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DESPULGA!
Correto!
eitos rreservados.
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odos os dir eservados.
Só ele DESPULGA!
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piolhos,
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verme do
do coração
coração e aauxilia
uxilia no
no controle
controle dede carrapatos.
carrapatos.
LLaboratórios
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P f i ze r Ltda.
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Saúde
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Animal
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w w w. p f i z e r s a u d e a n i m a l . c o m . b r
Reprodução - 28
Índice
Ana I. S. B. Villaverde
É possível realizar inseminação artificial
em gatas na minha clínica?
Is it possible to perform artificial insemination in queens in my clinic?
¿Es posible realizar inseminación artificial en gatas en mi clínica?
Dermatologia - 36
Roberto H. C. Alves
Cirurgia - 42
Sofia Borin
Presença de alopecia/hipotricose,
cilindros foliculares e escoriação Colelitíase: relato de caso em cães
na região lombar Cholelithiasis: case report in dogs
Colelitiasis: relato de caso en perros
Oncologia - 48
Thomas N. Guim
Cirurgia - 56
Urolitíase por urato em dálmatas.
Oncologia - 78
Gisela N. F. Lefebvre
Tratamento de tumor venéreo transmissível (tvt) canino
utilizando Viscum album em associação à quimioterapia
Treatment of transmissible venereal tumor (tvt) in dogs with
Delimitação anatômica do espaço Viscum album (Mistletoe) associated to chemotherapy
epidural (vista laterolateral) Tratamiento de tumor venéreo transmisible (tvt) en perros
usando Viscum album asociado a quimioterapia
Final do tratamento Viscum album
Diagnóstico por imagem - 88 associado a quimioterapia
Georgea B. Jarretta
Renata A. Casagrande
Imagem de radiografia simples Animais silvestres - 102
abdominal de felino doméstico
Obstrução de traquéia em uma arara-vermelha
(Ara chloroptera) em decorrência |
da aspiração de objeto metálico
Tracheal obstruction in a green-winged macaw
(Ara chloroptera) due to the aspiration of a metallic object Arara-vermelha (Ara chloroptera),
Obstrucción de tráquea en un guacamayo rojo traquéia: cáseo associado a corpo
(Ara chloroptera) debido a la aspiración del objeto metálico estranho, obstruindo o lúmen
Seções (seta)
Arthur Barretto
ram realizados os eventos:
da cresce a uma taxa mé- Encontro do Varejo Pet, II
dia de 15% ao ano - esti- Congresso de Conceitos
veram reunidos no Rio- em Bem-Estar Animal
centro, de 9 a 11 de agos- (WSPA) e Meeting de
to, na feira de negócios tosa. Todos transmitiram
Rio Vet Trade Show 2007. importantes informações,
Em paralelo, foi realizada a pois com o consumidor cada
7ª Conferência Sul-Americana de vez mais exigente e com o mercado
Medicina Veterinária, que trouxe, pela em constante transformação, como a
primeira vez ao Brasil, três expoentes adequação à Norma Regulamentadora
do setor - o médico veterinário ameri- 32 (Nr 32), que estabelece os parâme-
cano John August, especialista em me- tros de segurança e saúde no trabalho,
dicina interna felina, Mark Peterson, estar atualizado é essencial. A Bayer focou o seu mais
Divulgação
especialista em endocrinologia, e a O evento continou mostrando que o recente lançamento: o
também americana Barbara Kitchell, Rio de Janeiro é um importante pólo de profender SpotOn. O pro-
duto é inovador e garante
Eduardo Batis-
negócios do se- a vermifugação de gatos
Jorge S. G. L.
Jorge S. G. L.
presidente companhia. Diri-
do CRMV- gentes de diversas
Arthur Barretto
Arthur Barretto
colobarar com
a capacitação
e desenvolvi-
Arthur Barretto
mento do mer-
cado. O resultado
disso poderá ser Participantes interessados em endocrinologia,
visto na Rio tema abordado por Mark E. Peterson (EUA) e
Vet Trade discutido em conjunto por especialistas brasi-
Show 2008. leiros durante mesa-redonda, também puderam
conhecer os serviços específicos de diagnósti-
Não percam! co em endocrinologia veterinária fornecidos pe-
lo BET Laboratories (www.betlabs.com.br)
Arthur Barretto
A Organnact, em-
presa brasileira de
Divulgação
suplementos para
nutrição animal,
esteve presente na
Rio Vet 2007.
Antonio Bacila (ao
lado), diretor geral da
empresa, compareceu
pessoalmente ao
A Brasmed lançou, na Rio Vet Trade Show, a prótese WS, evento. Assim como, a
Arthur Barretto
Aparelhos de que possui cabeça intercambiável. O produto beneficia os diretora de marketing, Adriane R. Oliveira (ao lado),
anestesia inalatória pacientes que necessitam de artroplastia total do quadril. O responsável pela atual campanha do probiótico Pet
da RWR. Novidade sistema garante precisão cirúrgica e boa adaptação aos Palitos, produto inédito e que vem tendo sucesso pe-
apresentada pela mais variados tamanhos e raças de cães acima de 25kg rante os médicos veterinários e consumidores em geral
Med-Sinal
Arthur Barretto
A Schering Plough esteve presente dando destaque Arthur Barretto A Merial, que completa uma década de atuação em Os alimentos Pedigree® e Whiskas®
ao antiinflamatório Zubrin, que age através dupla saúde animal, participou divulgadando seus exce- foram o foco da atenção de muitos vi-
via de ação (bloqueia as vias Cox e Lox), proporcio- lentes produtos como o Previcox e a Feline-4 sitantes da Rio Vet Trade Show
nando eficácia e segurança. A empresa finalizou em
Arthur Barretto
junho o ciclo de palestras nacionais de lançamento
Arthur Barretto
do Zubrin. Foram 14 eventos pelo Brasil, realizados
por palestrantes experientes, que contaram com a
presença de aproximadamente 1200 pessoas, entre
veterinários e estudantes. Além das palestras na-
cionais, a Schering -Plough também está promo-
vendo palestras secundárias e em universidades e
já atingiu até o momento
Divulgação
Arthur Barretto
comercial do programa “Mais Você”, apre-
sentado por Ana Maria Braga. Durante os
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30 segundos de duração explorou-se a re-
Cenas de lação de afeto existente entre os cães e
Quem ama, vacina seus proprietários como meio para a divul-
gação da mensagem central, que é informar John August, Heloisa Justen, Fernanda Amo-
que a vacinação deve ser feita exclusiva- rim e Christine Martins durante mesa-redonda
mente por um médico veterinário. sobre felinos
Segundo Tiago Papa, Gerente de Negócios
Sênior da Fort Dodge, esta ação compro- A oncologia foi importante
Arthur Barretto
vou que a empresa acredita e investe em tema presente, através das
ações que incentivem a conscientização da palestras de Barbara Kitchell,
população, valorizando o profissional e crian- e discutido em mesa-redonda
do demanda para as clínicas veterinárias
Rebecca Dung e Sergio Lobato,
Arthur Barretto
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além de enriquecerem o conteúdo
do Encontro Nacional de Varejo
Pet, estiveram presentes na Rio Vet
fornecendo consultoria e projetos
para empresários do setor pet
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Recovery, futuro
contou com aula prática de higienização de
lançamento da
felino demonstrada por Elaine Aparecida
Royal Canin
Pinheiro, do gatil Thuka’s Golden Perle
Arthur Barretto
Integrado à programação da 7ª Conferência Sul-Americana de Medicina Veterinária aconteceu o
Seminário de Alimentação e Nutrição Pet, promovido pela Royal Canin. O seminário contou com a
palestra de Júlio César C. Veado, da UFMG (direita), que abordou o tema Suporte nutricional para ani-
mais hospitalizados, seguido de mesa redonda enriquecida pela presença de Márcio Antônio Brunetto,
Juliana de Oliveira e Maria Clorinda Soares. O assunto debatido foi acompanhado atentamente pelos
clínicos presentes, pois a aplicação dos conceitos de nutrição enteral fazem a diferença na recuperação
dos pacientes hospitalizados. Além de poder contar com as importantes informações fornecidas pelos
especialistas, os participantes do seminário foram contemplados com importante fascículo da Focus Debora Aceti, durante o curso e metting de
dedicado a cuidados intensivos e com a notícia do futuro lançamento da Royal Canin: Recovery, que se tosa, cedeu importante informação referente ao
destaca por possuir exclusiva textura para a nutrição enteral e fornecer suporte nutricional para pacien- registro de profissionais do setor: auxiliar vete-
tes que estão em cuidados intensivos, convalescença ou em período pós-cirúrgico. rinário, enfermeiro veterinário e esteticista ani-
Quem tem interesse no assunto pode conferi-lo em dois eventos que serão realizados: o II Simpósio de mal, tosador e banhista são atividades que já
Nutrição Clínica de Cães e Gatos. Foco em doenças gastrintestinais, que ocorre nos dias 9 e 10 de no- fazem parte do CBO (Cadastro Brasileiro de Ocu-
vembro, em Jabotical, SP, e o IV Congresso Mineiro da Anclivepa, que ocorre de 4 a 6 de outubro, em pações). Consulte o CBO através do endereço:
Belo Horizonte, MG. Consulte esses e outros eventos através do portal www.agendaveterinaria.com.br www.mtecbo.gov.br/busca.asp
O II Congresso de Internacional de Conceitos em Bem-Estar
Animal, promovido pela WSPA Brasil e realizado durante a Rio 2 - A construção do conceito de qualidade
Vet Trade Show, contou com renomados palestrantes. Além
disso, a WSPA empenhou-se em divulgar suas campanhas e pro- www.wspabrasil.org de vida animal
jetos realizados através de farto Paula Gazé Holguin 1; Rita Leal Paixão 2
material disponível Melhores trabalhos apresentados no 1 - MV, Mestranda em Medicina Veterinária - Clínica e
Arthur Barretto
Arthur Barretto
Arthur Barretto
Andrew Knight, BSc., BVMS,
CertAW, MRCVS, diretor da
Animal Consultants International
(www. animalconsultants.org), enti-
dade que congrega especialistas que
colaboram com projetos interna-
cionais de bem-estar animal, pales-
trante no II Congresso Internacional
de Conceitos de Bem-Estar Animal,
também contribuiu apresentando os Andrew Knight com manequim
pôsteres Advancing animal welfare desenvolvido para treinamento
standards within the veterinary profession (Padrões avançados de bem-estar animal em pacientes felinos
na profissão veterinária) e Poor animal welfare positions illustrate the need for
improved education of veterinarians (As deficiências do bem-estar animal ilustram
a necessidade para o incremento da educação dos veterinários). Este último, como
co-autor de Jasmijn de Boo, BSc (Hons), MSc, DipEd. Education Projects Manager,
WSPA. Além disso, Knight expôs no evento grande variedade de opções substituti-
vas para utilização no ensino da medicina veterinária, atitude que foi muito enrique-
cida pela sua gentil disposição em permanecer no stand da WSPA explicando e
dando detalhes sobre todas as opções. Muitas outras opções podem ser conferidas
através do sítio mantido por Knight: www.humanelearning.info. Outros sítios man-
tidos por ele são www.vegepets.info, que se propõe a dizer “A verdade sobre a ali-
mentação carnívora e vegetariana para cães e gatos”. O endereço da versão em
português é www.vegepets.info/translations/portugese/index.htm.
A médica veterinária Rita de Cássia Garcia também fez importante contribuição apre-
Acima, alguns dos
sentando os pôsteres: A influência do movimento de proteção, defesa e bem-estar ani- Virtual Canine Anatomy é ítens utilizados no
mal na política pública de controle ético das populações de cães e gatos na cidade um excelente atlas anatômi- ensino humanitário de
de São Paulo, SP e Oficial de controle animal: aliado da comunidade e do animal co. Apresenta também técnicas cirúrgicas
(este último, com a contribuição de colaboradores). casos clínicos com vídeos
Arthur Barretto
Associação Nacional de Clínicos Ve-
terinários de Pequenos Animais do Estado
de Minas Gerais, Anclivepa-MG, realizou,
no auditório da Emater, em Belo Horizon-
te, MG, a quarta edição do simpósio sobre
leishmaniose visceral canina.
Faz dez anos que a entidade realizou
seu primeiro evento sobre o tema, trazen-
do como palestrante a pesquisadora Gua-
dalupe Miró, do Departamento de Vitor Márcio Ribeiro (PUC - Betim), Fernando Cruz Laender (presidente do CRMV-MG), Ênio G. da Silva
Sanidade Animal, da Faculdade de (tesoureiro do CFMV) e Manfredo Werkrausen (vice-presidente da Anclivepa Brasil) durante a abertura
do simpósio que discutiu o diagnóstico, a prevenção e o tratamento da leishmaniose visceral canina
Veterinária, da Universidad Complutense
de Madri, Espanha. Na época, o tratamen- bem claro ao apresentar diversos casos qualidade mensal em percentual de
to da leishmaniose visceral canina era um nos quais os pacientes eram positivos em amostras. Tais ações resultaram na pa-
assunto polêmico. Para se ter uma idéia, alguns exames e negativos em outros. "É dronização das requisições, emissões
chegou-se ao ponto de colegas serem fundamental associar aos resultados dos de resultados e conseqüente redução
denunciados ao CRMV-MG por estarem exames a anamnese e o exame clínico", nas reclamações envolvendo consu-
tratando pacientes portadores da enfermi- afirmou Ribeiro. midores e profissionais”, complementou
dade. Porém, graças ao esforço da Furtado. Ela salientou também a
Anclivepa-MG, a forma de enxergar o Diagnóstico da leishmaniose visceral importância da participação do CRMV-
assunto tem mudado muito. Ao longo canina MG que colaborou publicando a reso-
desses dez anos a entidade trouxe diversos Eliana Furtado, do Laboratório lução n. 342/CRMV-MG, que dispõe
palestrantes internacionais que, entre ou- Central de Saúde Pública da Fundação sobre a normatização e procedimentos
tras coisas, mostraram que o tratamento de Ezequiel Dias (Lacen/MG-FUNED - de requisição de exames laboratoriais
alguns cães soropositivos é viável. Desde www.funed.mg.gov.br) iniciou o evento para diagnóstico sorológico da leishma-
então, a entidade tem promovido a discus- falando sobre o trabalho de padroniza- niose visceral canina.
são do assunto, tendo como embasamento ção do diagnóstico da leishmaniose vis- Paulo Paes de Andrade, D. Sc., dire-
grande quantidade de artigos científicos ceral canina, pois alguns anos atrás ha- tor científico da Biogene Ind. Com.
publicados na literatura internacional. via muita divergência entre os testes Ltda. também abordou o tema diagnós-
As discussões não têm se restringido ao realizados pela rede pública e pela rede tico, mas focando no uso do Elisa S7,
tratamento. A prevenção, seja ela com va- privada. “Para modificar essa situação que emprega a proteína recombinante
cinas ou produtos químicos, também tem foram promovidas reuniões de repre- HSP70 para o diagnóstico da leishma-
sido alvo dos debates e, principalmente, sentantes da SVS/MS, MAPA, Secretaria niose visceral canina. A grande vanta-
do foco de investimento das indústrias far- Municipal de Saúde de Belo Horizonte- gem dessa técnica é que ela permite
macêuticas veterinárias. No decorrer desses MG, Universidade Federal de Minas diferenciar animais infectados com
anos, foram lançados no Brasil: a coleira Gerais, Conselho Regional de Medicina leishmaniose visceral canina, de animais
Scalibor, à base de deltametrina; o Veterinária de Minas Gerais (CRMV- vacinados contra a enfermidade utili-
Advantage Max 3; e a vacina Leishmune, MG) e laboratórios privados, com o zando-se a vacina Leishmune®. Isso se
outra importante ferramenta na prevenção propósito de organizar e integrar a re- deve ao fato da Leishmune® ser baseada
da leishmaniose nas regiões endêmicas. de”, explicou Furtado. “O Lacen/MG- numa fração FML (antígeno complexo
Além desses, outros produtos também têm Funed implantou supervisões semes- glicoprotéico ligante de fucose e ma-
sido opção para a prevenção, como o trais, capacitações, ajustes de condutas, nose) que contém um antígeno majori-
Defendog, da Virbac, e o Pulvex Pour-On, padronização de técnicas e controle de tário, a proteína NH36, e o Elisa S7 não
da Schering-Plough. Em breve, outro pro- “O proprietário tem
detecta anticorpos dirigidos contra essa
duto estará se somande aos citados, a fração FML, que são produzidos na va-
Arthur Barretto
todo o direito de
Leish-Tec, vacina contra a leishmaniose fazer o exame para cinação. Porém, Andrade salientou que
visceral canina desenvolvida pelo Labora- leishmaniose vis- o Elisa S7 ainda precisa ser validado
ceral canina no la-
tório Hertape Calier. boratório privado, para que possa ser usado pelos clínicos
Outro segmento que cresceu foi o de mas se houver di- e pela rede pública.
serviços, em especial, os exames laborato- vergência, há a ne- Marilene Suzan Marques Michalick,
cessidade de se fa-
riais, tanto na rede pública quanto na pri- zer a contra-prova professora da UFMG, também abordou
vada. Porém, com o crescimento desses em laboratório ofi- a questão do diagnóstico, focando-se na
serviços, também cresceram as dúvidas e cial”, esclareceu interpretação da sorologia. Michalick
Eliana Furtado,
as incertezas. O dr. Vitor Márcio Ribeiro, chefe do Lacen/MG
enfatizou que “Nos casos de animais que
em sua palestra no simpósio, deixou isso possuem sinais clínicos de leishmaniose
receber apenas anestesia local, cabe ao cas do produto como: liberação regular e
médico veterinário avaliar a conduta a contínua por fricção; dissolução lenta da
escolher. Pode-se utilizar uma agulha de deltametrina na camada lipídica da pele do
colheita de medula óssea ou uma agulha cão; ectoparasiticida não sistêmico; entre
comum, compatível com o procedimen- outras.
to, já acoplada à seringa. Ao inserir a
agulha cuidadosamente e sentir a pas-
sagem pelo osso inicia-se o aspirado da
Divulgação
A amplificação do DNA, feita na técnica medula óssea, o qual deverá ser aspergi-
da PCR, pode ser assistida na anima- do e estendido em lâmina de vidro, para
ção disponível no endereço: em seguida, ser corado e observado na
www.dnalc.org/ddnalc/resources/
animations/pcr.swf imersão. A qualidade da agulha ajuda
muito e uma sugestão de Bicalho foi as
O isolamento e o cultivo de leishma- agulhas da Euromed (31 3689-9907).
nia foi abordado pela profa. Maria As vantagens de ambas as técnicas
Norma Melo, da UFMG. Melo frisou são a rápida obtenção do resultado e sua
que “o diagnóstico através do isolamen- realização dentro da própria clínica.
to em meio de cultura é um diagnóstico A coleira Scalibor é recomenda pela OMS como
de certeza ou seja, basta o encontro de Prevenção e controle da leishmaniose ferramenta para a prevenção da leishmaniose
um parasito para confirmá-lo”. Ela visceral canina visceral canina.
Em Campo Grande, MS, campanha do CCZ
ressaltou também que “a cultura não é A biologia e controle de flebotomí- que está em andamento, tem como objetivo
um método de rotina simples, não sendo neos foram abordados por Nelder de colocar a coleira em aproximadamente 100.000
utilizado para estudos epidemiológicos, Figueiredo Gontijo, pesquisador do cães
mas que pode ser muito útil para casos Departamento de Parasitologia do
de cães falsos positivos, assintomáticos ICB/UFMG. Gontijo enfatizou que, ao João Paulo Correia Gomes, gerente
ou tratados”. contrário dos locais contendo água, que de registro da Bayer, apresentou impor-
Adriane Pimenta da Costa Val Bicalho, são fáceis de localizar, os potenciais cria- tantes considerações sobre o uso do
professora da UFMG, apresentou deta- douros dos flebotomíneos são em núme- Advantage Max 3 na prevenção da
lhes do uso da citologia para o diagnós- ro muito maior. “Tamanha possibilida- leishmaniose visceral canina. Gomes
tico da leishmaniose visceral canina, a de de escolha torna muito difícil a pro- ressaltou a excelente ação “anti-feeding”
qual pode ser feita por meio de aspirado cura pelas formas imaturas”, explicou do produto, repelindo a aproximação dos
de linfonodo ou de medula óssea. Gontijo. flebotomíneos, proporcionada pelo siner-
O material necessário para a realiza- João Baptista Ladeiro Ferreiro, médi- gismo da associação dos princípios ati-
ção do aspirado de linfonodo é compos- co veterinário e empresário do setor de vos do produto: a permetrina e o imida-
to por: agulhas de 23 gauges, seringas controle de pragas, também deu impor- cloprid.
de 10mL ou agulha para punção de me- tante contribuição ao evento expondo a Clarisa Palatnik de Sousa, pesquisado-
dula, lâminas de vidro, pincel, condi- realidade da utilização de produtos quí- ra que desenvolveu a vacina Leishmune,
ções de sedação ou anestesia, corante pa- micos nas residências. Ferreiro ressal- também esteve presente e fez importantes
nóptico e microscópio. Bicalho orientou tou o fato da atual legislação permitir considerações sobre os resultados obtidos
com a vacina nos últimos quatro anos. Leish-Tec e o seu desenvolvimento é uma Leonardo Maciel, clínico veterinário
Palatnik destacou a ação da vacina como iniciativa do Laboratório Hertape Calier. que tem estudado sobre a utilização da
bloqueadora da transmissão da leishma- A vacina ainda não foi lançada comercial- aminosidina (aminoglicosídeo com ativi-
niose visceral canina. Dois artigos científi- mente, mas segundo o fabricante, seu lan- dade antileishmaniose - 2 a 5mg/kg),
cos publicados na revista Vaccine demons- çamento está próximo. também esteve presente no evento, enri-
tram isso: The FML-vaccine (Leishmune®) quecendo as discussões. Maciel ressal-
against canine visceral leishmaniasis: Tratamento da leishmaniose visceral tou a importância de não se deixar levar
a transmission blocking vaccine (Vaccine, canina pela aparência do animal. “É fundamen-
v. 24, n. 13, p. 2423-2431, 2006) e Sydnei Magno tal a avaliação das funções renal e he-
Arthur Barretto
Leishmune vaccine blocks the transmission da Silva, médico pática antes do início do tratamento,
of canine visceral leishmaniasis: absence veterinário, deu pois a aminosidina é nefrotóxica”,
of Leishmania parasites in blood, skin and importante con- destacou Maciel.
lymph nodes of vaccinated exposed dogs tribuição ao sim-
(Vaccine, v. 23, n. 40, p. 4805-4810, 2005). pósio apresentan-
Arthur Barretto
A Leishmune® teve destaque durante o do considerações
Congresso Mundial de Leishmaniose sobre o tratamen-
ocorrido em 2005, na Itália, despertando o Sydnei Magno da Silva to da leishmanio-
foi autor do primeiro tra-
interesse de outros países pela vacina. balho no Brasil que
se visceral cani-
Esse ano esse interesse concretizou-se e a avaliou o tratamento de na. Silva apresen-
empresa começou a exportá-la para a Re- cães com leishmaniose tou, em fevereiro
pública da Geórgia, na Ásia ocidental, visceral canina pratica- de 2007, a disser-
do em clínicas vete-
fronteira com a Europa. O governo local rinárias tação Avaliação
concedeu registro para a vacina ser usada clínica e labora-
imediatamente pelos veterinários no con- torial de cães
trole da leishmaniose, após analisar seus naturalmente infectados por
dados de eficácia e constatar que o produ- Leishmania (Leishmania) chagasi
to pode ser usado na prevenção da doença (CUNHA & CHAGAS, 1937), submeti- “Muitas pesquisas estão por vir, sedimentando
os conceitos até aqui produzidos ou modifican-
e também em saúde pública. “É um re- dos a um protocolo terapêutico em do condutas. A ciência é feita sem radicalismos
conhecimento internacional da ciência clínica veterinária de Belo Horizonte, ou afirmações movidas por emoções, mas deve
brasileira", diz Diptendu Mohan Sen, defendida no Depto. de Parasitologia do fundamentar-se, sobretudo, no respeito à vida”,
enfatizou Vitor Márcio Ribeiro
presidente da Fort Dodge brasileira, cuja ICB-UFMG. O assunto é inédito se con-
fábrica em Campinas é a única a produzir siderarmos que foi o primeiro trabalho A questão do tratamento da leishma-
a Leishmune® no mundo. “A Leishmune no Brasil que avaliou o tratamento cani- niose visceral canina já está sedimenta-
também está em estudo na Itália e no praticado em clínicas veterinárias. da, principalmente entre os clínicos ve-
Espanha e em breve devemos exportar a Ou seja, não utilizou-se animais experi- terinários do Estado de Minas Gerais.
tecnologia da vacina para esses e outros mentais e nem foi feito restritamente no Porém, a tendência, salientou Manfredo
países”, comemora o presidente. laboratório, mas com pacientes de pro- Werkrausen, vice-presidente da Ancli-
A vacina contra a leishmaniose visceral prietários que freqüentam as clínicas. vepa Brasil, é que seja instituída uma
canina que utiliza como antígeno a proteína “O mais importante é que os resulta- documentação oficial para cada ani-
recombinante A2, foi outra opção para a dos foram os mais promissores pos- mal que inicie o tratamento, assinada
prevenção da enfermidade apresentada no síveis, corroborando a teoria de que o pelos proprietários e pelos médicos
simpósio. Ela leva o nome comercial de tratamento é eficaz, sendo praticado veterinários. Além disso, ressaltou
na Europa há mais de 50 anos e no Werkrausen, o tratamento deverá seguir
Brasil há cerca de 15 anos”, enfatizou os protocolos determinados pela
Silva. Anclivepa Brasil e somente instituído
O protocolo básico de tratamento após os pacientes terem passado pelos
apresentado por Silva compreende critérios de seleção.
dezesseis sessões de aplicações de
anfoterecina B (0,6mk/kg, a cada 72h),
diluída em dextrose a 5%, e a aplicação,
Arthur Barretto
inseminação artificial em
Depto. Reprodução Animal e Radiologia
Veterinária - FMVZ/Unesp-Botucatu
anavillaverde@fmvz.unesp.br
lhido do cordão umbilical logo após o não a uma garrafa de polietileno com
nascimento, separar os filhotes por um capacidade para 60mL contendo água a
período de até 24 horas e realizar o alei- 52 oC garantindo, assim, uma temperatu-
tamento artificial ou por uma fêmea lac- ra de trabalho de 44 a 46 oC (Figura 2) 1.
tante do tipo A ou AB; após esse perío- Para a coleta, permite-se que o macho
do, os filhotes poderão retornar à mãe monte na fêmea em cio e, então, a vagi-
biológica 7. Caso a sorotipagem dos fi- na artificial é deslizada pela glande do
lhotes não seja possível, pode-se optar pênis no momento em que o macho
por separar toda a ninhada da mãe logo Figura 3 - Procedimento de eletroejaculação. A
estiver procurando a entrada da vulva. - Aparelho de eletroejaculação; B - Exposição
após o nascimento, pelo período neces- A eletroejaculação é o método de do pênis para coleta do sêmen; C -
sário. eleição para animais mais agressivos – Posicionamento do eletroejaculador
polietileno ligada a uma agulha de 30G fresco e com alta quantidade de esper-
e a uma seringa de 1mL (Figura 11D) 10. matozóides. Por sua vez, as técnicas in-
Esse método necessita de equipa- tra-uterinas são essenciais quando se
mentos mais específicos e de um perío- utilizam amostras de sêmen congelado/
do de treinamento maior, o que inviabi- descongelado, pois oferecem melhores
liza a sua execução na rotina clínica. índices de prenhez. Embora seja a mais
Apesar disso, apresenta maior exatidão invasiva das técnicas de IA intra-uteri-
do que o método transcervical e, ainda, é na, a laparotomia é, certamente, aquela
Figura 10 - Esquema de IA transcervical. menos invasivo que a técnica intra-uteri- de mais fácil realização, pois requer
Setas indicam região cervical na por laparotomia. apenas o material cirúrgico básico e a
experiência em técnica cirúrgica.
Ana Augusta Pagnano Derussi
revisão de literatura
dermavet@globo.com
Resumo: A adenite sebácea é uma dermatopatia de caráter inflamatório, centrada primariamente nas glândulas sebáceas e
de etiopatogenia incerta. Sua ocorrência é incomum na espécie canina, sendo observada principalmente em cães adultos
jovens e de meia-idade e das raças poodle standard, akita, samoieda e vizsla. As manifestações clínicas são variáveis, e as
mais comuns são a descamação progressiva simétrica e a rarefação ou perda pilosa associada à seborréia seca generalizada.
O diagnóstico definitivo se dá por meio da avaliação histopatológica de fragmento cutâneo, na qual é observada devastação
parcial ou total da glândula sebácea. A terapia tópica baseia-se em produtos anti-seborréicos associados a condicionadores e
emolientes, enquanto a terapia sistêmica inclui drogas como retinóides, ciclosporina e glicocorticóides.
Unitermos: cão, dermatopatia, diagnóstico, tratamento realizado na Faculdade de Medicina Ve-
terinária da Universidade de Zurique
Abstract: Canine sebaceous adenitis is an inflammatory dermatological condition of uncertain ethiopathogeny, in which foi observado que, dos 23 cães com
sebaceous glands are primarily affected. Although uncommon in dogs, the disease is observed mainly in young and
middle-aged Standard Poodles, Akitas, Samoyeds and Vizslas. Clinical manifestations are variable, but the most common signs
diagnóstico de adenite sebácea, 16 apre-
are symmetric progressive desquamation and hypotrichosis or total hair loss, generally associated to seborrhea sicca. sentaram as primeiras lesões cutâneas
Conclusive diagnosis is achieved through observation of partial or total destruction of sebaceous glands. Topic therapy includes
the use of antiseborrheic products associated to conditioners and emollients, while retinoids, cyclosporine and glucocorticoids
até o terceiro ano de vida, e sete
are the choice for systemic treatment. apresentaram-nas após o quinto ano 10.
Keywords: dog, dermatopathy, diagnosis, treatment As raças mais comumente acometidas
são poodle standard, akita, samoieda e
Resumen: La adenitis sebácea es una dermatopatía de carácter inflamatorio, primaria de las glándulas sebáceas y de vizsla, mas a AD tem sido descrita tam-
etiopatogenia incierta. La ocurrencia en la especie canina es poco común siendo principalmente observada en perros adultos
jóvenes, de mediana edad y de las razas poodle, akita, samoyedo y viszla. Las manifestaciones clínicas son variables,
bém nas raças shih tzu, labrador, chow
encontrándose entre las más comunes la descamación progresiva simétrica y la rarefacción o pérdida pilosa asociada a chow, fox terrier, dobermann, pinscher,
seborrea seca. El diagnóstico definitivo se hace a través de la evaluación histopatológica de fragmentos cutáneos en la cual
es observada devastación parcial o total de las glándulas sebáceas. El tratamiento se basa en la aplicación tópica de
springer spaniel, keeshond 4,9,11, cairn
productos antiseborreicos asociados a acondicionadores y emolientes y la administración de drogas sistémicas como los terrier, pointer 2, old english sheepdog,
retinoides, ciclosporinas y glucocorticoides.
Palabras clave: perros, dermatopatía, diagnóstico, tratamiento
lhasa apso 6 e cães sem raça definida 4,11.
No poodle standard, essa enfermida-
Clínica Veterinária, n. 70, p. 36-40, 2007 de é considerada uma genodermatose
provavelmente ligada a um gene autos-
sômico recessivo 10,11. Em akitas, tal pre-
INTRODUÇÃO estruturais primárias da glândula ou dos disposição não foi claramente confirma-
A adenite sebácea (AD), também co- ductos sebáceos evocaria uma resposta da, embora um recente estudo aponte
nhecida como adenite sebácea granulo- inflamatória e conseqüente destruição essa direção 5.
matosa ou adenite sebácea idiopática 1, das unidades sebáceas; A AD tem sido observada secunda-
foi primeiramente descrita em 1980 em - Ocorreriam, primariamente, desor- riamente a várias doenças primárias
várias raças de cães, principalmente dens da ceratinização cutânea que, por como leishmaniose, demodiciose, hi-
poodle standard, akita, samoieda e sua vez, poderiam ou não ser resultan- persensibilidade alimentar e síndrome
viszla 2. Sua primeira descrição no tes de anormalidades do metabolismo úveo-dermatológica 5,9. A remissão es-
Brasil data de 1995, em um cão da raça lipídico, causando obstrução do ducto pontânea desta afecção é raramente des-
akita 3. A doença, que tem sido relatada sebáceo e subseqüente resposta infla- crita 11.
em cães, gatos, coelhos e humanos 1,4,5,6, matória piogranulomatosa dirigida con-
é uma dermatopatia de caráter inflama- tra a glândula; APRESENTAÇÃO CLÍNICA
tório, centrada primariamente nas glân- - A AD seria uma resposta auto-imune Geralmente, os achados clínicos mais
dulas sebáceas, que progride, geralmen- ou imunomediada contra antígenos pre- comumente descritos são descamação
te, para a sua total destruição 4,5,7,8,9. sentes nos componentes da glândula ou progressiva simétrica e dermatose alo-
da secreção sebácea 1,7,10,11. pécica que se inicia na linha média dor-
ETIOPATOGENIA De ocorrência incomum na espécie sal e orelhas podendo progredir para o
A etiopatogenia da AD é incerta 9,10, e canina, a doença é observada principal- abdômen ventral e o tórax, associadas à
várias hipóteses para a sua origem e mente em animais adultos jovens e de seborréia seca generalizada e à perda ou
desenvolvimento têm sido formuladas: meia-idade, não havendo evidência de rarefação pilosa 4 (Figura 1). A hiperce-
- A presença de alterações genéticas predisposição sexual 3,7,8,9. Em estudo ratose e a seborréia são resultantes da
DIAGNÓSTICO
Roberto Henrique C. Alves
de caso em cães
crivelenti_lz@yahoo.com.br
Sofia Borin
Médica veterinária
Resumo: A colelitíase é rara nos cães, e pode ser assintomática ou estar associada com sinais clínicos atribuídos à estase A bilirrubina originada a partir da
biliar, doença do trato biliar obstrutiva, à colecistite, à colângio-hepatite ou à peritonite biliar. Este artigo relata dois casos de
colelitíase canina atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (MG) em 2003. A doença foi degradação de proteínas que contêm o
diagnosticada por exame radiográfico, alterações laboratoriais e confirmada pela ultra-sonografia, sendo que os sinais clínicos grupo heme 3 constitui-se em um pigmen-
como anorexia, êmese e dor abdominal foram achados comuns na fase clínica da doença. Os pacientes foram submetidos à
colecistectomia, com posterior remissão dos sinais clínicos e normalização dos parâmetros laboratoriais. Faz-se necessário o to biliar de grande importância 1,3, já que
diagnóstico precoce da colelitíase e o acompanhamento do paciente assintomático, visto o alto risco de morte pelas a obstrução do fluxo biliar gera aumen-
complicações associadas a essa doença.
Unitermos: Caninos, vesícula biliar, colélitos, colecistectomia to de sua concentração plasmática 8.
Os cálculos são concreções formadas
Abstract: Cholelithiasis is an uncommon disease in dogs. It can be asymptomatic or associated with clinical signs attributed to por substâncias oriundas do próprio or-
deposited bile, obstruction of the biliary tract, cholecystitis, cholangiohepatitis or biliary peritonitis. This article reports two cases
of canine cholelithiasis treated at the Veterinary Hospital of the Federal University of Uberlândia (MG) in 2003. Diagnosis was ganismo, resultantes do metabolismo
achieved through abdominal radiography and laboratorial exams, and confirmed by means of ultrasonography. Clinical signs protéico, lipídico e mineral, encontra-
such as anorexia, emesis and abdominal pain were common in the clinical stage of the disease. Patients underwent
cholecystectomy, which led to regression of symptoms and normalization of laboratory values. A premature diagnosis and dos em órgãos cavitários, ductos excre-
treatment of cholelithiasis is of paramount importance for asymptomatic patients, given the high death risk due to complications tores de glândulas, vias excretoras uri-
associated with this disease.
Keywords: Canines, gallbladder, choleliths, cholecystectomy nárias e biliares e no tubo intestinal 9.
A colelitíase é rara nos cães, podendo
Resumen: La colelitiasis es rara en perros, pudiendo presentarse asintomática o asociarse con señales clínicas atribuidas a se apresentar assintomática ou se asso-
estasis biliar, enfermedad obstructiva de conducto biliar, colicistitis, colangiohepatitis o peritonitis biliar. Este artículo relata dos ciar com sinais clínicos atribuídos à bile
casos de colelitiasis canina, atendidos en el Hospital Veterinario de la Universidad de Uberlândia, MG, en el año 2003. La
enfermedad fue diagnosticada a través de radiografía abdominal y alteraciones laboratoriales y fue confirmada por depositada, à doença do trato biliar obs-
ultrasonografía, siendo que señales clínicas como anorexia, vómitos y dolores abdominales fueron hallazgos comunes en la trutiva (DTBO), à colecistite, à colân-
fase clínica de la enfermedad. Los pacientes fueron sometidos a colecistectomía acabando con los síntomas clínicos y
normalizando los parámetros de laboratorio. Se hace necesario el diagnóstico precoz de la colelitiasis y el acompañamiento gio-hepatite ou à peritonite biliar 3,10.
del paciente asintomático visto el alto riesgo de muerte por las complicaciones asociadas a esta molestia. Dentre as principais alterações labo-
Palabras clave: caninos, vesícula biliar, colelitos, colecistectomía
ratoriais encontradas em cães com cole-
litíase estão a bilirrubinúria, a hiperbi-
Clínica Veterinária, n. 70, p. 42-46, 2007
lirrubinemia e as elevações séricas das
enzimas fosfatase alcalina (FA), gama
Introdução pela artéria cística, um ramo da artéria glutamiltransferase (GGT), alanino
A árvore biliar é constituída por pe- hepática 5. É responsável pelo armazena- aminotransferase (ALT) e aspartato
quenos ductos, que se unem para formar mento e pela concentração da bile 1, pro- aminotransferase (AST) 3,11.
os ductos intra-hepáticos maiores, os duto de secreção contínua do fígado 6 e A patogenia da colelitíase em cães é
quais saem dos lobos hepáticos para for- componente importante da digestão de desconhecida, sugerindo-se como causas
mar o ducto biliar comum extra-hepáti- nutrientes no intestino delgado 7. da formação dos colélitos traumas, estase
co 1. No homem 2 e nos gatos, diferente- A ejeção da bile é promovida pela biliar, alterações na dieta, colecistite e
mente dos cães, ocorre a união dos ductos contração da vesícula biliar, induzida infecções biliares parasitárias e bacteria-
biliar e pancreático, formando o ducto predominantemente pela ação da cole- nas 12. Três tipos de colélitos têm sido
biliopancreático 3. cistoquinina que é secretada pela muco- descritos em cães: os de colesterol, os de
Através do esfíncter de Oddi, o sa duodenal sob influência da ingestão pigmentos biliares e os mistos. Os coléli-
ducto biliar comum desemboca no duo- de gorduras e proteínas 1,6. tos de colesterol e mistos geralmente con-
deno, a cerca de três a seis centímetros A bile tem como principal função a têm mais de 70% de colesterol associado
do piloro 1. Esse esfíncter tem impor- emulsificação das gorduras dietéticas e a sais de cálcio, ácidos biliares, pigmen-
tante participação no fluxo biliar, regu- a ativação de certas lipases, processos tos, proteínas, ácidos graxos e fosfolípi-
lando o esvaziamento e o enchimento da estes que ocasionam a formação de mi- des. Os cálculos de pigmentos contêm
vesícula biliar 4, via conexão entre o celas, as quais promovem aumento na menos de 10% de colesterol, sendo pri-
ducto biliar comum e o ducto cístico 1. superfície disponível para a ação da li- mariamente compostos por bilirrubinato
A vesícula biliar constitui-se de um pase e facilitam a absorção dos lipídios de cálcio 6.
saco piriforme situado no lado direito pelo organismo 7. Além disso, grande O diagnóstico de colelitíase em cães
do fígado, entre os lobos quadrado e parte dos compostos endógenos e exó- pode ser feito através de exames radio-
medial direito, no lado diafragmático 1,5. genos advindos do catabolismo e da des- gráficos e ultra-sonográficos 11. Ao exa-
Divide-se em três partes: fundo, corpo e toxificação promovidos pelo fígado são me radiográfico, os cálculos de colesterol
colo, e seu suprimento sangüíneo é feito excretados na bile 1. são radioluscentes e os cálculos mistos e
Sofia Borin
Colélitos radiopacos contêm uma mistu- Em agosto de 2003, uma cadela poo-
ra de cálcio e bilirrubina 12. Há uma maior dle cinza de sete anos de idade, 14kg, da
porcentagem de cálculos radiopacos em cidade de Uberlândia (MG), foi encami-
cães do que as descrições em humanos, nhada ao Hospital Veterinário da Uni-
que têm maior predisposição a cálculos versidade Federal de Uberlândia (UFU),
de colesterol. Em virtude disto, o exame com histórico de vômito e anorexia. Ao
radiográfico é eficiente no diagnóstico de exame clínico apresentou obesidade,
colelitíase em cães. A ultra-sonografia é mucosas conjuntival e oral ictéricas, he-
muito empregada para a confirmação do patomegalia, sensibilidade abdominal à
diagnóstico de colelitíase canina 11. palpação em região epigástrica e arritmia
De acordo com a maioria dos autores, Figura 1 - Aglomerados radiopacos em região cardíaca.
o tratamento da colelitíase só deve ser hepática, em radiografia na posição lateral direita O quadro hematológico apresentou-
instituído se houver sinais clínicos da se normal, e na bioquímica sérica veri-
Sofia Borin
doença 3,11. Contudo, existem contradi- ficaram-se concentração de uréia sérica
ções entre os autores e poucos relatos normal (27mg/dL), aumento na ativida-
clínicos são apresentados pela literatura, de sérica das enzimas ALT (362 UI/L),
necessitando de maiores informações a FA (237 UI/L) e nas concentrações séri-
respeito do melhor momento para se cas de bilirrubina total (9,6mg/dL), bi-
instituir o tratamento. lirrubina direta (6,88mg/dL) e bilirrubi-
O presente artigo tem como objetivo na indireta (2,72mg/dL). A urinálise
relatar a ocorrência de dois casos de co- apresentou densidade de 1,025, pH áci-
lelitíase canina, bem como discutir a do, presença de sais biliares (+++),
etiopatogenia, o diagnóstico e as possí- pigmentos biliares (+++) e cristais de
veis complicações e medidas terapêuti- bilirrubina (+).
cas clínicas e cirúrgicas dessa moléstia. Ao exame ultra-sonográfico verifica-
ram-se distensão da vesícula biliar e
Relato do primeiro caso presença de colélitos hiperecóicos, con-
Em setembro de 2003, uma cadela firmando o diagnóstico de colelitíase
pinscher de dez anos de idade, 4,0kg, da (Figura 3).
cidade de Uberlândia (MG), foi encami- Após a confirmação do diagnóstico
nhada ao Hospital Veterinário da Uni- de colelitíase, e realizados os procedi-
versidade Federal de Uberlândia (UFU), mentos pré-operatórios necessários, as
com histórico de neoplasia na mama in- Figura 2 - Aglomerados radiopacos na região pacientes foram encaminhadas para o se-
hepática em radiografia na posição ventrodorsal
guinal esquerda. tor de cirurgia de pequenos animais para
Ao exame radiográfico na posição la- No hemograma evidenciaram-se leu- a realização da colecistectomia total.
teral observou-se a presença de um cocitose com desvio para a esquerda de- De ambas as pacientes foram retira-
agrupamento de pequenos corpos radio- generativo, eosinofilia, monocitose e lin- dos colélitos com diâmetro variando de
pacos na região hepática (Figura 1). focitose. A urinálise apresentou densida- 0,1 a 0,5cm, coloração preta e consis-
Confirmou-se que se tratava de cálculos de de 1,041, pH alcalino, presença de sais tência maciça e dura. Apesar de não ter
na vesícula biliar com a realização de biliares (+++) e pigmentos biliares (+++). sido possível a realização das análises
radiografia na posição ventrodorsal Aos exames bioquímicos constataram-se destes, as características macroscópicas
(Figura 2) e pelo exame ultra-sonográfi- concentração normal de uréia (39,4mg/dL), e radiográficas sugerem que se tratavam
co abdominal. No entanto, o animal não de creatinina (1,1mg/dL) e leve aumen- de colélitos mistos de bilirrubina e cál-
apresentava nenhum sinal clínico decor- to da atividade da ALT (61,7UI/L). cio (Figura 4).
rente do quadro de colelitíase. Ao exame ultra-sonográfico, obser-
Não foram verificadas alterações nos varam-se hepatomegalia e vesícula bi-
Sofia Borin
na medida certa.
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Aspectos clínico-patológicos Thomas Normanton Guim
MV, mestre, doutorando - PPGV/FV/UFPel
dos neoplasmas do
thomasguim@hotmail.com
Thomas N. Guim
tico só foi possível por meio de laparo- definitivo requer laparotomia explorató-
tomia exploratória. O restante dos ani- ria. É recomendada a biópsia de tecido
mais morreu ou foi submetido a eutaná- anormal para a confirmação por exame
sia, tendo o seu diagnóstico estabeleci- histopatológico, pois macroscopica-
do na necropsia e/ou no exame his- mente a pancreatite crônica pode ser se-
topatológico 4. melhante ao carcinoma pancreático 15.
Embora avaliações hematológicas e
bioquímicas não forneçam resultados Patologia
conclusivos, elas podem auxiliar no Macroscopicamente, em cães, tais tu-
Figura 2 - Aspecto macroscópico de nódulos
diagnóstico. No hemograma, neutrofi- mores se apresentam como uma massa, metastáticos (setas) localizados na superfície
lia absoluta com desvio à esquerda po- geralmente localizada na porção média serosa do intestino delgado de um felino, pro-
de ser observada, sendo usualmente re- do pâncreas. Em gatos, os carcinomas venientes de disseminação transcelômica
sultado de hemoconcentração decor- pancreáticos são mais difusos e podem
rente da desidratação 4,6,14, ou ainda, de se assemelhar à pancreatite crônica ou à
Thomas N. Guim
inflamação e necrose da gordura 17. Ele- hiperplasia nodular. Alguns tumores são
vação da amilase e da lipase séricas são discretos e nodulares e, na maioria das
inconsistentes. Se o ducto biliar co- vezes, são massas irregulares e pouco
mum estiver ocluído, bilirrubinemia circunscritas 1 (Figura 1).
pode ser observada e, em alguns casos,
Thomas N. Guim
as enzimas hepáticas séricas estão ele-
vadas 14,27,28,29.
Sinais radiográficos tendem a estar
ausentes ou são inespecíficos 30. Tumores
pancreáticos grandes podem produzir si-
nais radiográficos, indicando a presença Figura 3 - Pâncreas (HE), felino. Adenocarcino-
ma de pâncreas exócrino apresentando prolife-
de massa na porção cranial direita e pre- Figura 1 - Aspecto macroscópico de carcinoma ração de células neoplásicas com padrão tubular,
sença de fluido peritoneal. Entretanto, pancreático em um felino: massa amarelada, inseridas em estroma esquirroso. Objetiva 10x
com base nesses sinais, não há possibi- multilobulada e não circunscrita envolvendo o
estômago e o baço
lidade de distinguir um neoplasma pan-
Thomas N. Guim
creático de pancreatites ou tumores de A coloração varia de branco-acinzen-
estruturas adjacentes. Nódulos pulmona- tado a amarelo-pálido e a consistência é
res ou líquido pleural podem ser identi- variável, podendo ser firme ou friável.
ficados 14,30. Áreas de necrose, hemorragia e minera-
Embora seja difícil a identificação do lização podem ser encontradas no centro
pâncreas no exame ultra-sonográfico, do tumor. Necrose da gordura é freqüen-
este representa um teste diagnóstico po- temente observada no tecido adjacente
tencialmente útil pois proporciona o exa- ao pâncreas 1,4,5,6. A liberação de enzimas
me direto do pâncreas e dos órgãos adja- proteolíticas dos carcinomas do pân-
centes. É possível a identificação de nó- creas pode resultar em alterações císti-
dulos ou grandes massas na região do cas no tumor primário e esteatite necro- Figura 4 - Pulmão (HE), felino. Foco de células
pâncreas, e geralmente a ecotextura do sante do omento e gordura peritoneal 1,17. neoplásicas metastáticas apresentando padrão
fígado também se encontra alterada de- Na grande maioria dos casos, metás- tubular, similar ao observado no tumor primário
vido às metástases. Entretanto, existem tases para linfonodos regionais ou sítios mostrado na figura 3. Objetiva 10x
poucos relatos de achados ultra-sonográ- distantes ocorrem antes que o diagnósti-
ficos em animais com neoplasma pan- co seja estabelecido 28. Nódulos metastá- pouco diferenciados, representados por
creático 30,31,32. Há um único relato de car- ticos de diâmetros variados podem ser um tapete de células indiferenciadas.
cinoma pancreático em furões, com des- observados no fígado, no mesentério, Em uma mesma neoplasia pode ser
crição das imagens ultra-sonográficas 33. no omento, no peritônio, no duodeno observada, muitas vezes, variação do
A citologia do líquido abdominal ou (Figura 2), nos pulmões, no baço, no padrão e do grau de diferenciação 1,6,11.
de material aspirado de áreas suspeitas diafragma e nos rins 1,4,5,11,34. O diagnóstico diferencial entre neo-
pode revelar células neoplásicas e auxi- Os neoplasmas malignos do pâncreas plasmas pancreáticos exócrinos pobre-
liar no diagnóstico 15. Em estudo realiza- exócrino apresentam grande amplitude mente diferenciados e tumores pan-
do com treze animais portadores de car- de diferenciação. Histologicamente, os creáticos endócrinos pode ser difícil.
cinoma pancreático, a biópsia aspirativa adenocarcinomas são caracterizados por Técnicas de coloração especial para
com agulha fina guiada por ultra-som apresentar padrão de células bem dife- grânulos secretores, imuno-histoquími-
realizada em tecidos, ou de fluido renciadas, do tipo acinar ou tubular ca e/ou microscopia eletrônica podem
abdominal, foi diagnóstica em oito dos (Figuras 3 e 4), enquanto que os carci- muitas vezes ser necessárias para dife-
dez indivíduos em que foi realizada 32. nomas são caracterizados por padrões renciá-los 35,36,37.
dálmatas. Revisão de
Curso de Medicina Veterinária - UnB
larissaquino@gmail.com
se que esteja ligada à excreção excessi- desobstrução, foram retirados cerca de Figura 5 - Resultados obtidos na análise bio-
va de carnitina na urina. Cães que 800mL de urina. química do soro do paciente
apresentam deficiência na reabsorção Como exames complementares, foram
tubular renal, se alimentados com die- realizados hemograma completo, exame Assim, o cão foi considerado em con-
tas pobres em proteínas, consomem de urina, análise da função renal (uréia e dições de ser submetido ao tratamento
menos carnitina. Essa menor ingestão, creatinina) e atividade das enzimas cirúrgico, realizado no dia posterior à con-
somada à excessiva perda urinária sulta. Apesar da idade, o animal foi
desse aminoácido, resulta em cardio- submetido à cirurgia sem maiores com-
Christine Souza Martins
Relato de caso
Em agosto de 2005 foi atendido, no
Hospital Veterinário da Universidade
de Brasília, um cão da raça dálmata, Figura 4 - Detalhe dos urólitos ao longo da uretra Figura 6 - Urólitos presentes no interior da bexiga
Discussão e conclusão
Seguindo a tendência hereditária dos
dálmatas, o paciente apresentou forma-
ção de urólitos constituídos de urato de
amônio, em um caso ímpar devido à
Figura 7 - Aparência dos urólitos retirados após a cirurgia
imensa quantidade de urólitos cuja sin-
consistência pétrea. Uma amostra foi menos de uma semana. Foram indica- tomatologia só se tornou evidente após
enviada para análise qualitativa da cons- dos para o paciente o estímulo à inges- o deslocamento destes para a uretra, o
tituição mineral em um laboratório local tão de água e uma dieta terapêutica, para que sugere um processo crônico que
não especializado em urolitíase, que de- prevenir a formação de novos urólitos. leva ao questionamento do tempo ne-
monstrou a presença de urato de cálcio, Após o período de internação, agendou- cessário para a formação de tal quanti-
amônia, carbonato, oxalato e fosfato. O se retorno em quinze dias, para a reava- dade de cálculos.
restante foi enviado para análise quanti- liação do paciente, mas o proprietário Aparentemente não houve relação
tativa e qualitativa ao Centro de Uróli- não cumpriu o estabelecido. com infecções bacterianas, pois o exa-
tos de Minnesota, e teve como resultado Após um ano o paciente retornou ao me microbiológico da urina apresentou
100% de sais de ácido úrico formando o hospital pois, segundo o proprietário, o crescimento negativo. O exame de urina
interior dos urólitos, com uma camada animal estava cansado, dormindo por apontou presença de proteinúria, além
adicional de 100% de urato de amônia. mais tempo, com possível surdez, difi- de traços de sangue oculto e hemácias
Durante dois dias após a cirurgia o culdade para levantar, sentar e ficar em no sedimento, indicativos de uma pos-
cão ficou internado em observação, pé havia oito meses e incontinência uri- sível reação inflamatória.
pois apresentava hematúria com presen- nária havia quase quatro semanas. Ao O pH urinário levemente ácido de-
ça de coágulos de sangue e polidipsia. exame clínico foram constatados opaci- monstrou ser o ambiente ideal para a
Foi realizado tratamento com fluido- dade do cristalino em ambos os olhos, di- precipitação e a combinação dos cristais
terapia para manutenção, além da admi- ficuldade para se levantar e ficar em pé na forma de urólitos. Já a presença de
nistração de morfina e e enrofloxacina f. e andar cambaleante, tendendo para o cristais de bilirrubina é considerada nor-
O quadro evoluiu bem, com o fim da he- lado esquerdo; à auscultação, observou- mal em amostras de urina canina 7.
matúria e a melhora do jato de urina em se a presença de sopro cardíaco grau A avaliação bioquímica da função re-
IV/VI. Foi realizada uma radiografia nal permitiu observar concentração nor-
e) Dimorf, Cristália, Itapira, SP
f) Baytril 5%, Bayer, São Paulo, SP abdominal que permitiu a observação de mal de creatinina e uréia, o que levou à
ção da gaussiana dos dados, sendo indi- Tempo de quimioterapia (dias) 26,250 ± 10,320 53,444 ± 44,752 *
cado o método Mann-Whitney, para Volume da lesão inicial 13,463 ± 21,388 19,688 ± 19,592
comparação das médias de ambos os (volume globular médio)
grupos. As diferenças de incidência de Figura 1 - Diferentes características observadas nos animais dos dois grupos estudados.
c) Linfogex. Climax S.A. São Paulo, SP
Resultados expressos em média ± desvio padrão. O valor de N para o grupo experimental foi de
d) Hemogenim. Sanofi-Aventis. São Paulo, SP oito animais e para o grupo controle, de nove animais. São Paulo - 2004
e) Leucogen. Aché Laboratórios Farmacêuticos. Guarulhos, SP *Mann-Whitney, p≤0,05
f) Baypamun. Bayer S.A. São Paulo, SP
Nome do animal Pretinha July Fog Laika Meggy Luma Lacraia Faísca
Diagnóstico inicial TVT TVT TVT TVT TVT TVT TVT TVT
Processos concomitantes
N N/H N/H Ne / E (++) N N ndn E
(inicial)
Diagnóstico
TVT reduzido TVT V TVT reduzido TVT TVT * raras TVT
pré-quimioterapia
Processos concomitantes
N (+++) N (++) L N (+++) Ne; E; L; M Ne; E; L; M * L; M
(pré-quimio)
Diagnóstico final TVT reduzido ndn ndn TVT TVT reduzido ndn ndn ndn
Processos concomitantes
Ne; E; L; M ndn ndn N (+++) Ne; E; L; M ndn ndn ndn
(final)
* Material autolisado, impedindo análise adequada do material
Figura 6 - Principais parâmetros observados nos exames histopatológicos dos animais do grupo experimental. TVT = tumor venéreo transmissível;
N = necrose / apoptose; H = hemorragia; Ne = neutrófilos; E = eosinófilos; L = linfócitos; M = macrófagos; V = vaginite; ndn = nada digno de nota;
São Paulo - 2004
nho em cães, devido à grande variedade tro dos limites da normalidade 25. A ul-
de tamanhos desta espécie. Porém, na tra-sonografia deve ser sempre associa-
tentativa de determinar uma variação da com os achados clínicos e/ou outros
normal de tamanho renal para cães, foi métodos de diagnóstico por imagem
construído um gráfico relacionando para oferecer diagnósticos diferenciais e
comprimento renal e peso corpóreo, uti- detectar precocemente as alterações 24.
lizado para determinar rapidamente e Os achados ultra-sonográficos das
com confiança da ultra-sonografia se o doenças renais podem ser difusos, fo-
comprimento renal e o volume estão cais ou multifocais 24,36,43 e as lesões
Figura 5 - Imagem ultra-sonográfica de rim de fe-
dentro dos limites da normalidade. Tem podem estar localizadas no córtex, me-
lino apresentando sinal da medula (podendo não sido demonstrado que este gráfico pode dula, seios ou de forma generalizada 36,43.
representar significado clínico nesta espécie) ser utilizado para avaliar o tamanho As anormalidades difusas incluem
renal somente de cães que pesam entre alterações na ecogenicidade da cortical
medula possui pequena correlação com 10-70kg, com 95% de confiança 29. e/ou da medula, como aumento, dimi-
prognóstico devido à grande variedade Sabe-se também que a diurese pode nuição ou alterações mistas 24,25,36,43 (Fi-
de diferenciais (apesar de indicar causar alterações renais que devem ser gura 7). A perda de definição entre cór-
prognóstico grave para intoxicação por diferenciadas de algumas afecções, tex e medula também é considerada
etilenoglicol) 38. É importante saber como pielonefrite, hidronefrose inicial uma alteração difusa 24,25, quando a jun-
identificar um halo (separação hipoeco- ou trauma. Um estudo caracterizou os ção córtico-medular aparece pouco defi-
gênica na junção córtico-medular), repre- efeitos da fluidoterapia endovenosa em nida ou não é visibilizada, normalmente
sentando a medula normal entre o cór- rins de cães, e foi observado que a diu- devido ao aumento da ecogenicidade da
tex e o sinal da medula, para determinar rese não influenciou em nenhuma das cortical e medular 24,25.
com precisão a presença desta alteração. dimensões renais; porém, a maioria dos O córtex hiperecogênico pode ser
O sinal da medula possui normalmente rins examinados apresentou pielectasia observado em cães com glomerulonefri-
de 1 a 3mm, e pode estar presente quan- sem ureterectasia (que pode ser um fator te, calcificação parenquimatosa difusa,
do há depósitos de minerais ou processo importante para diferenciar pielectasia necrose tubular 36, glomeruloesclerose,
infiltrativo, como nefropatia hipercalcê- de hidronefrose (Figura 6) ou pielone- amiloidose e nefrocalcinose 25. A nefro-
mica, necrose tubular e peritonite infec- frite) 41. Outro estudo também demons- patia hipercalcêmica também pode le-
ciosa felina (PIF) 38. Apesar de alguns trou pielectasia leve a moderada em var a um discreto aumento da ecogeni-
autores acreditarem que este achado ul- cães, secundária a fluidoterapia endove- cidade da cortical, porém com a junção
tra-sonográfico é um indicador adicio- nosa 42. córtico-medular definida 44. Aumento di-
nal de lesão renal primária em alguns fuso da ecogenicidade do parênquima
animais 38, outros acreditam que o sinal Alterações renais observadas ao exame com diminuição da definição córtico-
da medula como única alteração ocorre ultra-sonográfico medular pode ser visibilizada em cães
provavelmente em cães sem disfunção A ultra-sonografia pode ser útil na com doença renal em fase terminal, ne-
renal, concluindo que cães com doença avaliação de doenças renais, e estas al- crose tubular, nefrite intersticial e glo-
renal e sinal da medula devem ter outros terações podem estar relacionadas ao ta- merulonefrite 36. Em gatos, a hipereco-
sinais ultra-sonográficos para que se manho, contorno, forma, ecogenicidade genicidade difusa do córtex com junção
considere o sinal da medula como um e arquitetura interna. É importante saber córtico-medular preservada tem sido
achado significativo 39. que a maior parte dos diagnósticos das vista em animais com linfoma, nefrite
afecções renais não deve ser baseada so- intersticial, glomerulonefrite, peritonite
Mensurações mente nos achados ultra-sonográficos,
Sabe-se que doenças renais podem
causar alterações na forma e tamanho
Georgea Bignardi Jarretta
Georgea Bignardi Jarretta
em uma arara-vermelha
VPT/FMVZ/USP
casagrande_vet@yahoo.com.br
de objeto metálico
Marcelo Queiróz Teles
Médico veterinário
Zoológico de Paulínia
marceloqt@hotmail.com
Histórico clínico
Obstrucción de tráquea en un guacamayo Uma arara-vermelha (Ara chloroptera),
macho, de aproximadamente seis anos
rojo (Ara chloroptera) debido a la de idade, mantida no Zoológico de
aspiración del objeto metálico Paulínia, Estado de São Paulo, foi reco-
lhida do recinto em julho de 2005 por
apresentar dispnéia acentuada com mo-
Resumo: Uma arara-vermelha (Ara chloroptera), macho, de aproximadamente seis anos de idade, mantida no Zoológico de vimentos caudais intensos. Durante o
Paulínia, apresentou dispnéia, oscilação caudal e óbito um dia após o início dos sinais clínicos. Na necropsia, à abertura da
traquéia observou-se estrutura metálica em forma de “V” com presença de cáseo obstruindo o lúmen. Microscopicamente, foi exame clínico a ave apresentou piora
evidenciado na traquéia necrose epitelial, metaplasia escamosa, infiltrado heterofílico na lâmina própria e proliferação fibro-
blástica, fibroplasia e neovascularização, cartilagem hialina com metaplasia óssea e medula óssea funcional. No lúmen da
dos sinais clínicos, e foi tratada com
traquéia observou-se fibrina, debris celulares, células inflamatórias degeneradas, derrame de hemácias, colônias bacterianas Enrofloxacino a (1mL/10kg IM, SID).
e Aspergillus sp. Relata-se, então, um caso de obstrução traqueal em arara-vermelha (Ara chloroptera) por processo infla- Não foi realizado exame radiográfico
matório crônico-fibrosante associado a colônias bacterianas e Aspergillus sp., em decorrência de corpo estranho.
Unitermos: sistema respiratório, oclusão, psitacídeos devido à ausência de recurso. Um dia
após o início do tratamento o animal foi
Abstract: A 6-year-old male green-winged macaw (Ara chloroptera) of the Paulínia Zoo presented with a history of acute onset
novamente contido fisicamente, passan-
dyspnea, caudal oscillation and died one day later. Necropsy revealed a metallic v-shaped foreign body associated with do a mostrar sinais de debilidade e
caseous lumen obstruction. Microscopically, the tracheal epithelium had multifocal severe necrosis and squamous metaplasia;
there was also a diffuse mild inflammatory heterophilic infiltration in the lamina propria, as well as proliferation of fibroblasts
vindo a óbito neste mesmo dia.
associated with fibroplasia and neovascularization. The hyaline cartilage displayed bone metaplasia associated with functional
bone marrow. Findings within the tracheal lumen included severe fibrin deposition, cell debris, degenerate inflammatory cells,
hemorrhage, bacterial colonies and fungal hyphae consistent with Aspergillus sp. This article reports a case of a green-winged
Descrição macroscópica
macaw (Ara chloroptera) on an acute onset dyspnea caused by an inflammatory infiltration in association with bacterial colonies O animal foi encaminhado ao Servi-
and Aspergillus sp, as a consequence of a foreign body.
Keywords: respiratory system, occlusion, psittacid
ço de Patologia do Departamento de Pa-
tologia da Faculdade de Medicina Vete-
rinária e Zootecnia da Universidade de
Resumen: Un guacamayo rojo (Ara chloroptera), macho, de aproximadamente seis años, del Zoológico de Paulínia,
presentó disnea y oscilación caudal, muriendo un día después. En la necropsia, al abrir la tráquea se observó una estructura São Paulo (FMVZ/USP) para realização
metálica en forma de “V” asociada con un material caseoso obstruyendo la luz. Microscópicamente fue observado necrosis de exame necroscópico. Macroscopica-
epitelial, metaplasia escamosa, infiltrado heterofílico en la lámina propia y proliferación fibroblástica con fibroplasia y
neovascularización, cartílago hialino con metaplasia ósea y médula ósea funcional. En la luz se observó fibrina, detritos mente foi observado excelente estado
celulares, células inflamatorias degeneradas, derrame de eritrócitos, colonias bacterianas y Aspergillus sp. De esta forma, se nutricional, com moderada quantidade
describe un caso de obstrucción traqueal por proceso inflamatorio crónico fibrosante asociado a colonias bacterianas y
Aspergillus sp. secundario a cuerpo extraño en un guacamayo rojo (Ara chloroptera). de depósitos de gordura subcutânea. À
Palabras clave: sistema respiratorio, oclusión, psitacideos abertura da traquéia evidenciou-se es-
trutura metálica em forma de “V”, com
Clínica Veterinária, n. 70, p. 102-104, 2007 aproximadamente 1,5cm, associada a
material caseoso esbranquiçado, obstru-
indo totalmente a luz (Figuras 1 e 2). Na
Introdução Em aves os corpos estranhos são mais porção distal da traquéia observou-se lí-
Aspirações de corpos estranhos e as- comuns no trato gastrointestinal 10, mas quido espumoso esbranquiçado indica-
fixia são relatadas com freqüência em há relatos de obstrução traqueal por tivo de edema. Os pulmões apresenta-
crianças 1, podendo resultar em signifi- corpo estranho, principalmente por se- vam edema acentuado, coloração aver-
cativa morbidade e mortalidade 2. Asfi- mentes 11. Foi descrito um caso de obs- melhada difusa e pleura esbranquiçada.
xia por aspiração de corpo estranho trução traqueal por semente em uma ca- Os demais órgãos não apresentaram al-
também tem sido documentada em pes- lopsita (Nymphicus hollandicus), a qual terações dignas de nota.
soas adultas 3. Nos animais existem vá- foi removida com sucesso por meio de
rios relatos em gatos 4,5,6,7 e em cães 8,9. um endoscópio 12. a) Flotril 2,5%®. Schering-Plough, São Paulo, SP
Macaco comunicativo*
Estudo identifica 14 tipos de elementos sonoros que fazem
parte da comunicação complexa do muriqui (Brachyteles hypoxanthus)
E
m nosso último artigo abordamos produza lu-
a questão da conscientização a cros cres-
respeito de como se formou a centes e
nossa “personalidade gerencial” ao consisten-
longo dos anos e de como é importante tes. Muita
reconhecer que as mudanças foram ne- coisa? Sim,
cessárias. Elas se tornam fundamentais mas é essa
em tempos de alta competitividade e, a realidade
principalmente, em tempos de auto- que espera
análise por parte dos milhares de pro- aqueles que
prietários de clínicas, consultórios, la- abriram seus negócios e que precisam em sua estrutura de negócios, seja sua
boratórios, hospitais e petshops que torná-los saudáveis e competitivos, pois clínica, petshop ou centro de diagnósti-
estão enfrentando uma série de fatores, é deles que se origina a geração de cos.
internos e externos, que estão influen- renda, que é o objetivo final de todo Por mais que você seja um profis-
ciando os padrões de decisão desses investimento feito. sional da medicina veterinária e sua for-
proprietários sobre o que fazer, como Mas se eu pudesse ressaltar um ponto mação não tenha agregado ferramentas
fazer e, principalmente, por onde importante na sua formação como líder básicas de gestão que poderiam lhe aju-
começar. em seu negócio eu escolheria a CRE- dar e muito nesse período, lembre-se
Mas o que se espera de alguém que DIBILIDADE. Como construir essa que esta é a responsabilidade mais indi-
seja líder, ou melhor, que esteja líder? credibilidade? Esta construção é um vidual em todo o processo de cons-
Para começar, devo reconhecer que a processo que pode ser o resultado final trução de uma liderança: a construção
palavra líder ainda é um pouco desco- de um somatório de ações como: procu- de sua própria realidade como gestor,
nhecida. É como se fosse uma “estranha rar a correção em suas atitudes; primar como proprietário e como líder.
no ninho” no universo diário da medi- pela qualidade de todos os seus rela- Na prática meu maior conselho é que
cina veterinária. É algo pouco familiar e cionamentos pessoais e comerciais; todos busquem estabelecer rotinas de
ainda recebido de modo refratario pelos desenvolver ao máximo todas as suas controle em seus negócios, marcando
profissionais. Vamos mudar um pouco potencialidades; e ser acima de tudo sua presença em todas as etapas, não
isso para tornar mais fácil a tarefa de capaz de direcionar os rumos de seu apenas a velha e conhecida centraliza-
falar em liderança ? negócio com a clareza e transparência ção de poder, mas um mix de ações que
O líder então se transforma naquele em seus conceitos, ações, palavras e possam estimular suas equipes de tra-
que é o proprietário, ok? O “dono”, o posturas com todos aqueles que o cer- balho a desenvolver o hábito de com-
“empreendedor” ou simplesmente aque- cam, em especial aqueles que convivem preender que fazem parte da estrutura
le que paga as contas, estamos com- com você por mais de oito horas diárias da clínica e do consultório, além de
binados? Reconheceu-se nesse papel? e que dependem de seu exemplo, sua assumirem que o sucesso do negócio
Então vamos em frente. orientação, dos limites impostos por passa por suas mãos.
O que esperamos de você nesse novo você, das regras criadas por você e dos A medicina veterinária enfrenta
cenário, onde se fala de liderança em estímulos e orientação tão necessários: a momentos de verdade em todas as situa-
tudo que é revista do segmento de sua equipe de trabalho! ções onde ela se relaciona com outros
gestão e administração e até em revistas O exemplo dado por você é capaz de universos, como o mercado consumi-
voltadas para o universo da medicina economizar horas de treinamento ofere- dor, a gestão de negócios e o próprio
veterinária? cido para a sua equipe de trabalho, cenário econômico onde se insere. Esta
Esperamos que você assuma as desde que esse exemplo também seja realidade faz crescer a necessidade de
rédeas de seu negócio em atitudes e pos- fruto de um somatório de suas habili- uma maior conscientização para que os
turas, como ser o centro de toda a estru- dades natas e de muito treinamento profissionais do mercado veterinário se
tura. Que seja exemplo com suas habi- adquirido em cursos, worskhops, vejam capazes de assumir a paternidade
lidades e competências; o porto seguro palestras, leituras de livros e sites, e, desse “bebê” chamado liderança, que
nas crises que possam surgir; respon- principalmente, de sua experiência engatinha, mas que em pouco tempo e
sável pela entrega de decisões rápidas e adquirida na lida diária com clientes, no que depender desse colunista que vos
objetivas; que construa e mantenha uma fornecedores e concorrentes. escreve, estará caminhando a passos lar-
equipe de trabalho coesa e competitiva; A construção dessa CREDIBILI- gos.
que reaja rapidamente à mudança DADE passa pela necessidade de cons- Que tal dar o primeiro passo ao ter-
no cenário pet e, ainda por cima, cientização do valor que você imprimirá minar de ler este artigo?
A 3M do Brasil apre-
senta ao mercado
de saúde animal uma
formação de uma película
protetora, composta por mi-
croporos, deixando-a trans-
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O produto, que pos- sujeira, entrem em contato pios ativos da natureza
sui aplicação indolor, com a pele, facilita o pro- para dentro dos ambien-
oferece maior adesão cesso de cicatrização, ali- tes, produzindo efeito cal-
do que os esparadrapos via a dor e o incômodo das mante, tranqüilizante e
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convencionais, com a feridas e queimaduras, tra- anti-estressante, transmi- na harmonização
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lícula formada propor- instantaneamente. sação de carinho e aconchego.
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podendo ser aplicado em articulações e citotóxico, não sai na água e permanece erva-doce, capim limão e marine.
nos coxins. Pode ser usado em cortes e ativo por até 24 horas. Sua remoção se Pet Mais: www.petmais.ind.br
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processos de amputação. Também é ce a renovação celular.
indicado para aliviar o prurido causado O uso do produto não é recomendado ANTISSÉPTICO
por processos alérgicos, dermatites, em locais infeccionados. NATURAL
picadas de insetos, alergias de contato e O produto é inflamável e deve ser
lesões na pele, entre outras aplicações. mantido fora do alcance de crianças e
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animais (1%) e foi desenvolvido após um ano de pesquisas sobre as Antisséptico é tisséptico, combatendo
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em frascos de bactérias e fungos de
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gatos, entre outros ingredientes essenciais. mento protetor contra a multiplicação
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nhadas muito grandes e não têm espaço para ama- tringente, com capacidade de remover
mentar, em casos de rejeição da fêmea e até mesmo tecidos necrosados e facilitar a forma-
para alimentar filhotes órfãos. ção de uma nova camada tecidual que
O Pet Milk está ainda mais fácil de diluir, possui veda e protege a ferida (confrei)", expli-
odor agradável e sabor que agrada muito os filhotes. ca Rita de Cássia, médica veterinária da
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gem especial: é apresentado A Total Ali- meira combate os vermes chatos como o
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Canin, Renata Carron, ciada a ácidos graxos insaturados (ôme- mos, assegurando uma boa ingestão,
salienta que: “o bulldog, ga 6 e ômega 3) e zinco. evitando desperdício do produto, facili-
por ser braquicefálico, O formato e a textura do croquete da tando a higienização da mamadeira e
O Bulldog 24 está apresenta dificuldade Bulldog 24 corroboram para uma fácil prevenindo a sua contaminação por
disponível em em- para a apreensão do ali- preensão, mastigação e redução da for- agentes nocivos ao filhote.
balagem de 10,1kg mento, o que comprome- mação de cálculo dental. O 1st Age Milk é elaborado com proteí-
te a mastigação devido à nas exclusivamente lácteas, ácidos graxos
pequena pressão dos dentes incisivos no Substituto do leite materno (ômega 3 e 6) e não contém amido, ga-
alimento e a limitada amplitude da man- O leite instantâneo para animais rantindo uma excelente segurança diges-
díbula. O animal também é predisposto recém nascidos, o 1st Age Milk para cães tiva além de reduzir o risco de diarréia.
a problemas digestivos e respiratórios, e o Babycat Milk para gatos, já estão O Babycat Milk também apresenta
por seu diafragma comprimir o sistema disponíveis no mercado veterinário. Para uma exclusiva combinação de nutrientes
digestivo, as células intestinais recebem tornar o processo da alimen- (taurina, EPA/DHA, vitami-
menos oxigênio, resultando em uma tação o mais próximo do nas e arginina). A seleção
digestão preguiçosa que pode provocar natural, as duas versões de proteínas lácteas de alta
ruídos e flatulência”. acompanham uma mama- qualidade reforça a to-
O alimento Bulldog 24 promove a deira com bico dosador. lerância digestiva.
boa digestão e ajuda a reduzir a flatulên- Eles podem ser usados
Divulgação
na e afeto, nessa ordem - encara o locais ermos, pois apesar de não apre-
trabalho com os cães como uma missão: sentarem perigo, esses cães podem pare-
“reabilitar cães e treinar pessoas”. cer temíveis e perigosos para alguém
Cesar nos mostra como construir um que vê pela primeira vez um homem
bom relacionamento com os cães e afir- correndo com uma matilha. Cesar e seus
ma que tratá-lo segundo sua natureza assistente estão sempre atentos para
(de cachorro!) é crucial para a felicidade qualquer cão que necessite ser preso e
do animal de estimação. Ele também dá conduzido pela guia.
exemplos claros de como os cães podem A obra O encantador de cães possui
mudar de comportamento e atitude com um excelente conteúdo sobre como en-
abordagem e tratamento corretos. Em tender o comportamento canino, sendo
Cesar’s Way, best-seller do New York seu Centro de Psicologia Canina, Cesar útil tanto para proprietários de cães
Times durante 25 semanas, é lançado
no Brasil pela Verus Editora tem mais de cinqüenta cachorros, quanto para profissionais do setor vete-
muitos dos quais ele salvou de serem sa- rinário. As informações que contém pro-
5 de outubro - sexta-feira
Sala 1 Sala 2
08h - 08h50 Clínica e manejo de répteis em cativeiro. Rafael Motta (UNIPAC) PIF – como diagnosticar? Bruno Marques (USP)
09h - 09h50 Incompatibilidades e interações medicamentosas. FIV e FeLV – são importantes? Bruno Marques (USP)
Fernando Antônio Bretas Viana (UFMG)
09h50 - 10h20 Intervalo Intervalo
10h20 - 11h10 Rinite e asma atópicas em humanos por aeroalérgenos Erliquiose – o que há de novo? Mitika K. Hagiwara (USP)
provenientes de animais. Marconi R. de Farias (PUC PR)
11h20 - 12h10 Aspectos clínicos do escorpionismo. Marília M. Melo (UFMG) Esquema vacinal de cães e gatos. Mitika K. Hagiwara (USP)
12h10 - 14h00 Almoço Almoço
14h00 - 14h50 Verdades e mentiras na IRC. Luiz Henrique Machado Meus melhores casos. Marconi Rodrigues de Farias (PUC PR)
(Unesp/Botucatu)
15h00 - 15h50 Verdades e mentiras na IRC. Luiz Henrique Machado Dermatofitose no cão e no gato. Fabiana Hayeck Scucato (BH)
(Unesp/Botucatu)
15h50 - 16h20 Intervalo Intervalo
16h20 - 17h10 Se vira nos 15’ Alergopatia I – DAPP. Adriane Pimenta da Costa Val (UFMG)
17h20 - 18h10 Se vira nos 15’ Alergopatia II – Hipersensibilidade alimentar e atopia.
Adriane Pimenta da Costa Val (UFMG)
6 de outubro - sábado
Sala 1 Sala 2
08h00 - 08h50 Tratamento das fraturas pélvicas. Leonardo Muzzi (UFLA) Diagnóstico e terapia da escabiose canina e felina. Éricka
Homan Delayte (BH)
09h00 - 09h50 Radiologia do tórax – desafios e interpretação. Euler Diagnóstico e novos protocolos da demodicose canina.
Fraga (UFMG) Éricka Homan Delayte (BH)
09h50 - 10h20 Intervalo Intervalo
10h20 - 11h10 Nutrição do paciente crítico. Wandréa de Souza Mendes Parece, mas não é. Leonardo Motta Batista (BH)
(Royal Canin do Brasil)
11h20 - 12h10 Reprodução em pequenos animais: inovações tecnológicas. Neoplasias cutâneas. Gleidice E. Lavalle (UFMG)
Guilherme Ribeiro Valle (PUC-Betim)
12h10 - 14h00 Almoço Almoço
14h00 - 14h50 Reabilitação em pacientes ortopédicos. Maria Cecília Toxoplasmose – O que precisamos saber? Vitor Márcio
Oda Teixeira (Vet Spa - SP) Ribeiro (PUC-Betim)
15h00 - 15h50 Reabilitação em pacientes neurológicos. Maria Cecília Cinomose – novidades? Luciana Moro (UFMG)
Oda Teixeira (Vet Spa - SP)
15h50 - 16h20 Intervalo Intervalo
16h20 - 17h10 Associação de medicação homeopática em Leishmaniose – PCR x sorologia. Eloísa de Freitas (UFMG)
casos complicados. Denerson Ferreira Rocha (BH)
17h20 -18h10 Odontologia em animais idosos. Marcello Roza (Brasília) Enterites por protozoários – diagnósticos e tratamento.
Paulo Renato dos Santos Costa (UFV)
Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais - Regional MG (Anclivepa-MG)
Avenida Raja Gabáglia, 3601 - sala 106 - São Bento - Belo Horizonte / MG - CEP 30350-540
Telefax: (31) 3297-2282 - anclivepa@anclivepa-mg.com.br - www.anclivepa-mg.com.br
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A - perdas B - manutenção C - perdas de fluido a
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