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@lilyfazvet
1. Osteologia ............................................................................................................................. .... 3
2. Artrologia ................................................................................................................................... 5
3. Miologia ..................................................................................................................................... 7
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A osteologia é o ramo anatômico que estuda a estrutura, a forma e o desenvolvimento dos
ossos que, ao formarem o esqueleto, possuem a função de sustentação do corpo e dos órgãos do
animal, permitindo que ele se movimente e se reproduza. Além disso, o esqueleto também atua
como um depósito de minerais (cálcio e fósforo) e no processo de hematose, produção de sangue.
O esqueleto de um animal pode ser dividido em três porções: axial (crânio, vertebras e
cauda); apendicular (braços e pernas); e visceral (ossos localizados dentro de órgãos). E o número
de ossos encontrados pode variar de acordo com a idade, a espécie e o sexo do animal.
A estrutura de um osso é formada pela diáfise (encontrada nas hastes dos ossos longos), a
epífise (forma as pontas dos ossos) e a metáfise (porção dilatada da diáfise mais próxima da
epífise). Além disso, os ossos são compostos por substâncias compactas e esponjosas. A medula
óssea vermelha, que é o centro da atividade hematopoiética, é encontrada nas áreas esponjosas,
enquanto a medula óssea amarela, que é constituída por tecido adiposo, é encontrada nas áreas
compactas.
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Os ossos também contam com uma elevada irrigação sanguínea, uma vez que, necessitam
ser nutridos constantemente. A superfície dos ossos é irrigada pelas artérias periósticas, que
percorrem todo o periósteo, e a sua parte interior é irrigada por várias artérias nutritivas, que
proporcionam elementos minerais a todas as células. As veias, que recolhem os resíduos, fazem um
percurso semelhante ao das artérias.
Os ossos são anatomicamente classificados quanto ao seu formato e tamanho, podendo ser:
longos, curtos, planos, irregulares, sesamóides ou pneumáticos. Os ossos longos são longos,
espessos e tubulares, possuindo canais de havers (Ex.: úmero, ulna, rádio, fíbula, tíbia e fêmur). Os
ossos curtos são curtos, largos e cuboides, sendo encontrados apenas nos ossos do carpo e do
tarso. Os ossos planos possuem comprimento e largura equivalentes à sua espessura, sendo
encontrados em alguns ossos do crânio, nas costelas e no esterno. Os ossos irregulares
apresentam uma forma complexa e não seguem nenhum padrão, sendo encontrados nas vertebras,
no ilíaco e em alguns ossos do crânio. Os ossos sesamóides são pequenos e chatos e são
encontrados nos tendões, na região em que eles entram em contato com as extremidades dos ossos
longos. Por fim, os ossos pneumáticos apresentam uma ou mais cavidades, que são chamadas de
seios ou sinus, revestidas de mucosa e contendo ar. Eles são encontrados no crânio.
osso longo osso curto osso plano osso irregular osso sesamóide osso pneumático
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A artrologia consiste no estudo das articulações, que são as estruturas responsáveis por unir
um osso ao outro e formar o esqueleto animal. As articulações têm como função proteção, torção,
alavanca, locomoção, angulação e deslocamento. Elas podem ser classificadas de acordo com a
sua forma de união, sendo elas: fibrosas, cartilaginosas ou sinoviais.
As articulações fibrosas unem os ossos por meio de T.C. fibroso, possuem pouco movimento
e não possuem cavidade articular. Elas podem ser divididas em três subclasses: sindesmose, sutura
ou gonfose. As sindesmoses consistem nos ossos unidos por uma longa faixa de tecido fibroso,
como por exemplo, o rádio e a ulna. As suturas estão presentes no crânio dos animais e podem ser
planas, serreadas ou escamosas. Já as gonfoses são as inserções dos dentes nos alvéolos
dentários.
As articulações sinoviais unem os ossos por meio da cartilagem hialina, tem um amplo
movimento e possuem cavidade articular. Quando essas articulações unem apenas dois ossos são
consideradas simples, e quando unem três ou mais são chamadas de compostas.
Os movimentos realizados pelas articulações são divididos em quatro tipos, sendo eles: flexão
e extensão; adução e abdução; rotação e circundação.
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Vale ressaltar que os feixes de tecido fibroso que unem dois ou mais ossos entre si em uma
articulação são chamados de ligamentos. Eles são constituídos por fibras colágenas ordenadas, o
que os garante muita resistência e podem ser intracapsulares ou extracapsulares
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A miologia é a área da anatomia voltada ao estudo dos músculos. A função dos músculos nos
corpos dos animais é a locomoção, a respiração, a circulação sanguínea, a mastigação, a digestão e
a termogênese. Eles são formados por células e fibras musculares, que tem como unidade funcional
os miócitos, e são caracterizados por uma alta contratilidade, elasticidade, excitabilidade e
condutibilidade.
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O sistema cardiovascular é formado pelo coração, vasos sanguíneos e linfáticos.
O coração é circundado pelos pulmões e protegidos pelas costelas. Ele é formado por uma
base e um ápice, dois átrios e dois ventrículos. A maioria das suas funções está relacionada ao
transporte de substâncias, como gases, nutrientes, excretas, anticorpos e hormônios, mas, além
disso, ele também atua como agente termorregulador em animais homeotérmicos, como aves e
mamíferos.
O coração também possui quatros valvas, que permitem o fluxo sanguíneo entre os átrios e
os ventrículos. A valva mitral ou bicúspide possibilita o fluxo sanguíneo entre o átrio e o ventrículo
esquerdo; a valva tricúspide possibilita o fluxo sanguíneo entre o átrio e o ventrículo direito; a valva
aórtica está localizada na saída do ventrículo esquerdo para a aorta, possibilitando o fluxo
sanguíneo entre essas duas estruturas; e a valva pulmonar fica localizada na saída do ventrículo
direito para a artéria pulmonar, possibilitando o fluxo sanguíneo entre essas duas estruturas.
Além disso, ele possui três camadas de revestimento: o miocárdio, que é uma parede
espessa composta de músculo cardíaco; o epicárdio, que reveste externamente o miocárdio; e o
endocárdio, que é uma lâmina fina e lisa que reveste internamente o miocárdio.
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O coração permite que o sangue circule pelo corpo de duas maneiras diferentes, uma pela
grande circulação e a outra pela pequena. A grande circulação, também conhecida como circulação
sistêmica, é responsável por levar o sangue rico em oxigênio para o corpo e devolver o rico em CO2
para o coração. Já a pequena circulação leva o sangue do coração até o pulmão para que ocorra a
hematose e, posteriormente, o retorna ao coração. Vale ressaltar que no período de gestação as
fêmeas realizam um terceiro tipo de circulação, a fetal. Na circulação fetal o sangue oxigenado
chega na placenta através da veia umbilical. Ao se aproximar do fígado o sangue passa para o ducto
venoso, um vaso fetal que comunica a veia umbilical com a veia cava inferior. Percorrendo a veia
cava inferior, o sangue chega ao átrio direito e é direcionado para o átrio esquerdo. O ducto arterial,
ao desviar o sangue da artéria pulmonar para a artéria aorta, protege os pulmões do feto da
sobrecarga e permite que o ventrículo direito se fortaleça para a sua total capacidade funcional ao
nascimento.
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O sistema digestório é responsável pelos processos de apreensão de alimentos,
mastigação, ingestão, digestão, absorção e eliminação de resíduos. Ele é constituído pelos órgãos:
boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso e as glândulas acessórias (glândulas
salivares, pâncreas e fígado.
A boca consiste no conjunto de: cavidade bocal, estruturas acessórias (dentes, língua e
lábios) e as glândulas salivares. Suas principais funções são a apreensão, mastigação e insalivação
dos alimentos. A cavidade bocal se inicia entre os lábios e segue até a faringe, porém, suas
proporções variam de acordo com os hábitos alimentares dos animais, sendo maiores em carnívoros
e menores em herbívoros e roedores. Os lábios são responsáveis por selecionar o alimento que será
ingerido e são formados por pele, uma camada intermediária de músculo, tendão, glândulas e por
uma mucosa oral. A língua ocupa a maior parte da cavidade oral e se estende até a orofaringe. A
sua raiz e seu corpo são fixos, porém seu ápice é livre e é capaz de realizar movimentos precisos
que auxiliam na alimentação do animal. Os dentes se desenvolvem em diferentes regiões da boca,
buscando suprir as necessidades fisiológicas de cada animal. Eles são implantados em alvéolos
dispostos ao longo das margens da maxila e da mandíbula, que forma um arranjo chamado de
tecodonte. As glândulas salivares secretam a saliva, que mantem úmido o interior da boca,
facilitando a mastigação do alimento e lubrifica sua passagem. Vale ressaltar que as glândulas
menores produzem secreções mucosas, enquanto as glândulas maiores produzem secreções
fluidas.
A faringe situa-se atrás da boca e segue até o esôfago, onde é dividida em duas partes pelo
óstio intrafaríngeo: a nasofaringe e a orofaringe. A nasofaringe é considerada parte da cavidade
nasal, uma vez que, não participa do processo digestório e serve passivamente para condução do
ar. Ela contém numerosas glândulas mucosas e bastante tecido linfoide, que é responsável por
formar as tonsilas faríngeas. Já a orofaringe atua limitando o tamanho das porções que podem ser
deglutidas. Ela possui tonsilas palatinas que tem sua disposição alterada de acordo com a espécie
do animal. A área de transição entre a nasofaringe e a orofaringe é chamada de laringofaringe, que
é onde a epiglote está localizada.
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O esôfago é responsável por conduzir os alimentos da faringe ao estômago, ao qual se une
por meio da região da cárdia. Ele é constituído por partes cervical, torácica e abdominal, sendo a
última sua menor porção, e é revestido externamente por tecido conjuntivo no pescoço e serosa no
tórax e abdome. Já a sua parte interna é dividida em submucosa e mucosa, as quais ajudam a
dispor dobras longitudinais ao longo de sua estrutura.
O intestino grosso é um tubo curto e um pouco mais largo que o intestino delgado que segue
curso em direção ao ânus. Ele possui uma mucosa lisa e repleta de linfonodos, por conta da
ausência de vilosidades, e pode ser dividido em ceco, cólon e reto. O ceco é a primeira parte do
intestino grosso e consiste num segmento intestinal de fundo cego ligeiramente mais largo que o
intestino delgado. O colón é uma estrutura lisa de calibre uniforme que fica suspenso em todo o seu
comprimento pelo mesocólon, que o faz ser dividido em três partes – ascendente, transversa e
descendente. Por fim, o reto consiste na parte final do intestino grosso, que atravessa o limite
abdominopélvico e se situa sobre os órgãos reprodutivos, a bexiga e a uretra.
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Legenda
1- Colo descendente
2- Duodeno
3- Colo transverso
4- Reto
5- Ceco
6- Íleo
7- Colo ascendente
8- Jejuno
9- Rúmen
10- Retículo
11- Esôfago
12- Omaso
13- Abomaso
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O sistema respiratório garante a captura do oxigênio e a liberação do gás carbônico do
corpo dos animais. Ele é responsável pelas trocas gasosas no sangue, além de atuar na regulação
do pH (acidose e alcalose respiratória), no controle da temperatura, na fonação e no olfato.
Ele também pode ser dividido em duas porções: a condutora (nariz e cavidade nasal,
faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos) e a respiratória (pulmões, bronquíolos
respiratórios e alvéolos).
O nariz é formado pelo vestíbulo, que é o início da cavidade nasal, e as narinas, que são a
abertura para o exterior. As suas funções são aquecer, umedecer e filtrar o ar respirado e o seu
formato varia de acordo com as espécies, podendo ser: plano nasal (pequenos ruminantes, cães e
gatos), plano rostral (suínos), plano nasolabial (bovinos) e cartilagem alar (equinos).
A laringe garante a conexão entre a faringe e a traqueia. Suas funções são a condução de ar
e a fonação. Ela é formada por quatro cartilagens que tem sua forma variada entre as espécies,
sendo elas: epiglótica, tireóidea, aritenóidea e cricóidea.
A traqueia é um tubo cartilaginoso que dá origem aos brônquios numa bifurcação chamada
de carina. Nos suínos e ruminantes, ela também se ramifica numa estrutura conhecida como
brônquio traqueal.
Traqueia
Brônquio traqueal
Legenda
Brônquio
1- Epiglote
2- Tireoide
3- Cricóide
Bronquíolos
4- Aritenoide
5- Traqueia
Os brônquios são ramificações da traqueia que penetram nos pulmões pela região do hilo e
formam os bronquíolos, que posteriormente ramificam-se formando os bronquíolos respiratórios.
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Os alvéolos realizam as trocas gasosas entre o meio ambiente e o organismo, estando
localizados numa região do pulmão de grande vascularização.
Pulmão dos carnívoros Pulmão dos suínos Pulmão dos equinos Pulmão dos bovinos
Por fim, têm-se o diafragma, que separa as cavidades torácica e abdominal, além de auxiliar
no processo de respiração. É importante ressaltar que esse órgão é ausente nas aves.
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O sistema urinário é composto por um par de rins, um par de ureteres, a bexiga urinária e a
uretra. Suas funções são a manutenção do meio interno, a regulação da pressão sanguínea e a
produção de células sanguíneas.
Os rins são responsáveis pela manutenção do meio interno dos animais por meio da filtração
do plasma e pela produção de dois hormônios: a renina (influencia na regulação da pressão
sanguínea sistêmica) e a eritropoietina (influencia na eritropoiese). Eles possuem uma consistência
firme e uma coloração marrom-avermelhada, sendo envolvidos por duas capsulas: a renal,
constituída de tecido conjuntivo fibroso; e a adiposa, constituída de gordura. Além disso, o seu
formato varia consideravelmente entre os animais, porém a sua forma mais comum é a de “feijão”.
Legenda
1- Artéria Renal
2- Veia Renal
3- Ureter
A unidade funcional dos rins são os néfrons. Os néfrons são formados por um glomérulo
(emaranhado de capilares) e um envoltório de epitelial, que, juntos, formam o corpúsculo renal, que
é onde ocorre a filtração do sangue. A irrigação dos rins é realizada pela artéria renal, que se bifurca
e forma as artérias: interlobares, arqueadas e interlobulares. Já as veias arqueadas fazem o
processo inverso, se juntando até formarem as veias interlobares, que formam a veia renal que, por
fim, forma a veia cava caudal. Além disso, o rim é um órgão extremamente sensível, que é inervado
pelas raízes ventrais dos nervos espinhais, que são fibras simpáticas formadas pelo plexo celíaco.
O ureter é um túbulo de musculo liso que conduz a urina até a bexiga por meio de
movimentos peristálticos. Ele faz parte tanto da porção abdominal, quanto pélvica dos animais e
chegam até a bexiga por sua parte dorsal.
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A bexiga é um reservatório de urina dilatável que não apresenta tamanho ou posição
constante. Quando contraída, ela é pequena, globular e bastante espessa. Ela se apoia aos ossos
púbicos e fica confinada à cavidade pélvica nos grandes animais. Porém, quando aumenta de
tamanho, ela adquire um formato de pera, apresentando um vértice cranial (ápice), um corpo
intermediário e um colo caudal, podendo atingir o abdome. A urina entra na bexiga por meio dos
óstios ureterais, que, em junção com o óstio uretral, formam o trígono vesical. O órgão é irrigado
pela artéria vaginal (ou prostática) e é suplementada pelas artérias umbilicais.
Trígono vesical
Óstio uretral
A uretra é um órgão tubular que conduz a urina até o meio externo do corpo. Nas fêmeas ela
é curta e larga, já nos machos ela se apresenta longa e estreita. Vale ressaltar que a uretra
masculina é dividida em três porções por conta de sua longa extensão: porção prostática, porção
pélvica e porção peniana.
Macho Fêmea
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O sistema reprodutor feminino é composto por um par de gônadas (ovários), um par de
tubas uterinas, o útero, a vagina e o vestíbulo. Esses órgãos sofrem alterações de acordo com a
idade e a sua funcionalidade: durante a puberdade do animal, eles crescem rapidamente e sofrem
maturação, entretanto, regridem conforme ele vai envelhecendo e perdendo a capacidade
reprodutiva. Suas funções estão relacionadas a produção dos óvulos, a produção de hormônios, a
realização da cópula, o desenvolvimento do embrião e a nutrição da prole.
O órgão é revestido por um peritônio chamado de mesóvario e pode ser dividido em uma
porção central frouxa e mais vascularizada (medula) contida no interior de um arcabouço mais denso
(cortex). O córtex é envolvido pela túnica albugínea e apresenta folículos espalhados em várias
fases de desenvolvimento e regressão. Já a medula apresenta uma grande vascularização, servindo
como fonte de nutrientes para todas as estruturas que se desenvolvem dentro do ovário.
As tubas uterinas são estreitas e geralmente “enroladas”. Elas captam os óvulos liberados
pelos ovários e os levam para o útero, sendo o local onde normalmente acontece a fertilização. A
parte da tuba uterina mais próxima ao ovário é o infundíbulo, que é responsável por captar o óvulo
assim que ocorre a ovulação. Já a sua extremidade cranial se divide em dois segmentos: ampola,
onde ocorre a fecundação do óvulo com o espermatozoide; e istmo, que se une ao ápice do corno
uterino na junção uterobárica, que serve com barreira, impedindo a ascensão dos espermatozoides
e a descida do óvulo.
A parede da tuba é formada por uma túnica serosa externa, uma túnica muscular
intermediaria e uma túnica mucosa interna. Além disso, ela é suspensa por uma prega lateral, a
mesossalpinge, que é uma parte do ligamento largo que sustenta o ovário.
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da formação do trato reprodutivo nos diferentes animais, mas, normalmente, apresenta dois
segmentos: o cérvix e o corpo. O cérvix se encontra na parte mais caudal do útero e possui uma
parede espessa e um esfíncter para o controle do acesso à vagina. A sua porção vaginal se
comunica com o lume vaginal pelo óstio uterino externo e o canal cervical, que se abrem dentro do
corpo do útero. O corpo do útero é um segmento menor nas espécies domesticas, dividido
interiormente por um septo que na maioria das vezes não é visto externamente. Além disso, há os
cornos uterinos, que possuem formato e comprimento variável entre as espécies.
O útero apresenta uma cobertura serosa externa, uma muscular intermediária e uma
mucosa interna que são chamadas de perimétrio, miométrio e endométrio. Ele se fixa na parede
abdominal dos animais a partir do ligamento largo do útero, que é formado com a união do
mesóvario, da mesossalpinge e do mesomério.
Legenda
1- Ovário
2- Infundíbulo
3- Tuba uterina
4- Corno do útero
5- Ligamento intercornual
6- Corpo do útero
7- Carúnculas
8- Cérvix
9- Parte vaginal da cérvix
10- Vagina
10′- Fórnix
11- Vestíbulo
12- Abertura uretral externa
13- Abertura da glândula
vestibular maior
14- Clitóris
15- Vulva.
O vestíbulo fica situado caudalmente ao arco isquiático das fêmeas e faz parte tanto do
sistema reprodutor quanto do urinário. Suas paredes são pouco elásticas e bem vascularizadas, mas
se unem quando o animal está em repouso, reduzindo o lume a uma fenda vertical. Mais
caudalmente suas paredes são marcadas pela desembocadura dos ductos das glândulas
vestibulares, que produzem uma secreção mucosa que lubrifica a passagem durante o coito e o
parto. Ele se abre para o exterior pela vulva, que é delimitada pelos lábios que se encontram nas
comissuras dorsal (arredondada) e ventral (pontiaguda), onde está localizado o clitóris.
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O sistema reprodutor masculino é formado pelos testículos, as gônadas, os ductos gonadais,
a uretra, o pênis, o escroto, o prepúcio e as glândulas acessórias.
Os testículos são órgãos elipsoides sólidos, cuja forma, tamanho e orientação variam de
acordo com a espécie do animal. A posição dos testículos está relacionada à posição do escroto,
uma vez que, eles são suspensos dentro do escroto pelo cordão espermático – feixe de estruturas
composto pelo ducto deferente, vasos e nervos revestidos pelo peritônio. O testículo é formado pelo
mediastino e pelo parênquima. O parênquima é macio e amarelado, e consiste em tecido intersticial
e túbulos seminíferos entremeados, onde o processo de espermatogênese é conduzido.
Legenda
1- Mediastino testicular
2- Parênquima testicular
O epidídimo é um órgão firme, com aparência esponjosa, formado por diversas voltas do
ducto do epidídimo em uma matriz de tecido conjuntivo, responsável por armazenar e maturar os
espermatozoides. Ele possui três partes: a cabeça, o corpo e a cauda. A cabeça fica aderida á
capsula testicular e recebe os espermatozoides pelos túbulos eferentes. O corpo pode ou não estar
aderido à superfície do testículo, podendo criar um espaço chamado de bolsa testicular. E a cauda
armazena os espermatozoides temporariamente, afinando-se até formar o ducto deferente.
O ducto deferente é um tubo muscular responsável por realizar contrações peristálticas. Ele
surge da cauda do epidídimo e desemboca na uretra dos animais, ligando-se aos vasos testiculares
enquanto passa pelo canal inguinal.
A túnica vaginal é o processo peritoneal que envolve o testículo e o epidídimo. Ela é dividida
em parietal e visceral e, entre estas lâminas, existe uma cavidade repleta de fluido seroso que se
comunica com a cavidade peritoneal do abdome por meio do anel vaginal.
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O canal inguinal consiste em uma abertura na cavidade abdominal que permite a passagem
da artéria pudenda externa e os nervos inguinais para o funículo espermático.
O escroto é uma bolsa cutânea repleta de glândulas sudoríparas e sebáceas que abriga
ambos os testículos fora da cavidade torácica. Ele é dividido externamente pelo sulco mediano em
compartimentos direito e esquerdo e sua posição se ajusta em função da temperatura ambiente.
suínos equinos
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Cada espécie possui um tipo específico de glande, sendo elas: ruminantes – glande pequena;
equinos – grande e em forma de cogumelo; suínos – não apresentam glande; cães – volumosa; e os
gatos – em formato de espículas (espinhos).
O prepúcio é uma prega invaginada de pele que circunda a extremidade do pênis, revestida
externamente por pele e internamente por uma mucosa.
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O sistema nervoso é composto pelo encéfalo, pela medula espinhal e pelos nervos. Suas
funções são controlar os movimentos do corpo, regular a secreção glandular, manter a consciência e
captar informações do ambiente e do organismo. Além disso, ele pode ser classificado em sistema
nervoso central (SNC), sistema nervoso periférico (SNP) e sistema nervoso autônomo (SNA).
O cérebro é composto por dois hemisférios, um direito e um esquerdo, que são formados por
sulcos e giros e se unem por meio do corpo caloso. Além disso, ele apresenta uma substancia
cinzenta (córtex cerebral), que se encontra no exterior do órgão e é responsável pela consciência. O
cérebro também pode ser dividido em lobos, onde cada um é responsável por uma função
específica: o lobo frontal está relacionado com os movimentos do animal; o lobo parietal é
responsável pelo tato, a pressão e a dor; o lobo occipital fica estreitamente relacionado com a visão;
e o lobo temporal é responsável por garantir a audição dos animais. Em seu interior são encontrados
quatro ventrículos, responsáveis por produzir o liquido cefalorraquidiano, que é um eficiente
amortecedor de choques para proteger o encéfalo de impactos.
O cerebelo possui uma aparência próxima a de uma folha e também é formado por dois
hemisférios, direito e esquerdo. Ele possui uma estrutura dorsal, chamada de verme do cerebelo,
que está associado à postura corporal e à locomoção dos animais.
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As meninges são membranas de tecido conjuntivo que recobrem o SNC. Existem três
meninges, que são: a dura-máter, que é a mais externa; a aracnoide, que se encontra no meio; e a
pia-máter, que é a mais interna. As cavidades que separam, respectivamente, a dura-máter e a
aracnoide e a aracnoide e a pia-máter são chamadas de espaço subdural e espaço subaracnóideo,
e servem como um armazém de liquido cérebro-espinhal.
A medula espinhal é uma massa cilíndrica de tecido nervoso, localizada caudal ao cérebro.
Ela é dividida em cinco regiões correspondentes a coluna vertebral: cervical, torácica, lombar, sacral
e caudal, regiões estas que dão origem aos nervos que inervam os membros torácicos e pélvicos. A
medula espinhal possui um formato de H, e também possui as substancias branca e cinzenta. A sua
vascularização é feita pela artéria espinhal ventral e a sua drenagem, pelos ramos espinhais das
veias jugular externa, intercostais e lombares.
Existem dois grupos de nervos: os nervos cranianos, que são originados na medula espinhal
e podem ser sensitivos, motores ou mistos, sendo compostos por doze pares: olfatório (I), óptico (II),
oculomotor (III), troclear (IV), trigêmeo (V), abducente (VI), facial (VII), vestibulococlear (VIII),
glossofaríngeo (IX), vago (X), acessório (XI) e hipoglosso (XII); e os nervos espinais, que são rodos
mistos e também são encontrados em pares, saindo da medula espinal pelo forame lateral vertebral.
Vale ressaltar que o conjunto de nervos que emerge da medula espinal tanto para inervar o membro
torácico como o membro pélvico é chamado de plexo.
O SNP simpático consiste na parte toracolombar do SNA e é composto por duas cadeias de
gânglios, sendo eles os paravertebrais e os pré-vertebrais. Ele está relacionado a momentos de
estresse no organismo, onde o animal necessita de uma maior quantidade de energia, seja para
caçar ou fugir do predador, o que faz com que a taxa de batimentos cardíacos, pressão arterial e
midríase subam, enquanto a de salivação caí.
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O sistema sensorial permite que os animais interajam com a natureza por meio do paladar, do
odor, da visão, da audição e do tato.
O olfato permite que os animais captem o aroma das substâncias a partir do epitélio olfatório,
que reveste as concha etmoidais e é repleto de terminações nervosas por todo seu comprimento.
Vale ressaltar que os animais domésticos possuem uma estrutura chamada órgão vomeronasal no
início das suas narinas que os permitem captar os feromônios no ambiente.
A audição e o equilíbrio dos animais é garantida pela orelha. A orelha é dividida em três
regiões: orelha externa, que é composta pela cartilagem auricular, o meato acústico externo e os
tímpanos, sendo bastante irrigada e apresentando diferentes formatos de acordo com a espécie do
animal; orelha média, que é conhecida como cavidade timpânica e abriga os ossículos da audição
(martelo, bigorna e estribo), seguindo até a janela oval e se comunicando com a orofaringe por meio
da tuba auditiva; e a orelha interna, que é onde se encontra o labirinto membranoso, que é uma
estrutura óssea que se divide na cóclea, que é responsável pela audição, e no aparelho vestibular,
que é responsável pelo equilíbrio e a aceleração dos animais.
A visão permite que os animais reconheçam o ambiente no qual estão situados. Ela também
está diretamente relacionada ao seu mecanismo de defesa, uma vez que, permite que eles avistem
seus predadores. O campo visual varia de acordo com a espécie e o hábito dos animais, ou seja, se
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ele é uma presa ou um predador – ex.: o campo visual dos animais carnívoros é maior do que dos
herbívoros. A localização do globo ocular é um dos principais fatores para que haja a alteração do
campo visual. Quando ele está localizado frontalmente, o animal possui uma visão que se sobrepõe,
alcançando uma maior área, já quando ele se encontra lateralmente, o animal possui uma visão
mais ampla do local em que está situado.
Os olhos são divididos em três túnicas: a túnica fibrosa, que é a mais externa, sendo formada
pela esclera, o limbo e a córnea; a túnica média, formada pela íris, o corpo ciliar e o coroide; e a
túnica interna, formada pela retina. A lente do olho é chamada de cristalino.
A esclera é a parte “branca” do olho, mesmo que possa conter uma coloração diferente, como
cinza e azulada. O limbo é uma região de transição entre a esclera e a córnea que possui células
progenitoras e é altamente vascularizado. E a córnea é a estrutura mais externa do globo ocular,
sendo o meio refratário mais importante do olho e possuindo diversas camadas de epitélio. Ela é
transparente e avascular, permitindo a entrada da luz nos olhos.
A íris é a parte colorida do olho, que pode variar de acordo com os animais. A pupila é a
abertura encontrada no meio da íris, pela qual a luz entra nos olhos. O seu movimento de contração
da pupila é chamado de miose (A), já o de dilatação, midríase (B), e acontece de acordo com a
quantidade de luz ambiente. O corpo ciliar se localiza por trás da íris e é responsável por produzir o
humor aquoso, que preenche as câmaras oculares.
A retina é a região de localização dos fotorreceptores (células nervosas que são estimuladas
pela luz). Os bastonetes encontrados na retina estão ligados a visão em preto e branco, já os cones,
à visão colorida. O que define o quão colorida será a visão do animal é o número de cones e
bastonetes encontrados, ou seja, quanto mais tipos de cones, mais colorida a visão do animal.
Esses cones ficam localizados numa depressão no funcho dos olhos, chamada de mácula, e os
conjunto desses cones recebe o nome de fóvea.
Outras estruturas encontradas nos olhos são o tapete lúcido e o disco óptico. O tapete lúcido
é uma camada de células que possui a capacidade de rebater a luz, aumentando a capacidade de
visão noturna do animal. Vale ressaltar que os suínos e primatas não apresentam esse tapete. O
disco óptico, por sua vez, é a região no fundo do olho onde os axônios se unem para sair da
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estrutura e formar o nervo óptico. O local que esses axônios se cruzam e trocam informações antes
de chegar ao cérebro é chamado de quiasma óptico.
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O sistema tegumentar é composto pela pele, unhas, cascos e chifres dos animais
A pele é considerada o maior órgão dos seres vivos e é responsável por recobrir todo o corpo
dos animais, servindo como uma barreira de proteção contra microrganismos e contra a perda
excessiva de líquidos. Ela diz muito sobre o que está acontecendo internamente nos animais, uma
vez que, ela responde às alterações sistêmicas deles. Quando a pele entra em contato com as
cavidades corporais (revestimento interno) ela passa a ser chamada de mucosa, que geralmente
apresenta uma coloração rosada, que também pode ser alterada caso o animal esteja doente.
A pele possui três camadas: a epiderme, que é a camada mais externa e possui células
justapostas e queratinizadas; a derme, que é a camada intermediária e se encontra repleta de
glândulas e vasos; e a hipoderme, que é a camada mais interna e possui uma grande reserva de
adipócitos. Em regiões em que o animal sofre maior atrito, a epiderme fica mais espessa e
queratinizada, formando os calos. Os pelos e as glândulas presentes na pele são chamados de
anexos cutâneos.
Existem três tipos de pelo: os pelos de guarda, que são maiores e mais espessos; os pelos
lanosos, que são mais fofos e ficam entre os pelos de guarda; e os pelos tácteis, que possuem
terminações nervosas e uma grande sensibilidade – ex.: bigodes, cílios. Já as glândulas podem ser
classificadas de acordo com a substancia que produzem, sendo elas: sebáceas, que produzem o
sebo e as ceras; e sudoríparas, que produzem o suor.
As unhas são formadas por queratina e são insensíveis, porém, em sua base, onde a
queratina está sendo produzida ela apresenta um pouco de sensibilidade e vascularização.
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DYCE, K. M.; WENSING, C. J. G.; SACK, W. O. Tratado de anatomia veterinária. 4 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010.
KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H. G. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido. 4a ed,
Porto Alegre: Artmed, 2011
Natália Ramos Bueno - @natvet.studies
Sofia Teresa - @studyvett
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