínio de linfócitos T, ausência de nódulos linfáticos.

Região medular/medula

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Todos os componentes são formados por um tubo oco
composto de lúmen ou luz, diâmetro variável, circundado
por uma parede composta de: , ,
e .
Começa na boca e termina no ânus, é um trato interligado
sendo contínuo, sua principal característica é a presença
de camadas.
No intestino delgado e grosso se localiza as placas de
Peyer realizando a proteção.

Barreira seletiva.
Facilitar transporte e a digestão do alimento.
Promover a absorção dos produtos da digestão.
Produzir hormônios que regulam a atividade do sistema
digestivo.
Produção de muco para lubrificação e proteção.
É a camada mais interna.  são produzidos nas glândulas da submucosa, auxiliando
na movimentação do alimento no esôfago.
Camada epitelial (tecido epitelial).
 no estômago o muco serve para a proteção do epitélio
Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo).
contra o ácido do suco gástrico.
 pode apresentar glândulas, tem vaso sanguíneo, vaso
 no intestino grosso que realiza a absorção de água e
linfático, nervos, macrófagos e linfócitos (células de
íons, o muco auxilia no deslizamento do bolo fecal que
defesa, servem para a proteção), os nódulos linfoides
ficou enrijecido.
podem estar presentes na lâmina própria e submucosa.
Produção de hormônios (gastrina) no estômago, produzido
Camada muscular da mucosa (até 2 subcamadas finas de
por células glandulares ou pelo epitélio e liberado quando o
músculo liso).
estômago enche.
 auxilia na contração e no movimento peristáltico. Pode
apresentar glândulas e nódulos linfoides (característico
no intestino e estômago).
Presença de macrófagos e linfócitos.
Nódulos linfoides: presentes na lâmina própria e
submucosa.

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Tecido conjuntivo denso não modelado. plexo ou gânglio submucoso e no mioentérico (no meio da
Presença de vaso sanguíneo, vaso linfático e plexo camada muscular) sendo denominado plexo mioentérico.
nervoso submucoso. Pode apresentar glândulas e tecido O axônio presente no gânglio vai para o epitélio exercendo
linfoide (são aglomerados de células de defesa). o controle do trato gastrointestinal. Ausentes na mucosa
ou no meio das glândulas.

Camada final do órgão (fechando), é uma camada fina de


tecido conjuntivo frouxo, revestido por epitélio simples
pavimentoso (mesotélio).
Em estômago tem serosa.
Na cavidade abdominal, a serosa que reveste os órgãos é
o peritônio visceral.
Em órgãos que estão ligados a outros órgãos possuem
adventícia.
Da língua até o início do esôfago: tecido muscular
estriado esquelético.
Do início do esôfago até o meio do esôfago:
transição da musculatura estriado esquelético para a
musculatura lisa.
Do meio do esôfago até o reto: tecido muscular liso.
Dividida em duas subcamadas de musculatura, onde o
primeiro feixe muscular é na transversal sendo o mais
interno, o segundo feixe é na longitudinal sendo o mais
externo. As duas subcamadas auxiliam na movimentação
interna, sendo mais eficiente e auxilia na mistura do bolo
alimentar no estômago.
Entre as duas subcamadas temos o plexo nervoso Tecido conjuntivo frouxo, tecido adiposo com vasos
mioentérico e tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e nervos, sem mesotélio.
sanguíneos e linfáticos, o tecido conjuntivo frouxo serve Presente em órgãos do trato digestivo que estão unidos a
para fazer a adesão entre os dois feixes musculares. outros órgãos ou estruturas, ex. final do intestino grosso
e início do esôfago.

SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO: formado por


gânglios dentro do trato gastrointestinal (esôfago até o
reto), podendo ficar na submucosa recebendo o nome de

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Revestida por epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado para proteger a mucosa contra agressões
mecânicas durante a mastigação, presente na gengiva e
palato duro.
Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
presente no palato mole, lábios, bochechas e assoalho da
boca.

Obter a partir dos alimentos ingeridos as moléculas


necessárias para a manutenção, o crescimento e as
demais necessidades energéticas do organismo.

CAVIDADE ORAL: língua e mucosa.


ESÔFAGO.
ESTÔMAGO:
 monogástrico: presença de um estômago verdadeiro,
encontrado em cães, gatos, suínos e carnívoros.
 poligástrico: encontrado em ruminantes, são vários
estômagos, sendo três pré-estômagos com ausência Auxilia na mastigação.
de glândulas. Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso
1. é o maior, câmara fermentativa, apresenta queratinizado na região dorsal da língua.
microrganismos. Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso não
2. poucas bactérias, o alimento vai sendo queratinizado na região ventral.
amassado e regurgitado, depois de quebrar o alimento Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) localizada após
volta para a boca para terminar de mastigar e vai para o epitélio e entre as fibras musculares.
o omaso. Tecido muscular estriado esquelético é revestido pela
3. também quebra o alimento. mucosa apresentando as fibras musculares em três
 estômago verdadeiro. direções (transversal, longitudinal e oblíquo), sendo
separadas pelo tecido conjuntivo frouxo.
 equinos: um único estômago dividido em parte face dorsal
aglandular (“pré-estômago”) e glandular (produção do
suco gástrico).
INTESTINO DELGADO: duodeno, jejuno e íleo.
INTESTINO GROSSO: ceco, cólon e reto.
GLÂNDULAS ANEXAS: glândulas salivares, fígado e
pâncreas.

face ventral
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Mucosa aderida à musculatura pelo tecido conjuntivo da 1. Mucosa com glândulas (para a produção do muco) e
lâmina própria que penetra os espaços entre os feixes sem muscular da mucosa (camada de fibras elásticas).
musculares.
2. Submucosa com glândulas.
A superfície ventral (parte inferior da língua) é lisa,
enquanto que a superfície dorsal (região superior) é 3. Camada muscular (MEE – músculo estriado esquelético).
irregular, apresentando iminências que são as papilas.
4. Adventícia (orofaringe com o esôfago).
As papilas são dobras no epitélio, sendo as papilas
mecânicas aquelas que participa da mastigação, com A faringe possui um epitélio estratificado pavimentoso
ausência de células sensitivas e, as papilas gustativas não queratinizado na região contínua ao esôfago.
possuem botões gustativos, que são conjuntos de células Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com
com ligações com os neurônios, sendo capazes de células caliciformes nas regiões próximas a cavidade
perceber o sabor.
nasal.
Formação de tonsilas (grupos de células de defesa),
fica aderida na mucosa.

O terço posterior da língua separada por um “V” dos dois


terços anteriores, os 2/3 da frente da língua realizam a
percepção dos gostos, os 3/3 final da língua, posterior ao
“V” possuem células de defesa, que formam agregados
linfoides que formam grupos de nódulos e tonsilas linguais.
PAPILAS LINGUAIS: elevações do epitélio oral e
lâmina própria com várias funções e formas, sendo No início da laringe, é uma lâmina que se encontra por
divididas em 4 tipos: detrás da língua para atuar como uma válvula da laringe,
 filiformes. que é um dos órgãos do aparelho respiratório.
 fungiformes. É uma lâmina de CARTILAGEM ELÁSTICA que evita
 foliáceas ou foliadas. a comunicação entre os aparelhos respiratório e digestivo.
 circunvaladas ou valadas. Durante a deglutição, a laringe se eleva, enquanto que a
epiglote se abaixa, fechando a entrada da laringe e
permitindo a passagem do alimento para o esôfago.
Durante a respiração, a epiglote se eleva, mantendo a
Região que conecta a cavidade oral com o esôfago e a laringe aberta e permitindo a passagem do ar.
cavidade nasal com a laringe.
 região orofaringe: vai para o esôfago.
 região nasofaringe: vai em direção a laringe.
Tubo muscular com função de transportar o alimento da
Contém aberturas para a cavidade oral (orofaringe), boca para o estômago.
cavidade nasal e tubas auditivas (nasofaringe) e, a laringe
e esôfago (laringofaringe).
Possui as 4 camadas:

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Epitélio de revestimento pavimentoso estratificado não
queratinizado em carnívoros, ligeiramente
queratinizado em suínos, medianamente em equinos e
totalmente em ruminantes.
Lâmina própria próxima ao estômago com glândula
esofágica da cárdia (produtora de muco).

Glândulas esofágicas (produtoras de muco), a secreção


auxilia no transporte do alimento e protege a mucosa.
Tecido conjuntivo denso não modelado.

PORÇÃO PROXIMAL: músculo estriado esquelético


(MEE).
PORÇÃO MÉDIA: músculo estriado esquelético (MEE)
e músculo liso (ML).
PORÇÃO DISTAL: músculo liso (ML).

Região dilatada do trato digestivo, possui uma luz maior e


irregular. Digestão parcial do alimento, a digestão começa
Porção na cavidade abdominal, formada por tecido na boca e termina no duodeno no intestino delgado.
conjuntivo frouxo mais mesotélio (epitélio simples Funções exócrinas (digestão de alimentos) e endócrinas
pavimentoso). (secreção de enzimas e hormônios). O estômago
verdadeiro possui a parte das glândulas, que ocorre a
digestão química junto com a mecânica.
Nas demais regiões, formada por tecido conjuntivo
frouxo mais tecido adiposo.
camada muscular interna que origina o esfíncter (feixe de
músculo que separa o esôfago do estômago).

 continuar digestão de carboidratos iniciada na boca.


 adicionar um fluído ácido ao alimento ingerido (HCl).
 transformar o alimento em massa viscosa (quimo).
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 digestão inicial das proteínas (pepsina realiza a quebra A lâmina própria será formada pelo tecido conjuntivo
da proteína, sendo uma enzima). frouxo e células linfoides.
 digestão dos triglicerídeos (lipase gástrica e lingual, são A musculatura da mucosa é um feixe fino muscular que
enzimas). separa a mucosa da submucosa.
A secreção de muco alcalino é composta por 95% de
água, glicoproteínas e lipídios, protegendo as células da
Dividido em quatro regiões: cárdia (início), corpo e fundo acidez estomacal.
(intermediário) e piloro ou antro (fundo).

CÁRDIA
A prega gástrica é formada pelo epitélio mais a lâmina
própria (tecido conjuntivo frouxo), as fossetas gástricas Transição entre esôfago e estômago, é uma banda celular
presentes no epitélio são invaginações ou dobras no estreita de 1,5 a 3 cm de largura. Sua mucosa apresenta
epitélio em direção a lâmina própria, onde irá desembocar as glândulas da cárdia, com dois tipos de células, sendo
a secreção das glândulas. elas:
CÁRDIA: poucas glândulas e pregas.  células mucosas: secretoras de muco e lisozima
CORPO: pregas longas e glândulas longas. (enzimas que destroem a parede da bactéria e
carboidratos).
FUNDO.
 células parietais (oxintícas): produtoras de ácido
Mucosa clorídrico (HCL = H+ CL-), fazem parte da digestão.

Constituída pelo epitélio simples colunar, apresentando


pregas gástricas (dobras do epitélio) e fossetas gástricas
(invaginações do epitélio em direção a lâmina própria).

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CORPO E FUNDO Funções de cada célula
Apresentam glândulas longas (glândulas fúndicas), sua
mucosa com glândulas fúndicas, sendo que 3 a 7 glândulas
se abrem em cada fosseta gástrica.
A glândula é dividida m três partes por ser extremamente
longa: istmo, colo e base.

Célula tronco: são células colunares, repõem as células


mucosas superficiais por mitose, podem se diferenciar em
células parietais, principais e enteroendócrinas.
Células mucosas do colo: localizadas entre as células
parietais do colo, seu formato é irregular, com núcleos
basais e grânulos de secreção na superfície apical.
Células oxintícas/parietais: células arredondadas à
piramidais com um núcleo centralizado. Secretam ácido
clorídrico, cloreto de potássio e fator gástrico intrínseco
(gastrina – hormônio – e histamina – vasodilatador com
função reguladora –, estimulam a produção do ácido
clorídrico).

ISTMO: células mucosas (produção de muco), célula


tronco (realiza a reposição do epitélio, renova as células
glandulares) e células parietais ou oxintícas (produtoras de
HCl).
COLO: células mucosas do colo (produtoras de muco),
célula tronco, células parietais e células enteroendócrinas
(produz peptídeos e proteínas, participando do controle
do peristaltismo – contração – e do controle da produção Células principais ou zimogênicas: produzem e
de muco). exportam proteínas, presença de grânulos de
pepsinogênio no interior do citoplasma, o pepsinogênio é
BASE: células parietais, células enteroendócrinas e
liberado no estômago que em meio ácido se torna a
células principais zimogênicas (produção de pepsinogênio enzima pepsina.
que é uma enzima inativa e revestida por uma
membrana/grânulo, quando jogada em meio ácido, esse Células enteroendócrinas: secretam proteínas e
grânulo se rompe formando a pepsina que é a forma ativa peptídeos que controlam funções fisiológicas, regular a
-> o pâncreas também produz pepsinogênio). digestão e auxiliar no controle do peristaltismo, proteção
da mucosa e renovação celular.

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ª aglandular.
 mucosa: tecido epitelial de revestimento estratificado
pavimentoso queratinizado, tecido conjuntivo frouxo,
muscular da mucosa. Sendo uma dilatação do esôfago.
ª glandular:
 mucosa: epitélio de revestimento simples colunar,
lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) + glândulas,
muscular da mucosa.
Submucosa.
Muscular.
Serosa.
PILORO Porção aglandular
Pregas e fossetas gástricas profundas e glândulas curtas,
contém células mucosas, células enteroendócrinas e Não apresenta mecanismos protetores de mucosa contra
células G na região pilórica, que ao serem estimuladas o suco gástrico.
liberam gastrina que ativam a produção de ácido clorídrico Pouco contato com a ingesta e motilidade reduzida.
pelas células parietais. Ao se posicionar dorsalmente à região glandular, impede
que a ingesta tenha ação corrosiva do HCl e da pepsina.
Possui função de armazenamento, e possível
fermentação microbiana (semelhante ao rúmen), ausência
de muco.
O posicionamento do estômago faz com que o alimento
que está em contato com o suco gástrico não chegue na
região aglandular.

Porção glandular

Grande motilidade, região de digestão mecânica, química e


enzimática dos alimentos ingeridos.
Tem um único estômago só que possui uma parte que não Sua mucosa é protegida devido a uma camada de muco
é verdadeira. Região superior do estômago de equinos é espesso e do bicarbonato, secretados pelas células da
aglandular e a região posterior é glandular, a separação mucosa.
dessas duas regiões é feita pela margem
pregueada/margos plicatus onde ocorre a mudança dos É dividida em três regiões:
epitélios. 1. CÁRDICA: apresenta células mucosas (produtoras de
muco).
2. PARIETAL: células parietais (produtoras de HCl), células
mucosas (produtoras de muco e fazem o papel de
reposição), células principais ou zimogênicas e a produção
do suco gástrico.
3. PILÓRICA: células G (produzem gastrina e
pepsinogênio).

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Na área parietal, as glândulas contêm células parietais Presente nos animais que se alimentam de fibras vegetais.
produtoras de HCl, entre as células parietais tem as células
Regurgitação e ruminação
mucosas do colo que secretam muco fino.
As células mucosas do colo são as únicas com a capacidade
de diferenciação e reposição celular na mucosa. As células
principais se encontram na base das glândulas,
responsáveis por secretar pepsinogênio, o precursor da
enzima pepsina.
As glândulas cárdicas secretam apenas muco. Seu muco
é alcalino e serve para proteger o estômago.
As glândulas pilóricas possuem apenas células G,
produtoras de gastrina e pepsinogênio.
Funções dos estômagos
Resumo
Fornecer ao organismo, de forma contínua, nutrientes,
MUCOSA: dividida em aglandular e glandular. água.
 aglandular: tecido epitelial de revestimento Armazenar alimentos por um determinado período de
estratificado pavimentoso queratinizado, tecido tempo e liberá-los parcialmente para sofrerem digestão.
conjuntivo frouxo (lâmina própria) e muscular da Metabolizar o alimento para absorção.
mucosa. Eliminar os resíduos alimentares (produtos não digeridos).
 glandular: tecido epitelial de revestimento simples Presença de 3 pré-estômagos e 1 estômago verdadeiro
colunar, lâmina própria mais glândulas e muscular da (contém glândulas, igual ao dos monogástricos).
mucosa. Subdividida em 3 partes:
 rúmen: é o primeiro pré-estômago, sendo uma câmara
1. células mucosas (secretam muco). grande e alojando uma lata quantidade de
2. células parietais, células mucosas e microrganismos, faz a fermentação, após o rúmen a
células principais ou zimogênicas. ingesta fibrosa prossegue para o retículo. É a primeira
porção que possibilita o armazenamento temporário
3. células G. das fibras vegetais, ausência de muscular da mucosa.
SUBMUCOSA: tecido conjuntivo denso não modelo,  retículo: segundo pré-estômago.
vasos sanguíneos, linfático e plexo nervoso submucoso.
 omaso: terceiro pré-estômago.
MUSCULAR: tecido muscular liso, tecido conjuntivo
frouxo aderindo os feixes musculares.  abomaso: é o estômago verdadeiro, sendo o único
com a presença de glândulas.
SEROSA: tecido conjuntivo frouxo e mesotélio (tecido
epitelial de revestimento simples pavimentoso). O rúmen, retículo e omaso são originados a partir da
região esofágica do estômago e são referidas juntas como
proventrículo (pré estômagos).
Facilitam a quebra da ingesta fibrosa ingerida pelos
animais, são aglandulares, sendo formados por tecidos que
permitem as ingestas serem maceradas por mecanismos
mecânicos.

Pré-estômago

Mucosa: epitélio estratificado pavimentoso


queratinizado, lâmina própria e muscular da mucosa (pode
ter ou não).
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Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado. Como resultado da fermentação, ocorre a produção de
Muscular: duas subcamadas de músculo liso. dois gases poluentes: metano e dióxido de carbono, que
são liberados na respiração.
Serosa: tecido conjuntivo frouxo e mesotélio (epitélio
simples pavimentoso). Sendo um reservatório e uma câmara fermentativa, a
digestão ou fermentação é garantida por enzimas
Toda mucosa do pré-estômago tem dobras formadas por produzidas por microrganismos, que não são secretadas,
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e lâmina mas ficam aderidas a parede celular.
própria formando as papilas gástricas que realizam a
O epitélio mucoso fornece a cobertura adequada para
quebra (maceração). Lentamente o alimento prossegue abrigar uma mistura de bactérias e protozoários que
para o retículo que faz o controle de quanto de alimento realizam a fermentação dos vegetais ingeridos.
volta para a boca.
A fermentação gera ácidos graxos voláteis e outras
RÚMEN (PANÇA) substâncias para serem absorvidas ou metabolizadas pelo
proventrículo.
É o maior, chamado de câmara fermentativa, a
Como subproduto da fermentação anaeróbica – metano
fermentação ocorre através dos microrganismos, as
e dióxido de carbono – gases que devem ser expelidos do
papilas abrigam um número maior de microrganismos para
rúmen por contrações. Os gases se movem para o
a fermentação, aumentando a área de contato, também
esôfago e pulmões através da faringe, sendo expelidos na
fazem o armazenamento do alimento.
respiração.

RETÍCULO (BARRETE)
Continuação do rúmen, porém menor.

Junto com o rúmen faz com que o alimento seja


Ausência de muscular da mucosa, o tecido conjuntivo regurgitado, a contração é maior do que no rúmen com
frouxo (lâmina própria) se funde no tecido conjuntivo papilas mais longas.
denso não modelado formando a lâmina própria
submucosa (junção do tecido conjuntivo frouxo +
submucosa).

Realiza a maceração e auxilia na regurgitação.

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Presença de dobras mucosas (cristas reticulares), as Responsáveis pela absorção de água, de minerais e reduz
cristas se projetam para o lúmen, se fundem ou partículas alimentares, realiza as contrações omasais que
anastomosam formando sulcos com aspectos de favo de trituram e comprimem o alimento.
mel. O alimento vai sendo macerado através do aspecto
Ocupa uma posição não completamente separado ao folheado, realizando a maceração e com ausência de
rúmen. microrganismos.
Surge as papilas secundárias sendo menores, não A lâmina própria, a submucosa, a túnica muscular e a
apresenta muscular da mucosa. A muscular da mucosa túnica serosa são típicas, a muscular da mucosa entra e
surge apenas nas pontas das papilas primárias auxiliando forma um feixe de músculo na papila primária, para que
na maceração e regurgitação. Não secreta nenhuma ocorra a contração precisa da muscular da mucosa.
enzima e apresenta um movimento constante. A subcamada da muscular interna prolifera afastando a
Em sintonia com o rúmen, participa do processo de submucosa e entrando na papila, a origem da muscular da
ruminação, responsável pela contração que ocasiona a mucosa é junto com a muscular. A submucosa é separada
regurgitação. da lâmina própria pela muscular da mucosa.

OMASO
É o terceiro pré-estômago, sua membrana mucosa é Abomaso
queratinizada e com numerosas pregas, apresentando as
papilas primárias, secundária e terciárias (papilas Estômago glandular, possui a mesma conformação do
folheadas são as papilas menores). estômago dos monogástricos, as principais células do
estômago dos monogástricos e abomaso são: células
Presença de muscula da mucosa contínua dentro das
mucosas e células parietais.
papilas.

Resumo

Estômago de poligástricos
MUCOSA DO PRÉ-ESTÔMAGO: epitélio
estratificado pavimento queratinizado (aglandular) e lâmina
própria.
 rúmen: ausência de muscular da mucosa, lâmia própria
submucosa (lâmina própria e conjuntivo da submucosa

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fusionados), apresenta as papilas ruminais (papilas  serosa: tecido conjuntivo frouxo e mesotélio (epitélio
primárias, são pequenas). simples pavimentoso).
 retículo: papilas primárias, papilas secundárias, lâmina
própria submucosa (na ponta das papilas primárias
contém aglomerados de músculo liso da camada
muscular da mucosa).
 omaso: membrana mucosa queratinizada com
numerosas pregas, apresenta papilas primárias,
secundárias e terciárias. Lâmina própria, camada
muscular da mucosa contínua dentro das papilas,
formando um eixo de músculo liso em toda extensão
da prega, submucosa (tecido conjuntivo denso não
modelado) A lâmina da musculatura interna adentra as
papilas primárias.
MUSCULAR DO PRÉ-ESTÔMAGO: 2
subcamadas de músculo liso. Local terminal da digestão dos alimentos, absorção de
nutrientes e secreção endócrina. Sua membrana mucosa
SEROSA DO PRÉ-ESTÔMAGO: tecido conjuntivo
apresenta vilosidades intestinais, criptas (entre as
frouxo e mesotélio (epitélio de revestimento simples
vilosidades) e glândulas de Lieberkuhn.
pavimentoso).
ABOMASO: também conhecido como estômago
verdadeiro.
 mucosa: tecido epitelial de revestimento simples
colunar, lâmina própria, glândulas e muscular da mucosa.
É dividida em:
1. glândulas da cárdia, células mucosas e
células parietais ou oxintícas.
2. glândulas longas que são divididas
em istmo, colo e base.
 istmo: células mucosas, células parietais e células É dividido em: duodeno, jejuno e íleo.
tronco. As células epiteliais são responsáveis pela absorção de
 colo: células tronco, células mucosas do colo, nutrientes, a parede do intestino delgado apresenta várias
estruturas para aumentar a superfície de contato e
células oxintícas e células enteroendócrinas. favorecer a absorção de nutrientes, que são as
 base: células oxintícas, células principais e células vilosidades ou vilos.
enteroendócrinas. No duodeno acontece o final das quebras das proteínas,
3. células enteroendócrinas, células mucosas o pâncreas produz o pepsinogênio e libera o bicarbonato
e células G. de sódio.
 submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado,  o controle da acidez é realizado pelo bicarbonato de
vaso sanguíneo e plexo nervoso submucoso. sódio, neutralizando o pH do quimo (sai o duto
pancreático trazendo o suco pancreático) e a
 muscular: células musculares lisas em duas emulsificação das gorduras advindas da bile que é
subcamadas, entre essas camadas tem o plexo formada na vesícula miliar, ocorre o final da digestão e
nervoso mioentérico, tecido conjuntivo frouxo com o início da absorção.
vasos sanguíneos e linfáticos.

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Organizado em mucosa, submucosa, muscular e serosa
que compõem o duodeno, jejuno e íleo.

Ausência de glândulas, as criptas são conjuntos de células


perto da vilosidade, realizando a renovação das células.
As vilosidades ou vilos são dobras do tecido epitelial e do
tecido conjuntivo frouxo, sendo projeções longas do Presença de células caliciformes produtoras de muco,
epitélio simples colunar e lâmina própria. presente nos três constituintes só que em maior
quantidade no íleo, juntos com o epitélio, o muco protege
No duodeno as vilosidades tem formato de folhas e em o epitélio e favorece o deslizamento do quimo.
direção ao íleo tem formato de dedo.
A lâmina própria faz a oxigenação e sustentação do
epitélio, preenche a vilosidade, apresenta algumas células
musculares lisas ajudando na contração para favorecer o
deslizamento do quimo.
As criptas mantêm a renovação do epitélio, possui 5 tipos
de células dispostas aleatoriamente, são conjuntos de
células, se dividem por mitose.
1. Célula absortiva: seu formato é colunar, com
microvilosidades e borda em escova. Responsável por
internalizar moléculas produzidas durante a digestão e
manter a reposição das células colunares.
REVESTIMENTOS DAS VILOSIDADES: epitélio 2. Célula caliciforme: repõe as células caliciformes e estão
simples colunar com células absortivas (enterócitos) e atribuídas entre as células absortivas. Produzem
células caliciformes, e em continuação com o epitélio das glicoproteínas ácidas (mucinas) que são hidratadas e
– células absortivas, caliciformes, formam muco que realiza a proteção e lubrificação do
enteroendócrinas, de Paneth e tronco. revestimento intestinal, está em menor quantidade no
duodeno e aumenta em direção ao íleo.
3. Célula enteroendócrina: controlam o funcionamento da
cripta.
4. Célula de Paneth: localizada na porção basal das criptas
intestinais, responsáveis por produzir e secretar lisozima
e defensina (são enzimas que podem destruir a parede
das bactérias, realizando a defesa).
5. Célula tronco: origina qualquer outra célula, é uma célula
base.
As vilosidades servem para aumentar a superfície de
contato para a absorção, as vilosidades são maiores no As células M (microfold) são células epiteliais
duodeno, médias no jejuno e pequenas no íleo, a especializadas em recobrir folículos linfoides nas placas de
constituição é básica em todo o intestino. Peyer do íleo, são células que captam antígenos por
endocitose/fagocitose e transporta para o macrófago e
O epitélio simples colunar podemos chamar de célula células linfoides (defesa imunológica intestinal).
absortiva ou enterócito com a presença dos microvilos
formando a vilosidade. Após o epitélio simples colunar vem a lâmina própria com
tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos, linfáticos,
fibras nervosas e células musculares lisas. Presente a
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muscular da mucosa formada por músculo liso. No íleo
apresenta toda essa constituição mais as placas de Peyer.

Duodeno

Tecido conjuntivo denso não modelado com glândulas


mucosas (glândulas duodenais) secretoras de muco para
proteção da mucosa da acidez do suco gástrico,
protegendo o intestino, o muco é composto por
glicoproteínas mais água.

Jejuno

Tecido conjuntivo denso não modelado.

Íleo

Tecido conjuntivo denso não modelado, é a transição do


intestino delgado com o grosso, presença de placas de
Peyer (são aglomerados de linfócitos revestidos pelas
células M, as células M captura o antígeno e joga para
dentro da placa de Peyer por fagocitose, não degradando
o antígeno, as placas de Peyer são grandes nódulos
linfoides).

Duas subcamadas de músculo liso.

Mesotélio e tecido conjuntivo frouxo.

Ceco, cólon e reto.


É a porção final do trato digestivo, começa na prega
ileocecal (junção ileocecal), sua função básica é a absorção
de água e formação do bolo fecal. Após o reto apresenta
o canal anal, contendo glândulas, com uma alta quantidade
em cães, gatos e suínos, no canal anal desaparecem as
glândulas na mucosa.

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Ceco pode conter o tecido adiposo), o reto é a última porção do
trato digestivo.
Nos animais domésticos o ceco é bem desenvolvido e nos
ruminantes é menos proeminente.
Não apresenta vilosidades, com um epitélio simples colunar
com grandes glândulas e células caliciformes (para a É o final do intestino grosso e do trato digestivo como um
produção de muco, favorecendo a passagem do bolo todo, se funde ao reto formando a junção
fecal), além de nódulos linfoides na mucosa e submucosa mucocutânea ou retoanal. As paredes começam a
(concentrados ou não). desaparecer originando a mucosa anal.
Lâmina própria mais glândulas (complementa a produção As glândulas retais se tornam curtas e desaparecem,
de muco) e muscular da mucosa. permanecendo o epitélio simples colunar, quando o
epitélio simples colunar se estende a frente se torna o
Cólon epitélio estratificado pavimentoso, diminui a lâmina
Semelhante ao ceco, mucosa sem vilosidades e células própria e desaparece a muscular da mucosa, ausência de
caliciformes, glândulas da mucosa alojadas na lâmina submucosa.
própria, muscular da mucosa. A camada circular interna da túnica muscular se
torna o músculo esfíncter interno do ânus, envolvido por
Reto uma cobertura fibroelástica. O músculo esfíncter interno
e a cobertura fibroelástica são envolvidos por músculo
Mucosa sem vilosidades, alta quantidade de células estriado esquelético formando o músculo esfíncter
caliciformes. externo do ânus. O esfíncter é uma válvula de controle.
Nas espécies de grandes herbívoros domésticos o canal
anal é curto e sem glândulas. Em cães, gatos e suínos, o
Tecido conjuntivo denso não modelado, apresentando canal anal tem glândulas e zonas específicas, as glândulas
nódulos linfoides (são maiores e com quantidade reduzida, anais de suínos produzem muco e as de cães e gatos
faz a defesa). produzem lipídios.

Duas subcamadas de músculo liso, exceto em equinos e


suínos que possuem a união dos músculos lisos mais as
fibras elásticas formando as tênias, que favorecem a
motilidade e contração do bolo fecal.
As fibras elásticas ficam entre as duas subcamadas de
músculo liso, presentes no ceco e cólon, sendo
denominadas de tênias do ceco e tênias do cólon.
A túnica muscular realiza a motilidade para mistura
posterior da ingesta e propulsão de materiais não
digeríveis e excrementos na direção do ânus, sendo
semelhantes aos movimentos peristálticos.
No reto a camada muscular é mais desenvolvida do que a
do cólon.

Tecido conjuntivo frouxo mais mesotélio, no final do reto


vira adventícia (tecido conjuntivo frouxo sem mesotélio,
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 Formado pelo pâncreas, fígado e glândulas salivares. Quando as células ou enzimas estão inativas elas são
envolvidas por uma membrana que é o grânulo de
 Chamadas de glândulas acessórias, pois não estão dentro
do sistema digestivo, mas auxiliam na digestão. zimogênio. A enzima inativa é liberada até o duodeno.
CONTROLE DA SECREÇÃO EXÓCRINA:
secretina e colecistoquinina (hormônios provenientes das
células enteroendócrinas do duodeno e jejuno).
O pH ácido no intestino estimula as células
enteroendócrinas a produzir secretina, que diminui a
secreção de enzimas e aumenta o bicarbonato de sódio.
Quem produz são os dutos intercalares e sua ação
neutraliza o pH do intestino delgado (duodeno).
A colecistoquinina promove a secreção de enzimas, pois o
hormônio atua na liberação dos grânulos de zimogênio.

Glândula mista, possui parte exócrina e parte endócrina.


A parte exócrina produz suco pancreático que é
direcionado para o intestino delgado, no duodeno.
A parte endócrina produz insulina e glucagon, fazendo
o controle e o equilíbrio da glicose na corrente sanguínea.
O ducto pancreático se localiza na parte exócrina do
pâncreas.
O revestimento do pâncreas se chama cápsula, formada
por tecido conjuntivo denso não modelado, que se prolifera Os ácinos são circundados por lâmina basal que é
para dentro do pâncreas formando os septos. sustentada por uma bainha delicada de fibras reticulares.
Cada septo forma o lóbulo, dentro de cada lóbulo tem a
parte endócrina e exócrina, sendo que o conjunto de
lóbulos forma os lobos e, o conjunto de lobos origina o
pâncreas.

Produtora do suco pancreático que vai para o intestino


delgado no duodeno.
O controle da parte exócrina do pâncreas depende de uma
Ocorre a produção de enzimas digestivas (amilase, lipase,
ação direta do intestino no duodeno, onde se localiza as
tripsinogênio, colagenase) que são armazenadas e
secretadas como grânulos de zimogênio, água e íons, criptas. As criptas contêm células enteroendócrinas que
bicarbonato de sódio e etc, sendo essa a composição do percebem a acidez do quimo advindo do estômago, as
suco pancreático. Se a enzima for produzida em sua células enteroendócrinas começam a liberar o hormônio
forma ativa ela degradará as próprias células produtoras.
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secretina que cai na corrente sanguínea atuando na porção
exócrina do pâncreas que começa a liberar bicarbonato de
sódio, água e íons para neutralizar a acidez o quimo.

Após a neutralização, começa a ser liberado a


colecistoquinina, que cai na corrente sanguínea e ativa os
grânulos de zimogênio, sendo transportado para o
duodeno fazendo o final da digestão.

O suco pancreático é produzido nos ácinos serosos (grupo


de células). A organização da parte exócrina do pâncreas
é:
 são formados por aglomerados de células que são os Para que o nível de glicose no sangue seja mantido, ele é
ácinos serosos, produtores de enzimas, essas enzimas controlado pelo pâncreas, que começa a liberar insulina
são transportadas para o ducto intercalar que libera para retirar a glicose do sangue, diminuindo sua
bicarbonato de sódio, água e íons, o ducto intercalar concentração sérica.
sai do ácino.  a glicose é armazenada nos hepatócitos do fígado e
 o hormônio secretina atua no ducto intercalar, a nos músculos estriados esqueléticos como glicogênio e,
colecistoquinina atua nas células acinares que no tecido adiposo na forma de triglicerídeos.
produzem as enzimas, sendo liberadas como grânulos O glucagon, com atividade oposta, aumenta o teor de
de zimogênio. glicose na corrente sanguínea a partir da quebra do
 os ductos acinares ou ductos intercalares caem no glicogênio (substância de reserva energética), retirando o
ducto inicial e depois no ducto principal (sai do glicogênio ou triglicerídeo que está armazenado,
pâncreas), ao redor dos ácinos tem fibras reticulares e quebrando-o para liberar a glicose. Serve para equilibrar a
cada ácino tem uma lâmina basal. quantidade de glicose no sangue.
Os dois hormônios são produzidos e liberados no sangue,
sendo ausente os ductos.
Fica entre a parte exócrina, produtora de hormônios: Quando o ducto principal sai do pâncreas e encontra o
insulina (células beta) e glucagon (células alfa), são ducto da vesícula biliar forma o ducto colédoco que se
produzidos por células epiteliais que formam as ilhotas de direciona ao duodeno.
Langerhans.

As ilhotas de Langerhans são constituídas por células


beta (secretoras de insulina), células alfa (secretora de
glucagon) e células deltas (realizam a sustentação). Os
hormônios possuem efeitos antagônicos, ou seja, atividade
fisiológica inversa.

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Cápsula fina de tecido conjuntivo, reveste o pâncreas e um ou dois núcleos, apresentam muitas organelas, como
envia septos para seu interior, separando em lóbulos. mitocôndrias, ribossomos, retículo endoplasmático rugoso
Formado por um extenso sistema de dutos dentro e entre e liso, complexo de Golgi, peroxissomos e etc.
os lóbulos dessa glândula.
As secreções saem pelos dutos intercalares, caem nos
interlobulares, pancreático principal esvaziando-se no
duodeno.
A secretina atua no duto intercalar para a liberação de
água, íons e produção de bicarbonato de sódio, Os hepatócitos se organizam em “correntes” ou fileiras,
neutralizando o quimo. separados por capilares sinusóides (ou sinusóides
hepáticos), os hepatócitos são ligados por junções
As células enteroendócrinas produzem a colecistoquinina
comunicantes e junção oclusiva, os sinusóides hepáticos
após a neutralização do quimo, o quimo precisa ser
apresentam células de revestimento simples pavimentoso
neutralizado para continuar a digestão, o grânulo se rompe
e células de Kupffer (macrófagos que realizam a defesa).
no duodeno e forma a enzima ativa.
Os hepatócitos se organizam em grandes grupos
ILHOTAS DE LANGERHANS: células maciças com
revestidos de tecido conjuntivo (septos visíveis nos suínos,
ausência de luz, liberando os hormônios no sangue.
demais animais os septos são finos).
ÁCINOS: grupo de células que possuem uma luz,
apresentam os dutos.
DUTO COLÉDOCO: direciona para o duodeno, junção
do duto da vesícula biliar e do duto pancreático principal,
se forma depois do pâncreas próximo ao duodeno.

É a maior glândula do corpo dos animais, também é um


órgão, realiza a secreção de diversas moléculas.
Suas funções são:
 excreção de substâncias “inúteis”.
 responsável pelo armazenamento do glicogênio, a
insulina guarda o glicogênio nos hepatócitos, armazena
lipídios, vitamina A e B.
 destoxificação/destruição de agentes farmacológicos,
ou seja, de substâncias tóxicas/medicamentos.
 fagocitose de corpos estranhos através das células de
Kupffer.
 secreção da bile (emulsifica a gordura), esterificação de
gordura.
 metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios.
Divididos em lobos hepáticos, os lóbulos são as partes que
compõem os lobos.
No septo de tecido conjuntivo frouxo que reveste os
lóbulos encontra-se o espaço porta (tríade portal ou
As células do fígado são chamadas de hepatócitos, são sistema porta).
células poliédricas (parece uma célula cúbica menor), com
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Formado por artéria hepática (rica em gás oxigênio),
veia porta (rica em nutrientes) e ducto biliar (sai dos
Uma função importante do fígado é a remoção da
hepatócitos carregando a bile). O conjunto de lóbulos
bilirrubina do sangue.
forma o lobo (revestido por uma serosa, peritônio
visceral). O hepatócito produz a bile e ela é direcionada para o duto
biliar, entre os hepatócitos tem os canalículos biliares
direcionando a bile para o duto biliar que a encaminha para
a vesícula biliar, local que armazenará a bile.
A bile é composta por sais biliares, bilirrubina, proteínas e
colesterol.
A bilirrubina é um pigmento amarelo-esverdeado
resultante da quebra das hemácias (hemoglobina) no baço,
durante a quebra da hemoglobina libera a bilirrubina, se os
hepatócitos não destinarem essa bilirrubina, acaba
deixando o individuo amarelado e causando uma intoxicação.
A bilirrubina é direcionada para a vesícula biliar,
emulsificando a gordura (tornando a gordura solúvel a
quebra) no duodeno.

A ARTÉRIA HEPÁTICA manda sangue oxigenado


para os capilares sinusóides que levam o oxigênio para os
hepatócitos.
A VEIA PORTA vem do intestino (trato digestivo),
pâncreas e baço com uma baixa concentração de oxigênio,
porém rica em nutrientes e outras coisas, carregada de Após a emulsificação da gordura, as enzimas que vieram
sangue venoso. É direcionada aos capilares sinusóides junto do pâncreas podem realizar a digestão, quebrando a
com a artéria hepática, sendo que ocorre uma mistura, gordura.
dessa forma, o capilar sinusóide carrega sangue misto.
Toda vez que o animal se alimenta ele libera a bile através
Artéria hepática + veia porta = dupla circulação. do esfíncter biliar que controla a saída da bile.
O sangue que está no capilar sinusóide sai para a VEIA Os canalículos biliares formam os ductos biliares que caem
CENTROLOBULAR que o encaminha para o coração nos ductos biliares interlobulares e ducto hepático.
para ser bombeado e sofrer a hematose no pulmão. O duto hepático se liga ao duto cístico que leva a bile até
O espaço porta divide o sangue para cada lóbulo. a vesícula biliar, onde é direcionada para o duto da vesícula
biliar, que próximo ao duodeno encontra o duto
pancreático originando o duto colédoco, levando a bile para
o duodeno.
Os dutos são revestidos por epitélio simples colunar ou
cúbico.
A bile sai do fígado pelo duto biliar e é armazenada na
vesícula biliar, para ser liberada no duodeno, pelo duto
colédoco, quando o animal se alimentar, realizando a
solubilização da gordura.
Bile com bilirrubina na gordura forma a micela mista, que
é o processo de saponificação, permitindo que a enzima

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proteica do pâncreas quebre em ácido graxo e colesterol, Nas espécies domésticas tem variação a localização e
no fígado será absorvida e armazenada. quantidade de glândulas e ao tipo de material secretado
O duto biliar é circundado por um músculo liso que forma por elas – seroso ou mucoso. Tecido linfático presente.
um esfíncter, que é responsável pelo controle da saída da Após a liberação da bile, a vesícula permanece pregueada
bile do duto, possuindo relação com a alimentação, em (falsos vilos).
períodos de jejum permanece fechado.
Os equinos não possuem vesícula biliar, a bile é produzida
e liberada constantemente, sendo mais diluída. No restante
dos animais ocorre o armazenamento da bile e a  Suas funções são:
reabsorção da água, tornando-a mais concentrada.  produção da saliva (água + enzimas, como amilase e
lipase, + íons + muco), é um conjunto de substâncias
que iniciam a digestão na boca.
 umedecer o alimento.
 lubrificar a mucosa oral e o alimento.
 iniciar a digestão de carboidratos e lipídios (amilase e
lipase).
 secretar substâncias germicidas, como a imunoglobulina
A (IgA), lisozima e lactoferrina.
 manter o pH neutro na cavidade bucal.
 A contém enzimas que podem aumentar o
paladar e auxiliar no início da digestão, que são a amilase e
lipase. Nos ruminantes as salivas são fontes de líquido no
rúmen.
 São glândulas exócrinas e produzem saliva, que é uma
mistura de produtos secretórios mucosos e serosos. Os
estímulos olfativos, gustativos, visuais desencadeiam o
reflexo da salivação e mastigação.
 Temos dois tipos de glândulas salivares:
1. Grandes glândulas salivares: possuem uma
cápsula/revestimento de tecido conjuntivo denso não
modelado. Suas três principais são: submandibular (mista),
parótida (serosa) e sublingual (mista).
Parte posterior do fígado, formato de bexiga. A 2. Pequenas glândulas salivares: fica no meio de tecidos,
constituição da vesícula biliar é:
sendo sustentadas e inseridas nestes tecidos, ausência de
 epitélio simples colunar (pode apresentar células cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado. Suas
caliciformes em ruminantes). principais são: lingual (mista), faríngea (mista), labial, bucal
 lâmina própria mais submucosa (pode conter glândulas e molar (em gatos).
submucosas) = tecido conjuntivo frouxo.  Todas as glândulas salivares são exócrinas, sendo
 camada muscular. classificadas em:
 serosa.  glândulas salivares mistas: possuem uma parte
Nos bovinos a vesícula biliar tem células caliciformes, a produtora de muco que é chamada de mucosa e outra
submucosa é composta de tecido conjuntivo frouxo e parte secretora de enzimas, denominada serosa.
glândulas dispersas.
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 glândulas salivares serosas; produtoras apenas  A glândula mista possui um lado seroso e o outro mucosa,
de enzimas. a sustentação da glândula é feita pelos septos, que
possuem vaso sanguíneos e nervo.
 Não existem glândulas apenas produtoras de muco, as
pequenas glândulas salivares normalmente são mistas, a  A parte mucosa é mais clara, pois seus ácinos são apenas
glândula mista no lóbulo seroso, são formadas por ácinos secretores, tendo uma baixa atividade metabólica, seu
com células de núcleo central. No lóbulo seroso também núcleo se localiza na região basal da célula com uma luz
tem ácinos serosos e ácinos submucosos (mistos) são menor. Presença do duto intercalar saindo do ácino,
produtoras de muco e enzimas. levando o que a glândula produziu.
 As glândulas apresentam terminações secretoras e  Caminho da saliva: ácinos duto intercalar
sistema de dutos em meio ao tecido conjuntivo, que forma duto estriado.
os lóbulos.  O duto estriado sai pelos lobos levando para a boca a saliva,
 As terminações secretoras podem ser mucosas ou a saliva é a união do que é produzido na parte mucosa e
serosas e com células mioepiteliais. serosa.
 formato piramidal, no ápice com  Quando a glândula é pequena, o tecido o qual está inserida
microvilos para o lúmen, formam ácinos e produzem faz o papel de cápsula, realizando a sustentação desta
enzimas. glândula, se for a glândula lingual ela estará entre o
músculo estriado esquelético na língua, o tecido em que ela
 formato cubóide a colunar, se encontra passa revestindo.
secretam muco, formam os ácinos.  O olfato também estimula as células mioepiteliais para que
 encontradas nas terminações ocorra a liberação da secreção, a salivação ocorre através
secretoras, fazem contração e se organizam entre as do sentido que faz a contração das células mioepiteliais ao
células secretoras. redor dos ditos e dos ácinos, também auxiliam na
movimentação da secreção pelos dutos e estimula a
 Os lúmens dos ácinos se abrem nos dutos intercalares liberação da saliva.
que desembocam nos estriados ou salivares, se
 Presença de pouco tecido conjuntivo frouxo entre os
estendem até a borda do lóbulo e desembocam no duto
dutos, ácinos e células mioepiteliais.
interlobular (localizado no septo de tecido conjuntivo).
 Salivares menores (bucal, lingual, palatina,
 A sustentação da glândula é feita pelos septos, possuem
vaso sanguíneo e nervo. faríngea): no geral são serosas ou seromucosas.
 As linguais permanecem na língua entre os feixes
musculares.
 Glândula salivar zigomática apenas em
carnívoros – são mucosas.

 Ácino serosa (produz amilase).


 Encontrada no tecido conjuntivo que preenche linfócitos e
serosa mucosa plasmócitos (produzem IgA), defesa contra patógenos na
cavidade oral.

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 Seromucosas (mistas), presença de ácinos serosos e
ácinos mucosos ou ácinos mucosos com terminação
serosa.
 Nos cães e gatos são predominantemente mucosas, no
epitélio do duto pode aparecer células caliciformes.

Sua função consiste em eliminar os restos metabólicos do


corpo na forma de urina (boa parte do ultrafiltrado é
reabsorvido) e manter a homeostase dos ingredientes
essenciais que sustentam o corpo, pela regulação,
renovação e conservação de íons, água, glicose e
proteínas.
COMPOSIÇÃO: rim, ureter, bexiga ou vesícula
urinária e uretra.
Sendo dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. Carnívoros e pequenos ruminantes: liso com formato
O rim se localiza na região retroperitoneal. Seu formato de feijão.
é variável conforme a espécie. Cavalo: liso, mas com formato similar a um coração.
Grandes ruminantes: oval e lobado/lobulado.

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Cranial ao rim temos a glândula adrenal. Dentro do rim encontra-se tecido adiposo para o
O hilo renal é o ponto de entrada e saída dos vasos. posicionamento do ureter.
O caminho da urina é:
néfron pirâmide renal papila renal cálice menor
cálice maior pelve renal ureter

Apresenta uma fina cápsula de tecido conjuntivo denso


não modelado com fibras elásticas, revestido por um
epitélio mesotelial (mesotélio), parcialmente revestido por
tecido adiposo, se localiza entre as pirâmides e no hilo
renal, é chamada de gordura perirrenal.
camada externa, porção inicial do rim.
camada interna, região central do rim e
organizada em pirâmides.

Unidade funcional do rim, é o que filtra, absorve e seleciona


o que entra e sai do rim.

A cápsula de Bowman é formada por um epitélio simples


pavimentoso, circunda o glomérulo renal, sendo um
revestimento. O glomérulo renal filtra o sangue através
de um grupo de capilares, tudo que sai do sangue fica no
espaço de Bowman, que protege o líquido para não sair
da cápsula de Bowman.
O túbulo contorcido proximal é o local onde o líquido
filtrado segue, possui a maior taxa de reabsorção, após
isso, o líquido prossegue para o ramo descendente da alça
de Henle e depois, continua o seu caminho pelo ramo
ascendente chegando no túbulo contorcido distal, última
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porção que realiza a reabsorção. O ducto coletor passa justamedulares. O corpúsculo de renal, túbulo contorcido
do córtex para a medula e drena a pelve renal, sendo proximal e distal estão inseridos no córtex, enquanto
formado a urina. que as alças de Henle e ducto coletor aparecem na
O corpúsculo renal ou Malpighi é o conjunto de tubos região medular. O corpúsculo renal fica próximo a
região medular, mas inseridos no córtex.
de capilares (glomérulo renal) mais a cápsula de Bowman.

Cada região do néfron desempenha sua função


O sangue chega até os capilares do glomérulo renal pela específica, como:
artéria aferente, onde começa a sair água, íons e todas  glomérulo renal: filtração do sangue.
as moléculas pequenas, só não sai as proteínas e
moléculas/células do sangue, tudo o que saiu ficará no  túbulo contorcido proximal, alças de Henle e
espaço de Bowman e recebe o nome de ultrafiltrado. túbulo contorcido distal: reabsorção (glicose e
O ultrafiltrado caminha pelo néfron para ser reabsorvido ureia parcialmente, água e íons).
nas regiões do túbulo contorcido proximal, alça de Henle e  ducto coletor: faz a condução da urina e a secreção
túbulo contorcido distal, sendo a maior taxa de reabsorção de medicamentos do sangue, sendo eliminado pela
no túbulo contorcido proximal. urina.
Tudo o que foi reabsorvido, posteriormente será devolvido
para o sangue. O ducto coletor se insere na papila renal,
direcionando a urina para a pelve renal, não realiza a
reabsorção.
O túbulo contorcido proximal, o túbulo contorcido distal e o
ducto coletor são formados por epitélio simples cúbico,
sendo que o túbulo contorcido proximal apresenta
microvilosidades na região apical da célula, aumentando a
superfície de contato e favorecendo a reabsorção em
maior quantidade.
Os tipos de néfrons são:
 néfron cortical: estão situados na parte externa do
córtex renal, apresentam alças de Henle curtas, esse
tipo de néfron está totalmente inserido na região A filtração do plasma é o início da formação da urina,
cortical. Aproximadamente 80% dos néfrons são este processo gera um ultrafiltrado com composição
corticais. semelhante ao do plasma. As proteínas e células do sangue
 néfron justamedular: descem profundamente na não passam para o túbulo proximal por causa da barreira
de filtração dos glomérulos, onde os capilares permitem a
região medular, alças de Henle longas
passagem livre da água e dos solutos pequenos, mas os
aproximadamente 20% dos néfrons são
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poros são pequenos e não permitem a passagem de Se as proteínas ou células sanguíneas saem, elas não
moléculas como proteínas ou células sanguíneas. conseguem ser reabsorvidas.

Mácula densa

Região onde a alça de Henle encosta na arteríola aferente


de outro néfron e começa a proliferar as células
justaglomerulares (produzem o hormônio renina), as
células conseguem perceber a quantidade de água e sódio.

BARREURA GLOMERULAR: os capilares possuem


uma determinada formação.
1. Camada endotelial: epitélio simples pavimentoso.
2. Membrana basal glomerular: realiza a adesão dos
tecidos.
3. Camada de células epiteliais glomerulares
(denominadas podócitos) + células mesangiais (células
musculares lisas, fazem a estruturação do glomérulo,
fagocitose de corpos estranhos, controle do fluxo
sanguíneo, controle de vasoconstrição e vasodilatação).

Na queda da pressão arterial o mecanismo entra em ação,


a queda de pressão arterial diminui a quantidade de água
e sódio sendo filtrado, quando ocorre essa queda as células
justaglomerulares começam a produzir a renina que cai na
corrente sanguínea.
MÁCULA DENSA: No sangue ela encontra a angiotensinogênio (é produzido
pelo fígado, é uma glicoproteína), a junção da renina +
 são células musculares lisas que circundam os capilares angiotensinogênio forma a angiotensina I.
glomerulares.
A angiotensina I encontra uma enzima conversora de
 são contráteis e possuem receptores para algumas angiotensina (ECA - é produzida pelos vasos sanguíneos)
substâncias que ao se ligarem promovem que vira a angiotensina II que vai para a glândula
vasoconstrição ou vasodilatação. suprarrenal ou adrenal, fazendo a glândula adrenal liberar
 dão suporte estrutural ao glomérulo. o hormônio aldosterona que cai na corrente sanguínea, se
 fagocitam e digerem substâncias normais e patológicas. direcionando para o túbulo contorcido distal, fazendo

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aumentar a reabsorção de água e sódio, aumentando a justaglomerulares fazendo cessar a produção do
pressão arterial. hormônio renina.
No corpúsculo renal encontramos a cápsula de Bowman,
constituída por epitélio simples pavimentoso, dentro do
corpúsculo renal tem o glomérulo renal que possui uma
barreira.

Quando a pressão sanguínea estabilizar, a tendência é O túbulo contorcido proximal possui um epitélio
parar o mecanismo de reabsorção.
simples cúbico + microvilosidades.
Cessa o mecanismo de reabsorção de água e sódio o:
O túbulo contorcido distal e alça de Henle
produzido
possui um epitélio simples cúbico.
pelo átrio no coração.
O ducto coletor possui um epitélio simples cúbico
(citoplasma claro, células de revestimento, baixa taxa
metabólica).

A mácula densa é o conjunto da alça de Henle, células


justaglomerulares e arteríola aferente.
O nome do mecanismo para aumentar a pressão arterial
se chama sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Quando aumenta a pressão, o coração consegue perceber
o quanto de sangue que está passando, com isso, o
coração libera um peptídeo chamado natriurético atrial
que cai na corrente sanguínea, indo para as células
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A produção de urina é o resultado de todos os processos
que ocorrem no rim.
BEXIGA: saco oco que expande até 500 ml.

Epitélio de transição (várias camadas de células com


A reabsorção tubular começa na região do túbulo formato globoso), encontrado no ureter, bexiga e começo
contorcido proximal, a urina é formada por metabólitos e da uretra.
tudo aquilo que não é mais útil a célula, o que é reabsorvido: Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo).
água, íons, glicose, aminoácidos e metabólitos úteis.
Muscular da mucosa (músculo liso).
A excreção é tudo aquilo que foi filtrado menos o que foi Camada muscular: 2 subcamadas de músculo liso e 3
reabsorvido e mais o que foi secretado (ex. medicamentos) subcamadas próximo a bexiga.
formando a urina. O ureter faz o transporte da urina
Serosa e adventícia, a adventícia está presente no final
até a bexiga.
do ureter próximo a bexiga.
Realiza o transporte de urina.

Os rins são o local de formação da urina. Revestimento interno: epitélio de transição.

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Os gatos não apresentam muscular da mucosa, não
apresentando assim, separação nítida da mucosa e
submucosa. As glândulas adrenais ou suprarrenais, localizadas uma
Submucosa pouco desenvolvida. sobre cada rim, são constituídas por dois tecidos
secretores bastante distintos.
Camada muscular é mais obliqua e raramente aparece em
camadas circulares. Um deles forma a parte externa da glândula, o córtex,
enquanto o outro forma a sua porção mais interna, a
O epitélio sofre alterações: quando a bexiga se esvazia o
medula.
epitélio se espessa e a mucosa fica pregueada.
Essas glândulas também secretam o aldosterona que
URETRA = estudada no sistema reprodutor masculino.
participa do sistema Renina Angiotensina Aldosterona.
Epitélio de transição.
A medula adrenal produz dois hormônios principais: a
Lâmina própria (ausente em gatos). adrenalina (ou epinefrina) e noradrenalina (ou
Submucosa (fina). norepinefrina).
Camada muscular (espessa). Esses dois hormônios são quimicamente semelhantes,
produzidos a partir de modificações bioquímicas no
Serosa.
aminoácido tirosina.
A adrenalina causa taquicardia (aumento do ritmo
cardíaco), aumento da pressão arterial e maior
excitabilidade do sistema nervoso central. Essas
alterações metabólicas permitem que o organismo de uma
resposta rápida à situação de emergência.
A noradrenalina é liberada em doses mais ou menos
constantes pela medula adrenal, independentemente da
liberação de adrenalina. Sua principal função é manter a
pressão sanguínea em níveis normais.
Produzem o hormônio aldosterona.
córtex (região externa): produz o hormônio
aldosterona.
medula (região interna): produz adrenalina e
noradrenalina.
 adrenalina: liberada em determinadas situações,
acelera o coração.
 noradrenalina: liberada constantemente em
pequenas quantidades, mantém constante o batimento
cardíaco.

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 Pele e estruturas anexas (pálpebra, unhas, casco, chifre,
coxins absorventes.. ) serve para a proteção, sendo uma
barreira física contra invasores.  Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso
queratinizado.
 varia a quantidade de queratina, quando tem pouca
 Recobre toda a superfície do corpo. queratina forma a pele fina, por exemplo, as
 PELE ESPESSA: coxins, cotovelos e superfície dorsal axilas.
do corpo.  a pele grossa possui uma quantidade de
 PELE FINA: superfície ventral do corpo. queratina maior.
 a quantidade de queratina muda conforme a região do
animal.

 Três camadas:
1. Epiderme (epitélio).
2. Derme (tecido conjuntivo denso não modelado + anexos -  CAMADA BASAL: células cuboides (realiza mitose para
pelos e glândulas). originar novas células, apresenta intensa atividade
mitótica).
3. Hipoderme (tecido adiposo e tecido conjuntivo frouxo).
 só possui uma fileira de células, ficam apoiadas
na membrana basal.
 junto com a camada espinhosa é responsável pela
renovação epitelial.

 CAMADA ESPINHOSA: várias camadas de células,


elas ficam mais achatadas, realizam pouca mitose e
começa a produção de queratina, unidas por
desmossomos.

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 CAMADA GRANULOSA: produz grânulos de
proteínas chamados de grânulos lamelares, ocupando o
espaço entre uma célula e outra, esses grânulos lamelares
formam uma barreira impedindo a entrada de
microrganismos e a saída de água.
 células achatadas (3 a 5 fileiras).
 citoplasma com grânulos (proteínas).
 grânulos lamelares contribuem para a formação da
barreira contra a penetração de substâncias, pois
ficam fora da membrana das células e auxiliam ainda
na impermeabilização da pele, impedindo a perda de
água do organismo.
 Apresenta quatro tipos de células que compõem a
epiderme:
1. Melanócitos: camada basal.
2. Queratinócitos: camada espinhosa, têm prolongamentos.
3. Célula de Langerhans: camada espinhosa.
4. Célula de Merkel: camada basal.

Melanócitos

 CAMADA LUCIDA: morte programada (apoptose), a  Células formadas no embrião (ectoderma).


morte celular ocorre devido a liberação de enzimas pelos  Possui prolongamentos, sendo produtor da melanina
lisossomos, essas enzimas destroem o núcleo deixando a (pigmento marrom escuro que dá coloração aos pelos e
queratina. pele).
 Os animais albinos contêm os melanócitos, porém não tem
a enzima que participa da formação da melanina.
 A melanina vai no núcleo da célula revestindo-a, criando
uma proteção contra a radiação.
 Encontram-se na junção da derme com a epiderme
(camada basal), folículos, dutos de glândulas.
 Grânulos migram para os queratinócitos.

 CAMADA CÓRNEA: filamentos de queratina = células Queratinócitos


mortas + queratina.
 pele fina = camada fina.  Células que armazenam a melanina.
 pele grossa = camada mais espessa.
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oxigenação da derme, é chamada de
(derme superficial).

Camada papilar

Células de Langerhans  Delgada tecido conjuntivo frouxo (papilas dérmicas).


 Vasos sanguíneos nutrição da epiderme
 São macrófagos intraepidérmicos (macrófagos da pele),
realizam fagocitose e defesa. Camada reticular
 MONÓCITOS células de Langerhans.
 Espessa tecido conjuntivo denso não modelado
 Células ramificadas entre os queratinócitos.
(derme profunda), ocorre a inserção dos folículos pilosos,
 Camada espinhosa. glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas (seu ducto
 Função: captam antígenos e os apresenta para os insere na camada papilar).
linfócitos T.  Folículos pilosos: pelos, formado na epiderme que
 Reações imunes cutâneas. invagina.
 Formadas por células precursoras do sangue.

 Tecido adiposo unilocular e tecido conjuntivo frouxo.


 Camada variável na espessura.
 Forma uma camada de isolamento térmico.

Células de Merkel

 Epitelioides táteis.
 Células que tem ligação com fibras nervosas, são células
sensitivas, fazendo a percepção de pressão
 Única célula sensitiva na epiderme.
 Maior quantidade na pele espessa.  Presença de vasos sanguíneos e linfáticos.
 Apoiadas na membrana basal.  Inervação.
 Presas as demais células por desmossomos.  Corpúsculos sensoriais: Ruffini, Meissner, Krauser e
 Na base das células de Merkel - presença de disco, onde Valter-Pacini.
se inserem as fibras nervosas (conduzem impulsos para
o SNC).
 Sensibilidade tátil.

 Tecido conjuntivo que apoia a epiderme, é uma fina


camada após o epitélio, faz manutenção, sustentação e
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 Faz a exocitose (passagem sem causar dano), não se
insere no duto do folículo, seu duto desemboca na
Receptores de Krause FRIO
superfície da pele.
Receptores de Ruffini CALOR
 Seu formato é enovelado.
Discos de Merkel TATO E PRESSÃO
 Todo folículo piloso tem uma terminação nervosa perto da
Receptores de Valter- PRESSÃO base (termorregulação).
Pacini
 Ductos se abrem na superfície da pele.
Receptores de Meissner TATO
Terminações nervosas PRINCIPALMENTE
 Cães e gatos: não participam da termorregulação (não
livres DOR suam).

Glândulas sebáceas

 Glândula holócrina exócrina (célula solta-se inteira), inserida


no duto do folículo piloso.
 Localizadas na derme e seus ductos desembocam nos
folículos pilosos.  São estruturas delgadas, queratinizadas originadas dos
folículos pilosos.
 secreção: lipídios que contêm triglicerídeos, ácidos
graxos livres, colesterol e ésteres de colesterol.  Cor, tamanho e disposição variam de acordo com a raça e
região do corpo.
 A glândula sebácea encosta no folículo e joga a sua
secreção direto no folículo, não consegue enxergar o duto  Crescem descontinuamente.
da glândula que vai até o folículo piloso.  Parte dentro do folículo – raiz pilosa, que apresenta botão
 A célula se solta pelo ducto, se rompe no folículo piloso e terminal chamado bulbo piloso, fixado na papila dérmica.
é encaminhada para a superfície, realizando a hidratação.  Haste (região externa ao folículo), cutícula (células
queratinizadas), córtex (células queratinizadas) e medula
(células cubicas).

 Nos ovinos o pelo ou velo é chamado de fibras.


 3 tipos:
1. Fibras de lã: onduladas com diâmetro pequeno,
Glândulas sudoríparas
desprovida de medula.
 Glândulas merócrinas exócrinas (secreção sai por 2. Fibra emaranhada: áspera com medula.
exocitose), esse tipo de glândula não causa danos às suas
células para liberar a secreção.
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3. Fibra grossa: diâmetro intermediário entre as outras
duas.
 Revestidas por epiderme espessa com todas as camadas
 Diferentes raças, tipos diferentes de velo e finalidades.
epidérmicas.
 Vem do folículo e é organizado em 3 partes:
 Presença de glândulas sudoríparas e tecido adiposo com
1. Cutícula: mais externa, tecido epitelial de revestimento junção de fibras elásticas e colágenas.
estratificado pavimentoso queratinizado.
 COXINS ABSORVENTES: proteção dos dígitos,
2. Córtex: ausência de queratina, tecido epitelial de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, tecido
revestimento estratificado pavimentoso. conjuntivo frouxo com muito adiposo e fibras elásticas.
3. Medula: mais interna, tecido epitelial simples cúbico.
 O córtex e a medula são variáveis no pelo.
 Nos ruminantes são revestimentos dos processos
cornuais do osso frontal do crânio.
 Apresentam epiderme, derme e hipoderme (preenche o
espaço entre a epiderme, derme e o periósteo do osso).

 Composto por: epiderme, derme e hipoderme.


 A epiderme é queratinizada e a derme chamada de córion,
com alta vascularização para nutrir o casco.
 Por último, o tecido subcutâneo que forma a almofada
digital (hipoderme).
 O termo casco compreende a cápsula ou estrato córneo
da epiderme e demais tecidos ou camadas.
 Feixes de células musculares lisas que se estendem dos
folículos à camada papilar da derme. Também circundam  CASCO: região de epiderme com muita queratina e a
em parte a glândula sebácea. região de córion (com muitos vasos sanguíneos, tecido
conjuntivo frouxo e tecido conjuntivo denso não modelado).
 A contração das fibras eleva os folículos pilosos, causando
o aspecto de arrepiado, promovendo a liberação de calor Unha e chifre são formados pela epiderme, apresentam
e liberação do sebo da glândula para dentro do ducto que vasos sanguíneos e nervos. A unha é uma placa de
desemboca na pele. epiderme com muita queratina e vasos sanguíneos
irrigando (tecido conjuntivo frouxo apresenta esses vasos).

O chifre é uma placa de epiderme, é uma proteção para o


 Estruturas continuas com a epiderme e derme da pele e osso, apresenta muita queratina, tecido conjuntivo frouxo e
do pé. tecido conjuntivo denso não modelado.
 Formadas por placas de células queratinizadas.

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VENTILAÇÃO: movimento de ar entre atmosfera e
pulmão.
RESPIRAÇÃO EXTERNA: difusão e troca de O2 e
Dividido em: cavidade nasal, nasofaringe,
CO2 nas vias aéreas.
laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e
alvéolos (local que ocorre as trocas gasosas). TRANSPORTE DE GASES E RESPIRAÇÃO
INTERNA: envolvidos na circulação sanguínea.
Constituído pelos e um sistema de tubos que
comunica o parênquima pulmonar com o meio exterior.
A maior parte serve para a condução, filtração, regulação
Trato respiratório superior: narinas, cavidades
da temperatura e umidificação, evitando a entrada de
nasais, faringe e laringe.
microrganismos.
Trato respiratório inferior: traqueia, brônquios,
Ligado ao sistema circulatório para realizar as trocas
bronquíolos, pulmões e alvéolos pulmonares.
gasosas. O pulmão é o órgão principal.
Inicia-se na narina (focinho) e termina no alvéolo.
Uma das divisões é:
Organizada em três partes:
1. PORÇÃO CONDUTORA: prepara o ar até as trocas
gasosas. 1. Cavidade cutânea: é a região inicial, as narinas.
 fossas nasais – nasofaringe – laringe – traqueia –  epitélio de revestimento estratificado
brônquios – bronquíolos. pavimentoso queratinizado, passando a não
2. PORÇÃO RESPIRATÓRIA: bronquíolos queratinizado.
respiratórios (não ocorre as trocas gasosas), ductos  dobra do epitélio, diminui a queratina quando entra na
alveolares – alvéolos pulmonares (troca gasosa). narina, passando a ser não queratinizado.
Brônquio primário encontra-se fora do pulmão. 2. Respiratória: da metade da cavidade nasal até os
Os cílios participam da função do pulmão e as células brônquios, é epitélio respiratório.
caliciformes idem, junto com as glândulas produzindo o
 epitélio de revestimento pseudoestratificado
muco, umidificando, regulando e conduzindo.
colunar ciliado com células caliciformes (epitélio
O muco faz a filtração e umidificação do ar junto com a
respiratório).
regulação da temperatura.
3. Olfatória: epitélio de revestimento
Bronquíolo não tem muco.
pseudoestratificado colunar ciliado com células
Realiza as trocas gasosas para que o oxigênio seja
conduzido pelos vasos até os tecidos e, também faz a caliciformes (poucas) e células neurosensitivas
retirada de gás carbônico. (neurônios bipolares).
 em meio as células colunares têm neurônios,
apresentando as células neurosensitivas.
Limpeza, aquecimento e umidificação do ar. Dependendo da espécie pode apresentar glândulas
Fornecimento de O2 (tecidos por meio da circulação sebáceas na lâmina própria e submucosa (equinos).
sanguínea). Sustentado por tecido conjuntivo denso (submucosa),
Remoção do CO2 (atividade celular nos tecidos). cartilagem hialina e osso.
O EPITÉLIO RESPIRATÓRIO (colunar
pseudoestratificado ciliado com células caliciformes) tem
vários tipos de células:
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 basal. Com forma tubular, para passagem do ar.
 colunar ciliada (com e sem microvilosidades). Presença de anéis de cartilagem e músculo estriado
 secretora (caliciformes). esquelético.
A musculatura controla o movimento entre os anéis de
cartilagem durante a deglutição ou vocalização.
Presença de cartilagem hialina (contornando a laringe)
e elástica (dentro da epiglote).
Epiglote costuma dobrar para baixo durante a deglutição.
 epiglote: epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado e cartilagem elástica.
Laringe
Epitélio respiratório.
Aglomerados de células na base do epitélio: Forma feixes de músculo estriado esquelético, faz o controle
 células basais: com um formato “cúbico” e pequena, quando o animal deglute ou late, contração voluntária.
realiza mitose e reposição.
Cartilagem hialina faz o contorno da laringe (exceto na
 células caliciformes: secretam muco.
epiglote).
 células colunares: pode ter cílios (mais comum) e
pode ter microvilosidades (formando a borda em EPITÉLIO RESPIRATÓRIO: lâmina própria
escova). submucosa com tecido conjuntivo frouxo, células de
defesa e glândulas mistas, as glândulas são produtoras de
Na traqueia é apenas cílios.
muco, sendo depositado acima dos cílios.
No revestimento do bronquíolo tem as células de clara
 superfície da epiglote com epitélio pavimentoso
(glicoproteína para defesa), pois desaparece as células
estratificado.
caliciformes e somem as glândulas, essa célula produz
glicoproteínas depositando-as na luz (superfície) e, pode
reabsorver glicoproteína tentando limpar o epitélio. Retêm
as sujeiras através da glicoproteína, fazendo a limpeza.
Tubo flexível de comprimento variável dependendo da
espécie.
Se estende e se bifurca nos brônquios primários dentro
Parte da faringe localizada dorsalmente ao palato mole, se da cavidade torácica.
estende da cavidade nasal até a laringe. Epitélio respiratório com lâmina própria-submucosa
Epitélio respiratório. (T.C.F.), glândulas seromucosas, cartilagem hialina na
forma de U ou C e adventícia bem desenvolvida (T.C.F.
Lâmina própria submucosa (T.C.F. – tecido conjunto + adiposo).
frouxo) com glândulas mistas e nódulos linfoides, formando
as tonsilas faríngeas.
Lâmina própria = tecido conjuntivo frouxo + submucosa
(tecido conjuntivo denso não modelado).
Tonsilas faríngeas (amígdalas): é um nódulo linfoide
para proteção.
O tecido adiposo advém do tecido conjuntivo frouxo,
podendo ter deposição do tecido adiposo na submucosa.

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Na parte posterior da traqueia tem um feixe de músculo Quando entra no pulmão começa a se dividir, diminuindo a
liso -> músculo traqueal, fica apenas na região que finaliza cartilagem e mudando seus tecidos.
a cartilagem, proporcionando fixação. A partir do brônquio secundário (intrapulmonar) ocorre
Mucosa com vários tipos de células: uma mudança gradativa, divisão dicotômica -> cada ramo
 basais, colunares ciliadas, em escova, se divide em dois, a subdivisão leva um epitélio respiratório
caliciformes, de Clara e neuroendócrinas (10%). a um epitélio simples cúbico chegando no bronquíolo.
Fazem cerca de 10 divisões dicotômicas.
 as podem não ter cílios e são
colunares estreitas, função desconhecida.
 as são raras na traqueia de
mamíferos e frequentes na árvore bronquial, são
colunares com função de secreção, contribuindo para
o fluido das vias aéreas.
 as são piramidais e
produzem grânulos que são liberados na lâmina própria.
Seu limite externo – adventícia, além de conjuntivo denso
não modelado e cartilagem hialina.
Suas bordas livres apresentam músculo liso – músculo
traqueal.

Os primários são anatomicamente idênticos a traqueia.


As vias aéreas vão se tornando mais finas (menores em
diâmetro) e seu epitélio respiratório se torna mais curto
com menos células caliciformes, menor quantidade de
glândulas, conjuntivo e cartilagem.
O tecido muscular liso aumenta e a quantidade das células
de Clara, também (colunares com função de secreção).
Os brônquios primários se dividem formando os brônquios
intrapulmonares (lobares).
Os lobares se dividem em 2 ramos, que por sua vez se
subdivide em mais 2 – ramificação dicotômica (padrão de
ramificação do pulmão).
Após a traqueia começa a formação dos brônquios,
originando os primários (extrapulmonares), exatamente A cartilagem hialina vai se tornando mais fina; na mucosa
igual a traqueia. tem músculo liso, glândulas mistas em pequena quantidade.
1ª divisão das vias aéreas = brônquios extrapulmonares
primários direito e esquerdo.
Essa bifurcação se ramifica e origina as árvores
bronquiais.
Cada árvore é formada pelos brônquios extrapulmonares
primários (direito e esquerdo) e intrapulmonar de vias
aéreas, seguido de bronquíolos, bronquíolos terminais e
respiratórios.

Página | 92 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Camila Basso Maria Eduarda Cabral
Os bronquíolos também se dividem, ausência de glândula e
cartilagem.
bronquíolos terminais: porção de condução, na sua
última divisão se transforma em um bronquíolo
respiratório.

Os bronquíolos surgem após 10 ramificações dicotômicas.


Epitélio simples cúbico ciliado, com raras caliciformes.
 começa ciliado, porém para de ter cílios próximo ao
alvéolo. Subdivisão do bronquíolo terminal, que ocasionalmente é
Células de Clara presente no epitélio dos bronquíolos com interrompido por saculações de parede fina =
função de secretar e absorver. Secretam grânulos de ALVÉOLOS PULOMARES.
glicoproteínas que protegem o epitélio bronquiolar. Envolvido na troca gasosa e junto com os ductos alveolares
Lâmina própria – conjuntivo frouxo aglandular e músculo e sacos alveolares formam a porção respiratória.
liso. Bronquíolo respiratório (sua última subdivisão).
Com adventícia, mas sem cartilagem. Cai em um ducto alveolar que direciona até o saco alveolar,
Os bronquíolos se ramificam em bronquíolos terminais mesma constituição, porém mais fina.
– última parte da porção condutora do sistema saco alveolar: conjunto de alvéolos pulmonares (local
respiratório. que ocorre a troca gasosa, unidade funcional).
 epitélio cúbico simples sem cílios.
brônquio 2ª e 3ª bronquíolo
Epitélio simples cúbico Os bronquíolos respiratórios terminam nos ductos
Epitélio respiratório (ciliado) alveolares.
Surge as células de Clara Agrupamento de alvéolos forma uma saculação cega –
Lâmina própria + glândulas saco alveolar.
Lâmina própria
(poucas)
Feixe muscular (músculo
Feixe muscular
liso)
Unidades funcionais do sistema respiratório.
Cartilagem hialina (placas
cartilagem, pois começam Adventícia Epitélio simples pavimentoso.
a diminuir) Tecido conjuntivo frouxo.
Adventícia Pneumócito tipo I e tipo II.
O brônquio diminui seus tecidos conforme as divisões e PNEUMÓCITO TIPO I: impedem a passagem de
transforma seu epitélio. substâncias líquidas.
 no meio do epitélio, núcleo alongado.
Página | 93 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Camila Basso Maria Eduarda Cabral
PNEUMÓCITOS TIPO II: produz surfactante
(impede o colabamento do saco alveolar).
 no meio do tecido conjuntivo frouxo, núcleo redondo.
 auxiliar no movimento do alvéolo, lubrificação.

Septo alveolar (epitélio e conjuntivo): divisão de um


alvéolo do outro.
Os tecidos se juntam, por isso tem adventícia.

 Por meio do sangue e linfa – linfócitos nos órgãos linfoides


periféricos:
 baço.
 protege o organismo contra
 linfonodo.
microrganismos e moléculas estranhas.
 nódulos isolados – placas de Peyer – íleo.
 Órgãos linfoides:
 tonsilas.
 timo.
 baço.
 linfonodos – tonsilas.
 Órgão linfoepitelial localizado no mediastino, atrás do
 nódulos linfáticos (mucosa- aparelhos digestório,
esterno e na altura dos grandes vasos do coração.
respiratório e urinário, MALT, tecido linfático associado
a mucosa).  Apresenta 2 lobos que são divididos em lóbulos, envoltos
por cápsula de tecido conjuntivo denso.
 Órgãos linfoides centrais: medula óssea e timo.
 Cápsula origina septos.
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Zona cortical

Zona medular

 Zona cortical: parte periférica – Alta concentração de


linfócitos T, macrófagos e células reticulares epiteliais.
 Zona medular: parte central (clara) – linfócitos T,
células epiteliais reticulares, poucos macrófagos e
corpúsculos de hassall.
Linfócitos T em diferentes estágios de maturação.

 Núcleo grande, citoplasma com numerosos


prolongamentos que se ligam aos das células adjacentes,
por desmossomos.
 Podem ter grânulos de secreção e feixes de filamentos
de queratina (origem epitelial).
 De 4 a 6 tipos de células reticulares epiteliais.
 Se organizam dentro da cápsula e dos septos: forma o
retículo região cortical e medular – local de diferenciação
dos linfócitos T.
 Camada ao redor dos vasos sanguíneos.
 Constituem os corpúsculos de hassall.

 Formados por células reticulares epiteliais degeneradas e


queratinizadas, concêntricas e unidas por desmossomos.

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 Linfócitos se multiplicam intensamente na zona cortical
– permanecem temporariamente.
 Morrem por apoptose e são fagocitados pelos
macrófagos ou migram para a zona medular e entram na
corrente sanguínea, atravessando a parede das vênulas
indo para outros órgãos linfoides.

 Células epiteliais envolvem externamente os capilares.


 Dificulta a penetração dos antígenos contidos no sangue
na camada cortical – maturação de linfócitos T.
 Não filtra a linfa.

Histofisiologia

 Desenvolvimento máximo antes do 1º ano de vida do animal.


Região cortical superficial
 Involui a partir da puberdade.
 O timo é um local de formação e seleção de linfócitos T.  REGIÃO CORTICAL SUPERFICIAL: constituída
por nódulos ou folículos linfáticos e por tecido linfoide
 + 95% são destruídos por apoptose.
frouxo, forma os seios subcapsulares.
 Peritrabeculares e por nódulos linfáticos (condensações
esféricas de linfócitos) com áreas centrais, centros
 São órgãos encapsulados espalhados pelo corpo, sempre germinativos.
no trajeto dos vasos linfáticos.  Predomínio de linfócitos B, macrófagos, plasmócitos e
 Formato de rim com presença de hilo (artérias e veias). células foliculares dendriticas.
 Medem de 1 mm a 1-2 cm de comprimento.  Células foliculares dendríticas: retém antígenos
em sua superfície para serem reconhecidos pelos
 Sustentação: fibras reticulares.
linfócitos B – não são células apresentadoras de
 Circulação linfática unidirecional. antígenos.
 Seios subcapsulares: recebem a linfa vinda pelos
vasos aferentes - medular

Região cortical profunda ou


paracortical

 REGIÃO CORTICAL PROFUNDA OU


PARACORTICAL: predomínio de linfócitos T.
 Ausência de nódulos linfáticos.

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 Órgão destruidor de eritrócitos (hemácias) desgastados
pelo uso.
 Filtro fagocitário e imunológico para o sangue, grande
produtor de anticorpos e linfócitos.
 Cápsula de tecido conjuntivo com trabéculas – dividem o
parênquima ou polpa esplênica em compartimentos
incompletos.
 Fibras musculares lisas na cápsula e nas trabéculas
causam a expulsão do sangue acumulado no baço (maior
quantidade de células musculares em gatos, cães e
equinos).
 penetra vasos e nervos
e sai veias e vasos linfáticos.
 Constituída por cordões medulares – linfócitos B.  POLPA BRANCA: constituída por nódulos linfáticos-
 Fibras e células reticulares (síntese e secreção de descontínua.
colágeno que se organiza sob forma de fibras reticulares,  POLPA VERMELHA: tecido rico em sangue, com
importantes estruturas que mantém a arquitetura do cordões esplênicos ou cordões de Billroth entre os quais
órgão). se localizam os capilares sinusóides ou seios esplênicos.
 Macrófagos.  POLPA ESPLÊNICA: células e fibras reticulares,
 Seios medulares: separam os cordões medulares. macrófagos, e células apresentadoras de antígenos.
 recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se
com os vasos linfáticos eferentes - linfa sai do
linfonodo.

 Presença de nódulos – predomínio de linfócitos B.


 Tecido linfoide que constitui as bainhas periarteriais –
predomínio de linfócitos T.
 Linfonodos são “filtros” da linfa: removem partículas  Seios marginais: espaço mal delimitado entre polpa
estranhas antes que a linfa retorne ao sistema branca e polpa vermelha
circulatório sanguíneo.
 linfócitos, macrófagos e células apresentadoras de
antígenos.
 desempenha importante papel imunitário.
 Órgão de defesa contra microrganismos que penetram no  grande quantidade de arteríolas- filtram o sangue.
sangue circulante.

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 Sujeitos a invasões microbianas: abertura para meio
externo
acúmulos de linfócitos (nódulos linfoides) localizados na
mucosa e na submucosa o tecido linfoide das mucosas é
denominado de MALT (Mucosa Associated Lymphatic
Tissue).

 Placas de Peyer.
 Nódulos de Linfócitos, plasmócitos e macrófagos.
 Formada por cordões esplênicos (cordões de Billroth),
separados por capilares sinusóides.  Epitélio revestindo os nódulos – Células M – função de
“captura” e revestimento.
 Constituídos por uma rede de células reticulares e fibras
reticulares (colágeno tipo III), com presença de –
macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos,
leucócitos, granulócitos, plaquetas e eritrócitos (hemácias).
 Presentes em coelhos, ratos, cobaias e porcos, e
ausentes em humanos e gatos. Não é bem desenvolvido
em ovinos e bovinos.

 Órgãos constituídos por aglomerados de tecido linfoide,


encapsulado incompleto.
 Localizado abaixo e em contato com o epitélio das porções
iniciais do trato digestivo.
 Defende o organismo contra antígenos transportados
pelo ar e pelos alimentos.
 Formação de linfócitos (polpa branca).  Produzem linfócitos que infiltram o epitélio.
 Destruição de eritrócitos (vida média de 120 dias)
 hemocaterese: processo de remoção das hemácias
em via de degeneração.
 macrófagos auxiliam na fagocitose de hemácias que se
fragmentam no espaço extracelular.
 Filtro para o sangue: macrófagos do baço são
ativos na fagocitose de microrganismos e partículas
inertes que penetram no sangue.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. Guanabara


Koogan, 12ºed. 2013.
 Presente nos tratos digestivo, respiratório, urogenital e
EURELL, J. A.; FRAPPIER, B. L. Histologia Veterinária de
glândula mamária. Dellmann. Monole, 6º ed. 2012.

Página | 98 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Camila Basso Maria Eduarda Cabral
Composto por: ovário, tubas uterinas, útero (corno e Células intersticiais: preenchimento, organizadas
corpo uterino), cérvix e vagina (vulva externamente). em cordões em cadelas, roedoras e gatas.
A cérvix é a porção final do útero. Os folículos primordiais (pré-antrais, em repouso),
Produz os gametas femininos para a fertilização. formados por um ovócito primário e epitélio simples
pavimentoso.
Coletivamente o sistema recebe e transporta os gametas
masculinos. Formados na vida pré-natal, nas cachorras pode surgir,
após o nascimento.
Após a fertilização aloja o concepto dos mamíferos até o
nascimento. Presentes no córtex, podem permanecer isolados
(ruminantes e porcas) ou agrupados (carnívoros).
As glândulas mamárias são essenciais, após o
Ovócitos primários iniciam a divisão meiótica antes do
nascimento para o desenvolvimento do filhote.
nascimento, mas o término da prófase só ocorre no
período de ovulação.

Glândula exócrina (ovos) e endócrina (hormônios, Ovócitos primários permanecem na prófase suspendida
até após a puberdade, quando inicia a ovulação.
progesterona e estrógeno).
intérfase – prófase – metáfase – anáfase – telófase
Apresenta cápsula, região de córtex e medula.
Formato oval a arredondado, aparência e tamanho variam Tecido conjuntivo frouxo (estroma).
– espécies, idade e fase sexual.
Folículos primordiais (ovócitos, são formados no
São pareados, organizados em córtex e medula.
desenvolvimento embrionário, estando estagnados na
prófase I, dá sequência à meiose na puberdade), folículo
1ª, folículo 2ª e folículo 3ª (apenas na puberdade).
SUPERFÍCIE OVARIANA: revestimento simples
pavimentoso a cúbico (baixo) e conjuntivo pouco Células intersticiais fazem a sustentação, nas cadelas
vascularizado – túnica albugínea (cápsula do ovário). formam filamentos/grupos, em outros animais ficam soltas.
Epitélio Epitélio cúbico Epitélio cúbico
simples baixo comum Quando a fêmea ovula temos a formação do corpo lúteo
pavimentoso que produz hormônios, caso não tenha sido fecundado o
óvulo teremos o corpo lúteo se transformando em corpo
albicans.
Epitélio de revestimento simples
pavimentoso: revestimento do folículo primordial.
Tecido conjuntivo frouxo = túnica albugínea. Folículo primordial: ovócito I + epitélio simples
pavimentoso.
Folículo primário: epitélio simples cúbico.
Periférico na maioria dos animais, é interno nas éguas. Folículo secundário: estratificado poliédrico (é o
Região de tecido conjuntivo frouxo (estroma), circunda os formato das células), parece uma célula cúbica – epitélio
folículos nos diversos estágios de maturação (presença de estratificado granular.
fibroblastos e células da teca – desenvolvimento folicular)  zona pelúcida: deposição de glicoproteínas no
e corpo lúteo (estrutura produtora de progesterona ovócito.
entre outros hormônios, temporária no ovário).

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 células da Teca: células epiteliais modificadas, A partir de cada ovário, o ovócito flui pela tuba uterina,
revestimento. que é uma estrutura tubular ondulada aberta, com função
de direcionar o gameta feminino até o útero.
Folículo terciário: epitélio estratificado granular,
células da Teca e líquido preenchendo -> antro, zona Transporte do óvulo e fecundação na ampola.
pelúcida. infundíbulo, ampola e istmo.
 nutrição do ovócito.

Forma de funil, próxima ao ovário, presença dos cílios


auxiliando na movimentação do óvulo pela tuba uterina,
junto com a camada muscular.
O movimento dos cílios é sincronizado.
Presença de cílios para o transporte do óvulo.

Região com inúmeras pregas mucosas-submucosas,


camada muscular fina.
As pregas são dobras do epitélio com lâmina própria e
submucosa, nessa região temos uma diminuição dos cílios.
Região de provável fertilização.

A ampola leva ao istmo, que tem uma parede muscular


Região central do ovário (exceto nas éguas que é espessa e pregas mucosas-submucosas, em menor
periférica). número e mais ramificadas do que na ampola.
Composta por vasos sanguíneos e linfáticos, fibras Diminui as pregas, mas aumenta as ramificações na prega
nervosas, envoltos por tecido conjuntivo frouxo, filamento e não tem mais cílios.
de músculo liso, fibras elásticas e reticulares.
Faz o suprimento de oxigênio.
A vascularização medular fornece o suprimento
necessário para o desenvolvimento e a regressão folicular.
O mesovário é uma extensão do peritônio que fixa e
suspende cada ovário na região pélvica da cavidade
abdominal, sendo o local onde os nervos e vasos penetram
os ovários.
 final do ovário e é a região que prende o ovário.

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Local de implantação e subsequente desenvolvimento
fetal, pois recebe o óvulo fertilizado encaminhado pela
tuba uterina.
Formado por 3 regiões:
1. Cornos uterinos (fundo).
2. Corpo do útero (corpus) – local de implantação.
3. Colo uterino ou cérvice (colo) – une-se a vagina, não
participa do desenvolvimento embrionário.

As paredes dessas regiões apresentam:


Epitélio simples colunar ou pseudoestratificado colunar nas
vacas e porcas (ciliado e pode apresentar microvilos).  endométrio (mucosa e submucosa).
Os animais que tem um determinado epitélio na tuba  miométrio (camada muscular).
permanece no útero, diminuindo o tamanho do epitélio em  perimétrio (serosa).
relação a altura.
Quanto mais próximo ao útero mais baixa são as células. Endométrio
O epitélio é envolto por uma lâmina própria-submucosa Camada mucosa-submucosa que reveste o lúmen, com
(tecido conjuntivo frouxo). epitélio colunar simples em caninos, felinos e
Seguido da camada muscular lisa em duas camadas: equinos, e pseudoestratificado colunar nos
longitudinal e transversal, com feixes oblíquos isolados. suínos e ruminantes.
Apresenta camada serosa – conjuntivo frouxo e epitélio Na lâmina própria – submucosa tem inúmeras glândula –
simples pavimentoso. secretoras de progesterona.
 lâmina própria e submucosa = tecido conjuntivo frouxo.

Miométrio

Túnica muscular dos cornos e corpo.


Dispostas em duas camadas – transversal, longitudinal.
Entre as subcamadas de músculo há muitos vasos
sanguíneos (artérias e veias de grande calibre) e linfáticos
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– estrato vascular (grandes vasos sanguíneos entre os
tecidos, principalmente artérias).
O útero termina nesta região que depois se estende e
projeta para a vagina.
Durante a gestação, essa porção se assemelha a uma
válvula, selando o útero da vagina.
Não participa do desenvolvimento diretamente, apresenta
células caliciformes produtoras de muco, dificultando a
entrada de microrganismos, sendo uma barreira de
proteção.
Presença de epitélio simples colunar ou
pseudoestratificado colunar, lâmina própria-submucosa,
conjuntivo frouxo e denso não modelado, formando pregas
Durante a gestação o miométrio tem um desenvolvimento irregulares.
pronunciado, as células musculares sofrem hipertrofia,
chegando a aumentar 10 vezes seu comprimento – devido  lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) e submucosa
aos altos níveis de estrógeno. (tecido conjuntivo denso não modelado).
Ocorre o aumento na quantidade de fibras nesse período Sem glândulas, mas células caliciformes e mucinogenas,
também, aumentando a espessura da camada muscular. produtoras de muco.
Apresenta muscular em duas subcamadas com fibras
Perimétrio elásticas e a serosa composta de conjuntivo frouxo e
epitélio simples pavimentoso.
Túnica serosa.
A lubrificação da vagina é através da cérvix.
Composta de tecido conjuntivo frouxo revestido por
As células caliciformes ficam no meio do epitélio.
epitélio pavimentoso simples (mesotélio peritoneal).
Poucos vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.

Tubo muscular que conecta o útero e recebe o órgão


copulador masculino.
O epitélio é estratificado pavimentoso não queratinizado,
na maioria das espécies ocorre a presença de dobras ou
pregas na mucosa e submucosa.
As secreções mucosas que aparecem são provenientes
do cérvix.
A lâmina própria-submucosa, sem glândulas, mas com
tecido linfoide na forma de nódulos (para evitar a entrada
de microrganismos).
Apresenta túnica muscular com duas voltas pelo menos,
em cadelas e porcas têm três voltas (+ long).
Adventícia presente em quase todo o revestimento
externo – conjuntivo frouxo com vasos maiores e nervos.
Cranialmente a túnica da vagina é serosa que pode ter
uma fina camada muscular – túnica serosa muscular.

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 início da vagina é serosa com células musculares (túnica  O corpo da glândula tem revestimento de conjuntivo denso
serosa muscular), no final é adventícia. não modelado – cápsula, e a porção secretora é mantida
pelo estroma de tecido conjuntivo frouxo.
 ORGANIZAÇÃO: porção secretora do leite e de
sustentação.
Extremidade mais caudal e externa do trato reprodutivo
feminino.  Unidade secretora: os alvéolos (túbulos secretores
ou ácinos) associados formam as unidades secretoras da
Composta pelos lábios, vestíbulo e clitóris. glândula mamária, formado por epitélio cúbico simples.
 produtora do leite.
 epitélio simples cúbico e células mioepiteliais.
Pregas cutâneas com elementos como pelos e glândulas
sebáceas, além de tecido conjuntivo frouxo e denso não  o tecido conjuntivo é fino e reveste os ácinos.
modelado com fibras elásticas.  tecido adiposo realiza a sustentação.
Dobras do epitélio e lâmina própria com a presença de  tecido conjuntivo denso não modelado promove a
glândulas sebáceas e pelos para a proteção. sustentação.
 tecido conjuntivo denso não modelado ou conjuntivo
intersticial.
Espaço associado aos orifícios da vagina e da uretra.  separação em lóbulos.
Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado,
presença de vasos linfáticos e sanguíneos.
Nos ruminantes o epitélio é lubrificado por secreções das
glândulas mucosecretoras – glândulas vestibulares
maiores (bulbouretrais dos machos, na submucosa).
 essas glândulas liberam muco lubrificando a vagina.

Menor e homólogo ao pênis.


O corpo do clitóris apresenta conjuntivo denso que envolve
o corpo cavernoso, músculo liso, tecido adiposo e linfático.
Revestido por epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado com muitas terminações nervosas
sensoriais.

 Grande glândula secretora de leite, composta de uma


mistura de nutrientes adequados e necessários para a  Os ácinos desembocam em pequenos ductos caindo nos
sustentação e proteção do neonato. ductos mamários.
 Os nutrientes incluem: lactose, lipídios, proteínas,  Ductos: cada lóbulo possui um ducto lactífero que pode
minerais e vitaminas adicionados a anticorpos, linfócitos e dilatar durante a coleta do leite para a formação de um
monócitos. seio confluente com o seio da teta ou cisterna.
 O colostro é rico em anticorpos.  Na vaca, inúmeros ductos lobulares escoam para o seio
 São secretados pelos ácinos organizados em número lactífero, que forma uma cavidade comum.
variável de lóbulos, dependendo da espécie.
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 Estes ductos tem revestimento simples cúbico a colunar,  Os lóbulos podem cair num canal comum (ex. cadelas) ou
passando depois a duplo cúbico. em ductos incomum/cisterna (ex. vacas).
 epitélio simples cúbico quando sai da porção secretora,
depois vira duplo cúbico mais células mioepiteliais.
 as células mioepiteliais fazem a contração e produz a
ocitocina.
 Além das células secretoras, células mioepiteliais
revestem as unidades secretoras – responsáveis pela
liberação de ocitocina, levando ao preenchimento dos
túbulos por leite, a ser comprimido e pressionado para o
sistema de ductos, no processo chamado secreção do
leite.

 FUNÇÃO: produzir e transportar espermatozoides  Mediastino do testículo: região de encontro dos


para o sistema reprodutor feminino para fertilizar o óvulo. septos com presença de vasos sanguíneos e linfáticos.
 Formado por testículos, ductos genitais, glândulas  Os espermatozoides produzidos nos túbulos seminíferos
acessórias (produtoras de muco e nutrientes) e pênis irão passar pelos túbulos retos, e cai na rede do testículo.
(uretra).  rede do testículo é formado pelos túbulos curtos, após
isso, sai pelo ducto eferente chegando no epidídimo e
prosseguindo para o ducto deferente.
 1 par de testículos numa bolsa de pele – escroto (revestido
pelo saco escrotal/escroto).
 Ductos eferente.
 Ducto do epidídimo, chegando ao epidídimo, depois serão
eliminados pelo ducto deferente.

 À medida que os testículos se desenvolvem eles invaginam


na cavidade abdominal ao longo da parede posterior,
descendo até o escroto.
 É revestido por uma cápsula de T.C.D.N.M. (tecido
conjuntivo denso não modelado) – túnica albugínea.
 Escroto – epiderme e derme.
 Glândulas tubulares que produzem secreção e
 Septos da túnica albugínea se projetam internamente espermatozoides.
dividindo o testículo em lóbulos – lóbulos do testículo.
 Epitélio Estratificado Germinativo: células de
 Cada lóbulo tem de 1 a 4 túbulos seminíferos sustentação (SERTOLI) e germinativas
contorcidos para a produção dos espermatozoides. (ESPERMATOGÊNESE).
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 Lâmina própria com células intersticiais ou de Leydig:
produtora de testosterona.
 epitélio estratificado germinativo (epitélio que é
formado a partir da espermatogênese) e células de
sustentação (células de Sertoli).
 tecido
conjuntivo frouxo (conjuntivo intersticial – promove a
2. CÉLULAS ESPERMATOGÊNICAS: forma a célula
sustentação e revestimento) e células de Leydig no meio
espermatogônia (origina as demais células).
do tecido conjuntivo frouxo (produtoras de testosterona).
 entre as células de Sertoli no epitélio seminífero.
 sofre influência da testosterona (divisão celular).
 algumas espermatogônias não entram no processo de
divisão – células de reserva ou escuras tipo A.
 as células reservas fazem mitose originando novas
espermatogônias, presentes apenas na camada basal.

Células do epitélio seminífero


(germinativo)

 2 tipos:
1. CÉLULAS DE SUSTENTAÇÃO OU DE
SERTOLI: células de sustentação com junções
intercelulares (zônulas de oclusão) impedem a passagem
do sangue da lâmina própria para o lúmen do túbulo
seminífero – barreira hematotesticular, proteção
contra o sistema imunológico.
 as células de sustentação também controlam a
influência da testosterona, auxiliando na sincronização
das atividades de espermatogênese.
 presentes apenas na camada basal.
 apresentam junções intercelulares: zônulas de
oclusão, impedem a passagem de sangue para dentro
do túbulo seminífero, não pode entrar sangue para que
não ocorra uma reação do sistema imune causando
morte do espermatozoide.
 barreira hematotesticular: dada pela presença da zônula
de oclusão nas células de Sertoli, protegendo o
espermatozoide. Túbulo seminífero: espermatogônia (1), espermatócito primário
 influenciadas pela testosterona que é (2), espermátide (3), célula de Sertoli (sustentação - seta)
redistribuída pela célula de Sertoli para o epitélio  Revestimento do túbulo seminífero: conjuntivo frouxo
germinativo, a testosterona é produzida pelas células e células intersticiais (Leydig).
de Leydig.

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 ducto eferente e ducto do epidídimo – epitélio continua
simples colunar com microvilosidades e parte com cílios,
partes sem.
 sustentada por tecido conjuntivo denso não modelado.
 Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) + submucosa
(tecido conjuntivo denso não modelado).
 Ambos os túbulos produzem muco para impulsionar o
espermatozoide.
 O epidídimo está dentro do escroto (extratesticular).
 acúmulo de conjuntivo
frouxo com muitos vasos sanguíneos (intratesticular).
 Até o mediastino tem ducto intratesticular.

 Sai do testículo, mesma organização da rede do testículo.


 Epitélio simples colunar ciliado (pode apresentar
microvilosidades).
 Lâmina própria + tecido conjuntivo denso não modelado.
 Produção de fluido desde o túbulo reto, o espermatozoide
não tem motilidade.

 O espermatozoide para ser encaminhado precisa de


secreção, sai do túbulo seminífero impulsionado pelo muco  Túbulos do epidídimo.
desembocando no túbulo reto.  O espermatozoide se transforma ganhando motilidade, é
maturado e ganha o flagelo.
 Apresenta vários túbulos menores.
 Intratesticular.  Revestido por uma cápsula/túnica albugínea = tecido
 Túbulo seminífero desemboca nos túbulos retos – epitélio conjuntivo denso não modelado.
simples cúbico.  Organizado em túbulos com um epitélio
 secreta um fluido que o espermatozoide necessita pseudoestratificado colunar com estereocílios (projeção
para se manter vivo, auxiliando no deslocamento idem. do epitélio e membrana plasmática) + lâmina própria (T.C.F)
+ células musculares lisas.
 Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) + submucosa
(tecido conjuntivo denso não modelado).  Com três regiões: cabeça, corpo e cauda.
 A cabeça recebe os espermatozoides.
 O corpo com epitélio simples colunar contendo células
 Intratesticular. principais (colunares altas) e as basais.
 Rede do testículo.  local que ganha a motilidade.
 Caem na rede do testículo (ductos curtos anastosomados)  O epitélio na cabeça e cauda é pseudoestratificado
– epitélio simples colunar, com microvilosidades e com microvilosidades longas – estereocílios.
cílios (para impulsionar o espermatozoide).
 Epitélio pseudoestratificado com estereocílios.
 Lâmina própria.
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 Músculo liso.

 Mesmo epitélio da região da cauda até o ducto se


encontrar com a uretra.
 Epitélio pseudoestratificado colunar com estereocílios +
lâmina própria (T.C.F) e submucosa (T.C.F), camada
muscular, adventícia.
Ducto deferente: mucosa (Mc), muscular (Ms) e adventícia
(Ad).

Epidídimo: epitélio (E), tecido conjuntivo (C), fibras musculares


lisas (seta).

 A uretra é um ducto excretor que vem da bexiga urinária


e termina no prepúcio ou na glande do pênis.

Epitélio pseudo-estratificado colunar com estereocílios + lâmina


própria (Mc) e muscular em duas camadas (Ms) + adventícia.
 Em machos é dividida em:
 porção prostática (se estende da vesícula urinária
até a próstata): epitélio de transição + lâmina própria
+ submucosa (pouco corpo cavernoso).

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 porção membranosa ou pélvica (até o bulbo  Todas as secreções das glândulas acessórias formam o
peniano): epitélio de transição + lâmina própria + plasma vesicular da ejaculação ou sêmen.
submucosa (pouco corpo cavernoso).  FUNÇÃO: manutenção da vida do espermatozoide,
 porção esponjosa ou peniana (até a abertura limpeza da uretra e lubrificação da vagina.
uretral): epitélio de transição passa para simples cúbico,
terminando em estratificado pavimentoso.
 epitélio de transição no começo, seguido de um epitélio  Fica no ducto deferente na mesma região da próstata.
cúbico simples e no final (na abertura da uretra) é  Possui uma cápsula revestindo (tecido conjuntivo denso
epitélio estratificado pavimentoso. não modelada).
 Presença de pregas na mucosa que se dilatam na  Glândula desenvolvida produtora de muco.
ejaculação ou na micção, deixando a luz circular.
 Quando é glândula do ducto deferente ela é pouco
 Epitélio de transição ou simples cúbico, lâmina própria desenvolvida e fica na submucosa do ducto (ex. gatos),
submucosa T.C.F. com corpo cavernoso, fibras elásticas e inserida na parede do ducto, produz muco, não tem
células musculares lisas. cápsula.
 Camada muscular (começa com músculo liso e no final é  Nos cães, carneiros e touros essa glândula é desenvolvida
músculo estriado esquelético). e forma a glândula ampolar.
 Adventícia.  Nos gatos a glândula existe, mas é pequena (glândula do
ducto deferente).

 Produz lipídios.
 Pequena e inserida na região de submucosa no final do
ducto deferente.
 Todos os animais têm.
 Ductos com epitélio simples cúbico (ou colunar), o epitélio
glandular é pseudoestratificado colunar, produtor de
lipídios.
 Na submucosa tem conjuntivo frouxo seguida da camada
 Não apresenta divisões. muscular.
 Epitélio de transição, próximo a abertura uretral,
estratificado pavimentoso.
 Lâmina própria submucosa (corpo cavernoso em algumas  Final do ducto deferente.
espécies) -> tecido conjuntivo frouxo).  Produz muco e lipídios para a nutrição do espermatozoide
 Camada muscular (M.L e M.E.E porção distal). para permanecer vivo.
 Adventícia.  Epitélio varia nas espécies, sendo de cúbico a colunar.
 Mais curta.  Todos os animais apresentam.
 Glândula ao redor da uretra (pélvica).
 O corpo da próstata é revestido externamente por uma
cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado e lâmina
 No final do ducto deferente se forma a primeira glândula própria submucosa.
acessória do sistema reprodutor masculino.
 O epitélio glandular varia de cúbico a colunar.
 Glândula mucosa na submucosa do ducto.
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 Pareada, alojada na uretra.
 Não compõe o fluido vesicular por ser liberada antes do
fluido para fazer uma limpeza da uretra, sendo um muco.
 Auxilia no pH da vagina e lubrifica a região, chega primeira
no corpo da fêmea.
 Ausentes nos cães.
 A secreção liberada, antes da ejaculação, limpa a uretra
– urina, e auxilia na lubrificação da vagina.
 O epitélio secretor é colunar simples e produz muco.
 Recoberta por uma cápsula de conjuntivo denso não
modelado com células musculares estriadas esqueléticas e
lisas.
 Presença de submucosa.

 Compartimento de saída para a excreção de urina e


deposição de espermatozoides no sistema reprodutor
feminino.
 Composto de tecido erétil com corpo cavernoso,
esponjoso e glande do pênis.
 O corpo cavernoso é formado por duas colunas de tecido
erétil, revestidas por tecido conjuntivo denso não
modelado– túnica albugínea;
 tecido erétil é tecido conjuntivo
vascularizado com fibras elásticas e ou
músculo liso.
 A glande é revestida externamente pelo prepúcio, e
finaliza na abertura da uretra.
 Pode conter osso e fibrocartilagem.
 Prepúcio camada de tegumento externo com pelos e
glândulas sebáceas.

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