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Maria Eduarda Cabral

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Licenciado para Leonardo Rodrigues de Souza, CPF: 544.783.228-48


3. : também pode ser chamado de trombócitos,
não são células e sim pequenos fragmentos do citoplasma
dos megacariócitos, quando o organismo precisa de
plaquetas, os megacariócitos liberam fragmentos do seu
citoplasma, que são as plaquetas.
 as plaquetas vão reparar um dano/lesão, ela apenas
faz a agregação plaquetária para coagular, ou seja,
auxilia no processo de coagulação.
Temos 3 interpretações possíveis: normal, aumentado e
diminuído.
O hematócrito ou volume globular (VG) é a
porcentagem de hemácias no organismo.
 anemia.
 pode ser por diversos fatores.
 policitemia.
 as hemácias velhas são direcionadas ao baço,
leucócitos conforme a medula produz o baço vai destruindo-a,
quando o indivíduo realiza algum exercício físico e falta
oxigênio no seu corpo pela alta demanda, acontece a
hemácias/eritrócitos contração esplênica, esse processo ocorre para
liberar as hemácias velhas que estavam armazenadas,
após serem liberadas novamente e cumprirem a sua
 O tubo com a tampa roxa é o EDTA, contém função, são redirecionadas ao baço para serem
anticoagulante. destruídas.
 Entre o plasma e as hemácias temos os leucócitos, os  leucocitose.
mamíferos possuem hemácias bicôncavas, essas
hemácias, durante a evolução, perderam o núcleo e por  ex. leptospirose, a bactéria se prolifera rápido, com
isso apresentam esse formato, ou seja, são anucleadas. isso, o organismo tem que aumentar a quantidade de
leucócitos para tentar combatê-la, esse processo se
chama leucocitose.
 leucopenia.
 ex. caso a leptospirose não seja tratada, o organismo
 Na anemia a mucosa estará pálida, apresenta essa
terá uma resposta, mas, por não ter nenhum
coloração por ter pouca hemoglobina. A hemoglobina
tratamento para auxiliar na destruição da bactéria,
possui o grupo M que prende o ferro, dando a coloração
essa bactéria ficará mais forte que os leucócitos e,
avermelhada para o sangue e consequentemente mucosa.
com isso, começa a destruí-los, sendo a leucopenia.
 O hemograma é um exame de triagem e é dividido em:
 trombocitose.
1. : quer dizer vermelho, são as
hemácias/eritrócitos, mostra a quantidade e as  trombocitopenia.
características dos eritrócitos. As hemácias realizam o
Quando o plasma se encontra avermelhado significa hemólise,
transporte de gases (oxigênio e gás carbônico).
ou seja, as hemácias estão rompendo. O cavalo tem plasma
2. : observa os leucócitos, são as células de amarelado e o normal para o restante das hemácias é um
defesa ou glóbulos brancos, realizam a defesa do plasma claro.
organismo contra microrganismos.
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A parte líquida, denominada plasma, é obtida
após centrifugação quando colhemos o sangue
A é o estudo dos componentes do sangue. com anticoagulante, e contêm o
Temos uma porção de células e uma porção líquida que é o
plasma, esse plasma é constituído principalmente por água, O soro quando sem anticoagulante, o
mas é encontrado diluído nessa água os íons, proteínas, e restam no soro os mais variados
solutos orgânicos, como minerais, enzimas,
minerais, um pouco de plaqueta e outros elementos.
hormônios, etc. Portanto o soro é constituído do
Caso o animal esteja desidratado e não seja realizado a plasma sem o fibrinogênio.
reposição do liquido, a porção líquida do sangue, ou seja, o
plasma, também irá diminuir.

 parte líquida: água (91%), proteínas (7%), minerais
-Ca, P, Mg, Na, K, Fe, Cu (1%) e outros (fosfolipídeos,
glicose, colesterol, hormônios, etc).
 parte celular: eritrócitos (glóbulos vermelhos ou
hemácias) que são responsáveis pelo transporte de
O2 e CO2, leucócitos (glóbulos brancos, células de
defesa), são os neutrófilos, basófilos, linfócitos e
monócitos e, plaquetas que atuam como um tampão  Transporte de O2 e nutrientes;
hemostático.
 Transporte de CO2 e metabólitos;
Na porção celular, também encontraremos a plaqueta e por
mais que ela não seja uma célula propriamente dita, também a  Os leucócitos realizam a defesa do organismo;
consideramos nessa parte celular junto com os leucócitos.  Coagulação;
A hemácia é bicôncava e anucleada, nos cachorros é fácil ver  Manutenção da temperatura;
essas características, ou seja, a parte bicôncava e anucleada.
 Equilíbrio hidro-eletrolítico: é o equilíbrio de água e
eletrólitos, como cálcio, fósforo, zinco, potássio e outros
elementos.

 sangue colhido sem anticoagulante.


 sem fibrinogênio (ativação da fibrina).
Dentro da medicina veterinária que estuda diferentes
 sangue colhido com anticoagulante.
espécies, temos uma variação de volume sanguíneo para cada
 com fibrinogênio. espécie animal, a variação deve ser levada em consideração.
O é a coleta de sangue em um tubo ou frasco
que não tem o anticoagulante , consequentemente,  espécie e idade;
esse sangue irá coagular e por conta disso, o soro não terá a
presença do fibrinogênio que é uma proteína do sangue, esse  A média é em torno de 6 a 10% do peso.
fibrinogênio é consumido durante o processo de coagulação. Entre os pequenos animais, o cão possui
O tem o anticoagulante no tubo , dessa aproximadamente 10% e o gato 7% de volume
forma, conseguimos quantificar a hemácia, plaquetas e
apresenta o fibrinogênio por não ter sido ainda consumido.
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sanguíneo em relação ao peso corpóreo,
portanto a anemia no gato é mais severa.
Linfócitos

 A hemácia do gato é menor do que a do cachorro.


 Raramente fornece um diagnóstico definitivo.
 Associação com outros exames e sinais clínicos.
 Triagem.
É um exame de sangue que observa de forma qualitativa e  Monitoramento.
quantitativa as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e
 Podemos ter algumas interferências no exame de sangue,
plaquetas), o hemograma não é um exame confirmatório, é um
como animal estressado, que acabou de se alimentar e
exame de triagem, ou seja, não consegue dar um diagnóstico
entre outras causas.
da doença pelo hemograma. Entretanto, em algumas situações
o hemograma é confirmatório, como por exemplo, em casos  alterações causadas pela excitação (adrenalina)
de suspeita de cavalo com Babesiose, se olhar no microscópico e/ou estresse (corticoides) durante a colheita
e encontrar a Babesia, o hemograma consegue confirmar a podem desencadear processos mediados por estes
doença. hormônios.
O hemograma é importante para monitorar se o paciente está
melhorando ou não.
O hemograma é dividido em 3 partes, sendo elas:  Também chamado de É a
1. : hematócrito, dosagem da hemoglobina e porcentagem de eritrócitos no sangue.
avaliação das hemácias; No olhamos o hematócrito que é o valor de
hemácias em porcentagem, depois compara o valor de
2. : avaliação morfológica e contagem total e hemácias e por último olha a hemoglobina.
diferencial de leucócitos;
Quando é realizado manualmente, é feito com um tubo capilar.
3. : avaliação morfológica e contagem de
plaquetas auxiliando a interpretação da hemostasia.

Neutrófilos

 Variação de coloração do plasma:


Hemácias
 Límpido e incolor;
 Ligeiramente amarelado;
 Ictérico;
 Hemoglobinêmico;
 Lipêmico;
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tipos, dessa forma, vai sucessivamente se diferenciando.
Essa célula durante esse processo de diferenciação,
adquire a hemoglobina que forma o , essa
célula é uma hemácia do embrião, vai cumprir a função da
hemácia no embrião, mas não é a mesma hemácia dos
Observa a cor do plasma, a cor normal é uma cor parecida indivíduos adultos.
com a cor da água, podendo ser ligeiramente amarelado ou Inicia-se no mesoderma, no saco vitelino –
azulado. função eritropoiética (células pluripotentes):
Podemos encontrar alterações, como bastante amarelado
Megaloblasto basófilo
ou alaranjado que é icterícia. Pode ser
amarronzado/avermelhada significa hemólise. E, por
M. policromático
último esbranquiçado que é lipêmico.

M. ortocromático

É o processo de formação de todas as células sanguíneas, Megalócito


como hemácias, plaquetas e leucócitos
 significa formação, eritropoiese é a formação de Megalócito – hemácia do embrião:
hemácias. modificações citoplasmáticas, aquisição de
Durante o desenvolvimento embrionário é necessário células hemoglobina e condensamento do núcleo;
para realizar a circulação sanguínea, a hematopoiese pode ser
dividida em dois períodos diferentes:
b) já tem a formação do fígado.
1. - : a formação das hemácias é dividida em Conforme o feto vai se desenvolvendo, o saco vitelino
três fases, sendo elas: começa a involuir, ou seja, conforme o embrião começa a
a) é uma fase inicial, se desenvolver e formar seus órgãos, o saco vitelino
ainda não tem a formação de órgãos. começa a regredir, com isso, as células troncos migram
para o fígado.
 Nessa fase, o feto começou a ser formado, teremos o
desenvolvimento dessas células acontecendo no saco  A partir do momento que o fígado é formado, a célula
vitelino, no mesoderma. tronco que estava no mesoderma do saco vitelino sai e
migra para o fígado, quando ela migra para o fígado não
 Uma tem mais a formação do e .
é uma base para formar as outras células, ela tem
capacidade de se dividir e formar outras células iguais, ou  Durante a fase hepática a célula tronco forma um novo
seja, pode repovoar as próprias células troncos ou, até tipo de linhagem celular, sendo o , sendo
mesmo, se diferenciar em alguma outra célula. a “nova” hemácia do embrião. O hemocitoblasto é uma
célula que tem capacidade de originar outras células, como
 Na medula óssea temos células troncos que ficam se hemácia, leucócitos e plaquetas, sendo um precursor
repovoando, ao precisar de hemácias ela sofre um dessas três células.
processo de diferenciação para formar essas hemácias.
 No saco vitelino temos um grupo de células troncos que q q Regressão do saco vitelino;
começam a se diferenciar quando está formando os Hematogênese concentrada no fígado – migração das
órgãos dos fetos, começam a se diferenciar em uma q células pluripotentes;
linhagem para formar posteriormente a hemácia, essa Formação de hemocitoblastos  originarão as séries
célula que começa a se diferenciar é o , eritroblásticas (hemácias), mielocíticas (leucócitos) e
ele pode se diferenciar em vários tipos de megaloblasto, megacariocíticas (plaquetas).
como: megaloblasto basófilo, ortocromático e entre outros
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c) no terço final da gestação já  Fígado: mantém a capacidade hematopoiética;
temos os órgãos formados, como, a medula óssea que é
 Baço: maturação de linfócitos;
importante nessa fase.
 A diferença da medula óssea para a medula espinhal, é  Linfonodos: maturação de linfócitos;
que a medula óssea produz sangue, e a medula espinhal é
um cordão de axônios que leva impulso.
 Quando a medula óssea começa a ser formada, assim
como o baço, os outros órgãos podem ajudar na produção
de células sanguíneas, mas na fase final, a medula óssea
começa a aumentar a hematopoiese para se preparar
para o nascimento.
 Conforme a medula óssea é formada e é preparada para
começar a hematopoiese, o fígado diminui a hematopoiese 2. - . após o nascimento a medula óssea
assim como o baço que ajudava o fígado, o fígado e o baço assume a hematopoiese.
conforme se aproxima do nascimento cessa a atividade  intensa atividade hematopoiética,
hematopoiética, mas o baço e o fígado continuam como ricamente vascularizada; todos os ossos em animais
reserva para a produção de células do sangue, como em jovens; nos adultos: ossos do tórax, crânio, pelve,
casos de anemia ou doenças muito graves, se a medula vértebras e epífises de ossos longos.
óssea não da conta de produzir, o fígado e o baço pode
auxiliar.  involução da medula vermelha;
substituição do tecido hematopoiético por tecido
 Nesse momento, a medula óssea irá trabalhar mais quanto gorduroso.
mais perto chegar do momento da parturição, pois a
demanda por volume sanguínea é maior, aumentando a sua
atividade. Quando o animal é novo e tem uma intensa
atividade hematopoiética, temos todos os ossos do
organismo com a medula vermelha, que produz as células
do sangue, conforme cresce e não precisa mais de tanta
hemácia, todos os ossos que tinham capacidade de fazer
hematopoiese substitui a medula vermelha por medula
amarela, sendo basicamente tecido gorduroso, mas se o
animal ficar doente, a medula amarela pode voltar a ficar
medula vermelha. A epífise do fêmur continua como
medula vermelha.
 O baço conforme se aproxima do nascimento só trabalha
como órgão linfoide, então auxilia na maturação dos
linfonodos.
Baço
baço, medula óssea e linfonodos;
função de formação do sangue;  Armazena e elimina hemácias e plaquetas;
cessam as atividades hematogênicas  Armazena e elimina as hemácias velhas, em algumas
e mantém a capacidade eritropoiética; situações quando precisa de uma oxigenação maior e não
dá tempo de o organismo produzir hemácias, o baço libera
sistema hematopoiético
as hemácias velhas e depois que cumprem a sua função,
como será na vida extrauterina: voltam para o baço.
 Medula óssea: eritrócitos, leucócitos granulócitos,  Além de estar envolvido na hematopoiese inicial, produz
monócitos, plaquetas e precursores de linfócitos; linfócitos e plasmócitos, degrada hemoglobina, estoca o

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ferro, remove corpúsculos de Howell-Jolly, corpúsculos de hipóxia o rim percebe e aumenta a produção de
Heinz e parasitas dos eritrócitos. eritropoetina, essa eritropoetina cai na corrente
sanguínea e vai até a medula para avisar que precisa
Fígado produzir mais hemácias, esse processo começa de
48 a 72 horas, sendo o tempo para todo esse
 Hematopoiese inicial e reacional caso precise, depósito de processo acontecer.
vitamina B12/ácido fólico/ferro (forma ferrosa),
produção de fatores de coagulação (exceção VII), albumina, Quando tem uma perda sanguínea, depois de 3 dias
globulinas (anticorpos) e metabolismo de bilirrubinas. tem que encontrar células jovens, se não encontrar
o prognóstico é ruim, caso continua tendo perdas
Estômago sanguíneas, cada vez mais encontrará células jovens
na corrente sanguínea, invés de encontrar os
 Produção de fator intrínseco que ajuda na absorção de eritrócitos, começa a ser encontrado os
vitamina B12 e ferro. reticulócitos, eritroblastos e células ainda mais
 Produção de fator intrínseco (vit. B12) e absorção de jovens.
ferro (HCl - férrica ferrosa); Se o animal tem um IRC o rim não consegue avisar a
O estômago produz HCl para liberação do ferro medula que tem que produzir sangue e o animal
do complexo de moléculas orgânicas e o fator entra em anemia. A eritrogenina é um percursor da
intrínseco para facilitar a absorção da vitamina eritropoetina.
B12.
Sistema Monocítico Fagocitário (SMF)
Linfonodos
 Produção de macrófagos.
 Produção de linfócitos B e T, a medula produz os
precursores de linfócitos que vai para os linfonodos para
se desenvolver.

Mucosa intestinal
 Células sanguíneas: ½ (meia) vida curta e constante
 Absorção de ferro, vitamina B12 e nutrientes. renovação.

Rins

 Produção de eritrogenina e eritropoetina.


Os rins produzem um hormônio chamado
eritropoetina, a eritropoetina avisa a medula que
precisa produzir hemácias.
EX: cirurgias ortopédicas que o animal perde muito
sangue, os rins percebem a diminuição do sangue e
aumenta a produção de eritropoetina que é jogada
Na medula tem uma célula tronco que pode se dividir em células
na circulação, vai na medula e avisa que precisa
tronco ou células precursoras de outras células, podemos ter
aumentar a produção, esse aviso ocorre pelos
a formação de duas linhagens com essas diferenciações,
tecidos estarem entrando em hipóxia (diminuição da sendo elas:
oxigenação tecidual), se perde muito sangue tem
pouco sangue levando oxigênio e tirando gás
carbônico das células, se o organismo entra em
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1. formar o precursor
linfoide na medula e ele vai para o baço e linfonodos, no
fim forma o linfócito T e B.
 Linfopoiese é a formação de linfócitos.
2. forma as outras
células.
 Forma hemácias, plaquetas, granulócitos e
agranulócitos.
 Os granulócitos são os neutrófilos, eosinófilos e
basófilos, os agranulócitos são os monócitos,
granulócitos tem grânulos no citoplasma.
 Eritropoiese é a formação de hemácias.
 Trombocitopoiese/megacariocitopoiese é a
formação de plaquetas.
 Monocitopoiese é a formação de agranulócitos
(monócitos).
 Granulocitopoiese é a de granulócitos
(neutrófilos, eosinófilos e basófilos).
Os órgãos linfoides secundários é o local que os precursores
vão para finalizar, ou seja, se diferenciar e maturar.
órgãos linfoides secundários
A célula tronco se diferencia até chegar na hemácia, ela era
azul e virou vermelha, pois durante o processo de
diferenciação da medula temos a hemoglobinização. Durante a
evolução perdeu o núcleo também.
A partir do momento que a medula recebeu o estímulo,
começa a se dividir e formar um precursor que é o
,o se diferencia e forma
,o tem hemoglobina.
A partir do temos o começo da
diferenciação das hemácias, ela já tem hemoglobina e começa
a perder o núcleo, a partir do temos a
formação do que vira um e
depois vira uma , quando tem anemia, essas células
Célula tronco começam a aparecer no exame de sangue.
O é uma célula grande com um núcleo
grande, começa a diminuir o núcleo, o
tem resquícios do núcleo e a não tem
mais núcleo.
Cavalos jamais liberam reticulócitos na corrente
sanguínea, bovinos liberam reticulócitos raramente.
Reticulócitos não é encontrado no hemograma, tem que pedir

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um exame específico, enquanto que o eritroblasto pode ser
encontrado.
O é um corpúsculo, é uma hemácia que sobrou
apenas um ponto de núcleo, caso seja encontrado,
subentende-se que tem células jovens na corrente sanguínea.

 Processo de desenvolvimento da célula progenitora até


eritrócitos maduros.
 Saem da medula óssea para a circulação.
 Expulsão do núcleo – mamíferos.
 De células tronco.
 Célula pluripotente  estímulo de formação através da
IL-3 e EPO (eritropoietina).  De células progenitoras (hemocitoblasto).
 célula tronco para ser estimulada precisa também de  De células precursoras (eritroblastos).
interleucina 3.  De eritrócitos maturos.
O processo de eritrogênese que resulta na
formação de eritrócitos maturos é conhecido como
eritropoiese, levando em torno de sete a oito dias
para se completar. O núcleo eritrocitário é expulso
no decorrer do processo de desenvolvimento nos
mamíferos e fagocitado por macrófagos locais.
Enquanto nas aves, peixes, anfíbios e répteis as
hemácias são nucleadas.
As células ficam na medula óssea até a fase de
metarrubrícito, e nas fases finais de maturação,
como o reticulócito, podem ser encontrados no
sangue periférico em algumas espécies. Os
reticulócitos não são encontrados no sangue em
condições de normalidade nos equinos, bovinos, suínos
e caprinos.
A eritropoiese é formada na medula óssea a partir
de uma célula pluripotencial de origem mesenquimal
chamada célula tronco ou célula mãe que é Com a hematologia podemos avaliar várias situações que
estimulada a proliferar e diferenciar-se em “burst” podem sugerir doenças ou distúrbios, como por exemplo:
de unidade formadora eritróide (BUF-E) pela IL-3 e
 animal que amputou a pata.
fator estimulante de colônia granulocítica-
monocítica na presença da eritropoietina (EPO).  antes: HT 38 (normal: 37 – 55).
 depois: HT 34 (anemia, depois de 72 horas
observa células jovens, pois a medula
começou a produzir. O rim percebe a
hipóxia e libera o hormônio
eritropoetina, esse hormônio avisa a

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medula para que ela comece a produzir  Reticulócito: 25% (valor normal: 1 a 2%).
mais hemácias).  Eritroblasto: 20%
Caso no dia 7 esteja:
 HT: 36%
 Reticulócitos: 40%
 Eritroblastos: 20%
Não está sendo proporcional os valores, os
reticulócitos (células jovens) estão com uma
•hemácias mais jovens porcentagem maior que as hemácias, isso acaba
sobrecarregando a medula óssea, caso encontre o
metarrubrícito o prognóstico é péssimo, pois o
organismo do animal está levando a medula a
exaustão, é uma .
1. Se no dia 4 fizer o hemograma e obter os seguintes
resultados: 5. Se no dia 4 fizer o hemograma e obter os seguintes
resultados:
 HT: 38%
 HT: 32%
 Reticulócito: 12%
 Reticulócito: 1% (valor normal: 1 a 2%).
Significa que a medula está respondendo com a
Caso no dia 7 esteja:
produção de reticulócitos, dessa forma, é uma
.  HT: 31%
2. Se no dia 4 fizer o hemograma e obter os seguintes  Reticulócitos: 1%
resultados: É uma , o reticulócitos
 HT: 34% está dentro do valor de normalidade, então não
 Reticulócito: 10% significa nada.

Significa que a medula está respondendo com a


produção de reticulócitos e o hematócrito não
aumenta, isso pode significar que algo está
consumindo o sangue, como por exemplo, Babesia ou
está tendo uma hemorragia.
3. Se no dia 4 fizer o hemograma e obter os seguintes
resultados: As são anucleadas, quanto mais jovens são, mais
 HT: 37% coradas e maiores elas estarão, entre os e as
 Reticulócito: 25% (valor normal: 1 a 2%). encontramos o que
é uma hemácia jovem que possui um ponto de núcleo.
 Eritroblasto: 5%
Para ser uma temos que encontrar
Significa que a medula respondeu tanto que liberou os reticulócitos ou eritroblastos (ou, ambos) no exame,
células mais jovens (eritroblasto), isso é algo bom mesmo se no exame encontrar 20% de Corpúsculo de Howell
porque a medula está respondendo e é uma Jolly não podemos considerar uma anemia regenerativa, pois
. para isso, é necessário encontrar os reticulócitos ou/e
4. Se no dia 4 fizer o hemograma e obter os seguintes eritroblastos. O Corpúsculo de Howell Jolly faz suspeitar que
resultados: tem hemácias jovens, mas não pode afirmar que é uma anemia
 HT: 35%
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regenerativa, se encontrar muito Corpúsculo de Howell Jolly
iremos apenas suspeitar.
JAMAIS encontraremos reticulócitos em um exame de equino,
os equinos liberam na corrente sanguínea apenas as hemácias
maturas, enquanto que os bovinos RARAMENTE liberam.

poiquilocitose - crenação
anisocitose
 Variável entre as espécies;  Classificamos em cruz essas alterações.
 Biconcavidade central – hemoglobina;  + (leve).
 Hemácias nucleadas e elípticas: répteis, anfíbios, peixes e  ++ (moderada).
aves;
 +++ (intensa).
 Diferenças: tamanhos, formatos, grau de palidez central,
rouleaux, pontilhado basófilo, reticulócitos. Hemácias – espécies

 Réptil, aves e anfíbios possuem hemácias nucleadas.


Hemácias – Cão

Hemácias – maturação

Corpúsculo de Howell Jolly


 A hemácia dos cães é maior e é normal encontrar essas
partes mais claras (“buraquinhos”), são encontradas por
conta da biconcavidade.

Hemácias – gato

 Mais comum encontrar o eritroblasto ortocromático.

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 Respostas regenerativas (anemias).
 Danos imunomediados (doenças autoimunes).
 Lesões oxidativas.
 Distúrbios metabólicos ou de membrana.
 Fragmentação mecânica.

 Tamanho.
 Coloração. Anisocitose
 Forma.
 Diferença de tamanho entre as hemácias.
 Estruturas intra eritrocitárias.
 Anemias.
 Distribuição no esfregaço sanguíneo.
 Descrita no hemograma em cruzes (+), de acordo com a
intensidade no esfregaço.
 anemias regenerativas.
Normal 
 Célula grande em caninos e menor em caprinos.

cão caprino
 As hemácias são anucleadas.
 MACROCITOSE
 As hemácias são bicôncavas.
 Predomínio de hemácias grandes, geralmente jovens.

 Hemácias maiores tem macrocitose, as pequenas


microcitose.

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 hemácias em forma de gota;
MICROCITOSE
 hemácias em forma de engrenagem;
 Predomínio de hemácias pequenas.

 : ferroprivas.
 Quanto maior a quantidade, mais grave é.
 : idosos.

Anemia crônica por desnutrição ou ferropriva tem


hemácias microcíticas e hipocrômicas, pois a
medula não tem todos os substratos necessários para
formar as hemácias e, por conta disso, sem uma boa
alimentação a medula não consegue responder
como a de um animal com uma boa alimentação,
sendo uma .

ESFERÓCITOS
 ;
 Anemia hemolítica autoimune primária ou induzida por
drogas ou transfusão incompatível;

Poiquilocitose

 Alterações na forma das hemácias:


 hemácias espiculadas;
 projeções irregulares e variadas;
 Se tem anemia e encontra os esferócitos, significa
 fragmentos irregulares das hemácias; resposta da medula. Se não tem anemia e os encontra
 aumento do diâmetro e redução da pode ser intoxicação por metais, como chumbo e mercúrio.
espessura;
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 A outra causa para esferócitos seria uma anemia  Algumas hemácias mais coradas que outras;
hemolítica autoimune.  Descrita no hemograma em cruzes (+);
 É diferente da policromasia, a policromasia é mais escura,  Relacionado ao aumento da atividade eritropoiética e por
para visualizar os esferócitos é realizado uma coloração resposta à anemia regenerativa;
própria para evidenciá-los.

CRENAÇÃO  O que dá a cor na hemácia é a hemoglobina, mas a hemácia
não consegue carregar além da sua capacidade de
 Pode acontecer por mexer muito o tubo com sangue ou
hemoglobina, essa policromasia é resultante dos restos
durante o esfregaço se realizado de forma errada.
de organelas, núcleos e etc.
 Além desses fatores, pode ocorrer por doenças
hemolíticas.
 A crenação pode ser uma fragmentação mecânica, mas,
algumas doenças podem causa-la.

ESQUISÓCITOS

Hipercromia

 Normalmente jovens, maiores e possuem coloração mais


intensa que o normal.
 Não se utiliza mais essa nomenclatura, utiliza-se
policromasia.

Hipocromia

 Coloração diminuída e área central pálida aumentada.


 Concentração insuficiente de hemoglobina na célula.
 ferropriva.
 A hemácia é preenchida pela hemoglobina, se a hemácia
 Vermelho claro: normal ao microscópio óptico. possui menos hemoglobina, mais clara ela estará, pois a
cor da hemácia é por conta da hemoglobina e, por ser
Policromasia bicôncava, quando ela está vazia (sem hemoglobina) só
visualizaremos as laterais.
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 Quando mais Corpúsculo de Heinz tenha, mais hemólise


terá consequentemente, o animal pode ter anemia
hemolítica.
 Esse corpúsculo é um dano oxidativo.

Pontilhado basófilo

 Agregação de ribossomos;
 sinal de regeneração;
 intoxicação por chumbo (Pb);

Corpúsculo de Heinz
 Se encontrada no cavalo ou bovino mostra uma anemia
 Ocorrem devido a desnaturação oxidativa da hemoglobina; regenerativa.
 Pequenas estruturas pálidas excêntricas nas hemácias;
 Comum em gatos (1-2%);
 Grande quantidade: anemia hemolítica grave;
 medicamentos (Paracetamol), cebola, alho, plantas
tóxicas;

Corpúsculos Howell-Jolly

 Restos celulares;
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 Pequenas inclusões arredondadas de cor azul-escura e  esgotamento da medula óssea;
tamanhos variáveis;  anemias graves, intoxicação por chumbo,
 Sugestivo de regeneração; distúrbios mieloproliferativos;
 anemia regenerativa, esplenectomia e supressão
da função esplênica.

Reticulócitos
Rouleaux
 Hemácias em fase final de maturação;
 Restos nucleares;  ;
 Visualização com coloração com corante supravital;  equinos (grande quantidade), gatos
 % quantificação da resposta medular em (moderadamente) e cães (discretamente);
quadros de anemia.  Aumenta em altas concentrações de fibrinogênio e
imunoglobulinas;
 Em equino é comum aparecer, é uma característica da
espécie.
 Os gatos podem ter tendência a fazer.
 Quanto mais fibrinogênio (aumentado em processos
inflamatórios), mais favorecerá a formação de rouleaux.

Eritroblastos

 Precursores de hemácias – hemácias nucleadas;


 Não ocorrem normalmente;
 – .

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Aglutinação

 Aglomeração de células irregulares e esféricas (pontes de


anticorpos);
 Anemia hemolítica imunomediada; MYCOPLASMA
 Pós transfusão sanguínea;
 macroscopicamente;

ANAPLASMA

ERLICHIA
 Acomete os leucócitos no geral.
 Feita para saber se pode fazer a transfusão de sangue,
se não aglutinar, pode realizar a transfusão.

Doenças Infecciosas

 Babesia spp;
 Mycoplasma haemocanis e M. haemofelis;
 Cinomose;
 Anaplasma spp;

BABESIA
 Hemograma ou eritrograma;

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 Principal “exame de sangue”;  Dosagem de Hemoglobina;
 Exame de triagem.  Índices Hematimétricos;
O exame de sangue é sempre um exame de triagem, 
dificilmente consegue dar um diagnóstico, 
utilizamos para pensar em possibilidades e chegar 
em um diagnóstico.
não são obrigatórios


 para fazer um exame de sangue tem que ser no tubo
de EDTA, ele ajuda a fazer o perfil hematológico do  O exame de sangue é composto de seis partes principais,
paciente. sendo três delas:
1.

2.
3.
 As próximas três partes são índices hematimétricos, vão
ser obtidos a partir de uma fórmula que calcula 3 valores:
 avaliação qualitativa e quantitativa de 4. tamanho das hemácias.
hemácias; 5. concentração de hemoglobinas.
 avaliação qualitativa e 6. concentração de hemoglobinas.
quantitativa e plaquetas;  Esses seis componentes contemplam o hemograma
 avaliação qualitativa e quantitativa de completo.
leucócitos;  O mostra se as hemácias estão normais,
 No avaliamos o e , maiores ou menores.
fazemos uma análise qualitativa e quantitativa, toda vez  O mostra a concentração de hemoglobina, não
compara o resultado com o valor de referência. consegue classificar para nada.
 O já faz a função do HCM, mostra a
concentração de hemoglobina, o HCM é um índice em
desuso.

 Contagem total de hemácias;


 Hematócrito ou Volume Globular (VG);

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 No hemograma podemos encontrar o valor de , é
importante saber se está incluso no hemograma, para
grandes animais podemos pedir o que está
relacionado a processos inflamatórios e de coagulação.
 os reticulócitos nunca vem
em um exame de sangue, é para contar hemácias jovens.

 Pode ser realizada em contadores automatizados ou


manualmente;  Quando faz o hemograma, coleta o sangue no tubo de
 Utilização de hemocitômetro, Câmara de Neubauer, para EDTA e pode ser realizado o método automatizado através
contagem com lamínula; de uma máquina, ou, se não tem uma máquina, pode fazer
 Prévia diluição (1/200) do sangue em solução fisiológica a diluição em solução fisiológica e fazer a contagem manual.
(0,9% NaCl), Diluente de Marcano ou Diluente de Gower
(Ruminantes);
 Diluição pode ser feita em tubo ou pipeta de Thoma;  Pode ser realizada em contadores automatizados ou
manualmente;
 Preencher a Câmara de Neubauer, realizar a contagem e
multiplicar por 10.000 (fator).  Utilização de tubo capilar;
 Preencher no mínimo 70% do capilar com sangue e
fechar uma das extremidades com fogo ou massa de
modelar;
 Centrifugar a 12.000rpm por 5 minutos e fazer a leitura
em tabela específica e o resultado é expresso em
porcentagem (%);
 Pode-se quebrar capilar e usar plasma para mensurar
PTP em refratômetro;
O hematócrito pode fazer através do capilar que
mede em uma régua, ou seja, coloca o sangue no
capilar e fecha uma das suas extremidades,
centrifuga para separar o soro do plasma e mede.

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 A dosagem de hemoglobina é feita normalmente dividindo
o hematócrito em 3, utiliza o aparelho espectrofotômetro,
usa o cianeto de hemoglobina que é extremamente tóxico.
Através do comprimento da onda analisa quanto de
hemoglobina tem.

 Tem como função principal auxiliar na


quanto o tamanho das hemácias e o seu teor de
hemoglobina;
 Volume Corpuscular Médio – permite avaliar
tamanho médio dos eritrócitos (anemia normo, micro ou
macrocítica);
 Concentração de Hemoglobina
Corpuscular Média – permite avaliar se a anemia é
hipo ou normocrômica;
 Hemoglobina Celular Média – pouca relevância
e sua utilização caiu em desuso
 O PTP fazemos a contagem com o auxílio de um (fL) = Hct(%) x 10/He (milhões/μL)
refratômetro, a coluna menor utiliza para ler densidade (%) = Hb(g/dL) x 100/ Hct(%)
de urina, a maior mostra proteína.
(pg) = Hb(g/dL) x 10/He (milhões/μL)

 Pode ser realizada em contadores automatizados,


analisadores bioquímicos automatizados e semi-
automatizados, ou em espectrofotômetro;
 Em analisadores bioquímicos utiliza-se kit de dosagem de
hemoglobina;
 Em espectrofotômetro utiliza-se solução hemolisante
(cianeto) – método Cianometa-hemoglobina;
 Estimativa: hemoglobina = 1/3 hematócrito (margem de
erro de 12%);  Tem a função de quantificar a resposta medular frente a
um quadro de anemia;
 Utilização de corante supra-vital (Azul de Cresil Brilhante);

 Quando faz o esfregaço é realizado a avaliação


morfológica, a a hemácia é mais corada
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por resto de núcleo e organelas, não por ter mais Corresponde a diminuição da quantidade de
hemoglobina. hemácias (He), resultando em menor oxigenação
 Se quiser fazer a contagem de reticulócitos usamos um tecidual (Thrall, 2007);
corante para corar o núcleo.
 é a melhor definição para anemia!
 “Estado de deficiência de hemoglobina no sangue
circulante para o transporte do oxigênio requerido para a
atividade normal de um indivíduo, causando uma inadequada
oxigenação tecidual resultante de uma deficiência na
captação, transporte, distribuição e/ou liberação de
 Menores valores normais de referência para a presença oxigênio” (Souza & Batista Filho, 2003).
de hemácias, hemoglobina e/ou hematócrito; 
 Estado patológico ou um problema de diagnóstico:
 :
A anemia é uma baixa concentração de
 É resultante de doença primária:
hemácias que provoca hipóxia, quando o
animal tem uma diminuição na  destruição de hemácias (hemólise),
quantidade de hemácias desenvolve um  perda de sangue (hemorragia),
quadro de anemia, que provocará hipóxia.  deficiência produção (M.O.),
A hipóxia é uma falta de oxigenação no  ou associação destes fatores;
tecido, quando o organismo desenvolve A anemia pode acontecer por destruição de
uma anemia ele tenta fazer um mecanismo hemácias, que é a hemólise, sempre tem
compensatória para não apresentar os alguém causando uma anemia, pode ser
sinais clínicos. por hemólise, pode ser perda de sangue,
Os sinais clínicos são: palidez de mucosa normalmente associamos com quadro
(porque o organismo faz vasoconstrição hemorrágico, porém essa perda de sangue
periférica e preserva para órgãos vitais), pode ser crônica.
letargia, fraqueza, taquicardia, dispneia ou A perda de sangue pode ser aguda ou
taquipneia, sono e etc. crônica, aguda pode ser ea
 Basicamente quando tem uma , tem uma perda crônica pode ser por conta de
diminuição da concentração de hemácias, que consomem o sangue.
consequentemente diminui o hematócrito .
Pode ter uma deficiência na produção,
 A anemia , a anemia envolvendo alguma alteração na medula
, podendo óssea, seja por uma doença na medula
ser por uma doença autoimune, agente infeccioso,
óssea, por um agente tóxico ou por falta de
parasitário, verme e etc, algo está consumindo a
hemácia. sinalização do rim, com a eritropoetina, ou
vários fatores associados, como

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 Aumento do ritmo cardíaco com consequente  Melena;
aumento do fluxo arterial;  Hematomas;
 se a hemácia faz a oxigenação do tecido e diminui a
sua concentração, o organismo pode compensar
fazendo o coração bater mais rápido (taquicardia).
 Redistribuição do fluxo sanguíneo para órgãos
vitais (vasoconstrição periférica);
 no frio faz vasoconstrição periférica, pois precisa de
oxigenação nos órgãos vitais, por isso, redistribui o Pode ter um sangramento externo.
fluxo para os órgãos mais importantes.
 Aumento da eritropoiese resultante do aumento
de eritropoietina;
 Icterícia: pode ser por hemólise, a cor amarelada vem
 hipóxia, o rim percebe e aumenta a produção de da bilirrubina, quando quebra a hemoglobina vem o
eritropoetina. pigmento que é a bilirrubina, se tem hemólise, quebra mais
 Aumento da capacidade de entrega de oxigênio hemácia, libera hemoglobina que é convertida em bilirrubina
dando a icterícia, a icterícia pode ser um sinal de hemólise.
pelo aumento de 2,3-DPG;
 Hemoglobinemia;
 aumento da 2,3 – DPG, como por exemplo, a
hemoglobina não consegue aumentar a sua quantidade  Hemoglobinúria;
na hemácia, essa substância faz aumentar a afinidade  Esplenomegalia;
do oxigênio com a hemoglobina.

 Resultam da menor capacidade de o sangue carrear O2 e


de realizar ajustes fisiológicos para melhorar a eficiência
da menor massa de hemácias circulantes; É uma causa de perda sanguínea,
conseguimos diferenciar hematúria de
 Relacionados a quadros de hipóxia;
hemoglobinúria no pote coletor de urina,
 Palidez de mucosa, menor tolerância ao exercício,
pois, ao centrifugar a urina, a hemácia irá
taquipnéia/dispnéia, taquicardia/sopros, letargia;
decantar e a hemoglobina não decanta,
pois as hemácias sedimentam, quando tem
a hemoglobina não tem mais a hemácia
integra então ela não separa e decanta.

1. Em relação ao VCM que mostra o tamanho.


 Hematêmese;
 se a anemia apresenta um dentro do intervalo
 Epistaxe;
normal é chamada de , se o
 Petéquias; estiver acima do valor de referência é
 Equimose; , se for menor que o valor de
referência é .
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33,6 32 – 36
- 1%
3%
Anemia Macrocítica Normocrômica Regenerativa
2. Em relação ao CHCM.
Eritrograma Valor de referência
 se o é normal é , se é maior é
porque não existe como carregar 18,0 37 – 55
mais hemoglobina, ou seja, não tem maior, se for 4,3 5,5 – 7,0
menor é
11,0 12 – 18
58,1 60 – 77
30,9 32 – 36
- 1%
3. Resposta da medula óssea. -
a resposta pode ser ou Anemia Microcítica Hipocrômica Arregenerativa
.  Se o animal desse exame for desnutrido e resgatado,
ele possui essa anemia por falta de nutrição, pois a
medula não possui os substratos para a produção de
hemácias, o rim pode ser avisado e liberar
Eritrograma Valor de referência eritropoetina, mas a medula não possui esses
30 37 – 55 substratos.
Eritrograma Valor de referência
4,8 5,5 – 7,0
38,2 37 – 55
10,2 12 – 18
5,6 5,5 – 7,0
55 60 – 77
12,7 12 – 18
38,9 32 – 36
63,0 60 – 77
15% 1%
34,0 32 – 36
Anemia Microcítica Normocrômica Regenerativa
Para classificar anemia sempre olha no HT - 1%
(hematócrito), pois se o HT estiver baixo, as He -
(hemácias) e Hb (hemoglobina) tendem a serem
baixas. Não tem anemia
Eritrograma Valor de referência Eritrograma Valor de referência
12,0 37 – 55 18,0 37 – 55
2,8 5,5 – 7,0 4,4 5,5 – 7,0
15,0 12 – 18 12,0 12 – 18
79,2 60 – 77 78,0 60 – 77

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37,0 32 – 36 Anemia relativa

12% 1%  Ocorre pela expansão do volume plasmático.


5%  Fêmeas gestantes e neonatos ou após fluidoterapia.
Anemia Macrocítica Normocrômica Regenerativa Durante a fluidoterapia dilui a glicose e
também dilui as hemácias, pois aumenta o
Eritrograma Valor de referência
volume plasmático, NÃO é porque diminui
8,0 37 – 55 as hemácias, mas sim, por que as diluiu
0,8 5,5 – 7,0 (fluidoterapia muito intensa).
7,2 12 – 18
Anemia absoluta
47,0 60 – 77
28,0 32 – 36  Classificada de acordo com a morfologia das hemácias,
mecanismos patogênicos e resposta eritróide da medula
- 1% óssea.
- É a perda real de sangue, existe mesmo
Anemia Microcítica Hipocrômica Arregenerativa uma anemia.

Anemia mascarada
 VCM;  É um terceiro tipo e não está presente na literatura.
 CHCM; Eritrograma Valor de referência
37,0 37 – 55
 Regenerativa ou arregenerativa; 5,6 5,5 – 7,0
12,0 12 – 18
Se o animal está desidratado e faz o
 Causa/disfunção primária;
hemograma e apresenta os seguintes
valores, após a fluidoterapia esses valores
irão diminuir, ou seja, esse animal
 Grau de heterogeneidade entre os eritrócitos;
desidratado aparentará estar normal, após
 Análise quantitativa; a fluidoterapia o hematócrito sofrerá um
 Anisocitose; decréscimo e mostra a anemia que estava
 Ao fazer um exame automatizado temos o RDW que mascarada pela desidratação. Se o animal
mostra o quanto as hemácias estão homogêneas. está desidratado, o valor real não é aquele
que consta no hemograma.
Tem uma anemia mascarada pela
desidratação.

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 Perda de sangue (hemorragias): processos  : parasitas de hemácias,
hemorrágicos como trauma, que é a forma de LE (lúpus eritematoso), AIE (anemia infecciosa equina –
perda de sangue, a forma pode ser por passada pela picada de mosquitos), etc;
parasitas.
 Destruição acelerada dos eritrócitos (hemólise);
 Diminuição na produção eritrocitária (hipoplasia
ou aplasia da MO): pode ser causada por uma lesão na
medula.
Aguda

 Cirurgias ou traumas, lesões hemostáticas (a hemostasia


está associada com a coagulação, os distúrbios
hemostáticos são problemas na coagulação), desordens da
circulação, deficiência de vitamina K, CID;
 Resposta regenerativa a partir de 3 dias: antes
desses três dias é . trombo (trombose);
 Redução na concentração de proteína plasmática hemofilia (animal sangra
total – hemorragia externa; até morrer)
Quando o animal apresenta uma
hemorragia interna, o PTP dele estará Crônica
normal porque na hemorragia interna o
organismo tende a reaproveitar as  Lesões GI, neoplasias com sangramento cavitário (como
neoplasias na bexiga), trombocitopenias, parasitas;
proteínas (PTP). Um dos exemplos é:
gastrite, perde sangue todos os dias, porém,
o organismo reaproveita as proteínas.
 Agentes infecciosos;
Já nos casos de hemorragia externa,
 Drogas e químicos: acetominofen, azul de metileno,
ocorrerá uma perda de hemácias,
vitamina K, Cu, Pb, Zn;
leucócitos, PTP e plasma, ou seja, sairá tudo
por conta da lesão, um dos exemplos para  Plantas tóxicas e acidentes ofídicos;
esse caso é: cavalo com ferida na perna.  Doenças metabólicas;
 Destruição imunomediada da hemácia;
 Outras causas;
 Destruição acelerada de eritrócitos – ;
Acidente com jararaca não causa hemólise,
 a hemólise pode acontecer dentro do vaso
faz hemorragia.
(intravascular) ou fora (extravascular, como no baço).
 : Clostridium perfringens (A Acidente com cascavel faz hemólise.
ou C), leptospirose, fenotiazina, cebola, azul de metileno
(tóxico para gatos), cobre, imunomediada (pós transfusão);
 imunomediada é quando o próprio organismo está  Doença renal crônica: falta de eritropoetina;
destruindo algo dele mesmo, como por exemplo,
anemia imunomediada é o próprio anticorpo destrói as  Deficiência proteica, mineral e de vitaminas;
hemácias, ou, trombocitopenia imunomediada que são
os anticorpos destruindo as plaquetas.
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 Deficiências endócrinas: hipotireoidismo,
hipoadrenocorticismo, hipo-androgenismo;
 VCM normal: anemia normocítica;
 Drogas;
 VCM aumentado: anemia macrocítica;
● Agentes infecciosos: Erlichia se a Erlichia chegar na
medula ela começa destruí-la.  VCM diminuído: anemia microcítica;
● Mielopatias: doença na medula, como leucemia.
● Doenças imunomediada;

 CHCM normal: anemia normocrômica;

 Desordens da síntese da fração heme: deficiência do  CHCM aumentado: anemia hipercrômica;


Fe, Cu e piridoxina;  CHCM diminuído: anemia hipocrômica;
 Desordem da síntese do ácido nucléico: deficiência Se olha o CHCM e está normocrômica,
de folato e vit. B12; porém, na observação aparece hipocromia
Geralmente deficiência de algo que forma a +++ quer dizer que apesar da média estar
hemoglobina, como por exemplo, o ácido normal através da contagem, caso olhe no
fólico que aumenta a eritropoiese. microscópio visualiza hipocromia.
Ex: o VCM é de 60 a 77, no exame está 56, ou
seja, microcítico, se na observação estiver
anisocitose +++ e Corpúsculo de Howell
Jolly, dá a entender que a microcítica é
uma média dada pela contagem, enquanto
 VCM, HCM, CHCM são índices eritrocitários.
que a observação mostra aquilo que
Tamanho visualizamos no microscópio.

 Característica de vit. B12 e ácido fólico, deficiência de


cobalto;

Morfologia
 Perda aguda de sangue ou hemólise aguda.
O grau de macrocitose e hipocromia
depende da severidade da anemia,
associada à intensidade da resposta
eritropoiética medular, o que leva a
 Volume corpuscular médio (VCM); reticulocitose sanguínea. A reticulocitose
 Concentração de hemoglobina corpuscular médio (CHCM); em resposta à anemia aumenta o VCM e
reduz o CHCM. Entretanto, muitos dias
devem passar desde a manifestação da

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anemia antes da alteração da morfologia  A síntese de EPO (eritropoetina) é inversamente
eritrocítica se mostrar aparente. proporcional à massa de hemácias e concentração da
hemoglobina;
EPO HEMÁCIAS
 Depressão seletiva da eritropoiese: doenças crônicas, A eritropoiese é regulada pela
como nefropatias. eritropoietina, que é produzida
Depressão seletiva da eritropoiese em primariamente pelos rins em resposta a
doenças crônicas como infecções, doença hipóxia tecidual. A síntese de eritropoietina
renal crônica, malignidades e certas é inversamente proporcional à massa de
desordens endócrinas. Nestes casos, a eritrócitos e concentração de hemoglobina.
resposta de reticulócitos está ausente ou  Classificação da anemia:
insignificante. Os esforços devem ser
1.
direcionados mais para o diagnóstico da
2.
doença primária do que para o tratamento
da anemia, uma vez que o uso de
hematínicos está contra-indicado, pois o
 Hemograma com sinais de resposta medular;
tecido eritropoiético não pode fazer uso
destas substâncias.  Reticulocitose, anisocitose e policromasia;
 Presença de metarrubrícitos (cão e gato), Howell-Jolly;
 Resposta de 2-3 dias para se mostrar evidente;
 Geralmente por deficiência de ferro (anemia ferropriva),  Determinação da regeneração feita pela contagem de
precisa de ferro para sintetizar a hemoglobina. reticulócitos;
 Deficiência de ferro ou incapacidade de utilização do Fe  Equinos: liberam reticulócitos;
disponível para sintetizar hemoglobina;  Bovinos: reticulócitos raros;
 Síntese lenta de hemoglobina;
Presença de células jovens, geralmente
 Doenças inflamatórias, drogas (cloranfenicol), metais
reticulócitos e eritroblastos, se aparecer
pesados (chumbo);
metarrubrícito o prognóstico não é muito
bom, pois a medula está liberando muitas
células jovens.

 Lesões na medula óssea ou ausência de elementos para a


eritropoiese;
 Quadro crônico e início lento;
 Neutropenia e trombocitopenia;
 diminuição da eritropoiese, ausência de EPO,
doença endócrina, inflamação crônica, lesão tóxica da
medula;
 Geralmente são normocíticas normocrômica;

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 Baixa contagem de reticulócitos; 
 Na anemia arregenerativa não existem reticulócitos e nem anemia normocítica
policromasia. normocrômica regenerativa.
 Pode ser por:  traumatismos, cirurgias, intoxicação por warfarin
(veneno de rato), distúrbios de coagulação, etc.
1.
Ex: um cão com sangramento que o
2. lesão na medula ou faltou ingredientes.
hemograma se apresenta normal, pode ser
 A anemia arregenerativa começa lentamente, a anemia
por conta do baço, que pode começar a
crônica por uma doença crônica era regenerativa, mas
por não dar conta virou arregenerativa. liberar as hemácias velhas, essa liberação
pode ser oriunda de um estímulo da
Neutropenia (redução de neutrófilos) e
adrenalina pela dor extrema, com isso, faz
trombocitopenia.
contração esplênica para liberar essas
Ex: cão com reticulócitos 1% é hemácias, esse exemplo pode ser
arregenerativa, reticulócitos 1.1% é considerado como uma anemia mascarada.
regenerativa, se depois de uma semana
O organismo primeiro retira a reserva do
continuou com reticulócitos 1.1% ainda será
baço e em segundo caso libera as hemácias
regenerativa, porém, mostra que não está
que estavam quase prontas.
produzindo o suficiente.
Anisocitose e pontilhado basófilo: bovinos
para ver se é regenerativa.
 Caracterizada pela perda contínua de sangue com
consequente exaustão das reservas de ferro do
organismo;
 No início pode haver regeneração, porém com o tempo
diminui a resposta medular;
 Medula óssea não dispõe de Fe suficiente para síntese de
hemoglobina;
 Parasitismo e lesões difíceis de cicatrizar, caso não
resolva a causa, tende a virar microcítica hipocrômica.

Anemia microcítica hipocrômica

 parasitismo (pulgas, moscas, carrapatos,


endoparasitas), lesões gastrointestinais (neoplasias,
 Caracterizada pela perda em grande proporção de sangue úlceras), distúrbios de coagulação (hemofilia,
(25 a 40%) em curto período; trombocitopenia, etc), neoplasias que sangram em
 Exame hematológico realizado imediatamente após não cavidades;
revela anormalidades;
 Nas primeiras horas anemia normocítica normocrômica
arregenerativa com hipoproteinemia;  Caracterizada pela destruição das hemácias, por agentes
 Liberação de estoques do baço e medula óssea.; infecciosos (vírus, parasitos, bactérias), químicos
(intoxicações metais pesados, plantas ou alimentos) ou pelo
sistema imune (imunomediadas);

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 Hemólise pode ser intra (dentro dos vasos – aumenta A hemoglobina é liberada na forma livre quando ocorre
hemoglobina) ou extravascular (sistema fagocitário hemólise, onde a união entre a hemoglobina e o
mononuclear (SFM) – alto bilirrubinemia e alto estroma eritrocitário quebram-se pela ação do
urobilinogênio na urina e aumenta pigmentos biliares nas agente hemolítico. A hemoglobina livre no plasma é
fezes - escuras); rapidamente decomposta por oxidação, liga-se a
 haptoglobina e é rapidamente excretada pelos rins,
observando-se hemoglobinúria, ou ainda é destruída
pelo SMF. A hemoglobina confere a cor avermelhada
do plasma e esta condição é chamada de
hemoglobinemia.
Nos macrófagos, o ferro da fração heme e os
aminoácidos da fração globina são reciclados para uso.
Hemoglobina – curiosidades! A protoporfirina é degradada em biliverdina pela
Trata-se de uma proteína conjugada formada de 96% heme microssomal oxigenase; a biliverdina é então
de proteínas (globinas) e por um grupo prostético de convertida à bilirrubina pela bilirrubina redutase. As
coloração vermelho chamado heme (4%). aves excretam somente biliverdina, pois não
possuem bilirrubina redutase.
A produção hemoglobínica ocorre no citoplasma das
células nucleadas precursoras de eritrócitos. O ferro A bilirrubina liberada no plasma é ligada à albumina para
obtido pelas células eritróides no processo normal de o transporte até as células hepáticas, onde é
eritropoiese provém dos macrófagos adjacentes que, conjugada em ácido glicurônico por uma enzima. A
por sua vez, recebem o ferro por endocitose da bilirrubina conjugada é normalmente secretada
ferritina, uma proteína transportadora, por meio de através dos canalículos biliares e excretada pela bile
um processo chamado rofeocitose. na luz intestinal.
A ferritina é degradada e convertida a No trato intestinal a bilirrubina é degradada a
hemossiderina pela ação das enzimas lisossomais urobilinogênio para a sua excreção nas fezes, com
intracelulares nos macrófagos. A ferritina é reabsorção parcial para a circulação geral e re-
hidrossolúvel enquanto que a hemossiderina não, excreção biliar no ciclo entero-hepático da bile. Uma
porém ambas servem como estoques de ferro que pequena quantidade de bilirrubina conjugada e
são mobilizados para a síntese da heme. urobilinogênio normalmente escapam à re-excreção
hepática e são eliminados na urina e quantidades
Em anemias ocasionadas por doenças crônicas, os
aumentadas são muitas vezes excretadas naqueles
estoques de ferro estão aumentados, pois há um
animais com doença hepática.
sequestro nos macrófagos do SMF. Na formação
deficiente de hemoglobina, intervêm As duas formas de bilirrubina no plasma são chamadas
fundamentalmente três fatores: de bilirrubina livre ou indireta, ligada à albumina e
bilirrubina conjugada ou direta. A bilirrubina não
1. deficiência de ferro por ingestão deficiente ou
conjugada não é filtrada pelo rim, somente a
absorção anormal deste elemento;
conjugada. O acúmulo de bilirrubina no sangue leva a
2. interferência na atividade normal das células icterícia.
macrofágicas (SRE) que produzem normalmente
Na anemia hemolítica a maioria da bilirrubina no
a hemoglobina. Isto ocorre nos envenenamentos
sangue está na forma não conjugada, sendo que, na
por metais, toxemias, neoplasias e nefrites,
obstrução extra-hepática do ducto biliar esta é
entre outras causas;
amplamente conjugada e, ambas as formas em doença
3. anormalidades renais que interferem na hepatocelular.
formação da eritropoietina.

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A concentração de bilirrubina no plasma do cavalo é
alta, comparada com outras espécies, e a maior parte
está na forma não conjugada.
Eritrograma Valor de referência
27,6 37 – 55
4,11 5,5 – 8,5
9,0 12 – 18
67,0 60 – 77
32,6 32 – 36
- 0,4 – 1,4
4,2 6–8
Obs: hipocromia (+)
Anemia normocítica normocrômica arregenerativa
Anemia normocítica normocrômica
(fase aguda) regenerativa  O PTP está baixo, pode ser pela não produção de
proteínas pelo fígado por perda como em problemas
 Anaplasma sp., Mycoplasma haemocanis e renais.
haemofelis (Hemobartonella), Babesia sp., Leptospira sp.,  A hipocromia é visível na microscopia, conseguimos
Vírus da AIE, agentes químicos (chumbo, cobre, perceber essa hipocromia ao olhar a hemoglobina que está
fenotiazina), plantas (mamona, cebola, etc.), doenças abaixo do valor de referência, isso condiz com o resultado
metabólicas, anemias imunomediadas, etc; de hipocromia na observação, porém, pela média durante
a contagem temos uma normocromia.
 PTP: hipoproteinemia, as possibilidades são doenças:
 São anemias arregenerativas associadas ou não a  doença hepática;
depressão da medula óssea (aplasia ou hipoplasia), podendo
ser primárias ou secundárias;  lesões no trato gastrointestinal;
 As reações secundárias normalmente estão associadas a  problema renal (o rim não está produzindo
uma enfermidade primária causadas por deficiências eritropoetina e, através disso, diminui p aviso para a
sistêmicas (renal crônica, hepática, distúrbios endócrinos) medula).
ou nutricionais (vitamina B12, niacina, minerais – Fe e P),  É arregenerativa porque a medula não está recebendo o
doença inflamatória; estímulo para produzir hemácias.
  A hemoglobina dá a coloração na hemácia, se perde
lesão do tecido hematopoiético, aplasia por proteína não tem como produzir hemoglobina.
intoxicação por samambaia, doenças mieloproliferativas  Nesse caso, se administrar eritropoetina irá aumentar o
(leucemias, linfomas, plasmocitomas). volume globular (hematócrito), ficará normocítica,
Alguma doença primária na medula, como normocrômica e regenerativa, o PTP não irá melhorar
leucemia, ou uma doença primária que porque é um paciente renal que continuará perdendo
proteína.
levou a uma doença secundária da medula,
como por exemplo, a Erlichia, pois ao cair
na corrente sanguínea e alcançar a medula
óssea, irá fazer destruição.

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Absoluta

 Aumento total da quantidade de hemácias no organismo.


 Elevação do número de eritrócitos circulantes, causado
pelo aumento da massa total de hemácias.
 Concentração de proteína plasmática está normal.
 fluxo lento de sangue.
 É o aumento do número de eritrócitos circulantes acima  Excesso de massa de hemácias aumenta a viscosidade
dos valores normais; sanguínea e a resistência vascular pulmonar e diminui o
 Aumento do hematócrito, hemácias e da concentração de débito cardíaco.
hemoglobina;
 VCM e CHCM normais ou ligeiramente aumentados
PRIMÁRIA
(normalmente sem alteração do VCM e CHCM);  Contração esplênica;
 É o aumento do hematócrito, também pode ser chamado  Aumento da massa eritrocitária;
de eritrocitose;
 Policitemia Vera;
Policitemia é o termo mais usado, temos um
 Verdadeira ou Vera;
aumento do valor do hematócrito, se
 Desordem mieloproliferativa;
aumenta o hematócrito podemos esperar
como sinais clínicos hiperemia de mucosas,  Independe da concentração de EPO;
congestão (principalmente de vaso ocular),  Proliferação anormal das células eritróides, dos leucócitos
a circulação estará diminuída porque o e dos megacariócitos;
sangue está viscoso então o sangue não  Ocorre um aumento absoluto da massa de eritrócitos,
consegue circular, tem mais hemácias contagem de leucócitos e plaquetas;
porém não tem uma boa oxigenação do  É a mais comum em humanos, como causa é a
tecido, o paciente fica sonolento, o , que é um tipo de policitemia que leva a um distúrbio
mieloproliferativo, a medula produz células como se não
organismo pode compensar com tivesse um controle pela eritropoetina, aumenta o
taquicardia e taquipneia/dispneia. hematócrito e também tem leucocitose e trombocitose,
As causas podem ser: desidratação afeta a linhagem mieloide;
(principal causa em cães), doenças  Na contração esplênica é temporário, apenas durante a
cardiovasculares e pulmonares, distúrbios contração.;
mieloproliferativos (doenças na medula
SECUNDÁRIA
óssea), doença renal como tumor renal,
altitude porque precisa de mais oxigênio,   produção de hemácias pelo  da concentração de EPO.
com isso, tenta compensar produzindo  Temos dois tipos:
mais hemácias com a liberação de 1.
eritropoetina (mesmo organismo saudável, como por exemplo, se tem uma doença pulmonar
quando está na altitude precisa de mais ou cardíaca que tenta compensar a oxigenação, está
oxigênio) e contração esplênica. tentando responder a uma doença.
 altitude é uma policitemia apropriada, existe uma
hipóxia e o organismo aumenta a produção de
eritropoetina para produzir mais hemácias e carrear
mais oxigênio
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 hipóxia, doenças cardíacas ou pulmonares, altitude   concentração de proteína: pode estar normal ou até
elevada, hipoventilação alveolar ou obesidade grave; diminuída (baixa ingestão de proteínas, redução na síntese
 mensuração da PaO2 e da saturação de oxigênio; de proteínas (fígado), perda de proteínas pelos rins/ TGI
ou lesões cutâneas;
2.
tumores renais e adrenais tendem  Aumento transitório na massa eritrocitária contração
a fazer essa policitemia, não existe hipóxia, mas o rim esplênica:
aumenta a produção de eritropoetina. 
 aumento da produção de EPO, em ausência a uma %
situação de hipóxia;  : Poodle, Greyhound e Dachshund;
 aumento da produção de EPO sem ocorrer hipóxia  porque
tecidual; liberam adrenalina que induz desenvolver uma
  produção EPO: neoplasias renais ou extra-renais. policitemia relativa, animal com muita dor libera
adrenalina, a adrenalina faz contração esplênica.
apropriada tem hipóxia, inapropriada não tem Cavalo que fez uma prova vai ter uma policitemia
hipóxia relativa não só pela desidratação, mas também pela
contração esplênica.
Relativa  – liberação de
adrenalina;
 Pela diminuição do volume plasmático ou por redistribuição  ;
eritrocitária.
 quando não tem aumento
 Desidratação e desvio de fluidos orgânicos. de PTP pode ser por contração esplênica.
 A policitemia por desidratação é chamada de policitemia  : medo, dor ou excitação: leucograma de
relativa, tem a mesma quantidade de hemácias só que estresse;
diminui volume plasmático, as hemácias estarão mais
concentradas, não é que tem mais hemácia é que tem A policitemia por contração esplênica pode vir como
menos plasma. Se faz uma concentração de proteínas, as primária ou relativa em alguns livros, porque
proteínas que estão no plasma também estarão duram um determinado tempo.
aumentadas, porque o plasma que está baixo
Extrema dor ou animais muitos excitáveis alteram o
 Aumento do PTP, se um cavalo está desidratado, eritrograma e leucograma também, a analgesia não
tem policitemia mas as PTP está normal ou interfere no resultado do leucograma só diminui a
diminuído, pode pensar que o fígado não está contração esplênica.
produzindo (problema hepático) e pode ser um
problema renal, se o rim perde proteína tem
uma lesão renal, lesão dermatológica que
perde sangue pelo meio externo e lesões no
trato gastrointestinal pode ter a perda de
 Congestão de vasos oculares;
proteína, além disso, também pode ser por uma
deficiência de ingestão.  Cianose;
 Ocorre por redução do volume plasmático: desidratação;  Aumento da viscosidade do sangue;
 Doenças acompanhadas por excessiva perda de líquidos  Taquipnéia/dispnéia;
orgânicos;  Letargia;
 :  Ht e PTP pela  do volume  Sonolência;
plasmático;

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2,25 5,0 – 10,0
4,2 8 – 15
13 24 – 45
 desidratado pelo vômito e diarreia, o hematócrito está alto 57 39 – 55
e o PTP também, relaciona os sinais clínicos com o exame.
32 30 – 36
100.000 > 60.000

1. OBS: anisocitose +++, policromasia +++, macrocitose ++,


corpúsculo de Howell-Jolly ++, corpúsculo de Heinz ++,
eritroblasto 25%.
Anemia macrocítica normocrômica
regenerativa.
9,1 5,5 - 8,5
22,4 12 - 18
63,9 37 - 55
68 60 - 77
35,7 32 - 36
10,5 5,7 - 7,7
Policitemia relativa

a)

b)

3.

2.

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 Neutrófilo e segmentado é a mesma coisa!
Os leucócitos ou glóbulos brancos são
células produzidas na medula óssea que
fazem parte do sangue juntamente com os
3,96 5,0 – 10,0
eritrócitos e as plaquetas. Os leucócitos são
9,4 8 – 15 produzidos na medula óssea a partir de
28,1 24 – 45 uma célula pluripotencial, também
chamada célula-tronco ou “stem cell” que
71 39 – 55
vai repopular a medula óssea. A
33,4 30 – 36 capacidade proliferativa da célula-tronco
23,7 19,5 – 24,5 depende de estímulos apropriados de
hormônios estimuladores da leucopoiese.
13,2 -
Os leucócitos ou glóbulos brancos são
8,2 6,0 – 8,0
classificados como polimorfonucleares e
OBS: eritroblasto 1%, hipocromia +, anisocitose +. mononucleares. Os leucócitos
Anemia mascarada polimorfonucleares têm núcleo condensado
e segmentado. São células comumente
referidas como granulócitos porque contém
grande número de grânulos
citoplasmáticos que são lisossomas,
contendo enzimas hidrolíticas, agentes
antibacterianos e outros compostos.
Três tipos de granulócitos (neutrófilos,
eosinófilos e basófilos) são identificados
pelas características de coloração de seus
grânulos.
Os leucócitos mononucleares no sangue são
classificados como linfócitos e monócitos.
 Responsáveis pela defesa e proteção do organismo;
Estas células não são destituídas de
 Células produzidas na medula óssea (MO); grânulos, mas certamente têm menor
 Juntamente com eritrócitos ou plaquetas, fazem parte do número de grânulos citoplasmáticos que os
sangue; granulócitos.
 São células de defesa, pode estar aumentado por alguma
invasão de microrganismos ou por algo que está
consumindo esses leucócitos.
 Originados a partir de uma célula pluripotencial (célula
tronco ou stem cell);
 A forma apenas os linfócitos B e
T, enquanto que a forma os
agranulócitos (monócitos), granulócitos (neutrófilos,
eosinófilos e basófilos), plaquetas e hemácias.
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geralmente, um pouco maior que a hemácia.
citoplasma grande.
segmentado. GRANULÓ
CITOS

A granulopoiese ou granulocitopoiese
envolve a produção de neutrófilos,
eosinófilos e basófilos, através de um
 núcleo segmentado e cheio de grânulos. processo ordenado. O tradicional conceito
de granulopoiese determina a formação de
Função dos leucócitos
neutrófilos, eosinófilos e basófilos com
 origem em um precursor celular, o pró-
monócitos e granulócitos ; mielócito.
 FAGOCITOSE!

linfócitos ;
 ANTICORPOS!
 Células tronco não são morfologicamente distintas e estão
presentes em pequena quantidade na medula óssea;
 Ao entrar na via de diferenciação, se inicia o processo de
proliferação e maturação;
Os grânulos destroem o tecido da bactéria,  Quantidade crescente do número de células:
por isso forma o pus (aglomerado de  menor quantidade de células primitivas;
neutrófilos velhos + restos de bactérias).  maior quantidade de células maduras;

Leucopoiese sistema hematopoiético Polimorfonucleares. granulócitos ou


segmentados
 Processo de formação, desenvolvimento e maturação de
leucócitos;  Grânulos no citoplasma;
 linfócitos;  – pode ocorrer em locais
extramedulares (baço) animais jovens, adultos (aumento
 granulócitos, monócitos,
da demanda);
eritrócitos e plaquetas;
 neutrófilos, eosinófilos e basófilos;
A maturação ocorre na medula óssea, mas
também pode ocorrer no baço e,
dependendo do requerimento do organismo,
pode acontecer na corrente sanguínea.

MATURAÇÃO DOS GRANULÓCITOS

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não teve necessidade de enviar células jovens e as células
mieloblasto estão permanecendo mais tempo na corrente sanguínea.
promielócito mielócito

metamielóci-
segmentado bastonete
to

 mielócito metamielócito
bastonete segmentado.
 Processos infecciosos graves podem encontrar células
mais jovens na corrente sanguínea, podendo achar os
mielócitos, isso mostra que a medula está entrando em
cansaço.
 Todos os granulócitos tem uma origem em comum, sendo
a UFC-GM/G.
 Três compartimentos funcionais de granulócitos são
reconhecidos na medula óssea:
1. Compartimento proliferativo ou mitótico,
consistindo de mieloblastos, pró-mielócitos e mielócitos;
2. Compartimento de maturação ou pós-mitótico,
consistindo de metamielócitos e bastonetes;
3. Compartimento de reserva ou estoque,
primariamente composto de neutrófilos maturo e alguns
bastonetes.

Mononucleares ou agranulócitos


 neutrófilo jovem, não tem segmentação baço, timo e linfonodos;
nenhuma, formato de ferradura e evolui para o
 monócitos e linfócitos;
, no meio do caminho para essa evolução
podemos encontrar células menos segmentadas, que são  monócitos: UFG-GM (Unidade Formadora de Colônia
chamadas de , esse hiposegmentado é Granulocítica-Monocítica);
um bastonete que começou a se tornar segmentado.
Durante a contagem, esse hiposegmentado é contado MATURAÇÃO DE LINFÓCITOS
junto com os segmentados, mas na observação estará Em órgãos linfoides:
escrito que há presença de hiposegmentado. Presença de
bastonetes ou hiposegmentado mostra que a medula está linfoblasto
enviando células jovens. pró-linfócito

 hipersegmentado: de segmentado evolui para


hipersegmentado, ou seja, é uma célula velha, caso o
animal tenha tido alguma patologia e durante o exame
encontra-se hipersegmentado, indica que a medula óssea linfócitos

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 imunidade humoral ;
 imunidade celular, resposta a
citocinas ;
 Os linfócitos saem da medula óssea na linhagem
precursora e são maturados em um órgão linfoide.
 Linfoblasto é o que sai da medula óssea e chega no
órgão linfoide.
 Os linfócitos possuem pouco citoplasma.

MATURAÇÃO DOS MONÓCITOS

célula tronco
monoblasto pró-monócito

macrófago monócito

 células intermediárias, é uma


linhagem intermediária para formar o
macrófago que é o primeiro a agir e está
presente nos tecidos, os monócitos estão
presentes na circulação sanguínea.
 tecidos.

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1. Bastonete.
2. Plaqueta.
3. Hemácia.
4. Eosinófilo.
5. Linfócito.
6. Neutrófilo.
7. Basófilo.
8. Monócito.

 proliferação de linfócitos.

plaqueta

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2.

 formato de ovo frito.

1. 3,96 5,5 - 8,5


9,8 12 - 18
28,1 37 - 55
72,6 60 - 77
3,44 5,5 - 8,5
32,4 32 - 36
7,8 12 - 18
8,2 5,7 - 7,7
24,4 37 - 55
13,2 12 - 15
71,1 60 - 77
OBS: anisocitose +, microcitose +, eritroblasto 1%.
22,6 32 - 36 hipocromia +
11,6 5,7 - 7,7 Anemia normocítica normocrômica
14,1 12 - 15 regenerativa com hiperproteinemia
OBS: plasma ictérico + rouleax 2+, policromasia ++,
anisocitose ++
Anemia normocítica hipocrômica
arregenerativa com hiperproteinemia 3.

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 Cachorro tem para cada um circulante, um marginal
também.
6,1 5,5 - 8,5
12,1 12 - 18 Cão 1:1
37 37 - 55 Gato 1:3
61,6 60 - 77
 Animal estressado faz com que o pool marginal saia, no
32,4 32 - 36 exame de sangue punciona apenas os que estão no pool
circulante, ou seja, o marginal não aparece.
8,6 5,7 - 7,7
 faz a saída do pool marginal por conta da adrenalina
12,2 12 - 15 que é liberada pelo estresse.
OBS: anisocitose +, hipocromia +  Capacidade de migração rápida e unidirecional para os
tecidos, pelas paredes dos vasos;
Anemia mascarada
 O neutrófilo é uma célula inflamatória que tenta controlar
a lesão, se o circulante não for o suficiente, o marginal
começa a cair na circulação, sendo a ou
primeira mobilização. Caso precise de mais neutrófilos, os
que estão na medula óssea começam a sair, sendo a
.A seria aumentar a
produção de neutrófilos ( ).
O neutrófilo fica em média 6 dias na medula
óssea, na circulação fica em torno de 6 a 10
horas.
 Também chamados de segmentados; Faz a diapedese, ele vai rolando até achar o local,
 Produzidos na medula óssea; ele acha pela quimiotaxia, o fagolisossomo é o
aprisionamento da bactéria.
 Principais células inflamatórias avaliadas no hemograma;
 Em maior quantidade na circulação sanguínea.  No processo inflamatório agudo é uma das primeiras
a chegar no local, principalmente por infecção bacteriana,
 exceção: ruminantes. a principal suspeita pelo aumento de neutrófilos é por
infecção e inflamação .
 Grande capacidade de fagocitose;
 Os neutrófilos ficam em dois compartimentos da corrente  Destruição de bactérias, fungos e vírus;
sanguínea, sendo eles o circulante e o marginal.
 células circulantes na corrente
sanguínea ;
 o pool circulante são os neutrófilos circulantes, quando 
tem uma necessidade de mais células, o marginal sai ,
da parede vascular e se torna circulante.
.
 neutrófilos que permanecem próximos à
parede vascular ; 
 o pool marginal só sai quando precisa de mais ( ).
neutrófilos, ou seja, quando são requeridos.

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 , granulação tóxica pode ser sugestiva de
, septicemia.
corpúsculo de Lentz é patognomônico para
, cinomose.
.

.
 ( )
.
 ,

.
 ,
,
.

adrenalina: leucocitose com neutrofilia e


linfocitose.
cortisol/glicocorticoide: leucocitose com
 Em concentração em média de 2% na maior parte das
neutrofilia e linfopenia.
espécies animais;
 Tem grânulos avermelhados.
 Aumenta em processos alérgicos ou parasitas.
 Produção principalmente na medula óssea, podendo
ocorrer também no baço, timo e linfonodos cervicais;

 Variação morfológica entre espécies;


 Possui núcleo segmentado e citoplasma preenchido por
grânulos acidófilos (vermelhos a alaranjados);
 Atraídos por quimiotaxia e liberam o conteúdo de seus
grânulos no local da reação inflamatória;
 Participação em reações de hipersensibilidade alérgicas
inflamatórias;
 Atuação no controle de infecções parasitárias;
 Pode levar à indução de dano tecidual e fibrinólise;
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 Pode induzir uma lesão no tecido pelos seus grânulos.

 Fagocitose em menor grau;  Aumento da concentração se dá simultaneamente ao de


eosinófilos interação;
 Atividade bactericida e parasiticida interação
 Processos alérgicos?
com mastócitos e linfócitos;
 Regulação de respostas alérgicas e inflamatórias
anti-histamínicos;
 Injúria tecidual regulação;

 Liberação de histamina, heparina e serotonina;


 Fator Ativador Plaquetário;
 Substância de Reação Anafilática;
 é um mediador
inflamatório;
 Fator Quimiotático Eosinofílico de Anafilaxia.
 Raramente encontradas no sangue e medula óssea;
 Não sabemos ao certo a função, mas trabalha parecido
com os eosinófilos, ou seja, alérgico ou parasitas.
 Não é comum sua presença na corrente sanguínea.
 Possuem grânulos basofílicos no citoplasma e núcleo
segmentado;
 Cães: pequena quantidade de grânulos violeta-
escuro;
 Gatos: grânulos acinzentados;
 Grandes animais: numerosos grânulos
 Produzidos na medula óssea;
violeta-escuro, que sobrepõem ao núcleo;
 O monócito é uma célula jovem que quando maturar vai
 Ricos em histamina, heparina e em algumas espécies, de virar macrófago.
serotonina;
 Para cada 1 monócito na corrente sanguínea tem 50
 Maior que os neutrófilos; macrófagos no tecido, se tem uma monocitose o tecido
tem uma inflamação no local.
 Não são estocados;
 Liberação de células jovens nos tecidos;
 Ativados nos tecidos macrófagos;
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 macrófagos teciduais 50:1 monócitos  É da linhagem linfoide e pode ser dividido em pequeno e
circulantes; grande.
 São responsáveis pela resposta imune e faz a vigilância
imunológico, a maior parte da produção é feita nos
linfonodos.
 A partir de uma resposta antigênica a medula óssea libera
os precursores para o tecido linfoide, sendo liberado como
linfoblasto.

 Fagocitose microrganismos e debris celulares;


 Regulação da resposta imune;
 Efeito citotóxico contra células tumorais e hemácias;
 Regulação da hematopoiese;
 Regulação da inflamação, reparo tecidual, coagulação e  Responsáveis pelo desencadeamento e execução da
fibrinólise; resposta imune;

 linfonodos (estimulados pela exposição


antigênica);
 medula óssea;
 Depressão da produção por corticoides, hormônios
sexuais e má nutrição.

 3 grupos de difícil distinção morfológica;


1. Linfócitos T (CD4+ e CD8+);
2. Linfócito B e plasmócitos;
3. “Natural killers” ou células exterminadoras
naturais (NK);

 Recirculação  podem retornar à circulação;


 Geralmente são menores que os neutrófilos;

Linfócitos pequenos

 Núcleo redondo e citoplasma escasso pouco basofílico;


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 Geralmente em cães e gatos são um pouco maiores que Corpúsculo de Lentz: aparece na Cinomose.
as hemácias, praticamente não consegue visualizar o
citoplasma
Leucograma
Quando observa um leucograma podemos ter 3 situações:
1.
2. .
Linfócitos grandes e granulares 3. .

 Núcleo redondo, citoplasma mais abundante, com pequena São leucócitos reativos, as leucocitoses fisiológicas são
quantidade de grânulos; do cortisol e adrenalina, quando são leucócitos reativos
significa que existe uma doença e o organismo está
 comum em ruminantes; respondendo.

Primeiro olha o leucócito total, podendo classificar como:


1.
 células B (20%);
2.
 células T (70%);
3.
 células nulas, NK;
Depois, olha as outras células de defesa para classificar se
 Memória imunológica; está aumentado, diminuído ou normal.
 Regulação imunológica;
1. .
 Atividade citotóxica (NK);
2. .
 Vigilância imunológica;
3. .
 Secreção de linfocinas;
4. .
5. .
6. .
7.
8. .
 quando tem um caso clínico,
precisa realizar a classificação, a primeira resposta
da medula é o desvio a esquerda e direita .

Linfócito reativo: geralmente em doenças


infecciosas, ficam maiores.

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O desvio a esquerda significa células jovens, se estiver aumentar os leucócitos, provavelmente por conta de
em maior quantidade do que o valor de referência é desvio a alguma infecção, como por exemplo, bactéria que está
esquerda. O desvio a esquerda é dividido em: destruindo os leucócitos, então as células jovens que
são mandadas acabam.
1. significa que a
 a diferença entre o regenerativo e o degenerativo,
medula está respondendo. Primeiro o organismo usa
no regenerativo tem leucocitose, nesse não tem, tem
o pool marginal, depois a reserva da medula e leucograma normal ou com leucopenia.
por último, se não der conta, a medula começa
a produzir mais células de defesa .  o aumento de bastonetes não é o suficiente para
aumentar a quantidade total de leucócitos.
 é uma
.
 se os bastonetes estiverem acima do valor de
referência é o desvio a esquerda. O desvio a direita tem leucocitose mais a presença
 o desvio a esquerda pode ter 3 classificações: de hipersegmentado, como por exemplo: pegou uma
a) leve: se olha no exame e só tem bastonete infecção hoje e a medula começou a responder, fez o pool
aumentado , é desvio a esquerda regenerativo leve, ou marginal e não foi o suficiente, pegou a reserva da medula e
seja, só o bastonete está dando conta de defender o jogou na circulação, se essas células são suficientes elas
organismo e não precisa mandar mais células jovens. continuarão tentando combater a infecção, esses neutrófilos
duram em média de 6 a 10 horas na corrente sanguínea,
b) moderado: se encontra bastonete e quando passar das 10 horas não tem destruição da células,
metamielócitos é um desvio a esquerdo moderado, o elas começam a envelhecer, ou seja, esses neutrófilos não
metamielócito é um precursor do bastonete. entram em apoptose por estar defendendo o organismo,
quanto mais tempo fica mais vai segmentando.
mielócitos

metamielócitos  Ruminantes tem uma baixa relação neutrófilo:linfócito,


quando tem um processo infeccioso ele tem mais
bastonete neutrófilo, normalmente um ruminante saudável tem mais
linfócito do que neutrófilo.
segmentado BOI SAUDAVEL:
%
c) intenso: apresenta mielócito, metamielócito e
bastonete , isso mostra que a medula está trabalhando %
muito. Não existe um valor de referência para mielócitos BOI COM INFECÇÃO
e metamielócito, se tem no leucograma mostra que a
medula está enviando mais células jovens. %

2. geralmente, %
quando aparece, o animal já teve o desvio a Também dosa o fibrinogênio para saber se
esquerda regenerativo que não foi suficiente está doente mesmo.
e entra no degenerativo .
 se é desvio a esquerda
, mas nesse desvio tem
.
 tem um consumo tão grande de leucócitos que mesmo
mandando célula jovem, não é o suficiente para

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25.000 6.000 – 17.000
80% 3.000 – 11.500 2.000 6.000 – 17.000
5% 0 – 300 - 3.000 – 11.500
8% 1.000 – 4.800 - 0 – 300
2% 150 – 1350 - 1.000 – 4.800
5% 100 – 1250 - 150 – 1350
A porcentagem das células de defesa está em - 100 – 1250
valor relativo, para classificar precisa saber o
valor absoluto e, para isso, tem que fazer uma  Leucopenia tão intensa que não existe
regra de três. Sendo que, 25.000 é 100% dos diferencial, tem pouca célula que não consegue
leucócitos totais. contar 100 para fazer a porcentagem, subentende-se
que é uma leucopenia tão intensa que não teve como fazer
diferencial ou vem escrito no leucograma.
 , se estiver 4000 a 5.500 é
* leucopenia.

 Não classifica desvio.
Irá fazer o cálculo de todas as células de
defesa que estão na unidade percentual. Sendo
assim:
leucócitos: 25.000 (leucocitose) 16.800 6.000 – 17.000
segmentados: 20.000 (neutrofilia)
60% 3.000 – 11.500
Bastonetes: 1.250
15% 0 – 300
linfócitos: 2.000 (normal)
10% 1.000 – 4.800
monócitos: 500 (normal)
5% 150 – 1350
eosinófilos: 1250 (normal)
10% 100 – 1250
 Os leucócitos estão aumentados, tem uma leucocitose.
leucócitos: 16.800 (leucograma normal)
 Para saber se tem uma resposta da medula tem que
procurar por célula jovem (bastonetes). segmentados: 10.080 (normal)
 Primeiro olha os leucócitos e depois Bastonetes: 2.520
procura células jovens. linfócitos: 1.680 (normal)
 O organismo teve uma necessidade de leucócitos, mandou monócitos: 840 (normal)
a reserva e produziu algumas células jovens.
eosinófilos: 1.680 (eosinofilia)
 Tem uma
.
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 leucócitos: 19.500 (leucocitose)
.
segmentados: 15.405 (neutrofilia)
 O leucograma está normal e tem células jovens
aumentadas. Bastonetes: 0
linfócitos: 2.145 (normal)
monócitos: 975 (normal)
eosinófilos: 975 (normal)
5.500 6.000 – 17.000  .
55% 3.000 – 11.500  Apresenta hipersegmentado que são células
25% 0 – 300 velhas, quando tem leucocitose com células
velhas classifica como desvio a direita .
10% 1.000 – 4.800
5% 150 – 1350
5% 100 – 1250

leucócitos: 5.500 (leucopenia) 21.000 6.000 – 17.000


segmentados: 3.025 (normal) 80% 3.000 – 11.500
Bastonetes: 1.375 10% 0 – 300
linfócitos: 550 (linfopenia)
10% 1.000 – 4.800
monócitos: 275 (normal)
- 150 – 1350
eosinófilos: 275 (normal)
- 100 – 1250

. leucócitos: 21.000 (leucocitose)

 Aumento muito grande das células jovens, mas elas não segmentados: 16.800 (neutrofilia)
são o suficiente para causar leucocitose. Bastonetes: 2.100
linfócitos: 2.100 (normal)
monócitos: -
eosinófilos: -
19.500 6.000 – 17.000

79% 3.000 – 11.500 .
- 0 – 300
11% 1.000 – 4.800
5% 150 – 1350
5% 100 – 1250 19.000 6.000 – 17.000
60% 3.000 – 11.500
1% 0 – 300
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29% 1.000 – 4.800 65.000 6.000 – 17.000
5% 150 – 1350 75% 3.000 – 11.500
5% 100 – 1250 20% 0 – 300

leucócitos: 19.000 (leucocitose) 5% 1.000 – 4.800


segmentados: 11.400 (normal) - 150 – 1350
Bastonetes: 190 - 100 – 1250
linfócitos: 5.510 (linfocitose) 5%
monócitos: 950 leucócitos: 65.000 (leucocitose)
eosinófilos: 950 segmentados: 48.750 (neutrofilia)
 . Bastonetes: 13.000.
 Não tem desvio. linfócitos: 3.250 (normal)
monócitos: -
eosinófilos: -

18.500 6.000 – 17.000 .
72% 3.000 – 11.500
1% 0 – 300
5% 1.000 – 4.800
2% 150 – 1350  Compreensão de possíveis patologias;
20% 100 – 1250  Valores relativos e absolutos;
 Direcionamento do diagnóstico;
 Variações fisiológicas: idade, raça, espécie, grau de
leucócitos: 18.500 (leucocitose)
excitação, atividade muscular, fase da gestação ou cio,
segmentados: 13.320 (neutrofilia) fase da digestão;
Bastonetes: 185.
linfócitos: 925 (linfopenia)
monócitos: 370 (normal). Sufixo “citose” ou “filia”
eosinófilos: 3.700 (eosinofilia)  Aumento do número de células, acima do valor fisiológico
esperado para a espécie;
 , ,
.  Leucocitose, neutrofilia, etc;

Sufixo “penia”

 Diminuição do número de células abaixo dos valores de


referência;
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 Ex: leucopenia, neutropenia, etc;


 Caninos: 6.000 – 17.000/μL 
 Felinos: 5.000 – 19.500/μL
 Bovinos: 4.000 – 12.000/μL 
 Equinos: 5.400 – 14.300/μL 
 Ovinos: 4.000 – 12.000/μL
 Caprino: 4.000 – 13.000/μL

 Suínos: 11.000 – 22.000/μL

 Contagem de 100 células em uma lâmina previamente


corada;  Aumento total de leucócitos acima dos valores normais
para a espécie;
 Geralmente é reflexo do número de neutrófilos;
 Contagem de 100 células no esfregaço expressa em  Tipos de leucocitose:
porcentagem;
 fisiológica: adrenalina/corticóides;
 75 neutrófilos em 100 = 75% neutrófilos;  reativa: doenças;
 proliferativa: alteração neoplásica/ doenças
mieloproliferativas;
 Cálculo dos valores absolutos referente às porcentagens
obtidas na contagem diferencial;
 75% de neutrófilos em 10.000 leucócitos = 7500  Fisiológica*;
neutrófilos;
 Infecção bacteriana;
 Efeito de esteróides;

  Desordens linfoproliferativas ou mieloproliferativas;


 PIF;

 Necrose tecidual severa;
 Inflamação;
  Gestação e parto;
  Hipertireoidismo (gatos);


Variação com a idade

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 Aumento na época do nascimento, com aumento de  Com neutropenia: degeneração; depressão;
linfócitos; depleção/exaustão; destruição;
 exceção: suínos – baixa leucometria na época do
nascimento;
 Após 6 meses estabilização;  Tipos de leucopenia:
 menor sobrevivência de neutrófilos maduros
Variação entre espécie
(aumento do consumo);
 Prevalência de linfócitos: ruminantes;  diminuição da produção pela medula óssea;
 Equinos: 50% neutrófilos segmentados;  produção ineficiente (doenças imunomediadas);
 Outras espécies: 50% de linfócitos e neutrófilos;  neutropenia por sequestro (choques);

Medo, excitação e exercícios


 Doenças virais;
  transferência de granulócitos do pool
marginal para o circulante  neutrofilia;  Severa infecção bacteriana;
 impedimento da entrada de linfócitos em órgãos  Anafilaxia;
linfóides e liberação de linfócitos dos ductos torácicos  Drogas e tóxicos;
 linfocitose;  Neoplasias de medula óssea;
EFEITOS DA ADRENALINA X CORTISOL  Toxemias endógenas;
 Uremia;
 Neutrofilia por mecanismo semelhante à adrenalina;
 Doenças: toxoplasmose, erliquiose, leishmaniose;
 Linfopenia  sequestro de linfócitos no interior de
órgãos linfóides e apoptose;
 Eosinopenia  mantém os eosinófilos nos tecidos ou
impedem a saída deles da medula óssea.  Os cães respondem de forma exacerbada às infecções e
outras condições de estresse;
Gestação
 variação de 30 a 80 mil;
 Aumento de leucócitos na fase final da gestação;  Os felinos apresentam leucocitose de grande magnitude
 Frequente em bovinos; (30 a 50 mil);
 Pode ocorrer durante o estro;  valores acima de 70 mil são raros;
 Os equinos tem boa resposta a processos patológicos,
Digestão com valores entre 17 - 20 mil;
 resposta intensa: ao redor de 30 mil;
 A alimentação pode ocasionar um aumento do número de
leucócitos;  Suínos possuem leucometria normal com valores altos e
valores de 30 a 40 mil são frequentes;
 Mais significativo em suínos;
 Ovinos e caprinos: intensa resposta com valores de 20 a
27 mil;
 Bovinos: resposta discreta a processos inflamatórios e
 Com neutrofilia: infecções locais/generalizadas;
infecciosos;
intoxicações; corticóides; leucemias;
 geralmente contagem dentro de valores normais (4 a
12 mil);
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 neutrofilia maior que 50% - inversão do
predomínio;
 Aumento na contagem de neutrófilos;
 leucocitose marcante em torno de 15 a 20 mil;
 Causas: inflamação aguda e crônica, resposta a
 avaliação do fibrinogênio juntamente com a neutrofilia;
esteroides (cortisol/glicocorticóides)*, neoplasias,
 leucocitose pode ser discreta, mas há significante leucemia neutrofílica crônica e neutrofilia paraneoplásica
alteração do valor de fibrinogênio com neutrofilia e resposta fisiológica a catecolaminas**;

 De acordo com o número de leucócitos totais, número de  Leucograma de estresse;


neutrófilos e o grau de maturação;  Há estímulo do córtex da adrenal, com liberação de cortisol
 Desvio à direita (DD); ou pelo uso de glicocorticóides;

 Desvio à esquerda (DE): regenerativo (DER) e


degenerativo (DED);
 Ocorre uma leucocitose fisiológica;
 Duração de 20 a 30 minutos;
 Leucocitose com neutrofilia;  > Felino > equino > bovino e > canino;
 Presença de células maturas: pools de  Ocorre por medo, excitação ou exercício;
reserva suficientes para a demanda;
 Neutrófilos hipersegmentados;

 Leucocitose com neutrofilia, com aumento do número de


neutrófilos imaturos na circulação;
 apenas aumento de bastonetes;
 aumento de bastonetes e
metamielócitos;
 aumento de bastonetes, meta e
mielócitos;  É o mecanismo que mantém a fluidez do sangue pelos
vasos.
 Demonstra boa resposta da medula óssea, com
lançamento de grande número de leucócitos (leucocitose);  Inclui o controle da hemorragia e a dissolução do coágulo
por meio de eventos mecânicos e bioquímicos.
 A presença de neutrófilos imaturos demonstra grande
atividade da medula óssea; ,
,
,
 Caracterizado pelo número de leucócitos totais normais ou .
diminuídos (leucopenia); , :
 Incapacidade de maturação de células pela medula óssea; (
 Depressão funcional na medula óssea: .) (
maior demanda do que capacidade de produção; ).

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 COAGULAÇÃO SANGUÍNEA: quando tem uma lesão  O endotélio é inerte, mas quando o sangue é exposto ao
colágeno sub-endotelial, os mecanismos hemostáticos são
vascular temos mecanismos que notificam o organismo, ativados com consequente adesão e agregação
para reparar a lesão chega primeiramente as plaquetas, plaquetária, liberação de mediadores e em seguida a
ativação do fator XII (hemostasia secundária).
fazendo a agregação plaquetária (hemostasia  As células endoteliais são ricas em tromboplastina que
primária) , a hemostasia secundária dá também ativam o sistema de coagulação.
estabilidade para o tampão plaquetário e a terceira  Desordens vasculares podem ocorrer por
etapa é a retirada do excesso do vaso, sendo a problemas congênitos (raro) como a deficiência de
colágeno ou adquiridos como em uma extensa lesão por
fibrinólise que quebra a fibrina e origina os PDF’s que
desordens inflamatórias, imunes ou tumores.
são retirados pelos macrófagos, a formação do PDF’s é  Dentre as causas adquiridas destacam-se as
realizada através da plasmina que faz fibrinólise.
desordens inflamatórias como as causadas por
 É um mecanismo de controle do organismo, sendo a bactéria, vírus, etc; desordem imune e tumores, trauma.
hemostasia a parada do sangramento, podendo ter
excesso ou deficiência de hemostasia.  Não existe técnica laboratorial que meça o status
 Quando um paciente tem tendência a formar coágulo de funcional dos vasos sanguíneos diretamente, suspeita-se
maneira excessiva, ao formar o coágulo e o mesmo de distúrbios vasculares em animais com hemorragias
começar a circular, este coágulo ao relar na parede do superficiais em que os demais testes da coagulação estão
vaso causa uma injúria e o organismo responde com uma normais.
hemostasia excessiva ativando toda a cascata de
hemostasia.
 inibe a agregação plaquetária, quando tem trombose
 Realiza a agregação plaquetária, forma um tampão de
toma AAS para o resto da vida, não forma o tampão,
plaquetas;
porém o vaso quando sofrer uma lesão, o paciente que
está tomando este medicamento pode ter uma  Ao expor o colágeno tem a chega de plaquetas formando
hemorragia. um tampão.
 Didaticamente, a hemostasia pode-se dividir em: Na hemostasia primária, tem-se vasoconstrição
local, adesão e agregação plaquetária com
1. Hemostasia primária: vasoconstrição local,
consequente formação de um tampão plaquetário
adesão e agregação plaquetária com consequente
inicial. Por agregação plaquetária entende-se a
formação de um tampão plaquetário inicial.
fixação de uma plaqueta em outra e por adesão
2. Hemostasia secundária: série de reações em entende-se a fixação de uma plaqueta no vaso
cascata cujo resultado final é a formação de sanguíneo. Para que ocorra a agregação e a adesão é
fibrina a partir do fibrinogênio que confere necessário que esteja presente o Fator de von
estabilidade ao coágulo. Willebrand (FvW), uma glicoproteína que facilita
estas ações.
3. Hemostasia terciária: ou fibrinólise, é ativada na
mesma ocasião da coagulação, onde a plasmina  As aquetas são formadas na medula óssea , a
atua degradando a fibrina e desfazendo o coágulo partir da célula pluripotencial , que vai dar origem a
formado. linha megacariocítica .
 Entretanto, os três processos estão inter-relacionados.  a primeira célula da linha dos megacariócitos é o
megacarioblast o que vai formar o pro-
megacariocito e megacariocito.

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 as plaquetas são pequenos fragmentos do  As plaquetas se aderem ao colágeno do subendotélio e
citoasma do megacariócito liberados na liberam aminas vasoativas (serotonina, catecolaminas,
corrente sanguínea. adrenalina e outras) que promovem a vasoconstrição local
com liberação de ADP.
 Após o estímulo, as plaquetas aparecem entre 3 e 5 dias,
e são controladas pela trombopoetina e também pela  O vaso contrai diminuindo o fluxo de sangue no local,
eritropoetina, possuem uma vida média em torno de 8 causando a agregação das plaquetas em resposta à
dias, sendo que cerca de um terço das plaquetas são liberação de ADP na presença dos íons cálcio, formando a
sequestradas pelo baço. primeira camada de plaquetas.

 O valor normal de plaquetas é em torno de  Após a formação da primeira camada, inicia-se um


depósito dos fatores de coagulação, culminando com a
300.000/μL. transformação do fibrinogênio em fibrina, havendo um
 Menos que 100.000/μL é claramente uma depósito sobre as plaquetas, formando um trombo que
trombocitopenia . constitui a fase terminal da coagulação sanguínea.
 Até 50.000/μL é suficiente para prevenir hemorragia e  Após a formação do tampão hemostático, iniciam-se os
com 30.000/μL ou menos espera-se observar inclusive mecanismos fibrinolíticos, que promovem a degradação
hemorragia espontânea. enzimática do fibrinogênio e da fibrina e outros fatores
de coagulação ativados, permitindo o reparo definitivo da
lesão vascular e o controle sobre os eventos trombóticos.
,
 A manutenção do sangue dentro dos vasos e a sua fluidez
, por dentro dos mesmos é mantida pelo equilíbrio entre a
. coagulação e a fibrinólise.
30.000
, 50.000
. , , .
.
,
 A função primária das plaquetas é a manutenção da , ,
hemostasia por meio da interação com as células
endoteliais mantendo a integridade vascular. ,
 A adesão é a aderência das plaquetas no local da lesão.
Esta adesão plaquetária ao endotélio é efetuada por meio .
de seus receptores de superfície para o colágeno e Fator
de von Willebrand que o liga plaqueta ao colágeno do , ,
subendotélio.
.
 A agregação é uma resposta básica para a liberação de
ADP (adenosina difosfato) na presença do cálcio e é
( –
mediada pelo fibrinogênio presente no plasma. A
) ,
compactação do agregado se dá pela contração dos
filamentos de actinomiosina presentes no citoplasma
plaquetário. ,
.
 A reação de liberação promove a agregação de
agrupamentos plaquetários e o acúmulo de mais plaquetas
e assim uma série de reações em cadeia para formar uma ,
capa para deter a hemorragia.
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,

.  Inicia por lesão vascular ou contato com tecido


extravascular que contém uma proteína de membrana
denominada fator tecidual. O tecido danificado também
libera tromboplastina que ativa o fator VII (sistema
extrínseco da coagulação).

 Ativação destes fatores, mais a presença de fosfolipídios


plaquetários e cálcio dão início ao sistema comum , pela
ativação do fator X que em conjunto com esses fatores
ativam a protrombina (fator II) que se converte em
trombina (fator II ativado) que converte o fibrinogênio em
fibrina.
 Após esta conversão, o fator XIII confere estabilidade a
esta fibrina através de ligações covalentes
transformando em uma malha firme de fibrina sobre o
endotélio lesado e o tampão plaquetário.
 A trombina é um potente pró-coagulante capaz de
acelerar as reações da cascata formando grandes
quantidades de fibrina.
 A vitamina K é essencial na formação de várias proteínas
 Faz a ativação dos fatores de coagulação. da coagulação.
 A cascata de coagulação é um mecanismo complexo de  Os fatores chamados vitamina K dependentes
reações sequenciais que culmina na formação de fibrina a são: II, VII, IX e X que estão distribuídos nos três
partir do fibrinogênio. sistemas da cascata de coagulação.
 Os fatores de coagulação são ativados  Desordens na cascata de coagulação conferem ao animal
predominantemente por exposição à tromboplastina uma coagulopatia.
tecidual, expressada na superfície das células edoteliais ou
fibroblastos extravasculares.
 Logo após a ativação inicial, os fatores vão se ativando
sequencialmente e amplificando o estímulo inicial por
feedback.
 A cascata de coagulação tradicionalmente se divide em
sistema intrínseco, extrínseco e comum.

 Via que se inicia pelo contado do sangue com o colágeno do


subendotélio da parede vascular traumatizada ou corpo
estranho.
 Neste momento ocorre a ativação plaquetária e do fator
XII que se ativa e subsequentemente ativa o fator XI, este
ativa o fator IX que ativa o fator VIII.

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9,
5,
10, 10,
2( ) ,

( ,

).
3
. 5
.

,
, ,
,
. , ,
, ,

,
13 ,
.
.
.
,

,
.
 Ou fibrinólise, é a quebra da fibrina.
 A fibrinólise é a quebra da fibrina que estava estável no
, 12
coágulo, quebrada em vários pedacinhos sendo os PDF’s
11, 11 9 (produtos de degradação da fibrina), só que a plasmina fica
8. inativada quando está circulando, sendo o plasminogênio,
quando precisa ativar é transformado em plasmina, que
quebra a fibrina, fibrinogênio e trombina e consome os
, 4
fator 5, 8 e 12.
.
,

, 3 7.
7 8,
,
.

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plaquetária com formação de agregados que podem
falsamente diminuir o número de plaquetas.
 Requer amostra com EDTA.
 Pode fazer a contagem de plaquetas, mas muitas vezes o
animal pode ter uma coagulopatias e as plaquetas estarem
normais.

 tempo
e tipo de sangramento, idade e sexo, exposição a drogas  O número normal de megacariócitos, em campo de
ou agentes tóxicos, transfusões sanguíneas incompatíveis, pequeno aumento em um cão é de um a três.
ectoparasitas, traumas ou cirurgias e tratamento com
 Para avaliação do estágio de maturação, levam-se em
drogas.
consideração três grupos de células:
Tem que interpretar os exames e os sinais megacarioblastos, pró-megacariócitos e
megacariócitos .
clínicos também, tem que avaliar o tempo e o
 Quando os megacariócitos estão presentes, os
tipo de sangramento, idade e sexo, exposição a
possíveis mecanismos da trombocitopenia são: destruição
drogas ou agentes tóxicos que possa provocar uma ou consumo de plaquetas. Nestes casos o número pode
coagulopatia, transfusão sanguínea incompatível, estar aumentado.
presença de ectoparasitas, se passou por trauma ou  No caso dos megacariócitos estarem ausentes
ou com maturação anormal, os prováveis mecanismos
processo cirúrgico. são: produção diminuída ou destruição de megacariócitos.
 sinais de distúrbios de HEMOSTASIA PRIMÁRIA:  A avaliação da medula óssea é contraindicada nos casos
presença de petéquias e equimoses, são hemorragias de coagulopatias severas.
superficiais.  Pode ser indicada em casos de trombocitopenia para
 sinais de distúrbios de hemostasia procurar o mecanismo.
SECUNDÁRIA: pode ter também petéquias e equimoses  Megacariócitos presentes: destruição ou consumo de
além de hemorragias, hematomas e hemartroses plaquetas (devem estar aumentadas).
(sangramento na articulação).  Megacariócitos ausentes com maturação
anormal: produção diminuída ou destruição de
megacariócito.
 Pode avaliar a medula procurando os megacariócitos.

 Para saber se a plaqueta consegue fazer agregação ou


não.
 É a avaliação quantitativa das plaquetas.
 Valores acima da referência da espécie conferem
uma trombocitose. 
 Valores abaixo conferem uma trombocitopenia. 

 A contagem pode ser automática ou em um 


hemocitômetro. A amostra deve ser coletada de forma  Segunda etapa da hemostasia.
não traumática, pois o trauma pode causar a ativação
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 É um teste bastante utilizado na clínica veterinária por ser  São cinco os mecanismos que podem levar a uma
rápido e de fácil execução. trombocitopenia:
 É baseado na ativação da coagulação pelo contato do 1. Produção diminuída de plaquetas: está
sangue venoso com ativadores de contato, portanto avalia relacionada com problemas ligados à medula óssea onde os
o sistema intrínseco e comum da coagulação. megacariócitos se encontram reduzidos e geralmente
cursa com pancitopenia. É indicado, portanto fazer uma
avaliação de medula óssea para diagnóstico diferencial.
  drogas, doenças crônicas infecciosas (erliquiose),
 diminuição seletiva de plaquetas (congênita ou hereditária
– raros).
2. Destruição de plaquetas: é a diminuição das
 Avaliada através da contagem de plaquetas; plaquetas na circulação por causas externas à medula
 Câmara de Neubauer ou estimativa em lâmina de óssea. os megacariócitos se encontram aumentados. É
esfregaço. indicado fazer uma avaliação de medula óssea para
diagnóstico diferencial de problema de produção. O
 Amostra com sague total + EDTA.
principal mecanismo é a retirada das plaquetas da
 Valores normais. circulação pelo sistema mononuclear fagocitário (SMF).
 infecções (erliquiose, anaplasmose), processos infecciosos
Trombocitose (endotoxinas, bactérias, vírus), tumores, doenças
imunomediadas ou autoimunes, drogas;
 É o aumento do número de plaquetas acima
3. Consumo de plaquetas:
do valor de referência para a espécie.
 A trombocitose pode ser reativa ou primária e ocorre . Não é condição primária e ocorre secundariamente
com menos frequência. a uma ampla variedade doenças. A CID também interfere
 As causas incluem resposta: na função plaquetária e na cascata de coagulação.
Atividade fibrinolítica produz quebra da fibrina
 reativa: doença crônica, deficiência de ferro, aumentando os produtos de degradação (PDF) que têm
hiperadrenocorticismo, neoplasias, desordens no potente atividade anticoagulante, aumentando a diátese.
trato digestivo e doenças endócrinas; Os megacariócitos se encontram aumentados.
 transitoria: mobilização esplênica ou pulmonar 4. Sequestro ou distribuição anormal de
(exercício).
plaquetas: as principais causas são: esplenomegalia,
 trombocitose maligna: leucemia granulocítica hepatomegalia, hipotermia, endotoxemia, neoplasia.
megacariocítica.
5. Perda de plaquetas: ocorre devido :a hemorragias
Trombocitopenia ou transfusão sanguínea incompatível
processo hemorrágico ou transfusão.
 É a diminuição do número de plaquetas abaixo
do valor de referência para a espécie.
 A trombocitopenia é a anormalidade mais comum
 .
encontrada nas plaquetas e provavelmente é a causa mais
comum de diátese hemorrágica.  As desordens plaquetárias qualitativas podem ser
congênitas ou adquiridas.
 Diminuição das plaquetas, pode ser diminuição na produção,
erliquiose crônica destrói a medula.  Se um animal tem trombocitopatia, isto implica que existe
uma falha no mecanismo de aderência (plaqueta + vaso),
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uma falha na liberação de constituintes intracelulares,  envolvem alterações na ativação,
falha no mecanismo de agregação (plaqueta + plaqueta), aderência, agregação e liberação decorrentes de
fosfolipídio (FP-3), ou qualquer combinação destes fatores. substâncias anormais no plasma ou anormalidade
 trombocitopatias: doenças relacionadas as estrutural adquirida.
plaquetas: podem resultar em alterações na
aderência da plaqueta., ou pode ter uma alteração de Doença renal com uremia
constituinte intracelular.

 O número de plaquetas pode estar normal.
 Esta anormalidade das plaquetas se deve aos metabólitos
 Resulta em alterações como: falha no mecanismo da ureia.
de aderência (plaqueta+vaso); falha na liberação de
 A azotemia tem aumento de ureia ou creatinina, uremia
constituintes intracelulares; falha no mecanismo de
tem aumento de ureia ou creatinina com sinais clínicos
agregação (plaqueta+plaqueta); fosfolipídio (FP-3);
(perda de peso, poliúria, polidipsia, halitose urêmica),
 paciente com doença renal que apresenta uremia pode
ter hemorragia por aumento da uremia.

Coagulação intravascular disseminada


(CID)
Doença de von Willebrand (DvW)
 Os da fibrina formados
 Pode afetar várias espécies animais e o homem. na CID
além de bloquearem os receptores de
 O Fator de von Willebrand é uma glicoproteína multimérica
fibrinogênio, reduzindo a agregação. Também ocorre
produzida por megacariócitos e células endoteliais que
trombocitopenia, consumo dos fatores de coagulação e
facilita a adesão da plaqueta ao colágeno e vaso sanguíneo,
aumento dos PDFs.
a agregação plaquetária no plasma se associa com fator
VIII estabilizando este fator e aumentando seu tempo de  Excesso de coagulação que consome as plaquetas,
circulação. cascavel faz CID.
 Comum causa de sangramento – hereditária;
Disproteinemias (macroglobulinemia)
 Diminuição do número ou deficiência deste fator;
ou mieloma múltiplo


 Falha na agregação, ocorre em Otter hounds, Scottish
terriers, foxhounds.  Afetam a membrana da plaqueta e ela não consegue
 Leva a uma falha na agregação plaquetária. fazer a adesão.

Drogas
 Grânulos lisossômicos gigantes, com agregação plaquetária  Anti-inflamatórios não esteroidais.
diminuída, observada em bovinos e gatos.
 Outras drogas: sulfonamidas, penicilinas, tranqüilizantes
 Leva a uma menor agregação, acontece em felinos e prozamínicos causam respostas variáveis.
bovinos, por conta da formação dos grânulos no
citoplasma não consegue agregar.  Algumas drogas interferem na agregação plaquetária,
como AAS e paracetamol, o AAS faz uma lesão
irreversível na plaqueta e diminui a agregação plaquetária,
(jamais dar AAS para gato e paracetamol), alguns
antibióticos e tranquilizantes.
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AINES – AAS (irreversivel), ibuprofeno, –
fenilbutazona e indometacina (reversivel);
 É também conhecida como doença de Christmas.
Sulfonamidas; 
Penicilinas;  Assim como na hemofilia A é ligada ao sexo e afeta
somente machos, com ocorrência rara em cães e gatos.
Tranquilizantes prozaminicos;
 O perfil de diagnóstico é semelhante a hemofilia A, para
diferencia-las e necessário testes específicos em
laboratórios especializados.
 Deficiência ou defeito de um ou mais fatores de  Ausência do fator 9 que está relacionado com a presença
coagulação. da vitamina K.
 Podem ser congênitas ou adquiridas e

geralmente estão associadas à falha na síntese dos
fatores de coagulação.  A DvW é uma trombocitopatia hereditária que em quadros
 Relacionada aos fatores de coagulação, pode ser severos
congênita ou adquirida, pode ser uma deficiência de vit. K (diminui sua estabilidade) gerando uma coagulopatia apesar
ou defeito de fatores de coagulação. do fator VIII não estar deficiente. É a mais comum das
coagulopatias congênitas
Coagulopatias hereditárias  Não agrega plaqueta e tem uma deficiência do fator 8.

 São causadas por desordens genéticas.


 Sempre suspeitar quando frente a animais jovens, com  Beagles.
raça definida que apresentem diátese hemorrágica.
 diatese hemorragica: tendência a sangramentos
sem causa aparente.  Poodle, Pointer Alemão, Sharpei, gatos.
 Tem que pensar na genética do animal, sinais clínicos
normalmente aparece em animais mais jovens e diátese
hemorrágica que é tendência a fazer sangramento sem  Cães e cabras.
ter lesão.


 Cocker Spaniel e Jack Russel;
 Conhecida também como hemofilia clássica, a hemofilia.
 da coagulação ou globulina
anti-hemofílica e acomete principalmente animais jovens.
Deficiência de vitamina K
 É uma doença congênita hereditária caracterizada por
hemorragias espontâneas ou causadas pelos menores  Geralmente secundaria a ingest ao de
traumatismos.
rodenticidas anticoagulantes (cumarinicos).
 Causa sangramento severo em cães, cavalos, gatos e
bovinos Hereford.  Deficiencia de sais biliares no intest ino e
 Também pode ocorrer hemartrose, hematomas e doenca hepatica.
sangramento pelo trato gastrointestinal e urogenital.  A vitamina K é essencial na formação de várias proteínas
 Não coagula. não produz nada de fator 8, sangra até da coagulação.
morrer.

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 Os fatores vitamina K-dependentes são: II, VII, IX e X, . Coagulação intravascular
portanto um problema relacionado com a vitamina K afeta
disseminada (CID)
os três sistemas.
 Esses fatores são sintetizados em uma forma afuncional  Consumo dos fatores de coagulação.
(acarboxiladas) e sofrem uma reação de carboxilação em
que a vitamina K participa como cofator, produzindo  É um distúrbio na qual ocorre trombose intravascular
centro de ligação para o cálcio, necessário para sua difusa com excessiva ativação da coagulação.
função normal. Durante esta reação a vitamina K é  É uma doença secundária de consumo e deve-se sempre
convertida num metabólito inativo (vitamina K-epóxido). buscar a causa. Ela se manifesta como um defeito
 A enzima epóxido-redutase é responsável pela reciclagem hemostático causado pela redução dos fatores de
deste metabólito, convertendo-o para a forma ativa, coagulação e plaquetas, resultando da sua utilização no
razão pela qual a necessidade diária de vitamina K é processo trombótico. As propriedades anticoagulantes dos
pequena. PDFs gerados pela ativação do sistema fibrinolítico
também contribuem para o defeito hemostático.
 É a mais comum, essa vit. é necessária para a síntese de
vários fatores de coagulação, veneno de rato não  Várias doenças ativam a cascata de coagulação,
necessariamente diminui plaquetas porque pode ter consumindo fatores e plaquetas. Os principais fatores
contração esplênica mascarando as plaquetas, a consumidos são: V, VII, e I (fibrinogênio).
contração esplênica pode mascarar o quadro para anemia
também. . Acidente ofídico

Chumbinho não é veneno de rato! não é porque é  Veneno anticoagulante.


um inseticida, ele mata tudo, mas não deve ser  Consumo de fibrinogênio.
utilizado para matar rápido.  O veneno das serpentes do gênero Bothrops possui ação
anticoagulante, proteolítica e vasculotóxica, afetando
Doença hepática todas as fases da hemostasia principalmente pelo
consumo de fibrinogênio que gera incoagulabilidade
 Afeta a síntese de fatores de coagulação. sanguínea.
 O fígado é o local de síntese de proteínas da coagulação  A jararaca provoca hemorragia (ela não tem guizo, tem
(fatores proteicos). rabo liso e o desenho no corpo é em triangulo) e a cascavel
tem guizo e o formato é de losango.
 Problemas de coagulação causados por doença hepática
só acontecem em casos severos, nestes casos todos os  A jararaca tem o veneno anticoagulante porque faz o
sistemas da coagulação são afetados, pois todos os consumo de fibrinogênio, animal vai estar inchado e
sistemas possuem fatores produzidos pelo fígado. sangrando, a cascavel não incha e muito raro ter
sangramento.
 Cerca de 50% dos gatos com lipidose hepática podem
apresentar problema.  A jararaca faz CID por ter um excesso de hemostasia.
 Doença hepática pode provocar hemorragia porque não
sintetiza fatores de coagulação, a vitamina K quando entra
no organismo está inativada e não consegue ser usada
desse jeito para fatores de coagulação, para ser utilizada 1.
tem que ser ativada por uma enzima (epóxido redutase)
que é produzida no fígado, converte a vit. K, o veneno de
rato bloqueia a epóxido redutase, sem vitamina K não
coagula e entra em hemorragia espontânea.
 Os sais biliares quando diminui a produção quando faz a
quebra são utilizados para a produção de vitamina K.
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Licenciado para Leonardo Rodrigues de Souza, CPF: 544.783.228-48
0,8% 1%

4,56 5,5 - 8,5


8,9 12 - 18
28,5 37 - 55
62,5 60 - 77
31,2 32 - 36
8,9 6-8
9% 1% 3.
OBS: anisocitose +, hipocromia +.

3,82 5,5 - 8,5


5,5 12 - 18
22,4 37 - 55
71,0 60 - 77
30,2 32 - 36
2. 7,3 6-8
3% 1%
OBS: anisocitose ++, policromasia ++, eritroblastos 5%.

4.
4,6 5,5 - 8,5
10,2 12 – 18
31 37 – 55
64 60 - 77
33,5 32 - 36 3,8 5,0 - 10,0
7,6 6-8 11 8 - 15

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21 24 - 45 7,6 6-8
50 39 - 55 OBS: anisocitose +, hipocromia +, hiposegmentação ++.
34 30 - 36 
7,2 6-8
OBS: hipocromia ++, pontilhado basófilo ++, anisocitose 
+.


18/09
3,8 5,5 - 8,5

5. 8,4 12 - 18
25,3 37 - 55
66,6 60 - 77
33,2 32 – 36
trombocitopenia 200.000 -
500.000
13.000 6.000 - 17.000
14/09
9.750 3.000 - 11.500
3,66 5,5 - 8,5
2.470 1.000 - 4.800
8,2 12 - 18
260 0 - 1.250
24,6 37 - 55
0 150 - 1.350
67,4 60 - 77
520 0 - 300
33,3 32 – 36
8,8 6-8
trombocitopenia 200.000 -
OBS: hiposegmentação +, rouleaux ++, hipocromia +,
500.000
anisocitose +.
12.700 6.000 - 17.000

10.287 3.000 - 11.500
1.524 1.000 - 4.800 
0 0 - 1.250

508 150 - 1.350 tem resposta da medula
254 0 - 300 pelo hiposegmentado e aumento do bastonete, não
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aumentou o suficiente os leucócitos porque a bactéria 18.000 200.000 -
está fazendo um consumo. 500.000

61.600 6.000 - 17.000
21/09 49.896 3.000 - 11.500
3,10 5,5 - 8,5 3.080 1.000 - 4.800
7.0 12 - 18 0 0 - 1.250
22,1 37 - 55 0 150 - 1.350
71,6 60 - 77 6.776 0 - 300
31,6 32 – 36 7,2 6-8
trombocitopenia 200.000 - OBS: eritroblastos 3%, hiposegmentação +++,
500.000 anisocitose ++, policromasia +++, poiquilocitose +.
30.000 6.000 - 17.000 
23.100 3.000 - 11.500
900 1.000 - 4.800 
0 0 - 1.250 
3.300 150 - 1.350
2.700 0 - 300 
8,5 6-8 26/09
OBS: reticulócitos 8,6%, eritroblastos +,
2,99 5,5 - 8,5
hiposegmentação ++, hipocromia +, anisocitose ++.
7,6 12 - 18

23,4 37 - 55

 78,4 60 - 77
32,4 32 – 36

66.000 200.000 -
500.000
61.300 6.000 - 17.000

53.944 3.000 - 11.500
24/09
2.452 1.000 - 4.800
2,67 5,5 - 8,5 0 0 - 1.250
6,9 12 - 18 2.452 150 - 1.350
20,5 37 - 55 2.452 0 - 300
77,1 60 - 77 7,8 6-8
33,6 32 – 36
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OBS: hiposegmentação +, hipocromia ++, eritroblastos aumentada pode ser por diabetes ou pela
1%, plasma ictérico ++.
adrenalina liberada pela dor (valor de

referência para cão até 110).

18/09

7,16 5,5 - 8,5

15,9 12 - 18
49,1 37 - 55

68,6 60 - 77
32,3 32 - 38
97.000 200.000 -
500.000
4.700 6.000 - 17.000
3.431 3.000 - 11.500
658 1.000 - 4.800
0 0 - 1.250
235 150 - 1.350

6. 376 0 - 300
5,4 6-8
OBS: ALT 284; Creat. 3,1; Glicose 231; hemólise ++;
hiposegmentação ++; eritroblastos 5%; granulação
tóxica +.

é uma enzima hepática liberada quando há


destruição dos hepatócitos ou quando tem uma
lesão muscular grave (valor de referência = 17 –
87 para cão).
é eliminada pelo rim, se estiver 
aumentada pode estar relacionada com lesão
renal ou por ter menos sangue circulante, pois 
concentra mais (valor de referência para cão = 0,5
– 1,5).

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33,1 32 - 38
168.000 200.000 -
500.000
 9.000 6.000 - 17.000
20/09 6.570 3.000 - 11.500
5,51 5,5 - 8,5 1.170 1.000 - 4.800
12,6 12 - 18 450 0 - 1.250
37,1 37 - 55 630 150 - 1.350
67,4 60 - 77 180 0 - 300
22,8 32 - 38 5,0 6-8
67.000 200.000 - OBS: Creat. 1,5; albumina 1,2 (VR: 2,6 a 3,3), icterícia
500.000 +, hiposegmentação ++, granulação tóxica ++,
13.400 6.000 - 17.000 eritroblastos 1%.

11.926 3.000 - 11.500 

804 1.000 - 4.800



134 0 - 1.250
268 150 - 1.350 

268 0 - 300 
6,0 6-8 24/09
OBS: Creat. 3,0; hemólise ++; granulação tóxica +. 3,43 5,5 - 8,5
 7,7 12 - 18
22,8 37 - 55
 66,7 60 - 77
 33,7 32 - 38
250.000 200.000 -
500.000
 15.700 6.000 - 17.000

22/09 13.345 3.000 - 11.500

4,93 5,5 - 8,5 942 1.000 - 4.800

11,1 12 - 18 785 0 - 1.250

33,5 37 - 55 628 150 - 1.350

58,0 60 - 77 0 0 - 300

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4,8 6–8
OBS: ALT 487; Creat. 1,1; Glicose 76; eritroblastos
2%; reticulócitos 2%, hiposegmentação +++, hipocromia
++.

 Como indicação para a transfusão de sangue total ou de


um de seus componentes temos:
  necessidade do restabelecimento da capacidade de
transporte de oxigênio pelo sangue;
26/09
 deficiências na hemostasia;
4,38 5,5 - 8,5  transferência de imunidade passiva e hipoproteinemia;
10,3 12 - 18  hipovolemia não responsiva ao tratamento
convencional.
30,3 37 - 55
Ultimamente, costuma-se fazer uma terapia com
69,2 60 - 77 hemocomponentes.
33,9 32 - 38
378.000 200.000 -
500.000
29.400 6.000 - 17.000
25.872 3.000 - 11.500
1.764 1.000 - 4.800
Pode dividir os hemocomponentes, avalia se precisa do
0 0 - 1.250 sangue total ou de parte do sangue, para fazer a
hemoterapia com os componentes sanguíneos, precisa
1.176 150 - 1.350
centrifugar a bolsa para separar as hemácias do plasma.
588 0 - 300 Utiliza em pacientes com anemias graves, hemorragias,
6,0 6-8 coagulopatias e hipoproteinemia, faz o teste de
compatibilidade e pode triar os doadores (seleciona animais
OBS: hiposegmentação ++, hipocromia +, policromasia +, doadores), a transfusão é considerada como um
lipemia ++, anisocitose +. transplante, ou seja, realiza o transplante do sangue do
 doador para o receptor para melhorar os parâmetros do
receptor, é feito por terapia intravenosa.

Os eritrócitos possuem antígenos próprios (glicoproteínas



ou glicolipídeos) na superfície da membrana celular,
classificando-as em grupos sanguíneos.

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Esses antígenos na superfície das hemácias fazem a Toda vez que faz uma hemoterapia precisa fazer a reação
formação de anticorpos anti-hemácias no receptor contra cruzada antes, o parâmetro para fazer a transfusão é
hemácias do doador. quando o hematócrito está abaixo de 15 % (com 20%
Dependendo da espécie animal, esses anticorpos têm começamos a analisar possíveis doadores).
ocorrência natural (gatos) ou podem ser produzidos após Para selecionar os doadores eles devem estar totalmente
sensibilização em transfusões anteriores (cães). saudáveis e o cão não pode ter tido Erliquia durante
Podemos classificar os tipos sanguíneos dos animais, os a vida.
cães têm 8 tipos sanguíneos e os gatos têm 3. Tem que ser animais que nunca receberam transfusão
A classificação é com base nos antígenos espécie- sanguínea, vacinação e vermifugação em dia, sem a
específicos, temos antígenos eritrocitários e os presença de hemoparasitas ou doenças infecciosas,
aloanticorpos que são anticorpos contra um doadores de sangue podem doar (se forem preparados para
determinado tipo de célula. Se tem antígeno serem doadores) mais ou menos 450 mL de sangue a cada
espécie-específico e faz a transfusão quando não é 21 ou 28 dias sem suplementação de ferro.
do mesmo tipo sanguíneo, ocorre a aglutinação. Cão que faz uma doação de grande volume (acima de 450
ml) e de forma frequente, tem que suplementar com ferro,
geralmente sem sedação e o animal doa de 15 a 20% do
volume sanguíneo.
Para cães temos o sistema DEA, que é baseado em 8 tipos
sanguíneos.
60% dos cães são A positivo.
Em cães é difícil ter uma reação positiva de aglutinação pela
maioria ter o mesmo tipo sanguíneo.
Sangue colhido há no máximo oito horas e que contém
hemácias, leucócitos, plaquetas, todos os fatores de
coagulação e proteínas plasmáticas.
Os gatos possuem apenas três grupos sanguíneos: A, B e AB,
Ele pode ser utilizado diretamente para transfusões ou a
porém, possuem altos títulos de anticorpos naturais, sendo partir dele podem ser separados todos os componentes
estes responsáveis por reações transfusionais hemolíticas sanguíneos, o que hoje é o mais indicado.
severas na primeira transfusão ou em filhotes de fêmeas
primíparas. Até 8 horas depois da coleta, não foi nem congelado, tem
hemácias, plaquetas (depois que tira o sangue do doador fica
tipo A tem fracos anticorpos contra viável até 4 horas), fatores de coagulação e proteínas.
tipo B, se a necessidade é emergente desse animal, podemos O sangue fresco total pode ser separado em papa de
fazer a transfusão, não é eficiente e depois de 2 a 3 dias hemácias e plasma por centrifugação.
começa a sofrer hemólise, mas, no momento temos essa
transfusão ajudando o animal. Comum reação cruzada em
gatos darem positiva.
Após congelamento ou 24 horas.
 o tipo B geralmente em espécies de pelos longos,
possui fortes anticorpos contra o tipo A, ou seja, se O sangue total estocado pode ser utilizado para fornecer
tem um gato tipo B e só tem sangue tipo A, o animal hemácias, proteínas plasmáticas e fatores de coagulação
entra em reação hemolítica se transfundir. estáveis.
 alguns anos atrás saiu o MIK que seria um quarto tipo
sanguíneo do gato, mas é pouco estudado.
Faz a centrifugação, tira o plasma e as hemácias ficam
concentradas.
Pode ser utilizada quando o animal tem IRC porque não produz
hemácias pela ausência ou diminuição de eritropoetina, é um
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animal que precisa de doação frequente e chega uma hora (três vezes), o objetivo é tirar o máximo possível de
que o organismo não aceita mais esse sangue e começa a plaquetas e plasma do animal e deixar apenas as hemácias.
sofrer hemólise. Junta a hemácia do doador com o plasma do receptor
(primária), a secundária é quando faz a hemácia do receptor
com plasma do doador, frequentemente o problema está no
Dura mais ou menos 5 dias se estiver em constante agitação, doador porque pode fazer auto aglutinação, provavelmente
utiliza para trombocitopenias terapêuticas (menos de tem um problema autoimune.
50.000) ou quando tem algum distúrbio de coagulação ou Se fez reação e é negativa as hemácias ficam soltas, se for
cirurgias que perdem muita plaqueta. positiva encontra aglutinação, na aglutinação não faz a
doação.
Às vezes, ao olhar a lâmina, parece que tem uma aglutinação,
Em bolsa satélite onde separa através de uma para verificar se é aglutinação ou rouleax é só mexer a
ultracentrifugação os fatores de coagulação, albumina, dura lâmina, se for rouleax separa as hemácias ao olhar no
mais ou menos um ano congelado. microscópio, se for aglutinação não separa.
Faz isso na reação primária, secundária, controle doador e
controle receptor.
Algumas frações do plasma. Rouleax é comum na reação cruzada, rouleax é negativo.
Aglutinação intensa vê no tubo.

Mesmo fazendo a reação cruzada e dando negativo, pode


ocorrer essa reação.
Pode acontecer logo após que realizou a transfusão ou
durante a transfusão, por liberar muita hemoglobina o animal
pode ter IRA, pois, ao circularem muito causa uma lesão
renal, destrói o túbulo.
Pode ter uma reação tardia após 3 dias da transfusão,
Dentre as funções do fígado temos:
percebe o animal quieto, com febre e a mucosa ictérica.
 metabolização;
 produção de bile;
Relativamente comum em humanos, o principal sinal clínico é  síntese de proteínas (a principal proteína
a coceira (urticária). produzida é a ALBUMINA);
 produção de fatores de coagulação.
É a maior glândula isolada do corpo;
Animal era negativo para reação cruzada, ao ser feita a
transfusão e o animal apresenta a TRALI, pode encontrar o
paciente após a reação apresentando insuficiência renal hepatócitos e células de Kupffer (SMF);
aguda e edema pulmonar, monitora o animal por 24 horas. Dividido em lobos recobertos por uma cápsula fibrosa de
tecido conjuntivo, subdividido em lóbulos por tecido
conjuntivo intersticial (espaço porta);
Pega um animal doador e o receptor, tira o plasma de ambos
e separa nos tubos, depois faz uma lavagem de hemácias

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Função exócrina do fígado, possibilita a emulsificação da
gordura no intestino delgado facilitando a absorção lipídica
e ativação das lipases intestinais.

Bilirrubina

Trata-se de um pigmento derivado do metabolismo da


hemoglobina, tendo uma importante função detoxificante,
das células hepáticas, além de pigmentar as secreções
hepáticas exócrinas (bile);
HEMOCATERESE
Lâminas de hepatócitos interdigitadas entre os capilares
sinusóides anastomosados; PRODUÇÃO DE BILE: a bile é constituída pelos
sais biliares e bilirrubina, essa bilirrubina é
proveniente da conversão da hemoglobina, ou
Canalículos biliares, ductos intra e extra-hepáticos, que
conduzem a bile para o duodeno; seja, essa hemoglobina quebrada libera a fração
heme que é clivada em biliverdina, essa
biliverdina é convertida em bilirrubina.
Produção de proteínas plasmáticas; Temos dois tipos de bilirrubinas, sendo elas:
Controle e manutenção da glicemia;
1. Bilirrubina conjugada (direta);
Síntese e secreção da bile;
2. Bilirrubina não conjugada (indireta).
Biotransformação e excreção de metabólitos;
A bilirrubina conforme é formada precisa
Metabolismo nutricional e digestão;
chegar no fígado para ser metabolizada e ir
Hematopoiese*;
para a vesícula biliar, formando assim a bile. A
decorrentes das alterações
nas diversas funções hepáticas . bilirrubina para ser encaminhada ao fígado
quando é formada precisa de uma proteína, essa
proteína é a albumina.
albumina, fibrinogênio, globulinas (α e β);
A bilirrubina não conjugada que a albumina
lipoproteínas e colesterol; irá carrear até o fígado, ao chegar no fígado

glicogênese e glicogenólise; será conjugada e formada a bilirrubina direta


(conjugada), essa bilirrubina será conjugada
A, D, K e complexo B;
com o ácido glicurônico, irá sair do fígado
todos com exceção do Fator como bilirrubina conjugada.
VIII e do cálcio;
DOENÇAS:
 Icterícia pré-hepática: hemólise aumenta a
bilirrubina indireta por aumentar a quebra
Bile e sais biliares

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de hemácias e consequentemente, liberação
de hemoglobina. Aumenta a bilirrubina não
conjugada que não consegue entrar
rapidamente no fígado.

 Icterícia hepática: casos de hepatite, ou seja,


em casos de doença no fígado, aumenta a
bilirrubina conjugada e a não conjugada,
toda doença hepática pode causar uma
icterícia hepática. Tumor no fígado também
pode causar esse tipo de icterícia.

 Icterícia pós-hepática: causada em problemas


na saída do fígado (processos obstrutivos),
aumenta a bilirrubina conjugada. A
colestase também pode causar essa icterícia.
Aumenta a bilirrubina direta porque a
bilirrubina não está conseguindo ser
excretada, gerando assim, icterícia.
Exames que ajudam a pensar na lesão hepática é a
ultrassom, bioquímicos (bilirrubina, ALT, FA ou GGT).
FA ou GGT aumenta em icterícia pós-hepática.
FA dosa principalmente para cães e GGT para gatos.
Cão com Erlichia é icterícia pré-hepática, pois essa
bactéria faz hemólise.
Excreção
Leptospirose também é icterícia pré-hepática no início,
após algum tempo faz icterícia hepática.
formação do ácido cólico que junto com a
ALT: presente nos casos de lesão do hepatócito. glicina, taurina, sais de sódio e potássio formam os sais
AUMENTA HEMÓLISE -> aumenta bilirrubina não biliares;
conjugada.
UROBILINOGÊNIO: a bilirrubina ao chegar no
intestino é quebrada e forma o urobilinogênio, esse
urobilinogênio é encontrado na urina e é um pigmento
incolor, mas, se aumentar a bilirrubina não consegue
excretar tudo, será acumulado e as fezes e o xixi podem
sair alaranjados. Compostos endógenos;
Compostos exógenos;

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1. Reação de fase 1: também chamada de
funcionalização, nessa fase temos uma enzima
importante, chamada de citocromo P450, essa
enzima faz a quebra dessa molécula para facilitar
a sua eliminação, nessa fase podem acontecer 3
reações químicas, sendo elas:
a) Oxidação;
b) redução;
O organismo produz (hormônios, metabólitos), absorve c) hidrólise: realiza a quebra da molécula em água.
(toxinas) ou recebe a inoculação (drogas) de diversos
compostos biologicamente ativos e/ou tóxicos;  as substâncias que são metabolizadas na fase 1
O fígado reduz a atividade, altera toxicidade e elimina que se tornam hidrossolúveis são excretadas na
estes compostos metabolicamente ativos (detoxificação); urina, os pedaços que ainda continuam na
Produz diversas enzimas envolvidas no ciclo de excreção forma lipossolúvel são encaminhados para a
de resíduos proteicos (amônia) na forma de Ureia; reação de fase 2.
O fígado é uma das maiores glândulas do organismo, é 2. Reação de fase 2: também chamada de conjugação,
responsável pela metabolização de XENOBIÓTICOS quem realiza essa conjugação é um grupo de
(são quaisquer substâncias estranhas que entram em enzimas chamadas de transferase, essas enzimas
contato com o organismo), esses xenobióticos passam pela
juntam o metabólito de fase 1 com uma substância
através da difusão simples/transporte
endógena (produzida no próprio organismo).
ativo/fagocitose e outros meios.
 a reação de fase 2 é importante porque junta o
Depois que é absorvida, ocorre a sua pelo
sangue, a proteína que carreará esses xenobióticos para metabólito de fase 1 que ainda é lipossolúvel
o organismo é a ALBUMINA. Após isso, chega em um com uma substância para tentar torna-lo
órgão alvo e se , depois de um tempo hidrossolúvel e, posteriormente, realizar a sua
esse xenobiótico é desligado para ser . eliminação.
Na biotransformação temos o medicamento (xenobiótico)  a transferase ao juntar o metabólito de fase 1
mudando a característica da sua molécula para ser com a substância endógena, caso ambos
excretado. Para que ocorra a absorção, a droga tem que tenham afinidade química, irá formar um
ser lipossolúvel, dessa forma, possibilita o atravessamento
conjugado, com o objetivo de se tornar
da mesma pela membrana plasmática, ao chegar no
fígado, essa droga sofre uma metabolização, que é a hidrossolúvel e ser eliminado.
biotransformação, o principal órgão que faz esta  A principal substância endógena do organismo
biotransformação é o fígado e a principal via de excreção
é o ÁCIDO GLICURÔNICO (as outras
é a renal.
substâncias são: grupamento acetil, metil,
Durante este processo de biotransformação, a droga se
torna hidrossolúvel para ser excretada, com isso, sulfato e etc).
possibilita a filtração dessa droga no rim. 
No hepatócito está biotransformação é feita no Retículo
Endoplasmático Liso (REL), para que ocorra está
biotransformação temos duas fases: A primeira hipótese é a formação do METABÓLITO DE
FASE I que é hidrossolúvel, esse metabólito será
encaminhado até o rim para ser eliminado na urina.
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A segunda hipótese é a formação do metabólito O fígado é formado por hepatócitos que
lipossolúvel que sofre METABOLIZAÇÃO NOVAMENTE,
podendo voltar para a reação de fase 1, o DDT (veneno) metabolizam substâncias. Os hepatócitos estão
faz esse processo. preenchidos por enzimas hepáticas, sendo elas: ALT
A terceira hipótese é a formação do metabólito (alamino transferase), AST e SDH, essas três enzimas
lipossolúvel que tende a se ACUMULAR NO TECIDO
ADIPOSO, ou seja, é armazenado nesse local. são hepato-específicas, o aumento delas na
A quarta hipótese seria a presença de resíduos no leite. circulação sugere lesão hepatocelular, ou seja,
A quinta hipótese é a formação do metabólito lipossolúvel quando aumenta essas enzimas na corrente
que é DIRECIONADO PARA A BILE, sendo logo após
encaminhado para o intestino delgado e é reabsorvido sanguínea significa destruição de hepatócitos, com
novamente. Se sofre ciclo enterohepático, será essa destruição, o hepatócito começa a ser
reabsorvida novamente e sofrerá um pico de ação de
substituído por tecido fibroso, comprometendo a
novo, prolongando a meia vida da droga no organismo (o
carvão ativado é ofertado nesses casos). função do fígado. O fígado possui uma certa
capacidade regenerativa.

Essas enzimas estão presentes no citoplasma dos


carboidratos; (gliconeogênese/ hepatócitos, por isso, ao ter uma lesão
glicogenólise); proteínas; lipídios (oxidação, corpos
hepatocelular elas serão liberadas. O aumento
cetônicos); compostos nitrogenados (ureia); vitamina D;
dessas enzimas pode sugerir doenças hepáticas,
podendo ou não estar associado a icterícia.
Produção de eritropoietinogênio;
A ALT é mais específica para cães e gatos, nos
Manutenção de potencial hematopoiético desenvolvido e
exercido durante o desenvolvimento fetal; cavalos e ruminantes a AST, nos humanos faz a
Sistema mononuclear fagocítico; dosagem das 3 enzimas (SDH tem vida curta nos
animais)

FA, GGT;
interações e funções;
Os hepatócitos produzem bile e toda a bile
sintetizada chega através dos canalículos biliares
 inespecificos: anorexia, perda de peso, poliúria,
polidipsia, vômito, diarreia, ascite, letargia, alterações para a vesícula biliar. A colestase é a interrupção
neurológicas; do fluxo biliar, ou seja, faz uma alteração nesse
 ictericia; fluxo.
 anemia;
OS hepatócitos aumentados também podem fazer
colestase, as “enzimas” avaliadas na colestase são:
ALT, AST, SDH; FA e GGT, essas enzimas ficam aumentadas nos
casos de alteração do fluxo.
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 liberadas pela célula de origem
(hepatócitos) por: alteração da
Bilirrubina e ácidos biliares;
permeabilidade celular (reações inflamatórias,
degeneração celular) ou necrose celular (drogas
hepatotóxicas, cirrose crônica);
Ácidos biliares e amônia;  dependendo da espécie animal as enzimas
podem estar localizadas em maior ou menor
quantidade no hepatócito ou em outros
Albumina, glicose, ureia e fatores de coagulação; órgãos além do fígado;
O fígado comanda a gliconeogênese e glicogenólise.  meia vida pode variar conforme a espécie
animal;

Doença hepática primária com ou sem


icterícia

Hepatite infecciosa, necrose tóxica, hemangioma hepático,


hepatite supurativa e adenoma de ducto biliar.

Doença hepática secundária

Lipidose infiltrativa (hipotireoidismo e diabetes melito),


doenças pancreáticas, congestão passiva (cardiopatias e
intoxicações);

Diagnóstico diferencial das icterícias

Pré hepática (hemolítica), hepática e pós-hepática História clinica do paciente;


(obstruções);
 as vezes o animal não tem o sinal clínico especifico de
doença hepática, mas tem que investigar.
Sinais de desvio no metabolismo sem
causa determinada
Exame fisico;
Hemograma  PT, plasma, hemácias;
Proteínas (ascite, edemas), carboidratos (emagrecimento,
apatia) e lipídios; Testes bioquímicos;
Urinálise  coloração, presença de bilirrubina e
Prognóstico cristais de bilirrubina;
Avaliação da terapêutica, da lesão tecidual e riscos Diagnóstico por imagem;
anestésicos à cirurgia;
Histopatologia;

Amplamente utilizadas em medicina veterinária;

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Hereditária: distrofia muscular canina;
Traumática: atropelamento.
 necrose na pata pode aumentar ALT mediante a lesão
na musculatura.
Alanina amino transferase (ALT/TGP)
Aspartato amino transferase (AST/TGO)
Hepatoespecífica, então sugere lesão hepática em
Lesões hepáticas e ocasionalmente, musculares:
cães e gatos, essa lesão pode ser reversível ou
irreversível, podendo estar relacionado a inflamação. ruminantes e equinos;
Lesão hepática em cães e gatos: reversível ou  pode sugerir lesão muscular, usa em ruminantes e
equinos.
irreversível
Enzima citoplasmática e mitocondrial;
Lesões: inflamação, hipóxia, substâncias tóxicas,
traumas, etc. Lesões de hepatócitos: reversíveis ou irreversíveis;

Presente no citoplasma de hepatócitos; Regeneração de doenças hepáticas;

Terapia com glicocorticoides: hepatopatia induzida Lesão muscular: reversível ou não;


por glicocorticoides;
DISTURBIOS QUE CAUSAM AUMENTO NA
Fenobarbital;
ATIVIDADE DA AST

Degenerativa: anemia ou congestão;


Metabólica: lipidose, síndrome da vaca gorda, diabetes
melito, hiperlipidemia equina;
DISTURBIOS QUE CAUSAM AUMENTO NA Neoplásica: linfoma, neoplasia metastática;
ATIVIDADE DA ALT Inflamatória/Infecciosa: hepatite infecciosa,
hepatite necrótica infecciosa, abscesso hepático;
Tóxica: intoxicação por ferro, pirrolizidínicos,
Degenerativa: anemia ou congestão; aflatoxinas, trevo híbrido;
 princípio ativo de várias plantas
Metabólica: lipidose, diabetes melito, hipertireoidismo
felino; tóxicas.
Neoplásica: linfoma, neoplasia metastática;  produzida pelo fungo Aspergillus,
Nutricional: intoxicação por cobre; provoca lesão hepática importante e até tumor
hepático, são as substâncias produzidas naturalmente
Inflamatória/infecciosa: leptospirose, PIF, mais carcinogênicas existentes.
histoplasmose, hepatite crônica, cirrose;
Tóxica: esteroides, anestésicos; Sorbitol desidrogenase (SDH)
Traumática: atropelamento.
 animal com trauma importante pode romper o Enzima hepatoespecífica;
hepatócito mediante ao trauma.
Pouco utilizada na rotina laboratorial:
instabilidade;
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Estudos recentes: mostrado considerável estabilidade Neoplasias mamárias: benignas ou malignas;
em equinos e pequenos animais; Indução por drogas ou hormônios;
Lesão reversível ou irreversível; Fenobarbital, corticosteróides, etc;
Equinos e bovinos;

Enzima de indução;
Marcador sérico valioso nas desordens do sistema
hepatobiliar (colestase);
Alta atividade nas espécies bovina, equina e pequenos
Enzima mitocondrial encontrada em vários tecidos ruminantes;
(principalmente ósseo, hepatobiliar e da mucosa
gastrointestinal); Em gatos possui maior especificidade e sensibilidade que a
FA (exceto na lipidose hepática), sendo de grande valia
Recomendada na avaliação da colestase em cães, gatos e quando dosada juntamente com esta;
bovinos;

(
Causas
)
Colestase;

Distúrbios que causam aumento na Hiperplasia biliar: pirrolizidínicos, esporodesmina,


trevo híbrido;
atividade da FA
Drogas ou hormônios: fenobarbital, corticóides;

a colestase tem que ser intra ou pós-hepática.


Degenerativa: necrose ou tumefação de hepatócito
(comprometimento do fluxo biliar);
Metabólica: lipidose, diabetes melito, É o produto da degradação da hemoglobina pelos
hiperadrenocorticismo; macrófagos nos ossos e baço.
Neoplásica: carcinoma do ducto biliar, carcinoma Aumenta icterícia pré-hepática em casos de
pancreático, linfoma; hemólise.
Inflamatória: hepatite periportal, colangite, Icterícia hepática em doenças hepáticas.
pancreatite;
Tóxica: pirrolizidínicos, trevo híbrido, esporodesmina; Icterícia pós-hepática por obstrução.
 é uma toxina produzida por um
fungo que parasita principalmente a Brachiaria
decumbens. Principalmente cavalo quando ingere a É a bilirrubina ligada a albumina (carreador) que a leva ao
Brachiaria contaminada, essa esporodesmina é fígado para conjugação e excreção;
extremamente hepatotóxica, animais intoxicados por
esporodesmina foge do sol, provoca
fotossensibilização.
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É a bilirrubina que sofre conjugação com o ácido glicurônico
no fígado (hepatócitos) e que irá compor a bile, excretada
para o intestino através dos ductos biliares; Ocorre na lesão tóxica ou infecciosa causando o
aumento das bilirrubinas direta e indireta;

Decorrente de hemólise, há o aumento


principalmente da bilirrubina indireta (não-
conjugada);
Taxa de formação de ultrapassar a capacidade do
sistema hepatobiliar de captar ou de excretar ;

 decorrente de hemólise, aumenta a BNC, inicialmente


o aumento da BNC pode aumentar a BC.
maior que
A bilirrubina indireta é conjugada normalmente,
porém ocorre o aumento da bilirrubina direta
 anemia regenerativa se duração devido a obstrução de ductos biliares;
suficiente: moderada a acentuada;
 hemoglobinúria e hemoglobinemia se houver
hemólise intravascular suficiente;
 bilirrubinúria: se escapar suficiente do
hepatócito;

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A albumina é a principal proteína transportadora do
sangue.
Ureia sanguínea

Lesões hepáticas extensas; Mais abundante: 30 a 50%;


Lesão renal? 75% da atividade osmótica do plasma;
extravasamento de
líquidos por perda da pressão osmótica;
 quando tem hipoalbuminemia teremos uma diminuição
na pressão oncótica, podendo resultar em
Tempos de coagulação
extravasamento de líquidos, o animal pode chegar com
Lesões extensas tem uma menor produção dos FC´s; ascite.
Ligação e transporte;

Alfa: transporte;
Excreção de Bromossufaleína (BSP)
Beta: complementos, fibrinogênio;
Aplicação intravenosa e espera para ver a eliminação Gama: imunoglobulinas;
hepatobiliar;  plasmócitos: estimulação antigênica;
Doenças hepáticas, infarto do miocárdio, necrose de
musculatura esquelética, pancreatite agura e necrose
renal;
Lesão hepática crônica; A insuficiência hepática é pior que a doença
hepática, se tem insuficiência significa que a lesão
Proteínas plasmáticas foi tão extensa que destruiu o tecido, gerando a
insuficiência.
HIPOPROTEINEMIA
A doença nem sempre tem uma perda tão
“falha na ingestão”: animal não consegue ingerir, pode importante do tecido, na doença há o aumento das
ser por uma dieta ruim. enzimas, se a doença persistir ela evolui para uma
“falha na absorção”; insuficiência.
“falha na síntese”;
“perda proteica”: pode ser por perdas por processos
hemorrágicos, como em lesões cutâneas, gastrointestinais Não há necessariamente perda de função extensa e
ou renais. consequente insuficiência;
Se persistir pode evoluir para um quadro de insuficiência;
Há o aumento das enzimas de extravasamento (ALT, AST)
e/ou indução (FA, GGT), porém os testes de função
PROTEINAS PLASMATICAS hepática podem encontrar normais (albumina, bilirrubinas,
ácidos biliares);
Diversas funções;
Albumina e globulinas; Doença hepática primária

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Inflamatória/infecciosa ou imunomediada; Manifestações clínicas associadas: icterícia:
encefalopatia hepática; fotossensibilidade hepática; ascite;
Tóxica: drogas, plantas, agentes químicos;
 encefalopatia é uma causa comum de
doenças hepáticas, o animal pode chegar a
Metabólica: lipidose hepática;
apresentar convulsão, pois o fígado não
consegue mais metabolizar direito e esses
Neoplásica: tumores hepatocelulares e biliares; metabólitos ficam concentrados na corrente
sanguínea.
Doença hepática secundária  fotossensibilidade por plantas tóxicas.

Circulatória: insuficiência cardíaca, doenças vasculares, Insuficiência aguda


anemia;
 paciente com ICC que aumenta o fígado, Perda funcional do órgão;
aumenta por conta da estase circulatória.
Sinais clínicos;
Endócrinas: diabetes melito, hiperadrenocorticismo;
Aumento da atividade sérica das enzimas de
Septicemia/toxemia. extravasamento e indução;
Metastática: linfomas, etc;
Insuficiência crônica
Pode ser secundária, uma doença em outro órgão
Na insuficiência hepática crônica, além da perda funcional,
que refletiu no fígado. os sinais clínicos tendem a ser mais severos, porém a
atividade sérica das enzimas encontrar-se normais a
diminuídas;
Incapacidade de remoção de substâncias Fígado não tem mais uma capacidade
funcional, não consegue metabolizar os
metabolizáveis ou excretadas do sangue;
xenobióticos, nesse caso, as enzimas podem
Diminuição da síntese; estar normais ou diminuídas.
Perda de mais de 75% da função do órgão, podendo
ser aguda ou crônica;
Enzimas hepáticas:
 podem estar aumentadas, normais ou mesmo
diminuídas; Anabolismo e catabolismo proteico;
 testes de função encontram-se alterados podendo,
Testosterona, estrógeno, hormônio de crescimento:
inclusive, haver sinais clínicos decorrentes de suas
aumento de proteínas;
alterações;
Tiroxina e corticóides: diminuição de proteínas;
O fígado não tem mais capacidade de fazer a
sua função, pode diminuir a síntese de fatores de Distúrbio relacionado a proteína, pode ter a
coagulação e proteínas, classifica como doença interferência de hormônios, onde a testosterona,
hepática ou renal quando 75% do órgão não é estrogênio e hormônio do crescimento podem
mais funcional. aumentar as proteínas.
Enzimas hepáticas na insuficiência podem estar Tiroxina e corticoides diminuem as proteínas.
aumentadas (por lesão, ocorre o extravasamento Quando o animal teve uma doença muito grave e
de proteínas), normal ou diminuída (quando já debilitante, o animal fica caquético porque começa a
lesionou tanto que não tem mais o queimar primeiro o glicogênio, depois lipídico e por
extravasamento dessas proteínas). último músculo (se não tem uma alimentação
adequada entra em catabolismo proteico).

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1.083 1.000 - 4.800
Diminuição de albumina; 6,5 6-8
Aumento de globulinas; 26,0 10 - 88
Colostro*; 146 10 - 92
Lactação: aumento da atividade metabólica;
Hemograma normal.
Durante a gestação e lactação tem uma atividade
metabólica intensa, com isso, pode diminuir albumina Leucopenia: as causas podem ser infecção, consumo,
e aumento de globulinas para ir para o colostro. diminuição da produção, sequestro, uremia (pode
sugerir uma uremia ou processo infeccioso
acontecendo).
Baixa dieta proteica: hipoproteinemia e hipoalbuminemia FA aumentado: o FA aumentado ocorre em casos
dieta com baixa ingestão de proteína, pode resultar em de colestase que é uma interrupção do fluxo biliar,
ascite principalmente em filhotes. sendo sugestivo de obstrução, problemas
degenerativos como tumefação de hepatócito;
metabólica como lipidose, neoplásica (linfoma),
inflamatória (pancreatite), tóxica (esporodesmina),
neoplasias mamárias, indução por drogas ou
hormônios.
Outros exames que podem ser pedidos: ureia e
creatinina, albumina para ver a síntese de proteína,
bilirrubina porque pode ter colestase intra ou pós hepática.
2. Canino, fêmea, 15 anos, Poodle.

7,19 5,5 - 8,5


17,2 12 - 18
52,8 37 - 55
1. Canino, macho, 11 anos, dálmata.
73,5 60 - 77
33,1 32 – 38
5,02 5,5 - 8,5
75.000 200.000 -
14,0 12 - 18
500.000
39,6 37 - 55 3.400 6.000 - 17.000
79,0 60 - 77 2.312 3.000 - 11.500
35,5 32 – 38 986 1.000 - 4.800
432.000 200.000 - 102 100 - 1250
500.000
593 10 - 88
5.700 6.000 - 17.000
340 10 - 92
4.617 3.000 - 11.500

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1,4 2,6 – 3,3
8,2 6-8
Hemograma normal

Leucopenia com linfopenia e neutropenia: causas


infecciosas e inflamatórias.
Trombocitopenia: junto com leucopenia leva a
Os exames que pode pedir para avaliar a função
pensar em consumo de plaquetas.
renal são: ureia, creatinina, urinálise e entre outros.
Hiperproteinemia: é o aumento das proteínas
Formação de urina:
plasmáticas, esse aumento é pode ocorrer pelo
aumento de globulinas, aumenta porque o organismo  líquido formado pelos rins  filtração do plasma;
está lançando anticorpos para tentar compensar o
A principal função dos rins é a formação da urina,
consumo.
a urina é proveniente da filtração do sangue.
ALT aumentado: o ALT fica aumentado em casos de
Tudo que deve ser excretado o rim filtra e elimina
lesão hepatocelular, sendo sugestivo de problemas
degenerativos como congestão, metabólica, neoplásica, formando a urina, além disso, apresenta outras
nutricional, inflamatória ou infecciosa, tóxica, funções importantes, como liberação de renina,
traumática quando são lesões no hepatócito. eritropoetina, ajuda no controle da pressão, excreção
Entretanto, o ALT aumentado pode sugerir lesão da de metabólitos.
musculatura esquelética, por traumas ou causas
hereditárias. Tudo o que o organismo quer excretar e que é
hidrossolúvel é eliminado pelos rins, sendo
FA aumentado: ocorre em casos de colestase que é
eliminados a ureia, creatinina, pigmentos biliares,
uma interrupção do fluxo biliar, sendo sugestivo de
obstrução, problemas degenerativos como tumefação uratos e etc.
de hepatócito; metabólica como lipidose, neoplásica A ureia e a creatinina são exames bioquímicos
(linfoma), inflamatória (pancreatite), tóxica (quantificação destes compostos no plasma, quando
(esporodesmina), neoplasias mamárias, indução por
o rim tem alguma disfunção estará aumentada no
drogas ou hormônios, o problema está no fígado
porque tanto a ALT e o FA estão aumentados. plasma), a urinálise é a interpretação do exame de
urina.
Hipoalbuminemia: é a diminuição da albumina,
nesses casos teremos uma diminuição da pressão Funções:
oncótica, podendo resultar em extravasamento de  eliminação de catabólitos indesejáveis ao organismo
líquidos, diminui a produção de proteínas pela lesão (ureia, creatinina, pigmentos biliares, uratos, etc).
hepática, pode sugerir Leptospirose, Erlichia...
 eliminação de íons em excesso – Na+, K+, Cl- e H+.
Exames:
 eliminação de drogas e metabólitos.
 bilirrubina aumentada: bilirrubina conjugada e  manutenção da homeostasia.
não conjugada, o aumento de bilirrubina conjugada
ocorre pela lesão hepática e dificuldade do escoamento Órgãos urinários:
delas, a não conjugada aumenta em decorrência da  rins: filtração do sangue e produção de urina;
diminuição da albumina.
 ureteres: órgãos tubulares estreitos que levam a
urina para a bexiga;
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 bexiga (vesícula urinária): reservatório de urina,  filtração glomerular;
localizado no assoalho da pelve;  reabsorção tubular;
 uretra: condução da urina da bexiga para eliminação;  secreção tubular;
Produção hormonal:
 eritropoetina;
 renina;
Os néfrons são a unidade funcional dos rins, quando a
doença renal atinge 75% dos néfrons, lesionando-os, é uma
insuficiência renal.
O sistema renal contempla o rim que filtra o sangue e
produz a urina, os ureteres drenam a urina dos rins até a
bexiga, a bexiga armazena a urina e a uretra conduz a Glomérulos principal via para a excreção de solutos e
urina da bexiga até o órgão geniturinário. água.
Taxa de Filtração Glomerular (TFG):
 velocidade que um fluido se move do plasma para o
filtrado glomerular;
 depende do fluxo plasmático renal;
 toda glicose passa a barreira de filtração glomerular
e toda glicose filtrada é reabsorvida;
Praticamente todas as proteínas e aminoácidos filtrados
são reabsorvidos nos túbulos contorcidos proximais (TCP).
Cerca de 60-65% da ureia filtrada é reabsorvida nos TCP.
Pequenas quantidades de creatinina são secretadas pelos
TCP.
Fonte: Lopes, Biondo e Santos - Santa Maria (2007)
A TFG é a velocidade de formação do fluído, se o
animal tem uma lesão renal podemos quantificar a
TFG. Toda vez que a glicose passa pelo glomérulo
deve ser absorvida, se estiver na urina pode ser
insuficiência renal ou diabetes melitos.
Fisiologicamente toda glicose que passa no glomérulo
Fonte: Lopes, Biondo e Santos - Santa Maria (2007) deve ser reabsorvida, a exceção é em casos de
glicemia alta, pois o organismo não tem necessidade
de ter tanta glicose circulante.
Todas as proteínas e aminoácidos que passarem,
posteriormente terão que serem reabsorvidos, o
Unidade funcional dos rins. problema é quando tem uma lesão glomerular e
essas proteínas começam a sair com a urina
Eliminação de substâncias inúteis ao organismo.
(proteinúria).
Manutenção da homeostasia:

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O rim apresenta mecanismos para manter a TFG dentro Azotemia pré renal
de um padrão fisiológico, sendo um deles o sistema renina-
angiotensina-aldosterona (RAA). Causa iniciadora de excreção anormal de ureia ou
O sistema renina-angiotensina-aldosterona também creatinina, envolve o fluxo sanguíneo renal reduzido.
controla o fluxo sanguíneo renal. A renina é um hormônio Menor fluxo pré-renal leva à diminuição da TFG:
produzido por células especializadas da parede da arteríola menor depuração renal da ureia e creatinina.
eferente (células mesangiais), a sua liberação é estimulada  hipovolemia;
por uma diminuição da pressão de perfusão renal.
 hipoadrenocorticismo;
Níveis elevados de angiotensina II também estimulam a
produção e liberação de prostaglandinas vasodilatadoras É um problema antes de chegar no rim.
renais (PGE2 e PGI2) que são fatores moderadores do A causa mais comum de provocar essa azotemia pré-
sistema renina-angiotensina-aldosterona. renal é a hipovolemia, pois tem uma dificuldade de
A função deles é contrapor ao efeito vasoconstritor da locomoção do sangue e, consequentemente, diminui a
angiotensina II na vascularização intra-renal e auxiliar na filtração de ureia e creatinina.
manutenção da resistência renal vascular em níveis normais A ureia e creatinina fica mais concentrada no
ou próximos do normal. Sem este efeito, a vasoconstrição sangue, não aumenta a sua produção (produção
generalizada resultaria numa redução da TFG e FSR, a normal).
despeito da elevação da pressão sanguínea.
CAUSAS
Hipovolemia: desidratação, choque, perda
sanguínea.
Diminuição do débito cardíaco:
insuficiência cardíaca, choque, hipoadrenocorticismo.
Choque: hipovolêmico, cardiogênico, anafilático,
séptico, neurogênico.

Azotemia renal

Provocada por qualquer doença renal que


Fonte: Lopes, Biondo e Santos - Santa Maria (2007) provoque diminuição na TFG (o problema está nos
rins):
 perda de néfrons, menor permeabilidade glomerular,
dentre outras;
 doenças renais agudas ou crônicas (leptospirose,
Aumento de compostos nitrogenados não proteicos no picada de jararaca ou qualquer outro animal
sangue. peçonhento).
 concentração de UN e/ou concentração de Crt CAUSAS
aumentados;
Inflamatórias: glomerulonefrite, pielonefrite,
 aumento de ureia ou/e creatinina no plasma. nefrite tubular-intersticial;
 UN: nitrogênio ureico; Amiloidose: é a deposição de uma proteína alterada
 CRT: creatinina; no tecido, podendo ser depositada nos rins.

Classificação: pré-renal, renal ou pós renal. Nefroses tóxicas: hipercalcemia, etilenoglicol,


mioglobina, gentamicina, fenilbutazona.
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Isquemia ou hipóxia renal: perfusão renal Sinais clínicos que refletem falência renal.
deficiente, infarto; Vômito, diarreia, coma, convulsões e odor amoniacal da
Hipoplasia ou aplasia congênita. respiração.
Hidronefrose: exemplo - cálculo no ureter Aumento de ureia ou/e creatinina associado com
congestiona o fluxo de urina, com isso, acumula a urina no sinais clínicos:
rim em decorrência de processos obstrutivos.  hálito urêmico.
Neoplasia (renal ou metastática).  necrose de ponta de língua.
 polidipsia.
Azotemia pós renal
 poliúria e oligúria.
Alterações na excreção de ureia ou creatinina.  emagrecimento progressivo associado com
Distal ao néfron. poliúria e polidipsia pode sugerir doença renal
ou diabetes melitos.
 doenças obstrutivas;
 pode ter convulsão pelo aumento em excesso
 extravasamento de urina dentro do corpo; de metabólitos na corrente sanguínea.
Em casos de obstrução o animal não consegue  enjoo por conta da uremia, pois pode fazer
eliminar ureia e creatinina, ficam aumentadas no lesão no trato gastrointestinal.
plasma porque são reabsorvidas.
Se tem uma obstrução na uretra e a vesícula
urinária começa a ficar repleta, essa bexiga pode
romper e extravasar urina na cavidade abdominal Classificação:
(uroperitôneo), faz uma irritação química pelos  HIPERSTENÚRIA: > [urina]  caso formação da
componentes da urina, na cavidade abdominal faz urina tenha sido antes da agressão renal;
essa irritação química, sendo sempre emergência,
 ISOSTENÚRIA: dificuldade de concentração da urina;
isso pode provocar azotemia pós-renal.
 HIPOSTENÚRIA: urina diluída;
CAUSAS
Obstrução do trato urinário: urolitíase
(cálculos urinários), tampões uretrais em gatos, neoplasia, Disfunção renal reversível ou irreversível resultante
doença prostática;
de uma agressão renal que reduz a TFG e provoca
Extravasamento de urina: traumatismo,
azotemia:
neoplasia;
 causas: substâncias tóxicas, isquemia renal, infecções;
Azotemia sem lesão renal  a magnitude da azotemia não diferencia IRA da IRC;
Produção aumentada de ureia ou creatinina:  velocidade de aumento da [ureia] e [creatinina] são
maiores na IRA – azotemia moderada a acentuada;
 hemorragia intestinal;
A insuficiência renal é uma incapacidade dos
 aumento de ureia ou creatinina na dieta; néfrons de filtrar o sangue, uma lesão renal diminui
 catabolismo proteico aumentado; a TFG provocando azotemia.
Lesão renal perde proteína por isso em IRC tem OLIGÚRIA OU ANÚRIA  redução abrupta da TFG
e menor produção de urina.
emagrecimento progressivo.
 associa se o paciente tem oligúria ou anúria (pode
acontecer em fase final de IRC), a produção de urina
está diminuída.
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 é importante mensurar em acidente ofídico, para isso, Hipocalcemia.
faz uma fluidoterapia intensa para eliminar o veneno
 perda da capacidade de reabsorção;
e sonda o animal para fazer o monitoramento da
produção de urina.  efeito na paratireoide na mobilização do cálcio para
homeostase (hiperparatireoidismo secundário renal);
Alteração do equilíbrio ácido-básico e de concentração
eletrolíticas. Hiperfosfatemia:
 menor capacidade de filtração e excreção do fósforo;
DIFERENCIAR COM EXAMES A IRA DA IRC: tem
que pedir dois exames bioquímicos, sendo eles o fósforo
Também chamada de falência renal crônica;
e cálcio.
Doenças crônicas podem lesionar os rins 
alterações no tecido renal  estado patológico; Na IRA o P e Ca estão normais mais azotemia
Na IRC tem uma dificuldade de excretar
TFG cerca de 50% da normal  animal sadio, sem
fosfato/fósforo e uma menor reabsorção do
azotemia:
cálcio, tem hiperfosfatemia e hipocalcemia mais
 no entanto, rins suportam menos agressões azotemia.
adicionais;
 50% dos néfrons funcionam como se fosse 100%
de néfrons, por conta disso o animal não apresenta
sinais clínicos.
 sinais clínicos começam a ser evidenciados com possui
25% dos néfrons.
Estágios da doença renal crônica:
 IRC: TFG está em cerca de 20 a 50% da normal;
 FALÊNCIA RENAL: TFG < 20 a 25% da normal; Fonte: Lopes, Biondo e Santos - Santa Maria (2007)
 ESTÁGIO FINAL: TFG < 5% da função normal.
Perda da capacidade de concentração da
urina:
 poucos néfrons remanescentes X mais soluto que o
normal;
 poliúria antes de desenvolver azotemia;
Testes bioquímicos de função renal são realizados para o
 na IRC não tem mais capacidade de concentrar a urina
diagnóstico e monitoramento de doença renal.
por ter pouco néfron e mais soluto que o normal.
 tem isostenúria ou hipostenúria. Devem ser solicitados após criterioso exame clínico e
analisado (quando possível) juntamente com a urinálise
– (densidade).
Amostra: plasma (EDTA ou Heparina) e soro.
Azotemia: menor capacidade de remoção de resíduos do
plasma. Hemólise, icterícia e lipemia intensas podem

DU baixa: 1007 -1013. interferir nos valores dosados.

Sinais clínicos.
Anemia.
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Testes adicionais: creatinina urinária e líquidos cavitários Especificamente indicada para obtenção de amostras
(ruptura de bexiga), proteinúria, Taxa de Filtração destinadas à cultura bacteriana e antibiograma.
Glomerular (TFG). Bexiga com volume suficiente de urina;
Para a realização da urinálise: É a melhor técnica, de certa forma consegue evitar
 técnicas de colheita de urina; grande quantidade de bactéria na urina que são
proveniente do trato urinário, geralmente usado com a
 acondicionamento da urina; ultrassom.
 exame da urina: exame fisico; exame quimico; Cistocentese não é normal ter bactéria, se tem é uma
exame de sedimento; infecção.

Custo Benefício; Recipiente limpo – vidro ou plástico;


Monitoramento; Frascos escuros – degradação de compostos;
Detecta doenças não renais; Se a amostra de urina não for analisada imediatamente
após a colheita, os frascos escuros são preferíveis pois
Detecta estágios precoces de doenças;
a luz ambiental pode ocasionar a degradação de certos
Essencial para diferenciar azotemia pré-renal ou renal. constituintes da urina, tais como bilirrubina e urobilinogênio,
em menos de uma hora.
Descartar primeiros jatos: detritos celulares, leucócitos e
exsudatos da uretra, prepúcio e trato urogenital;
Manter refrigerada (1 a 4ºC) por até 12 hrs;
Mais indicado para grandes animais, principalmente pela Identificação;
dificuldade de cateterização;
Desprezar os primeiros jatos de urina;
A desvantagem é que vem muita bactéria do ambiente e
do trato urinário.
No máximo 1+ de bactéria.
Volume

Variável – mínimo 10 ml;


Utilização de sondas;
Indicado quando há necessidade rápida de colheita, ou Cor
quando terapêutico, como em urolitíases ou cirurgias;
Associar à densidade específica;
Cuidado: contaminações ou traumas na uretra;
Intensidade de cor X concentração.
Pode vir uma quantidade considerável de bactéria, pela
sonda pegar na uretra pode causar traumas também, A intensidade da coloração urinária depende da
vindo hemácias. concentração de urocromos, e varia inversamente com o
volume urinário.
No máximo 1+ de bactéria.
Cor normal: amarelo – palha – urocromos;
Variações: indicam a presença de pigmentos anormais na
Mais adequada para AC; urina;

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VARIAÇÕES  avermelhada: hemoglobinúria;

Pálida ou amarelo-clara: geralmente é uma urina Aspecto


diluída com baixa densidade, associada à poliúria.
 doença renal terminal, ingestão excessiva de líquidos, Normal: transparente ou límpida;
diabetes insipidus, hiperadrenocorticismo, piometra,  equinos: turbidez devido cristais de carbonato e muco;
nefrose tóxica;
Turva:
Amarelo-escura ao âmbar: urina concentrada com
densidade elevada e associada à oligúria:  presença de leucócitos, hemácias, células epiteliais,
muco ou bactérias;
 febre, desidratação, diminuição de ingestão hídrica,
nefrite aguda, nefrose tóxica;  exsudato genital;
Alaranjado-âmbar a amarelo-esverdeada: espuma  avaliação do sedimento;
alaranjada ou esverdeada:
Densidade
 presença de bilirrubina ou biliverdina;
Avermelhada: presença de hemoglobina e/ou de Representa a concentração de sólidos em solução
hemácias; urinária: indica o grau de reabsorção tubular ou da
concentração renal;
 hematúria (após centrifugação): sobrenadante límpido;
 importante para pacientes azotêmicos, poliúricos,
Vermelho-acastanhada: presença de hemácias,
oligúricos ou anúricos;
hemoglobina, meta hemoglobina ou mioglobina;
Perda da função renal: perda da capacidade de
 normal em equinos após algum tempo – oxidação;
concentração da urina;
Azul-esverdeada: azul de metileno (antissépticos Refratometria: medição do índice de refração dos sólidos
urinários); solúveis no fluido;
Valores normais de densidade: 1015 a 1045.
Doença renal (IR): urina clara, densidade normal ou
diminuída porque tende a reabsorver os solutos e a urina
Odor sai diluída.

Herbívoros: odor aromático, mais intenso em


ruminantes;
Carnívoros: odor picante e aliáceo;

VARIAÇÕES
Pútrido: necrose tecidual de vias urinárias;
Adocicado: corpos cetônicos – diabetes melito e
acetonemia da vaca leiteira;
Amoniacal: infecção bacteriana
Espuma em grande quantidade que demora a
desaparecer: proteinúria; A densidade mede por espectrofotometria, mostra se o
animal tem ou não a capacidade de reter a urina.
 acast anhada ou esverdeada: bilirrubinúria;
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Poliúria a densidade de urina é baixa. Cistite associada a bactérias produtoras de urease, uso
de alcalinizantes, retenção urinária vesical e alcalose
metabólica ou respiratória.
Importantes para caracterização de estados patológicos
Avaliação de glicose
renais e extrarrenais;
Monitoração de tratamentos; Glicosúria.
Tiras reagentes; Diabetes Melito, hiperadrenocorticismo, pancreatite
Avaliação: necrótica aguda, ingestão excessiva ou tratamento com
glicose ou administração de adrenalina
 pH;
 proteína; A glicose e corpos cetônicos são importantes na
diabetes mellitus, animal com glicose na urina
 glicose;
significa que o débito circulante no organismo do
 cetonas;
animal é maior do que o débito urinário, animal
 bilirrubina;
com dano renal considerável pode ter uma glicose
 urobilinogênio pelo dano e pela diabetes, tem uma urina mais
Avaliação do pH urinário viscosa.

Afetado por fatores renais e extrarrenais; Avaliação de cetonas (corpos cetônicos)


O pH é influenciado pela alimentação dos animais, em
carnívoros o pH é mais ácido, em herbívoros é mais Normalmente não estão presentes na urina;
alcalino. Aumento da concentração de corpos cetônicos
Carnívoros: urina ácida (fosfatos ácidos de Na+ e Ca2+) sanguínea: cetose ou acetonemia;

 5,5 – 7,0; Corpos cetônicos: produtos do metabolismo de gorduras;


Herbívoros: urina alcalina (bicarbonato de cálcio solúvel)  podem entrar na urina por FG ou por secreção
tubular;
 7,5 – 8,5;
Causas: acidose, jejum, hepatopatias, febre, DM, cetose
Acidúria: aumento da secreção de H+: de vacas leiteiras (desbalanço energético), cetose em
 H+ é produzido a partir de dietas proteicas; ovelhas prenhes;
Alcalinúria: excreção reduzida de H+: Cetonúria:
 degradação ou hidrólise de ureia;  aumento da mobilização de lipídios – desvio na
Alterações: alteração sistêmica; produção energética de carboidratos para lipídeos;
 oxidação excessiva de AG  > quantidade de Acetil-
URINA ÁCIDA CoA cetogênese hepática  > formação de
cetoácidos  Cetonemia.
Dieta hiperprotéica, uso de acidificantes, catabolismo
proteico (febre, jejum, DM), acidose metabólica ou Sua presença pode ser diabetes, jejum prolongado e
respiratória, uremia, DM; mobilização de lipídios.

URINA BÁSICA Avaliação de bilirrubina

Normalmente em baixa quantidade – cão;


Outras espécies: normalmente ausente;
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Associar resultados com a densidade; CAUSAS DE HEMATÚRIA
BNC: degradação do heme, ligação à albumina;
Mioglobinúria paralítica dos equinos, hemorragia no trato
hepatopatias e obstruções urogenital (traumas, infecção, neoplasia, alterações de
hepáticas; coagulação), problemas na colheita.
 formação excessiva de bilirrubina ou excreção *acidentes ofídicos por cascavel;
hepatobiliar comprometida (> [Bc] plasmática);
Animais que tem uma pedra na vesícula urinária tendem a
ter muita hematúria, devido a lesão que a pedra pode
Avaliação do urobilinogênio
fazer.
Composto incolor formado a partir da degradação da Na hematúria o sobrenadante é límpido ou tem muita
bilirrubina no intestino; hemácia na urina, não consegue diferenciar hemoglobina
da mioglobina, geralmente as duas são mais
Reabsorção intestinal e excreção urinária;
amarronzadas/âmbar e pode ser avermelhada.
Urobilinogenúria:
 excreção de urobilinogênio aumentada; CAUSAS DE MIOGLOBINÚRIA
 doenças hemolíticas: > formação e degradação de Advém dos músculos
bilirrubina; Animal de grande porte em decúbito por muito tempo,
 doenças hepáticas ou biliares; geralmente, tem uma mioglobinúria alta.
Necrose ou lesão de miócitos;
Avaliação de proteína

Associar com a densidade;


a proteína encontrada normalmente na urina são as Avalia presença de hemácias, leucócitos (principalmente
microproteínas. nos casos de cistite), células epiteliais de escamação,
cilindros (produzidos quando tem uma grande quantidade
de proteína e muco na urina), cristais e bactérias.

Avaliação de sangue oculto

Ausência é normal;
Diferenciação de hematúria e hemoglobinúria –
centrifugação;

CAUSAS DE HEMOGLOBINÚRIA
Agentes infecciosos (leptospirose), fotossensibilização, Células epiteliais de descamação
plantas tóxicas, intoxicação por cobre e mercúrio,
incompatibilidade sanguínea transfusional, AIE, doença Normal: ausente ou pequena quantidade;
hemolítica do recém-nascido.

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Presença aumentada (>5 células/campo): lesão
local ou difusa;
Morfologia: epitélio renal, pélvis, vesicais, uretrais e
vaginais;

Geralmente relacionado a proteína e muco, os mais


comuns são os hialinos e granulosos.
Hemácias
CILINDRO HIALINO
Normal: 1 a 2 células/campo;
> 5 células/campo: hematúria;
Causas: infecção TU (pielonefrite, cistite, prostatite),
traumas, neoplasias, congestão renal passiva, infarto
renal, parasitas de TU, intoxicação Cu e Hg, estro, pós-
parto, problemas de hemostasia;
CILINDRO HEMÁTICO

Leucócitos

Normal: 1 a 2 células/campo; CILINDRO LEUCOCITÁRIO


> 5 células/ campo: leucocitúria ou piúria;
Causas: inflamações renais (nefrite, glomérulo-nefrite,
pielonefrite), inflamações de baixo TU (uretrite, cistite),
inflamações de trato genital (vaginite, prostatite, metrite);

CILINDROS GRANULARES

Cilindros

Constituídos de mucoproteína e proteína;


Normal: ausência;
Formação ocorre na porção renal tubular –
favorecimento da precipitação de proteínas;

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Espermatozoides

Normal em machos (cães);


Distúrbios reprodutivos (bovinos);

Bactérias

Normal uma pequena quantidade – porção distal da bexiga;


Avaliar método de colheita; RELAÇÃO PROTEÍNA:CREATININA.
Grande quantidade: infecção bacteriana; Microproteína urinária e creatinina urinária.
Associar com outros sinais e análises; >1,0.
Bastante utilizado na clínica, é a relação proteína e
Muco creatinina, faz a dosagem sérica da microproteina
Aumentados em processos inflamatórios; urinária e da creatinina urinária.
Comum na formação dos cilindros. Mostra se o animal tem um dano renal considerável
ou não, ou seja, se pode ser um paciente renal
Cristais crônico.
Produtos finais da alimentação animal; Se tiver maior que 1 a UPC pode considerar que o
Dependem do pH da urina para se formarem; animal tem um dano considerável e está indo a ter
uma doença renal.
Grande quantidade: urolitíase;
No caso dos animais é importante fazer esse exame
porque muitas vezes o animal não tem os sinais
clínicos de uma nefropatia, se ele já está com um
dano a partir de 66% do rim já consegue ver na UPC.
Exame realizado com o sobrenadante (a parte mais
límpida da urina, não faz com o sedimento).

1. Canino; colheita: cistocentese.


Volume 3ml
Cor castanho
Aspecto turvo
Densidade 1022
pH 8,0
Proteína 3+
Glicose -
Cetonas -
Urobilinogênio -
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Bilirrubina - CRISTAIS: não é normal nenhum, o fosfato triplo
faz sentido com a parte turva.
Hemoglobina 4+
A alteração de cor é decorrente da presença de
Hemácias incontáveis
sangue oculto e da hematúria. A turbidez está
Leucócitos 25/campo
aumentada devido a presença de proteinúria,
Bactérias 2+ hemácias, leucócitos, bactérias e cristais.
Cilindros -
A proteína na urina sugere lesão renal.
Cristais fosfato triplo 2+
Pode estar sendo provocada essa alteração na urina
Primeiro analisa o método de coleta, a
pelo processo infeccioso advindo da bactéria e a
cistocentese é o melhor. Não pode encontrar
bactéria urina, se encontrar é porque já estava cristalúria, o cristal provocou a infecção, a
presente no local, pode encontrar poucas cristalúria provoca uma lesão na bexiga e favorece
hemácias na urina pela punção. a proliferação bacteriana, principalmente se o
COLORAÇÃO: castanho pode sugerir hemólise, animal estiver com algum processo obstrutivo, se
hemoglobina ou mioglobina. tiver a causa e for por processo obstrutivo, o cristal
ASPECTO: o normal é límpido, pode estar turva pela pode descamar o tecido e causar a hematúria pela
presença de célula, cristal, muco e etc. lesão da mucosa, pelo processo inflamatório
DENSIDADE: normal é 1015 a 1045, tem aumenta leucócito.
isostenúria. Produção de cristal na urina começam a cair na
pH: normal para cão é de 5 a 7, porque o cão é mucosa vesical e provoca uma lesão e processo
carnívoro. inflamatório, favorecendo um processo infeccioso.
PROTEÍNA: o normal é não ter nenhuma cruz, uma Geralmente, cristal favorece a infecção e inflamação
cruz avalia a dieta, é chamado de proteinúria.
da bexiga, o cristal começa a cair na bexiga e faz
GLICOSE: normal é não ter, aumentada é glicosúria. uma lesão, aumentado o processo inflamatório
CETONAS: cetonúria é quando tem corpos (leucócitos) e hemácias, a hematúria e leucócitos
cetonicos na urina, tem cetonúria quando tem também pode ser pelo processo infeccioso ou, pela
mobilização de lipídio. cristalúria.
UROBILINOGÊNIO: está aumentado em casos de
Provável origem da azotemia se o animal tiver: pós-
hemólise.
renal por processo obstrutivo pelo cristal.
BILIRRUBINA: não é normal ter na urina, mas para
O dano na bexiga também está acontecendo no rim,
cães uma cruz é normal.
podendo ter um cálculo renal.
HEMÁCIA/HEMOGLOBINA: conhecido como sangue
oculto, faz sentido quando relacionado a cor. 2. Canino; colheita: sonda uretral.
Volume 5ml
HEMÁCIA: incontáveis, o normal é ter de 1 a 2 por
campo. Cor amarela
LEUCÓCITO: o normal é 1 a 2 por campo, Aspecto ligeiramente turvo
leucocitúria. Densidade 1012
BACTÉRIA: não é normal a presença. pH 5,5
CILINDROS: o normal é negativo, é formado a Proteína 2+
partir de proteínas. Glicose -
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Cetonas - O animal tem lesão renal pela proteína.
Urobilinogênio - 3. Canino; colheita: cistocentese.
Bilirrubina - Volume 3ml
Hemoglobina traços Cor amarelo claro
Hemácias ausente Aspecto ligeiramente turvo
Leucócitos ausente Densidade 1051
Bactérias + pH 6,5
Cilindros - Proteína -
Cristais - Glicose 3+
uretrais 2+ Cetonas 2+
Células transicional bexiga + Urobilinogênio -
epit. bexiga Bilirrubina -
COR: normal. Hemoglobina -
ASPECTO: ligeiramente turvo, procura o que está Hemácias -
aumentando a turbidez. Leucócitos -
DENSIDADE: hipostenúria. Bactérias -
pH: normal. COR: amarelo claro, não está normal, está diluída
PROTEÍNA: aumentada, proteinúria. porque o animal tem poliúria e polidipsia.

HEMOGLOBINA: traços – não é nem positivo e ASPECTO: ligeiramente turvo, pode estar sendo
nem negativo, indica ser positivo, mas não pode provocada pela glicose e corpos cetonicos.
afirmar, tem a presença, porém não o suficiente DENSIDADE: aumentada pela glicose e corpos
para dar positivo (sangue oculto). cetonicos.
HEMÁCIAS: ausente, no sangue oculto tem traços Suspeita de diabetes porque se for a 1 não tem
então pode estar relacionado a mioglobina ou insulina e no tipo 2 porque não está conseguindo
hemoglobina. utilizar pela célula, as cetonas são por conta da
BACTÉRIA: pode ser um processo infecioso, não mobilização lipídica porque o organismo não
pode afirmar por causa do método de coleta, pois consegue usar a glicose como fonte de energia, então
ao passar a sonda pode fazer uma ascensão da começa a quebrar lipídios.
bactéria.
CÉLULAS: as células normais que podem ser
encontradas são – raramente de 1 a 2 células, as
células vesicais pela descamação da bexiga
(epitélio de bexiga), as células transicionais
suspeita que seja entre a bexiga e uretra, não
pode acontecer e a uretral não é normal
encontrar, pode ser encontrada por causa da
sonda ou pela bactéria, o melhor seria fazer a
Quando avalia a função do pâncreas tem 4 doenças
cistocentese para saber o que está
necessárias saber, sendo que duas estão relacionadas ao
acontecendo.
pâncreas exócrino e duas ao endócrino.

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O pâncreas é uma glândula mista, por conta disso é dividido Junto com a bile e parte do suco pancreático, temos a
em porção exócrina e endócrina. liberação das enzimas pancreáticas.
O pâncreas é composto de duas partes, as porções Porção endócrina:
endócrina e exócrina;
 localizada nas Ilhotas de Langerhans;
A porção exócrina regula as funções do trato
gastrointestinal.  atividade hormonal: insulina e glucagon;
A porção endócrina controla o metabolismo da  regulação da glicose;
glicose no organismo. A porção endócrina tem as ilhotas de Langerhans onde é
Com relação a porção exócrina temos a pancreatite produzido os hormônios que controlam a glicemia, sendo
aguda e crônica, na porção endócrina temos a basicamente insulina e glucagon.
diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2.
Devido a íntima relação entre ambas porções problemas
que afetem uma porção podem afetar a outra:
Síntese e secreção de enzimas digestivas:
 processos inflamatórios;
Como as porções são próximas e dividem o mesmo  tripsinogênio: tripsina.
estroma, um problema que afete uma porção pode  quimotripsinogênio.
posteriormente afetar a outra porção por conta da  proelastase;
continuidade entre elas.
 procarboxipeptidase;
 lipase;
 amilase;
É responsável pela síntese e secreção de enzimas digestivas,
essas enzimas são altamente reativas e podem provocar a
Porção exócrina:
destruição do tecido pancreático, para que não destrua,
 anexo à porção inicial do duodeno; essas enzimas são produzidas na sua forma inativa (pró-
 produção de enzimas digestivas: amilase (redução enzima ou zimogênio), são ativadas quando liberadas no
de amidos – carboidrato), lipase (redução de gorduras) lúmen intestinal.
e tripsina (redução de proteínas);
A porção exócrina está relacionada a função do trato
São produzidas dessa forma porque defendem o pâncreas
gastrointestinal, ajudando no processo de digestão. contra a autodigestão, pois se forem ativadas o pâncreas é
O pH do estomago é ácido e, se ocorre algum refluxo, ao destruído.
voltar a mucosa do esôfago não estará preparada para
Funções:
um pH ácido, ficando irritada. O duodeno também não
tem uma mucosa apta para entrar em contato com um  defesas contra autodigestão;
pH ácido, por causa disso, o pH sofre alcalinização pelo
 síntese e secreção de enzimas digestivas;
bicarbonato de sódio oriundo do pâncreas ao chegar no
duodeno.  regulação da secreção pancreática;
A vesícula biliar armazena a bile e a libera junto com os Lesão do parênquima pancreático:
sais biliares, esses sais se misturam a porção inicial com o extravasamento de enzimas pancreáticas no interstício e
suco pancreático, o suco pancreático é composto por água na cavidade peritoneal;
e bicarbonato que alcaliniza o conteúdo ácido, ou seja, o
 pancreatite – aguda ou crônica;
bolo alimentar que estava em um pH 3 e vai para um pH
8.
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Podemos ter duas situações relacionadas a pancreatite, As enzimas são produzidas pelas células acinares do
pâncreas e estão envolvidas na digestão de proteínas,
uma delas é a lesão do parênquima pancreático, como por gorduras e carboidratos;
exemplo: cachorro atropelado que sofreu trauma no Bicarbonato e cloreto: principais ânions;
pâncreas e começa a liberar enzimas, as enzimas que
estavam na sua forma inativa vira ativa e ao extravasar O principal íon do suco pancreático é o cloreto, ao quebrar
provoca um dano no tecido, resultando na pancreatite, a o ácido clorídrico libera o cloreto e prótons de hidrogênio.
pancreatite aguda se não tratar corretamente se Células acinares secretam uma mistura de
transforma em crônica. enzimas  ductos pancreáticos no duodeno
Se extravasa enzimas elas estarão aumentadas na proximal:
circulação sanguínea, a enzima pancreática nem sempre
 digestão de proteínas, gorduras e carboidratos;
estará aumentada, por causa disso, ao avaliar a função
Controle hormonal:
do pâncreas exócrinos nem sempre podemos confiar nesses
resultados, o animal pode ter uma doença pancreática e as  secretina e colecistoquinina (CCK);
enzimas estarem normais.  liberação pela mucosa duodenal;
 estímulo vagal do SNAP (sistema nervoso autônomo
Produção e secreção insuficiente de enzimas:
parassimpático).
 perda de células acinares;
Para que o pâncreas exócrino funcione precisa de alguns
 função digestiva inadequada (má digestão): hormônios, como secretina e colecistoquinina.
Insuficiência Pancreática Exócrina.
Quando tem um problema crônico podemos ter um O neurotransmissor parassimpático é a acetilcolina, o do
segundo tipo de doença, sendo a produção ou secreção simpático é a noradrenalina. O sistema nervoso autônomo
insuficiente de enzimas, se o tecido for lesionado e parassimpático regula a digestão e repouso, o SNAP é
substituído aos poucos por tecido fibroso as enzimas podem ativado e libera os hormônios que ativam as funções do
estar normais ou diminuídas, todas as funções pâncreas, produzindo várias enzimas que ao serem
relacionadas com o pâncreas começam a ficar liberadas na luz intestinal são ativadas.
diminuídas, a digestão do animal não estará normal e
nem o metabolismo de glicose, o exame de ultrassom ajuda
quando as enzimas não estão alteradas. Tripsinogênio, quimiotripsina e procarboxipeptidase
→ luz intestinal → proteólise (quebra a proteína);
A pancreatite crônica também é chamada de insuficiência  a proteína é uma molécula grande e não consegue ser
pancreática exócrina, quando tem a insuficiência captada pela mucosa duodenal e por isso precisa ser
pancreática exócrina temos um grupo de sinais que é quebrada.
chamado de síndrome de má absorção, pois as enzimas Lipase → ativação por sais biliares → lipólise:
pancreáticas ajudam na digestão, se não estão sendo  ideal em condições alcalinas;
liberadas o animal não tem a absorção de nutriente, nas  hidrólise de TGL  AG + glicerol.
fezes terá alimento mal digerido ou fezes gordurosas.  a lipase ao entrar em contato com a bile faz lipólise,
A secreção pancreática é composta de uma mistura de ou seja, quebra glicerídeos em ácidos graxos e glicerol.
enzimas e substâncias diluídas em solução de água e  os triglicerídeos são uma reserva de energia que
bicarbonato; posteriormente são quebrados em ácidos graxos e
glicerol.
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Amilase → catalisa a hidrólise amido e glicogênio → Pede exame laboratorial para avaliar a atividade sérica
maltose e glicose residual; das enzimas, a atividade da tripsina e lipase não são todos
 amilase faz a quebra do carboidrato e glicogênio. os laboratórios que fazem.
Outras funções:
 secreção de lipase;
 secreção de bicarbonato; Não é incomum em cães e gato, podendo ocorrer nas
 facilitação da absorção de cobalamina (vit. b12) demais espécies;
e zinco; Pode ser afetado por processos agudos ou crônicos, que
 secreção de fatores antibacterianos; podem levar a problemas digestivos associados à
insuficiência pancreática;
 modulação da função da mucosa intestinal;
Pancreatite aguda;
 proteção contra a autodigestão;
Insuficiência Pancreática Exócrina (IPE);
É uma doença relativamente frequente principalmente
Lisossomos separados dos depósitos de enzimas; após a ingestão de dietas gordurosas, essa doença pode
Enzimas estocadas como zimogênio; acontecer por processos agudos ou crônicos que pode levar
Inibidor pancreático da secreção de tripsina; a IPE.
Enteroquinase localizada no duodeno;
PANCREATITE AGUDA
Doença de variável intensidade, causando desde discreto
Observa os sinais clínicos e anamnese; edema até necrose do tecido pancreático;
Os sinais clínicos podem ser inespecíficos: depressão, Causas desconhecidas, provavelmente multifatoriais;
anorexia, vômito e diarreia; Fatores associados: obesidade (a obesidade induz o
 um sinal clínico “característico” seria a dor abdominal. organismo a um quadro de processo inflamatório crônico
e afeta as células), dieta desbalanceada rica em gorduras,
 um sinal comum é o animal entrar em cólica com
isquemia tecidual, refluxo biliar, trauma abdominal,
mudança abrupta na dieta, animal pode ter vômito e
hipercalcemia e cálculos pancreáticos, hiperlipemia
diarreia, desidratação e febre (é mais comum em obstrutiva e agentes infecciosos;
animais de meia idade e obeso).
Frequentemente ocorre dor abdominal; Tem animais que desenvolvem episódios de pancreatite com
uma certa frequência, as causas são desconhecidas
Desidratação moderada e febre;
(multifatoriais), geralmente associa com animal que teve
½ idade: idosos e obesos; contato com dietas gordurosas (possivelmente tem fator
Sinais após ingestão de grande quantidade de genético associado).
comida gordurosa;
Laboratorial: atividade sérica de enzimas pancreáticas
digestivas: Liberação de enzimas proteolíticas, glicolíticas e
lipolíticas ativadas.
 amilase;
Ativação de vias inflamatórias: via complemento,
 lipase; cininas, coagulação e sistema fibrinolítico.
 imunorreatividade semelhante à tripsina sérica;
 imunorreatividade da lipase pancreática;

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As enzimas quando liberadas e ativadas aumentam sua
quantidade na corrente sanguínea, ativando um processo Lipoproteína lipase;
inflamatório no pâncreas que faz liberar mais enzimas. Lipemia plasmática;
Geralmente aumenta as enzimas hepáticas também  de ALT, FA e colesterol
(aumenta ALT, FA e colesterol) além das pancreáticas.
Lesão pancreática pode ter lipemia por produzir um fator
clarificador do plasma, o paciente pode estar em jejum e
Dor abdominal aguda, vômitos, apatia e anorexia; continua fazendo lipemia, na pancreatite aguda também
avalia ALT e FA.
Dosagem de amilase, lipase, ALT, FA e colesterol; INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA EXÓCRINA (IPE)
Pancreatite crônica é o resultado de repetidos ataques de
Aumentada 2-12hrs após início do processo; pancreatite aguda com destruição do tecido acinar:
Indicativo de lesão de células acinares e obstrução  secreção insuficiente de enzimas;
de ducto pancreático; Reposição do tecido acinar por tecido conectivo fibroso
Aumento de 3 a 4x a concentração sérica devido (perda de função);
a isoenzimas; Sinais: perda de peso, polifagia e esteatorréia (gordura
É o aumento da amilase e começa a acontecer de 2 a 12 nas fezes, por não ter a produção de lipase, o lipídio
ingerido sai);
horas do início do processo, se aumenta a amilase é porque
 tem polifagia porque tudo o que come não é absorvido
houve um extravasamento das enzimas pancreáticas, e por isso perde peso, sempre analisa as fezes, as
considera pancreatite quando acima 3 vezes do valor de fezes com IPE tem algumas características clássicas, é
referência. pálida porque está cheia de gordura, fica muito fétida
e tem a presença de alimentos mal digerido nas fezes.
Substituição das células lesionadas por tecido fibroso,
Aumentada 4-8 hrs após início processo e perdura nesse caso, se não tem mais tecido viável a produção de
por mais tempo elevada;
enzimas diminui e consequentemente as suas funções são
Problemas com isoenzimas (dosar em conjunto com
amilase e excluir fatores extra pancreáticos); diminuídas em relação a digestão.
Começa a aumentar de 4 a 8 horas e dura por um tempo
maior, o problema é que elas podem normalizar depois de É o exame mais sensível e mais específico para o
um tempo e ao fazer o exame vai ver o aumento de ALT e diagnóstico de IPE;
FA, essas enzimas quando liberadas podem fazer Medição por radioimunoensaio: permite detectar
destruição do tecido hepático. tripsinogênio e tripsina (alta especificidade);
Quando há lesão pancreática ocorre o aumento de
A lipase mostra problemas com isoenzimas, quando está tripsinogênio rapidamente convertido em tripsina no
desregulada tem alteração na absorção, as fezes estarão sangue;
gordurosas, é um sinal digestivo. Espécie-específico: caninos, felinos e equinos;
Dosa a quantidade de tripsina liberada, é um teste
mais especifico, não é eficiente nos ruminantes.
Digestão do fígado e elevação da concentração
sérica de suas enzimas;
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Terapia com dexametasona: terapia com corticoides, a
longo prazo pode induzir em um quadro de
pancreatite.

Leucocitose, neutrofilia, linfopenia;


Hemoconcentração: desidratação;
Azotemia pré renal: por conta da desidratação;
CAUSAS DE AUMENTO - CÃES Hiperstenúria: urina mais concentrada;
Lesão pancreática: pancreatite e obstrução do ducto Hiperglicemia;
pancreático; Hipo ou hiperproteinemia;
Disfunção renal;
 da atividade sérica de enzimas:
Doença gastrointestinal;  ALT/AST: lesão isquêmica ou tóxica de hepatócitos;
Doença hepática;  FA/GGT: obstrução de ducto biliar comum;
Neoplasias; Hiperbilirrubinemia: se tiver colestase;
Doenças uterinas: piometra pode aumentar amilase, Hiperlipidemia: aumenta colesterol e TGL;
porque alguns tecidos também apresentam a capacidade
 aumento de colesterol: hipercolesterolemia;
de produzir zimogênios.
 aumento de triglicerídeos: hipertrigliceridemia;
CAUSAS DE AUMENTO – OUTRAS ESPÉCIES
Lesão pancreática:
 gatos: amilase pode estar diminuída. O pâncreas endócrino é encarregado de manter o
 equinos: discreto aumento, pode ocorrer em cólica ou equilíbrio nutricional do organismo, através do glucagon
disfunção renal; (células α) e insulina (células β);
A liberação de insulina é estimulada pela glicose,
Se ocorrer  3x – LESÃO PANCREÁTICA!
aminoácidos, hormônios (glucagon, gastrina, secretina),
inibida pela hipoglicemia e somatostatina e degradada no
fígado (5-10 min);
Insulina permite entrada de glicose nas células agindo nas
CAUSAS DE AUMENTO
membranas celulares;
Lesão pancreática; A insulina é um hormônio hipoglicemiante, ou seja,
Disfunção renal; guarda a glicose na célula, ao comer aumenta a glicemia
Doença tratada com corticoesteróides; porque está absorvendo o que foi consumido na dieta,
Doença gastrointestinal; depois de um tempo começa a diminuir porque a insulina
avisa a célula que a glicose precisa entrar, mantém uma
Neoplasias: linfoma e hemangiossarcoma;
glicemia normal. Depois que ficou em jejum o glucagon
Se ocorrer  2x – LESÃO PANCREÁTICA! começa a retirar a glicose e aumenta-la na circulação
sanguínea, sendo um hormônio hiperglicemiante, tudo isso

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porque o principal órgão a ser afetado em casos de Cetose bovina, toxemia da prenhez (ovinos);
diminuição de glicose é o sistema nervoso central. Sepse (fase terminal): sepse em fase terminal significa
Diminuição da glicose no líquor é chamado de que as bactérias estão consumindo a glicose;
hipoglicorraquia, o aumento é a hiperglicorraquia. Doenças de armazenamento do glicogênio;
Hipoglicemia neonatal (suínos);
Hipoglicemia juvenil em cães;
Células α  Glucagon;
Neoplasias (insulinoma).
 hiperglicemiante;
Hipoglicorraquia: pode suspeitar de infecção no
Células β  Insulina; sistema nervoso central.
 hipoglicemiante;
Células δ  Somatostatina;
Células PP  Polipeptídeo Pancreático; Hiperglicemia pós-prandial: monogástricos;
Diabetes melitus:

 tipo 1: destruição imunomediada de células β;
Absorção intestinal;
 tipo 2: prejuízo à função das células  menor
Produção hepática: glicogenólise e gliconeogênese; capacidade de síntese, resistência tecidual, deposição
de amilóide, ligado à obesidade;
Produção renal: atividade mínima;
Controle da concentração: Existem dois tipos de diabetes melitus, a tipo 1 tem um dano
 tempo após a última refeição;
imunomediado das células beta, trata administrando
insulina por ter a diminuição da sua produção, no tipo 2
 influência hormonal;
tem uma alteração na captação da glicose, a célula não
 uso da glicose pelos tecidos periféricos;
consegue utilizar.
A glicose vem de absorção intestinal, produção hepática e
Alta concentração de glicocorticoides:
pequena produção renal, a concentração é controlada pelo
tempo após a última refeição, hormônios e a quantidade  tratamento com corticóides ou menor produção
endógena (estresse, hiperadrenocorticismo);
que foi usada nos tecidos periféricas.
Alta concentração de catecolaminas:
 exercício físico, medo, dor ou tumores da adrenal;
Menor absorção: inanição, síndrome de má absorção; Alto teor de hormônio do crescimento:

Maior produção/dose insulina: neoplasia, iatrogênica;  adenoma de pituitária;


Neoplasia pancreática;
Hipoadrenocorticismo;
Pancreatite;
Hipotireoidismo;
Aumento da produção de progesterona;
Deficiência do hormônio do crescimento;
Medicamentos;
Insuficiência hepática;
Doença grave ou estresse: ovinos;
Shunt portossistêmico com hepatopatia grave;
Cólica: equinos;
Esforço físico extremo;
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Hipertireoidismo; Testes de tolerância à glicose: VO ou IV;
Dosagem de insulina sérica;

DIABETES TIPO I
Aumento do VG e PTP: hemoconcentração;
Deficiência do pâncreas em produzir insulina, sendo
seu tratamento a administração exógena de insulina. Leucograma de estresse ou inflamatório;

Fatores predisponentes: genética, gestação, Azotemia pré-renal ou renal;


pancreatites, alterações hormonais, obesidade, Diurese osmótica;
medicamentos (glicocorticoides);
Piúria, hematúria e proteinúria;
Perde a capacidade de produzir a insulina,
animal diabético tem hiperglicemia porque não Aumento de atividade enzimática hepática e
tem insulina para captar a glicose. pancreática;

DIABETES TIPO II Hiperbilirrubinemia;

Apresenta níveis séricos normais de insulina e ocorre Hiperlipidemia;


mais em animais velhos e obesos; Cetonemia e cetonúria;
O aumento de tecido adiposo parece ter influência na  comum: glicosúria e cetonemia, tem cetose por não
inibição da ação da insulina nos seus receptores;
conseguir utilizara glicose como fonte de energia e
Tratamento: dieta + hipoglicemiantes e começa a movimentar o lipídio, ao quebrar lipídio em
monitoramento para não evoluir para tipo I; excesso e forma os corpos cetonicos.
Pode evoluir para a tipo 1, a insulina está normal, Acidose metabólica;
o problema é que a célula não consegue captar a
glicose, quando tem diabetes tipo 2 é como se a Animal diabético tem hiperglicorraquia por ter
célula perdesse a capacidade de absorver a glicose, hiperglicemia, pois o LCR é um filtrado do plasma.
é o mais comum.
O aumento de tecido adiposo parece estar
relacionado com essa interferência, tratamento é GLICOSE
mudando a dieta porque o animal está em
hiperglicemia, além disso, também utiliza Jejum de 12 hrs;
hipoglicemiantes (o problema é que a longo prazo, Hiperglicemia: diabetes melito, animais anestesiados,
começa a ter deficiência na produção de insulina,
animais em choque, pancreatites;
o organismo entende que não precisa produzir
mais insulina). Hipoglicemia: aumento de insulina (tumores), cetonemia
(vacas leiteiras e ovelhas gestantes), hipoglicemia dos
leitões;

COLESTEROL
Anamnese e sinais clínicos;
Uso de lipídios como fonte de energia;
Resultados de testes laboratoriais;
Diferenciar causas de hipo ou hiperglicemia; Hipercolesterolemia: diabetes melito, dieta rica em
gorduras, hipotireoidismo, na icterícia obstrutiva e
Dosagem da glicose sanguínea;
pancreatites, doença renal crônica, hepatopatia c/
Curva glicêmica; hipoalbuminemia;
Análise de glicose na urina;
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Hipocolesterolemia: hepatites graves, hipertireoidismo, Antioxidantes: vitamina A e E;
caquexias e anemias graves; Digestiva: sais biliares;
Sugere se os lipídios estão sendo mobilizados. Em suspensão em fluidos: solventes polares;

Ingestão calórica excessiva;

Disfunções metabólicas;

Prejuízo da função lipídica;

Os lipídeos apresentam as funções de proteção


contrachoque, isolamento térmico, reserva de energia,
vitaminas lipossolúveis e constituinte da membrana
celular. Ácidos graxos de cadeia longa (AGCL);

Compostos químicos orgânicos naturais; Triglicerídeos (TGL);

 carbono, hidrogênio e oxigênio; Colesterol;

 fósforo, nitrogênio e enxofre;  HDL e LDL é usado na medicina humana para avaliar
colesterol.
Biomoléculas insolúveis em água e solúveis
em solventes orgânicos como cetona, éter,
etanol; TRANSPORTE LIGADOS À PROTEÍNA
Grupo heterogêneo de substâncias: Lipoproteínas colesterol e TGL;
 gorduras, ceras, esteróis, vitaminas lipossolúveis e Esses lipídios não circulam sozinhos na circulação
fosfolipídios.
sanguíneo (apenas uma pequena parte consegue
Atuação em diversas funções orgânicas;
circular sem estar ligado a alguma substância), eles
Fonte altamente calórica de estocagem de
energia; ficam ligados a uma lipoproteína que tem a função
 períodos de jejum e atividades aeróbias; de carrear esse lipídio.
Manutenção da integridade celular; O lipídio ao ser acoplado com uma enzima proteica
Hidrofóbicos: barreiras semipermeáveis; para fazer o transporte, pode ser chamado de
lipoproteína ou apoproteína.
Ao entrar em privação energética faz mobilização
dessas reservas de energias. TRIGLICERÍDEOS
No tubo coletor, o lipídio fica sobrenadante. Valores de referência:
 caninos: 20 a 112 mg/dL.
FUNÇÃO DOS LIPÍDIOS
 felinos: 10 a 114 mg/dL
Reserva de energia e combustível celular;
Composição da membrana; LIPÍDEOS TOTAIS
Isolamento e proteção de órgãos: traumas; Valores de referência:
Isolante térmico;  caninos: 400 a 960 mg/dL
Hormonal;
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 felinos: 380 a 700 mg/dL ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA LONGA (AGCL)
Representam os blocos que compõem os TGL:
 3 AGCL + 1 glicerol = TGL;
Podem ser absorvidos no TGI: triglicerídeos
epitélio intestinal;
Síntese hepática, tecido adiposo e glândula
mamária: glicose ou acetato;
 glicose: precursor em não ruminantes;
 acetato: precursor em ruminantes;

Os AGCL têm uma absorção no TGI, porém também


podem ser formados de forma endógena pela síntese
hepática, glândula mamária e tecido adiposo, o
Eicosanoides sao mediadores inflamatorios, organismo consegue fazer essa síntese mediante a uma
a partir deles temos o desencadeamento
privação energética.
da inflamacao.
Não ruminantes os AGCL formam a glicose, nos
ruminantes formam acetato.
Síntese estimulada ou inibida por
alterações na produção de hormônios;
 Alta produção de insulina;
 Baixa produção de glucagon;
Os AGCL podem ter sua síntese estimulada ou inibida
pela insulina e glucagon, a insulina é hipoglicemiante
porque retira a glicose da circulação sanguínea,
enquanto que o glucagon retira a glicose da célula e
joga na corrente sanguínea, o glucagon ao aumentar
Ao ingerir um alimento rico em gordura, para que
também irá fazer a mobilização de lipídios.
seja absorvido o organismo realizará a quebra dessa
gordura através da lipase pancreática, quebrando Privação alimentar:

essas moléculas.  TGL tecido adiposo  AGCL  corrente sanguínea


 tecidos  energia;
No estomago os lipídios já são quebradas em micelas,
 AGCL circulantes – hidrossolúveis (albumina);
essas micelas são quebradas pela lipase pancreática,
formando os ácidos graxos de cadeia longa,  fígado e músculo estriado – oxidação (AcetilCoA);
monoglicerídeos e glicerol, estes são absorvidos e ao Os triglicerídeos armazenados no tecido adiposo são
entrar no enterócito viram triglicerídeos novamente, mobilizados e caem na circulação sanguínea, sendo
para cair na corrente sanguínea esses TGL precisam utilizados pelo organismo principalmente pelo músculo
estar ligados a uma proteína transportadora estriado e fígado.
(apoproteína) e forma os quilomícrons, os TGL
circulam na forma de quilomícron.

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Os AGCL que estão circulantes têm uma cadeia um Forma específica de lipídios presentes
apenas no tecido animal;
pouco mais hidrossolúvel e podem ser transportados
Síntese hepática ou absorção intestinal;
pela albumina.
Lipossolúvel: transporte ligado à proteína
TRIGLICERÍDEOS (TGL) – TRIACILGLICERÓIS (lipoproteína);
Utilização: córtex adrenal, ovários e testículos –
3 AGCL + glicerol;
hormônios esteroides;
Principais lipídeos do tecido adiposo:
Componente da membrana celular;
estocagem de gordura;
Conversão em ácidos biliares;
Síntese principalmente no tecido adiposo,
fígado, glândula mamária e intestino Excreção biliar inalterada;
delgado; valores de referência
Controle orgânico:
 caninos: 125 a 270 mg/dL.
 equilíbrio entre absorção (ID), síntese e secreção
(hepatócitos) e absorção no tecido adiposo;  felinos: 80 a 205 mg/dL.
 gordura da dieta e hormonal;  equinos: 75 a 150 mg/dL.
Os quilomícrons são levados aos adipócitos sendo  bovinos: 80 a 100 mg/dL.
armazenados, quanto mais obeso o animal maior será
É um tipo de reserva de lipídios presente nos animais, o
sua energia guardada no tecido adiposo, e esse excesso
colesterol pode vir da absorção intestinal pela dieta ou
de gordura faz um processo inflamatório crônico que
por uma síntese hepática.
pode induzir a tumores.
Os lipídios são transportados por uma apoproteína, são
Consumo gordura: AGCL e monoglicerídeos;
importantes para a produção de adrenalina e
Quando tem o consumo de gordura ocorre a formação de hormônios sexuais.
mobilização de ácidos graxos e monoglicerídeos através Temos dois tipos de colesterol:
de uma enzima chamada lipase, ao serem quebrados
1. “colesterol bom”, retira todo o colesterol que
adentram o hepatócito e viram TGL, que se transforma
não é usado de dentro da célula.
em quilomícrons (recombinação dos TGL com a
proteína transportadora), a insulina aumenta a síntese 2. “colesterol ruim”, faz a circulação do
de lipídio no tecido adiposo e o glucagon ajuda a colesterol podendo formar os ateromas nos vasos.
quebrar essa reserva energética. A diferença dos dois é que o HDL e LDL são as
Lipase; apoproteínas que fazem o transporte do colesterol. O
Quilomícrons: HDL tem uma densidade mais alta e retira o excesso de
 recombinação: TGL + proteínas; colesterol na circulação e leva até o fígado que o
transforma em sais biliares. O LDL só transporta o
 catalisador: lipase;
colesterol, o colesterol não é excretado como sais biliares
 enterócitos;
e fica circulando, podendo parar na parede sanguínea
 insulina:  síntese no tecido adiposo; e formar um ateroma, consequentemente pode gerar o
 glucagon:  síntese no tecido adiposo; entupimento da parede pela obstrução.
COLESTEROL
LIPOPROTEÍNAS
Pode ser dosado.

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Moléculas de proteína combinadas com  Cães, gatos e equinos têm predominantemente colesterol
lipídeos: apoproteínas; HDL.
Função na absorção da lipoproteína no Frações por eletroforese: • 1 e  2; β1 e β 2;
organismo;
Frações por ultracentrifugação:
Frações:
 VLDL – lipoproteína de densidade muito baixa;
 VLDL – lipoproteína de densidade muito baixa;
 LDL – lipoproteína de densidade baixa;
 LDL – lipoproteína de densidade baixa
 IDL – lipoproteína de densidade intermediária;
 IDL – lipoproteína de densidade intermediária;
 HDL – lipoproteína de alta densidade;
 HDL – lipoproteína de alta densidade;
 Quilomícrons – densidade menor que VLDL;
 Quilomícrons – densidade menor que VLDL;
Pode fazer a separação por ultracentrifugação ou
valores de referência eletroforese, na veterinária normalmente vem apenas o
 caninos: 400 a 960 mg/dL. colesterol total.
 felinos: 380 a 700 mg/dL. valores de referência
 caninos: 31 a 71 mg/dL
 felinos: 20 a 40 mg/dL
valores de referência
 caninos: 40 a 78 mg/dL
 felinos: 40 a 86 mg/dL

A gordura da dieta começa a ser quebrada pelo ácido do


estômago, a vesícula biliar faz a emulsificação da gordura,
ao tirar a vesícula biliar tudo que é formado no fígado cai
direto no intestino, ao comer comida gordurosa não tem bile
suficiente para emulsificar a gordura resultando em
diarreia.
As micelas são quebradas e forma TGL, os TGL tem que
serem quebrados formando AG e glicerol que são absorvidos,
nos enterócitos viram TGL e se juntam com a apoproteína

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formando os quilomícrons, logo após são levados para o tecido  a hiperlipidemia fisiológica é quando acaba de fazer a
adiposo. ingestão de alimentos, conforme tem a absorção do
que foi ingerido, os quilomícrons estarão na circulação,
Se a vaca está produzindo leite e tem uma mobilização
é a hiperlipidemia pós-prandial, deve cessar
energética grande, mas não tem a ingestão correta, ela
até 8 horas, pede 12 horas de jejum para fazer o
entra em cetose.
exame.
Hiperlipidemia primária ou distúrbio secundário:

– [ ] plasmática não é medida;  primária: anomalias genéticas (animais de raça


pura);
– bioquímico sérico;
 secundária: acompanha outras doenças (quando
 espectrofotometria; uma outra doença altera o metabolismo do lipídio).
– Medicina Veterinária? Nem sempre: lipemia;

Pós-prandiais (fisiológica)
Hiperlipidemia Primárias
Aumento dos lipídeos circulantes (AG, colesterol e TGL);
Secundároas
Quando tem hiperlipidemia pode gerar a lipemia, a lipemia é
um achado laboratorial, ou seja, o plasma está cheio de HIPERLIPIDEMIA FISIOLÓGICA
quilomícrons que ficam na circulação, mas não são todas
vezes que tem hiperlipidemia tem lipemia. Comum pós prandial –  [ ] quilomícrons
circulantes;
Dislipidemias
 se intensifica de 1 a 2 h após a refeição;
Distúrbio do metabolismo dos lipídeos;
 valor máximo: 6 – 8 hs;
Toda vez que tem hiperlipidemia tem dislipidemia, mas nem
toda dislipidemia é uma hiperlipidemia.  16 hs: dietas gordurosas;
 jejum: 12 hs;
Lipemia
 plasma ou soro lipêmico: TGL;
Achado laboratorial (turbidez no soro);
 ruminantes: jejum desnecessário;
↑ quilomícrons ou triglicerídeos;
Aumento da concentração sérica de triglicerídeos, HIPERLIPIDEMIA PATOLÓGICA PRIMÁRIA
colesterol ou ambos;
Doenças ou anomalias genéticas;
Pode ser um processo patológico ou fisiológico;
Pequenos animais: raças puras;
Geralmente ocorre quando há interferência no Animais de ½ idade a mais velhos;
metabolismo de lipoproteínas;
 teores de TGL, colesterol e quilomícrons no
soro;
Hiperlipidemia crônica:
 distúrbios secundários: pancreatite e convulsões;
Raças: Schnauzer (principalmente o miniatura, tem uma
Aumento na [ ] sérica de TGL, colesterol ou ambos; deficiência da apoproteína), Doberman, Rottweiller e
felinos.
Processos fisiológicos ou patológicos;

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Anomalia hereditária da lipoproteína os lipídios da circulação sanguínea, mas também
lipase ou da apoproteína CII: Schnauzer pode ter colesterol normal.
miniatura;
Hipotireoidismo
Hipercolesterolemia e [TGL] normais:
Doberman e Rottweiller; TG e COL
Gatos:
↓ Lipoproteína lipase.
 hiperlipidemia de jejum primária: condição
↓ Lipase pancreática.
hereditária de característica autossômica recessiva;
 menor atividade ou incapacidade da lipase; ↓ Excreção biliar.
 quanto mais pura a raça e mais recessivo for, tem ↓ Receptores LDL hepáticos.
uma atividade baixa da lipase ou tem uma alteração da Pode ter alopecia na região do rabo, animal fica
funcionalidade, não consegue fazer a quebra de lipídio apático, o tratamento é a reposição do hormônio
direito.
Diabetes mellitus

HIPERLIPIDEMIA PATOLÓGICA SECUNDÁRIA ↓ Lipoproteína lipase.


Doenças que interfiram no metabolismo de ↑Lipase hormônio sensível (lipólise).
lipídios, pode ser por hipotireoidismo,
hiperadrenocorticismo (aumento de
↑Síntese de colesterol.
cortisol faz a pele ficar mais flácida e fina, ↓ Afinidade LDL receptores.
consegue ver os vasos se faz um tratamento
a longo prazo de corticosteroides). ↓ Remoção de VLDL.
Hipotireoidismo: hipercolesterolemia; Também provoca dislipidemia, normalmente tem
hipertrigliceridemia, mas pode ter aumento de
Diabetes melito: hipertrigliceridemia
colesterol também, porque tem menor lipoproteína
(hipercolesterolemia também pode ocorrer) – insulina e
lipase.
lipase;
Hiperadreconorticismo: hipercolesterolemia;
Não consegue utilizar a glicose e faz quebra de
lipídio, causando um emagrecimento progressivo, o
Pancreatite: DM ou colestase? excesso de glicose faz precipitação do cristalino.
Doenças hepáticas: hipercolesterolemia (colestase); Obesidade
Síndrome nefrótica: hipercolesterolemia
(proteinúria) - se perde proteína perde TG
consequentemente as apoproteínas, aumentando o
↓ Lipoproteína lipase.
colesterol.
Resistência à insulina.
Medicamentos: hipertrigliceridemia (doxorrubicina);
Causa uma dislipidemia por aumento de
Hiperadrenocorticismo
triglicerídeos, tem processo inflamatório crônico e
TG e COL sobrecarga na articulação, inicialmente leva a
diabetes tipo 2 pela resistência à insulina.
↓ lipoproteína lipase.
↑lipase hormônio sensível (lipólise).
↑síntese de VLDL. Hipocolesterolemia: mais comum;
75% dos casos. Doenças hepáticas: cirrose;

Provoca hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia, Menor produção de colesterol;


quando tem hiperadrenocorticismo pode acontecer Síndrome da má absorção ou da má
em 75% dos casos a uma dislipidemia, aumentando digestão:

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 insuficiência das células acinares:
hipotrigliceridemia;
Relacionada à anormalidades do
 a síndrome de má absorção também metabolismo hepático de gorduras;
chamada de IPE, diminui a função
Vacas leiteiras lactantes, gatos obesos com
pancreática e as enzimas, principalmente anorexia e pequenos equídeos miniatura
afeta a lipase, com isso, não absorve lipídio, anoréticos;
animal apresenta esteatorreia e má
absorção  importante complicação em gatos obesos com
anorexia por mais de 2 dias;
Mais comum em doenças hepáticas crônicas por
Vacas: pode ocorrer evolução para cetose;
diminuir a síntese de colesterol pelo fígado.
Mais comum acontecer com gato em anorexia, o
tecido hepático é substituído por tecido gorduroso,
com isso, perde a função hepática.
Mobilização da reserva adiposa periférica;
Gato com anorexia a mais de dois dias entram em
Menor oxidação hepática: TGL em lipoproteínas;
lipidose.
Lipólise excessiva;
Vacas ao entrar em lipidose entram em cetose e
Cachorro com diabetes não consegue utilizar a glicose podem vir a óbito.
e entra em lipólise, ocorre a quebra dos TGL em AG
que estava no tecido adiposo e, logo após, são
convertidos em acetil-CoA.
Quando convertido no processo de cetogênese, o
acetoacetil-CoA é quebrado em acetoacetato que libera
acetona e -hidroxibutirato.
O animal tem hálito cetônico e entra em cetonemia e
cetonúria, se não mudar a dieta pode entrar em  Quando pensa na análise de líquidos cavitários, é normal
existir líquidos em algumas cavidades, como por exemplo a
inanição e vir a óbito, a formação de corpos cetônicos é
articulação, sendo normal uma pequena quantidade de
quando mobiliza a reserva energética com oxidação líquido.
dos TGL.
 O normal de um líquido cavitário é estar em uma pequena
quantidade, esse liquido na cavidade tem o aspecto
parecido com uma “lágrima”, ou seja, transparente,
límpido, pouca quantidade de células e entre outras
características, o problema é o aumento desse líquido.
 O acúmulo de líquido em uma cavidade é chamado de
efusão.

 Componente mais abundante dos líquidos corpóreos;


 60% adultos e 75 % filhotes;
 Intracelular (40%) ou extracelular (20%);
 Compartimento extracelular:
 intersticial;
 transcelular;
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 plasmático; Efusão é o acúmulo inapropriado de
fluidos no organismo.

 Sentido e quantidade  dependem das pressões  É incolor ou levemente amarelado e tem que ser asséptico.
hidrostáticas e oncóticas dos capilares e tecidos;  O objetivo do fluido é ajudar na movimentação das
 Filtração dos fluidos dos capilares para o tecido e estruturas, facilitar a movimentação de vísceras, o
reabsorção capilar; movimento articular e etc.
 o líquor protege de traumas (diminui o impacto).
 Temos fluidos cavitários em várias cavidades, mas sempre
em pouca quantidade.
 Toda vez que coleta líquido de alguma cavidade tem que
tomar muito cuidado, pois casos não seja realizada a
assepsia de forma correta, irá levar contaminantes para
dentro dessa cavidade.
 deve ser feita a tricotomia, em ambiente hospitalar (de
preferência) e uma antissepsia adequada, deve ser o
mais asséptico possível.

 Obstrução linfática;
 Aumento da permeabilidade capilar;  Ascite (acúmulo de liquido na cavidade abdominal)
 Diminuição da pressão oncótica capilar;  Dor abdominal;
 Aumento da pressão hidrostática capilar;  Dispneia se tiver fluido na cavidade torácica.
Podemos ter problema nessas trocas, como obstrução  Abafamento de sons cardíacos (líquido no saco
linfática, aumento da permeabilidade capilar na pericárdico).
inflamação, diminuição da pressão oncótica (importante  Arritmia cardíaca;
em proteína).

 A classificação é feita com base na característica


 Normais; do líquido e no tipo de líquido:
 Pequeno volume; 1. característica do líquido: se é uma efusão
 Asséptico; que tem uma característica mais próxima do normal ou se
 Translúcido ou amarelado; é completamente alterada.
 Pouca quantidade de células; 2. tipo de líquido: é a sua origem.

 Função de lubrificação e favorecer a movimentação  Saber o tipo de fusão é importante para saber a
visceral; fisiopatogenia da doença.
 Cavidade abdominal/peritoneal;
 Cavidade torácica/pleural;
 Dependente da fisiopatologia do processo de formação;
 Saco pericárdico;
 Diagnóstico;
 Cavidade articular/sinovial;
 Prognóstico;
 Espaço subaracnóideo – LCR;
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 Refratometria ou espectrofotometria: pode utilizar a fita
ou exames bioquímicos feito no espectrofotômetro.
 Preparação do local cirurgicamente: tricotomia e
antissepsia;  Glicose – 60 a 80% da glicemia;
 Anestesia local*;  bactérias.
 Abdominocentese/paracentese;  a glicose para o líquido sempre de 60 a 80% da
glicemia, ou seja, se o paciente tem hiperglicemia, essa
 Toracocentese;
glicemia alta também estará no líquido.
 Pericardiocentese;
 no caso do líquor, o aumento de glicose é chamado de
 Coleta de líquor faz anestesia geral! hiperglicorraquia, diminuído é hipoglicorraquia.
 se o paciente é diabético pode ter hiperglicorraquia.
 compara com a glicose do plasma e a do soro.
 1 amostra com EDTA (3 ou 10%) e 1 amostra sem
 quando tem uma infecção bacteriana do liquido pode
anticoagulante;
diminuir a glicose pelo consumo pelas bactérias.
 Agulha e seringa – 10 mL;
 Coagulação.
 Análise rápida;
 ácido acético;
 Identificação;
 feito com uma proveta, coloca água com um pouco de
 tipo de fluido e local! ácido acético e pinga uma gota do líquido, se a gota
encosta no fundo é coagulação positiva, se some é
coagulação negativa, a positiva tem plaquetas.
 pH;
 Creatinina/potássio – uroperitôneo;
 ao suspeitar de obstrução ou ruptura de bexiga pode
dosar creatinina, potássio, fósforo e etc.
 TGL e colesterol: efusões esbranquiçadas;
 avalia a presença de lipídios, quando olha uma efusão
esbranquiçada suspeita de lipídios, fica parecido com
o plasma lipêmico.
 Bilirrubina: ruptura ou extravasamento de bile como
 Volume: quanto foi tirado, caso o paciente tenha um colestase;
volume grande como ascite e realizada a retirada tudo de  Lipase/amilase: pancreatite;
uma vez, o animal pode vir a óbito por diminuir ainda mais
a proteína.
 Cor;  Quantitativo: contagem de células, coagulação;
 Aspecto – turbidez;  Qualitativo: tipo e morfologia celular, bactérias, etc;

 Densidade – solutos;

 Classificados de acordo com o conteúdo proteico e


contagem de células:
 Avaliação de proteínas;

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 Mais relacionado a processos inflamatórios.

 Transudatos ricos em proteína

 Cor variável;
 Aspecto turvo ou ligeiramente turvo;
Transudatos pobres em proteína
 Quantidade moderada de proteínas (2,5 – 5,0
 Baixo conteúdo proteico (< 2,5 g/dL); g/dL);
 hipoproteinemia (hipoalbuminemia).  Densidade: 1017 – 1025;
 Baixa contagem de células (<1500  L-).  Celularidade média: 1000 – 7000  L -1;
 diferentes tipos celulares;  Tipos de células:
 Baixa densidade;  mesoteliais;
 pH alcalino;  neutrófilos íntegros;
 poucas hemácias, linfócitos e macrófagos;
 Exemplos:
 estase portal hepática;
 distúrbios CV – ICC e hipertensão venosa
portal;
É o mais próximo do normal, também chamado de
 neoplasias;
transudato pobre em proteína.
 transição para inflamação tecidual;
 Causas:  ruptura de bexiga/ vesícula biliar;
  da pressão oncótica;  hemorragias intra-cavitárias.
  da pressão hidrostática vascular; Formado quando tem uma passagem/migração do

  da permeabilidade vascular; transudato puro para exsudato, aumento da pressão


hidrostática venosa, tem uma maior quantidade de células,
 Exemplos:
neutrófilos íntegros e etc.
 hipoalbuminemia, IH (cirrose hepática), nefropatias,
enteropatias, deficiência nutricional; Provocada por doenças hepáticas, cardiovasculares,
 raros em gatos, equinos e bovinos. processos neoplásicos e entre outros.

Causado por hipoproteinemia (mais comum, principalmente Hemorragia dentro da articulação pode vir levemente
a albumina, que é a ascite encontrada). avermelhada ou vermelha.

Nefropatia pode fazer por perda proteica, enteropatias pela


perda de proteína e deficiência nutricional por não ter a
ingestão de proteína, mais comum em cães. Aumento da permeabilidade capilar
secundário à inflamação ou ao estímulo
quimiotático (infecção).

 Cor: variável;
Condição intermediária (entre puro e
exsudato) ou principal condição no aumento
 Aspecto: turvo;
da pressão hidrostática venosa.  Grande quantidade de proteínas (> 5,0 g/dL);

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 Densidade: > 1025;  Tipos:
 Inflamação:  permeabilidade vascular que permite ao  efusão quilosa;
plasma exsudar do sangue;  pseudo-quilo;
 migração de leucócitos;  efusao hemorragica;
 mediadores inflamatórios;
 efusao neoasica;
 Alta celularidade:
 efusao biliosa;
 células mesoteliais;
 neutrófilos degenerados;  uroperitonio;
 hemácia variável;
 macrófagos ativados;
 bactérias; Quilo
 Asséptico:
 Linfa rica em quilomícrons oriundos de lipídios da
 ruptura de bexiga e vesícula biliar;
dieta, processadas no intestino e transportados para
 pancreatite necrótica;
vasos linfáticos;
 neoplasia;
 Quilotórax ou quiloabdome (quiloperitônio);
 Séptico:
 ruptura TGI;  gatos, cães e equinos;
 peritonite traumática;  Constituídos principalmente de TGL;
 cólica equina;  turvo, branco ou róseo;
 processos sépticos;  Lesão de vasos linfáticos entre intestino delgado e veia
Geralmente por processos inflamatórios, podendo cava torácica;
apresentar leucócitos e mediadores inflamatórios, os É a formação do quilo, ou seja, o líquido é rico em
neutrófilos começam a estar degenerados pelo processo quilomícrons. O quilo é o bolo de gordura formado
infeccioso, é um líquido séptico. durante a digestão que é absorvido e forma os

Pode ser asséptico ou séptico, se tem um trauma e a bexiga quilomícrons, o plasma fica esbranquiçado por estar cheio

estava repleta e rompeu a bexiga, vai ser asséptico, se for de quilomícrons.

por um processo obstrutivo e rompeu a bexiga pode ser Na efusão quilosa temos quilomícrons, pode ser no
séptico. abdômen ou tórax, não pode ter na articulação.
O quilo é constituído principalmente de
triglicérides, o pseudo-quilo é constituído
principalmente por colesterol.
Pode ser turvo, branco ou levemente rosinha por algum
sangramento.

Quilo torácico

 lesão de vasos linfáticos, trauma, obstrução,


doenças CV, neoplasia, dirofilariose, hérnia diafragmática,

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torção pulmonar, granuloma fúngico, tosse crônica, vômito  não contém quilomícrons e não tem [TGL]
ou causas idiopáticas; aumentada;
 pode ser por dirofilariose, tosse crônica. e entre outros,  sem descrição em mamíferos domésticos;
esse líquido está no tórax ou no abdômen.  alta [Colesterol] – degradação de membranas
 no abdômen é menos comum, mas também pode ser celulares ou aprisionamento de lipoproteínas;
por neoplasia, problemas hepáticos e etc.
O pseudo-quilo é mais raro de acontecer. Na
 Afghan Hound; pseudoquilosa por ter muito colesterol não tem
quilomícrons, os TGL não estão aumentados, pode ter a alta
concentração de colesterol por degradação de membrana
celular ou aprisionamento de lipoproteína, não tem
descrição em mamíferos domésticos.

• extravasamento de linfa
Ascite quilosa

 Menos comum;
Efusão • coloração esbranquiçada
ou rosada

 neoplasia intrabdominal, esteatite, cirrose biliar,


quilosa • + [TGL]
• - [colesterol]
• (no soro)
ruptura ou derramamento de linfa, acúmulo pós-
operatório após ligadura do ducto torácico ou
anormalidades linfáticas congênitas;
• acúmulo de colesterol
Pseudo- no fluido
• - [TGL]
quilo • + [colesterol]
• (no soro)

Quilo X Pseudo-quilo

 Condição mais rara;



 Pleurite ou peritonite crônica;
 fluido turvo, avermelhado, com muitas hemácias;
Dosa os TGL e o colesterol e compara com o
plasma, se comparou com o plasma e os TGL  hemorragia patológica X contaminação da
do líquido são maiores do que o do plasma é colheita;
uma efusão quilosa, se o colesterol do
líquido maior do que o do plasma é uma
efusão pseudo quilosa.

 Fluidos que macroscopicamente se assemelham às


efusões quilosas;
 coloração branca a cremosa e turva;

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 ruptura neoplásica, intoxicação por  Comparar com hematócrito;
anticoagulante ou por traumatismo;  Crônico: xantocrômico – hg  bilirrubina;
É um líquido avermelhado ou vermelho com muita
hemácia, diferencia um processo hemorrágico por alguma
doença ou por puncionar o vaso através da centrifugação,  Observa o tipo de célula, pois tem uma alta especificidade
ao centrifugar se tem contaminação de colheita forma o por ver a célula neoplásica, o problema é que as vezes
não aparece a célula.
sobrenadante da cor do plasma, se é um processo
 Transudato modificado ou exsudato;
hemorrágico o sobrenadante é avermelhado.
 Avaliação citológica: células neoplásicas;
ex.: puncionou a articulação de um cavalo e o líquido veio
cheio de hemácias, tem como saber se é aguda ou crônica.  linfoma, carcinoma;
Na hemorragia crônica o líquido tende a ser  células mesoteliais;
levemente alaranjado pois a hemácia é liberada, é clivada e  Baixa sensibilidade e alta especificidade;
produz a hemoglobina, vem alaranjada que é o
xantocrômico. Se ao puncionar vier rosado é
hemorragia aguda.  Presença de bile na cavidade peritoneal: resposta
inflamatória asséptica  séptica;

• avermelhado
 Comparar com bilirrubina sérica;
• eritro ou leucofagocitose  pigmento biliar;
Efusão • sem plaquetas
hemorrágica • não coagula  neutrófilos e mesoteliais;
• presença de
hemossiderina
 > [proteína];
Pode ter o extravasamento de bile na cavidade abdominal,
geralmente asséptica, mas pode virar séptica.
• sobrenadante claro Pode encontrar neutrófilos e os pigmentos biliares,
• botão de hemácias
Acidente de • presença de
compara com a bilirrubina sérica para saber se é biliosa ou
punção plaquetas não.
• coagula

Se no líquor aumentar a proteína, o excesso de proteína no  Urina no peritônio  irritação química;


líquor indica lesão neurológica, pode ou não ter sinal  Baixa quantidade de proteína  diluição da urina;
clínico, não apresenta plaquetas porque estão sendo  traumas, urolitíase ou neoplasias;
consumidas tentando controlar a hemorragia.

Faz o hemograma para comparar, se o valor estiver


próximo do hematócrito é por punção.
É o extravasamento de urina na cavidade, pode encontrar
 Geralmente a amostra não coagula; no líquido abdominal espermatozoides em machos, cristais,
 Eritrofagocitose; cilindros, hemácias pelo rompimento da bexiga, pode

 Ausência de plaquetas; acontecer por trauma, urolítiases e etc, a proteína tende a


estar baixa ou normal por diluir.
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Para confirmar se é uroperitônio, faz a dosagem para CTCN: contagem total de células nucleares.
diferenciar a bilirrubina, creatinina, ureia, fósforo, tudo o
A leucocitose com neutrofilia mostra um processo inflamatório
que deveria estar na urina pode ser encontrada no líquido. ou infeccioso acontecendo, principalmente pela inversão de
Toda vez que a urina entra em contato com qualquer
neutrófilos.
tecido que não seja da via urinária tende a fazer um A creatinina está aumentada então temos um quadro
azotemia, os líquidos tem a coloração e turbidez alteradas, a
processo inflamatório que costuma ser grave pela irritação
densidade está diminuída (transudato puro).
química.
A proteína sugere exsudato, as hemácias aumentadas é uma
característica de exsudato, no CTCN tem um aumento de
Celularidade de inflamação ou neutrófilos, sendo que o esperado seriam os linfócitos, a
exsudato glicose está aumentada o que mostra que o animal tem
hiperglicemia, pode ter hiperglicemia pela obstrução uretral
 característica de urina; devido a dor, que libera adrenalina e causa hiperglicemia. É um
líquido séptico devido a presença de bactéria.
 população mononuclear, neutrófilos, pouco
Tem mais característica de exsudato, a
degenerados, presença ou não de bactérias; efusão é por uroperitônio devido a
 resposta inflamatória  exsudato; creatinina, a coloração avermelhada é
decorrente da ruptura de bexiga, a bactéria
 ; pode ser por infecção ascendente da
obstrução, é uroperitônio com sangramento.
2. Cão, macho, 4 anos, chegou para atendimento com
1. Bovino, macho, Nelore, 3 anos, chegou para dificuldade respiratória. Interprete os resultados dos

atendimento apresentando obstrução uretral. exames, classifique o líquido cavitário de acordo com a
origem e suas características.
Hemograma: eritrograma normal e leucocitose
com neutrofilia. Hemograma: eritrograma normal e leucograma
Bioquímicos: creatinina 15,3 mg/dL. normal.
efusão abdominal referências Bioquímicos: ALT 45 (17-87), FA 87 (12-110),
albumina 3,3 (2,1-4,3), glicose 98 (70-110),
Volume 10 ml - colesterol 150 (130-370), TGL 98 (<250).
Cor avermelhado incolor efusão torácica
Aspecto turvo límpido Volume 5 ml
pH 7,2 7,1 – 7,6 Cor branca
Densidade 1013 - Aspecto turvo
Proteínas 43 g/dL - Densidade 1028
Hemácias 14/campo 0 – 5/campo Proteínas 5,5 g/dL
3
CTCN 2112/mm (87% - Hemácias 1020/mm3
seg; 13% linf.) CTCN 1118/uL2
Coagulação negativo negativo Coagulação negativo
Glicose 127,6 mg/dL 48 -57 mg/dL Bactérias negativo
Bactérias + negativo TGL 1150 mg/dL
Creatinina 17,69 mg/dL - Colesterol 90 g/dL
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Sua origem é quilosa ou pseudoquilosa.. Eosinófilos 134 100 – 1.250
Classificação: exsudato, pode ter característica do transudato
modificado a exsudato, aspecto alterado. hemácias
Basófilos 0 0–1
aumentadas caracterizando exsudato. A coagulação negativa
bioquímico resultado referência
mostra que não está tendo uma hemorragia ativa.
Exsudato asséptico, o aspecto turvo com o aumento de
Ureia 38 10 – 60
proteína e densidade, mostra ser um exsudato, em relação a Creatinina 1.1 0.5 – 1.6
classificação ser asséptico pela ausência de bactérias.
ALT 14 7.0 – 80.0
A efusão quilosa asséptica é decorrente do aumento de
TGL, a cor é sugestiva de efusão quilosa ou pseudo quilosa, FA 64 20 – 80
sendo diferenciada pelo aumento de TGL e pela concentração Amilase 300 300 – 1.200
de colesterol estar abaixo dos valores séricos.
Lipase 14 25 – 750
3. Canino, macho, sem raça definida (SRD), de seis anos
de idade e pesando 17 kg. Segundo o tutor, o paciente
Glicemia 90 80 – 120
apresenta atrofia da musculatura esquelética, histórico  ERITROGRAMA NORMAL.
de emagrecimento progressivo há aproximadamente  HIPERPROTEINEMIA: a hiperproteinemia pode ser
cinco meses, coprofagia, polifagia, aumento de volume devido a desidratação.
fecal (consistência pastosa com presença de alimentos  LEUCOGRAMA NORMAL
não digeridos e aspecto gorduroso) e flatulência  LIPASE DIMINUÍDA: a lipase é uma enzima
constantes com odor fétido. Após avaliação clínica do pancreática que realiza a digestão de gorduras, a lipase
diminuída mostra que há uma alteração na absorção, as
paciente, foram solicitados exames complementares:
fezes estarão gordurosas como vista nos sinais clínicos, a
eritrograma resultado referência presença de alimento mal digerido nas fezes mostra um
problema na digestão.
Hemácias 7,2 5,0 – 8,5
 É sugestivo de insuficiência pancreática
Hemoglobina 17,6 12 – 19 exócrina (IPE)/pancreatite crônica, pois, além
Hematócrito 53 37 – 55 da lipase diminuída o animal apresenta sinais
característicos, como esteatorreia, polifagia, coprofagia
VCM 73,6 60 – 77 pelo alimento estar “íntegro” nas fezes.
CHCM 33,2 31 – 38 4. Cão, Poodle, 9 anos de idade e 15 kg de peso com
PPT 8,4 5,5 – 8,0 histórico de hipoglicemia apresentada há dois anos
atrás, que iniciou após uma OSH indicada em
Plaquetas 324.000 200.000 –
500.000 decorrência de piometra. Proprietária relatou que a
paciente apresentou quadros de convulsões que
leucograma resultado referência melhoravam após administração de glicose. No exame
Leucócitos 6.700 6.000 – 17.000 clínico observou-se animal obeso, prostrado e ofegante e
Metamielócitos 0 0 – 150 foi relatado sopro leve em foco mitral. Nos exames
complementares, a radiografia mostrou leve aumento
Bastonetes 0 0 – 300
cardíaco e na ecografia abdominal foi revelado um
Segmentados 3.953 3.000 – 11.500
nódulo no lobo esquerdo do pâncreas.
Linfócitos 1.809 1.000 – 4.800
Foram solicitados exames complementares para auxiliar
Monócitos 804 150 – 1.350 na resolução do caso.

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eritrograma resultado referência  O insulinoma é uma das principais causas
de hipoglicemia, o tumor destrói o tecido e
Hemácias 7,8 5,0 – 8,5 essa amilase pode estar aumentada
decorrente dessa destruição e, aumenta a
Hemoglobina 18,5 12 – 19 produção de insulina, uma das
probabilidades seria uma metástase em
Hematócrito 48 37 – 55 medula para leucopenia, mas, por conta do
VCM 69 60 – 77 eritrograma normal não é possível
verificar isso apenas pelo exame.
CHCM 34,2 31 – 38
Plaquetas 256.000 200.000 –
500.000
leucograma resultado referência
Leucócitos 5.800 6.000 – 17.000 O líquor é um tipo de liquido cavitário encontrado apenas
Metamielócitos 0 0 – 150 no sistema nervoso central, o exame do líquor é semelhante
Bastonetes 0 0 – 300 com o dos líquidos cavitários.
Segmentados 4.756 3.000 – 11.500 O líquor é importante para a levada de substâncias para o
Linfócitos 812 1.000 – 4.800 sistema nervoso central, amortecimento de traumas e etc,
toda vez que tem lesão neurológica avalia o líquor.
Monócitos 116 150 – 1.350
Eosinófilos 116 100 – 1.250
Basófilos 0 0–1
LCR, fluido cérebro-espinhal;
bioquímico resultado referência
IMPORTÂNCIA: diagnóstico, prognóstico e
Ureia 49 10 – 60 monitoramento;
Creatinina 1.0 0.5 – 1.6
ALT 68 7.0 – 80.0
Suporte físico das estruturas nervosas;
FA 58 20 – 80 Transporte de substâncias no SNC;
Amilase 1.259 300 – 1.200 Controle do meio químico;
Glicemia 30 80 – 120 Excreção de metabólitos do SNC;
Dosagem de 35,4 5 – 25 O LCR protege o SNC de alterações na pressão
insulina sanguínea
 ERITROGRAMA NORMAL.  modificações para manter a pressão intracraniana
 LEUCOPENIA COM LINFOPENIA: não tem constante;
explicação. Alterações patológicas agudas e crônicas – variações
 AMILASEMIA: pela destruição tecidual causada pelo no volume do LCR;
tumor.
 HIPOGLICEMIA: decorrente do insulinoma.
 HIPERINSULINEMIA: sugestivo de aumento pela
neoplasia pancreática, o aumento da insulina pode estar
correlacionado com a hipoglicemia no sangue.
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Função excretória: Circulação dos locais de produção para os locais de
 transferência direta de metabólitos do cérebro para absorção;
o LCR;  primeiro em direção à medula e depois para o
 não existe sistema linfático no SNC; encéfalo.
 remoção de proteínas, bactérias e células sanguíneas;
Banha e irriga o SNC;
Veículo de transporte de substâncias Maior parte – diretamente para o sistema venoso;
biologicamente ativas; Depende da pressão hidrostática do líquor;
Fluido intersticial do SNC e LCR – continuidade; pressão: taxa de absorção;
Controle pelas células que formam a barreira PIC: absorção – estabilização da PIC e do volume de
hematoencefálica (BHE); LCR;

Evidência clínica de enfermidade do SNC;


Ausência de hemácias:
Medida terapêutica para alívio de SC;
 iatrogênica;
Proporção variável – linfócitos e monócitos;
Sedação ou tranquilização e contenção;  cães, gatos, bovinos – predomínio de monócitos;
Aumento da PIC (pressão intracraniana);  bovinos – pequenos linfócitos;
Infecção cutânea na região da punção;  neutrófilos – raros;
Desidratação grave;  ausência de eosinófilos;
Distúrbios de hemostasia; Líquor:
 produto de filtração do plasma e secreção de
membranas;
Características:
Barreira hematoencefálica;
 límpido;
Barreira hemato-liquórica;
 incolor;
Interface liquor-cerebral;
 praticamente sem células;
 baixa quantidade de proteínas;
 presença de íons, enzimas e outras substâncias;
Principalmente no plexo coróide:
Neonatos: xantocrômico – maior concentração de
 pressão hidrostática dos capilares coroidais inicia proteínas e bilirrubina e concentração de glicose;
transferência de água e íons para o fluido intersticial
Variações fisiológicas:
epitélio coróide;
Uma pequena fração – extracoroidalmente;  Diminui a concentração de proteína com a
idade: potros e cães.
Secreção ativa de sódio pela membrana;
 aumenta a concentração de proteína com
A taxa de formação do LCR é altamente correlacionada a idade: bovinos;
ao peso do plexo coróide;  diminui a concentração de leucócitos com
Variação entre éspécies; a idade: cães e bovinos;
crônico da PIC: formação de LCR;
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O líquor sempre é transparente e límpido, toda alteração Se tem uma infecção bacteriana no SNC (meningite) a
pode trazer informações importantes sobre a origem da glicose pode diminuir pelas bactérias consumi-las, a
lesão, é um líquido cavitário que irriga o sistema nervoso neoplasia faz um consumo de glicose e pode provocar
central, praticamente sem células, baixa proteína, pode hipoglicorraquia, e qualquer doença que leve a
encontrar glicose, íons, enzimas e etc. hiperglicemia pode induzir a hiperglicorraquia.

Animais que acabaram de nascer o líquido pode ser


xantocrômico (amarelado) devido a alta quantidade de
proteínas, bilirrubina e glicose, conforme o envelhecimento
Escolha do local: depende da espécie, raça, local da
do animal o líquido volta a ser transparente. lesão e da anestesia;
Esterilidade: tricotomia e antissepsia cirúrgica;

Inversamente proporcional ao peso molecular;


Exclusão de proteínas séricas da BHE;
Albumina;
Cuidados gerais:
 anestesia geral;
xantocrômico  tricotomia e antissepsia;
 posicionamento adequado;
 processamento rápido;
Toda vez que tem aumento de proteínas no líquor pode
 3 tubos;
indicar uma lesão neurológica. Proteínas com peso  hemorragias x iatrogênica;
molecular alto tem dificuldade em atravessar a barreira Material: agulhas (com mandril) e 3 frascos sem
anticoagulante e sem ativador de coágulo;
hematoencefálica, pode encontrar pequena quantidade de
albumina principalmente quando tem lesão na barreira.
Agulha: entupimento;
Local:
 cisterna ou atlanto-occiptal;
Derivada do plasma por difusão facilitada;  lombo-sacra;
Depende da concentração de glicose do plasma, da taxa  lombar;
de transporte de glicose e da taxa metabólica do SNC;  mais próximo à lesão, sem penetrar na lesão
60-80% GLICEMIA; ou caudal à lesão;
A glicose fica em torno de 60 a 80% da glicemia sérica, o  cães grandes não condrosdistróficos: L3-L4
aumento da glicose no líquor é chamado de ou L4-L5;
hiperglicorraquia e a diminuição é hipoglicorraquia.  cães pequenos condrodistróficos: L4-L5 ou
L5-L6;
Se o paciente está com hipoglicemia pode ter
hipoglicorraquia e, se o paciente está com hiperglicemia
pode ter hiperglicorraquia.
1. ;

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2. : pode encontrar hemácias ou leucócitos.
 CTCN: são as células nucleares. sem hemácias!
3. ; Rapidamente;
4. ; mononucleares (linfócitos, monócitos,
macrófagos) e polimorfonucleares (neutrófilos e
eosinófilos);
HEMÁCIAS ÍNTEGRAS OU CRENADAS;
Aspecto;
CÉLULAS NUCLEADAS:
Cor;
 0 a 5 células/μL no cão;
Viscosidade;
 0 a 3 células/μL no gato;
DIFERENCIAL DE CÉLULAS:
 CTCN normal: predomínio de linfócitos;
 raras hemácias, neutrófilos, macrófagos, etc;

Exame citológico

NORMAL: límpido, incolor, levemente viscoso. NEUTRÓFILOS


ALTERADO: com cor e aspecto de Presença no LCR normal (<25%);
sobrenadante.
Alterado é tudo que aumente a viscosidade ou O neutrófilo normalmente não é muito encontrado, a
altere a cor e a turbidez, com isso, é necessário literatura traz abaixo de 25% de neutrófilos normal para
buscar uma origem na lesão do SNC, se tiver o líquor.
hemácias pode ser por hemorragia ou por O normal é encontrar linfócitos.
contaminação iatrogênica ao fazer a punção,
leva em consideração que em hemorragias Causas de aumento: processos inflamatórios,
crônicas as hemácias tendem a estar crenadas processos infecciosos, processos neoplásicos, processos
resultando na coloração xantocrômica. vasculares (vasculite necrosante, hemorragia), processos
Densidade: químicos (pós contraste), traumas e processos
imunomediados;
 normal: 1003 – 1007;
 que faz mielografia e alguns dias depois faz a coleta
 alterada: aumento de sólidos totais; do líquor pode ter uma neutrofilia decorrente do
Quando a densidade aumenta é porque aumentou a contraste.
quantidade de sólidos totais, principalmente células,
LINFÓCITOS
proteínas e glicose, quando aumenta muito os sólidos totais
no liquido pode formar uma película que é chamado de Predominantes no LCR;
pleocitose, essa pleocitose significa que tem muitos sólidos Causas de aumento: linfomas, encefalites virais
no líquor. (cinomose, raiva, herpesvírus, febre catarral) e outras
infecções (erliquiose, neosporose e toxoplasmose);
Coagulação:
MONONUCLEARES - MACRÓFAGOS
 normal: não coagula;
 alterado: presença de fibrinogênio e outros Normalmente presentes em baixa quantidade;
fatores, geralmente por contaminação com sangue ou
hemorragia.
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Causas de aumento: processos degenerativos, líquido (microbiológico) e para verificar se não tem
processos inflamatórios crônicos, processos contaminação sanguínea por puncionar o vaso.
granulomatosos (MEG – meningoencefalite
granulomatosa), processos fagocíticos (eritrofagocitose ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS
pós-trauma);
 aumenta em processos fagocitários para fazer a Alta concentração de proteína: indicador de
retirada; doença neurológica;
 doenças degenerativas como cão idoso com disfunção Pode estar aumentada quando tem uma lesão na
cognitiva. barreira hematoencefálica e pode aumentar
albumina idem, ao aumentar a permeabilidade a
CÉLULAS MISTAS
albumina que tem um tamanho menor consegue
Processos granulomatosos; passar.
Condições idiopáticas: inflamatórias ou degenerativas;
CONCENTRAÇÃO DE PROTEÍNAS TOTAIS
Encefalite bacteriana crônica;
 processos infecciosos mais relacionados a bactérias.
CONCENTRAÇÃO DE ALBUMINA
Encefalite fúngica:
 histoplasmose; Dano na BHE, hemorragia ou trauma;
 aspergilose; CONCENTRAÇÃO DE IgG
 criptococose;
Produção intra-encefálica ou sérica;
 blastomicose;
Quando aumenta proteína pode aumentar as globulinas,
principalmente IgG e IgA, quando aumenta IgG é pelo
plasma ou uma lesão restrita a nível de SNC.
pH;
Normal: alcalino, semelhante ao pH sanguíneo; SANGUE X CONTAMINAÇÃO
HEMÁCIAS ÍNTEGRAS: geralmente acidente de
punção;
Normal: 20-45 mg/dL (equinos: 20-80 mg/dL); HEMÁCIAS CRENADAS: hemorragia;
Aumento: alteração da BHE, produção local, hemorragia  se tem uma hemorragia e a coloração do líquido está
intra-craniana; mais rosa ou alaranjada é uma hemorragia mais
crônica.
Análise de proteínas XANTOCRÔMICA: hemorragia crônica;
ACIDENTE DE PUNÇÃO: 100 hemácias/ 1
Titulação de anticorpos;
leucócito;
Detecção de antígenos;
CONTAMINAÇÃO HEMORRAGIA
Testes microbiológicos;
Hemorragia recente (horas) hemorragia > 24 horas
Contaminação sanguínea;
ou contaminação
O aumento de proteínas faz suspeitar de processo infeccioso,
Sobrenadante claro Sobrenadante avermelhado,
podendo fazer a titulação de anticorpos ou a detecção de amarelado ou acastanhado
antígeno, se for por alguma infecção pode fazer cultura do Botão de hemácias Eritrofagocitose
Presença de plaquetas

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 por isso é importante avaliar as hemácias na análise
citológica.
TUMOR PRODUTOS DE MELANINA: preto;

VISCOSIDADE
Aumenta com o aumento da viscosidade –
alto do teor de proteína (fibrinogênio);
Pleocitose – película;
Aumento da viscosidade é por pleocitose ou glicose.

Glicorraquia: 60 – 80% da glicemia do plasma;


Hipoglicorraquia: meningites bacterianas ou neoplasias; PLEOCITOSE
Hiperglicorraquia: hiperglicemias; Depende da causa, severidade e localização
Glicemia não alterada e tem hipoglicorraquia pode da lesão;
suspeitar que algo está consumindo a glicose do líquor, se o NEUTROFÍLICA: meningite bacteriana ou supurativa;
paciente tem diabetes vai ter hiperglicorraquia. LINFOCÍTICA: infecções virais do SNC, infecções
bacterianas pós antibioticoterapia em cães;
EOSINOFÍLICA: anormal – infecções bacterianas,
virais, fúngicas, processos supurativos e granulomatosos;
NEOPLÁSICAS: raro;
Os eosinófilos não devem ser encontrados, se forem é algo
ASPECTO muito raro chamado de pleocitose eosinofílica por infecções
bacterianas, virais, fúngicas e entre outras.
Turbidez: pleocitose;
Quando tem pleocitose o líquido fica mais opalescente,
ligeiramente turvo a turvo;
Microrganismos, gordura epidural e contraste; O aumento está relacionado a várias
doenças:
 alta permeabilidade BHE - filhotes tem essa
permeabilidade imatura da barreira hematoencefálica.
 produção intra-encefálica de Igs
 necrose local;
Cão que fez mielografia e faz a punção de líquor pode vir  interrupção do fluxo ou da absorção do LCR;
com uns fios prateados ou esbranquiçados devido o Diminuição – raro:
contraste, pois demora a drenagem desse líquor no SNC.  maior remoção decorrente de aumento da PIC;
Aumento de albumina: disfunção da BHE ou
COR contaminação sanguínea por acidente de punção, por
XANTOCROMIA: amarelo ou róseo; conta da presença do plasma pode ter a chegada de
albumina.
HEMOGLOBINA: rosa, laranja, amarelo ou marrom;

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Aumento de IgG: disfunção BHE, hemorragia 8 linfócitos/campo predomínio de
intratecal (patológica ou iatrogênica) ou síntese intratecal Células/CTCN
2 neutrófilos/campo linfócitos
(doença infecciosa);
Coagulação positiva negativo
Aumento de IgG e IgA: doença neurológica
inflamatória; Glicose 68 mg/dL 48 – 57
 quando aumenta a produção de imunoglobulinas Viscosidade aumentada normal
aumenta a quantidade total de proteína. Coleta da região atlantoocicipital.
Animal apresenta hiperglicemia.
COR: pode ter hemorragia ou contaminação iatrogênica
pela punção.
TURVO: aumento de sólidos por causa das células e glicose,
AUMENTO: hiperglicemia;
pH normal.
DIMINUIÇÃO: inibição da entrada ou glicólise
anaeróbia; DENSIDADE aumentada por causa dos sólidos.
PROTEÍNA AUMENTADA: pensando no sinal clínico é lesão
neurológica.
CREATINOQUINASE (CK): quando tem lesão HEMÁCIAS AUMENTADAS: por causa disso a cor está
muscular extensa, geralmente não é utilizada. rósea.
BACTÉRIAS NEGATIVO.
CÉLULAS AUMENTADAS.
1. Cão, macho, 7 anos, chegou para atendimento COAGULAÇÃO POSITIVA: tem uma hemorragia no SNC,
apresentando evolução de sinais neurológicos há 2 mostra que pode ter sido um acidente de punção, porque
horas (convulsões, incoordenação, desvio lateral da o líquor não coagula, se coagula é pela presença de
cabeça e perda da propriocepção de membros pélvicos e fibrinogênio que geralmente é de origem iatrogênica, pode
ser por hemorragia aguda também, se for sangramento
torácicos). Observe os resultados encontrados e explique
crônico a cor seria xantocrômico e presença de hemácias
as alterações encontradas. crenadas.
Hemograma: policitemia transitória e HIPERGLICORRAQUIA: aumento de glicose.
leucograma com leucocitose e linfocitose. VISCOSIDADE AUMENTADA devido a pleocitose e glicose.
Bioquímicos: glicemia 210,5 mg/dL (70 – 110
CAUSAS: pode ser uma doença viral pela linfocitose, mas
mg/dL).
tem uma evolução neurológica a 2 horas e policitemia
lcr referências transitória, então pode ser um leucograma por adrenalina,
Volume 2 ml - adrenalina pode aumentar a glicose também devido a
Cor róseo incolor hiperglicemia, hiperglicorraquia devido a hiperglicemia.
ligeiramente A policitemia não se sabe ao certo por conta do histórico,
Aspecto límpido pode ser por doença viral ou liberação de adrenalina.
turvo
pH 7,1 7,1 – 7,6
Densidade 1015 1003 – 1007
Proteínas 77 mg/dL 20 – 45 mg/dL
Hemácias 57/campo 0 – 5/campo
Bactérias negativo
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