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FARMACOLOGIA
Veterinária
@apostilavet
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p.3
SUMÁRIO
Introdução ____________________________________________________ p.7
Conceitos .............................................................................................................................. p.9
Introdução
p.7
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Os primeiros relatos de drogas são dos nativos,
pois utilizavam as PLANTAS COMO MEDICAMENTOS ,
no caso, eles viam os efeitos clínicos da utilização desses
medicamentos, através das DEMONSTRAÇÕES DE ERRO E ACERTO .
A farmacologia tem suas origens nos primórdios da humanidade,
desde que o homem primitivo começou a usar
substâncias obtidas na natureza, dos reinos
mineral, vegetal e animal, com o intuito medicinal
ou visando obter efeitos nocivos. No início, houve
muitas investigações acerca dos efeitos nocivos.
O papiro de Ébers faz menção à utilização terapêutica
de várias substâncias químicas pela antiga civilização
egípcia, como por exemplo, metais pesados (chumbo,
cobre), extrato de plantas e venenos de animais.
Droga
O termo se refere a QUALQUER SUBSTÂNCIA QUÍMICA
que em QUANTIDADES SUFICIENTES e que não atue
como alimento, possa AGIR SOBRE UM ORGANISMO VIVO
CAUSANDO ALTERAÇÕES .
Essas alterações podem ser maléficas ou benéficas,
mas é importante ressaltar que uma droga não irá
criar funções, ela apenas modifica aquelas já
existentes.
Importante!
Medicamento
É qualquer substância química empregada em um
organismo vivo que visa OBTER EFEITOS BENÉFICOS ,
sendo substâncias químicas destinadas a curar,
diminuir, prevenir e/ou diagnosticar as
enfermidades .
Todo medicamento é uma droga, mas nem toda
droga será um medicamento.
Fármaco
É o sinônimo de droga ou medicamento , possui capacidade de alterar
alguma função.
O fármaco designa uma substância química conhecida e
de estrutura química definida, dotada de propriedade
farmacológica.
Remédio
É tudo aquilo que cura, alivia ou evita uma enfermidade ,
abrange os AGENTES QUÍMICOS (medicamentos) e os AGENTES FÍSICOS
(duchas, massagens e entre outros).
O remédio é a junção do medicamento (substância
química) junto com todas as outras coisas que contribuem
para o tratamento, por exemplo, dieta + medicamento.
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Nutracêutico
É uma combinação dos termos nutrição e farmacêutico ,
se refere a um PRODUTO NUTRICIONAL QUE SE ALEGA TER VALOR
TERAPÊUTICO , além do valor nutricional já comprovado
cientificamente.
SE INTITULA EM AJUDAR EM TUDO, CONTÉM
VITAMINAS, ÔMEGAS E ENTRE OUTRAS COISAS.
Farmacotécnica
Estuda o preparo das drogas, a purificação e a conservação dos
medicamentos com o intuito de conseguir um melhor
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aproveitamento dos seus efeitos no organismo.
Farmacognosia
Se trata da obtenção, identificação e isolamento de princípios
ativos, ou seja, matérias-primas naturais que podem
ser encontradas nos reinos minerais, vegetal ou
animal, passíveis de uso terapêutico (estuda os
princípios ativos dos vegetais, minerais ou animais).
Farmacologia Clínica
Compatibiliza as informações obtidas no laboratório avaliadas em
animais saudáveis com aquelas obtidas no animal enfermo.
Farmacoterapêutica
Se refere ao USO DE MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DAS AFECÇÕES
e, DE OUTROS MEIOS (como cirurgia, radiação e etc), para a
prevenção , tratamento e diagnóstico das doenças .
Imunofarmacologia
Teve um grande avanço em função dos conhecimentos gerados a
partir da realização dos transplantes e do desenvolvimento da
imunologia.
Toxicologia
É a ciência que estuda os agentes tóxicos , podendo ser qualquer
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substância química ou agente físico (radiação) capazes de
produzir efeitos nocivos em um ser vivo.
Duda, quais as finalidades dos medicamentos?
Efeito curativo (ex. antibióticos), profilático (ex. vacinas),
sintomático (fazer parar os sintomas, como por exemplo, parar a
dor), dietético (ex. ração) e diagnóstico .
Líquidos
SOLUÇÃO
É uma mistura homogênea de soluto com
solvente . É miscível, ou seja, se mistura tão bem
que se transforma em uma única coisa.
Exemplo: VACINAS LIOFILIZADAS (vacina com dois frascos) e
CLISTER/ENEMA (líquido por via retal).
Importante!
SUSPENSÃO
É uma preparação farmacêutica obtida pela dispersão
de uma fase sólida insolúvel em uma
fase líquida , possui um que é mais soluto do
CORPO DE FUNDO
que solvente, estará escrito para AGITAR ANTES DE USAR .
Exemplo: ANTIBIÓTICO.
EMULSÃO
É uma preparação obtida por duas fases líquidas
que não se misturam , sendo comum nos fármacos
de pele que apresentam um veículo mais gorduroso.
Exemplo: SARNICIDA .
XAROPE
É uma solução concentrada de açúcar, é
OBRIGATÓRIO A PRESENÇA DE AÇÚCAR fazendo parte da
fórmula farmacêutica, promove a palatabilidade
e estabilidade química.
Exemplo: ANTITUSSÍGENO.
COLÍRIO
É uma forma farmacêutica destinada aos olhos .
Sólidos
PROVENDA
O medicamento é oferecido escondido no alimento que o animal
deglute , ou seja, é um fármaco escondido na comida ou a própria
comida.
Exemplo: REMADIL .
CÁPSULA
É a forma farmacêutica que o medicamento é
colocado dentro de um envoltório (amido ou
gelatina) constituído de duas unidades justapostas.
COMPRIMIDO
É adicionado ao princípio ativo o amido , esse
material é prensado dando uma forma cilíndrica.
O comprimido sulcado pode ser cortado.
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PASTILHA
É uma forma farmacêutica sólida, moldada ou comprimida,
geralmente flavorizada e mastigável , apresenta sabor.
BOLO E PÍLULA
São formas farmacêuticas semiduras e esféricas que
devem ser deglutidas.
O bolo pode ter outras vias de administração, enquanto que a
pílula é somente a via oral.
DRÁGEA
O medicamento é colocado no interior de um ENVOLTÓRIO
RÍGIDO, de formato variável e geralmente brilhante.
Pode proteger o princípio ativo do pH estomacal , do odor
ou do sabor desagradável .
É UM COMPRIMIDO ALTAMENTE REVESTIDO QUE NÃO
PODE SER CORTADO.
Atenção!
Pastosas
POMADA
É uma preparação tópica constituída de base
monofásica que podem estar dispersas substâncias líquidas e
sólidas, é uma SOLUÇÃO ENGROSSADA .
PASTA
Pomada que contém grande quantidade de sólido em dispersão, é
uma SUSPENSÃO ENGROSSADA .
CREME
É uma preparação obtida pela DISPERSÃO DE DUAS FASES
LÍQUIDAS NÃO MISCÍVEIS .
Atenção!
Posologia
A POSOLOGIA é o estudo das dosagens dos fármacos
com fins terapêuticos .
começa com uma dose baixa que aumenta gradativamente, a
resposta individual irá variar e, através da curva, olhamos a
maioria que surge o efeito.
serve para conhecer o medicamento, as drogas e os seus
efeitos com uma dose baixa quando necessária.
Dose
É a quantidade de medicamento necessária para
PROMOVER A RESPOSTA TERAPÊUTICA e possui várias
unidades de medidas, como o mg/Kg, UI/Kg, mcg/Kg,
mg/m2.
mcg multiplica por 1000 para transformar para mg.
2
O m é encontrado em analgésicos muito potentes e quimioterápicos.
Dosagem
É a dose , frequência de administração e a duração do
tratamento.
S.I.D: uma vez ao dia, ou seja, a cada 24 horas.
B.I.D: duas vezes ao dia, ou seja, a cada 12 horas.
T.I.D: três vezes ao dia, ou seja, a cada 8 horas.
Q.I.D: quatro vezes ao dia, ou seja, a cada 6 horas.
Q.D: todos os dias.
Para realizarmos o cálculo peso X dose
de dosagem, utilizamos a
seguinte fórmula concentração
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EXEMPLOS
Utilizaremos para o cálculo a morfina que apresenta a
concentração de 1% em um animal que possui 5 kg.
MORFINA 1% - ao multiplicar por 10, obtemos a concentração
de 10 mg/ml.
DOSE ENTRE 0,1 A 0,7 MG/KG - a dose escolhida pelo médico
veterinário responsável foi 0,5 mg/kg.
Cálculo de Dose!
Exemplo de Receita
Dra. Maria Cabral
MÉDICA VETERINÁRIA - CRMV...
20/04/23
Exemplos de Dosagem
Diazepam, ampola 10 mg/2ml, dose 0,5 mg/kg,
T.I.D, subcutânea durante 10 dias e farmácia
humana.
CONCENTRAÇÃO: 10 mg/2ml, ou seja, 5 mg/ml.
DOSE: 0,5 mg/kg.
DOSAGEM: 8X0,5/5 = 0,8 ml.
Flunixin meglumine, S.I.D, via oral ou subcutânea,
3 dias, farmácia veterinária.
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CONCENTRAÇÃO: 5 e 20 mg.
DOSE: 1,1 mg/kg.
PESO: 18 kg.
DOSAGEM: 18 X 1,1 = 19,8 mg - podemos utilizar 18 mg.
Pode ser receitado 3/4 do comprimido de 20 mg ou 3 comprimidos
de 5 mg + 1/2 de 5 mg.
O ANTIBIÓTICO ARREDONDAMOS PARA CIMA, MAS O
ANTI-INFLAMATÓRIO RECOMENDA-SE ARREDONDAR
PARA BAIXO.
Medicações Classe A
A1: substâncias entorpecentes, como a morfina e análogos.
A2: substâncias entorpecentes de uso permitido somente
em concentrações especiais, como a codeína .
A3: substâncias psicotrópicas , como a ANFETAMINA e
análogos.
Essa classe de medicamentos recebem tarja preta e
possui impresso a frase: "venda sob prescrição
médica. Atenção: pode causar dependência física ou
psíquica".
O receituário A apresenta uma COLORAÇÃO AMARELA e é fornecida
pela autoridade sanitária Municipal ou Estadual mediante a
solicitação do profissional ou da instituição.
Medicações Classe B
B1: substâncias psicotrópicas, como os benzodiazepínicos e
barbitúricos .
A2: psicotrópicos anorexígenos.
RECEITUÁRIO DE COR AZUL e são confeccionados pelo profissional
ou instituição de acordo com o modelo definido pela legislação.
Medicações Classe C
Neurolépticos: acepromazina.
Anticonvulsivantes: fenobarbital.
Antidepressivos: amitriptilina.
Substâncias imunossupressoras.
Antirretrovirais.
A PRIMEIRA VIA DO RECEITUÁRIO DE CONTROLE
ESPECIAL FICA RETIDA NA FARMÁCIA E A SEGUNDA
FICA COM O TUTOR PARA ORIENTAÇÃO.
Anotações
Farmacocinética
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A farmacocinética é o movimento de uma substância
química no interior de um organismo vivo após ter
atravessado as barreiras celulares e alcançado seu local de
ação .
Dentro das substâncias químicas temos as DROGAS,
REMÉDIOS, MEDICAMENTOS, FÁRMACOS e os AGENTES TÓXICOS .
Estuda o caminho que a droga percorre no organismo
até a sua chegada no receptor.
Nessa área de estudo iremos entender o que acontece com o
medicamento desde o momento que é ingerido ou
administrado até a sua excreção . Envolve 4 fases:
Absorção. SÃO AS ETAPAS QUE
CORRESPONDEM AO CAMINHO QUE
Distribuição. A DROGA PERCORRE DESDE A SUA
Biotransformação. ENTRADA ATÉ A SUA SAÍDA NO
Excreção. ORGANISMO
Processo Farmacocinético de
Absorção
Em sua maioria, os MEDICAMENTOS SÃO ÁCIDOS OU BASES FRACAS e
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quando dissolvidas em água se apresentam na FORMA
IONIZADA . Os fatores importantes na absorção são:
influência do pH do meio.
influência do pKa.
O pH é o potencial hidrogeniônico e o pKa é o coeficiente
de dissociação, então quanto mais dissociado mais
ionizado (não possui relação com a barreira tissular).
No caso do pH do meio , temos como exemplo os MEDICAMENTOS QUE
PRECISAM SER ADMINISTRADOS DE MANHÃ ANTES DO CAFÉ DA MANHÃ e que
o paciente precisa esperar cerca de 30 a 40 minutos
para se alimentar após a ingestão do medicamento.
Esse processo é necessário para que o remédio
chegue no estômago vazio, pois será um estômago
ácido e a substância é melhor absorvida na presença de mais
íons hidrogênio.
Os medicamentos precisam ser administrados em um
pH semelhante ao seu, ou seja, um medicamento com
pH ácido terá o seu receptor em um órgão ácido,
enquanto que se for um pH básico o receptor será
básico também.
Caso o pH seja ácido e o receptor básico o medicamento se perde,
ocorrendo uma reação química onde o ácido mais a base se
transformam em sal e água, então não irá fazer o efeito.
Para que o medicamento se ligue ao receptor é necessário que
esteja com as suas características íntegras, a molécula química
não pode ter nenhuma alteração.
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Em relação ao pKa do fármaco , irá se referir ao grau de
ionização do medicamento , existem vários medicamentos que
para SEREM ABSORVIDOS IRÃO SE SEPARAR , ou seja, ocorre a
ionização para que passem pelos canais de íons.
Para que as drogas se liguem nos receptores é preciso que
elas estejam em sua forma não-ionizada, pois se o formato for
ionizado pode ser que não se liguem aos receptores.
Exemplo!
PKA DA DROGA
importante para a
absorção da droga
PH DA DROGA
PKA IONIZAÇÃO
PKA IONIZAÇÃO
CONCENTRAÇÃO.
para AUMENTAR A VELOCIDADE DE ABSORÇÃO pode utilizar uma dose maior do
fârmaco , pois faz com que seja absorvido mais rapidamente.
mas temos um fator limitante nesse caso que são os EFEITOS
COLATERAIS dos fármacos, sendo assim, devemos esperar o período
real para que o fármaco seja absorvido sem aumentar a dose.
Exemplo!
Imagem: https://farmacologiauefs.wordpress.com/farmacocinetica/absorcao/
Membranas Celulares
Tornam-se IMPERMEÁVEIS à maioria das
MOLÉCULAS POLARES e aos ÍONS e
PERMEÁVEIS às MOLÉCULAS APOLARES , dessa
forma, medicamentos lipossolúveis
atravessam facilmente as barreiras celulares .
A parte não-ionizada das moléculas de um medicamento tem
características menos polar e mais lipossolúvel que a parte
ionizada, assim a porção não-ionizada é mais absorvível que a
parte ionizada.
O fármaco precisa chegar no receptor para fazer efeito ,
para que isso seja possível ele precisa passar por
barreiras para que chegue na CORRENTE SANGUÍNEA ,
podendo passar pelas células , por dentro ou
entre as células.
SE A DROGA FOR HIDROSSOLÚVEL ELA IRÁ SE
DISTANCIAR DA MEMBRANA PLASMÁTICA, POR NÃO
SER ATRAÍDA ELA IRÁ SE REPELIR.
PINOCITOSE OU FAGOCITOSE
É o processo de absorção pela própria membrana .
Revise!
Fagocitose Pinocitose
TECIDO EPITELIAL
Células próximas , sendo a PASSAGEM pelas
MEMBRANAS CELULARES POR MOLÉCULAS APOLARES . Como
por exemplo, pele , bexiga , olho ...
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA
O SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) mantém seu meio externo
constante, criando condições para a ocorrência da
sinapse . A barreira hematoencefálica é formada
por CAPILARES COM POUCAS VESÍCULAS DE PINOCITOSE ,
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associadas por CÉLULAS ENDOTELIAIS , unidas por ÁREAS EXTENSAS DE
ZÔNULAS DE OCLUSÃO .
Atenção!
As células são muito unidas, devido à isso faz com que nada
chegue no sistema nervoso central, então a DROGA TEM DIFICULDADE
EM CHEGAR NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) por conta da
característica histológica e das meninges (dura-máter,
aracnoide e pia-máter).
A droga precisa encontrar um vaso sanguíneo para chegar no
SNC, sendo que os vasos costumam apresentar espaços entre as
células que possibilitam a entrada e saída dos medicamentos para
que assim chegue no seu local de ação.
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Mas, nos vasos sanguíneos do cérebro não
têm os espaços , sendo que quando o fármaco
consegue PASSAR PELO VASO ELE PRECISA PASSAR PELAS
MENINGES , chegando no neurônio e efetuando a sua ação.
BARREIRA PLACENTÁRIA
Dividida em placenta rasa , placenta intermediária e
profunda .
Sinciciotrofoblasto!
PLACENTA ENDOTELIOCORIAL
A placenta Exemplo!
endoteliocorial é
encontrada nos
CARNÍVOROS , sendo
que a penetração
dos vilos na mucosa
uterina ocorrem
com a dissolução
ampla do tecido.
PLACENTA HEMOCORIAL
Exemplo! A placenta hemocorial é
encontrada nos PRIMATAS e
ROEDORES , nesse caso, acontece
uma maior destruição tissular
durante a penetração dos vilos
coriônicos.
Permite a passagem de
substâncias e anticorpos para o
feto.
As substâncias de baixo peso
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molecular e apolares atravessam a placenta e são
reabsorvidas pelo feto por difusão simples ou facilitada.
Relembre!
BARREIRA CAPILAR
Capilares com máculas: é a maioria dos capilares do
organismo, encontrados nos músculos , vísceras e ossos .
apresentam zônulas frouxas nas junções celulares.
Capilares fenestrados: estão presentes em
órgãos excretores e secretores , como
glomérulos renais , glândulas salivares , pancreáticas e
hipofisária .
Capilares com bloqueio completo: são capilares sem
espaço entre as células, como por exemplo a barreira
hematoencefálica .
Vias de Administração
Deve ser CONSIDERADO a necessidade do EFEITO
SISTÊMICO OU LOCALIZADO , LATÊNCIA PARA O EFEITO ,
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS do fármaco.
O medicamento deve ser absorvido e distribuído para a
circulação sistêmica, sendo que o intestino delgado é o principal
local de absorção.
oral
METABOLIZAÇÃO CIRCULAÇÃO
FÍGADO
VIA INTRAVENOSA
É a via que promove o efeito farmacológico
mais rápido , pois o FÁRMACO PULA O PROCESSO DE
DE ABSORÇÃO POR SER ADMINISTRADO DIRETAMENTE NA CORRENTE
SANGUÍNEA . Seu EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM é muito reduzido
e, por conta disso, nessa via podemos reduzir as doses por não ter
o processo de absorção.
A grande maioria dos fármacos nessa via não deve ser
aplicado em bólus imediato, o mais indicado é aplicar aos
poucos para não causar um aumento rápido da
concentração plasmática do medicamento.
EXISTEM MEDICAMENTOS DE INDICAÇÃO EXCLUSIVA
DE VIA INTRAVENOSA, POIS SE FOR APLICADO VIA
INTRAMUSCULAR E/OU SUBCUTÂNEA IRÁ CAUSAR
LESÕES.
VIA INTRADERMAL
Não é muito utilizado, mas costuma ser uma via mais usada para
TESTES ALÉRGENOS e TUBERCULINA .
Revise!
VIA INTRAPERITONEAL
É uma via de administração utilizada principalmente em
animais de laboratório com baixo peso molecular e
corporal, podendo ser ADMINISTRADO GRANDES VOLUMES .
É uma via de absorção rápida e possui uma pequena
perda de fármaco.
VIA INTRACARDÍACA
Não é uma via recomendada e utilizada, mas pode ser
usada para eutanásia em animais de laboratório .
Antigamente era usada na aplicação de adrenalina nas
paradas cardiorrespiratórias.
VIA INTRATECAL
É a penetração nas membranas que envolvem o sistema
nervoso central .
EPIDURAL
Nessa via de administração a APLICAÇÃO É NO ESPAÇO SUBARACNOIDE .
INTRA-ARTICULAR
É indicada nos pacientes com dor articular,
porém, o problema dessa aplicação é que tratamos a dor,
mas raramente tratamos a doença articular que costuma ser
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progressiva. Geralmente, quando retira a dor do paciente irá fazer
com que ele force mais a articulação e, com isso, pode causar uma
rápida evolução da doença articular.
VIA TRANSMUCOSA
Nessa via de administração usamos a mucosa do paciente para a
ABSORÇÃO DO MEDICAMENTO , sendo uma via rápida de absorção.
Os princípios ativos em gengivas e intra-nasais possuem uma
absorção extremamente rápida, mas somente algumas substâncias
podem ser administradas nessas vias,
As formulações são preparadas de modo que a ABSORÇÃO ocorra
de maneira contínua .
TÓPICAS
Spot on ou pour on.
Uso de cremes e pomadas.
Colírios.
Adesivos terapêuticos.
INALATÓRIA
É uma via muito conhecida pela anestesia inalatória .
Os ANESTÉSICOS INALATÓRIOS NÃO COSTUMAM SER
METABOLIZADOS , ou seja, geralmente saem intactos.
Essa via também é utilizada nos casos de doenças
respiratórias fazendo inalação.
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Imagem: https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=36389
Na curva vemos a CONCENTRAÇÃO MÍNIMA PARA EFEITOS
DESEJADOS , conhecida como CONCENTRAÇÃO
PLASMÁTICA EFETIVA (CPE) . A partir do momento que
atinge a CPE começa a produzir o efeito
farmacológico desejado . O efeito farmacológico irá ocorrer e
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passa pelo pico da concentração plasmática , sendo o PICO DO EFEITO
e, depois começa a ter uma redução do fármaco no organismo
pela METABOLIZAÇÃO e EXCREÇÃO. Conforme o medicamento sai, a
intensidade do efeito farmacológico diminui e sai da fase de
CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA EFETIVA .
A concentração mínima para efeitos adversos ou
concentração para efeitos tóxicos são produzidos às
vezes muito próximo da CPE, podendo produzir o efeito
que queremos junto com o efeito colateral.
Por exemplo, a acepromazina promove a sedação, mas ao
mesmo tempo promove vasodilatação periférica,
esplenomegalia e outras alterações.
O INTERVALO ENTRE A CPE E A CONCENTRAÇÃO
MÍNIMA DE EFEITOS ADVERSOS CHAMAMOS DE
JANELA TERAPÊUTICA.
Solubilidade do Medicamento
Os MEDICAMENTOS ALTAMENTE LIPOSSOLÚVEIS podem se
acumular no tecido adiposo .
Tempo de Meia Vida
É o TEMPO NECESSÁRIO para que a concentração plasmática de um
determinado agente terapêutico se reduza à metade .
SANGUE
distribuição
TECIDO BIOTRANSFORMAÇÃO
EXCREÇÃO
TRANSFORMA A
DROGA
alta concentração no fígado por ser a sua
função, está presente em menores concentrações
em outras células.
Após a ABSORÇÃO DO FÁRMACO ele pode sofrer o efeito de
primeira passagem , passando pelo fígado e sendo
biotransformado. Alguns medicamentos utilizam
esse processo para serem ativados, ou seja, só serão
FARMACOLOGICAMENTE ATIVOS APÓS A PASSAGEM PELO PROCESSO DE
BIOTRANSFORMAÇÃO .
Por exemplo, os inibidores da ECA, como o benazepril, chega no
fígado e é transformado em benazeprilato que é a forma ativa do
fármaco e produz o efeito farmacológico.
Metabolização
A DROGA ATIVA chega em um órgão metabolizador, por
exemplo, a droga entra no fígado e vira um metabólito inativo
(IONIZADO E HIDROSSOLÚVEL) para ser excretada .
DROGA ATIVA METABOLIZAÇÃO METABÓLITO ATIVO ,a
droga é quebrada em pedaços menores lipossolúveis e não
ionizada , sendo capazes de se ligar nos receptores.
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DROGA ATIVA METABOLIZAÇÃO METABÓLITO ATIVO
(menor atividade), seus metabólitos possuem uma capacidade
menor.
DROGA ATIVA METABOLIZAÇÃO METABÓLITO ATIVO
(maior atividade).
DROGA ATIVA (pró-droga) METABOLIZAÇÃO
METABÓLITO ATIVO , como por exemplo, os ANTICONCEPCIONAIS , a
droga é ativada através do fígado, podendo se ligar nos
receptores.
A biotransformação dos medicamentos acontecem em duas
fases:
fase 1: oxidação, redução e hidrólise.
fase 2: conjugação.
FASE 1
São reações de quebra , quando QUEBRA A MOLÉCULA ela ficará
ionizada , acontece no microssoma dos hepatócitos no
interior do RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO.
irá ocorrer os PROCESSOS DE QUEBRA, tem reações químicas de oxidação ,
redução e hidrôlise .
Pega uma molécula grande e a reduz em várias moléculas
menores.
Na primeira fase tem o processo de quebra, resultam
em um fármaco inativo ou menos ativo.
FASE 2
É a fase de conjugação , nessa fase temos reações de síntese ,
então o medicamento se liga em uma molécula grande e sofre
hidrólise.
os íons da fase 1 se ligam em uma molécula grande, passando de
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p.77
lipossolûvel para hidrossolûvel .
O ÁCIDO GLICURÔNICO é o mais importante para os
fármacos no processo de conjugação, sendo que os GATOS
apresentam problemas na fase 2.
Importante!
Excreção Renal
É o PRINCIPAL PROCESSO de eliminação de medicamentos
solúveis em água .
medicamentos ionizados.
não ligados às proteínas plasmáticas.
pouco lipossolúveis.
É importante lembrarmos que o fármaco ligado à proteína
plasmática não consegue ser excretado, então ele precisa se desligar
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da proteína plasmática para possibilitar sua excreção.
Para que o rim consiga excretar o fármaco
precisamos que ele apresente uma correta função
orgânica, boa perfusão e não estar obstruído.
Excreção Biliar
Ocorre a ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO pela via
hepática por intermédio da bile .
os cães apresentam boa excreção biliar.
os ovinos e caprinos apresentam intermediâria excreção biliar
os coelhos e primatas apresentam mâ excreção biliar .
Os medicamentos lipossolúveis podem ser
reabsorvidos pelo intestino.
Excreção Pulmonar
Gases e substâncias voláteis.
Difusão simples.
Pressão alveolar < pressão sanguínea.
Substância em formato grosso é eliminada pelo pulmão.
Relação Dose-Resposta
Graduada
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Potência (EC50): de um fármaco refere-se à concentração
em que o fármaco produz 50% de sua resposta máxima .
quantidade que vai ser administrada, não tem a ver com a qualidade.
Eficácia (Emáx): refere-se à resposta máxima
produzida pelo fármaco. A eficácia pode ser
considerada como o estado em que a sinalização
mediada pelo receptor se torna máxima, de modo que
qualquer quantidade adicional do fármaco não irá produzir
nenhuma resposta adicional.
esse estado é habitualmente alcançado quando todos os receptores estão
ocupados pelo fármaco.
Anotações
Farmacodinâmica
p.85
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p.86
A farmacodinâmica estuda o mecanismo de ação dos
medicamentos .
nenhum medicamento cria uma função, só estimula ou inibe uma já existente.
É O ESTUDO DA RELAÇÃO DE UMA MOLÉCULA COM O
SEU SÍTIO DE AÇÃO, MAS É IMPORTANTE LEMBRAR
QUE EXISTEM MOLÉCULAS QUE NAO PRECISAM DE UM
SÍTIO DE AÇÃO PARA FUNCIONAR.
Seletividade
A SELETIVIDADE é quando tem a atuação de uma
molécula em mais de um órgão ou estrutura. Um
fármaco seletivo irá atuar em um órgão ou uma
LAXANTES
Os laxantes normalmente são fármacos que podem
aumentar a fluidez do bolo fecal ou
deixar o bolo fecal mais lubrificado
para ser excretado ou podem atrair água para dentro do
intestino.
FÁRMACOS ESTRUTURALMENTE
ESPECÍFICOS
Sua ação decorre de sua estrutura química, se LIGAM A
RECEPTORES FORMANDO UM COMPLEXO que leva a
uma determinada ALTERAÇÃO NA FUNÇÃO CELULAR .
PRECISAM DE UM SÍTIO DE AÇÃO PARA FUNCIONAR, A
AÇÃO VEM ATRAVÉS DA INTERAÇÃO COM O SÍTIO
DEFINIDO.
Imagem: Google
Benazepril
Um exemplo é o BENAZEPRIL que é um fármaco usado no
tratamento de cardiopatias e é classificado como
um inibidor da ECA , sendo que a ECA É UMA ENZIMA
CONVERSORA DE ANGIOTENSINA.
O fígado faz a produção do angiotensinogênio que é uma
molécula inativada sem efeito farmacológico. Mas, ao entrar em
contato com a renina é transformado em ANGIOTENSINA I e
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p.91
começa a ter alguns efeitos.
a RENINA advém da produção renal.
A produção de renina acontece quando o rim tem
uma diminuição da sua perfusão.
Enzimas
Geralmente os medicamentos são inibidores de enzimas ,
por exemplo, o anti-inflamatório carprofeno irá
BLOQUEAR A INFLAMAÇÃO, inibindo a enzima
ciclo-oxigenase-2 que é responsável pela cascata de
inflamação.
Moléculas Transportadoras
Alguns medicamentos exercem sua ação INTERFERINDO NAS
PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS , tais proteínas são responsáveis
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pelo CARREAMENTO DE SUBSTÂNCIAS PARA O INTERIOR DAS CÉLULAS .
glicose, aminoácidos, íons e neurotransmissores (moléculas que inibem ou
estimulam o sistema nervoso).
Receptores Celulares
Atuam como receptores de substâncias endógenas , como por
exemplo, hormônios e neurotransmissores.
transmissão de informações extracelulares.
transmitir a informação extracelular para dentro da célula.
A VELOCIDADE DO EFEITO DOS RECEPTORES podem ser divididas em
rápida , intermediário e lenta .
RÁPIDA
São acoplados diretamente a um canal iônico e por já
estarem no canal iônico seu efeito será mais rápido.
EXEMPLO
RECEPTOR GABAÉRGICO,
RECEPTOR
NEUROTRANSMISSOR
INTERMEDIÁRIO
Quando captados os sinais intracelulares, estes são transmitidos
intracelularmente através de segundos mensageiros que vão
desencadear respostas a este estímulo, isso leva alguns segundos.
PRIMEIRO SEGUNDO
RECEPTOR
MENSAGEIRO MENSAGEIRO
LENTA
Produzidas pelos hormônios e levam horas.
Classificação
Receptores Enzimáticos
Receptores Acoplados a
Canais Iônicos TRANSMEMBRANA
Receptores Acoplados a
Proteína G
Receptores Nucleares
Receptores enzimáticos: normalmente está associado a
tirosina quinase . Após a ativação do receptor costuma promover a
ativação da tirosina quinase ou outra enzima que esteja na
membrana celular, promovendo o efeito farmacológico.
Receptores acoplados a canais iônicos (ionotrópicos).
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p.103
normalmente abrem canais para entrada de determinados íons na célula,
mudando a polaridade dela.
Receptores acoplados a proteína G (metabotrópicos).
são os receptores mais frequentes.
Receptores nucleares.
presente no núcleo da célula, isso faz com que esses receptores só sejam
ativados quando uma molécula penetra a célula e chega nos receptores.
MOLÉCULA liga-se à ativa MOLÉCULAS
PROTEÍNA
SINALIZADORAS
SINALIZADORA RECEPTORA INTRACELULARES
alteram
geram
RESPOSTA PROTEÍNAS-ALVO
Atenção!
Proteína G
É a maior parte dos receptores e o mais conhecido atualmente, faz
uma INTERMEDIAÇÃO ENTRE O RECEPTOR E AS ENZIMAS RESPONSÁVEIS
PELA MUDANÇA NO INTERIOR DA CÉLULA.
Importante!
Imagem: https://pt.khanacademy.org/science/biology/cell-signaling/mechanisms-of-cell-
signaling/a/signal-perception
Na primeira figura temos a fase de repouso da proteína G , essa
proteína está associada a uma molécula de GDP, quando existe
SEGUNDO MENSAGEIRO
O efeito da ligação a proteína G pode ser DIRETO ou apenas levar a
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p.109
INDUÇÃO DE UM SEGUNDO MENSAGEIRO através da ação de uma
enzima. Esta nova molécula tem a função de perpetuar a cascata
de eventos descarregados pela Proteína G.
Esse sistema possui efeitos sobre o metabolismo
energético, divisão celular e diferenciação celular,
sendo mediadas pela ativação de proteinas quinases.
DIACILGLICEROL (DAG)
É lipossolúvel e, por conta disso, permanece no interior da
membrana onde foi originado, ATIVANDO A PROTEÍNA QUINASE C que
causa FOSFORILAÇÃO DE DIFERENTES PROTEÍNAS CELULARES e leva
aos efeitos farmacológicos.
liberação de hormônios, aumento ou redução na liberação de
neurotransmissores, contração ou relaxamento muscular liso.
Revise!
INTERAÇÃO AGONISTA-RECEPTOR
Os agonistas estimulam, enquanto que os
antagonistas inibem ou atrapalham a ação de outro
medicamento.
K1
(M) + (R) (MR)
K2
M: medicamento
R: receptor
MR: complexo medicamento/receptor
K1: velocidade de formação
K2: velocidade de dissipação
No caso anterior, a ligação medicamento/receptor se comporta
como à cinética da ação enzimática dada pela fórmula de
Michaelis-Menten.
E = E MAX. C/C + EC 50
E = porcentagem do efeito.
C = concentração do medicamento.
Emax = resposta máxima.
EC50 = concentração que produz 50% do efeito.
Potência
Quanto MENOR A CONCENTRAÇÃO OU DOSE DO MEDICAMENTO necessária
para desencadear determinado efeito, MAIS POTENTE é
esse medicamento.
não é uma informação fundamental para a escolha do fármaco.
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p.116
não demonstra superioridade do medicamento.
A POTÊNCIA IN VIVO VS A POTÊNCIA IN VITRO SÃO
DIFERENTES.
LEVE ANALGESIA/SEDAÇÃO
meperidina 2a5
INTENSA/LIBERAÇÃO HISTAMÍNICA
ANALGESIA/PARASSIMPATOMIMÉTICO/
remifentanil 0,0001 a 0,0005
MANUTENÇÃO DE PLANO ANESTÉSICO
Variação Biológica
Cada indivíduo pode reagir de determinada forma a um
medicamento, um exemplo são os hipnoanalgésicos. Além disso,
existe a RESPOSTA INDIVIDUAL INDESEJADA que é uma reação alérgica
ao produto, não sendo um efeito do fármaco.
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p.118
Efeitos Anormais
Tolerância: baixa sensibilidade devido à exposição prévia.
existem animais que previamente entraram em contato com a
molécula do fármaco e que agora são mais tolerantes, isso é
preocupante na antibioticoterapia porque uma população de
bactérias podem ser resistentes, ou seja, tolerantes a molécula do
antibiótico.
Idiossincrasias: efeito não esperado.
por exemplo, o paracetamol em gatos que causa a produção de
metahemoglobina promovendo uma deficiência na distribuição de oxigênio
tecidual.
Supersensibilidade: efeito exagerado.
em doses terapêuticas o paciente tem um efeito exagerado, comum em
boxer quando administra acepromazina.
Hipersensibilidade: alergia.
é uma resposta alérgica, sendo uma ativação imunológica contra as
moléculas do fármaco.
Interação Medicamentosa
SINERGISMO
É um EFEITO DE DOIS MEDICAMENTOS OCORRENDO NA MESMA
DIREÇÃO , ou seja, um medicamento irá complementar o outro.
existe sinergismo quando os fármacos atuam nos mesmos receptores.
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p.119
SINERGISMO POR ADIÇÃO
Efeito combinado de dois ou mais medicamentos é igual à soma
dos efeitos isolados.
ANTAGONISMO
A interação de dois medicamentos podem levar a diminuição
ou anulação completa dos efeitos de um deles, ou seja, os
MEDICAMENTOS SE ATRAPALHAM .
Pode ser competitivo ou não competitivo, no competitivo
ocorre a competição pelo mesmo sítio de ligação
pelo agonista, podendo ser parcial reversível ou
irreversível. O não competitivo pode ser fisiológico
ou químico, no fisiológico atua em regiões diferentes no organismo
mas o efeito farmacológico é o contrário, enquanto que o químico é
o antídoto, ou seja, é uma molécula que quebra a primeira
molécula anulando o seu efeito.
ANTAGONISMO FARMACOLÓGICO
É uma COMPETIÇÃO PELO MESMO RECEPTOR , o antagonismo
competitivo pode ser parcialmente reversível ou
irreversível .
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p.120
ANTAGONISMO FARMACOLÓGICO NÃO
COMPETITIVO
O antagonista bloqueia em algum ponto a cadeia de eventos que
levaria à resposta desencadeada pelo agonista.
ANTAGONISMO FISIOLÓGICO
Dois agonistas interagem em sistemas de receptores
independentes, porém, produzindo efeitos opostos
que se anulam, ex. epinefrina e histamina.
Anotações
Sistema Nervoso
Autônomo
p.121
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p.122
Introdução
O SISTEMA NERVOSO se divide em sistema nervoso
central e sistema nervoso periférico . O sistema
nervoso central envolve as estruturas intracranianas
e medula espinhal , sendo que os NEURÔNIOS que formam a medula
espinhal podem ser chamados de neuroeixo .
Relembre!
NEUROTRANSMISSOR
ACETILCOLINA
SNA PARASSIMPÁTICO
Importante!
O sistema nervoso
autônomo simpático e
parassimpático quando
ativados produzem
alterações diferentes, por
exemplo, na ativação
simpática vemos um
aumento na força de
contração e frequência
cardíaca, enquanto que na
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p.128
parassimpática reduz a força de contração e frequência cardíaca.
EFEITOS COMPLEMENTARES
As GLÂNDULAS SALIVARES precisam da inervação
simpática e parassimpática para a SECREÇÃO
ser formada. A produção da saliva é dependente da
ativação adrenérgica , enquanto que a liberação
da saliva é mais dependente da ativação colinérgica e está
muitas vezes correlacionada com a atividade de digestão.
Significado Fisiológico da
Divisão do SNA
ATIVAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
AUTÔNOMO SIMPÁTICO
Possui um funcionamento contínuo , mas varia de momento a
momento e de órgão efetor. Sendo que a SITUAÇÃO mais comum que
PROMOVE A SUA ATIVAÇÃO é o estresse , a famosa situação de "luta
ou fuga" que LIBERA AS CATECOLAMINAS , produzindo
diversos efeitos no corpo, como aumento de gasto
energético de várias estruturas.
então, após a ativação simpática em momento de estresse,
raiva ou medo, irá preparar o organismo para um estado de "luta ou fuga".
AUMENTO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA, PRESSÃO
ARTERIAL COM REDIRECIONAMENTO SANGUÍNEO
CONTRÁRIO A PELE, HIPERGLICEMIA, BRÔNQUIOS E
PUPILAS SE DILATAM.
Imagem: Google
Gera uma corrente iônica e um potencial de ação que é propagado
através do axônio até a terminação nervosa pré ou pós-ganglionar,
fazendo a liberação de neurotransmissores.
LIBERAÇÃO DE NEUROTRANSMISSOR
Por meio da EXOCITOSE , sendo cálcio dependente . A exocitose
tira uma molécula de dentro da célula e a joga para fora, nesse
caso, joga a molécula para a fenda sináptica .
Nesse processo, as VESÍCULAS DE ARMAZENAMENTO MIGRAM ATÉ A
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p.137
MEMBRANA DA TERMINAÇÃO NERVOSO E FUNDEM-SE A ELA, depois abrem-
se no interior, no espaço extracelular, liberando o neurotransmissor
que podem interagir com receptores pós-ganglionar (pós-
sinápticos).
Tanto no simpático quanto no parassimpático , o
NEUROTRANSMISSOR liberado entre a fibra pré e pós-
ganglionar é sempre a ACETILCOLINA .
Simpatomimético: estimula o sistema nervoso
simpático.
Atenção!
Parassimpático
FIBRAS PRÉ- ACETILCOLINA SE
GANGLIONARES LIGA AO RECEPTOR
(LONGAS) NICOTÍNICO
DEGRADAÇÃO DA ACETILCOLINA
Após a liberação do neurotransmissor, este deve ser
rapidamente inativado para evitar uma ativação
excessiva dos receptores.
A acetilcolina é liberada na fenda sináptica em uma
alta concentração, mas a maioria é degradada antes de produzir o
efeito farmacológico, isso acontece devido a presença da enzima
colinesterase que degrada a acetilcolina.
Temos a presença de uma ENZIMA altamente eletiva na fenda
sináptica e pré-sináptica, sendo a ACETILCOLINESTERASE que
degrada a acetilcolina .
local de captação e receptação presentes nas terminações pré-sinápticas
(norepinefrina).
apenas 10% da acetilcolina chega na membrana pós-sináptica.
Receptores Adrenérgicos
Embora estruturalmente relacionados, diferentes receptores
adrenérgicos regulam processos fisiológicos distintos através do
controle de síntese ou liberação de vários mensageiros.
Foi observado que havia mais de um receptor adrenérgico, pois
simpatomiméticos podem causar CONTRAÇÃO OU RELAXAMENTO DO
MÚSCULO LISO dependendo do agente escolhido ou do local de
ação.
Receptores α e β: α1 e α2, β1 e β2.
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RECEPTORES β1
Esses receptores estão presentes no miocárdio e causam
um aumento do número de batimentos
cardíacos por minuto/taquicardia , também se
localizam nas PROXIMIDADES DAS TERMINAÇÕES ADRENÉRGICAS
DOS ÓRGÃOS ALVOS PERIFÉRICOS.
RECEPTORES β2
Presentes no CORAÇÃO (efeito inotrópico), MÚSCULO LISO DOS
VASOS e BRÔNQUIOS (relaxamento).
A ativação dos receptores β leva a ativação da energia ligada a
membrana (AMPc) mediada por uma proteína G.
RECEPTORES α1
A ativação desse receptor leva a estimulação da enzima de
de membrana fosfolipase C via proteína G, produz um segundo
mensageiro (inositol e diacilglicerol).
contração dos músculos lisos (aumento da pressão arterial), relaxamento
dos músculos lisos gastrointestinais.
RECEPTORES α2
Os agonistas alfa 2 inibem a liberação de norepinefrina.
Estão presentes na pré-sinapse e podem mediar a inibição da
liberação de norepinefrina nos sistemas autônomos e central.
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p.141
ESTÃO PRESENTES EM LOCAIS DISTANTES DAS
TERMINAÇÕES NERVOSAS (CÉLULAS MUSCULARES
LISAS VASCULARES E CORAÇÃO - VASOCONSTRIÇÃO E
AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL).
Receptores Colinérgicos
A ACETILCOLINA é o NEUROTRANSMISSOR NO GÂNGLIO AUTÔNOMO e
nos TERMINAIS NERVOSOS PARASSIMPÁTICOS, sua ação pode ser
inibitória ou excitatória, lenta ou rápida de acordo com o receptor
envolvido.
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as CÉLULAS EFETORAS AUTONÔMICAS nos ÓRGÃOS VISCERAIS possuem respostas
muscarînicas.
os GÂNGLIOS SIMPÁTICOS e PARASSIMPÁTICOS e MÚSCULO ESQUELÉTICO possuem
respostas nicotînicas.
RECEPTORES NICOTÍNICOS
São canais iônicos e sua ativação causa rápido aumento na
permeabilidade celular ao Na+ e K+, despolarização e excitação.
Presentes na junção neuromuscular (receptores N1) e principalmente
na sinapse pré-ganglionar (receptores N2), são excitatórias.
RECEPTORES MUSCARÍNICOS
M1: gânglios autônomos, neurônios do sistema nervoso central
e nas células parietais gástricas.
M2: miocárdio, músculo liso, terminações pré-sinápticas
colinérgicas (efeito inibitório).
M3: glândulas secretoras no músculo liso e no sistema nervoso
central.
efeitos excitatórios da acetilcolina.
M4: pulmão.
M5: glândulas salivares e no músculo da íris.
As funções dos receptores muscarínicos são mediados pela
interação com as proteínas G .
ativação da fosfolipase C (M1, M2, M3, M5): NAG e IP.
ativação de um grupo distinto de proteínas G (M2, M4): inibição da
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adenilciclase e ativação dos canais de K+ e inibição dos canais de Ca+.
Relembre!
Receptores
Possui os RECEPTORES do tipo muscarínico e nicotínico que
promovem a ativação do sistema nervoso autônomo
parassimpático.
Os receptores nicotínicos são receptores muito
excitatórios, então a sua resposta é exacerbada.
Revise!
RECEPTORES NICOTÍNICOS
Os gânglios simpáticos, parassimpáticos e placas motoras tem uma
ativação de receptores do tipo nicotínico , sendo que o
RECEPTOR N1 é tipicamente de MÚSCULO ESQUELÉTICO e o N2 é
tipicamente GANGLIONAR.
O gânglio é uma região que tem a interação entre um
neurônio pré-ganglionar e o pós-ganglionar, essa
comunicação ocorre através da acetilcolina pela
ativação dos receptores nicotínicos do tipo N2, tanto
no sistema parassimpático quanto no simpático.
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p.145
RECEPTORES MUSCARÍNICOS
M1: presente nos gânglios, sistema nervoso central e células
parietais gástricas.
por exemplo, a ATIVAÇÃO DESSE RECEPTOR NAS CÉLULAS GÁSTRICAS irá
promover a LIBERAÇÃO DE MAIS SUCO GÁSTRICO, sendo uma
liberação pró-digestiva e o seu EFEITO é do tipo excitatôrio.
M2: miocárdio e musculatura lisa.
por exemplo, no MIOCÁRDIO a ATIVAÇÃO DESSE RECEPTOR promove a REDUÇÃO DA
FREQUÊNCIA CARDÍACA, apresenta um EFEITO do tipo inibitôrio.
M3 e M4: glândulas secretoras, músculo liso e sistema
nervoso central.
é o principal grupo de receptores muscarínicos que ao serem ativados
promoverão o PERISTALTISMO, o seu EFEITO é do tipo excitatôrio .
M4: pulmão.
M5: glândulas salivares, íris e músculo ciliar.
OS FÁRMACOS AGONISTAS MUSCARÍNICOS
DIFICILMENTE ATUAM EM UM ÚNICO TIPO DE
RECEPTOR MUSCARÍNICO, COM EXCEÇÃO DAS
APLICAÇÕES TÓPICAS NA ÍRIS.
DROGAS PARASSIMPATOLÍTICAS OU
ANTICOLINÉRGICAS
São drogas antagonistas/bloqueadores colinérgicos que
fazem o efeito contrário, ou seja, se ligam no receptor e impedem
a sua ativação pela acetilcolina .
antimuscarînicas: não deixa a acetilcolina se ligar no
receptor muscarínico, fazendo com que a norepinefrina se
ligue no receptor, causando um efeito contrário ao do
parassimpático (seu efeito é "simpático").
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CLASSIFICAÇÃO
ESTÉRES DA COLINA
São obtidos através de uma reação química.
Acetilcolina.
Betanecol.
Carbacol.
Metacolina.
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p.148
MECANISMO DE AÇÃO
É visto o mecanismo de ação nas células efetoras, atuando nos
receptores do tipo muscarínico que são encontrados
principalmente nas CÉLULAS EFETORAS AUTÔNOMAS inervadas pelos
NEURÔNIOS PARASSIMPÁTICOS PÓS-GANGLIONARES .
também estão presentes no cérebro, gânglios e células dos vasos
sanguíneos.
RECEPTORES MUSCARÍNICOS
M1: neural . Extensa distribuição no sistema nervoso central
(córtex) e gânglios autônomos.
M2: cardíaco . Presente em átrios, tecidos de condução,
músculo liso e sistema nervoso central, pós-sinapse de células
musculares e pré-sinapse de neurônios.
M3: glandular. Presentes nas glândulas exócrinas, músculo liso
e sistema nervoso central, pós-sinapse de células musculares e pré-
sinapse de neurônios.
M4: presente no pulmão (principalmente), sistema
nervoso central, olhos, coração. Receptor pré-sináptico e
faz autoinibição da liberação de acetilcolina.
M5: sistema nervoso central e regula a liberação de
dopamina (outro neurotransmissor), são pouco seletivos.
O M1 e M3 estão ASSOCIADOS A PROTEÍNA G que ATIVA A FOSFOLIPASE C ,
responsável pela formação do segundo mensageiro, o inositol
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p.149
trifosfato (IP3) .
O M2 E M4 tem DUAS VIAS EFETORAS:
inibição da adenilciclase, que resulta na diminuição da síntese da adenosina
monofosfato cíclico.
através da proteína G, regulando a abertura de canais de K.
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
Na musculatura lisa causa um aumento da contração da
musculatura lisa e relaxamento de esfíncteres. Então, no
INTESTINO promove o peristaltismo e relaxamento do
esfíncter, facilitando o trânsito intestinal e o
esvaziamento do cólon .
No trato gastrointestinal causa um AUMENTO DE TÔNUS E MOTILIDADE ,
CONTRAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR .
Em doses aumentadas pode causar espasmos musculares intestinais
e tenesmo, além de aumentar a atividade secretora do
trato gastrointestinal. Esse aumento da motilidade
pode ser acompanhado de náusea, eructação, êmese,
cólica e defecação.
No TRATO GENITURINÁRIO causa a contração de vesícula
urinária e ureteres . Os efeitos de BRONCOCONSTRIÇÃO E
AUMENTO DA PRODUÇÃO DE SECREÇÃO TRAQUEOBRÔNQUICAS
são vistos no sistema respiratório . Também
estimula a secreção de glândulas
sudoríparas , lacrimais, brônquicas , salivares e do trato
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p.150
gastrointestinal.
No sistema cardiovascular promove VASODILATAÇÃO , REDUÇÃO DA
FREQUÊNCIA CARDÍACA, DIMINUIÇÃO DA TAXA DE CONDUÇÃO DOS TECIDOS
ESPECIALIZADOS e REDUÇÃO DA FORÇA DE CONTRAÇÃO.
Enquanto que no SISTEMA NERVOSO CENTRAL
normalmente não atravessa a membrana hematoencefálica.
PILOCARPINA
Possui ação em receptores muscarínicos e nicotínicos , pode ser
utilizado no TRATAMENTO DO GLAUCOMA por causar uma contração
intensa do músculo liso da íris reduzindo a pressão intraocular.
pela contração da pupila (miose) resulta na drenagem do humor aquoso,
com isso, temos uma redução da pressão intraocular.
Usado em solução aquosa 0,5% a 2,0%, sendo um fármaco
tópico via colírio, sua ação é somente no olho.
CARBACOL
Usado por produzir miose em cirurgias oculares e é um
medicamento que REDUZ A PRESSÃO INTRAOCULAR em pacientes
resistentes aos efeitos da pilocarpina ou da fisostigmina .
A pilocarbina e o carbacol podem ser usados na
forma tópica como colírio, dessa forma, reduz os
efeitos sistêmicos.
EFEITOS COLATERAIS
São efeitos decorrentes da hiperestimulação parassimpática ,
como por exemplo:
sudorese por estimular as glândulas, côlicas pelo aumento da
motilidade intestinal, dificuldade de acomodação visual,
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p.152
aumento da secreção salivar e lacrimal .
CONTRAINDICAÇÃO
É contraindicado nos casos de obstrução do trato gastrointestinal e
do trato geniturinário por serem medicamentos que ESTIMULAM O
PERISTALTIMO E CONTRAÇÃO DA VESÍCULA URINÁRIA, então se estão
obstruídos não terá o escape do bolo alimentar e da urina,
fazendo com que a contração produza mais lesões.
Não é indicado a administração em PACIENTES COM ASMA por
gerarem a broncoconstrição.
O paciente cardiopata muitas vezes compensa através da
frequência cardíaca e resistência, então é contraindicado
porque a sua UTILIZAÇÃO ATRAPALHA A COMPENSAÇÃO
promovida pelo sistema adrenérgico e pelo sistema renina-
angiotensina-aldosterona.
Quadros de úlceras não possuem indicação desses fármacos, pois
essas drogas induzem a liberação de mais secreção gástrica
(ácido clorídrico) no estômago que pode piorar a úlcera.
É contraindicado em FÊMEAS PRENHAS por estimularem a
CONTRAÇÃO DE FIBRAS MUSCULARES LISAS DO ÚTERO, podendo causar
um parto precoce que evolui para a perda do filhote.
REVERSÃO
Podemos empregar o sulfato de atropina (dose de 0,5 a 1,0
mg/kg) por via subcutânea ou intravenosa. Além dela, temos a
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p.153
epinefrina (dose de 0,3 a 1,0 mg/kg) pela via subcutânea.
Anticolinesterásicos
Os agentes anticolinesterásicos ou drogas colinérgicas
de ação indireta atuam no BLOQUEIO DA ENZIMA
ACETILCOLINESTERASE gerando um excesso de acetilcolina
na fenda sináptica.
sobra mais acetilcolina por não deixar a acetilcolinesterase se ligar
na acetilcolina, dessa forma, a acetilcolina consegue se ligar nos seus
receptores.
Os efeitos ocorrem tanto em receptores muscarínicos quanto
nicotínicos, com isso, há efeitos na placa motora.
Relembre!
ORGANOFOSFORADOS
Alguns são conhecidos como "gás dos nervos" por
terem sido utilizados como ARMAS QUÍMICAS ,
também podem ser utilizados como PRAGUICIDAS,
mas devido a sua alta toxicidade tem caído em desuso.
Pode levar o paciente a morte por não saírem dos
receptores, depois de um tempo o organismo começa
a produzir novos receptores.
ANTIMUSCARÍNICOS DE OCORÊNCIA
NATURAL
Atropina
É um alcaloide extraído da Atropina belladona, toda intoxicação por
organofosforados - 0,04 mg a 1 mg/kg, é utilizado em parada
cardíaca .
Escopolamina
Alcaloide encontrado nas mesmas plantas que a atropina, mas
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p.162
difere por apresentar um átomo de oxigênio a mais em sua
molécula.
USO TERAPÊUTICO
Trato Gastrointestinal: DIMINUIÇÃO DA MOTILIDADE
gastrointestinal quando induzida por drogas.
PIRENZEPINA no tratamento da ûlcera gâstrica .
Medicação Pré-Anestésica: usado como medicação pré-
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anestésica para EVITAR AS SECREÇÕES EXCESSIVAS DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS.
Olho: MIDRÍASE, tropicamida e atropina.
Sistema Cardiovascular: REVERTER BRADIARRITMIAS DURANTE
A ANESTESIA, parada cardíaca.
Trato Geniturinário: atropina associada a opioide pode ser
usado para TRATAMENTO DE CÓLICA RENAL por promover o
relaxamento da musculatura uretral.
Tratamento da Intoxicação por Anticolinesterásicos:
atropina em doses altas (organofosforados e organoclorados) 0,04
mg/kg - 1 mg/kg.
Posologia
ANTICOLINÉRGICOS
ANTICOLINESTERÁSICOS
10 μg/kg, IM, SC em miastenia gravis
40 μg/kg, IM, SC para reversão de
NEOSTIGMINA CÃO/GATO miorrelaxamento por curares
(em ambas as situações recomenda-se
usar a atropina em associação)
VO: via oral; IV: via intravenosa; IM: via intramuscular; SC: via
subcutânea. *Dados experimentais (Pieper et al., 2009).
Introdução
Seu principal neurotransmissor é a NOREPINEFRINA (NE) ,
também conhecida como NORADRENALINA. A epinefrina (EP)
também é um neurotransmissor e é um hormônio secretado
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p.168
pela medula da glândula adrenal , em situações de luta ou
fuga liberamos esse hormônio que produz o efeito de ativação
adrenérgica nos pacientes.
a adrenal é estimulada pela norepinefrina para secretar epinefrina que
potencializa a ação da norepinefrina.
A reação de luta ou fuga se dá por meio de
situações de estresse agudo, atividade física,
estresse psicológico, perda de sangue e etc.
O efeito cronotrópico é um aumento da frequência
cardíaca, sendo o número de vezes que o coração vai
bater.
Receptores
ALFA 1
São RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS com características excitatórias,
esses receptores são tipicamente vasculares .
um agonista alfa 1 produz um AUMENTO DA RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA
e um antagonista alfa 1 causa um efeito de vasodilatação que DIMINUI
A RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA.
Localização: músculo liso (vasos, brônquios,
trato gastrointestinal, útero e sistema urinário).
Efeito: contração do músculo liso, vasoconstrição.
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p.169
Mecanismo de Ação: receptores acoplados à proteína G
excitatórios a fosfolipase C e IP (inositol) levando a um aumento
do cálcio intracelular.
ALFA 2
Dividido em SUBUNIDADE PRÉ-SINÁPTICA e PÓS-SINÁPTICA , sendo que a
SUBUNIDADE PÓS-SINÁPTICA é importante por estar associada ao
aumento da resistência vascular periférica .
existem um grupo de fármacos chamados de alfa 2 agonistas que
INTERAGEM E ATIVAM OS RECEPTORES ALFA 2, produzindo efeitos SEDATIVOS DE
RELAXAMENTO MUSCULAR e AUMENTO DA RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA, podendo
causar alterações na pressão arterial do paciente.
Localização: em todo o sistema nervoso central.
Efeito: sedação, analgesia, atenuação das respostas mediadas
pelo simpático, agregação plaquetária.
Mecanismo de Ação: receptores acoplados a proteína G
inibitória à adenilciclase, levando a redução do cAMP
(monofosfato de adenosina) intracelular.
BETA 1
Localização: coração.
o principal órgão associado a esse receptor é o coração , todo
fármaco beta 1 agonista produz aumento de força e contração
cardíaca, além disso, também está presente nos rins, adipócitos..
Efeito: efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos.
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p.170
Mecanismo de Ação: receptor acoplado a proteína G
excitatório ligado à adenilciclase levando a um aumento da cAMP.
BETA 2
É encontrado no coração em menor quantidade quando
comparado com o beta 1, mas tipicamente está no músculo
liso de brônquios, trato gastroitestinal e útero, seus
fármacos podem ser usados como broncodilatadores.
Localização: músculo liso (vasos, brônquios, trato
gastrointestinal, útero) e sistema urinário.
Efeito: relaxamento do músculo liso, vasoconstrição, inotrópico
positivo.
Mecanismo de Ação: receptores acoplados à proteína G
excitatório ligado à adenilciclase, aumentando a cAMP
intracelular, a cAMP ativa a proteína quinase que aumenta a
atividade da bomba de sódio e potássio.
BETA 3
Associado aos ADIPÓCITOS e MUSCULATURA LISA DO INTESTINO.
Atenção!
DOPAMINA 2
Localização: músculo liso vascular, rins, gânglios simpáticos.
Efeito: inibe a liberação de norepinefrina.
Mecanismo de Ação: receptor acoplado à proteína G
inibitória ligada à adenilciclase, levando a redução da cAMP
intracelular.
Importante!
Classificação
Atuam diretamente nos receptores adrenérgicos, podendo ser
classificados em:
catecolaminêrgicos: apresentam núcleo catecol.
não catecolaminêrgicos: não apresentam núcleo catecol.
A atuação do fármaco pode ser agonista ou antagonista.
CATECOLAMINÉRGICOS
AGONISTAS ADRENÉRGICOS
USOS TERAPÊUTICOS:
a principal utilização da epinefrina é na parada cardiorrepiratória.
possui a capacidade de melhorar perfusão coronariana e cerebral.
utilizada junto a anestésicos locais para diminuir a sua absorção.
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pode ser usada de forma diluída para contenção de pequenas
hemorragias.
Dopamina
É um precursor de norepinefrina e epinefrina, seus efeitos estão
associados a ativação de receptores
dopaminérgicos e ao aumento da liberação de
norepinefrina e epinefrina na fenda sináptica.
Em doses baixas (até 5 μg/kg/min) atua em
receptores dopaminérgicos D1 localizados no rim, mesentério e
coronárias, produzindo vasodilatação.
Em concentrações médias (5 a 10 μg/kg/min) apresenta efeito
inotrópico positivo, atuando em beta 1.
Em altas concentrações atua em receptores alfa 1, produzindo
vasoconstrição.
Pode ser usada em infusão contínua para melhorar os
parâmetros hemodinâmicos nos pacientes em choque ou
anestesiados.
pode ser utilizada em infusão contínua em altas doses
para manter pressão arterial.
pode ser utilizada em infusão contínua em baixas doses para
melhorar a taxa de filtração glomerular.
Esse efeito de melhorar a taxa de filtração
glomerular e manter a pressão arterial já está em
desuso.
AGONISTAS ALFA 2
XILAZINA DETOMIDINA MEDETOMIDINA DEXMEDETOMIDINA
principal alfa 2
da veterinária principal alfa 2
usado em equinos um dos melhores alfa 2 para
ser usada na veterinária
É um grupo de fármacos sedativos pela sua ação inibitória no
sistema nervoso central , além disso, também causa um
RELAXAMENTO MUSCULAR .
tais agentes não são classificados como simpatomiméticos, porém são
usados extensamente na medicina veterinária pelas suas propriedades
sedativas e analgésicas.
Estimulam receptores pré-sinápticos , com
CARACTERÍSTICA INIBITÓRIA. Também atua em receptores
pós-sinápticos causando um aumento da resistência vascular
periférica.
ANFETAMINA E EFEDRINA
Esses fármacos FACILITAM A LIBERAÇÃO DE NOREPINEFRINA e BLOQUEIAM
A CAPTAÇÃO DESSES NEUROTRANSMISSORES, estão quimicamente
relacionados a epinefrina.
A ANFETAMINA atua aumentando a pressão arterial
sistólica e a diastólica , podendo fazer BRADICARDIA REFLEXA.
A EFEDRINA é utilizada como vasopressor, possui pouco efeito
cardíaco (quando ocorre aumenta a frequência cardíaca), também
aumenta a FORÇA DE CONTRAÇÃO DO MIOCÁRDIO e o DÉBITO CARDÍACO .
a efedrina geralmente é usada para CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL com um
tempo de meia vida longo, seu efeito total pode durar cerca de 90 minutos.
EFEITOS COLATERAIS
Estimulação Cardíaca Excessiva: arritmias, fibrilação e
óbito.
Aumento Excessivo da Pressão Arterial: AVC,
aneurismas.
Necrose Tissular.
Alfa 2 Agonistas: diminui a frequência cardíaca,
arritmogênico e pode produzir êmese.
BETA BLOQUEADORES
Pode causar insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ou
exacerbá-la em pacientes cardiopatas, além disso, pode ter como
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p.190
efeito colateral a BRADICARDIA.
Propanolol: se retirado abruptamente pode causar angina,
taquicardia e arritmias, hipertensão de rebote. Inibe efeito
broncodilatador simpático e acentua asma.
No SISTEMA NERVOSO CENTRAL pode resultar em fadiga ,
distúrbios do sono e depressão .
Anotações
Anestésicos
p.191
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p.192
As SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS QUE ATUAM NO SISTEMA
NERVOSO CENTRAL (SNC), produzem efeitos centrais ,
embora possam causar efeitos periféricos .
As drogas que alteram o funcionamento do
sistema nervoso central podem causar 3 tipos
de alterações:
Causando uma depressão, ou seja, faz com que
pare de funcionar.
atuam geral no sistema nervoso central, depressores
gerais.
Estimuladores gerais: estimulam o sistema nervoso central.
Agentes modificadores seletivos: em locais específicos do
sistema nervoso central.
A DROGA QUE ATUA NO SNC PODE AGIR NO SISTEMA
NERVOSO PERIFÉRICO, MAS AS DROGAS DO SISTEMA
NERVOSO PERIFÉRICO NÃO AGEM NO SNC.
Depressores Gerais
São capazes de DEPRIMIR TODOS OS TECIDOS EXCITÁVEIS DO SISTEMA
NERVOSO CENTRAL .
Promovem estabilização da membrana neuronal , incluindo
depressão das estruturas pré-sinápticas , com
consequente redução da quantidade de mediador
químico liberado pelo impulso nervoso, assim como
depressão dos receptores pós-sinápticos.
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p.193
ANESTÉSICOS ANESTÉSICOS
ÁLCOOL ETÍLICO
INALATÓRIOS INTRAVENOSOS
Relembre!
ESTÁGIO 2
Excitação ou delírio , o indivíduo perde a consciência e não
responde mais aos estímulos indolores, porém responde, de
maneira reflexa, aos estímulos dolorosos.
ESTÁGIO 3
Anestesia cirúrgica, o movimento espontâneo cessa e a
respiração se torna regular, com o aprofundamento da anestesia,
esses reflexos desaparecem e os músculos se relaxam por completo.
ESTÁGIO 4
Paralisia bulbar , a respiração e o controle vasomotor cessam,
havendo morte em poucos minutos.
Anestésicos Intravenosos
Os AGENTES ANESTÉSICOS INJETÁVEIS são usados para promover
anestesia em vários procedimentos diagnósticos e
terapêuticos .
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p.198
Utilizados na VIA PARENTERAL (INTRAVENOSA) , não pode mudar a
via de administração porque o medicamento foi pensado para ser
administrado nessa via.
BARBITÚRICOS
DESVANTAGENS
A via de administração é obrigatoriamente intravenosa !
Inviabilidade em pacientes cardiopatas,
nefropatas e hepatopatas.
a metabolização hepática e excreção renal lentas, não pode ser feito
tiopental em pacientes hepatopatas e renais crònicos porque
o fármaco não irá conseguir sair do corpo, ou seja, NÃO SERÁ METABOLIZADO.
Desaconselhável em pacientes idosos.
possuem uma dificuldade de metabolização , o comportamento é
igual dos pacientes hepatopatas.
Desaconselhável em gestante.
o pentobarbital possui 100% de mortalidade fetal, pois ATRAVESSA A
BARREIRA PLACENTÁRIA "anestesiando" o feto, dessa forma, os fetos perdem a
capacidade de fazer troca gasosa com a placenta.
Risco de excitação e delírio.
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p.202
em pacientes sem MPA.
Não proporciona bom relaxamento muscular.
seu uso isolado não vence o tônus muscular.
Tiopental!
EFEITOS
depressão respiratória
FARMACOCINÉTICA
Os sais sódicos do ácido barbitúricos quando na água ionizam-se.
São administrados por via intravenosa , sendo
biotransformados pelo fígado e excretado pelo
rim . Diminui a temperatura corporal HIPOTENSÃO e
HIPOTERMIA .
São ALTAMENTE SOLÚVEIS EM LIPÍDIOS , sendo captados
por todos os tecidos produzindo efeito rápido e efeito de
duração ultracurta .
por serem LIPOSSOLÚVEIS, tendem a se instalar na gordura promovendo
efeito residual e, quando liberados, são biotransformados pelo fígado e
os metabólitos excretados pela urina.
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p.204
Causam efeito cumulativo: hipotermia, bradicardia e
excitação.
Metabolização hepática, renal e cerebral. 75 a 80% de ligação
proteínas plasmáticas.
necessitam de contagem de proteína plasmática normal
eliminação por via fármaco de escolha
renal (não utilizado BARBITÚRICOS para produção de coma
em nefropatas) induzido (não mais)!
exigem metabolismo auxiliam no controle
hepático eficiente da convulsão
Esses anestésicos exigem metabolismo hepático,
sendo necessário ter um fígado funcional .
pacientes com alta de ALT, GGT, FA, redução de
albumina e proteínas plasmáticas tem relação com lesão hepática,
então deve-se evitar os barbitúricos.
Precisa de uma contagem de proteína plasmática normal,
pois tem uma alta taxa de ligação com proteínas plasmáticas.
significa que se a concentração de proteínas plasmáticas cai,
acarretará no aumento de medicamento livre que pode interagir
com o terceiro compartimento, causando um depósito desses
fármacos no tecido adiposo.
se tem uma redução das proteínas plasmáticas devemos diminuir a
dose desse fármaco.
MECANISMO DE AÇÃO
Promove a DEPRESSÃO DO CÓRTEX , TÁLAMO e
ÁREAS MOTORAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL .
Seus efeitos depressores variam desde leve
sedação e sono , anestesia geral até completa depressão
bulbar que ocasiona óbito .
Altera a condutividade iônica e interagem com o GABA.
Ação e efeitos
colaterais
As ações do tiopental no sistema nervoso central são
semelhantes às dos anestésicos inalados, embora ele não
tenha efeito analgésico e possa causar profunda depressão
respiratória.
Pode causar necrose tecidual local e ulceração ou grave
espasmo arterial, se administrado no tecido
perivascular ou em alguma artéria.
O tiopental, assim como outros barbitúricos, pode precipitar um
ataque de porfiria nos indivíduos suscetíveis.
Além disso, diminuem a pressão-intracraniana e
atravessam a barreira hematoencefálica, causando efeitos
depressores nos fetos .
indicados em pacientes com traumatismo craniano e hidrocefalia,
tumor cerebral.
PROPOFOL
É um fármaco branco leitoso , conhecido como "LEITE DO SONO".
O seu grande problema é que pode causar apneia,
mas é dependente da velocidade de infusão.
sudorese
Usos terapêuticos e
efeitos colaterais
Depressão respiratória.
DOSE DEPENDENTE
Depressão do miocárdio.
Diminui pressão arterial e resistência vascular periférica.
Reduz a pressão intracraniana (PIC), podendo ser usado em
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p.208
traumas cranioencefálicos.
Diminui o débito cardíaco (pouca redução).
Não predispões a arritmias.
Vasodilatação coronarianas.
Reduz o consumo de oxigênio no miocárdio.
Evitar o uso em pacientes geriátricos e hipovolêmicos, quando
usado em pacientes cardiopatas, quase não altera as funções
cardiovasculares.
Pouco efeito na função hepática.
Atravessa a barreira hematoencefálica, mas promove pouco
efeito depressor.
Não atravessa a barreira placentária.
É O FÁRMACO MAIS UTILIZADO EM PROTOCOLOS TIVA
(ANESTESIA TOTAL INTRAVENOSA) E FAZ ACÚMULO EM
GATOS.
ETOMIDATO
É um derivado imidazólico carboxilado, hidrossolúvel e
produz efeito cumulativo .
Dose: 0,5 a 3 mg/Kg IV (nas espécies domésticas).
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p.209
Possui duração ultracurta , sendo dose dependente. NÃO CAUSA
ANALGESIA , ausência de liberação de histamina,
metabolismo por esterases plasmáticas e por
enzimas microssomais hepáticas (hidrólise) e
excreção renal (75%).
É um fármaco que pode ser utilizado de forma
semelhante ao propofol, algumas literaturas trazem
como um fármaco ótimo para ser usado no paciente
cardiopata.
Utilizado em pacientes cardiopatas para indução anestésica.
Vantagens: efeito sobre o músculo cardíaco é muito pequeno.
Desvantagens: inibe a síntese de cortisol, dor à aplicação,
mioclonias, náusea, êmese e pode não ser o suficiente para
indução anestésica.
Causa pouco relaxamento muscular, não causa analgesia sendo
necessário associar analgésicos e relaxantes musculares.
Mecanismo de Ação: liberação/potencialização do GABA.
plasmático (pequena
METABOLISMO hepático
quantidade)
Pode ser usado em pacientes hepatopatas por mais que a sua
metabolização seja hepática.
renal
ELIMINAÇÃO
biliar
Sistema Nervoso Central: inibe atividade em sinapses
espinhais e supra-espinhais (GABA), reduz fluxo sanguíneo cerebral
e pressão intracraniana, mioclonias.
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p.210
a mioclonia dificulta a sua utilização pelo paciente poder dar pedaladas.
reduz o consumo de oxigènio cerebral .
Sistema Cardiovascular: PEQUENO EFEITO, há uma discreta
redução da pressão arterial (14%) e discreto aumento da
frequência cardíaca e débito cardíaco .
Sistema Respiratório: aumenta a frequência respiratória
(FR), reduz volume e corrente e volume minuto, APNEIA .
Sistema Gastrointestinal: reduz motilidade e tônus.
Administrar antes da indução!
tromboflebite mioclonias
Anestésicos Dissociativos
DERIVADOS DA FENCILINA
Também denominados de anestesia dissociativa , atuam ESTIMULANDO
O GABA .
os fármacos anestésicos gerais intravenosos reduzem a atividade do
sistema nervoso central, enquanto que com os dissociativos ocorre
um aumento da atividade.
CETAMINA TILETAMINA
MECANISMO DE AÇÃO
Bloqueio dos receptores muscarínicos dos neurônios centrais.
Potencialização do GABA.
Bloqueio da recaptação das catecolaminas.
Bloqueio dos receptores NMDA.
EXISTE UM ANTAGONISMO NÃO COMPETITIVO DE
RECEPTORES NMDA E UMA PEQUENA AÇÃO INDIRETA EM
GABA. SEUS PRINCIPAIS EFEITOS ESTÃO ASSOCIADOS AO
BLOQUEIO DA RECAPTAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES E A
DISSOCIAÇÃO CÓRTICO-TALÂMICA.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Intramuscular: principal via, utilizada também para dardos.
Intravenosa: doses mais baixas e ação em 2 minutos.
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p.214
Intraperitoneal: utilizada para animais de laboratório.
Subcutânea: pouco absorvido e dor à aplicação.
Oral: utilizado em pacientes de difícil manipulação.
Retal: pouco utilizada e tem uma rápida absorção.
São amplamente empregados como contenção química, agentes de
indução e manutenção anestésica.
EFEITOS
Sistema Nervoso
Central
dissociação entre tálamo paciente alheio
e sistema límbico alucinógeno ao ambiente
catalepsia
aumento do convulsões
SISTEMA NERVOSO
consumo de oxigênio
CENTRAL
aumento do fluxo manutenção dos
sanguíneo cerebral reflexos protetores
aumento da pressão
intracraniana e pressão liquórica
Predispõe o paciente a eventos de convulsão. Além
disso, pode apresentar catalepsia que é uma
rigidez muscular, sendo necessário usar em conjunto
com os dissociativos os relaxantes musculares, como
benzodiazepínicos e alfa 2 agonistas.
Por promover um aumento do consumo de oxigênio no
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p.215
sistema nervoso central é contraindicado em pacientes com
traumas cranioencefálicos. Os efeitos alucinógenos
são observados durante a recuperação do paciente.
Deve-se tomar cuidado com traumas cerebrais e/ou
hipertensão craniana.
CONSIDERAÇÕES: pode ser usado em pacientes de difícil
manipulação. É contraindicado em pacientes epilépticos, com
edema cerebral ou traumas cranioencefálicos. Não é indicado
para punções do líquor por aumentar a sua pressão, deve
tomar cuidado por poder predispor o paciente a AVC.
Sistema
Cardiovascular
aumento da frequência aumento da
cardíca aumento do pressão arterial
débito cardíaco
aumento da resistência
SISTEMA
vascular periférica propicia arritmias
CARDIOVASCULAR
aumento do consumo de
oxigênio pelo coração
Possui um efeito simpatomimético, promove uma
estimulação cardíaca generalizada, taquicardia,
hipertensão, aumento da contratilidade e débito cardíaco.
CUIDADO COM ANIMAIS CARDIOPATAS E/OU COM
COMPROMETIMENTO CIRCULATÓRIO.
CONSIDERAÇÕES
Ultrapassa a barreira placentária , sendo
contraindicado nas cesáreas.
Aumenta a pressão intraocular , deve ser evitado em
pacientes com glaucoma.
Alguns autores citam alterações de personalidade .
Analgesia pelos receptores NMDA.
É contraindicado em pacientes nefropatas devido a
sua via de eliminação.
Anestésicos Inalatórios
Os ANESTÉSICOS INALATÓRIOS promovem a AMNÉSIA e a
INCONSCIÊNCIA pela ação do anestésico ser
predominantemente no cérebro . Enquanto que
a IMOBILIDADE é a INIBIÇÃO DA RESPOSTA MOTORA AO
ESTÍMULO NOCICEPTIVO ocorre pela ação do anestésico
preferencial e inicialmente na medula espinhal.
Via de
Administração
CAM
É a CONCENTRAÇÃO ALVEOLAR MÍNIMA que dá a
potência da droga. A medição da concentração
de um fármaco geralmente é feita no sangue, mas no
caso do anestésico inalatório é mais fácil ver isso através da CAM,
que é a CONCENTRAÇÃO MÍNIMA NO ALVÉOLO NECESSÁRIO DAQUELE GÁS
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p.221
PARA MANTER O PACIENTE ANESTESIADO. A CAM é expressa em
porcentagem.
nos mostra qual é a QUANTIDADE MÍNIMA DA DROGA para se ter um efeito
anestêsico, sendo que quanto menos droga, melhor é. Não significa
que a droga é boa ou ruim, só mostra a quantidade que será utilizada.
Indica o valor numérico da presença do anestésico no
sistema respiratório.
Quanto menor a CAM, mais potente será o anestésico.
FARMACOCINÉTICA
São administrados por via pulmonar (via respiratória) e levado
ao sistema nervoso central por difusão passiva .
A biotransformação ocorre no FÍGADO, PULMÕES, RINS e
INTESTINO .
em pacientes obesos pode ocorrer o acûmulo de medicamento no
tecido adiposo .
A INDUÇÃO E RECUPERAÇÃO RÁPIDAS SÃO
PROPRIEDADES IMPORTANTES DE UM AGENTE
ANESTÉSICO, PERMITINDO UM CONTROLE FLEXÍVEL DA
PROFUNDIDADE DA ANESTESIA.
As VELOCIDADES DE INDUÇÃO E RECUPERAÇÃO são determinadas
por duas propriedades dos anestésicos, sendo elas a solubilidade
no sangue e a solubilidade na gordura .
os agentes com coeficiente de participação baixos produzem indução e
recuperação râpidos , por exemplo, ÓXIDO NITROSO e DESFLURANO.
os agentes com alta solubilidade lipídica, por exemplo o HALOTANO, se
acumulam gradualmente na gordura corporal e podem
gerar "ressaca" prolongada se usados para a cirurgia.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Hipotensão devido à vasodilatação, queda do débito
cardíaco (bradicardia) e sensibilização do miocárdio às
catecolaminas.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Depressão respiratória.
SISTEMA NEUROMUSCULAR
Relaxamento da musculatura esquelética por
mecanismos centrais e na placa mioneural.
FÍGADO
Causador de lesões hepáticas, devemos ter cautela
em pacientes nefropatas e hepatopatas.
HALOTANO
É um anestésico inalatório antigo e que já foi
amplamente utilizado, porém seu uso está em declínio
em decorrência do isoflurano e de outros fármacos.
necessita de um estabilizador chamado timol por ser um
fármaco fotosensível, o problema é que o timol possui uma alta solubilidade
em borracha.
É incolor e não inflamável.
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p.225
CAM baixa.
Indução mais demorada pelo seu coeficiente de solubilidade ser
mais alto quando comparado com o isoflurano.
Recuperação tranquila.
80% eliminado intacto por via aérea.
Diminuição do débito cardíaco e pressão arterial dose-
dependente.
Depressão dos barorreceptores.
Reduz automatismo cardíaco.
A frequência cardíaca tende a se manter inalterada.
Sensibilzação a ação das catecolaminas.
Predispõe a arritmias.
Diminuição da frequência respiratória.
Síndrome da hipertermia maligna.
Síndrome da Hipertermia Maligna!
ISOFLURANO
É um isômero do enflurano, é o ANESTÉSICO VOLÁTIL MAIS AMPLAMENTE
UTILIZADO . Seu odor é pungente, mas é um anestésico potente com
indução e recuperação rápidas.
apresenta uma baixa taxa de biotransformação .
É muito similar ao enflurano, porém não apreciavelmente
metabolizado e não possui propriedades pró-convulsivantes do
enflurano.
Menor depressão do débito cardíaco.
Pode causar HIPOTENSÃO ARTERIAL e é um POTENTE DILATADOR
CORONARIANO , isso pode exacerbar a isquemia cardíaca nos
pacientes com doença coronariana.
Não sensibiliza o miocárdio a ação das catecolaminas, promove
uma depressão respiratório e diminui o metabolismo cerebral.
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p.227
DESFLURANO
Quimicamente similar ao isoflurano, porém sua MENOR SOLUBILIDADE
NO SANGUE E NA GORDURA significam que a indução e a recuperação
são mais rápidas .
É bastante utilizado para cirurgias simples.
O desflurano causa irritação do trato respiratório, o
que pode levar a tosse e ao broncoespasmo.
SEVOFLURANO
É um anestésico semelhante ao desflurano, porém é mais
potente e não causa irritação respiratória . Sua indução
e recuperação são bastante rápidas , com odor inexistente e de 1
a 5% são excretados pela urina.
no cão produz estabilidade
taquicardia e hipotensão hemodinâmica
depressão metabólitos
SEVOFLURANO
respiratória nefrotóxicos
síndrome da
hipertermia maligna
ASSIM COMO OS OUTROS HALOGENADOS, PODE CAUSAR
HIPERTERMIA MALIGNA.
Tem menos efeitos sobre a resistência, mas tem uma CAM mais
alta, gastando mais no trans-operatório para manter a anestesia.
@apostilavet Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67
p.228
Potencial de Ação!
Definição
São AGENTES QUE BLOQUEIA A CONDUÇÃO NERVOSA quando
aplicados localmente no tecido nervoso .
seu efeito ê reversîvel, sendo que após o seu emprego há
recuperação completa da função nervosa sem que tenha um dano
estrutural nas células ou nas fibras nervosas.
Causam a perda da sensibilidade dolorosa pelo
bloqueio da condução nervosa do estímulo doloroso ao
sistema nervoso central, porém, não causam perda
da consciência.
Condução Nervosa
É o TRANSPORTE DE ÍONS ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA ,
sendo um transporte ativo pela bomba de sódio e
potássio . A entrada de sódio é acompanhada pela
pequena saída de potássio, que causa uma onda de
despolarização .
Revise!
Estrutura Química
Os anestésicos locais são constituídos de 3 partes:
Um radical lipofílico: radical aromático.
Um radical hidrofílico: amina.
Uma cadeia intermediária: amida ou éster
A ligação da cadeia intermediária com o resíduo
aromático determina algumas propriedades importantes dos
anestésicos locais.
A ligação é do tipo éster, o medicamento é rapidamente
hidrolisado e degradado no organismo: PROCAÍNA , TETRACAÍNA ,
CLORPROCAÍNA.
A ligação do tipo amina , sua biotransformação é lenta e
duradoura : LIDOCAÍNA, MEPIVACAÍNA, BUPIVACAÍNA , ROPIVACAÍNA.
A porção hidrofílica (grupo amina), é, em geral, derivada do álcool
etílico ou do ácido acético. Moléculas ligadas à porção hidrofílica
tornam o agente insolúvel.
O anel aromático e o grupo amina são fixos, ou seja,
nunca mudam.
Toxicidade
Lidocaína: a dose tóxica é 10 mg/Kg.
Bupivacaína: a dose tóxica é 5 mg/Kg.
As causas mais comuns de intoxicação sistêmica são:
injeção intravenosa inadvertida, sobredose
anestésica e administrações repetidas .
Em processos inflamatórios, diminuição de pH e consequente
ionização.
Sistema Nervoso Central: inquietação, agitação e
contrações musculares.
Sistema Cardiovascular: depressão da contratilidade,
automaticidade e velocidade de condução, vasodilatação e
hipotensão.
@apostilavet
procaína éster 1 8,9 6% lento 60 a 90 min
Mecanismo de Ação
Os ANESTÉSICOS LOCAIS são substâncias que bloqueiam a condução
nervosa de forma reversível . O local de ação é a membrana
celular, atuam bloqueando o processo de excitação-condução.
Interrompem a condução do estímulo nervoso por bloquear a
Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67 @apostilavet
p.235
condutância dos canais de sódio inativados ,
impedindo a deflagração do potencial de ação.
funcionam através do bloqueio dos canais de sôdio.
Os anestésicos locais impedem a condução do
impulso nervoso, impedindo que a informação chegue no sistema
nervoso central.
Irá bloquear a abertura do canal iônico que já está
fechado, não atua no bloqueio do canal iônico que
está aberto.
Farmacocinética
PH É BÁSICO, ESTANDO NA CONVERSÃO
CONVERSÃO DA
DA
FORMA IONIZADA FORMA
FORMA IONIZADA
IONIZADA EM
EM
NÃO-IONIZADA
NÃO-IONIZADA PELA
PELA
NOS NEURÔNIOS SOFREM SOLUÇÃO
SOLUÇÃO TAMPÃO
TAMPÃO
IONIZAÇÃO, CAUSANDO O BLOQUEIO
DOS CANAIS DE CÁLCIO
Efeitos Farmacológicos
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Inicial excitabilidade com posterior depressão
do sistema nervoso central (efeito ambivalente).
Aumento do limiar convulsígeno, potencializa anestesia
e produz analgesia.
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infusão contînua de lidocaîna: 1,5 mg/kg indução e 0,7 mg/kg/min
na manutenção.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
É um ANTIARRÍTMICO (desfibrilador químico), dose de 1 a
2 mg/kg de lidocaína .
Efeito cronotrópico negativo em altas doses
(bradicardia, arritmias, redução da contratilidade).
Vasodilatação em tecidos periféricos.
Utilização Terapêutica
Procedimentos cirúrgicos.
Acinesia.
a lidocaîna pode ser usada para produzir acinesia
que é parar a movimentação de uma região, podendo ser usada na
intubação de gatos.
A lidocaína pode ser utilizada para o controle de arritmias
cardíacas.
taquicardia taquiventricular e supraventricular.
Analgesia sistêmica.
Analgesia local - ramos específicos.
Pode ser usada para diagnósticos, como bloqueios em equinos.
Medicamentos Utilizados
TETRACAÍNA (PANTOCAÍNA®)
Altamente lipossolúvel, sendo um potente anestésico
de ação tópica e sofre uma degradação lenta.
DOSE MÁXIMA 1 MG/KG.
LIDOCAÍNA (XILOCAÍNA®)
Apresenta uma moderada solubilidade, pode ser autoclavada, com
potência e duração moderada e possui um ALTO PODER DE
PENETRAÇÃO.
bloqueio infiltrativo: 0,5 a 1%.
peridural: 2%.
arritmia: 1 mg/kg.
dose mâxima: 7 mg/kg sem adrenalina e 9 mg/kg com adrenalina,
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BUPIVACAÍNA (MARCAÍNA®)
Anestésico local altamente solúvel, pode ser autoclavado e é 4
VEZES MAIS POTENTE QUE A LIDOCAÍNA .
Associação com Outras Drogas
ADRENALINA
Permite menor absorção sistêmica do anestésico ,
diminuindo o risco de seu emprego por ser absorvida
lentamente. A associação com adrenalina promove uma
vasoconstrição periférica .
para aumentar o tempo da anestesia no local, é realizado a
anestesia com adrenalina que faz com que o vaso diminua o seu
diâmetro IMPEDINDO QUE A MOLÉCULA DO ANESTÉSICO VÁ PARA O FÍGADO, dessa
forma, demora mais para ser metabolizado.
É perigoso fazer a ANESTESIA COM ADRENALINA NAS EXTREMIDADES
porquê pode causar necrose, pois essas áreas periféricas
possuem uma vasoconstrição natural e, com isso, pode causar uma
necrose se administrar em conjunto com a adrenalina.
Anestesias periféricas precisam ser realizadas sem
adrenalina.
Anotações
Tranquilizantes
e Sedativos
p.241
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p.242
São chamados de ANSIOLÍTICOS , sendo amplamente
utilizados na medicina veterinária. Pode ser usado para
contenção química e como medicação pré-
anestésica para diminuir a dose do anestésico geral.
Efeitos colaterais/seleção do fármaco para cada animal.
tranquilizantes sedação
Sensação de calma, reduz a
ansiedade e mudança Depressão central, sonolência e pode
comportamental leve. O paciente apresentar inconsciência, mas
consegue caminhar, não induzindo responde a estímulos dolorosos.
ao sono.
Mecanismo de Ação
Esses fármacos realizam o BLOQUEIO DE RECEPTORES
DOPAMINÉRGICOS PRÉ E PÓS-SINÁPTICOS . A DOPAMINA é
liberada na fenda sináptica e o seu excesso é
recaptado por uma proteína de membrana .
Quando essa proteína é bloqueada não ocorre a RECAPTAÇÃO DA
DOPAMINA , dessa forma, aumenta a sua concentração na
fenda sináptica.
Além desse aumento na fenda sináptica, também apresenta um
efeito de bloqueio pós-sináptico , impedindo a ativação desses
receptores .
Exemplo!
Ações Farmacológicas
Tranquilização e sedação, sendo mais dependente da dose.
Não possui efeito analgésico.
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p.246
Diminui a quantidade de agente indutor.
Diminui a quantidade de agente de manutenção.
Pode ser associado a um analgésico (efeito de potencialização).
OUTROS EFEITOS
Diminuição do Limiar Convulsivo: pacientes convulsivos
possuem uma certa quantidade de estímulo que
podem sofrer para gerar a convulsão , como por
exemplo, ansiedade, susto e outras causas. De toda
forma, existe um ESTÍMULO NECESSÁRIO PARA QUE TENHA O
GATILHO DA CONVULSÃO .
os fenotiazînicos reduzem esse gatilho , fazendo com que o
paciente tenha facilidade em convulsionar.
PACIENTES EM TRATAMENTO E COM A CONVULSÃO CONTROLADA apresenta esse efeito
menor, mas ainda assim é contraindicado em pacientes com histórico de
convulsão.
Efeito Hipotensor por Ação em Receptores ALfa 1:
esse EFEITO É MAIS INTENSO NA ACEPROMAZINA do que em outros
fármacos dessa classe.
reduz de 20 a 30%, é contraindicado em pacientes com sepse.
Efeito Inotrópico Positivo: não está claro , pois não
conseguimos atribuir esse feito somente ao aumento da
contratilidade porque estamos reduzindo a resistência.
Esplenomegalia: é contraindicada a sua utilização em
pacientes que já possuem esplenomegalia ou com tumores no baço.
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p.247
Contraindicado em Cardiopatas: muitas literaturas
contraindicam os fenotiazínicos para cardiopatas, mas existem
discussões acerca do tema.
Antihistamínico: basicamente é o efeito da prometazina ,
atua inibindo novas liberações de histamina.
Antiemético e Antitussígeno: mais pronunciado na
clorpromazina , o seu problema é que é um fármaco de uso
Acepromazina
É o MAIS COMUM DOS FENOTIAZÍNICOS na medicina
veterinária, sendo muito utilizado para pequenos e
grandes animais.
concentrações de 0,2 a 1%.
É o mais sedativo dos fenotiazínicos e é o que produz o efeito
inotrópico sobre o coração mais pronunciado.
Formulações: VO, IV e IM.
Segura: normalmente utilizada em dose menor que indicado em
bula.
Não possui efeito analgésico: associada com opioide, ex.
morfina.
EFEITOS ADVERSOS
É o fenotiazínico com a MELHOR CAPACIDADE SEDATIVA e é o que
promove mais efeitos colaterais.
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Diminuição da Resistência Periférica: gera
hipotensão , o vaso fica relaxado e dessa forma o
sangue causará uma baixa pressão.
na dose de 0,1 mg/kg em cães tem uma redução de 20 a 30% do
dêbito cardîaco e da pressão arterial .
dose utilizada na rotina: 0,025 a 0,05 mg/kg.
em doses altas causa hipotensão, sendo que o RIM é o primeiro órgão
que sofre pela QUEDA DE 20 A 30% DA PRESSÃO ARTERIAL.
na dose de 0,1 mg/kg em equinos tem uma diminuição de 15% do
dêbito cardîaco.
Diminuição da pressão arterial durante a anestesia
inalatória em doses altas.
Levomepromazina
É um fármaco que apresenta um efeito interessante para cães
idosos , com um PEQUENO EFEITO SEDATIVO .
seus efeitos colaterais são menores.
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Formulações: VO, IV e IM.
Causa um pequeno efeito analgésico em cães e gatos.
Clorpromazina
Gera um efeito sedativo menor que a acepromazina , mas,
em contrapartida, seus EFEITOS COLATERAIS SÃO REDUZIDOS. Possui
EFEITO ANTIEMÉTICO e ANTITUSSÍGENO .
não produz vasodilatação periférica como a acepromazina.
A clorpromazina pode ser utilizada em associação com o butorfanol em
pacientes com crises de colapso de traqueia como
SEDATIVOS . Nesses pacientes também podemos administrar um
ANTI-INFLAMATÓRIO PARA REDUZIR A INFLAMAÇÃO DA TRAQUEIA .
Prometazina
Apresenta um maior efeito anti-histamínicoe o seu
efeito sedativo em animais não é grande ,
dessa forma, é UTILIZADO NO PACIENTE COM ALERGIA ,
MASTOCITOMA ou quando o PACIENTE PODE DESENVOLVER ALERGIA, mas
para sedar o paciente devemos ASSOCIAR A PROMETAZINA
COM OUTRO FENOTIAZÍNICO .
Para ter o efeito anti-histamínico, a prometazina deve
ser utilizada antes da liberação histamínica
Farmacocinética
São ABSORVIDOS pelo TRATO GASTROINTESTINAL ou por VIAS
PARENTERAIS, sua administração pode ser por VO ou IM.
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Distribuição: encéfalo, pulmão e fígado.
Eliminação: renal e biliar.
Locais de Ação
Atuam no sistema nervoso central bloqueando os receptores
dopaminérgicos do tálamo, hipotálamo , sistema límbico ,
vias aferentes sensitivas e sistema motor.
Mecanismo de Ação: altera a neurotransmissão
dopaminérgica.
Utilizações
AZAPERONE
Já foi muito utilizado em suínos, mas ultimamente foi
SUBSTITUÍDO POR OUTROS FÁRMACOS.
fármaco de escolha para indução desse pacientes, mas
atualmente mais utilizado experimentalmente.
HALOPERIDOL
Tratamento de distúrbios psicóticos em humanos.
Utilizado como ansiolítico de longa duração.
Pode ser usado em distúrbios de comportamento em pequenos
animais.
sua excreção é lenta, apresentando um tempo de meia vida longo.
Pode ser usado como ansiolítico em selvagens.
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Associações
Opióides: dependendo do opióide pode gerar boa sedação.
Dissociativos: diminui os efeitos deletérios do uso dos
dissociativos.
Fenotiazínicos: podem ser utilizados para diminuir a dose do
fenotiazínico e podem ajudar no relaxamento muscular no trans-
operatório.
Diazepam
É usado como ANTICONVULSIVANTE e SEDATIVO LEVE
em pequenos animais.
dose: 0,5 a 1 mg/kg IV, intra-retal (IR) ou intranasal.
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p.255
Causa uma depressão mínima da respiração, do débito cardíaco e do
aporte de oxigênio .
É uma OPÇÃO SEGURA para pacientes debilitados, idosos ,
cardiopatas, nefropatas e etc.
APLICAÇÃO CLÍNICA
Promove uma sedação muito discreta (tranquilização).
utilizado para relaxamento muscular , pode ser
aplicado em conjunto com o propofol para reduzir a dose
do mesmo, associado quando utilizado quetamina como agente indutor,
0,2 mg/kg IV ou IM.
anticonvulsivante: 1 mg/kg IV, IR, intranasal para controle da
convulsão.
cuidado com doses repetidas: metabólitos ativos (sedação),
entretanto não possuem efeitos anticonvulsivantes.
Midazolam
Usado em várias espécies, como suínos, furões, cães,
gatos, cavalos e aves. Pode ser administrado por VIA
INTRAVENOSA , INTRAMUSCULAR e INTRANASAL.
EFEITOS CARDIOVASCULARES MÍNIMOS, COM REDUÇÃO
DE 10 A 20% DO DÉBITO CARDÍACO E DA FREQUÊNCIA
CARDÍACA.
APLICAÇÃO CLÍNICA
Causa uma SEDAÇÃO MUITO DISCRETA (tranquilização).
promove sedação se associado com opioide, medicação pré-anestésica em
pacientes críticos (cardiopatas, nefropatas, idosos e etc).
Ótimo relaxamento muscular, sendo usado para reduzir o efeito
excitatório da cetamina.
0,2 mg/kg IV, IM.
Anticonvulsivante na dose de 0,5 mg/kg intravenoso ou intranasal.
Utilizações
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
Bom efeito ansiolítico.
Usado com segurança em cardiopatas e nefropatas.
Produz relaxamento muscular que facilita contenção.
INDUÇÃO
Podem ser associados na indução de algumas
espécies, como cães, gatos e equinos, mas o plano
anestésico é alcançado pelo dissociativo.
Por exemplo:
cetamina + midazolam.
tiletamina + zolazepam.
diazepam + propofol.
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p.257
midazolam + propofol.
O uso do benzodiazepínico associado ao propofol tem
a finalidade de reduzir a quantidade de propofol
utilizado.
CONTROLE DE CONVULSÕES
Diazepam: droga de escolha para utilização no paciente em
convulsão.
a aplicação do diazepam na convulsão pode ser intravenoso se tiver
o acesso venoso ou se chegar convulsionando na clînica
por via intraretal .
Clonazepam: adjuvante de terapias anticonvulsivas, mais
utilizado em humanos.
RELAXANTE MUSCULAR
O CLONAZEPAM pode ser utilizado como RELAXANTE MUSCULAR EM
CASOS DE DOR CRÔNICA .
por exemplo, dor cervical.
muitas vezes a contratura muscular piora a sensibilidade dolorosa.
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sua utilização pode reduzir a dose de medicamentos analgésicos.
SEDAÇÕES EM PRIMATAS
Principalmente o midazolam , pode ser misturados a sucos naturais
e utilizados por via oral.
facilitam a captação desses pacientes que podem ser muito violentos, pelo
efeito sonífero e amnésico.
Reversor
Flumanezil (para todos os fármacos da classe).
receptor alfa 1 e
vasos sanguíneos vasoconstrição
alfa 2
olho - musculatura da
receptor alfa 1 contração - midríase
íris
Efeitos
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
A ocupação dos receptores alfa 2
adrenérgicos no SNC por um AGONISTA ALFA 2 , por
exemplo, xilazina, irá reduzir a liberação de
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p.262
norepinefrina e podem impedir a ocupação desses receptores.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
relaxamento da musculatura intercostal
redução da frequência
depressão ventilatória EFEITOS
respiratória
SISTEMA REPRODUTOR
Aumenta as CONTRAÇÕES UTERINAS .
SISTEMA DIGESTÓRIO
diminuição do fluxo sanguíneo intestinal
SISTEMA ENDÓCRINO
fármaco hiperglicemiante
EFEITOS
Xilazina
Estruturalmente relacionada com a clonidina, sendo a sua
seletividade de 160 .
quanto mais seletivo for pelos receptores alfa 2, menor ê a
quantidade de efeitos colaterais.
no caso da xilazina, a sua seletividade é de 160 sendo considerado
uma BAIXA SELETIVIDADE e, por consequência, tem mais efeitos
colaterais.
Administrada em muitas espécies, mas é PRINCIPALMENTE UTILIZADA
E BEM TOLERADA EM BOVINOS . Causa hipotensão tardia e grave
em animais de companhia .
é o fármaco mais utilizado até hoje em medicina veterinária (a 2 e a 10%).
Após Administração IM e IV: analgesia e sedação
rápida (10 minutos).
Duração de 60 minutos aproximadamente, podendo chegar a 3
horas em cães e gatos.
Efeito: sedativo, êmese, hipertensão, bradicardia, analgesia
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p.266
visceral, relaxamento muscular.
Muito utilizada em associação à cetamina.
EFEITO CARDIOVASCULAR
Hipertensão inicial devido a vasoconstrição periférica (alfa 2
periférico e alfa 1).
Bradicardia reflexa (colinérgico) e bradicardia central (alfa 2
central) para controle da pressão arterial.
Após os efeitos periféricos cessarem (reversão da
vasoconstrição) a bradicardia central continua – hipotensão.
EFEITO GASTROINTESTINAL
Salivação, vômito e refluxo - potentes indutores de vômito.
APLICAÇÃO CLÍNICA
É usado com CAUTELA EM ANIMAIS DE COMPANHIA , normalmente é
associada a opioide para neuroleptoanalgesia e pequenos
procedimentos .
Detomidina
É um pouco mais seletiva que a xilazina (260), mas sua
SELETIVIDADE É CONSIDERADA BAIXA .
É um fármaco bem lipossolúvel que promove uma rápida
distribuição, sua utilização é comum em equinos .
no equino não temos muito problemas com a sua utilização,
é o alfa 2 de escolha para essa espécie.
Possui boa segurança para equinos.
Medetomidina
É uma mistura racêmica de 2 enantiômeros, com uma seletividade
de 1600 .
Não tem mais utilização dentre as espécies domésticas por ter sido
substituída pela dexmedetomidina, a sua dose é o dobro da dose da
dexmedetomidina.
Pode ser usado pelas vias IM, IV, SC, peridural (15
mcg/Kg para cães).
Dexmedetomidina
É um enantiômero dextrógero, SUBSTITUIU A MEDETOMIDINA NAS
ESPÉCIES DOMÉSTICAS , sua grande utilização atualmente é na
MANUTENÇÃO DO COMA NA UTI , ANESTESIA e TRAUMA
CRANIOENCEFÁLICO por aumentar a resistência vascular
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p.268
periférica, dessa forma, ajuda a manter a pressão arterial no
paciente. Também pode ser usado no CONTROLE DE CONVULSÕES .
EFEITO CARDIOVASCULAR
Ocorre um aumento da pressão arterial inicial devido a
vasoconstrição periférica com bradicardia reflexa. Seguida de
normalização da pressão arterial e redirecionamento
do fluxo sanguíneo para órgãos vitais.
cérebro, coração, rins, fígado.
HIPOTENSÃO TARDIA MENOS EVIDENTE QUE A
XILAZINA.
APLICAÇÃO CLÍNICA
Sedação e analgesia que pode ser utilizada com opioide, também
pode ser usado na medicação pré-anestésica .
Reversível com Atipamezole: antagonista alfa 2
adrenérgico.
Outros Fármacos
ROMIFIDINA
É um fármaco intermediário entre detomidina e medetomidina.
CLONIDINA
Primeiro alfa 2 agonista sintetizado e é utilizada em humanos.
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p.269
Efeitos Colaterais
Êmese.
Diminuição da frequência cardíaca.
Aumento da resistência vascular periférica.
Pode produzir bloqueio atrioventricular de primeiro e segundo
grau.
Antagonistas
IOIMBINA
Produz antagonismo competitivo.
Liberação lenta dos receptores.
DOSES
Cães: 0,4 mg/kg.
Equinos: 0,075 a 0,15 mg/Kg.
Bovinos: 0,25 mg/Kg.
OUTROS ANTAGONISTAS
ATIPAMEZOLE TALAZOLINA
Anotações
Analgésicos
p.271
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p.272
Mecanismo de Ação
Os opioides atuam principalmente na FASE DE MODULAÇÃO DA DOR ,
que é quando o sinal de dor chega na região de raiz
dorsal da medula espinhal . Além disso, atuam em outros
segmentos porque os RECEPTORES OPIOIDES são abundantes e estão
presentes ao longo do caminho da dor, auxiliando na fase
da transmissão e transdução da dor.
Existem três importantes receptores de dor , sendo eles o MU,
KAPPA e SIGMA . Esses receptores se encontram em vários tecidos,
mas em grandes quantidades no sistema nervoso central.
não são receptores fixos porque todas as cêlulas são capazes de
produzir um receptor opioide de membrana.
as células que possuem receptores opioides tem a CAPACIDADE DE GERAR
NOVOS RECEPTORES, como por exemplo, em descargas adrenêrgicas
intensas terá um aumento do número de receptores opioides de diversos
tecidos.
Pacientes politraumatizados expressam uma grande
quantidade de receptores opioides, dessa forma,
reduz a capacidade de produção de efeitos colaterais
dos opioides.
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p.274
São receptores endógenos , também temos moléculas endógenas
que são os OPIOIDES ENDÓGENOS , conhecidos como endorfina e
dinorfina , são moléculas liberadas pelo organismo e que atuam
nos receptores endógenos.
Exemplo!
butorfanol
pentazocina
nalbufina
morfina naloxona
disforia (alucinação) meperidina nalmefene
sigma euforia fentanil butorfanol
excitação oximorfona pentazocina
tramadol nalbufina
* dependendo da situação.
Agonista Puro: é um fármaco opióide com capacidade de
ativar os três receptores opioides (mu, kappa e sigma).
por exemplo, morfina .
Agonista Antagonista: por exemplo, o butornal é um
antagonista mu , ou seja, bloqueia esse receptor, mas é um
agonista kappa , dessa forma, conseguimos utilizar o BUTORFANOL
PARA ANALGESIA VISCERAL , mas sem ter a produção de uma analgesia
somática.
não é interessante a sua administração em pacientes politraumatizados, em
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p.277
contrapartida, a sua utilização é interessante em equinos com côlica.
também é antagonista sigma, evitando a disforia, excitação e afins.
Antagonista Puro: a naloxona é o principal, sendo um
antagonista puro que atua na REVERSÃO DOS EFEITOS COLATERAIS dos
fármacos opioides utilizados.
Morfina
Foi o PRIMEIRO OPIOIDE SINTETIZADO e promove uma
BOA ANALGESIA e SEDAÇÃO MODERADA .
Apresenta diversas vias de aplicação , como
intramuscular (IM), intravenoso (IV), subcutânea (SC), peridural e
raquidiana.
a aplicação subcutànea possui um período de latência grande, ou
seja, demora para começar a produzir os seus efeitos farmacológicos.
para a aplicação intravenosa precisa de uma dose muito baixa, em
cães e gatos é de 0,1 mg/kg. Além disso, é preciso diluir e aplicar lentamente
no paciente, sendo uma administração de no mínimo três minutos.
REAÇÕES ADVERSAS
Êmese: pode acontecer em 50% dos pacientes e é mais
frequente em aplicações subcutâneas.
Liberação Histamina: a histamina é uma molécula
associada a eventos alérgicos, então devemos evitar a utilização
de morfina em pacientes com histórico de alergia e mastocitomas .
o mastocitoma é um tumor liberador de histamina, então se utilizar
@apostilavet Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67
p.278
morfina nesses pacientes, pode causar hipotensão quando feita pela via
intravenosa rapidamente, prurido e broncoconstrição.
Depressão Respiratória: é dose dependente , quanto
maior a dose maior será esse efeito, então devemos tomar cuidado
com a mistura de opioides.
Excitação/Euforia: mais comum em gatos e equinos.
Retenção Urinária e Fecal: principalmente em peridural.
Constipação .
Meperidina
Apresenta uma BOA CAPACIDADE SEDATIVA , mas analgesicamente não
é um opioide muito interessante devido a sua curta capacidade
analgésica (3 horas) .
Produz uma liberação histamínica mais intensa que a
morfina , sendo PROIBIDO A SUA UTILIZAÇÃO PELA VIA INTRAVENOSA .
não utilizar em mastocitoma e pacientes alêrgicos.
Butorfanol
É um fármaco que pode ser utilizado em EQUINOS
COM CÓLICA , são agonistas de receptores
kappa e antagonista mu .
Apresenta uma BOA ANALGESIA VISCERAL e BOA SEDAÇÃO,
possui uma ótima segurança para pacientes cardiopatas e é um
ótimo opioide para equinos.
não causa efeitos colaterais importantes em pacientes cardiopatas na
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p.279
emergência e não produz depressão respiratória importante.
Metadona
Esse opioide não causa liberação de histamina e êmese,
mas promove DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA por taquipneia e não produz
muita bradicardia. Sua duração é de 10 horas .
Fentanil
É um opioide de ação rápida , então sua
duração é curta (cerca de 20 minutos) . É um
fármaco utilizado para fazer ANALGESIA EM PERÍODO
TRANSOPERATÓRIO ou PÓS-OPERATÓRIO EM INFUSÃO
CONTÍNUA no paciente internado.
o fentanil se acumula ao longo do tempo no paciente, mesmo
que diminua a sua taxa de administração, com isso, cada vez mais irá
promover depressão cardíaca e respiratória.
Devemos tomar cuidado com o tempo de infusão e deve reduzir a
taxa de utilização conforme a necessidade do paciente.
É 250 vezes mais potente que a morfina , mas isso não
significa que é melhor, mas sim que a dose necessária será menor.
O EFEITO É QUASE QUE IMEDIATO SE FEITO PELA VIA INTRAVENOSA , é
possível ser feito pela via peridural, mas seu período de latência é
de 15 minutos com o período de ação de uma hora.
Além disso, promove DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA e TAQUICARDIA .
Sulfentanil
Possui um período de ação curto (em torno de 10 minutos) , é
interessante de ser administrado no período transoperatório
por infusão contínua , sendo um FÁRMACO QUE REDUZ A DOSE DE
PROPOFOL.
Dose inicial ou taxa de infusão aumentada.
Remifentanil
É um opioide mais potente que a morfina , semelhante ao
fentanil, com uma duração ultracurta de 1 minutos , sendo a sua
principal vantagem é a de REDUZIR A DOSE DE PROPOFOL .
Utilização em Infusão Contínua: manutenção anestésica
e analgesia transoperatória.
Outros: sulfentanil, alfentanil.
Tramadol
É um opioide derivado sintético que NÃO PRODUZ A LIBERAÇÃO
DE HISTAMINA .
Não é um fármaco comum de ser utilizado no
transoperatório.
1a5 1a5
fentanil 1 a 5 mcg/kg 1 a 5 mcg/kg
mcg/kg/h mcg/kg/h
Naloxona
É um fármaco importante para reverter os efeitos opioides , não
sendo um fármaco analgésico.
para reverter a etorfina, usamos a diprenorfina .
Dose: 0,04 mg/kg.
Precisamos tomar cuidado com o efeito de
renarcotização, por exemplo, se utilizou morfina no
paciente e na primeira hora ele está com dificuldade
respiratório, ao aplicar o reversor precisamos ficar
atento porque pode ser que o paciente volte com os efeitos
colaterais dos opioides depois de um tempo.
Receptores Adrenérgicos
RECEPTORES TIPO BETA
Beta 1: promove um maior efeito cardíaco aumentando o
tônus e frequência cardíaca.
Beta 2: tem como principal efeito a broncodilatação.
RECEPTORES TIPO ALFA
Os receptores alfa 1 estão associados a VASOCONSTRIÇÃO com
característica excitatória. Enquanto que os receptores alfa 2
possuem um RECEPTOR PRÉ-SINÁPTICO com característica inibitória e
o PÓS-SINÁPTICO com característica excitatória.
o receptor prê-sinâptico promove uma diminuição da liberação de
norepinefrina na fenda sináptica, com isso, REDUZ A MANUTENÇÃO DA VIGÍLIA que
faz com que o paciente tenha uma tendência ao sono, dessa forma, tem um
EFEITO SEDATIVO quando utilizado.
o receptor pôs-sinâptico tem como efeito principal a vasoconstrição
periférica, podendo resultar no AUMENTO DA RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA que
é contrabalanceado com a frequência cardíaca.
Mecanismo de Ação
Ativação de receptores alfa 2 inibe a secreção de catecolaminas
na fenda sináptica.
Efeitos: relaxamento muscular, sedação, analgesia visceral e
somática.
muitas vezes não é suficiente para fazer o tratamento de dor somática,
mas podemos utilizá-lo como adjuvante no tratamento.
Efeitos
grande quantidade de receptores adrenérgicos no tronco cerebral
Taxas
DEXMEDETOMIDINA
Dose Inicial: 0,2 a 1 mcg/kg.
Manutenção: 1 a 2 mcg/kg/h.
XILAZINA
Dose Inicial: 0,1 a 0,5 mg/kg.
Manutenção: 1 a 2 mg/kg/h.
Estrutura Química
Os anestésicos locais são constituídos de 3 partes:
Um radical lipofílico: radical aromático.
Um radical hidrofílico: amina.
Uma cadeia intermediária: amida ou éster
Toxicidade
Lidocaína: a dose tóxica é 10 mg/Kg.
Bupivacaína: a dose tóxica é 5 mg/Kg.
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p.287
As doses tóxicas causam uma cardiotoxicidade, reduzindo
a força contrátil do coração, além disso, promove
alucinações e euforia no sistema nervoso central.
Qualidades Físico-Químicas
pKa: distribuição do fármaco.
os tecidos inflamados fazem uma má distribuição do fármaco e,
com isso, pode fazer com que o ANESTÉSICO LOCAL NÃO PROMOVA O EFEITO.
Importante!
Mecanismo de Ação
Os ANESTÉSICOS LOCAIS são substâncias que bloqueiam a condução
nervosa de forma reversível . O local de ação é a membrana
celular, atuam bloqueando o processo de excitação-condução.
Interrompem a condução do estímulo nervoso por bloquear a
condutância dos canais de sódio inativados, impedindo a
deflagração do potencial de ação.
funcionam através do bloqueio dos canais de sôdio.
O bloqueio segue a sequência de bloqueio de fibras autônomas,
sensoriais e motoras.
Utilização Terapêutica
Procedimentos cirúrgicos.
Acinesia.
a lidocaîna pode ser usada para produzir acinesia que é parar a
movimentação de uma região, podendo ser usada na intubação de gatos.
A lidocaína pode ser utilizada para o controle de arritmias
cardíacas.
taquicardia taquiventricular e supraventricular.
Analgesia sistêmica.
Analgesia local - ramos específicos.
Pode ser usada para diagnósticos, como bloqueios em equinos.
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p.289
Utilizadas Atualmente
LIDOCAÍNA BUPIVACAÍNA ROPIVACAÍNA
Mecanismo de Ação
Atuam interrompendo a condução nervosa pelo bloqueio dos
canais de sódio . Ao usar a lidocaína por infusão
contínua terá uma REDUÇÃO DA TAXA DE DESPOLARIZAÇÃO
NEURONAL PERIFÉRICA.
Exemplo!
Distribuição do Fármaco
A inflamação gera uma menor distribuição .
Farmacocinética
Irrigação do Local: é importante, pois quanto mais
irrigado menor o tempo de efeito porque o anestésico será
retirado pela absorção.
Período de Latência: depende do tipo de anestésico local e
da velocidade de despolarização.
Duração: aumenta a duração se tiver vasoconstritor, mas se
for usado pela via intravenosa é proibido a utilização com
vasoconstritor.
Farmacocinética
São FÁRMACOS ALTAMENTE LIPOSSOLÚVEIS proporcionando uma rápida
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p.292
distribuição e efeito. Apresenta um pH ácido (3,5) e isso pode
gerar DOR À APLICAÇÃO .
Sofre BIOTRANSFORMAÇÃO HEPÁTICA e gera um metabólito ativo
norcetamina , então para usar a cetamina no paciente é
importante ter uma rota de saída, ou seja, o animal precisar ter
um débito urinário normal para poder ser eliminado do organismo
e ser administrado de forma segura, pois a sua ELIMINAÇÃO É RENAL .
Duração: 30 a 40 minutos (para várias espécies).
dependente de outras medicações.
Possui uma boa margem de segurança e as doses estão
disponíveis para várias espécies, inclusive silvestres.
Mecanismo de Ação
São antagonistas não competitivos de receptores do tipo NMDA , esse
receptor está ASSOCIADO A UMA CONTINUIDADE DO EVENTO DOLOROSO .
Além disso, existe um efeito secundário de forma analgésica
que é através de uma ação indireta no receptor GABA .
Atenção!
CONSIDERAÇÕES
Pode ser utilizado o dissociativo para pacientes de difícil
comportamento , como para captura do animal , para
sedações diagnósticas na contenção química.
é um fármaco que pode ser usado para a retirada de espinhos de
ouriço e para pacientes doadores de sangue , pois conseguimos
manter um pouco da estabilidade cardiovascular do paciente pelo AUMENTO DO
TÔNUS SIMPÁTICO devido a não recaptação de norepinefrina.
A PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (PAM) É CALCULADA COMO
FREQUÊNCIA CARDÍACA X VOLUME SISTÓLICO X
RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA.
aumento do consumo de
oxigênio pelo coração
CARDIOPATAS: apresentam um alto consumo de oxigênio,
além de possuírem um tempo de preenchimento de
câmaras curto que está relacionado ao aumento
da frequência cardíaca. O aumento da resistência
vascular periférica e arritmias podem estar
associadas a hemorragias.
Dor
As substâncias como bradicinina , histamina e
prostaglandina influenciam os NOCICEPTORES PERIFÉRICOS , sendo
que precisam de um determinado estímulo doloroso que ultrapasse
o limiar de dor para que esse impulso doloroso aconteça.
Quando o paciente libera esses mediadores inflamatórios,
o LIMIAR DE DOR IRÁ DIMINUIR e isso faz com que
ESTÍMULOS MENORES PROMOVAM ESSE EFEITO DE DOR,
chamado de sensibilização , pois sensibilizamos
os nociceptores periféricos a eventos de dor.
Ácido Acetilsalicílico
É a ASPIRINA, sendo conhecido como um anti-inflamatório
padrão . Tem ação anti-inflamatória (redução do edema),
analgésica e antipirética , irá promover esses três efeitos, mas
não é muito eficiente.
É um bom fármaco para a AGREGAÇÃO
PLAQUETÁRIA , então se o paciente está
PRODUZINDO MUITO TROMBO entraremos com a ASPIRINA
para inibir a agregação plaquetária , sendo que a sua
principal utilização é como fármaco anticoagulante .
Meia Vida:
homem: 5 horas.
cão: 8 horas.
cavalo: 1 hora.
gato: 38 horas.
EFEITOS
Em doses baixas possui EFEITOS ANALGÉSICOS , ANTIPIRÉTICO e
ANTIPLAQUETÁRIO. Pode produzir lesões ulcerativas no
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p.300
estômago, sendo um efeito colateral comum dos anti-
inflamatórios, principalmente os não seletivo COX2. Pode estar
associado a SANGRAMENTOS por orifícios naturais e pode provocar
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE .
Atua inibindo COX e LOX , sendo a COX dividida em COX 1 e COX 2.
a COX 2 é especîfica de eventos inflamatôrios, enquanto que a
COX 1 também está associada a outros eventos regulatôrios
normais, como regular a perfusão renal.
Se impedimos a existência de COX 1 iremos atrapalhar a perfusão
renal, por isso, em cães e gatos temos essa dificuldade em usar anti-
inflamatórios não seletivos COX 2.
Utilização:
como analgêsico para dores leves e moderadas.
como antitrombôtico (gatos e equinos).
Diclofenaco
Tem AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA e ANALGÉSICA , sendo menos
ulcerogênico que o ácido acetilsalicílico.
Possui efeitos gástricos importantes em cães.
Carprofeno
É um ANTI-INFLAMATÓRIO SELETIVO COX 2, dessa forma, a
chance de produzir lesões renais será menor ,
inclusive nos usos crônicos.
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p.301
Utilizado pelo seu efeito analgésico e no tratamento da osteoartrite .
Meia Vida:
cão: 8 a 12 horas.
equino: 22 horas.
gato: 20 horas.
bovino: 30 horas.
Possui formulação injetável e em comprimido.
Apresenta um BOM EFEITO ANTIEDEMA e é muito utilizado para o
tratamento analgésico e na recuperação de pacientes
com traumas de medula .
SEUS EFEITOS COLATERAIS SÃO MENOS INTENSOS
(BAIXA INIBIÇÃO DE PROSTAGLANDINAS), OS EFEITOS
INCLUEM OS GASTROINTESTINAIS, HEPÁTICOS E
RENAIS E ESTÁ MAIS ASSOCIADO A DOSES ALTAS.
Cetoprofeno
Não é seletivo, ATUA EM COX E LOX . Sua utilização não
deve ultrapassar 5 dias, possui um bom efeito sobre
edema e analgésico , são muito utilizados em gatos e
cavalos.
Flunexina Meglumina
É um anti-inflamatório muito utilizado em grandes
animais , sendo aprovado pelo FDA. Com uma GRANDE AÇÃO
ANALGÉSICA e ANTI-INFLAMATÓRIA . Não é seletivo COX 2, irá
ATUAR EM COX 1, COX 2 E LOX.
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Meia Vida:
cão: 4 horas.
equino: 2 horas.
gato: 3 horas.
bovino: 4 a 8 horas.
Cães e gatos podem desenvolver efeitos colaterais com doses
normais.
Piroxicam
É um fármaco anti-inflamatório potente , tem uma atividade
muito intensa contra as células, dessa forma, inibe a
chegada da célula em alguns tecidos.
Inibe a formação de superóxidos.
Impede ativação e agregação de neutrófilos.
Utilizado em alguns protocolos quimioterápicos.
no carcinoma inflamatôrio temos a prescrição do piroxicam no
protocolo, é uma neoplasia agressiva e não operável que causa dor no
paciente.
Produz efeitos colaterais, mesmo em doses terapêuticas.
Não é seletivo COX 2, irá atuar em COX e LOX.
Meloxicam
É um potente inibidor de TX e PG, sendo um anti-inflamatório
interessante e SELETIVO COX 2, com uma excelente ação
antipirética e analgésica.
Utilizado para afecções musculoesqueléticas e pós-cirúrgico.
PODE SER UTILIZADO PARA GATOS EM DORES CRÔNICAS
NA DOSE DE 0,05 MG/KG A CADA 48 A 72H.
Meia Vida:
cão: 12 a 36 horas.
equino: 3 horas.
gato: 30 horas.
bovino: 13 horas.
Coxibes
Os exemplos são a CELECOXIBE , DERACOXIBE , ETORICOXIBE, FIROCOXIBE ,
LUMIRACOXIBE, PARECOXIBE, ROFECOXIBE, VALDECOXIBE e ROBENACOXIBE.
É um grupo de fármacos altamente seletivos para COX 2 , então
teoricamente irão produzir pouca lesão renal e lesão gástrica.
Paracetamol
É o acetaminofeno , o nome paracetamol foi o
primeiro nome comercial da molécula. Esse fármaco
não tem utilização clínica em animais .
É um dos fármacos mais utilizados incorretamente nos
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p.304
animais devido a sua toxicidade.
Está entre as PRINCIPAIS CAUSAS DE INTOXICAÇÃO EM PEQUENOS
ANIMAIS . Em gatos tem como efeito a produção de
METAHEMOGLOBINA que é incapaz de transportar
oxigênio, com isso, o paciente irá apresentar cianose,
sialorréia e pode culminar no seu óbito.
em cães está associado a efeitos hepáticos agudos.
os gatos apresentam uma mucosa azulada (hemoglobina ligada a
compostos da degradação do paracetamol), salivação e vômito.
o tratamento na intoxicação por paracetamol no gato é com
a administração de acetilcisteína que é um fármaco que acelera a
eliminação do paracetamol, também realizamos um tratamento paliativo com
oxigenioterapia, fluidoterapia e SAMe por 60 dias para proteção hepática.
Dipirona
É o metamizol , possui uma FRACA AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA , BOA AÇÃO
ANALGÉSICA e ANTIPIRÉTICA . A teoria é que esse fármaco atua na
COX 3 que é uma COX do sistema nervoso central, está associada
a inflamação e eventos de dor no cérebro .
A dipirona confere uma boa analgesia visceral.
Anti-inflamatórios Esteroidais
Em GATOS TEMOS POUCOS EFEITOS COLATERAIS . Enquanto que no cão
quando utilizamos o corticoide por um determinado período de
tempo terá uma redução da produção de cortisol endógeno
que pode resultar no hipotireoidismo quando cessar
a sua administração, e enquanto é administrado pode
acarretar em efeitos de síndrome de Cushing.
efeitos colaterais: supressão de eixo, aumento da
reabsorção de sódio, imunossupressão e piora da capacidade
de cicatrização tecidual.
Exemplos: dexametasona, hidrocortisona, prednisona,
prednisolona, acetato sódico de metilprednisolona.
a dexametasona é um fármaco com latência de 30 minutos e até 6
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horas de efeito, sendo que a sua principal utilização é como anti-inflamatório
e em choque anafilático.
a hidrocortisona é recomendada em choque anafilático.
a prednisona e prednisolona são os PRINCIPAIS FÁRMACOS CORTICOIDES
PRESCRITOS PARA CASA. A prednisona em doses imunossupressores pode
causar EFEITOS COLATERAIS IMPORTANTES, como a hepatotoxicidade. A
prednisolona é o fármaco pronto e a prednisona é o pró-fármaco
que é metabolizada em prednisolona.
Outros Fármacos
CITRATO DE MAROPITANT
Fármaco com efeito antiemético , se usado em infusão contínua
possui EFEITO ANALGÉSICO, com um bom efeito visceral e um efeito
complementar somático.
Dose:
inicial: 1 mg/kg por IV - aplicação ao longo de 10 minutos.
infusão contînua: 30 mcg/kg/h por IV.
DESVANTAGENS
Hipotensão dose dependente.
GABAPENTINA
Apresenta uma ação interessante na dor, mas não é um efeito
imediato porque precisa de alguns dias para funcionar como EFEITO
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p.307
ANALGÉSICO, é interessantes nos casos de DOR NEUROPÁTICA e
DOR INFLAMATÓRIA .
melhor efeito em terapias crònicas.
Dose:
cão: 10 mg/kg por VO, SID a TID. NEFROPATAS
REDUÇAO DE 50%
gato: 5 a 10 mg/kg por VO, BID.
PODEMOS UTILIZAR A GABAPENTINA PARA REDUZIR A
AGRESSIVIDADE DO GATO NA DOSE DE 50 A 100
MG/GATO DUAS HORAS ANTES DA CONSULTA.
AMITRIPTILINA
É um fármaco usado para o TRATAMENTO DE DOR CRÔNICA, mas não
apresenta efeito imediato. Seu mecanismo de ação é a
inibição da recaptação de serotonina e norepinefrina , ou seja,
aumenta as suas concentrações.
efeito a longo prazo (até 4 semanas).
Dose:
cão: 2 a 4 mg/kg, SID.
gato: 0,5 a 1 mg/kg, SID.
FLUOXETINA
Esse fármaco INIBE SELETIVAMENTE A RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA , pode
levar alguns dias para fazer efeito (em torno de 5 a 7 dias) e
reduz efeitos de dores crônicas .
Infusões Analgésicas
MLK: morfina, lidocaína e cetamina.
atualmente não é visto muita vantagem em realizar infusão contínua de
morfina, pois a morfina precisa ficar em uma dose muito baixa para não
fazer mal ao paciente, então o seu efeito analgésico é muito baixo.
FLK: fentanil, lidocaína e cetamina.
o problema é o acúmulo de fentanil, além disso, a lidocaina com 10h
deve ser retirada.
a cada 4 horas reavaliamos a dor do paciente, se o paciente está
confortável com um nível de dor muito próxima a 0, reduzimos a taxa para
não causar muito acúmulo de fentanil no paciente.
SuLK: sulfentanil, lidocaína e cetamina.
o sulfentanil não acumula, mas não é um fármaco para se manter no
internamento, mais usado no trans-operatório.
RemiLK: remifentanil, lidocaína e cetamina.
usado no trans-operatório.
0,5 a 1 0,5 a 1
sulfentanil não não
mcg/kg.h mcg/kg.h
Anotações
Anti-inflamatórios
p.311
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p.312
Patogenia da Inflamação
Qualquer estímulo, seja ele FÍSICO, QUÍMICO ou MECÂNICO , acarreta
na produção de mediadores químicos que causam eventos
vasculares e celulares.
No PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO temos os sinais cardeais da
inflamação, sendo a dor, calor, rubor e tumor. É administrado os
ANTI-INFLAMATÓRIOS por apresentar os sinais de inflamação.
O processo inflamatório crônico não apresenta os sinais clássicos,
irá depender dos tipos de mediadores celulares e humorais
envolvidos.
está presente após a inflamação aguda, sendo que a cicatrização é um
PROCESSO INFLAMATÓRIO CRÔNICO, ocorre a substituição de um tecido funcional
por um tecido fibroso que é afuncional.
é um processo que normalmente não tem volta.
Objetivo da Inflamação: debelar o agente causador da
lesão e preparar o tecido lesionado para posterior reparo
(cicatrização).
Os anti-inflamatórios apresentam diversos efeitos colaterais, por
conta disso, é importante conhecer a patogenia da inflamação.
citocinais
óxido nítrico
neuropeptídeos
Eicosanoides
Qualquer lesão que danifique a membrana celular será capaz de
liberar frações de fosfolipídeos ( ÁCIDOS ARAQUIDÔNICOS ) através da
ação enzimática da fosfolipase A2.
Esses ácidos araquidônicos quando liberados são degradados pela
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p.314
ação de enzimas, sendo elas a cicloxigenase (COX) e
lipoxigenase (LOX) , produzindo mediadores químicos
fundamentais para o desenvolvimento do processo inflamatório.
A QUEBRA DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO PELAS COX :
prostaglandinas G2 (PG2).
prostaglandinas H2 (PGH2).
prostaglandinas D2.
prostaglandinas E2.
prostaglandinas F2 alfa.
prostaciclinas (PGI2).
tromboxano A2.
tromboxano B2.
A quebra do ácido araquidônico pelas LOX :
leucotrienos (LTA, LTB, LTC, LTD) - inibidos pelo anti-inflamatório esteroidal
lipoxinas - inibe a COX.
Os eicosanoides são os PRINCIPAIS MEDIADORES QUÍMICOS que os
medicamentos anti-inflamatórios atuam .
PGD2: vasodilatação arteriolar.
PGE2: relacionada com a inflamação aguda.
vasodilatação, dor, aumento da permeabilidade vascular, vasodilatação
arteriolar.
PGI2: inibe a agregação plaquetária e causa vasodilatação
arteriolar.
TXA e TXB: agregação plaquetária, vasoconstrição e
broncodilatação.
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p.315
LTA, LTB, LTC, LTD: processos anafiláticos e quimiotaxia.
Aminas Vasoativas
As aminas vasoativas são LIBERADAS PELOS MASTÓCITOS e SEROTONINA
a histamina é liberada pelos mastócitos e a serotonina pelas
plaquetas.
Atuam na FASE INICIAL DA INFLAMAÇÃO AGUDA .
aumento da permeabilidade vascular que ocorre nos capilares.
Estimula a agregação plaquetária, porém se ocorre esse processo
de maneira crônica pode levar a formação de trombos e causar até
isquemia.
Em alguns processos inflamatórios agimos na causa
da inflamação e não na inflamação em si.
Citocinas
Substância glicoproteica, derivadas de células mononucleares.
Interleucinas e Fator de Necrose Tumoral: ação pró e
anti-inflamatória.
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p.316
Interferons: atuam contra infecções virais e crescimento
tumoral, fatores estimulantes de colônias.
Óxido Nítrico
Propriedades pró e anti-inflamatória.
Relacionado com o edema.
aumento da permeabilidade vascular.
Inibe a adesão de plaquetas e leucócitos.
Neuropeptídeos
Relacionado com processos inflamatórios pulmonares que causam
vasoconstrição e broncoconstrição.
Febre e Dor
Os anti-inflamatórios também são usados para combater a
dor e a febre secundários ao processo inflamatório .
analgésicos e antitérmicos.
DOR LOCAL
Atenção!
Efeitos Adversos
LESÃO GASTROINTESTINAL
O VÔMITO , DIARREIA , INAPETÊNCIA e ULCERAÇÃO podem
estar presentes em CÃES e CAVALOS.
Irritação Direta do Fármaco a Mucosa: os
AINEs tornam-se lipolíticos no meio ácido do estômago.
Algumas prostaglandinas e lipoxinas exercem EFEITO
CITOPROTETOR NA MUCOSA GASTROINTESTINAL , a inibição dessas
resulta em diminuição do fluxo sanguíneo , da síntese de
mucoprotetor e inibição da renovação e reparo das
células da mucosa : Melena!
gastrite, enterite, erosões e úlceras.
inibição da agregação plaquetária, causando
sangramento gástrico importante.
Imagem: Google
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p.321
LESÃO RENAL RELACIONADO COM A
ADMINISTRAÇÃO DE AINES
Nos rins, as PROSTAGLANDINAS são importantes na modulação do
tônus vascular e na regulação do equilíbrio de sal e da água .
Na presença de DOENÇA RENAL PRÉ-EXISTENTE
ou fatores que causam COMPROMETIMENTO
RENAL , como desidratação, disfunção tubular,
alteração hemodinâmica associada a anestesia e entre outras
causas. Os RINS DEPENDEM DA COX-1 E COX-2 para síntese de
prostaglandinas para regular a homeostasia e fluxo sanguíneo
renal .
A lesão renal aguda é caracterizada pela DIMINUIÇÃO DA PERFUSÃO
RENAL , RETENÇÃO DE SÓDIO E DE LÍQUIDO, DIMINUIÇÃO DA FUNÇÃO
TUBULAR E AZOTEMIA .
Exemplo!
CARPROFENO
Muito utilizado em cães, deve ser evitado em gatos.
Analgesia pós-operatória e tratamento de osteoartrite.
É considerado seguro por até 14 dias, sendo moderadamente
seletivo para COX-2.
CETOPROFENO
Pouco seletivo para COX-2, também inibe LOX.
É considerado POTENTE e SEGURO para ser usado por até 3
dias.
Faz um bom controle do edema.
FLUNIXIN MEGLUMINE
Grande AÇÃO ANALGÉSICA e ANTI-INFLAMATÓRIA EM CAVALOS .
muito utilizado em casos de côlica equina .
Pouco seletivo para COX-2.
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p.324
Sinais gastrointestinais e renais em cães com doses
terapêuticas.
dose ûnica quando usado em pequenos animais.
FENILBUTAZONA
Mais utilizado em EQUINOS COM CLAUDICAÇÃO.
Considerado potente, pouco seletivo para COX-2 e possui pouca
margem de segurança.
ESSE FÁRMACO É CONTRAINDICADO EM CÃES E GATOS!
PIROXICAM
Pouco seletivo para COX-2.
Apesar de sua boa ação analgésica irá desencadear efeitos
colaterais em doses terapêuticas.
Contraindicado em felinos!
POTÊNCIA EM RELAÇÃO A
HIDROCORTISONA (CORTISOL) = 1
Geralmente, QUANTO MAIOR A DURAÇÃO MAIOR SERÁ A POTÊNCIA .
A HIDROCORTISONA é a representante da classe de curta
duração , inibindo mais o sistema imunológico.
Principais Glicocorticoides
HIDROCORTISONA
É um fármaco de rápida ação e curta duração, sendo o
medicamento de escolha para TERAPIA DE REPOSIÇÃO EMERGENCIAL .
Uso no choque anafilático .
fraca atuação como anti-inflamatório.
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p.328
PREDNISONA, PREDNISOLONA,
METILPREDNISOLONA
Apresenta uma ação e potência intermediária , são
medicamentos de escolha para terapias anti-
inflamatórias ou imunossupressoras de caráter
crônico .
DEXAMETASONA E BETAMETASONA
São fármacos potentes e de longa ação , sendo medicamentos
de escolha para TERAPIAS ANTI-INFLAMATÓRIAS ou
IMUNOSSUPRESSORAS DE CARÁTER AGUDO .
Betametasona: mais utilizado nos casos como ATOPIA por via
tópica, não apresenta muito efeito colateral.
Dexametasona: seus PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS são
insuficiência renal e ulcerações.
Principais Efeitos Metabólicos
Hiperglicemiantes: antagonismo da ação da insulina.
Aumenta o catabolismo, diminuindo a síntese de
proteínas: são pacientes com DIFICULDADE EM PEGAR A PROTEÍNA DA
INGESTA E TRANSFORMÁ-LA EM PROTEÍNA PLASMÁTICA , devido a
diminuição da síntese de proteínas e, consequentemente,
há poucas proteínas circulantes, fará com que a água no vaso
extravase e resulte no edema .
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p.329
Efeitos mineralocorticoides: retenção de sódio e excreção
de potássio, inibição do efeito do hormônio antidiurético (ADH),
poliúria e polidipsia compensatória.
Indicações Terapêuticas
Insuficiência Adrenal: hipoadrenocorticismo.
Doenças Imunomediadas: anemia hemolítica
imunomediada, artrite reumatoide, lúpus, pênfigo e amiloidose
renal.
Condições Alérgicas: dermatopatias, bronquite e asma,
reações a picada.
Efeitos Colaterais
Assim como os AINEs causam gastrite , ulcerações
gastrointestinais e em pacientes suscetíveis pode
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p.330
acarretar em injúria renal .
NUNCA ASSOCIAR ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO
ESTEROIDAIS (AINE) COM ANTI-INFLAMATÓRIOS
ESTEROIDAIS (AIE)
Hiperadrenocorticismo Iatrogênico:
poliúria e polidipsia.
abdômen abaulado.
alopecia endócrina.
atrofia muscular.
infecções oportunistas (geniturinárias).
diabetes mellitus.
calcificações.
predisposição a trombos.
Insuficiência Adrenal Iatrogênica (Supressão do
Eixo Endócrino): quando se utiliza AIE, é preciso retirar aos
poucos o cortisol para não causar uma supressão do eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal.
Precauções e Contraindicações
Doenças infecciosas.
Pacientes com gastrite ou ulcerações gastrointestinais que não
sejam de origem imunomediada.
Diabetes mellitus.
Pancreatite.
Doenças renais.
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p.331
Cardiopatias.
Atenção!
Anotações
Bloqueadores
Neuromusculares
p.332
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p.333
Os bloqueadores neuromusculares promovem a INTERRUPÇÃO
TOTAL OU PARCIAL DA TRANSMISSÃO ENTRE A TERMINAÇÃO NERVOSA E A
PLACA MOTORA , causando um bloqueio ganglionar e consequente
paralisia e fraqueza muscular .
Aplicações: empregados com a finalidade de
INDUZIR O RELAXAMENTO MUSCULAR .
cirurgias ortopédicas.
cirurgias oftálmicas.
cirurgias de abertura de tórax.
Exemplo!
LIBERAÇÃO ESTIMULAM O
DE CÁLCIO POTENCIAL DE AÇÃO
Bloqueadores Despolarizantes
O seu mecanismo de ação é AGIR NOS RECEPTORES COLINÉRGICOS
NICOTÍNICOS causando a despolarização da fibra muscular .
a despolarização permanece por longo tempo, enquanto o bloqueador
permanece ocupando o receptor nicotínico.
Fase 1: despolarização persistente (fasciculação - excitação
repetitiva).
a despolarização da placa terminal diminui.
a membrana torna-se repolarizada (-80 Mv).
após a repolarização, a membrana não é despolarizada com facilidade pela
acetilcolina (dessensibilização dos receptores).
Fase 2: bloqueio da placa terminal.
Succinilcolina!
São drogas que se ligam aos receptores nicotínicos e
promovem uma intensa contração muscular. Porém, após a
contração muscular haverá um relaxamento muscular
intenso, chamado de paralisia flácida.
A principal droga é a succinilcolina que aumenta a
contração muscular e deixa os receptores insensíveis a
acetilcolina . Na veterinária não é muito utilizada.
A droga é parecida com a acetilcolina, causando uma
despolarização e contração muscular, sendo uma
concentração intensa que gera uma
dessensibilização dos receptores, levando a um
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p.337
relaxamento muscular.
Essa alta concentração muscular deixa os receptores
insensíveis a acetilcolina, a succinilcolina fica ligada por
um longo período, impedindo que ocorra um novo potencial
de ação.
Tem que esperar a droga se desprender do receptor, não tem
um antídoto.
EFEITOS ADVERSOS
EFEITOS CARDIOVASCULARES
Efeitos mínimos: vecurônio, pipecurônio, doxacúrio,
cisatracúrio, rocurônio (causa pouco bloqueio nos gânglios
autônomos – taquicardia e suprarrenal diminui pressão arterial).
Hipotensão (histamina): tubocurarina, metocurina,
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p.339
mivacúrio, atracúrio.
Aumento da Frequência Cardíaca: pancurônio
(taquicardia - bloqueio dos receptores muscarínicos).
Pipercurônio: não libera histamina, sem bloqueio dos
receptores muscarínicos.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Broncoespasmo: tubocurarina e mivacúrio (histamina).
agentes não-despolarizantes agentes despolarizantes
INIBIDORES DA COLINESTERASE,
NÃO EXISTE ANTAGONISTA.
NEOSTIGMINA, PIRIDOSTIGMINA.
Anotações
Anticonvulsivantes
p.340
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p.341
A CONVULSÃO é uma atividade elétrica
anormal do sistema nervoso central
causada por um GRUPO DE NEURÔNIOS QUE DESENCADEIA
UMA RESPOSTA FÍSICA associada normalmente a
movimentação muscular, perda de consciência e pode apresentar
alterações menos convencionais, como mioclonia do músculo
mastigatório e outros sinais clínicos.
Generalizada
TÔNICO-CLÔNICA
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p.343
É o EVENTO CONVULSIVO MAIS COMUM , o paciente fica
em decúbito lateral com movimentos de pedalagem
nos membro torácico e pélvico, além disso, pode
apresentar movimentos mastigatórios com a boca,
sialorreia e é comum a micção ou defecação durante o evento.
Exemplo!
FOCALIZADA
É encontrado os sinais clínicos em apenas um grupo
muscular, mas diferente da convulsão tônico-clônica, a
CONVULSÃO FOCALIZADA PODE SER CONFUNDIDA COM OUTRAS DOENÇAS .
nessa situação específica é importante encaminhar para um neruologista.
AUSÊNCIA
A síndrome de ausência é mais rara em eventos convulsivos
na Medicina Veterinária. O animal não se movimenta durante a
convulsão , é marcado pela INCAPACIDADE DO ANIMAL DE RESPONDER
AOS ESTÍMULOS AMBIENTAIS .
Nessa situação podemos entrar com o tratamento, mas é difícil
detectar no paciente.
Principais Causas
Das Convulsões
< 1 ano entre 1 e 5 anos > 5 anos
tóxico; más formações
epilepsia sintomática; neoplasias
(hidrocefalia);
infeccioso/inflamatório; intracranianas;
metabólico;
neoplasias; trauma; inflamatório; infeccioso;
infeccioso/inflamatório;
intoxicação; hidrocefalia metabólico
trauma; epilepsia juvenil
Crises de Ausências
Início súbito de alterações da consciência associada ao olhar
parado, interrupção abrupta das atividades (< 30 segundos).
acometem o tálamo e córtex - descargas elétricas simultâneas.
Convulsão Mioclônica
Contrações muito breves (1s) de um músculo único ou grupo de
músculos.
Convulsão Tônico-Clônica
Perda da consciência seguida de contrações sustentadas (tônica)
dos músculos seguida de períodos de contrações musculares
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p.349
alternada com relaxamento (clônica).
Fenobarbital
UM GRUPO DE FÁRMACOS QUE INICIAMOS A TERAPIA SÃO
OS BARBITÚRICOS, ELES AUMENTAM A CONCENTRAÇÃO DE
GABA E REDUZ A DE GLUTAMATO, O MAIS UTILIZADO DESSE
GRUPO É O FENOBARBITAL.
INDICAÇÃO
Convulsões generalizadas e focais , além disso, é um
medicamento de baixo custo .
O PACIENTE QUE CHEGA EM CONVULSÃO ou está em CLUSTER
fazemos uma TERAPIA DE SEDAÇÃO, por exemplo, infusão
contínua de propofol associado a um opioide de ação
rápida, como o fentanil e dexmedetomidina, retiramos a
dexmedetomidina se o paciente possuir uma cardiopatia. Animal
entra no coma terapêutico e para de convulsionar.
se estiver em cluster podemos entrar com o fenobarbital também,
fazemos 12 mg/kg em 24h de coma terapêutico IV, esse valor pode ser
dividido em várias aplicações, como por exemplo, se fizer em 4 vezes
fazemos 3 mg/kg a cada 6 horas.
DOSE
Cães: 2 a 6 mg/kg a cada 12 horas.
Gatos: 1 a 5 mg/kg a cada 12 horas.
EFEITOS ADVERSOS
Sedação, hiperatividade paradoxal, polidipsia, polifagia, anemia
(raro), alteração hepática de forma crônica.
Fenitoína
Medicamento indicado para uso em humanos, sendo
pouco utilizado em animais devido à grande diferença
farmacocinética entre as espécies.
Indicado no status epilepticus, convulsões generalizadas
e focais.
Mecanismo de Ação: supressão dos potenciais de ação
repetitivos por meio do bloqueio dos canais de sódio e diminuição
do influxo de cálcio.
inibição da liberação de serotonina e noradrenalina.
promove estabilização da membrana plasmática.
Nomes Comerciais: Epelin®, Hidantal ®, Epitard 700 ®.
Farmacocinética: baixa absorção por via oral.
rápida metabolização em cães e tempo de meia via alto em gatos (24 a
108h).
indutor enzimático de P450.
Dose:
cães: 20 a 35 mg/kg a cada 6 a 8 horas.
Efeitos Adversos: hiperplasia gengival e hepatite.
Benzodiazepínicos
Indicado no tratamento do estado epiléptico
devido ao significativo efeito de primeira passagem,
tolerância e curto tempo de meia vida.
Em gatos, é eficaz como anticonvulsivante agudo e
crônico.
Mecanismo de Ação: atuam POTENCIALIZANDO O GABA tanto
no cérebro quanto na medula espinhal, além disso, limita o
espraiamento da atividade convulsiva e eleva o limiar convulsivo,
também causa um bloqueio da excitação e depressão central dos
reflexos espinhais.
Nesse grupo, temos o diazepam e o midazolam , sendo que a
aplicação do midazolam é mais interessante em gatos
porque nessa espécie o diazepam em doses altas pode resultar em
necrose hepática aguda.
DIAZEPAM
Vias de Administração: via oral (VO), intravenosa (IV) ou
intrarretal.
biotransformado pelo fîgado em vários metabólitos ativos
N-desmetildiazepam.
pela via intravenosa o medicamento atravessa o sistema nervoso central,
devido a isso é indicado em casos emergenciais.
Meia vida de 1 a 2 dias.
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p.353
Eliminação renal após várias segunda biotransformação.
Tolerância em 1 a 2 semanas.
Indicação: em crises e status epilepticus.
Dose:
cães: de 0,5 a 1 mg/kg.
gatos: 1 a 2 mg/kg a cada 8 horas.
intravenoso: 0,5 a 1 mg/kg.
No paciente que está convulsionando se tivermos o acesso venoso
podemos fazer 0,5 MG/KG NA VIA INTRAVENOSA , enquanto que na VIA
INTRARRETAL FAZEMOS DE 1 A 2 MG/KG.
é evitado fazer uma dose superior a 4 mg/kg IV, na aplicação intrarretal
evitamos fazer mais que uma aplicação.
Efeitos Colaterais: sedação e orexigênico (proporciona fome
no paciente).
CLONAZEPAM
É indicado no estado epiléptico , convulsão generalizada e
focal , crise de ausência e convulsões mioclônicas.
Também AUXILIA NO TRATAMENTO DE DOR .
Seu principal uso é pela VIA INTRAVENOSA e como ADJUVANTE NA
TERAPIA ANTICONVULSIVANTE, podemos associar ao fenobarbital para
melhorar a terapia.
É um fármaco não indicado para gatos.
Brometo de Potássio
Usado inicialmente em humanos, em 1907 foi usado em cães.
Indicado para convulsões generalizadas refratárias a
outros medicamentos ou que apresentam hepatopatias .
sua utilização em humanos foi abandonada devido aos vários efeitos
colaterais.
Eficaz para cães e gatos.
NORMALMENTE É PRESCRITO QUANDO O PACIENTE ESTÁ
COM UM AUMENTO DAS ENZIMAS HEPÁTICAS DEVIDO AO
FENOBARBITAL OU QUANDO SOMENTE O FENOBARBITAL
NÃO ESTÁ SENDO O SUFICIENTE PARA CONTROLAR OS
EVENTOS CONVULSIVOS, ENTRANDO COMO ADJUVANTE.
Ácido Valpróico
É um fármaco indicado para convulsões generalizadas e focais e na
crise de ausência .
Carbamazepina
Indicada para convulsões generalizadas e focais . Causa
uma supressão dos potenciais de ação repetitivos por
meio do bloqueio dos canais de sódio e diminuição
do influxo de cálcio.
Resulta na inibição da liberação de serotonina e
noradrenalina e promove uma estabilização da membrana
plasmática.
Tem uma RÁPIDA DISTRIBUIÇÃO PARA TODOS OS ÓRGÃOS , 75% de
ligação plasmática, biotransformado pelo fígado com produção de
metabólito ativo 10,11-epóxido e eliminação renal.
Dose:
cães: 4 a 10 mg/kg dia divididos em 2 a 3 vezes.
gatos: 25 mg/gato a cada 8 horas.
Efeitos Adversos: sedação, nistagmo, vômito e hepatopatia.
Nomes Comerciais: Tegretol®.
Anotações
Farmacologia
Respiratória
p.358
Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67
p.359
O sistema respiratório pode estar associado a
diversas afecções , como ALERGIAS, INFECÇÕES ,
INFLAMAÇÕES , NEOPLASIAS e outros.
Na TERAPÊUTICA RESPIRATÓRIA dependendo da
situação pode ser utilizado o ANTI-HISTAMÍNICO , ANTI-INFLAMATÓRIO
ESTEROIDAL , ANTIBIÓTICOS na forma sistêmica ou por nebulização
para infecções e QUIMIOTERÁPICOS nas neoplasias.
Os sinais clínicos incluem tosse, espirro, secreção e dor ao respirar,
nesse momento iremos abordar os tratamentos dos sinais clínicos.
IODETO DE POTÁSSIO
IODEPOL®
GUAIFENESINA
GLYTEOL XPE® GUAIFENESINA® XAROPE VICK®
IPECA
É um potente agente emético porque possui um princípio ativo
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p.362
denominado emetina, devido a isso pode ser usado no TRATAMENTO
DE INTOXICAÇÕES por conta do seu potencial emético.
os pacientes normalmente apresentam èmese e diarreia .
Não é recomendado em pacientes cardíacos e/ou
idosos.
Expectorantes mucolíticos.
Diminuem a viscosidade das secreções, facilitando sua expulsão.
BROMEXINA
CLORIDRATO DE
BISOLVON® BISPECT®
BROMEXINA®
N-ACETILCISTEÍNA
ACETIL-CISTEÍNA
FLUMUCIL® FLUCISTEIN® MUCOCETIL®
GENÉRICO®
CODEÍNA OU METILMORFONA
BELACODID® CODATEN® TILEX®
BUTORFANOL
É 20 vezes MAIS POTENTE QUE A CODEÍNA COMO ANTITUSSÍGENO , sendo
um POTENTE ANALGÉSICO (principalmente visceral).
Dose:
cão: 0,05 a 0,1 mg/kg SC, depois formulação por via oral na dose de 0,5 a 1,1
mg/kg a cada 6 a 12 horas por 3 a 4 dias.
equino e bovino: 0,01 a 0,1 mg/kg IV ou IM.
O butorfanol é indicado para pacientes com crise de tosse ,
podemos associar a acepromazina.
a acepromazina é um fenotiazínico que de forma geral possui um efeito
antitussígeno, além disso, a sedação irá ajudar no controle da crise da tosse.
podemos substituir a acepromazina pela clorpromazina que causa um
impacto mínimo na resistência vascular periférica.
DEXTROMETORFANO
É um FÁRMACO ANTITUSSÍGENO PARA SER PRESCRITO PARA CASA, pois
produz ação antitussígena sem produzir depressão respiratória,
naúsea, analgesia ou constipação.
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p.367
Dose:
cães e gatos: 2 mg/kg VO até 4 vezes ao dia.
Não se conhece efeitos colaterais desse fármaco, falta de estudos.
Broncodilatadores
São usados principalmente para aliviar a contração
exagerada da musculatura lisa bronquial que
DIFICULTA O PROCESSO DE EXPIRAÇÃO DO PACIENTE .
são utilizados no tratamento inicial da asma .
EVITA A BRONCOCONSTRIÇÃO QUE DIFICULTA A
VENTILAÇÃO.
AGONISTAS BETA-ADRENÉRGICOS
Possui uma AÇÃO DIRETA SOBRE OS RECEPTORES BETA-ADRENÉRGICO no
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO, também diminui a liberação de
serotonina, histamina, TNF-alfa e a produção de muco. Escolhemos
agonistas com ação preferencial para beta 2 .
salbutamol .
terbutalina .
clembuterol (muito utilizado em DPOC).
Podem ter efeitos em músculo liso dos vasos sanguíneos, como
um efeito pequeno de vasodilatação.
Tremores musculares.
@apostilavet Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67
p.368
Efeitos tocolíticos.
Não é permitida a utilização em animais de produção.
METILXANTINAS
teofilina +etilenodiamina
Importante!
Anticolinérgicos
ATROPINA GLICOPIRRULATO
Descongestionantes
AGONISTAS ALFA 1
ANTI-HISTAMÍNICOS
ADRENÉRGICOS
ANTI-HISTAMÍNICOS
A histamina possui um papel importante na broncoconstrição e
na tosse.
Apresenta efeito parassimpatolítico e anestésico local.
Exemplos: Hidroxizine, Difenidramina.
O efeito dos anti-histamínicos na veterinária é leve.
Anti-Inflamatórios Esteroidais
DEXAMETASONA HIDROCORTISONA
Anotações
Farmacologia
Cardiovascular
p.371
Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67
p.372
Relembre!
Funções do Sistema
Cardiovascular
Transporte de gases (CO2 e O2).
Transporte de nutrientes.
Transporte de resíduos metabólicos.
Transporte de hormônios.
Intercâmbio de materiais.
Transporte de calor.
Distribuição de mecanismos de defesa (células de defesa).
Coagulação sanguínea.
Transporte de substâncias de um local para o outro.
Encaminha o sangue para o pulmão para que seja oxigenado.
O sistema cardiovascular está associado com outros sistemas
com a função de DISTRIBUIR SUBSTÂNCIAS .
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p.374
É um sistema de transporte.
Conceitos Hemodinâmicos
DÉBITO CARDÍACO
É a função cardíaca propriamente dita, sendo o
VOLUME DE SANGUE EJETADO PELO VENTRÍCULO
ESQUERDO através da aorta durante o PERÍODO DE 1
MINUTO . A pré-carga e a pós-carga estão ligadas ao
débito cardíaco.
DÉBITO CARDÍACO = FREQUÊNCIA CARDÍACA X VOLUME SISTÓLICO
PRÉ-CARGA
Correspondem aos fatores que determinam o comprimento inicial
da fibra cardíaca antes da contração, ou seja, o retorno venoso, o
enchimento ventricular e volume diastólico final. É a capacidade
do coração de guardar o sangue .
o sangue sai do ventrículo esquerdo rico em oxigênio que é distribuído para
todas as células do corpo, ou seja, deixa dentro da célula o oxigênio e
recebe o produto celular que é o gás carbônico, esse gás carbônico
faz uma desoxigenação do sangue, dessa forma, o sangue retorna para o
coração rico em gás carbônico entrando pelo átrio direito.
quanto maior a capacidade de colocar sangue dentro do coração, melhor
será, pois faz o coração trabalhar menos.
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p.375
PÓS-CARGA
Correspondem aos fatores que se opõem ao
encurtamento ventricular, ou seja, a pressão da aorta
durante a sístole, o volume diastólico final, o obstáculo
valvar da aorta e da pulmonar.
são as forças que se opõem a ejeção cardîaca .
É a capacidade do coração de ejetar o sangue , ou seja, é a
capacidade do coração de realizar a sístole (contração) para
ejetar o sangue para o pulmão ou para o corpo.
QUANTO MAIS O CORAÇÃO CONTRAI MAIS SANGUE SERÁ
ENCAMINHADO PARA O PULMÃO OU PARA O CORPO.
vascular periférica .
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p.376
nas situações de queda do débito cardíaco teremos um aumento da
resistência de forma compensatória.
INOTROPISMO
Está relacionado a força de contração cardíaca e é o fator que
altera o desempenho do coração.
o inotropismo positivo significa mais força e o inotropismo
negativo é menos força.
CRONOTROPISMO
Possui relação com a frequência cardíaca .
CONGESTÃO
Presente quando tem um EXCESSO DE LÍQUIDO EM UMA REGIÃO DO
CORPO .
Insuficiência Cardíaca
É um estado clínico resultante da interação dos
sistemas neuroendócrino e vascular em que o coração
está inapto para manter o equilíbrio circulatório,
tornando-se incapaz de levar oxigênio aos tecidos.
MECANISMO COMPENSATÓRIO
Diminuição do débito cardíaco.
Aumento da frequência cardíaca.
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p.377
Resistência vascular periférica.
CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS
Enfraquecimento da musculatura cardíaca.
Hemoconcentração.
Retenção de água e sódio.
Sem sintomas
Exercício normal
Fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) normal
DISFUNÇÃO VE
ASSINTOMÁTICA
Sem sintomas
Exercício normal
FEVE anormal
IC COMPENSADA
Sem sintomas.
Exercício
FEVE anormal
IC DESCOMPENSADA
Sem sintomas
Exercício
FEVE anormal
IC REFRATÁRIA
Digitálicos
São chamados de glicosídios cardíacos , referindo-se aos
medicamentos que atuam no coração, melhoram a função cardíaca
através do:
aumento da força e da potência da contração cardíaca.
redução da frequência cardíaca.
aumento do tempo de enchimento diastólico.
Os dois principais representantes atualmente são a DIGOXINA e a
DIGITOXINA , sendo que a digitoxina não é muito utilizada na
medicina veterinária.
DIGITOXINA
100% de absorção por via oral.
100% de biodisponibilidade.
Meia vida de 5 a 7 dias.
Eliminada em forma inativa.
MECANISMO DE AÇÃO
Imagem: Google.
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p.383
Efeito inotrópico positivo resultante da inibição da enzima
Na/K/ATPase, resultando no aumento de sódio intracelular.
A bomba de sódio-cálcio é ativada, com isso, causa um aumento
de cálcio intracelular.
Aumento de cálcio na célula cardíaca leva à intensa contração
do músculo cardíaco.
Aumentam a atividade parassimpática no ventrículo e átrio,
levando à diminuição da frequência cardíaca, pois elevam o
potencial de repouso da membrana.
Toda vez que diminui os batimentos cardíacos ocorre a liberação
de adrenalina que causa uma taquicardia reflexa, ou seja, o
coração tenta trabalhar na normalidade.
Os digitálicos corrigem a taquicardia reflexa porque toda vez que
utiliza esse medicamento o coração volta a funcionar normalmente
(normocardia).
a taquicardia é um dos mecanismos compensatórios.
O MEDICAMENTO AGE NA BRADICARDIA PARA FAZER UMA NORMOCARDIA ,
dessa forma, não precisa liberar adrenalina . A bomba de
sódio e potássio faz que entre sódio e saia potássio da célula, ao
administrar o digitálico ocorre a inibição da enzima que ajuda a
bomba de sódio e potássio , sendo a enzima Na/K/ATPase ,
impedindo que o sódio entre, através disso, começa a utilizar o
cálcio.
o cálcio ao entrar na célula promove a contração muscular.
A ENZIMA NA/K/ATPASE ATUA NO SÓDIO AJUDANDO-O A ENTRAR NA
@apostilavet Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67
p.384
CÉLULA , ao inibir essa enzima o sódio não irá conseguir entrar, com
isso, o cálcio começa a entrar e promove a contração
muscular, dessa forma, promove a normocardia.
OUTROS EFEITOS
Reestabelece sensibilidade dos barorreptores.
o paciente cardiopata costuma ter um aumento da resistência vascular
periférica e vive com pressões mais altas.
inicialmente, o sistema cardiovascular libera os mecanismos
compensatôrios para TENTAR VOLTAR A UMA PRESSÃO NORMAL, mas os
receptores de pressão quando expostos a pressões mais altas por um
período grande de tempo começam a considerar essa pressão mais alta
como normal, então quando a pressão cair irá disparar os mecanismos
compensatórios para voltar a pressão que o organismo considera normal,
ou seja, uma pressão mais alta.
quando utiliza os agentes digitálicos, é possível reduzir essa
sensibilização dos barorrecetores , então esses barorreceptores
podem voltar a entender que aquela pressão está alta e voltam a
influenciar essa resistência vascular periférica para baixo.
Aumenta a sensibilidade do nó sinoatrial e
atrioventricular para o sistema nervoso
parassimpático.
influencia diretamente na frequência cardíaca causando a sua redução.
Diminui os efeitos simpáticos da norepinefrina e
epinefrina.
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p.385
os efeitos simpáticos cardíacos causados por esses neurotransmissores
do sistema nervoso autônomo são efeitos associados ao aumento da
frequència cardîaca e aumento da força de contração pelo
influxo de cálcio.
Diminui a frequência cardíaca.
diminuição da frequência cardíaca, mas MANTÉM O DÉBITO CARDÍACO ESTÁVEL ou
IRÁ MELHORÁ-LO, pois apesar de reduzir a frequência cardíaca teremos um
ganho de força que está associado a uma ejeção mais satisfatória.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Aumento da diurese.
Diminuição da frequência cardíaca.
O uso terapêutico é para produzir um inotropismo
positivo, sendo toda a situação que o paciente tem
uma redução da força de contração.
CÃO:
0,00333 mg/kg, BID para os de
grande porte; TID para os de
digitoxiNA pequeno porte
Digitaline®
GATO:
não recomendado
Aminas Simpatomiméticas
Medicamentos indicados: dobutamina e dopamina .
temos a dopamina e a dobutamina como representantes, sendo utilizados de
forma injetável e em infusão contínua, são tratamentos intra-hospitalares.
Utilização: drogas beta-adrenérgicas utilizadas em
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p.387
emergências de ICC.
podem ser utilizadas em pacientes que tentamos controlar a pressão
arterial sem usar agentes vasopressores.
Utilizadas apenas na emergência do consultório.
DOBUTAMINA
Forma de cloridrato.
Utilizada em infusão contínua por via intravenosa (IV).
Nível máximo de concentração plasmática em 8 minutos.
Meia vida de 2 minutos.
É um fármaco que só pode ser usado em infusão continua devido a
sua meia vida curta de 2 minutos.
CERCA DE 4 A 6 MINUTOS APÓS O FIM DA INFUSÃO DE
DOBUTAMINA NÃO TEREMOS MAIS OS SEUS EFEITOS NO
PACIENTE. O NÍVEL MÁXIMO DE CONCENTRAÇÃO
PLASMÁTICA É ATINGIDA EM 8 MINUTOS.
DOPAMINA
Forma de cloridrato.
Utilizada em infusão contínua por via intravenosa (IV).
Não atravessa a barreira hematoencefálica (BHE).
Tempo de meia vida de 3 minutos e finaliza o efeito
farmacológico dentro de 8 minutos após o fim da
infusão.
DOBUTAMINA
EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO devido a ativação direta dos
receptores beta 1 adrenérgicos , promovendo o influxo de cálcio
intracelular e aumento da contratilidade cardíaca.
Aumenta a força cardíaca, aumentando a frequência cardíaca.
DOPAMINA
Receptores D1 e D2 em leitos vasculares, mesentéricos e
coronarianos, causando vasodilatação e aumento do fluxo
sanguíneo.
Em altas quantidades resultam em taquicardia.
Em doses elevadas, atua sobre receptores alfa 1 e beta 1
adrenérgicos resultando em aumento da contração do miocárdio e
taquicardia.
A dopamina é uma droga que de acordo com a dose utilizada irá
atuar em receptores diferentes.
a característica
aumento da
arritmogênica
resistência
Acima de 10 impede que este
alfa adrenérgicos vascular periférica,
mcg/Kg/min taquicardia e
fármaco seja
utilizado nessa
arritmia
dosagem
USOS FARMACOLÓGICOS
DOBUTAMINA
Efeito inotrópico, utilizado em casos de ICC com baixa força de
contração do miocárdio.
DOPAMINA
Mais utilizado como agente hipertensivo, em doses baixas pode
melhorar perfusão renal.
INTOXICAÇÃO
Aumento da frequência cardíaca.
Arritmias.
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p.390
Hipertensão.
Náusea.
DOSES
DOBUTAMINA
Cão: 5 a 15 microgramas/kg.
Gato: 2,5 a 10 microgramas/kg.
Inodilatadores
São agentes com AÇÃO INOTRÓPICA e VASODILATADORA . Os
exemplos são o pimobendan (pode ser utilizado de
forma doméstica), milrinona e anrinona .
Melhora o débito cardíaco e reduz a resistência
vascular periférica, melhorando a ejeção cardíaca e a
perfusão.
O PIMOBENDAN PODE SER MUITO BENÉFICO PARA
PACIENTES COM DOENÇA CARDÍACA LEVE, AUMENTANDO
O TEMPO QUE ESSE PACIENTE LEVA PARA DESENVOLVER
SINAIS CLÍNICOS MAIS SEVEROS.
PIMOBENDAN
Utilizada em cães com cardiomiopatia dilatada ou endocardiose.
Administrada por via oral (VO).
Atinge pico plasmático em 8 a 12 horas.
início do efeito após a utilização do pimobendan é de 2 a 4 horas.
Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67 @apostilavet
p.391
MECANISMO DE AÇÃO
A LIGAÇÃO DOS FILAMENTOS DE ACTINA E MIOSINA SE TORNAM MAIS
SENSÍVEIS AO CÁLCIO , além disso, BLOQUEIA A FOSFODIESTERASE III que
reduz a resistência vascular periférica.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Aumento da contratilidade cardíaca.
Diminuição da pressão arterial, especialmente a pulmonar.
Não é um fármaco arritmogênico.
Aumento da força de contração.
Reduz a resistência vascular periférica.
A toxicidade desse fármaco é baixa.
MILRINONA E ANRINONA
Promovem o inotropismo e dilatação arterial periférica .
Reduz a resistência vascular periférica e aumenta a
contração, dessa forma, melhora o débito cardíaco e
perfusão tecidual.
FARMACOCINÉTICA
Anrinona
O pico plasmático é em 1 a 2 minutos com uma meia vida de 10
minutos.
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p.392
Milrinona
O pico plasmático é em 5 minutos com uma meia vida de 15
minutos.
USOS TERAPÊUTICOS
Anrinona
É um inodilatador pouco utilizado.
DOSE: 10 a 100 mcg/kg/min.
Milrinona
A sua utilização é semelhante a da dobutamina .
DOSE: 1 a 10 mcg/kg/min IV ou 0,5 a 1 mg/kg VO BID em
cães.
NÃO PODEM SER ADMINISTRADA COM FUROSEMIDA OU
DEXTROSE.
Vasodilatadores
Visam CONTROLAR OS EFEITOS DELETÉRIOS causados pela
vasoconstrição da insuficiência cardíaca .
previnem o comprometimento da função cardíaca por
doença crônica e reduzem a resistência vascular periférica.
Ocorre uma redução da pós-carga que facilita o trabalho do
coração, pois o coração é um músculo que luta contra pressões,
então luta contra a pressão que existe na aorta para fazer a ejeção.
A vasoconstrição pode ser:
estímulo dos receptores alfa-1 adrenérgicos.
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p.393
aumento da angiotensina II.
aumento do tônus do sistema nervoso simpático.
Os vasodilatadores impedem que a adrenalina seja liberada.
DROGAS DE AÇÃO DIRETA VENOSA OU
ARTERIOLAR
NITRATOS
Os NITRATOS (nitroglicerina, nitroprussiato de sódio,
dinidrato de isossorbida) são medicamentos presentes
apenas na medicina humana. É um grupo de fármacos
fornecedores de óxido nítrico .
Mecanismo de Ação
Agem na musculatura lisa vascular formando o óxido nítrico, com
isso, promove relaxamento posterior vasodilatação.
Indicação
Tratamento do edema pulmonar agudo.
Vias de Administração
Intravenosa e transdérmica.
Farmacocinética
Biotransformação hepática e excreção renal.
Nitroglicerina
É um adesivo, utilizado via transdérmica. A dose em cães
pequenos e gatos é de 0,1 mg/h e em cães de grande porte de 0,2
mg/h.
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p.394
Nitroprussiato
Sódico
É um fármaco utilizado pela via intravenosa em infusão
contínua , é um potente venodilatador e vasodilatador arterial.
EFEITOS TÓXICOS: náusea, tremores musculares e
hipotensão intensa.
ANLODIPINO
É um medicamento bloqueador de canais de cálcio.
Apresenta efeito antiarrítmico.
Apresentação por via oral (VO).
Meia vida de 30 horas no cão.
Excreção renal.
Utilizados para diminuir a pressão arterial.
HIDRALAZINA
Atua por vasodilatação direta das artérias,
com leve efeito sobre as veias REDUZINDO A RESISTÊNCIA
PERIFÉRICA .
na insuficiência cardíaca congestiva temos um aumento do
débito cardíaco e diminui a resistência vascular periférica.
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p.395
Sofre efeito de primeira passagem.
A ligação com proteínas plasmáticas é de 85%.
O tempo de latência é de 45 minutos por via oral, e de 10 a 20
minutos por via parenteral.
A duração do efeito de é de 3 a 8 horas.
Metabolismo hepático e excreção renal.
Promove uma vasodilatação pelo relaxamento da musculatura
lisa, para a contração o cálcio tem que entrar, dessa forma, o
medicamento impede a entrada do cálcio no músculo liso vascular,
impedindo a contração e promovendo vasodilatação.
Indicação: hipertensão arterial e insuficiência cardíaca
congestiva.
PRAZOSINA
Possui EFEITOS ANTI-HIPERTENSIVOS por bloqueio dos receptores
alfa 1 nas arteríolas e nas vênulas.
reduz pressão arterial e aumenta o débito cardíaco.
É um fármaco utilizado no tratamento de hipertensão emergencial,
sua indicação é quando tem uma PAS maior que 240 mmHg.
Resultado: dilatação dos vasos de resistência (diminui
pressão arterial), venodilatação aumenta capacitância (diminui
retorno venoso).
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p.396
Alfa: receptor para a adrenalina que promove vasoconstrição.
o medicamento se liga no receptor alfa impedindo que a adrenalina se ligue.
Farmacocinética
É um medicamento bem absorvido após administração pela via
oral, sua biodisponibilidade é de 50 a 70% com uma meia vida de 2 a
3 horas. Esse fármaco circula altamente ligado a proteínas do
plasma.
ELIMINAÇÃO: intenso metabolismo hepático e excreção
renal.
SILDENAFIL
É um FÁRMACO INIBIDOR DA FOSFODIESTERASE V que é uma
enzima encontrada nos pulmões (principalmente no cardiopata).
Promove a vasodilatação pulmonar , sendo utilizado em casos
de HIPERTENSÃO PULMONAR .
Dose: 0,25 a 0,3 mg/Kg VO, BID.
O EFEITO COLATERAL É CAUSAR EREÇÃO DA GENITÁLIA
MASCULINA, ATUALMENTE É MAIS USADO PARA O
TRATAMENTO DE DISFUNÇÃO ERÉTIL NO HOMEM.
MECANISMO DE AÇÃO
Inibem a enzima responsável pela conversão de angiotensina I em
angiotensina II.
DIMINUI A PRESSÃO LIBERA O
ARTERIAL ANGIOTENSINOGÊNIO
QUEBRA O ANGIOTENSINOGÊNIO EM
ANGIOTENSINA RIM PRODUZ
RENINA
LIBERA ALDOSTERONA
PELA ADRENAL HIPOTÁLAMO PERCEBE
A ANGIOTENSINA II
EFEITOS FISIOLÓGICOS
REDUZEM A PRESSÃO ARTERIAL por diminuir a resistência vascular
periférica, com mínimo ou nenhum efeito sobre a frequência e
débito cardíacos ou volume arterial circulante.
O USO INADEQUADO DE VASODILATADORES PODEM
CAUSAR PROBLEMAS COMO A REDUÇÃO EXCESSIVA DO
DÉBITO CARDÍACO, HIPOTENSÃO E TAQUICARDIA
REFLEXA.
MALEATO DE ENALAPRIL
Possui uma boa absorção por via oral.
Metabólito ativo: enalaprilato.
Eliminação por via renal, devido a isso, não usamos em
pacientes com doença renal crônica e pacientes com síndrome
cardio/renal.
Aprovado pelo FDA para cães e gatos.
BENAZEPRIL
Possui uma boa absorção por via oral.
Metabólito ativo: benazeprilato.
Eliminação pela via renal e hepática.
cão 50% a 50%.
gato 15% a 85%.
Indicado para IRC, principalmente em felinos.
USO TERAPÊUTICO
Vasodilatação periférica.
Facilita o trabalho do miocárdio e podem remodelar o coração
novamente.
Efeitos colaterais: hipotensão, depressão, letargia, náusea e
azotemia pré-renal.
Fármacos Antiarrítmicos
Divididos em 4 classes:
classe 1: bloqueadores de canais de sódio, atuam em quase todos os
momentos da condução cardíaca.
classe 2: beta bloqueadores, atuam nos receptores adrenérgicos
impedindo que sejam ativados pelo sistema nervoso autônomo simpático.
classe 3: bloqueadores de canais de potássio.
classe 4: bloqueadores de canais de cálcio.
contrações ventriculares
lidocaína prematuras (VPC)/taquicardia 1 mg/kg ou 1 mg/kg/h IV
ventricular (TV)
VPC/fibrilação ventricular
amiodarona (FV)/TV
3 a 5 mg/kg IV
Anotações
Gastrointestinal
p.401
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p.402
Revise!
Funções
É responsável por várias funções, como a preensão,
mastigação, deglutição , maceração e
decomposição do alimento , posterior ABSORÇÃO
através do epitélio e a ELIMINAÇÃO do material não
aproveitado.
Processos envolvidos com as funções do
Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67 @apostilavet
p.403
trato gastrointestinal: motilidade, secreções glandulares e
epiteliais, ação enzimática, absorção de nutrientes e eliminação do
material não absorvido, respostas metabólicas, eventos
hemodinâmicos e o controle pelo sistema nervoso autônomo.
Medicamentos
antieméticos e alguns eméticos
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
que atuam centralmente
fígado hepatoprotetores
Terapêutica
Realizar o controle de sinais clínicos, principalmente a
êmese.
Promover a proteção gástrica e hepática .
Agentes pró-cinéticos para aumentar a motilidade.
Tratamentos de intoxicações , principalmente os
hepatoprotetores.
fármacos que reduzem a absorção de substâncias no trato gastrointestinal.
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p.404
TERAPÊUTICA EM GRANDES ANIMAIS
Utilizamos para ALIVIAR OS SINAIS CLÍNICOS e para RETIRAR O
COMPONENTE DOLOROSO do paciente.
Controle
Hipotálamo Ventromedial: centro da saciedade.
Hipotálamo Lateral: centro da fome.
Os MEDICAMENTOS QUE ESTIMULAM O APETITE atuam na ESTIMULAÇÃO
DO CENTRO DA FOME (neurotransmissor histamina - não perde a
fome) e INIBE O CENTRO DA SACIEDADE (neurotransmissor que age
é a serotonina, o paciente perde a fome).
Amargos ou Tônicos
Foram os primeiros medicamentos usados como orexígenos e
possuem um sabor amargo . Atuam estimulando a produção de
saliva ao entrar em contato com as papilas gustativas, dessa
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p.405
forma, ocorre o EFEITO ESTIMULANTE .
a administração de substâncias com gosto amargo ou tônicos
estimulam a salivação , sendo uma forma do ORGANISMO ENTENDER QUE
ESTÁ COM FOME.
Quando liga o centro da fome o animal começa a
salivar, aumentando o metabolismo do sistema
digestório e fazendo-o sentir fome.
Anti-histamínicos
O anti-histamínico se liga aos receptores de serotonina no centro
da saciedade.
Estimulam o centro da fome, eram usados como drogas
antialérgicas pela histamina ser liberada pelos mastócitos,
sendo um dos estimulantes para a cascata da
inflamação.
Cipro-heptadina, Buclizina, Periatin®.
TRANQUILIDADE,
ALERTA E SENSAÇÃO
DE BEM-ESTAR DESLIGA O CENTRO DA
FOME
Demulcentes
Substâncias de alto peso molecular cujos EFEITOS OCORREM NA
PRIMEIRA PORÇÃO DO TRATO GASTROINTESTINAL (boca até estômago).
Por terem um alto peso molecular podem-se agregar ao
conteúdo estomacal ou se ligar na parede dos órgãos , evitando
que o que está no lúmen lesione a mucosa.
evita a absorção de substâncias.
Protetores de Mucosa
São substâncias insolúveis e quimicamente inertes que atuam
nas porções finais do trato gastrointestinal .
IMPEDEM QUE AS SUBSTÂNCIAS NOCIVAS CHEGUEM
PRÓXIMO DA MUCOSA, NÃO ABSORVENDO AS
SUBSTÂNCIAS.
Adsorventes
CARVÃO ATIVADO ENTERO-BIO®
Timpanismo!
Efeito anti-flatulência.
Durante o processo digestório, as bactérias usam os nutrientes e
produzem gás carbônico, esse gás ao ficar dentro do trato
digestório irá formar uma bolha com água em volta ocupando
espaço. É um GÁS ENCAPSULADO PELA ÁGUA PRODUZIDO NO PROCESSO
DIGESTÓRIO , isso acarreta em um timpanismo .
os antiespumantes interferem na estabilidade da água, quebrando-a e
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p.410
liberando o gás.
Exemplo: silicone metilpolimerizado – dimeticona (Luftal®)
(Ruminol®).
o Blo-trol® (éster tributílico do ácido 2-acetoxi-1 a 2 a 3-propano
tricarboxílico) que antigamente era utilizado em ruminantes, era um ótimo
fármaco, mas saiu do mercado.
Utilizações
Em doenças produtoras de gases.
Timpanismo em ruminantes.
Infecções bacterianas do trato gastrointestinal em pequenos
animais.
Controle
O sistema digestório recebe DUAS VIAS DE INFORMAÇÕES:
Sistema Nervoso Autônomo.
Sistema Nervoso Entérico.
O neurotransmissor excitatório acetilcolina
faz o sistema digestório funcionar, ATUANDO NOS
MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS. Enquanto que a DOPAMINA
É UM NEUROTRANSMISSOR INIBITÓRIO que promove o efeito
contrário, ou seja, REDUZ O PERISTALTISMO (diminui a velocidade do
trânsito gastrointestinal).
A droga pró-cinética pode agir nos dois neurotransmissores .
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p.412
O animal pode ingerir a droga pró-cinética para
proporcionar uma limpeza do trato gastrointestinal
antes de uma cirurgia ou quando ingere algo que
causa uma intoxicação, ou seja, para um esvaziamento
gástrico.
Sistema miogênico.
Sistema nervoso autônomo.
Hormônios.
Temos duas principais drogas, a DOMPERIDONA e a
METOCLOPRAMIDA.
Medicamentos
METOCLOPRAMIDA
É o principal pró-cinético utilizado, sendo o PLASIL® .
também pode ser utilizado como antiemêtico e em fêmeas gestantes
para facilitar a galactorreia (saída do leite), é um efeito colateral.
Esse fármaco interfere diretamente na velocidade do
trânsito , INIBINDO A DOPAMINA E A ACETILCOLINESTERASE , dessa
forma, aumenta a acetilcolina e a velocidade do trânsito .
sem a acetilcolinesterase não ocorre a degradação da acetilcolina, com isso,
a acetilcolina se liga nos receptores e AUMENTA O PERISTALTISMO, age
no músculo liso nos receptores muscarínicos.
MECANISMO DE AÇÃO
ANTAGONISTA DE RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS e LIBERADOR DE
ACETILCOLINA nos terminais pós-glanglionares, sensibilizando os
receptores presentes nos músculos lisos.
bloqueia os receptores dopaminérgicos do tipo D2 presentes no intestino, faz
uma estimulação excitatória de receptores de serotonina causando um
efeito sob o sistema nervoso parassimpático que aumenta a
motilidade e a força de contração do trato gastrointestinal.
Uma contra-indicação é lesão intestinal, então um paciente
que fez cirurgia do trato gastrointestinal e que começa a
vomitar no pós-cirúrgico, é preciso procurar outro
antiemético porque a metoclopramida pode forçar
a região de pontos no paciente pelo efeito pró-cinético.
EFEITOS CLÍNICOS
Esvaziamento gástrico.
Reduz refluxo gastrointestinal.
Aumenta o trânsito nas primeiras porções intestinais.
Pouca alteração na motilidade do cólon.
Promovem um AUMENTO DO TÔNUS E AMPLITUDE DAS CONTRAÇÕES
GÁSTRICAS , CONTRAÇÃO DO ESFÍNCTER PILÓRICO e AUMENTO DO
PERISTALTISMO DO DUODENO E JEJUNO .
A acetilcolina no sistema cardiovascular faz vasodilatação e
bradicardia (a adrenalina faz vasoconstrição e taquicardia). O
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p.414
coração mediante a bradicardia faz taquicardia reflexa, nisso, o
nó sinoatrial gera mais potencial de ação para fazer o coração
bater mais e acarreta na taquicardia.
A serotonina e a dopamina fazem o estímulo da zona de gatilho
do vômito .
DOSE
Gatos: 0,2 a 0,4 mg/kg, TID, VO.
Cães: 0,2 a 0,4 mg/kg, TID, VO.
Ruminantes: 0,3 mg/kg, TID, SC.
DOMPERIDONA
É um ANTAGONISTA DOPAMINÉRGICO , ou seja, diminui o efeito do
do sistema nervoso autônomo simpático e aumenta o do
parassimpático aumentando a motilidade , ou seja, atua
em toda a extensão do trato gastrointestinal .
Efeito pró-cinético semelhante a metoclopramida.
Não possui ação colinérgica.
Além disso, aumenta o tônus das musculaturas
esfincterianas do paciente, principalmente associado
ao do trato gastrointestinal, por exemplo, um paciente
com muito refluxo pode ser administrado a domperidona,
pois ela irá contrair mais o esfíncter do cárdia e impede que volte
o conteúdo estomacal.
CÉLULA MUCOSA DO
bicarbonato TAMPONA O ÁCIDO GÁSTRICO
CÓLON
CELULAS PARIETAIS HCl ATIVA PEPSINA
Antiácidos
São medicamentos que aumentam o pH gástrico , NEUTRALIZANDO
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p.419
O ÁCIDO CLORÍDRICO.
os antiâcidos servem para melhorar o pH estomacal, o estômago produz
o ácido clorídrico que fica em contato com a parede estomacal revestida de
muco.
São fármacos amplamente utilizados em humanos
por automedicação.
SISTÊMICOS
Seus efeitos não são restritos apenas ao trato gastrointestinal , ou seja,
podem ser absorvidos e exercer efeitos no organismo
animal .
Reagem com o HCl formando o cloreto de sódio, água e gás
carbônico.
Um exemplo é o BICARBONATO DE SÓDIO que reage com ácido
clorídrico formando cloreto de sódio e água.
no bicarbonato podemos ter um efeito de alcalose do pH sanguíneo, não
sendo interessante a sua utilização.
NÃO SISTÊMICOS
Os seus efeitos são restritos ao trato gastrointestinal , reage com
a molécula de HCl formando água.
hidrôxido de magnêsio: efeito laxante.
ôxido de magnêsio: efeito laxante.
carbonato de magnêsio: efeito laxante.
carbonato de câlcio .
hidrôxido de alumînio: efeito demulcente e adsorventes,
constipante.
primeira droga
A cimetidina foi a primeira a ser utilizado, apresenta
efeitos colaterais antiandrogênicos e ginecomastia
São bem absorvidos pela via oral e sua
eliminação é renal (60% excretada de forma
inalterada).
EFICÁCIA
São mais efetivos na secreção basal (principalmente noturna).
Menos eficazes na secreção: induzida por alimentos,
hipoglicemias, estímulos vagais.
Atenção!
FARMACOCINÉTICA
A ranitidina tem ação mais prolongada do que a
cimetidina e 5 a 10 vezes mais potente.
A famotidina é três a dez vezes mais potente do que
a ranitidina e também possui ação prolongada.
A famotidina é administrada por via oral, enquanto que a
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p.423
cimetidina e a ranitidina também são administradas
por parenteral (intramuscular ou intravenoso), com
soro glicosado 5% ou soro fisiológico 0,9%.
Sucralfato
É um COMPLEXO DE SACAROSE E HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO , esse fármaco
não atua na acidez, mas protege o estômago .
Se adere à mucosa gástrica e a protege contra a ação do HCl.
as células do estômago ficam em contato com um pH ácido o tempo todo,
sendo que se o pH estiver muito ácido o muco produzido pode não ser
suficiente para proteger essas células gástricas
o sucralfato atua diretamente na mucosa fazendo um revestimento e
impedindo o contato direto da parede do estômago com o suco gástrico, isso
promove que lesões existentes no paciente consigam cicatrizar.
É INDICADO para pacientes com ÚLCERAS GÁSTRICAS .
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p.424
Misoprostol
Reduz a secreção de HCl.
Aumenta a secreção de bicarbonato.
REAÇÕES ADVERSAS
Náusea.
Vômito.
Diarreia.
Cólica uterina.
Benzamidas
antagonistas D2 e 5-
HT3
Metoclopramida
Trimetobenzamida
Difenidramina
antagonistas H1
Meclizina
Ondansetrona; Granisetrona
antagonista do
receptor 5-HT3
Tropisetrona; Dolasetrona
Batanoprida; Zacoprida
Escopolamina
Mecanismo de Ação: é um antagonista muscarínico
competitivo , devem reduzir a excitabilidade dos receptores do
labirinto e diminuir a condução neuronal das vias labirinto-
cerebelar.
Vias de Administração: oral e patch (transdérmica).
Indicações: cinetose, vertigem e pós-operatório.
Reações Adversas mais Importantes: boca seca,
ciclopegia, sedação e constipação.
Dimenidrinato/Prometazina
dramine fenergan
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p.427
Mecanismo de Ação: é um ANTAGONISTA HISTAMÍNICO
COMPETITIVO .
Vias de Administração: oral e patch (transdérmica).
Indicações: cinetose, vertigem e vômito matinal.
Reações Adversas mais Importantes: sedação e efeitos
anticolinérgicos.
Metoclopramida
plasil
Mecanismo de Ação: bloqueia receptores dopaminérgicos da
zona do gatilho , do trato gastrointestinal e alguns
receptores do centro do vômito .
efeito em receptores dopaminérgicos que promove um controle da
èmese .
Auxiliam no esvaziamento gástrico.
Vias de Administração: oral, patch (transdérmica),
intravenosa e intramuscular.
Indicações: droga, radiações, uremia, dor, emocional, pós-
operatório, irritação gastrointestinal e quimioterapia.
Reações Adversas mais Importantes: sedação e
reações extrapiramidais agudas.
Fenotiazínicos
Produzem um efeito anti-emético por modular receptores
dopaminérgicos, temos a acepromazina e a clorpromazina .
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p.428
esses dois fármacos produzem sedação no paciente, sendo importante
analisar se vale a pena utilizar, além disso, a acepromazina reduz a
pressão arterial do paciente em 20 a 30%.
Ondansetrona
vonau
Mecanismo de Ação: BLOQUEIA OS RECEPTORES
SEROTONINÉRGICOS (5HT3 ) viscerais – núcleo do trato solitário e
zona do gatilho.
É um fármaco interessante para o controle da êmese, pois
antagoniza receptores de serotonina e com um efeito direto
sobre a zona deflagradora.
Vias de Administração: oral, intravenoso e intramuscular
(profilaxia).
Reações Adversas mais Importantes: geralmente bem
tolerado.
cefaleia, sensação de calor, sedação, constipação, tontura, fotofobia,
elevação transitória de enzimas hepáticas.
Dose:
cães: 0,1 mg/Kg IV BID ou TID ou 0,5 a 1 mg/Kg VO.
gatos: 0,1 a 0,2 mg/Kg SC TID ou 0,1 a 1 mg/Kg VO SID ou BID.
Benzodiazepínicos
Mecanismo de Ação: atua aumentando a afinidade do GABA ao
seu receptor , esses fármacos NÃO SÃO ANTIEMÉTICOS, mas o seu
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p.429
efeito sedativo e amnésico podem ser úteis na redução do
componente antecipatório de náuseas e vômitos.
Vias de Administração: oral, intravenosa e intramuscular
(profilaxia).
Indicações: coadjuvante útil no tratamento de náuseas e
vômitos que não respondem bem ao tratamento.
Reações Adversas mais Importantes: comuns ao uso de
glicocorticoides.
Revise!
Antidiarreicos
A diarreiaé mais COMUNS EM ANIMAIS JOVENS , sendo que a
desidratação que acompanha esse quadro é a causa mais
frequente de mortes.
É CAUSADA POR HIPERSECREÇÃO COM PERDA DE
FLUIDO PARA A LUZ INTESTINAL OU MÁ ABSORÇÃO
DE NUTRIENTES PELO INTESTINO.
ANTICOLINÉRGICOS: ATROPINA,
ESCOPOLAMINA
ATROVERAN® BUSCOPAN®
Formadores de Massa
Apresenta efeito laxante , são agentes indigeríveis que
possuem PROPRIEDADES HIDRÓFILAS , ou seja, atraem a água para as
fezes e aumenta o seu volume, distendido o intestino e
aumentando a motilidade de forma reflexa por essa distensão.
o metamucil , tem um efeito secundário de regulação da
absorção de glicose, promovendo uma absorção de glicose mais lenta.
ÁGAR
É uma substância mucilaginosa dessecada e constituída de
polissacarídeos de diversas espécies de algas rodofíceas.
NÃO É DEGRADADO NO INTESTINO , local que se expande devido
a incorporação de água , com isso, AUMENTA A MASSA FECAL e
ESTIMULA OS MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS .
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p.432
FARELO E FIBRAS DIETÉTICAS
O farelo de trigo é um subproduto da moagem do trigo, preparado
sob a forma de comprimidos provocando o efeito laxativo em doses
altas .
A associação de fibras dietéticas constituídas de celulose,
hemicelulose, lignina, pectina e polissacarídeos podem ser úteis na
regulação da função intestinal.
ISPAGULA
Hemicelulose existente nas sementes maduras secas de Plantago
ovata, aumenta a massa fecal por absorção de água , sendo
indigerível e não absorvível .
MUCILÓIDE HIDROFÍLICO DE PSÍLIO
METAMUCIL
Laxantes de Contato ou
Estimulantes
Agem por IRRITAÇÃO DA MUSCULATURA LISA INTESTINAL levando
ao AUMENTO DA PERISTALSE e/ou estímulos dos plexos dos nervos
intramurais, provocando a eliminação das fezes , geralmente
em 6 a 8 horas devido ao acúmulo de fluidos e eletrólitos
intestinais.
inibem a absorção de água, eletrólitos e nutrientes.
aumentam a motilidade.
São indicados para a profilaxia e tratamento da constipação
intestinal, limpeza intestinal prévia nos exames radiológicos, nas
intervenções cirúrgicas, e, no trabalho de parto.
Os laxantes de contato mais utilizados são:
ôleo de rîcino : age mais rapidamente, em 2 a 6 horas, pode provocar
cólicas, náuseas e vômitos.
cascara sagrada .
sene .
bisacodil (dulcolax).
picossulfato sôdico (guttalax).
âcido desidrocôlico (decholin).
Normalmente, a sua utilização não é muito
importante.
Salinos
Promovem o acúmulo de grande volume de fluido no intestino ,
aumentando o peristaltismo, devido à pressão osmótica dos seus
componentes que são íons polivalentes pouco absorvíveis.
são pouco e lentamente absorvidos .
PODE TER EFEITO LAXANTE OU PURGANTE
DEPENDENDO DA DOSE.
Emolientes ou Lubrificantes
São fármacos que lubrificam e amolecem as fezes , possuindo um
EFEITO LAXANTE.
Exemplo: óleos minerais (parafina líquida, vaselina líquida
e óleo de parafina), óleos vegetais (de amêndoas e de oliva) e
docusatos (de sódio, de cálcio e de potássio).
ÓLEOS MINERAIS
Não são digeridos, deve ser usado por 2 a 3 dias, penetra nas
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p.435
fezes e recobre a mucosa intestinal (diminuem absorção de
vitaminas).
ÓLEO VEGETAL
Hidrolisados, deve ser utilizado uma dose mais alta do que sua
absorção (diminuem absorção de vitaminas).
DOCUSATOS
Facilitam entrada de água e gordura nas fezes.
Ácido Ursodesoxicólico
Ácido biliar de ocorrência natural da bile do urso chinês.
Uso no MANEJO DE DOENÇAS HEPÁTICAS CRÔNICAS e na DISSULUÇÃO DE
CÁLCULOS BILIARES , empregado principalmente em CÃES COM
HEPATITE CRÔNICA .
MECANISMO DE AÇÃO
Inibe a síntese hepática de colesterol e promove a
síntese de ácidos biliares, reestabelecendo o equilíbrio entre
estes, através da passagem do colesterol do estado cristalino
sólido ao de cristais componentes da bile.
Anotações
Farmacologia
dos Diuréticos
p.438
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p.439
Os diuréticos atuam no sistema renal AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE
URINA e EXCREÇÃO DE SÓDIO , causa uma redução da pré-carga .
também podem ser utilizado em pacientes com congestão, edema
e disfunção renal com DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO URINÁRIA.
a outra possibilidade de utilização são os DIURÉTICOS OSMÓTICOS nos
traumas cranioencefâlicos.
Função
Elaboram e removem o principal fluido excretório (urina).
Regulam a concentração hídrica e salina do corpo.
Removem substâncias estranhas do sangue.
Imagem: Google
SÍTIO DE AÇÃO
Túbulo contorcido proximal.
FARMACOCINÉTICA
Absorvidos por via oral, atingem a concentração plasmática em
2 horas e são eliminados em 12 a 24 horas.
Excreção renal sem metabolização.
Diuréticos de Alça
FUROSEMIDA TORASEMIDA
MECANISMO DE AÇÃO
Bloqueio do sistema co-transportador de Na+K+2Cl localizado no
ramo ascendente da alça de Henle.
A ação diurética resulta da inibição da
reabsorção de cloreto de sódio nesse segmento
da alça de Henle e aumento da secreção tubular
distal de potássio .
SÍTIO DE AÇÃO
Ramo ascendente da alça de Henle.
INDICAÇÕES
Hipertensão arterial leve a moderada.
Edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais.
Queimaduras.
Redução de hemorragias pulmonares em cavalos.
REAÇÕES ADVERSAS
Hipocalemia.
Hiponatremia.
Tiazídicos
HIDROCLOROTIAZIDA CLOROTIAZIDA CLORTALIDONA
MECANISMO DE AÇÃO
Agem principalmente na porção proximal do túbulo contorcido
Licenciado para Millena Chagas, CPF: 469.881.638-67 @apostilavet
p.445
distal, antagonizando o co-transporte de Na+ e Cl-.
O aumento de liberação de Na+ e água para o túbulo coletor
cortical e, ou o aumento da velocidade do fluxo conduz a um
aumento da excreção de K+.
SÍTIO DE AÇÃO
Túbulo contorcido distal.
FARMACOCINÉTICA
Podem ser administrados por via oral e intravenosa.
Biotransformação hepática.
Eliminação hepática e renal.
REAÇÕES ADVERSAS
Bem tolerados em pequenas doses.
Hipocalemia.
Aumento de lipídios circulantes.
Intolerância à glicose.
Aumento de ácido úrico plasmático (devido a redução da
volemia).
Os efeitos metabólicos adversos dos diuréticos
tiazídicos não comprometem os esperados benefícios
na diminuição da pressão arterial e na diminuição dos
riscos de AVC e mortalidade.
MECANISMO DE AÇÃO
Ligam-se competitivamente aos receptores da aldosterona,
impedindo a reabsorção de sódio e água para dentro do néfron.
Também inibe a excreção de potássio.
SÍTIO DE AÇÃO
Túbulo contorcido distal.
REAÇÕES ADVERSAS
Ginecomastia, distúrbios gastrointestinais, náusea, sonolência,
função hepática anormal, erupção cutânea, hipertricose
(crescimento de cabelo anormal), hiperpotassemia, distúrbios
eletrolíticos, febre e ataxia.
Diuréticos Osmóticos
MANITOL GLICOSE
FARMACOCINÉTICA
Administração pela via intravenosa.
A glicose sofre biotransformação hepática e o manitol é
excretado inalterado.
REAÇÕES ADVERSAS
Edema cerebral.
Hemorragia pulmonar em equinos.
Hipercalemia.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC).
Hipertensão arterial sistêmica.
Glaucoma.
Anotações
Antifúngicos
p.451
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p.452
As INFECÇÕES FÚNGICAS mais comuns na veterinária são
as INFECÇÕES FÚNGICAS DERMATOLÓGICAS . O tratamento das
dermatofitoses podem ser por via oral e tópica
(xampu e pomadas).
Cetoconazol
Primeiro antifúngico a ser UTILIZADO POR VIA ORAL .
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p.453
É recomendado a sua utilização em jejum porque o pH ácido
aumenta a sua absorção (aumento do pH diminui absorção).
A biodisponibilidade é variada, principalmente em
cães, sendo que a biodisponibilidade é a quantidade
de fármaco que será absorvido pelo trato gastrointestinal
e que irá para o plasma.
O cetoconazol ATINGE VÁRIOS TECIDOS E FLUIDOS CORPORAIS, mas
possui uma baixa concentração no líquido cefalorraquidiano ,
então não serve para o tratamento de meningites
fúngicas . Além disso, ATRAVESSA A BARREIRA PLACENTÁRIA .
Biotransformação hepática.
Apenas 2 a 4% do fármaco é eliminado pela via renal de forma
intacta.
EFEITOS ADVERSOS
ÊMESE , NÁUSEA , diarreia ou constipação, dor abdominal, alopecia,
prurido e inapetência.
Os efeitos gastrointestinais podem ser minimizados se
administrados com alimento.
Eleva enzimas hepáticas.
Ginecomastia, mumificação fetal e aborto em pequenos animais.
Miconazol
Amplo espectro de ação e também atua em cocos gram
positivos.
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p.454
Comumente utilizado por via tópica , sendo que a absorção
por via oral é muito pequena .
Rapidamente absorvido quando aplicado sobre a
córnea.
Itraconazol
Sua administração é por via oral , sendo o
itraconazol o principal representante desse grupo e a
sua utilização é segura para tratamentos
que duram meses.
Maior espectro de ação e mais efetivo em doses menores.
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p.455
Menor manifestação de efeitos colaterais com uma
farmacocinética mais estável.
Após administração atinge o PICO PLASMÁTICO EM 3 HORAS ,
com DURAÇÃO DE 8 A 12 HORAS .
Biodisponibilidade máxima se administrado junto com alimento.
Ampla Distribuição: pulmões, rins, fígado, glândulas
adrenais, pâncreas e pele (ligação com queratina).
CHEGAM EM BAIXAS CONCENTRAÇÕES NO SISTEMA
NERVOSO CENTRAL.
EFEITOS ADVERSOS
Náusea, dor abdominal, dispepsia e cefaleia (descrita em
humanos).
Não é recomendado a sua administração em gestantes!
Fluconazol
É um antifúngico mais recente, pode ser administrado por via oral
ou intravenosa , sendo que é rapidamente absorvido pela
via oral .
Atinge CONCENTRAÇÕES ELEVADAS NO LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO,
dessa forma, é um fármaco de escolha para meningites fúngicas .
Excretado de maneira íntegra na urina em 25 a 30 horas.
Não existe registro de reações adversas na medicina
veterinária, mas tem descrito na literatura a náusea se
administrado por longos prazos.
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Outros Antifúngicos: voriconazol e posaconazol.
Anotações
Antibioticoterapia
p.458
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p.459
carbapênicos,
cloranfenicol,
AMPLO + + + + quinolonas de 3ª
geração
3ª e 4ª geração de
+ + + (+) cefalosporinas
ampicilina,
cefalosporina 1ª
+ +/- + (+) geração,
amoxicilina
limitADO penicilinas,
lincosamidas,
+ - + (+) glicopeptídeos,
estreptomicina
aeróbias anaeróbias
ESPECTRO GRAM + GRAM _ GRAM + GRAM - EXEMPLO
+/- + - - aminoglicosídeos
quinolonas de 2ª
(+) + - - geração
limitado sulfa +
(+) (+) - - Trimetoprim
- - + + nitromidazóis
O (+) significa que existe uma certa eficiência, mas não é uma
eficiência muito intensa.
O ESPECTRO LIMITADO SIGNIFICA QUE TALVEZ
TENHA QUE ASSOCIAR OUTRO ANTIBIÓTICO PARA
CONSEGUIR DEBELAR ESSA INFECÇÃO CONTRA QUAL
ESTÁ TRABALHANDO.
Crescimento Bacteriano
As apresentam um rápido
bactérias
crescimento quando se encontram em um
MEIO COM ABUNDÂNCIA DE NUTRIENTES .
Os ANTIBIÓTICOS PODEM INIBIR ESSE CRESCIMENTO
ou MATAR AS CÉLULAS BACTERIANAS .
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p.463
a destruição das cêlulas bacterianas podem liberar fatores
inflamatórios, como as LPS que podem piorar a reação inflamatória que o
paciente apresenta.
Antibióticos Bacteriostáticos: inibe a multiplicação da
bactéria.
a partir do momento que RETIRA O FÁRMACO as bactérias podem voltar a
crescer, esses antibióticos são dependentes do sistema
imunolôgico do paciente para destruir as células bacterianas.
Antibióticos Bactericidas: exerce efeito letal sobre a
bactéria.
são independentes do sistema imunolôgico porque destroem a
bactéria de forma direta, é recomendado em INFECÇÕES MAIS SEVERAS.
A utilização de fármacos bactericidas, ou seja, que
destroem as bactérias é mais eficiente que a
utilização de fármacos bacteriostáticos.
Imagem: Google
Melhorando a Eficiência
dos Antibióticos
objetivo considerações
administração na primeiro hora após
uso precoce de antibióticos
identificação e/ou diagnóstico de sepse
administração intravenosa;
considerar doses de ataques;
agentes bactericidas;
maximização da potência dos dependência de tempo e concentração;
antibióticos associações de antibióticos;
combate aos 4 quadrantes;
considerar penetração do antibiótico no
foco
ELIMINAÇÃO OU REDUÇÃO DA
controle da fonte via cirurgia
EXPOSIÇÃO AO AGENTE ETIOLÓGICO
Vias de Administração
Via Intravenosa: promove uma biodisponibilidade
imediata .
significa que o antibiótico funciona a partir do momento que é administrado
no paciente, apresentando um período de latência curto ou inexistente.
Via Intramuscular: o FÁRMACO PASSA POR UM PROCESSO DE
ABSORÇÃO , com isso, leva um tempo até que o princípio ativo seja
absorvido e faça o efeito farmacológico.
Via Subcutânea: tem o período de absorção e nessa via
é importante avaliar a hidratação do paciente .
pacientes desidratados não conseguem fazer uma boa absorção na
região subcutânea, pois na DESIDRATAÇÃO ou HIPOTENSÃO tem uma redução da
vascularização da pele, fazendo com que leve mais tempo para que o
princípio ativo seja absorvido.
Tópica: tem como vantagem AUMENTAR A CONCENTRAÇÃO DO
ANTIBIÓTICO SOBRE O AGENTE e é de fácil aplicação.
por exemplo, na INFECÇÃO DE PELE podemos usar um creme antibiôtico
que aumenta a concentração do princípio ativo no local.
nessa via também pode ser utilizado fârmacos que possuam um
certo grau de toxicidade sistèmica, pois grande parte do princípio
ativo utilizado não será absorvido, o seu efeito é mais local desde que o
animal não o ingira.
Beta-lactâmicos
São antibióticos que inibem a síntese da parede celular ,
atuam unindo-se às proteínas de ligação da parede
celular que reduz a sua resistência e rigidez,
promovendo uma maior permeabilidade e lise
da bactéria . Geralmente são BACTERICIDAS .
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p.467
PENICILINAS CEFALOSPORINAS CARBAPÊNICOS
PENICILINAS
São ANTIBIÓTICOS POUCO TÓXICOS, mas pode provocar reações de
hipersensibilidade, principalmente em humanos. Seu espectro de
ação é limitado .
Nessa classe temos a amoxicilina e a ampicilina que são
eficazes contra diversos microrganismos.
aeróbios gram +, anaeróbios gram + e gram -.
Resistência Bacteriana Intrínseca as Penicilinas:
bactérias produtoras de beta-lactamase.
por exemplo, estafilococos resistentes a meticilina.
Inibidores da Beta-lactamase: ácido clavulônico e
sulbactam.
por exemplo, amoxiciclina + ácido clavulânico, ampicilina + sulbactam.
CEFALOSPORINAS
São GERALMENTE MAIS EFICIENTES QUE AS PENICILINAS CONTRA BACTÉRIAS
GRAM NEGATIVAS, seu espectro de ação é mais amplo do que as
penicilinas. Podem ser inativadas pelas cefalosporinases
(tipo de betalactamase) e apresentam uma BAIXA
EFICÁCIA CONTRA ANAERÓBIOS .
CARBAPÊNICOS
Os exemplos desse grupo são imipenem e meropenem .
São antibióticos beta-lactâmicos altamente resistentes
a beta-lactamase, eficaz contra gram + e - ,
aeróbios e anaeróbios .
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p.469
antibiótico restrito (medicamento de última escolha)!
O IMIPINEM E MEROPENEM SÃO FÁRMACOS MAIS
POTENTES CONTRA OS ANTIMICROBIANOS, PARA
MANTER O FUNCIONAMENTO DESSES PRINCÍPIOS
ATIVOS DEVEMOS SÓ UTILIZÁ-LOS EM ÚLTIMO CASO.
Cloranfenicol
Esses antibióticos se ligam aos ribossomos bacterianos, causando
uma inibição reversível da síntese de proteínas .
Amplo espectro contra STREPTOCOCOS , ESTAFILOCOCOS , BRUCELLA e
ANAERÓBIOS .
baixa atividade contra pseudômonas.
É um antibiótico BACTERIOSTÁTICO .
Causa anemia leve e transitória em cães e gatos.
Tetraciclinas
São bacteriostáticos e o seu mecanismo de ação é a inibição da
síntese proteica .
DOXICICLINA OXITETRACICLINA TETRACICLINA
Macrolídeos
São agentes bacteriostáticos , mas DEPENDENDO DA DOSE PODEM SER
BACTERICIDAS .
Mecanismo de Ação: inibição da síntese proteica.
ERITROMICINA ESPIRAMICINA AZITROMICINA
AZITROMICINA
ATIVA CONTRA BACTÉRIAS AERÓBIAS como estafilococos,
estreptococos, Helicobacter spp, ATIVA CONTRA ANAERÓBIOS e
ORGANISMOS INTRACELULAR (Toxoplasma spp. e Bartonella spp.).
Boa absorção e concentrações teciduais extremamente altas.
Usada uma vez ao dia.
Bactericida ou bacteriostático.
Clindamicina
Apresenta um espectro de ação restrito .
Eficaz contra: patógenos gram positivos (estafilococos,
estreptococos, clostrídios), anaeróbios, Toxoplasma gondii e
Neospora.
muito utilizada em osteomielite estafilocócica.
Ineficaz contra: gram negativas.
Quinolonas
ENROFLOXACINA CIPROFLOXACINA NORFLOXACINA
MARBOFLOXACINA PRADOFLOXACINA
Sulfas
Apresentam , mas pode ser
efeito bacteriostático
BACTERICIDA DEPENDENDO DA DOSE, principalmente na
utilização tópica na forma de creme e
pomada tem o efeito bactericida .
Mecanismo de Ação: inibe a produção de ácido fólico.
podem estar associado ao trimetoprim que inibe a via secundária de
produção do ácido fólico.
Apresenta um ESPECTRO DE AÇÃO RELATIVAMENTE GRANDE .
Toxicidade:
renal associado a desidratação e muitos pacientes jovens tratados com
sulfa tem associação com a produção de ceratoconjuntivite seca .
uso sulfa
Sulfacetamida
Sulfametazina
uso sulfa
SISTÊMICAS DE AÇÃO RÁPIDA Sulfametoxazol
Sulfadimetoxina
sistêmicas de ação lenta
Sulfametoxipiridazina
Ftalilsulfatiazol
ENTÉRICAS
Sulfasalazina
Sulfacetamida
Mafenida
Derivados Nitrofurânicos
NITROFURANTOÍNA FURAZOLIDONA NITROFURAZONA
Ajuste da Dose na
Presença de Doença renal
CEFALOTINA, CEFALEXINA,
cefalosporinas aumentar intervalo entre doses
CEFTRIAXONA
CIPROFLOXACINA,
Fluorquinolonas redução de dose
ENROFLOXACINA
DOSE CONVENCIONAL
DOSE AJUSTADA =
CREATININA
Outras Considerações!
trimetoprim.
Traqueia
Os agentes mais comuns são Micoplasma e Bordetella.
Podem ser utilizados os seguintes antibióticos: sulfa +
trimetoprim , cefalosporinas , enrofloxacina ,
Osteomielites
Os agentes mais comuns são E. coli, estafilococos, Proteus,
enterococos, anaeróbicos. Podem ser utilizados os seguintes
antibióticos: amoxicilina + clavulanato, cefalosporinas,
enrofloxacina , clindamicina e gentamicina .
Discoespondilites
Os agentes mais comuns são E. coli, Estreptococos, Brucella e
Estafilococos. Podem ser utilizados os seguintes antibióticos:
cefalosporinas e enrofloxacina .
Cardiovasculares
Os agentes mais comuns são Estafilococos, Estreptococos,
bacilos anaeróbios gram -, bacilos aeróbios. Podem
ser utilizados os seguintes antibióticos: enrofloxacina,
gentamicina , cefalosporinas, clindamicina e
metronidazol .
Digestório
Os agentes mais comuns são aeróbios e anaeróbios. Podem
ser utilizados os seguintes antibióticos: enrofloxacina ,
sulfa + trimetoprim e metronidazol .
Hepatobiliares
Os agentes mais comuns são Estafilococos, Pasteurella,
Actinomices e anaeróbicos. Podem ser utilizados os seguintes
antibióticos: cloranfenicol , sulfa + trimetoprim e
metronidazol .
Ocular
Os agentes mais comuns são Estafilococos, Estreptococos e
Micoplasma. Podem ser utilizados os seguintes antibióticos:
tobramicina , ciprofloxacina , gentamicina e neomicina .
Anotações
Científica FAMEZ & I Mostra Regional de Ciências Agrárias. Campo Grande, 2019.
2000.
Roca, 2002.