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Anatomia

Veterinária
Maria Eduarda Cabral
SUMÁRIO
Introdução à Anatomia p.1
Planos Anatômicos p.3
Questões p.8
Introdução à Anatomia
distal = distante do centro.

Osteon: osso.
Armação de estruturas duras que suporta e protege os
tecidos moles.

arthron: articulação.
khondro: cartilagem.

mys: músculo.

IMAGEM: Internet

Esqueleto axial

Composto pelos ossos do crânio, coluna vertebral,


costelas e esterno.
anterior dianteiro.
posterior traseiro. Esqueleto apendicular

5 partes fundamentais: cabeça, pescoço, tronco, Composto pelos ossos dos membros torácicos e pélvicos.
membros e cauda.
Esqueleto visceral

Ossos cardíaco do bovino e peniano do cão.

IMAGEM: Internet
TRONCO: tórax, abdome, pelve.
MEMBROS: torácico, pélvico.
proximal = próximo ao centro. IMAGEM: Internet
Maria Eduarda Cabral 1|P á g i n a
O comprimento é maior que a largura e espessura e não
Membro torácico apresentarem canal medular.
Escápula. : costelas.
Úmero.
Rádio e Ulna.
Ossos do Carpo.
Ossos do Metacarpo.
Falanges.
Expandem-se em duas direções.
Membro pélvico
Apresentam comprimento e largura equivalente.
Pelve. :
ílio, ísquio e púbis. ossos do crânio: parietal, frontal, nasal e etc.
Fêmur. escápula.
Patela. pelve.
Tíbia.
Fíbula.
Ossos do Tarso.
Metatarso.
Falanges.

Apresentam equivalência das três dimensões.


Comprimento maior que a largura e a espessura. : ossos do carpo e tarso.
Apresentam um canal medular.
: fêmur, tíbia, úmero, rádio, ulna, etc.
duas extremidades (epífises).
o corpo (diáfise).
disco epifisário (fise ou linha de crescimento).

Sem forma geométrica definida.


: as vértebras.

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Situam-se no crânio.
: frontal, maxilar e esfenóide.

Apresentam cavidades contendo ar.


sinus ou seios.

Planos Anatômicos

Uma superfície, real ou imaginária, ao longo da qual dois Significa em direção a cabeça ou relativamente próximo
pontos quaisquer podem ser conectados por uma linha da cabeça.
reta.
.: pulmões estão craniais ao intestino

Significa em direção ou relativamente próximo a cauda.


.: os intestinos estão caudais aos pulmões

Na direção ou relativamente próximo ao nariz.


Usado somente para a cabeça.
IMAGEM: Prof.ª Juliana Normando Pinheiro – Princípios Gerais
da Anatomia
.: a narina está rostral ao olho.
.: o cérebro está rostral ao cerebelo.

IMAGEM: Prof.ª Juliana Normando Pinheiro – Princípios Gerais


da Anatomia

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Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Divide o corpo em partes cranial e caudal.


Passa pelo corpo craniomedialmente (cabeça – cauda). Está em ângulo reto com o plano mediano.

Divide o corpo em duas metades IGUAIS:


direita e esquerda.

Qualquer plano paralelo ao plano mediano.


PLANO MÉDIO-SAGITAL = PLANO MEDIANO

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Divide o corpo em segmentos dorsal e ventral.


Está em ângulo reto com o plano mediano e com o
transverso.

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IMAGEM: Prof.ª Juliana Normando Pinheiro – Princípios Gerais


da Anatomia
Refere-se ao dorso ou a superfície superior do animal.

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.: rins estão dorsais aos intestinos.

Refere-se a metade ou ao centro, mais próximo do


plano mediano ou médio-sagital.
Refere-se a superfície inferior do animal. : coração está medial aos pulmões.
.: intestinos ventrais aos rins.

Termos: longe do plano mediano.


 Utilizados como referência.
: costelas estão laterais ao pulmão.
 Descrever estruturas.
 Localização de lesões.

IMAGEM: Prof.ª Juliana Normando Pinheiro – Princípios Gerais da Anatomia

Exemplo na pele:
Refere-se a uma estrutura situada próximo a
superfície.
.: a pele é superficial aos músculos.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Refere-se a uma estrutura situada em um nível mais


profundo em relação a outra. Parte de um membro, artéria ou veia.
.: o fêmur está mais profundo que o músculo Significa que está mais próximo do centro do corpo ou
do quadríceps. ponto de origem.

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a) mais próximo ao plano cranial.
b)
Significa que está mais distante do centro do corpo ou
ponto de origem. c) mais próximo ao plano caudal.
: casco está distal ao joelho. Dorsal, ventral e médio
d) mais próximo ao plano dorsal.
e)
f) mais próximo ao plano ventral.
Proximal e distal
 Termos usados para descrever estruturas que se
projetam: da superfície da cabeça, pescoço e tronco.;
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso nervos em relação ao SNC e vasos em relação ao
coração.
Lateral, medial, intermédio e mediano
 Termos usados para descrever estruturas localizadas
ao longo do eixo transversal.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso a) mais próximo à raiz.
a) estrutura localizada sobre o plano sagital b)
mediano. c) mais afastado da raiz.
b) estrutura localizada próxima ao plano sagital
cervical torácico lombar sacral caudal (coccígeo)
mediano.
c) entre uma estrutura medial e outra lateral.
d) estrutura localizada próximo ao plano lateral.
Cranial e caudal PALMAR: refere-se a superfície caudal do membro
torácico distal ao carpo (articulação que conecta rádio
 Termos usados para descrever estruturas localizadas
ulna e metacarpo).
ao longo do eixo longitudinal (ou craniocaudal).
DORSAL: lado oposto.
PLANTAR: refere-se a superfície caudal do membro
pélvico distal ao tarso (articulação que conecta tíbia,
fíbula e metatarso).

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Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Termos utilizados em ruminantes, suínos e carnívoros.


O eixo funcional membro passa entre o terceiro e
quartos dedos.
axial: parte central.
abaxial: parte lateral.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Termos empregados na cabeça.


oral: próximo aos lábios.
exemplo: dente.
aboral: como se fosse o caudal do sistema digestório.
exemplo: língua.

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Questões
1. Complete os espaços a seguir para a fixação dos planos e termos de posição indicados na figura pelas setas.

Imagem retirada do Roteiro de Aula Prática de Anatomia Veterinária – Prof.ª Juliana Normando Pinheiro

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2. Coloque o nome dos ossos apontados na figura a seguir:

Imagem retirada do Roteiro de Aula Prática de Anatomia Veterinária – Prof.ª Juliana Normando Pinheiro
1.
2. 15.
3. 16.
4. 17.
5. 18.
6. 19.
7. 20.
8. 21.
9. 22.
10. 23.
11. 24.
12. 25.
13. 26.
14. 27.

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3. Coloque os nomes que preenchem corretamente as estruturas do osso longo.

Imagem retirada do Roteiro de Aula Prática de Anatomia Veterinária – Prof.ª Juliana Normando Pinheiro

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4. Quais são os termos direcionais utilizados para descrever posições de partes do corpo dos animais domésticos?

5. Diferencie e exemplifique os planos cranial, caudal e rostral.


Exemplo para a realização da questão: cranial – próximo a cabeça, um exemplo seria o diafragma que se encontra cranial
a vesícula urinária.

6. Explique o que caracteriza os ossos longos, ossos alongados, ossos chatos, ossos curtos, ossos irregulares e ossos
pneumáticos.

7. Leia as afirmações a seguir e escreva V para verdadeiro e F para falso. As questões falsas devem ser justificadas do
porquê está falsa ou reescrever a frase corretamente.
a) ( ) O membro torácico é composto de CAUDAL para PROXIMAL: falanges, ossos do carpo, metacarpo, rádio e ulna,
úmero e escápula.

b) ( ) O esqueleto apendicular é composto pelos ossos do membro torácico e ossos do membro pélvico, enquanto que o
esqueleto visceral é composto pelo osso cardíaco bovino, osso peniano do cão e aparelho hióide.

c) ( ) O membro pélvico, também chamado de membro traseiro ou membro posterior, possui uma sequência de ossos de
proximal para caudal, respectivamente, iniciando pela pelve, fêmur, patela, fíbula e tíbia, ossos do tarso, metatarso, falange
distal, falange média e falange proximal.

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Osteologia
Maria Eduarda Cabral
Apostila com base nas anotações realizadas em
sala de aula e com os slides. O presente conteúdo
não é de minha autoria.
SUMÁRIO
Osteologia p.12
Osso------------------------------------------------------------------------------p.12
Esqueleto Apendicular--------------------------------------------------------------p.12
Crânio----------------------------------------------------------------------------p.43
Coluna Vertebral-------------------------------------------------------------------p.48
Costelas--------------------------------------------------------------------------p.55
Esterno---------------------------------------------------------------------------p.56
Questões p.57
Osteologia

É uma substância viva que apresenta um grande


potencial de reparação pós-trauma, podendo crescer e
estando sujeito a afecções.
Em casos de desuso, o osso torna-se delgado e fraco,
em contrapartida, frente a casos que se faz necessário
um suporte maior devido ao peso
aumentado, o osso sofre hipertrofia.
O é o conjunto de ossos.
É formado por matéria orgânica e inorgânica.

Sustentação e conformação do corpo animal.


Proteção para órgãos moles.
Ao ser movimentado pelos músculos, permitem o
deslocamento do corpo animal. Mantida no local por músculos: SINSARCOSE.
Armazenamento de íons cálcio e fósforo. não forma uma articulação convencional.
Local de síntese de algumas células sanguíneas UNGULADOS:
(hematopoiese).
prolongada dorsalmente pela cartilagem escapular.
Fonte de eritrócitos (hemácias), hemoglobina e
amplia a fixação.
plaquetas.
torna-se mais calcificada com a idade.
Observação
Artrologia
 DIARTROSE: a extensão de mobilidade pode aumentar
Escápula.
quando entre duas estruturas existe uma fenda
Úmero. (diartrose).
Rádio e Ulna.
 ARTICULAÇÃO VERDADEIRA ou SINOVIAL:
Ossos do Carpo.
fenda de articulação – diartrose.
Ossos do Metacarpo.
cavidade de articulação.
Falanges/Sesamoides.
preenchida por fluido articular – líquido sinovial.
Escápula Levemente triangular (menos no cão e no gato).
LATERAL: irregularmente dividida pela espinha da
Osso plano. escápula.
Região craniodorsal do tórax.

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ACIDENTES ÓSSEOS Processo coracoide.
voltado para a parte medial.
.
bolinha na tuberosidade da escápula -> macete que
Tuberosidade da espinha da escápula. utilizei para lembrar sua localização.
Fossa supraespinhal/espinhosa. .
virado para a parte cranial do osso.
se articula (encaixa) com a cabeça do úmero.
voltada para a “menor parte do osso” -> macete que
Incisura glenóide.
utilizei para lembrar sua localização!
corte na cavidade glenóide.
Fossa infraespinhal/espinhosa.
Acrômio.
virado para a parte caudal do osso.
“pontinha” da espinha da escápula -> macete que
voltada para a “maior parte do osso” -> macete que
utilizei para lembrar sua localização.
utilizei para lembrar sua localização!
exceto: equinos e suínos.
Fossa subescapular.
oposto a espinha da escápula. Face serrátil.
Colo da escápula. parte áspera.
acima da cavidade glenóide. contrária a espinha da escápula.
Tuberosidade da escápula. proximal – medial.
ponta do colo da escápula, margem cranial.

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parte ventral do tórax.


Úmero
relativamente mais robusto nos equinos e bovinos.
Forma o esqueleto do braço.

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ACIDENTES ÓSSEOS

localizado na parte distal (margem caudal).


possui uma cavidade para que o osso encaixe.
Cabeça do úmero.
parte lisa do osso, encaixa na cavidade glenóide
(caudal – proximal).
Tubérculo maior (lateral) e tubérculo menor (medial).
parte alta da cabeça.
equino essas partes são iguais.
.
orelha do úmero -> macete que utilizei para
memorizar a localização.
parte lateral.
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Tuberosidade do redondo maior.
Extremidade proximal:
voltado para a parte medial.
ampla cabeça articular.
.
voltada para cavidade glenóide da escápula.
oposto a fossa do olécrano (cranial – distal).
Côndilo articular lateral. curvinhas craniais, parte
lisa devido a articulação.
Côndilo articular medial.
Epicôndilo lateral e medial.
pontinhas ao lado do côndilo (distal.
Colo do úmero.
pescoço do úmero.
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Rádio e ulna

Ungulados:
permanecem unidas. faceta articular com o rádio.
equinos: apenas extremidade superior da ulna
contato com o osso
permanecem distinta.
ulnar do carpo.
quando fundido, não tem capacidade de supinação
(súplica).
CÃO E GATO: possível certo grau de supinação. Maior redução da ulna: diáfise se afunila no meio do
antebraço e se incorpora ao rádio.
RÁDIO
Osso semelhante a uma haste.
Condições intermediárias.
Mais forte do que a ulna nos ungulados.
Fusão da ulna e do rádio impede supinação.
Diáfise: achatada craniocaudal, ligeiramente curva.
Sulco na parte distal da superfície cranial:
tendão extensor.
Extremidade distal: dilatada.

ULNA
Diáfise reduzida.
Extremidade proximal prolonga-se para formar o
olécrano.

Processo ancôneo (se encaixa na tróclea umeral).

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ACIDENTES ÓSSEOS

presente em equinos.
A ulna dos equinos termina no terço médio.

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Carpos FILEIRA DISTAL


Numerados de um a cinco:
FILEIRA PROXIMAL primeiro: suprimido na maioria das espécies.
sequência médiolateral: osso radial, intermédio, segundo e terceiro: fundidos em ruminantes.
ulnar e acessório.
quinto: suprimido ou fundido com o quarto.
acessório: se projeta para trás.
radial e intermédio – fundidos.

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Formato convexo. MOVIMENTO:
uniformizados por maior parte: antebraquiocárpico.
ligamentos.

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pouco ao nível intercárpico. virtualmente nada carpometacárpico

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presentes componentes de 4 dígitos.
Metacarpos e falanges
segundo e quinto metacárpicos: vestigiais.
terceiro e quarto metacárpicos fusionados.
CÃES E GATOS
EQUINOS:
Digitígrada. terceiro metacárpico persiste em forma funcional.
Sustentam-se pelos dígitos. resquícios do segundo e quarto metacárpicos.
Apenas o dedo (dígito) medial (primeiro) perdeu TERCEIRO METACÁRPICO: diáfise resistente.
contato com o solo.
Metacarpiano mais desenvolvido nos equinos: III.
Mantido como um dígito rudimentar.
Metacarpiano mais desenvolvido nos bovinos: III e IV.
Quatro dígitos funcionais:
eixo passando entre terceiro e quarto dígito Metacarpiano mais desenvolvidos nos carnívoros: II,
(quadrados) III, IV, IV.
segundo e quinto metacarpos: marginais
(triangulares). Falanges

RUMINANTES, SUÍNOS E EQUINOS PROXIMAL


Ungulígadras. Osso cilíndrico curto.
Sustentam-se pelas pontas dos dígitos. MÉDIA
Protegidas por cascos (úngulas).
Mais curta que a primeira, mas semelhante.
SUÍNOS: perderam completamente o primeiro dígito
segundo e quinto dígitos: REDUZIDOS. DISTAL
RUMINANTES: Forma do casco ou unha (parcialmente contida).

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cão: pequenos sesamoides nos tendões extensores acima
Ossos sesamóides proximais pares face da face dorsal das articulações metacarpofalangeanas.
palmar da articulação interfalangeana distal.
O osso navicular nos equinos é o osso sesamóide
São pequenos ossos da parte caudal do membro, sendo
distal.
ossos que fornecem apoio para o tendão (superfície
palmar).

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Ossos do Tarso.
Ossos do Metatarso.
Coxal ou Pelve Falanges
ílio. proximal.
púbis. média.
ísquio. distal.
Fêmur. Ossos Sesamóides
Tíbia. proximal.
Fíbula. distal.
Patela (rótula).

Imagem retirada do Roteiro de Aula Prática de Anatomia Veterinária – Prof.ª Juliana Normando Pinheiro

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Osso coxal ou pelve

ACIDENTES ÓSSEOS

TUBEROSIDADE -> inserção muscular.

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medial.
Fêmur
Colo do fêmur.
ACIDENTES ÓSSEOS
Fossa trocantérica.

só em equinos.

lateral. Fossa supracondilar.


Fossa intercondilar.

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Tíbia e Fíbula

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Patela

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Ossos do Tarso e Metatarso

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Falanges

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Esqueleto axial:

Ossos do crânio.
Mandíbula.
Aparelho hióide Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
suspender língua e laringe.
Ossículos da orelha média.
Cartilagens da orelha externa.
Cartilagens da laringe.

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Mosaico de muitos ossos.
Encaixe perfeito: estrutura rígida.
Animal jovem:
separados por tecidos fibrosos/cartilagem:
linhas de crescimento.
contornos discerníveis mesmo no animal idoso.
ÓRBITA: acomoda os globos oculares.
Cavidade nasal: tecido cartilaginoso.
osso etmóide: separa o encéfalo da cavidade nasal,
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso a lâmina crivosa/cribiforme do osso etmóide que faz a
separação.
Ossos do crânio

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Não existe a crista facial.
Comparativo de crânio
prolongamento do arco zigomático.

CÃO E GATO

margem óssea incompleta.

EQUINO

margem óssea completa.


Arco zigomático espesso.
Crista facial longa.

BOVINO

curto e largo.
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Ossos do crânio Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Osso occipital:
porção escamosa.
porção lateral.
porção basilar.
Osso temporal:
porção timpânica e petrosa.
porção escamosa.

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Mandíbula

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Conjunto de vértebras:
proteção da medula espinhal.
proteção das estruturas do pescoço, tórax, abdome
e pelve.
Vértebras:
cervicais. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

torácicas.
lombares.
sacrais.
caudais ou coccígeas.

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Atlas VISTA CAUDAL


Primeira vértebra da coluna vertebral.
Duas massas unidas por um arco dorsal e outro
ventral.

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Axis

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Segunda vértebra da coluna vertebral.
Vértebra mais longa.
EQUINO
ATLAS + AXIS: livre movimento da cabeça.

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EQUINO

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VISTA CRANIAL

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VISTA VENTRAL

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BOVINO

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Vértebras cervicais

EQUINO
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VISTA LATERAL

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VISTA DORSAL Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

BOVINO

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3ª a 7ª vértebras cervicais.

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Vértebras torácicas
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EQUINO

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VISTA LATERAL

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VISTA DORSAL

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BOVINO

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Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

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VISTA CRANIAL VISTA LATERAL

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

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Vértebras lombares

EQUINO

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VISTA LATERAL

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BOVINO

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Sacro

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VISTA CRANIAL

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VISTA DORSAL
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VISTA DORSAL

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VISTA DORSAL

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EQUINO

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Vértebras coccígeas

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BOVINO

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

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Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 55 | P á g i n a


braquicefálicos – pequinês.
dolicocefálicos – doberman.
mesaticefálicos.

Constituição mista: óssea e cartilagínea.


Dividido em 3 porções:
1. Manúbrio.
2. Esternebras.
3. Cartilagem xifóide.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Ossos do crânio Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

VARIAÇÕES ENTRE RAÇAS E ESPÉCIES:


Maria Eduarda Cabral 56 | P á g i n a
Questões
1. Preencha os espaços indicados pelas setas com o nome correto dos acidentes ósseos.

Imagem retirada do Roteiro de Aula Prática de Anatomia Veterinária – Prof.ª Juliana Normando Pinheiro
2. Em relação aos acidentes ósseos dos ossos do membro torácico, marque V para verdadeiro e F para falso. As questões
falsas devem ser corrigidas (pode explicar o porquê está errado ou reescrever a frase corretamente).
a) ( ) A cavidade glenóide está localizada distal a cartilagem da escápula.

b) ( ) A cabeça do úmero se articula com a fossa intercondilar presente na escápula.

c) ( ) Os ossos do carpo presentes no membro pélvico se encontram mais distal quando comparado com a patela presente
no membro torácico

Maria Eduarda Cabral 57 | P á g i n a


d) ( ) O úmero se encontra mais distal que a escápula.

3. Em relação as radiografias a seguir, escreva o nome dos ossos indicados pela seta e se faz parte do membro torácico ou
do membro pélvico.

a)

b)

Maria Eduarda Cabral 58 | P á g i n a


c)

d)

e)

Maria Eduarda Cabral 59 | P á g i n a


Referências
Anotações em sala de aula com o conteúdo ministrado pelo Prof.º Rogério
Anderson Marcasso.
Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia. Atlas de Diagnóstico por
Imagem. 2018. ISSN 1676-6024.
KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H.G. Anatomia dos Animais Domésticos. 6. ed. [S.I]:
Artmed, 2016.
Material disponibilizado pelo Prof.º Rogério Anderson Marcasso.
PINHEIRO, J. N. Princípios Gerais da Anatomia Veterinária.
PINHEIRO, J. N. Roteiro de Aula Prática de Anatomia Veterinária.
Universidade de Cuiabá - UNIC.
PINHEIRO, J. N. Osteologia.
Artrologia
Maria Eduarda Cabral
Apostila com base nas anotações realizadas em
sala de aula e com os slides. O presente conteúdo
não é de minha autoria.
SUMÁRIO
Artrologia p.60
Articulação------------------------------------------------------------------------p.60
Articulações sinoviais--------------------------------------------------------------p.62
Esterno---------------------------------------------------------------------------p.63
Crânio----------------------------------------------------------------------------p.64
Articulação Intermandibular---------------------------------------------------------p.64
Articulação Temporomandiubular (ATM)----------------------------------------------p.65
Movimento Crânio - Coluna vertebral-------------------------------------------------p.65
Articulações Intervertebrais---------------------------------------------------------p.66
Articulação Costovertebral----------------------------------------------------------p.67
Articulações Costocondrais---------------------------------------------------------p.68
Articulações Esternocostais---------------------------------------------------------p.68
Ligamento------------------------------------------------------------------------p.68
Movimentos Articulares------------------------------------------------------------p.69
Articulações do Membro Torácico p.69
Articulações do Membro Pélvico p.70
Questões p.72
Artrologia
É o estudo das articulações.
Tipos de sinartrose
depende da forma de
CONEXÃO.
FIBROSAS
Sindesmoses.
Suturas.
É a conexão entre duas ou mais peças
Gonfoses.
esqueléticas.

Colocam peças do esqueleto em contato.


Permitem crescimento ósseo. Articulações de tecido conjuntivo.
quando não possui espaço serve para o crescimento : entre falanges e metacarpos/metatarsos
ósseo. em bovinos.
Permitem movimentação.
quando tem espaço entre os ossos é uma articulação
de movimento. Articulação do tipo fibrosa.
: entre os ossos do crânio.
Ossos unidos por tecido fibroso.
Fibrosas, cartilaginosas, sinoviais, etc.
Tipos de suturas:
sutura serrátil ou denteada.
Estrutura contínua que une dois ossos adjacentes. sutura plana.
. sutura escamosa.
sutura foliácea.
união ou articulação fibrosa.
.
união ou articulação cartilaginosa. Articulações em forma de cunha.
Sinartrose são dois ossos adjacentes unidos por tecido : dente nos alvéolos dentários (tecido
conjuntivo ou tecido cartilaginoso (articulação não conjuntivo denso).
verdadeira). segura o dente dentro do alvéolo.
SINARTROSE em que o osso reúne duas estruturas é
chamada de SINOSTOSE.

exemplo: união ossificada entre o rádio e a ulna nos

equinos – não há movimento entre eles.

Articulações rígidas = ANFIARTROSE (articulação


sacroilíaca).

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Maria Eduarda Cabral 60 | P á g i n a
CARTILAGINOSAS cavidade articular.
cartilagem articular hialiana.
UNIÕES DE CARTILAGEM HIALINA (sincondroses).
exemplo: base do crânio com o hioide.  recobre extremidades ósseas que formam a
articulação.
UNIÕES FIBROCARTILAGINOSAS (sínfises).
exemplo: sínfise pélvica.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

É uma fenda, um espaço entre dois ossos, podendo


receber o nome de fenda articular. Quando é
preenchida por líquido sinovial é chamada de
articulação verdadeira ou articulação Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

sinovial.

A extensão de mobilidade pode aumentar quando entre


duas estruturas existe uma FENDA (diartrose).

Articulação verdadeira ou sinovial

Fenda de articulação. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Cavidade de articulação. CÁPSULA ARTICULAR


Preenchida por fluido articular.
Possui duas camadas:
componentes: líquido sinovial, cápsula fibrosa,
membrana sinovial, cartilagem articular e cavidade 1. Camada fibrosa (externa): prosseguem até o
articular (diartrose). periósteo ou pericôndrio.
PERIÓSTEO: revestimento mais externo dos ossos. pericôndrio: parte externa do tecido cartilaginoso.
ENDÓSTEO: revestimento mais interno dos ossos. possui menos vasos sanguíneos (suprimento
sanguíneo limitado).
Uniões articulares verdadeiras grande quantidade de fibras nervosas sensoriais.
2. Camada interna ou membrana sinovial.
Diferenciadas de acordo com a quantidade de ossos
envolvidos na articulação, grau de mobilidade ou forma repleta de vasos sanguíneos e nervos.
da face articular. cor: marfim.
Compartilham características estruturais e funcionais:
:
cápsula articular.
carga mecânica aplicada a região.

Maria Eduarda Cabral 61 | P á g i n a


pode conter ligamentos capsulares (reforçam a superfície lisa.
cápsula).

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Cápsula articular fica envolta e é formada por
tecido conjuntivo.
Cavidade articular (diartrose) é a região que
fica o líquido sinovial.

FLUIDO SINOVIAL OU SINÓVIA


Fluido amarelo claro e viscoso.
Lubrificar a articulação.
reduz fricção. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Excretada pela membrana sinovial.
ácido hialurônico, açúcares, eletrólitos e enzimas
(composição). Anaeróbico.
possui poucos vasos sanguíneos, causando uma
ausência de oxigênio.
Nutrição por difusão (uma célula passa para a outra).
proteoglicanos (facilita o transporte).

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


envolve 2 ossos.
CARTILAGEM ARTICULAR
articulação do ombro (articulação escapuloumeral).
Fortemente ligada a uma fina camada de osso
envolve mais de 2 ossos.
subcondral (epífise).
articulação do carpo.

Maria Eduarda Cabral 62 | P á g i n a


Articulações multiaxiais

Articulação esferoide.
Articulações uniaxiais
articulação coxofemoral, escapulo-umeral.
perpendicular – eixo longo
(único plano). Articulações rígidas
articulação do cotovelo.
Anfiartrose
eixo paralelo ao eixo longo dos
ossos (rotação em um único eixo). Articulação sacroilíaca.
articulação atlantoaxial.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

ESTERNEBRAS: unidas por cartilagem interesternais.


Articulações biaxiais
Segmentos individuais se fundem com ossificação da
articulação interfalangeana. cartilagem em indivíduos mais velhos.
articulação do carpo, atlanto-occipital.

Parte cranial do esterno.


Extremidade cranial: cartilagem

Cilíndrico em carnívoros; largo e plano em


ruminantes; e possui uma quilha ventral em equinos.
Cão: 8 a 9.
Ruminante e equino: 7 a 8.
Suíno: 6.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 63 | P á g i n a


Parte mais caudal do esterno. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Extremidade caudal: cartilagem.


PLASTRÃO: manúbrio, esternébras, cartilagem do
esterno com o músculo.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

União dos corpos mandibulares direito e esquerdo.


Sinostose: equino e suíno.
Ossos do crânio unidos por junções cartilaginosas
( ). Sincondrose: cartilagem hialina.
Ossificam com a idade: formam as suturas ósseas.
articulações imóveis.
Algumas raças de cães:
fontanelas: ossos frontal, parietal e occipital.

Maria Eduarda Cabral 64 | P á g i n a


movimentos limitados: lateral, para frente e
para trás.
 mastigação.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

União sinovial entre o ramo da mandíbula e a porção


escamosa do osso temporal.
Faces articulares pouco congruentes (ruminantes e
equinos) – disco fibrocartilaginoso.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Cães e gatos: quase congruentes.
Articulação verdadeira.
CONGRUENTE: quando o encaixe é perfeito, como por
exemplo, articulação úmero-rádio-ulnar.

Quando for POUCO CONGRUENTE, terá um disco Côndilos occipitais e concavidades no atlas.
fibrocartilaginoso para melhorar a movimentação, como Cápsula articular.
por exemplo, a articulação temporomandibular em Ligamentos laterais.
equinos e suínos; articulação femorotibiopatelar.

Dente do áxis e cavidade correspondente.


Cápsula articular.
Fortalecida por:
ligamento axial dorsal elástico: processo
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
dorsal do atlas e processo espinhoso do áxis.
Cabeça do processo condilar da mandíbula e área
ligamento atlantoaxial ventral: ruminantes
articular do osso temporal (tubérculo articular e fossa
articular). e equinos.
 tubérculo ventral do atlas a espinha ventral do
Cápsula articular reforçada por ligamentos: áxis
ligamento lateral. ligamento transverso do atlas: suínos e
ligamento caudal (ausente em carnívoros e suínos). carnívoros.
Movimentos: para cima e para baixo.  mantém em posição o processo odontoide.

Maria Eduarda Cabral 65 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
ausente em gatos e suínos.
Prossegue caudalmente como ligamento supraespinhal.
UNIDADE FUNCIONAL: duas vértebras adjacentes com
disco cartilaginoso interposto, as articulações entre eles
e os ligamentos.
Sínfises entre corpos vertebrais: discos
intervertebrais.
Articulações entre as faces articulares:
articulações planas.
VÉRTEBRAS são unidas por ligamentos:
ligamento nucal contínuo (gatos e suínos).
ligamento supraespinhal.

Sustenta grande parte do peso da cabeça. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Se fixam as vértebras torácicas (processo espinhoso).
Surge: occipital (ruminantes e equinos); axis (cão).

Maria Eduarda Cabral 66 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Núcleo pulposo.
Anel fibroso.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Costelas: 2 articulações com vértebras;


cabeça da costela com 2 fóveas articulares de duas
vértebras torácicas adjacentes. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

articulação costotransversal: faces articulares


do tubérculo costal e processo transverso da
vértebra.
Auxiliam na expansão e estreitamento do tórax.

Maria Eduarda Cabral 67 | P á g i n a


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SINCONDROSE: articulações separadas por
cartilagem; pequena mobilidade; intra-óssea ou
inter-óssea.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Entre as costelas e as cartilagens costais.


Cão e equinos: sínfises.

Ruminantes e suínos: firmes.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Cranial SÍNFISE: presença de fibrocartilagem interposta
Esterno e costelas. entre os ossos.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

É um feixe de tecido fibroso.


fibras colágenas ordenadas.
grande resistência mecânica.
Tem forma arredondada ou aplanada.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Une entre si 2 ou mais ossos em uma articulação.
Revisando
SUTURAS: ossos unidos por tecido fibroso
(crânio).

Maria Eduarda Cabral 68 | P á g i n a


É o movimento em que o segmento gira em torno de um
eixo longitudinal (vertical).

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


É o resultado do movimento combinatório que inclui a
adução, extensão, abdução, flexão e rotação.

Diminuição ou aumento do ângulo existente entre o


segmento que se desloca e aquele que permanece fixo.

Movimentos nos quais o segmento é deslocado,


respectivamente, em direção ao plano mediano ou em
direção oposta, isto é afastando-se dele.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Articulações do Membro Torácico


Membro torácico unido ao esqueleto axial: Une o úmero a cavidade glenoide.
SINSARCOSE. músculos limitam o movimento (articulação em
união por uma disposição de músculos, fáscias e dobradiça ou gínglimo).
tendões. ausência de ligamentos colaterais.
tendões e músculos atuam como ligamentos e dão
sustentação a articulação.
ligamentos glenoumerais medial e lateral.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 69 | P á g i n a


Entre radio e ulna e fileira proximal dos ossos do carpo.

Entre fileiras proximal e distal dos ossos do carpo.


Articulação composta.
Formada pelo úmero (côndilo umeral), com a ulna Entre ossos individuais do carpo de cada fileira.
(incisura troclear) e o rádio (cabeça).
articulação em dobradiça (gínglimo).
movimentos de extensão e flexão no plano sagital. Entre os ossos distais do carpo e o metacarpo.
olécrano: impede movimentos laterais e giratórios. LIGAMENTOS COLATERAIS LATERAL E
MEDIAL LONGOS (entre antebraço e metacarpo)
ligamentos:
 ligamento colateral lateral (ausente no equino). LIGAMENTOS CURTOS (entre ossos vizinhos)
 ligamento colateral medial.
 ligamento do olécrano.

Movimentação limitada.
Ligamento interósseo.
Capacidade de rotação da ulna se perdeu em grandes
Equinos: sofre ossificação.
animais e foi reduzida em carnívoros.

sincondrose que sofre ossificação com a idade. Metacarpofalângicas: boleto.


extremidade distal metacarpo + falange proximal +
articulação radioulnar proximal. sesamoides proximais.
articulação radioulnar distal. Interfalângicas proximais: quartela.
falange proximal e média.
Interfalângicas distais: casco.
falange média + falange distal + sesamoide distal.
Articulação radiocarpal e carpoulnar.

Articulações do Membro Pélvico


Membro pélvico se une ao tronco pelo cíngulo pélvico. sínfise púbica.
sínfise isquiática.
Ligamentos:
Articulação sacroilíaca. sacroilíaco dorsal.
Sínfise pélvica. sacrotuberal.

Maria Eduarda Cabral 70 | P á g i n a


desde a fóvea
até a fossa do acetábulo (intracapsular).
Acetábulo a cabeça do fêmur. presente apenas
Cápsula articular. no equino – se insere próximo a fóvea.
.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Ligamentos femoropatelares medial e
lateral.
Ligamento patelar.

incongruência articular:
Proximal e distal -> sindesmose (fibrosa).
 para compensar a incongruência articular.
Ruminantes: cabeça da fíbula fundida ao côndilo.
 menisco: se interpõe em cada côndilo femoral e
Equinos: articulação tibiofibular proximal.
a tíbia.
 são fibrocartilagens semilunares.
 permitem rotação limitada do joelho. Jarrete.
Cápsula articular (espessa). Composta, sinovial.
Membrana sinovial -> cobre os ligamentos cruzados. Ligamentos colaterais longo/curto/dorsal/plantar.
Forma 2 articulações femorotibiais medial e lateral no Tíbia-tarsotibial: ligamentos colaterais lateral e
equino (divisão completa). medial.
Tarsofibular: vários ligamentos fortes e curtos.

Ligamento cruzado: fossa intercondilar do fêmur


e se insere na área intercondilar da tíbia.

Maria Eduarda Cabral 71 | P á g i n a


extremidade distal metatarso + falange proximal +
sesamoides proximais.
Movimentação limitada. Interfalângicas proximais: quartela.
Ligamento interósseo.
falange proximal e média.
Equinos: sofre ossificação.
Interfalângicas distais: casco.
falange média + falange distal + sesamoide distal.
Metatarsofalângicas: boleto.

Questões
1. Coloque os nomes das articulações correspondentes a cada seta.

IMAGEM: Internet

Maria Eduarda Cabral 72 | P á g i n a


2. Em relação as articulações do membro torácico, escreva na ordem de proximal para distal dos ossos, o nome de
cada articulação.

3. Em relação as articulações do membro pélvico, escreva na ordem de distal para proximal dos ossos, o nome de cada
articulação.

4. Em relação as articulações, assinale a alternativa incorreta:


a) Sinartrose é quando dois ossos adjacentes estão unidos por tecido conjuntivo ou tecido cartilaginoso, sendo considerada
uma articulação não verdadeira.
b) Diartrose é um espaço entre dois ossos, quando preenchido por líquido sinovial, é denominado de articulação verdadeira
ou articulação sinovial.
c) Alguns exemplos de sindesmoses seriam as articulações entre as falanges e os metacarpos, sendo formadas por tecido
cartilaginoso.
d) As gonfoses são articulações em forma de cunha, estando presentes nos alvéolos dentários fazendo a fixação do dente.
5. Em relação as articulações verdadeiras, esquematize a composição de uma, lembrando de colocar as seguintes composições
no desenho: osso subcondral, cápsula articular, cartilagem articular, membrana sinovial, ligamento e líquido sinovial.

Maria Eduarda Cabral 73 | P á g i n a


Referências
Anotações em sala de aula com o conteúdo ministrado pelo Prof.º Rogério
Anderson Marcasso.
KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H.G. Anatomia dos Animais Domésticos. 6. ed. [S.I]:
Artmed, 2016.
Material disponibilizado pelo Prof.º Rogério Anderson Marcasso.
Anatomia

Veterinária
Miologia

Maria Eduarda Cabral


Miologia
Maria Eduarda Cabral
SUMÁRIO
Miologia p.74
Músculos do Membro Torácico p.77
Músculos do Tórax p.90
Músculos da Região Dorso Lombar p.92
Músculos Abdominais p.92
Músculos Sublombares p.96
Músculos do Membro Pélvico p.96
Músculos do Pescoço p.100
Músculos da Cabeça p.101
Questões p.104
Miologia
Esqueléticos

Miologia é o estudo dos músculos. Voluntários.


Função: auxilia na sustentação, locomoção, proteção Estriados.
(tórax e abdômen), auxilia na inspiração e expiração,
reserva energética.. .
VAMOS CONHECER DOIS MÚSCULOS
IMPORTANTES? Lisos
DETRUSOR: músculo da bexiga (controle Involuntário.
involuntário). Não estriado.
DIAFRAGMA: músculo que separa a cavidade torácica
da cavidade abdominal, possui o formato de cúpula.
Cardíaco

Altamente vascularizado. Involuntário.


Estriado.
HILO: local/região de entrada e saída de vasos.

As estruturais sinoviais são formadas por tecido


conjuntivo revestindo todo o músculo e comunicando o
osso com o músculo – tendões. Parte ativa do sistema locomotor.
fáscia: reveste o músculo. função: fornecer energia para movimentação
esquelética.
aponeurose: pode ligar o músculo a outro músculo
ou um músculo a uma outra aponeurose. Altamente vascularizados e inervados.
Grandes extensões de tecidos conjuntivos formam:
fáscias ou aponeuroses.
estruturas sinoviais.

Se inserem em ossos e cartilagens.


Resultam em movimentos: Músculo
partes corporais ou todo o organismo.
Divide-se em:
ventre muscular.
Sustentam parte do peso corporal. tendões de origem e inserção.
Ajudam a formar paredes torácicas e abdominal.
TENDÕES
Sustentam atividades de órgãos internos (músculos
respiratórios e diafragma). Unem-se a cada parte do ventre muscular ao esqueleto.
Transferem a força gerada aos ossos.

Maria Eduarda Cabral 74 | P á g i n a


Recobre um grupo de fibras musculares (médio).
Tecido conjuntivo intramuscular.

Envolve cada célula muscular (mais interno).


Prosseguem até o tendão.

IMAGEM: Internet

PARTES DE UM MÚSCULO

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

TENDÃO
Bainha de tecido conjuntivo que se unem.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Formam uma ligação branca do músculo com o osso.

VENTRE MUSCULAR APONEUROSE

Recoberto por uma bainha de tecido conjuntivo. Tecidos musculares que devido a sua forma plana e larga
não formam VENTRE.
epimísio.
Se conectam através de extensões planas e finas de
tecido conjuntivo.
prossegue como epitendão. PONTOS DE FIXAÇÃO
Separa músculos. Fibras tendíneas continuam até o periósteo/pericôndrio.
movimentação sem atrito. Fixação pode abranger grande parte do osso ou estar
Grandes vasos e nervos percorrem músculos através limitada a um único ponto.
do epimísio.
Ponto de entrada e saída de plexos vasculonervosos:
HILO. Mesmo relaxado, cada músculo sofre uma quantidade
Recobre o ventre muscular (mais externo). mínima de tensão -> tônus muscular.
Tecido conjuntivo revestindo o músculo. Anestesia induz a HIPOTONIA.
redução no tônus muscular.

Maria Eduarda Cabral 75 | P á g i n a


TÔNUS muscular: serve para manter o corpo em de três cabeças.
determinada posição. de quatro cabeças.
tônus muscular mínimo constante. de dois ventres.
orbiculares.
esfinctéricos.
envolvem grupos musculares.
Atuam em conjunto: SINÉRGICOS.
Atuam em sentido oposto: ANTAGÔNICOS.
QUASE TODOS OS MOVIMENTOS: ciclo rítmico de
contrações e relaxamentos de músculos antagônicos.

Quando a fibra muscular se encurta durante a


contração.

Aumento contínuo na tensão muscular, sem alterar o


comprimento do músculo.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
MÚSCULOS podem ser classificados de acordo com
seu efeito funcional:
MÚSCULOS podem ser classificados de acordo com extensor.
sua estrutura e orientação das fibras:
flexor.
unipenados: com duas intersecções tendíneas que adutor.
se posicionam paralelamente.
abdutor.
bipenados: intersecções tendíneas duplas.
esfinctérico.
multipenados: várias intersecções tendíneas.
dilatador.
elevador.
depressor.
rotador (supinador e pronador).

Fáscias.
Bolsas sinoviais.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Bainhas sinoviais tendíneas.
Forma dos músculos: evita o desgaste do osso.
fusiformes.
planos.
Formada por tecido conjuntivo.
de duas cabeças.
Maria Eduarda Cabral 76 | P á g i n a
fibras colágenas e menor quantidade de fibras DISSECAR: separar as fáscias
elásticas.
Funcionam como origem ou ligação dos músculos.
Lisas e livre de atritos, Envoltas por cápsula de tecido conjuntivo.
Estruturas aneladas de tecido conjuntivo em Preenchidas por sinóvia.
articulações.
Estrutura similar à de uma articulação.
Redor de articulações.
Membrana sinovial interna e membrana fibrosa externa.
Recobrem o membro.
Reduz o desgaste.
Podem se dirigir para dentro do músculo.
Estrutura sinovial.
fáscias independentes
entre grupos musculares. PRESENTES em todos os locais do corpo onde os
músculos, tendões ou ligamentos deslizam sobre ossos.

Músculos do Membro Torácico


Se divide em:
cinturão escapular ou musculatura
extrínseca: entre membro torácico e tronco.
musculatura intrínseca do membro: forma
ponte entre uma ou mais articulações do membro. Sustentada por fáscias.
Fáscias profundas do pescoço e do tronco se prolongam
para o membro.
formam a fáscia profunda do membro torácico.
 envolvem a musculatura do membro torácico.
 recebem nomes de acordo com a posição.

Fáscia axilar

Cobre a musculatura na região medial do ombro (sob o


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
músculo grande dorsal).

Liga o membro torácico até o tronco.


SINSARCOSE: cinturão escapular unem o membro ao
tronco.
sem formar uma articulação convencional.
sustenta o corpo do animal.
controla o balanço do membro durante a progressão.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 77 | P á g i n a


Fáscia braquial Músculo Trapézio.
Músculo Esternocleidomastóideo.
Continuação da fáscia axilar.
músculo esternocefálico.
Envolve os músculos na face lateral do braço.
músculo braquiocefálico.
Deltoide, braquial, tríceps e bíceps.
Músculo Omotransverso.
Se projeta em septos entre esses músculos.
Músculo Latíssimo do Dorso (Grande Dorsal).
Fixa-se a escápula e ao úmero.
Músculo Peitoral Superficial.
Fáscia do antebraço

Cobre os músculos extensor e flexor do cotovelo e do


dedo na região do antebraço.
Fundida ao periósteo do úmero e ao olécrano, e ainda
aos ligamentos colaterais da articulação do cotovelo.7
Na altura do carpo forma:
fáscia profunda dorsal.
fáscia profunda palmar: no equino forma o
ligamento anular da articulação metacarpofalângica.
0 Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Músculo trapézio

MÚSCULO triangular fino e largo.


Divide-se:
torácico e cervical.
faixa tendinosa.
Prologa-se da 3ª a 9ª vértebra torácica.
Origem: rafe mediana dorsal e ligamento supra
espinhal.
Inserção: espinha da escápula.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Ação: elevar a escápula.

ORIGEM: região cervical, dorso e tórax.


FIXAM-SE: escápula ou ao úmero.
DIVIDEM-SE:
camada superficial.
camada profunda.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 78 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Faixa que separa as duas partes do músculo: TENDÃO


CLAVICULAR.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Músculo esternocleidomastóideo

Divide-se:
músculo esternocefálico: se prolonga do esterno Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
até a cabeça.
músculo braquiocefálico: se prolonga entre o
úmero e a cabeça.

VARIAÇÕES ENTRE ESPÉCIES

Músculo esternocefálico: esternomastóideo e


esterno-occipital.
Músculo braquicefálico: cleidocefálico (parte
proximal) e cleidomastoídeo.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 79 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Músculo grande dorsal ou latíssimo


do dorso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Músculo omotransverso

Músculo forte e cilíndrico.


Entre asa do atlas, processo transverso do áxis e fáscia Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
que cobre aspecto lateral do ombro e espinha da Músculo achatado e longo.
escápula.
Origem larga: desde a fáscia toracolombar, no
Margem ventral se une com o músculo trapézio. sentido caudal até a escápula e no sentido lateral do
Da escápula até o atlas e áxis tórax e tronco.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 80 | P á g i n a


Músculos peitorais

sentido cranioventral.
Se inserem no tubérculo redondo maior do úmero.
MÚSCULOS PEITORAIS SUPERFICIAIS
EM CARNÍVOROS
Parte ventral da caixa torácica e parte proximal do
Aumenta a fixação transição toraco-lombar e as
membro torácico.
costelas.
Formam o aspecto ventral da axila.
Fibras cranioventrais passam sob o músculo tríceps
braquial e finalizam em uma aponeurose (mescla Formado pelos músculos:
tendão do músculo redondo maior e se insere na músculo peitoral descendente (inclinado):
tuberosidade redondo maior). termina no tubérculo maior do úmero; origina-se no
manúbrio.
EM EQUINOS músculo peitoral transverso (mais espesso):
É um músculo muito forte. emerge caudal ao músculo peitoral descendente; se
Origina-se do ligamento supraespinhal das vértebras mescla com a fáscia do antebraço (em carnívoros a
torácicas e lombares e da fáscia toracolombar. distinção é difícil).

APONEUROSE: extensões de lâminas musculares que


devido a sua forma plana e larga, não apresentam um
ventre, se conectam através de lâminas planas e finas de
tecido conjuntivo.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 81 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

FORNECE SUSPENSÃO muscular do tórax.


Importante função para movimento de pescoço e
membros.
Formado por:
músculo peitoral profundo.
músculo subclávio.
músculo rombóide.
músculo serrátil.

Músculo peitoral profundo (músculo


peitoral ascendente) Músculo romboide

É um músculo forte. Sob o músculo trapézio.


Origem: esterno (cartilagem xifoide). Se insere no aspecto MEDIAL DORSAL da escápula.
Insere: úmero proximal. Origem: processos espinhosos vértebras torácicas e
cervicais.
DIVIDE-SE em: parte cervical e parte torácica.

Maria Eduarda Cabral 82 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Músculo serrátil ventral

Importante para suspensão do tórax e membro


torácico. Responsáveis pelos movimentos de partes separadas do
membro, em conjunto com articulações e ligamentos.
Grande músculo que forma um leque,
extensão e flexão das articulações.
Divide-se:
adução, abdução, rotação.
parte cervical cranial: origem processos
transversos das vértebras cervicais. DIVIDIDOS EM:
parte torácica caudal: origem nas primeiras músculos da articulação escápulo-umeral.
costelas. músculos da articulação úmero-rádio-ulnar.
Se insere no aspecto medial da escápula e cartilagem músculos da articulação rádio-ulnar.
escapular. músculos das articulações do carpo.
músculos das articulações dos dígitos.

Origem: escápula.
Inserção: úmero.
Funcionam como flexores ou extensores, ou ainda
podem atuar como ligamentos para sustentar a
articulação.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Grupo lateral

Músculo braquiocefálico MÚSCULO DELTÓIDE


Músculo plano imediatamente sob a pele.
Se prolonga entre a escápula e o úmero proximal.

Maria Eduarda Cabral 83 | P á g i n a


Flexor da articulação e principalmente em carnívoros Termina (tubérculo umeral).
abdução e rotação. 1 tendão – carnívoros.
2 cabeças.
2 tendões – demais mamíferos domésticos.
1 cabeça. Se mescla com a cápsula articular.
Margem caudal da espinha da escápula até o acrômio, Estabiliza a articulação escápulo-umeral.
sendo dividido em PORÇÃO ESCAPULAR e
PORÇÃO ACROMIAL (nos animais que não possuem
o acrômio, não tem essa porção acromial).

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

MÚSCULO INFRAESPINHAL
Emerge na fossa infraspinhosa da escápula.
Preenche-a e a ultrapassa caudalmente.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Termina (tubérculo umeral):
MÚSCULO SUPRAESPINHAL 1 tendão – carnívoros.
Emerge na fossa supraespinhosa da escápula. 2 tendões – demais mamíferos domésticos.
Preenche-a e a ultrapassa cranialmente. Se mescla com a cápsula articular.

Maria Eduarda Cabral 84 | P á g i n a


Fica abaixo do deltoide.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Grupo medial

MÚSCULO SUBESCAPULAR
MÚSCULO REDONDO MENOR
Músculo amplo e plano.
Redondo apenas em carnívoros. Ocupa a fossa subescapular.
Demais animais é triangular. Ultrapassa cranial e caudalmente.
Se situa sob o deltoide (caudolateral). Principal função: extensor da articulação.
Flexiona a articulação.
Origina no terço distal da margem caudal da escápula e
se insere na tuberosidade redonda menor.

Maria Eduarda Cabral 85 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
MÚSCULO CORACOBRAQUIAL
Pequeno músculo.
Emerge do processo coracoide da escápula.
Tendão se origina entre os músculos supraespinhal e
subescapular.
Se prolonga caudodistalmente sobre o aspecto medial da
articulação.
Se insere na tuberosidade maior do úmero.
Função: adução e rotação.

MÚSCULO REDONDO MAIOR


Músculo plano e longo.
Emerge do ângulo caudal da margem da escápula.
Termina na tuberosidade do redondo maior.
Flexor da articulação.

Músculos emergem ou da escápula ou do úmero.


Se inserem na parte proximal do rádio ou da ulna.
Formam uma PONTE entre as articulações do ombro e
do cotovelo.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 86 | P á g i n a


flexão e extensão: estabilizam o membro durante
a fase de apoio para locomoção.
Músculos: Ombro e cotovelo.
bíceps braquial. Origem: tubérculo supraglenoide da escápula.
Inserção: tuberosidade do rádio e na parte adjacente
braquial.
da ulna.
tríceps braquial.
Corre distalmente no aspecto craniomedial do úmero.
músculo ancôneo. Ação: flexão do cotovelo e extensão do ombro.
músculo tensor da fáscia do antebraço.

Origem: face caudal do úmero proximal (distal ao colo


do úmero).
Insere-se nas tuberosidades radial e ulnar.
Flexor da articulação.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Preenche o espaço entre a margem caudal da escápula,


úmero e olécrano.
Possui 3 cabeça de origem: cabeça longa, lateral
e medial
no cão: cabeça acessória.
Maria Eduarda Cabral 87 | P á g i n a
CABEÇA LONGA: maior e mais comprida.
CABEÇA LATERAL: músculo quadrilátero.
Inserção: as várias cabeças se unem formando um
forte tendão que se insere na tuberosidade do olécrano.
Ação: estender a articulação do cotovelo.
Função: estabiliza e flexiona o cotovelo e extensor
para o ombro.

Músculo plano.
Se situa na face medial do músculo tríceps braquial.
Origem: aponeurose do músculo grande dorsal.
Irradia-se até a fáscia do antebraço.
Função: extensor da articulação do cotovelo.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Curto.
Sob o músculo tríceps braquial.
Porção distal do úmero.
Ponte entre a fossa do olécrano e face lateral do
olécrano.
Função: extensor da articulação.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Apresentam ventres musculares alongados.
Cobrem o esqueleto do antebraço.

Maria Eduarda Cabral 88 | P á g i n a


Emergem no sentido proximal à articulação do cotovelo
desde o úmero e se fixam no sentido distal à articulação
do carpo ao carpo e metacarpo.
músculos extensores da articulação do carpo e dos
dígitos:
 extensores: cranio (dorso) lateral.
 flexores: caudal (plantar).

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

IMAGEM: Konig e Liebich. Anatomia dos Animais Domésticos (2016)

Músculo extensor radial do carpo Músculo extensor comum dos dedos

Origem:
úmero, cranialmente na extremidade distal.
rádio, na tuberosidade radial da extremidade proximal.
ulna, face lateral.
Inserção: falange distal, no processo extensor (de
cada dedo funcional).
Ação: estender as articulações do carpo e dedos.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 89 | P á g i n a


Ação: flexionar o carpo e os dedos.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Músculo flexor superficial dos dedos.


Músculo flexor profundo dos dedos.
Músculo radial do carpo.
Músculo extensor radial do carpo.

Músculo flexor superficial dos dedos

Origem:
úmero, epicôndilo medial.
rádio, caudalmente.
Inserção: falanges médias, região palmar.

Músculos do Tórax

Maria Eduarda Cabral 90 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

É uma lâmina musculotendínea abobadada.


Separa as cavidades abdominal da torácica.
lado torácico: recoberto pela .
lado abdominal: recoberto pelo .
DIAFRAGMA: três aberturas:
logo abaixo da coluna: (aorta, ázigos e ducto
torácico).
(esôfago e nervo vago).
Forame da .

IMAGEM: Konig e Liebich. Anatomia dos Animais Domésticos (2016)


Maria Eduarda Cabral 91 | P á g i n a
Músculos da Região Dorso Lombar

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Músculos Abdominais
Lâminas musculares finas. orientações contrastantes das fibras musculares.
Formam a parede abdominal junto com as aponeuroses. emergem da margem cranial da pelve, região lombar
base muscular. e porção caudal do tórax.
base tendinosa. formam a PAREDE LATERAL E VENTRAL do corpo.

Maria Eduarda Cabral 92 | P á g i n a


Cordão tendinoso.
Cartilagem xifoide até a margem cranial da pelve.
Se insere no tendão pré-púbico.
Trajeto acompanhado pelo músculo: RETO
ABDOMINAL.
corre sagitalmente a zona branca.
bilateral.
marcado por intersecções tendíneas.

IMAGEM: Konig e Liebich. Anatomia dos Animais Domésticos (2016)


Forma uma sutura ventromediana.
: forma o umbigo.
Reforça a parede abdominal ventral associada a fáscia
profunda do tronco:
em grandes animais: rica em tecido elástico. Sustentam vísceras abdominais.
também chamada de túnica amarela abdominal. Auxiliam na fase de expiração.
Aumentam pressão intra-abdominal.

Maria Eduarda Cabral 93 | P á g i n a


defecação, micção, parto.
Auxiliam na sustentação da coluna vertebral

Músculo oblíquo externo.


Músculo oblíquo interno.
Músculo transverso do abdome.
Músculo reto do abdome.

Músculo oblíquo externo do abdome

Mais externo.
Coberto apenas pelas fáscias superficial e profunda do Músculo oblíquo interno do abdome
tronco e pelo músculo cutâneo. Abaixo do oblíquo externo do abdome.
parte torácica. Forma ampla aponeurose com o músculo reto do
parte lombar. abdome.

Região inguinal sua aponeurose se divide em 2 partes:


Músculo transverso do abdome
formam abertura na forma de sulco chamada anel
inguinal superficial. Menor dos músculos abdominais.
Situa-se mais profundo.
CANAL INGUINAL
É UMA FENDA: passagem de nervos, vasos sanguíneos
e linfáticos.
Preenchida por tecido conjuntivo.
Entre músculos abdominais e suas aponeuroses.
Formado pelo:
anel inguinal superficial: músculo oblíquo
externo do abdome.
anel inguinal profundo: músculo oblíquo interno
do abdome e músculo reto do abdome.

Maria Eduarda Cabral 94 | P á g i n a


Músculo reto do abdome região abdominal lateral esquerda e direita.
região umbilical.
3.
região inguinal.
região púbica.

Corre sagitalmente a zona branca.


Bilateral.
Marcado por intersecções tendíneas:
confinado ao aspecto ventral.
envolvido por tecido fibroso (bainha -> aponeuroses
dos 3 músculos abdominais e a fáscia profunda do
tronco.

O abdome é dividido em 3 grupos e 6 sub-regiões.


1.
região hipocondríaca esquerda e direita.
região xifóidea.
2.

Maria Eduarda Cabral 95 | P á g i n a


Músculos Sublombares

Músculos do Membro Pélvico

Maria Eduarda Cabral 96 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 97 | P á g i n a


Maria Eduarda Cabral 98 | P á g i n a
Músculo gastrocnêmio

Músculo tibial cranial

Músculo extensor longo dos dedos


Músculo flexor superficial dos dedos

Maria Eduarda Cabral 99 | P á g i n a


Músculo flexor profundo dos dedos

Músculo poplíteo

Músculos do Pescoço

Porção esternoccipital

Porção esternomastóide

Maria Eduarda Cabral 100 | P á g i n a


Músculos da Cabeça

Maria Eduarda Cabral 101 | P á g i n a


Maria Eduarda Cabral 102 | P á g i n a
Maria Eduarda Cabral 103 | P á g i n a
Questões
1. Em relação as imagens a seguir, preencha os músculos correspondentes a seta e pinte-os.

Imagem retirada da apostila de Membros Torácicos – Karine Meceli

Imagem retirada da apostila de Membros Torácicos – Karine Meceli

Maria Eduarda Cabral 104 | P á g i n a


2. Em relação ao diafragma, responda as questões a seguir:
a) Complete a frase:
“O músculo diafragma realiza a separação da cavidade _______________ da cavidade _______________. Ele possui
três aberturas, sendo elas: __________________, __________________, ___________________. A partir
dessa separação, os revestimentos dos órgãos torácicos e dos órgãos abdominais receberam nomes diferentes, sendo
que o revestimento da cavidade torácica é denominado de _____________________ e o da cavidade abdominal de
_____________________.
b) Analise a figura a seguir e preencha o nome das três aberturas diafragmáticas.

Imagem retirada do Roteiro para Estudos dos Músculos do Cão – J. Depedrini.

Maria Eduarda Cabral 105 | P á g i n a


3. Com base no conteúdo introdutório de miologia, coloque V para verdadeiro e F para falso nas afirmações a seguir, além disso,
as afirmações que forem marcadas como falsas devem ser justificadas do porquê estão erradas ou reescritas
corretamente.
a) ( ) Dentre as funções do sistema muscular, podemos citar a sustentação do peso corporal, auxiliar na formação das
paredes torácicas e abdominais.

b) ( ) O sistema muscular pode ser dividido em somático e visceral, sendo que o somático contempla a musculatura cardíaca
responsável pelos movimentos voluntários e com fibras estriadas. Enquanto que a sistema muscular visceral, contempla
a musculatura lisa e esquelética.

c) ( ) Os músculos podem ser classificados com base na forma dos músculos, sendo eles: fusiformes, planos, unipenados,
orbiculares, bipenados e esfinctéricos.

4. Em relação a musculatura dos membros pélvicos, preencha com o nome dos músculos cada seta apontada.

Imagem retirada do Roteiro para Estudos dos Músculos do Cão – J. Depedrini.

Maria Eduarda Cabral 106 | P á g i n a


5. Em relação a musculatura dos membros torácicos, preencha com o nome dos músculos cada seta apontada.

Imagem retirada do Roteiro para Estudos dos Músculos do Cão – J. Depedrini.


6. Em relação a musculatura do pescoço, preencha com o nome dos músculos cada seta apontada.

Imagem retirada do Roteiro para Estudos dos Músculos do Cão – J. Depedrini.

Maria Eduarda Cabral 107 | P á g i n a


Maria Eduarda Cabral 108 | P á g i n a
Referências
Anotações em sala de aula com o conteúdo ministrado pelo Prof.º Rogério
Anderson Marcasso.
KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H.G. Anatomia dos Animais Domésticos. 6. ed. [S.I]:
Artmed, 2016.
Material disponibilizado pelo Prof.º Rogério Anderson Marcasso.
DEPEDRINI, J. Roteiro para Estudo dos Músculos do Cão. Universidade
Federal de Santa Maria - UFSM.
PLANA, C. L. et al. Atlas dos Músculos dos Cães. 2018. Universidade Federal
Rural da Amazônia.
Anatomia

Veterinária
Órgãos
Maria Eduarda Cabral
SUMÁRIO
Sistema Nervoso p.109
Questões ------------------------------------------------------------------- p.125
Globo Ocular p.129
Sistema Cardiovascular p.131
Questões ------------------------------------------------------------------- p.174
Sistema Linfático p.177
Sistema Respiratório p.192
Questões ------------------------------------------------------------------- p.209
Sistema Digestório p.211
Questões ------------------------------------------------------------------- p.242
Sistema Urinário p.246
Questões ------------------------------------------------------------------ p. 252
Sistema Reprodutor Masculino p.256
Questões ------------------------------------------------------------------ p.266
Sistema Reprodutor Feminino p.269
Questões ----------------------------------------------------------------- p. 275
Neurologia
Maria Eduarda Cabral
Sistema Nervoso
O axônio faz a comunicação através de terminações do
axônio.
O nervo é um feixe de axônios envolvidos por tecido
cranianos e espinhais. conjuntivo.
cérebro, cerebelo e tronco encefálico.

unidade funcional: neurônios.


Dividido em:
sistema nervoso central: encéfalo e medula.
 protegido pelos ossos do crânio e medula
espinhal (vértebras).
sistema nervoso periférico: nervos.
 se comunica com a periferia do corpo.
: comunicação do sistema Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
nervoso com o sistema muscular.
: dão suporte para o neurônio
funcionar. A bainha de mielina é uma estrutura que fica envolvida
no axônio que faz a informação ir de forma mais rápida.
O neurônio pode ter mais de um metro.
Cobertura gordurosa que geral e reveste o axônio.
Aumenta velocidade de transmissão de informações.

.
Tipo celular com forma variada de acordo com a
localização.

Encéfalo e medula espinhal.


PROTEGIDO: ossos do crânio e vértebras.

Nervos espinhais e cranianos


conduzem impulsos nervosos: potencial de ação.
A informação entra no neurônio através dos dendritos.
região central. Nervos

Feixes de axônio do Sistema Nervoso Periférico (SNP).

Maria Eduarda Cabral 109 | P á g i n a


2.
tálamo.
Aferentes X Eferentes CORPO CALOSO: fica acima do tálamo, possui uma
linha de abertura que se abre para uma cavidade chama
de ventrículo.
Conduzem o impulso nervoso em direção ao Sistema
Nervoso Central (SNC).
Outras divisões do telencéfalo
Leva a informação em direção ao encéfalo.
Lóbulo frontal.
Lóbulo parietal.
Conduzem o impulso nervoso a partir do SNC. Lóbulo occipital.
Lóbulo temporal.
Leva a informação em direção a periferia do corpo (sai
do sistema nervoso central). Recebem o nome a partir do osso que cada região entra
em contato.

Sensorial X Motor

Desempenham função motora: axônios eferentes.


Controle muscular.
Faz a resposta, ou seja, coordena o movimento muscular.

Desempenham função sensorial: axônios aferentes.


Receptores sensoriais periféricos.
Capta a sensação, leva a informação até o sistema
nervoso central. 1. junção de cerebelo + ponte.
Divide-se em vermis cerebelares (parte central) e
lóbulo cerebelar ou hemisfério lateral e esquerdo.

1. 1.

região do córtex cerebral, possui função cognitiva 2.


(raciocínio, interpretação). 3.

Maria Eduarda Cabral 110 | P á g i n a


Células da Glia (oligodendrócitos e astrócitos) e
prolongamentos presentes.

Células da Glia

Astrócito.
Oligodendrócito.
Micróglia.

Mais periférica.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Corpo celular do neurônio presente, rede de axônios e
fissura longitudinal: parte que divide em células da Glia.
hemisférios cerebrais esquerdo e direito.

Cervical.
Torácica.
Lombar.
Sacral.

Cervical.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Cervicotorácica.
Na MEDULA ESPINHAL estará invertido, a
Toracolombar.
substância cinzenta se encontra mais interna e forma um
Lombossacra.
H, enquanto que a substância branca está mais
periférica.

Mais interna, É protegido por meninges e líquido cefalorraquidiano


(LCR).

Maria Eduarda Cabral 111 | P á g i n a


O LCR auxilia na proteção contra impactos, preenchendo
os ventrículos e banhando o encéfalo externamente.

Pia-máter.
Aracnoide.
Dura-máter.
Entre cada meninge tem um ESPAÇO
SUBARACNÓIDE, sendo a região que passa o líquido
cefalorraquidiano. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 112 | P á g i n a


perto do membro torácico e membro pélvico,
possuem uma concentração maior de corpos
celulares.
Também conhecido como líquor.
cone medular: afilamento final caudal.
Transparente, incolor.
Espaço subaracnóideo, canal central da medula e no
sistema ventricular do encéfalo.
HIDROCEFALIA: quando o líquido não é drenado,
dificulta a circulação sanguínea.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Nervos espinhais

Cada nervo é formado pela união de 2 raízes:


1. Raiz dorsal: fibras aferentes.
corpos celulares: agrupados no gânglio espinhal
(raiz dorsal).
2. Raiz ventral: fibras eferentes.
corpos celulares: corno ventral.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso : se unem formando o nervo
Canal medular central ou canal espinhal misto, mesclando parte sensorial e motora.
ependimário: passa o líquor.
: FORAME
Nervos são feixes de axônios INTERVERTEBRAL – espaço entre as duas
vértebras para a saída de nervos.
raiz dorsal e raiz ventral.
Alongada, aproximadamente cilíndrica. REGIÃO CERVICAL
Leve achatamento dorsoventral. Cada nervo emerge cranial à vértebra de mesma
Certas variações regionais de forma e dimensões. designação numérica que o nervo.
intumescências: espessamentos. : emerge entre última vértebra
 origem: nervos dos membros torácicos cervical e primeira torácica.
pélvicos. O osso cresce mais rápido que o tecido nervoso, quanto
mais cranial maior é a tendência do segmento medular
 variação de diâmetro ocorre através da
acompanhar as vértebras.
quantidade de neurônio presente (medula
espinhal). OUTRAS REGIÕES
 as áreas de intumescência dão origem aos
nervos do membro torácico e membro pélvico. Cada nervo emerge caudal à vértebra de mesma
designação numérica.
 os dois locais de intumescência são regiões onde
sairá mais ou menos neurônios, estão localizados

Maria Eduarda Cabral 113 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Cauda equina: é o feixe de nervos que ficam dentro


do canal vertebral.

radícula (radícula ventral e dorsal).


A intumescência se divide em:
cervical ou cervicotorácica.
lombar ou lombossacra.

INTUMESCÊNCIAS
Espessamentos da medula devido a maior concentração
de corpos celulares formando o axônio, que Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
posteriormente forma o nervo que vai para o membro
torácico e membro pélvico.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 114 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

As meninges também revestem a medula.


radícula raiz nervos

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 115 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Na raiz dorsal tem um grupo de corpos celulares que
estão fora do sistema nervoso central, formando o
gânglio dorsal (ocorre na sensorial).
A medula termina na região lombar.

Nervos cranianos

DURÁ-MATER: girus e sulcos não aparentes.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Número Nervo Região Origem Função


I Telencéfalo Bulbo olfatório Olfação, mucosa nasal
II Diencéfalo Quiasma óptico Visão, retina
III Mesencéfalo Pedúnculo cerebral Visão, músculos extra-oculares, íris e
corpo celular
IV Mesencéfalo Entre o Visão, músculo oblíquo dorsal do olho
hemisfério
cerebelar e o
colículo caudal
V Mesencéfalo Ventro-lateral a Visão, gustação e mastigação
ponte
VI Mielencéfalo Margem lateral das Visão, músculo reto lateral e
pirâmides retrator do bulbo do olho
VII Mielencéfalo Extremidade Gustação e expressões faciais,
lateral do bulbo sensitivo para 2/3 rostrais da língua e
Maria Eduarda Cabral 116 | P á g i n a
glândulas salivares e motor para
músculo da face
VIII Mielencéfalo Extremidade Audição e equilíbrio, cóclea e vestíbulo
lateral do bulbo
IX Mielencéfalo Ventro-lateral ao Gustação e deglutição, sensitivo para
bulbo terço caudal da língua e glândulas
salivares e motor para músculo da
faringe
X Mielencéfalo Caudal ao IX par Inerva todas as vísceras cervicais,
torácicas, abdominais e pélvicas
XI Mielencéfalo Caudal ao X par Motor para músculos do ombro e
pescoço
XII Mielencéfalo Sulco lateral Deglutição, músculos da língua
ventral ao bulbo

Maria Eduarda Cabral 117 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 118 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Na parte central do encéfalo tem a glândula O líquor sai do III ventrículo e continua no aqueduto
hipófise. mesencefálico, leva até o IV ventrículo que
Colículos rostrais e caudais se expõem encontra-se abaixo do cerebelo e acima do tronco
quando o cérebro é puxado rostralmente e o cerebelo encefálico.
caudalmente.
Contornando o tálamo tem o III ventrículo.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 119 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Glândula pineal: entre o tálamo e o aqueduto Caminho do líquor: ventrículos laterais direito e
mesencefálico. esquerdo -> III ventrículo -> IV ventrículo -> canal
medular.

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Maria Eduarda Cabral 120 | P á g i n a


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Verme do cerebelo.
Hemisfério cerebelar direito e esquerdo.

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Cavidade por onde circula o líquor ou líquido


cefalorraquidiano.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Proteção mecânica ao encéfalo.
Ventrículos laterais direito e esquerdo
(I e II) estão localizados nos hemisférios cerebrais.
III ventrículo está localizado no diencéfalo.
IV ventrículo está localizado no tronco encefálico.
O III e IV ventrículo se comunicam através do aqueduto
mesencefálico.

Maria Eduarda Cabral 121 | P á g i n a


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Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Nervos
Cada nervo emerge cranial a sua vértebra de
mesma designação numérica que o nervo.
EXCETO: Oitavo nervo (última cervical e primeira
Origem dos nervos espinhais segmentação da
torácica).
medula espinhal.
CADA NERVO ESPINHAL: união de 2 raízes. Demais regiões: nervos emergem caudal à
vértebra de mesma designação numérica.
raiz dorsal: fibras aferentes – gânglio espinhal.
plexos: conjunto de nervos, saem da intumescência.
raiz ventral: fibras eferentes (corno ventral).
plexo cervical ou braquial: descem para o
DORSAL VENTRAL: juntam-se na
membro torácico.
periferia do gânglio da raiz dorsal:
plexo lombossacral: descem para o membro
formando o NERVO ESPINHAL MISTO. pélvico.
FORAME INTERVERTEBRAL.
O axônio possui capacidade de se regenerar.

Maria Eduarda Cabral 122 | P á g i n a


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Geralmente formado pelos C5, C6 e C7.


Inervação motora do diafragma.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Formado por:
três últimos nervos cervicais.
dois primeiros nervos torácicos.
músculo subescaspular.

Maria Eduarda Cabral 123 | P á g i n a


inerva os músculos supra e infraespinhal. NERVO FEMORAL
músculo grande dorsal.
Maior nervo do plexo lombossacral.
corre medialmente a articulação do ombro. Percorre porção medial da coxa (junto a veia e artéria
inerva músculos flexores do antebraço. femoral) e trecho inicial da artéria e veia safena.
músculos do ombro e uma área cutânea continua como nervo safeno.
do braço e antebraço.
Nervo isquiático
inerva os músculos extensores do antebraço, do ENTRE MÚSCULOS BÍCEPS FEMORAL E
carpo e dos dedos. SEMITENDINOSO.
Mais profundamente entre os músculos
inerva o músculo flexor do carpo ulnar, semimembranoso e adutor.
flexor digital profundo e a pele do lado caudal do
antebraço e do lado lateral.
Núcleo: conjunto de corpos celulares de neurônios
dentro do SNC.
Inervação para o membro pélvico.
Formado por:
últimos nervos lombares. Origem de muitos nervos cranianos.
2 primeiros nervos sacrais. pedúnculos cerebelares: liga ponte com
cerebelo.
nervo safeno. pirâmides: colunas de axônio na parte ventral do
bulbo.
colículos: colículos rostrais e colículos caudais.

Ponte

Nervo trigêmio (V).


nervo tibial. Abducente (VI).
nervo fibular comum. Facial (VII).
Vestibulococlear (VIII).
Triângulo femoral (trígono)

Face medial entre músculos SARTÓRIO e o ADUTOR. Medula oblonga


Espaço triangular recoberto por FÁSCIA FEMORAL Glossofaríngeo (IX).
MEDIAL.
Vago (X).
CANAL FEMORAL Acessório (XI).
Percorre artéria e veia femoral; o trato inicial da artéria Hipoglosso (XII).
e da veia safena, o nervo femoral e o nervo safeno,
recobertos de tecido conjuntivo e adiposo.
Etmóide
Maria Eduarda Cabral 124 | P á g i n a
 Parte do teto da cavidade nasal. Encéfalo médio.
 Possui diversas e diminutas aberturas (lâmina Origem do nervo OCULOMOTOR (III).
cribriforme – latim cribum = peneira). Possui o aqueduto mesencefálico.
 Dá passagem as fibras nervosas do nervo olfatório. COLÍCULOS (audição e visão)

Questões
1. O neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso, sendo composto pelo corpo celular, dendritos, bainha de mielina, axônio
e terminações de axônio. Em relação aos axônios, explique o que é um axônio aferente e axônio eferente.

2. Em relação ao sistema nervoso central, assinale V para verdadeiro e F para falso. Não se esqueça de justificar as respostas
falsas.
a) ( ) O encéfalo é dividido em cérebro e cerebelo apenas. Sendo que o cérebro possui as divisões de telencéfalo e diencéfalo,
o telencéfalo apresenta os lóbulos: frontal, parietal, zigomático e temporal.

b) ( ) A substância branca no encéfalo se encontra mais externa, enquanto que a substância cinzenta está presente mais
internamente. Em contrapartida, na região de medula espinal a substância branca e cinza está com posições inversas a do
encéfalo, ou seja, a substância branca mais interna formando um “H” e a substância cinza mais externa.

c) ( ) As meninges estão presentes no sistema nervoso, a ordem de mais externa para interna das meninges, respectivamente
é: dura-mater, aracnóide e pia-mater.

3. Explique o que são as intumescências e quais são as suas duas divisões presentes.

Maria Eduarda Cabral 125 | P á g i n a


4. Escolha 5 pares de nervos cranianos e cite seu número, nome do nervo, região, origem e qual a sua função.

5. Em relação a imagem a seguir, preencha os espaços indicados pela seta.

6. Em relação a imagem a seguir, preencha os espaços indicados pela seta.

Maria Eduarda Cabral 126 | P á g i n a


7. Em relação a imagem a seguir, preencha os espaços indicados pela seta.

8. Em relação a imagem a seguir, preencha os espaços indicados pela seta com o nome de cada nervo craniano e seu número.

Maria Eduarda Cabral 127 | P á g i n a


9. Faça um desenho esquemático das meninges presentes no sistema nervoso central.

Maria Eduarda Cabral 128 | P á g i n a


Oftalmologia
Maria Eduarda Cabral
Globo Ocular
Composta por três túnicas (camadas): Retina se comunica com o Sistema Nervoso Central
(SNC) através do nervo óptico.
1. Esclera e córnea: mais externa.
cruza o lado esquerdo com o direito
2. Coroide, corpo ciliar e íris: camada média formando um “X” que é chamado de quiasma óptico.
(mais vascularizada). parte que o humor aquoso vai
3. Retina: camada mais interna (nutrição chega através ser drenado (sair), transição esclero-corneal.
dos vasos). rica em vasos sanguíneos, fornece suporte e
nutre a retina.
A córnea e retina são avasculares.
membrana de Bruch: fina membrana que separa
Na retina estão as células fotorreceptoras. a coroide da retina.
Abaixo da córnea tem a câmara anterior (passa o
transição coroide com íris, parte mais
líquido humoraquoso). dilatada, produz o humor aquoso.
área central preta. Glaucoma é o defeito no fluxo do humoraquoso,
lateral a pupila. aumentando a pressão e dificultando a circulação do
espaço entre a íris e o cristalino. sangue.

fornece apoio a íris (continuação da íris). íris + corpo ciliar + coroide.


Sequência da mais externa para a mais interna. Produção de humor aquoso no corpo ciliar passa
esclera coroide retina. entre o cristalino e íris câmara anterior limbo
transição entre a córnea e a esclera, é canal de Schlemm veias da esclera.
vascularizado e não fica na íris.
ocupa a cavidade do globo ocular através
atrás do cristalino até a retina,
do cristalino.
preenchido pelo corpo vítreo ou humor vítreo (mais
gelatinoso). ponto que as células captam a luz e
transformam em impulsos elétricos, deixando as células
túnica fibrosa (cheia de vasos).
mais expostas.
vasos que ficam em cima da esclera. células fotossensíveis: cones e bastonetes.
dividida em 5 regiões. ausência de cones e bastonetes, é o ponto
membrana de Descemet: final da córnea. de saída das fibras.
O humoraquoso tem uma produção constante, sendo
liberado pela câmara posterior.
A córnea é avascular, sua nutrição ocorre pelo fuxo : parte interna da pálpebra e em cima da
de humoarquoso. esclera.
O olho é um dos órgãos do sentido, a retina capta a luz proteção.
transformando-a em impulso nervoso através do
estímulo da célula. glândula de Meibomius ou tarsais.

Maria Eduarda Cabral 129 | P á g i n a


glândula lacrimal: ducto nasolacrimal – drena a Camada oleosa (glândula tarsais).
água. Camada aquosa (glândula lacrimal e glândula da terceira
pálpebra).
Camada de glicoproteína (células caliciformes do epitélio
conjuntivo).

Maria Eduarda Cabral 130 | P á g i n a


Cardiologia
Maria Eduarda Cabral
Sistema Cardiovascular
Coração.
Vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares.
Vasos linfáticos.
Esse sistema consiste no coração, vasos sanguíneos e
vasos linfáticos.

O coração é uma bomba, a circulação é através de um


sistema fechado de tubos, esses tubos consistem em
artérias, capilares e veias cujo fluxo sanguíneo é contínuo.

O sangue transporta OXIGÊNIO e OUTRAS


MOLÉCULAS necessárias para o METABOLISMO
CELULAR normal e, na volta, transporta produtos
celulares dos tecidos para o fígado, rins e pulmão para o
METABOLISMO e a EXCREÇÃO.

O bombeamento do coração, faz com que haja a


liberação de oxigênio e nutrientes necessários às células,
transportando hormônios que auxiliam na regulação das
funções corporais, liberando anticorpos e células
inflamatórias necessárias para proteger o corpo, além
disso, remove produtos da excreção do metabolismo dos
tecidos.

O circuito sanguíneo consiste no coração bombeando o


sangue e ele saindo por uma artéria de grande
calibre (artéria aorta) que se ramifica em artéria
de médio calibre e posteriormente em artéria de
pequeno calibre, após isso, sofre novamente uma divisão
formando as arteríolas que se ramificam novamente
se transformando em capilares (local onde ocorre as
trocas gasosas), os capilares irão desembocar nas
vênulas que se fundem formando as veias, dessa
forma, o sangue retorna para o coração.

Maria Eduarda Cabral 131 | P á g i n a


Na anatomia, a principal diferença entre veia e artéria As pleuras existentes são:
é que a veia transporta sangue rico em gás pleura costal ou parietal.
carbônico, enquanto que a artéria transporta
pleura pulmonar.
sangue rico em oxigênio.
pleura diafragmática.
esse oxigênio presente no sangue arterial será
pleura mediastínica (voltada para o mediastino).
utilizado para a respiração celular.
Além delas, temos entre as pleuras mais utilizadas às:
O sangue ele sai do coração com uma pressão forte, pleura parietal (reveste a parede) e a pleura
conforme ele vai se deslocando pelo corpo, essa
visceral (aderida as vísceras - órgãos).
pressão diminui e consequentemente, o diâmetro dos
vasos também.
O coração faz com que o sangue fique em movimento
através do sistema vascular. Cobertura fibrosserosa do coração.

Bombeamento do sangue.
Sangue em movimento através do sistema vascular.

Circundado pelos pulmões.


Mais voltado para a esquerda.
Ventral na cavidade torácica.
Base – dorsal.
Ápice – esterno.
LOCALIZAÇÃO: mediastino. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

espaço entre as cavidades pleurais (pulmões). Forma um saco.


O coração está localizado no mediastino (região Preenchido: pequena quantidade de líquido seroso.
central do tórax, entre a pleura), é circundado pelos
pulmões e protegido pela costela, além disso, é voltado
à esquerda do plano mediano, ventralmente à cavidade 4 CÂMARAS:
torácica, sendo então dividido em duas partes:
átrios: recebem sangue.
1. voltada dorsalmente
ventrículos: liberam o sangue.
2. voltada para o esterno, ventralmente.
VALVA: função é evitar o refluxo sanguíneo.

Maria Eduarda Cabral 132 | P á g i n a


camada mais externa.
camada mais espessa e é constituído de
tecido muscular estriado cardíaco.
é a camada mais interna, semelhante em
sua constituição à camada íntima dos vasos.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 133 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Dois circuitos de fluxo sanguíneo.:


1.
maior.
conduz sangue oxigenado para os tecidos.
conduz sangue desoxigenado para o coração.
2.
menor.
conduz sangue desoxigenado para o pulmão.
conduz sangue oxigenado para o coração.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Os vasos sanguíneos estão dispostos em dois circuitos de
fluxo sanguíneo, sendo eles: CIRCULAÇÃO
SISTÊMICA e CIRCULAÇÃO PULMONAR.

A CIRCULAÇÃO SISTÊMICA é a maior e conduz o


do coração para todos os órgãos

Maria Eduarda Cabral 134 | P á g i n a


do corpo, além disso, transporta , enquanto que as veias da cabeça, dos membros
de volta para o coração. Nesta circulação, o sangue torácicos e da porção cranial do tronco são coletadas
oxigenado sai do ventrículo esquerdo através da artéria pela . O sangue venoso dos órgãos
aorta, sendo que dessa artéria emergem artérias que se ímpares no interior do abdome passa pela veia porta e
ramificam em arteríolas chegando nos leitos capilares, pelo fígado antes de alcançar o átrio direito com a
local onde ocorrerá as trocas gasosas, posteriormente, o .
sangue desoxigenado é coletado por vênulas que se Enquanto que a CIRCULAÇÃO PULMONAR é
fundem formando as veias, que subsequentemente, será menor e é o envio do sangue desoxigenado para o
drenado para as veias principais (veia cava cranial e pulmão, além de conduzir o sangue oxigenado para o
veia cava caudal, que formará a veia cava), conduzindo coração. Temos que a partir do átrio direito o sangue
o sangue até o átrio direito do coração. passa para o ventrículo direito através de uma sístole
Desembocam na veia cava caudal. atrial (contração), de onde seguirá para o
veias do membro pélvico. e para as que
conduzirá o sangue desoxigenado para os pulmões, local
veias da porção caudal do tronco.
onde ocorre a hematose (oxigenação do sangue), após a
Desembocam na veia cava cranial.
hematose o sangue oxigenado será transportado pelas
veias da cabeça.
até o átrio esquerdo. Enquanto
veias da porção cranial do tronco.
temos a sístole (contração) atrial ocorrerá a diástole
veias dos membros torácicos.
(relaxamento) ventricular, e assim inversamente, então,
É válido ressaltar que as veias dos membros pélvicos e enquanto ocorre uma sístole ventricular teremos uma
da parte caudal do tronco desembocam na diástole atrial.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 135 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


SANGUE DOS ÓRGÃOS ÍMPARES DA A afirmação acima é verdadeira para a maioria dos
CAVIDADE ABDOMINAL.
vasos. Mas há uma exceção importante. Com base na
passam pela veia porta e fígado antes da veia circulação sistêmica e pulmonar, liste a artéria e a veia
cava caudal.
para a qual essa afirmação não é válida.
ARTÉRIAS CONDUZEM SANGUE RICO EM
OXIGÊNIO. VEIAS CONDUZEM SANGUE RICO
EM GÁS CARBÔNICO.
Átrio direito: sangue chega no coração.

Maria Eduarda Cabral 136 | P á g i n a


Ventrículo direito: sangue deixa o coração para os Átrio esquerdo: sangue retorna ao coração.
pulmões. Ventrículo esquerdo: sangue deixa o coração
para o corpo.

Ocorre oxigenação sanguínea.


Ocorre a distribuição do sangue para os tecidos.

transportados até o PULMÃO, local onde ocorre a


HEMATOSE.
Após isso, o sangue arterial (oxigenado) sai pelas
veias pulmonares desembocando no átrio
O SANGUE sai pelo ventrículo direito (sangue
esquerdo.
venoso) passando pela valva semilunar
pulmonar que se abre, sendo coletado pela tronco
pulmonar e posteriormente pelas artérias
pulmonares direita e esquerda para serem

Maria Eduarda Cabral 137 | P á g i n a


O SANGUE ARTERIAL sai pelo ventrículo Posteriormente, esses leitos capilares se fundem
esquerdo passando pela valva semilunar aórtica formando as vênulas que em seguida formam a veia
que consequentemente se abre, é transportado até a cava cranial e caudal que transporta o sangue
artéria aorta deslocando-se para os órgãos sendo venoso até o átrio direito do coração.
que nos leitos capilares ocorrerá as TROCAS
GASOSAS.

Órgão central do sistema cardiovascular.


Músculo cardíaco (miocárdio).
Retorno de fração do líquido intersticial para o sangue.

Átrio direito.
Vasos linfáticos de terminação cega. Átrio esquerdo.
Coletam líquido intersticial. Ventrículo direito.
Convergem para vasos maiores: troncos linfáticos. Ventrículo esquerdo.
Se esvaziam em veias principais dentro do tórax. O coração ele é formado principalmente pelo tecido
muscular estriado cardíaco (músculo cardíaco),
designando a parte do miocárdio. Com isso, se divide em

Maria Eduarda Cabral 138 | P á g i n a


4 câmaras: ÁTRIO DIREITO, ÁTRIO ESQUERDO, microrganismos, então é conduzido através da veia
VENTRÍCULO DIREITO e VENTRÍCULO porta até o fígado, local que passa por mais um leito
capilar.
ESQUERDO.
o sangue é constituído por eritrócitos, leucócitos,
Os átrios recebem o sangue, se for o átrio direito receberá plasma e proteínas.
o sangue drenado pela veia cava (sangue desoxigenado),
Entre o átrio e o ventrículo teremos a presença das
enquanto que o átrio esquerdo recebe o sangue das veias valvas, o conjunto de válvulas formam a valva.
pulmonares (sangue oxigenado). Já os ventrículos irão Entre o átrio direito e o ventrículo direito teremos
liberar o sangue, caso seja o ventrículo direito irá liberar a valva atrioventricular direita que é denominada
o sangue para as artérias pulmonares (sangue tricúspide (presença de 3 cúspides/válvulas).
desoxigenado), e se for o ventrículo esquerdo liberará A valva atrioventricular esquerda (localizada entre o
para a artéria aorta (sangue oxigenado). átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo) receberá
o nome de mitral ou bicúspide (presença de 2
cúspides).
AD AE
A valva possui a função de evitar o refluxo sanguíneo, a
diástole ocorre quando a câmara se enche de sangue.
VD VE Ademais, também é encontrado as valvas semilunares,
que permitem a saída de sangue dos ventrículos, sendo
O leito capilar é o local onde se realiza as trocas gasosas, dividida em:
quando temos a passagem por dois leitos capilares é
valva semilunar aórtica: permite a saída de
denominado de sistema porta.
sangue do ventrículo esquerdo para a artéria aorta.
nesse sistema temos o sangue passando por um leito valva semilunar pulmonar: permite a saída de
capilar no intestino, esse sangue que vem do intestino
sangue do ventrículo direito para a artéria pulmonar.
é rico em nutrientes, mas pode conter alguns

Maria Eduarda Cabral 139 | P á g i n a


Cobertura fibrosserosa do coração.
Preenchido pelo líquido pericárdico (movimentação).
O coração é revestido por um saco pericárdico, que é
uma cobertura fibrosserosa (resistente) do coração, sendo
preso na região da base, é preenchido por uma pequena
quantidade de líquido seroso (líquido pericárdico) que
possibilita a expansão e a contração do coração.

Esse pericárdico continua ventralmente nos seguintes


ligamentos:
ligamento esternopericárdico: fixa o pericárdico : fixa a parede
ao esterno. cardíaca.
ligamento frenopericárdico: presente apenas forma o epicárdio.
nos cães, faz a união do pericárdico ao diafragma. : coberta pela PLEURA
MEDIASTINAL.

A parede do coração é composta por 3 camadas, sendo 3. camada mais interna, sua composição é
elas: semelhante à camada íntima dos vasos.
1. é a mais externa.
Ligamento esternopericárdico
2. é a camada mais espessa, é constituída
pelo tecido muscular estriado cardíaco. Une o pericárdio ao esterno.

Maria Eduarda Cabral 140 | P á g i n a


Ligamento frenopericárdico

Une o pericárdio ao diafragma.

Aplicação clínica

PERICÁRDIO: saco fibroso.


Acumulação de líquido rápida = TAMPONAMENTO
CARDÍACO.
Prejudica o funcionamento do coração.

Mediastino.

Maior parte: ESQUERDA do plano mediano.


Se prolonga da 3ª a 6ª costelas (7ª pequenos animais).
Próximo ao pulmão (incisura cardíaca dos pulmões).
Facilmente AUSCULTADO.
Se projeta até o diafragma.

Coração adjacente ao TIMO.


Dorsal (coluna).
Craniodorsalmente.
HILO cardíaco: grandes vasos.
É localizado na base do coração a presença do HILO
CARDÍACO que é o ponto de entrada e saída dos vasos
no coração, os grandes vasos ficam na base do coração e
esse conjunto de vasos é denominado hilo cardíaco.

Macroscopicamente, conseguimos visualizar que o


ventrículo esquerdo possui uma camada mais espessa,
pois faz o bombeamento do sangue para todo o corpo.
Enquanto que no ventrículo direito encontramos uma
camada mais delgada (fina), pois só faz o bombeamento
do sangue para o pulmão.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Entre o ventrículo direito e o ventrículo esquerdo
encontramos uma estrutura fazendo a separação, essa
estrutura é chamada de septo interventricular,
enquanto que a estrutura que faz a separação do átrio
direito e do átrio esquerdo é denominada de septo
interatrial.

Ventral (esterno).
Maria Eduarda Cabral 141 | P á g i n a
Caudoventralmente. Contém tecido adiposo (envolve os vasos coronários).
Marca da divisão do tecido mais fino dos átrios e mais
espesso dos ventrículos.
Visíveis do lado ESQUERDO.
envolvem a raiz da aorta e tronco pulmonar.
Partes principais dos átrios e grandes veias: LADO
DIREITO.
Na base do coração encontramos as AURÍCULAS,
sendo mais visíveis do lado esquerdo, elas envolvem a
raiz da artéria aorta e tronco pulmonar. As aurículas
são dilatações do átrio, sendo que as partes principais dos
átrios e grandes veias ficam localizadas no lado direito.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Marca a separação dos átrios e dos ventrículos.

Maria Eduarda Cabral 142 | P á g i n a


A irrigação do coração é feita pelas ARTÉRIAS
CORONÁRIAS E POR SEUS RAMOS, as
artérias coronárias se dividem em:
artéria coronária esquerda e artéria
coronária direita, essas artérias não formam
anastomoses (comunicação entre dois ou mais vasos).

Esqueleto cardíaco contém fibrocartilagem, que pode


desenvolver nódulos de ossos em bovinos.

A ARTÉRIA AORTA leva sangue arterial para a


região caudal do corpo, enquanto que a ARTÉRIA
BRAQUIOCEFÁLICA leva sangue arterial para

Maria Eduarda Cabral 143 | P á g i n a


a região cranial do corpo através das ARTÉRIAS faz a ligação de um
CARÓTIDAS COMUM ESQUERDA E DIREITA. ventrículo ao septo interventricular.

Átrio direito
Dividido internamente por um SEPTO
Parte direita.
INTERVENTRICULAR LOGITUDINAL.
É dorsocranial da base do coração e recebe sangue da
lados direito e esquerdo.
VEIA CAVA (cranial e caudal).
Dividido transversalmente por septo em:
Divide-se em seio das veias cavas (parte
átrios: recebem o sangue.
principal) e aurícula direita (parte de
ventrículos: bombeiam o sangue. terminação cega).
O coração é dividido internamente por um SEPTO a face interna da parede da aurícula direita é
INTERVENTRICULAR longitudinal em lado fortalecida por músculos pectíneos.
esquerdo e lado direito, por sua vez, cada lado é dividido É separado do átrio esquerdo por um septo
por um SEPTO TRANSVERSO nos átrios que interatrial.
recebem sangue e nos ventrículos que bombeiam sangue. O óstio atrioventricular é uma abertura que
possibilita a passagem do sangue para o
As paredes do átrio são mais finas, as
ventrículo, o óstio apresenta as valvas, que nesse
são estruturas que saem da valva, o
caso é a tricúspide.

Maria Eduarda Cabral 144 | P á g i n a


Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015.

FORAME OVAL
É uma depressão presente no septo interatrial, sendo
um vestígio do forame oval do desenvolvimento fetal.
É um , pois durante
essa fase temos o sangue arterial e venoso se
misturando através do forame oval e ducto
arterioso, pois a oxigenação do sangue era feita
pela mãe.
Portanto, não havia circulação pulmonar, a circulação
sistêmica era interligada com a mãe.

Átrio esquerdo

Maria Eduarda Cabral 145 | P á g i n a


Parte esquerda.
Dorsocaudal da base do coração.
Encontra-se a valva atrioventricular
Recebe sangue oxigenado da VEIAS direita ou valva TRICÚSPIDE, sendo constituída
PULMONARES, se abre para o ventrículo esquerdo por três válvulas.
através do óstio atrioventricular esquerdo,
Essas valvas são reforçadas por CORDAS TENDÍNEAS
onde localiza-se a ou . que emergem dos músculos papilares (projeções
Várias aberturas marcam a entradas das veias musculares cônicas), se dispondo de forma que impeça
pulmonares no átrio esquerdo. o prolapso da valva para o átrio quando os ventrículos
músculos pectíneos. se contraem.
Septo interatrial.
Óstio atrioventricular.

Ventrículos do coração

Constituem a maioria da massa.


Separados dos átrios por um septo transverso.
EXTERNAMENTE: .

VENTRÍCULO DIREITO
Possui um formato de meia lua em corte transversal.
Não se prolonga até o ápice do coração.
Recebe sangue desoxigenado do átrio direito
e o bombeia para o tronco pulmonar.
O cone arterioso possui o formato de funil e é Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
abraçado pela aurícula direita externamente.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 146 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
A valva tricúspide é a valva de entrada para o
ventrículo direito e , a valva semilunar pulmonar se
localiza na raiz do tronco pulmonar e é composta por
durante a fase sistólica do ciclo cardíaco (ou seja, três válvulas semilunares.
durante a contração/sístole). O lúmen do ventrículo direito é cruzado por uma faixa
ramificada simples, a trabécula
Enquanto ocorre a diástole, temos a valva septomarginal passa do septo interventricular
semilunar pulmonar impedindo o para a parede externa.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 147 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 148 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

átrio esquerdo ele sofre uma diástole, esse sangue


passa para o VENTRÍCULO ESQUERDO através do
Raiz do troncopulmonar. ÓSTIO ATRIOVENTRICULAR ESQUERDO
Composto por três válvulas semilunares. passando pela valva mitral, onde preenche o

Impede o refluxo de sangue na diástole ventricular para ventrículo esquerdo, após isso, a valva mitral se fecha
o ventrículo direito. para que não ocorra o refluxo sanguíneo e esse sangue
sai através da AORTA, passando pelas VALVAS
SEMILUNARES AÓRTICAS.

Faixa de tecido que passa do septo interventricular para


a parede externa.

VENTRÍCULO ESQUERDO
Possui um formato cônico.
Seu ápice forma o ápice do coração, ou seja, se prolonga
até o ápice do coração.
Recebe o sangue oxigenado dos pulmões e bombeia o
sangue para a maior parte do corpo, através da aorta.
O caminho do sangue até o ventrículo esquerdo é: o
sangue sai do PULMÃO oxigenado através das
VEIAS PULMONARES desembocando NO ÁTRIO
ESQUERDO, quando o sangue começa a preencher o

Maria Eduarda Cabral 149 | P á g i n a


Paredes mais espessas que o ventrículo direito.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Enquanto que os ventrículos realizam o
bombeamento principal, e, por isso, são mais
VALVA ÁTRIOVENTRICULAR ESQUERDA: espessos.
bicúspide ou mitral.
no ventrículo direito temos a circulação
Composta por duas válvulas. pulmonar, enquanto que no ventrículo
Presença de dois músculos papilares. esquerdo a circulação sistêmica.

A irrigação do coração é realizada através das


É a abertura do ventrículo esquerdo para a aorta artérias coronárias e seus ramos.
ascendente, sofrendo uma oclusão pela valva
originam-se da aorta, acima das válvulas semilunares.
semilunar aórtica durante a diástole, impedindo o
refluxo. é dividida em artéria coronária direita e esquerda.
O suprimento sanguíneo é feito pelas artérias coronárias
direita e esquerda, enquanto que na drenagem sanguínea
É composta por três camadas, sendo elas: temos a presença da veia cárdica máxima, média e
endocárdio, miocárdio e epicárdio. mínima, e o óstio do seio coronário é o local que há a
A espessura da parede cardíaca espelha a carga que desembocadura das veias cardíacas no átrio direito.
está sujeita, variando entre o átrio e o ventrículo.
Os átrios são receptores de sangue, dessa forma,
possuem pouca função contrátil e em consequência
Todas as partes do sistema condutor são capazes de
disso, são mais finos.
atividade espontânea.
O nó sinoatrial é autônomo, apresenta a taxa de
repouso mais elevada de despolarização, ele é o estímulo
Maria Eduarda Cabral 150 | P á g i n a
inicial do ciclo cardíaco atuando como marcapasso impulso nervoso através dos feixes

primário, garantindo a contração coordenada atrioventriculares.

que é essencial para a eficácia do bombeamento. esse nó também é inervado originando o tronco do
situa-se abaixo do endocárdio da parede atrial fascículo atrioventricular (His), no plexo
direita. subendocárdico temos a presença das Fibras de
Purkinje.
O nó atrioventricular se posiciona no septo
interatrial, cuja função consiste na distribuição do

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015.

Maria Eduarda Cabral 151 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
carregam essa linfa (líquido presente no interstício que
retorna à circulação) até o coração.
Faz o retorno da fração do líquido O sistema linfático possui iniciação nos vasos
linfáticos de terminação cega, fazem a coleta
intersticial para o sangue.
do líquido intersticial e após isso, começam a convergir
Os vasos linfáticos recolhem o excesso de líquido em vasos maiores que serão os troncos linfáticos, que
extravasado durante as trocas gasosas nos capilares, e se esvaziam nas veias principais dentro do tórax.

Angiologia
É o estudo da forma, da estrutura, da topografia e do O sangue desoxigenado é transportado do
funcionamento dos vasos. ventrículo direito até o pulmão através das
artérias da circulação pulmonar, sendo elas:

tronco pulmonar.
artérias pulmonares direita e esquerda.

Maria Eduarda Cabral 152 | P á g i n a


O tronco pulmonar emerge do ventrículo Se fixa a aorta por meio do ligamento arterioso,
direito, sendo separado pelas valvas semilunares um tecido conjuntivo remanescente da circulação
pulmonar e passa entre as duas aurículas (esquerda fetal.
e direita), prosseguindo caudalmente para a esquerda da na vida fetal é denominado de ducto arterioso, que
aorta. realizava o transporte de sangue diretamente para
a aorta sem passar pelo pulmão na circulação fetal,
caso continue após a vida fetal ocorre a hipoxemia,
que é a falta de oxigênio nos tecidos.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


O ligamento arterioso une o arco aórtico ao
tronco pulmonar, sendo um resquício do ducto
arterioso fetal.
após o nascimento o neonato já realiza as trocas
gasosas através da respiração, possibilitando a
circulação pulmonar, consequentemente, a túnica
média do ducto arterioso se contrai e o lúmen se
fecha na primeira semana de vida após o parto.

Maria Eduarda Cabral 153 | P á g i n a


enquanto que as veias pulmonares conduzem o
sangue oxigenado, sendo as únicas exceções do corpo.

Fazem o transporte do sangue oxigenado do


ventrículo esquerdo do coração para os órgãos e
tecidos corporais.
A circulação sistêmica se inicia na artéria
aorta, se separa do ventrículo esquerdo pelo arco
aórtico.
A parte inicial da aorta se alarga para formar o bulbo
aórtico, do qual emerge as artérias
coronárias. É dividida em:
Ducto arterioso persistente: HIPOXEMIA.
aorta ascendente: passa caudalmente e alcança
O tronco pulmonar se divide em artérias
a coluna vertebral, prosseguindo depois como aorta
pulmonares esquerda e direita, passando
descendente.
para o pulmão correspondente onde seus ramos
arco aórtico: se une ao tronco pulmonar pelo
seguem os brônquios até os leitos capilares, local onde
ligamento arterioso.
ocorrerá a hematose.
aorta descendente: é subdividida em uma parte
Dos leitos capilares irão emergir as veias torácica e uma parte abdominal.
pulmonares que conduzirá o sangue oxigenado para  atravessando o diafragma pelo hiato aórtico.
o átrio esquerdo.  na altura das vértebras lombares caudais ela se
É salientar que, as artérias
importante divide em seus ramos terminais, ocorrendo uma
pulmonares conduzem sangue desoxigenado, trifurcação.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 154 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Para conseguir diferenciar macroscopicamente a veia que realizam o aporte sanguíneo para a região do
da artéria, as veias são estruturas mais achatadas, com membro pélvico) e artéria tronco inominado.
uma parede mais fina/delgada com uma coloração mais As artérias ilíacas externas se localizam na
escura se ainda estiver com sangue no lúmen. região abdominal, ao atravessarem o canal inguinal se
A artéria aorta descendente parte transformam em artéria femoral.
abdominal se ramifica e origina a artéria ilíaca Quem realiza o aporte sanguíneo são as artérias,
externa direita e esquerda (são as principais artérias enquanto que as veias realizam a drenagem do
sangue.

1. Principal vaso responsável pelo aporte sanguíneo (leva o sangue) para os membros
pélvicos : artéria ilíaca externa.
2. Principal vaso responsável pelo aporte sanguíneo para o coração : artérias
coronárias.
3. Principal vaso responsável pelo aporte sanguíneo para os membros torácicos :
artérias subclávias.
4. Principal vaso responsável pelo aporte sanguíneo para a região cervical: artérias
carótidas ou artéria tronco braquiocefálico.
5. Principal vaso responsável pelo aporte sanguíneo para o fígado: artéria hepática e
veia porta (manda o sangue do intestino para o fígado, onde esse sangue já passou por
um leito capilar, os hepatócitos são banhados por sangue misto da veia porta e das
artérias hepáticas).
6. Vaso que realiza a drenagem sanguínea do fígado: veia hepática.
Maria Eduarda Cabral 155 | P á g i n a
Irriga os membros torácicos, pescoço, cabeça e parte
ventral do tórax.
No SUÍNO, no GATO e no CÃO a artéria
Tronco braquiocefálico subclávia esquerda é separada e mais distal do
Se ramifica cranialmente. arco aórtico.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015


O tronco braquiocefálico origina os vasos: artéria subclávia direita.
artéria subclávia esquerda. tronco bicarotídeo.

Maria Eduarda Cabral 156 | P á g i n a


A continuação da artéria braquial é denominada
Artéria subclávia artéria mediana na altura do rádio com o
antebraço, seus ramos são: artéria radial e artéria
Irrigam os membros torácicos, pescoço, partes cranial
ulnar.
e ventral do tórax.
a artéria mediana percorre o aspecto
Contorna a margem cranial da primeira costela para
entrar no membro torácico, passando a se chamar caudomedial do antebraço juntamente com o nervo
artéria axilar. mediano e sob o músculo flexor radial do carpo,
atravessando o canal do carpo com os tendões
Os ramos da artéria axilar e as estruturas que flexores dos dedos e fornece ramos para a rede do
abastecem são: artéria Supraescapular carpo.
(músculo supraespinal) e Artéria Subescapular. Prossegue como artéria digital palmar,
Tem a sua continuação como artéria braquial localizada na região medial, é a principal artéria do dedo
(localizada no úmero), onde a transição da artéria axilar e casco, divide-se em artérias digitais
com a artéria braquial acontece na altura dos linfonodos palmares lateral e medial, acima da
axilares.
articulação metacarpofalângica.
a artéria braquial prossegue distalmente do
as artérias digitais passam sobre os aspectos
membro torácico como fator principal de irrigação
sanguínea, ela corre paralela a sua veia abaxiais dos ossos sesamoides proximais, onde se
correspondente e aos nervos mediano, ulnar e pode apalpar o pulso digital.
musculocutâneo. os ramos das artérias digitais distais à articulação
metacarpofalângica são simétricos, e as duas
artérias formam o arco terminal na terceira falange.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 157 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Maria Eduarda Cabral 158 | P á g i n a


Prossegue como artéria maxilar e destaca vários
Tronco bicarotídeo ramos para irrigar músculos, ossos e órgãos da cabeça
com exceção do encéfalo.
É um tronco comum curto que emerge do tronco
braquiocefálico, se prolonga cranialmente e se ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA
ramifica nas artérias carótidas comuns
Penetra a cavidade craniana nos equinos e nos cães,
direita e esquerda.
é responsável pela vascularização do encéfalo, nos
No CÃO E NO GATO, as artérias carótidas comum demais mamíferos essa irrigação se dá por ramos da
direita e esquerda emergem separadamente do tronco artéria maxilar que formam redes
braquiocefálico, não possuindo tronco bicarotídeo
admiráveis na base do encéfalo, as quais se reúnem
(estrutura presente em suínos, equinos e bovinos).
para formar a artéria carótida cerebral.
Artérias carótidas comuns Nos equinos, a artéria carótida passa através
Ascendem/sobem no pescoço de cada lado da traqueia, da bolsa gutural, um divertículo da tuba auditiva
acompanhadas pelo tronco vagossimpático e peculiar ao equino.
pelo nervo laríngeo caudal, o nervo vago caminha lateral
as artérias carótidas comuns. ARTÉRIA DO OCCIPITAL
Entre seus ramos, temos coo destaque as artérias Irriga os músculos da região nucal, as meninges caudais
tireóideas caudal e cranial que irrigam a glândula e as orelhas média e interna antes de formar
tireóidea. anastomose com a artéria vertebral, participando da
irrigação do encéfalo.
As artérias carótidas comuns se dividem em:
artéria carótida externa. Próximo a porção da divisão das 3 artérias (carótida
externa, interna e occipital) se situa o GLOMO
artéria carótida interna.
CARÓTICO, que reage a alterações de pressão
artéria do occipital.
sanguínea sendo um quimiorreceptor, região da
ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA trifurcação, há a presença de células sensíveis a alteração
da pressão (próxima a mandíbula).

Maria Eduarda Cabral 159 | P á g i n a


formam a artéria espinal ventral que
Aorta torácica e aorta abdominal percorre o sulco central da coluna em toda a sua
extensão.
A aorta torácica passa caudalmente abaixo da
coluna e penetra o abdome através do hiato aórtico RAMOS DA AORTA ABDOMINAL
do diafragma, do qual prossegue caudalmente como
aorta abdominal.
Da aorta torácica sai segmentos de artérias que É um ramo da aorta abdominal, se dividindo em:
irrigam a parede do tórax, sendo denominados de
1. faz o aporte
artérias intercostais dorsais.
sanguíneo para o estômago.
Da artéria aorta abdominal também sai 2. faz o aporte sanguíneo para o
artérias segmentares que irrigam a parede do abdome,
fígado (chega através de uma veia porta e de uma
sendo chamadas de artérias lombares.
artéria)
Essas artérias irrigam a parede do tórax e abdome e 3. faz o aporte
enviam ramos para a medula espinal, os ramos espinais
sanguíneo para o baço.
penetram na medula pelo forame intervertebral e
vascularizam os gânglios espinais e as meninges e

Fonte: DYCE et al., 2010.

Maria Eduarda Cabral 160 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Realiza o aporte sanguíneo para o intestino,


Realiza o aporte sanguíneo para as gônadas.
sendo um dos principais vasos.
Divide-se em: No caso das FÊMEAS o aporte é para os ovários
recebendo o nome de artérias ovarianas.
1. o sangue passa do
pâncreas para o duodeno. No caso dos MACHOS o aporte é para os testículos
2. sendo denominado artérias testiculares.

3.
Na base do intestino encontramos o linfonodo O intestino é dividido em: intestino delgado e
mesentérico. intestino grosso.
O intestino delgado se divide em duodeno, jejuno e íleo,
enquanto que o intestino grosso se divide em ceco, cólon
Realiza o aporte sanguíneo para o rim. e reto.
As artérias possuem uma parede mais espessa e um
formato arredondado, enquanto que as veias têm uma
parede mais delgada/fina e o formato achatado, caso
haja a presença de um coágulo sanguíneo nas veias,
esse coágulo será visível.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Maria Eduarda Cabral 161 | P á g i n a


PORÇÃO TERMINAL DA AORTA
É a sequência da artéria aorta abdominal, e após sofrer
ABDOMINAL a segunda trifurcação continua como Artéria
Sacral Média.

É a artéria principal do membro pélvico.


Após emergir como um dos ramos terminais da aorta, Faz a irrigação das vísceras pélvicas e das paredes da
a artéria percorre o corpo do ílio junto com a veia ilíaca cavidade pélvica, essa artéria prossegue como
externa e o nervo genitofemoral. Artéria Pudenda Interna.
Ao deixar o abdômen a artéria ilíaca externa prossegue irriga as vísceras pélvicas, abastecendo a vesícula
como artéria femoral passando pelo canal inguinal urinária, os ureteres, a uretra e os órgãos genitais
masculinos e femininos.
e medialmente no triângulo femoral, é acompanhada pela
veia femoral e pelo nervo safeno, possui vários ramos A artéria pudenda interna se ramifica
para os músculos femorais. formando:
A continuação da artéria femoral é denominada de artéria umbilical;
Artéria Poplítea, a artéria poplítea se divide em artéria uterina;
Artérias Tibiais Cranial e Caudal, localizada
na parte proximal do espaço interósseo, essa artéria artéria vaginal;
prossegue como Artéria Dorsal do Pé (região o artéria retal;
jarrete), tendo continuidade como Artéria
Metatarsal Dorsal e por fim, ela terminal artéria perineal: região ao redor do ânus;
proximal ao joelho ao se dividir Artérias Digitais artéria do bulbo vestibular ou artéria
Lateral e Medial. dorsal do pênis.
Da artéria femoral também sai a Artéria Safena
na região do músculo gastrocnêmio.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 162 | P á g i n a


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Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

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As duas trifurcações ocorrem na altura das vértebras
lombares.

Maria Eduarda Cabral 165 | P á g i n a


ausência de válvulas nas veias da cavidade craniana
(encéfalo) e do canal vertebral (medula), essas veias
são denominadas seios venosos.
De modo geral, as veias realizam o retorno do as veias portas são veias que corem entre dois
sangue da periferia para o coração.
leitos capilares, por exemplo, o sistema portal do
As veias possuem um leito capilar do qual emergem fígado e da hipófise.
como vênulas que confluem para formar veias
As veias de forma geral são mais superficiais.
maiores que escoam até o coração.

As veias da circulação pulmonar transportam


sangue oxigenado do pulmão para o átrio esquerdo do Coletam o sangue da cabeça, do pescoço, do tórax e dos
coração. membros torácicos.
hemácias (transportam A veia cava cranial ímpar forma-se na altura
oxigênio), plaquetas, plasma, leucócitos e proteínas da abertura torácica pela convergência das veias
plasmáticas, sendo que o gás carbônico é dissolvido no jugulares.
plasma do sangue.
A veia jugular mais a veia subclávia forma a veia
As veias não realizam apenas a drenagem dos tecidos, tronco braquiocefálico.
vários órgãos como, por exemplo, o fígado e a hipófise
recebem irrigação de sangue venoso, as veias fazem a A veia tronco braquiocefálico drenam a veia cava
remoção dos metabólitos dos tecidos e irrigam esses cranial.
tecidos com metabólitos e hormônios. No equino, no cão e no gato se une à veia ázigo
A maioria das veias acompanham a artéria de nome direita pouco antes de seu término.
correspondente, afirma-se que elas são satélites das A raiz da veia cava cranial recebe a linfa do ducto
artérias de mesmo nome.
torácico que a transporta dos tecidos corporais para
O sangue venoso possui uma composição variável
dependo de sua área de origem, como: a circulação sanguínea.
o sangue venoso do intestino é rico em nutrientes; A veia cava se abre no átrio direito.
O ducto torácico é o ponto onde a linfa que foi
o sangue do baço possui uma grande quantidade de
coletada da periferia do corpo é drenada, o ducto
leucócitos; torácico devolve a linfa para o sistema circulatório
o sangue das glândulas endócrinas é rico em sanguíneo.
hormônios;
o sangue venoso dos rins possui uma baixa
concentração de metabólitos. É formada nas proximidades do ângulo da mandíbula pela
As veias apresentam uma construção semelhante à das a união das veias linguofacial e maxilar.
artérias, diferindo na grossura das paredes, sendo Percorre a extensão do pescoço ocupando o sulco
estas mais finas, devido ao fato da túnica média menos jugular (local onde o vaso percorre, parte ventral
resistente, sendo a túnica adventícia a mais do pescoço), nos terços cranial e médio do pescoço ela
desenvolvida. é subcutânea, sendo a primeira opção para coleta de
a túnica íntima forma válvulas que garantem o sangue venoso.
fluxo unidirecional para o coração e impedem o No cão, as veias jugulares externas esquerda e direita
refluxo de sangue quando a circulação fica se comunicam pelo arco venoso hióideo.
estagnada. Em todos os mamíferos, exceto caprinos e equinos, há
dois pares de veias jugulares, possuindo a veia

Maria Eduarda Cabral 166 | P á g i n a


jugular interna que corre entre a artéria
carótida comum e a traqueia para se unir com a veia
jugular externa na base do pescoço.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 167 | P á g i n a


veia dorsal do pé;
veia tibial cranial:
Formada pela união das duas primeiras veias lombares e
atravessa o hiato aórtico (ponto de abertura, local onde  veia safena medial: é maior comparada com a
a artéria aorta atravessa o diafragma) para penetrar veia safena lateral.
o tórax, recebendo sangue das veias intercostais.  veia safena lateral.
Drena parte do sangue do abdome, drenando o sangue veia poplítea
das vértebras torácicas e lombares e levando próximo
ao coração, na altura da veia tronco braquiocefálico. veia femoral: presença do plexo vasculonervoso,
contém 1 artéria, 1 veia e 1 nervo, sendo que no
membro pélvico são a artéria femoral, veia femoral e
nervo femoral.
Se iniciam com redes venosas terminais nos
veia ilíaca externa: passa pelo canal inguinal
dedos, no cório e nas cartilagens do casco, essas redes
confluem para formar as seguintes veias: veia ilíaca interna
veias digitais palmares medial e lateral; veia cava caudal.
veias metacarpais. veia coccígea: na cauda, localizada na face ventral.
veia mediana com: As veias profundas são basicamente satélites das
artérias, temos determinadas veias superficiais como as
 veia cefálica acessória.
veias safenas laterais que correm sozinhas,
 veia cefálica: a única grande veia superficial,
cada veia safena se origina de um ramo caudal e cranial
formada pela união das veias metacarpais profundas do tarso, se unindo na metade da perna, na altura do
no aspecto medial do carpo e recebe a veia cefálica tarso se comunicam com as veias metatarsais.
acessória que emerge de uma rede venosa no
aspecto dorsal do carpo, no meio do antebraço, Na perna as veias safenas correm medialmente e
prossegue proximalmente em uma posição lateralmente.
subcutânea para se unir à veia jugular externa na
parte inferior do pescoço. Forma anastomose com a
veia mediana do cotovelo. Se inicia na altura da última vértebra lombar através da
veia braquial; união da veia sacral mediana e das veias ilíacas comuns,
as veias ilíacas comuns são formadas pela convergência
veia mediana do cotovelo;
das veias ilíacas interna e externa.
veia axilar: os afluentes da veia axilar formam o
As veias ilíacas externas coletam o sangue das
sistema venoso profundo do membro;
pernas traseiras, as veias ilíacas internas
veia subclávia: drena o sangue do membro
drenam o sangue das paredes pélvicas e grande parte
torácico; das vísceras pélvicas, se comunicam com o plexo
veia jugular externa; vertebral e o sistema venoso dos intestinos através da
veia cava cranial veia sacral mediana.

Durante o trajeto intra-abdominal da veia cava caudal se


junta a ela as veias renais e as veias
Se originam nas redes venosas na parte terminal do segmentares da coluna lombar onde se unem às
dedo (arco terminal), essas redes confluem para formas veias hepáticas e recebe as veias do
as seguintes veias:
diafragma.
veias digitais plantares medial e lateral;
As veias dos órgãos genitais e das glândulas adrenais
veias metatarsais; transportam hormônios para a veia cava cranial.
Maria Eduarda Cabral 168 | P á g i n a
O abastecimento de nutrientes para o fígado é realizado
pelas artérias hepáticas e os hepatócitos são banhados
Coleta sangue de todos os órgãos ímpares na cavidade por sangue misto da veia porta e das artérias hepáticas.
abdominal e transporta o sangue para o fígado, a veia A veia porta leva sangue funcional ao fígado: ele recebe
porta e seus afluentes formam o sistema portal. nutrientes dos intestinos e hormônios o pâncreas.
Emergem dos capilares nas vísceras que se fundem
formando as veias mesentéricas caudal e
cranial e a veia esplênica. A irrigação principal dos dedos ocorre por sua face
Dentro do fígado, a veia porta se divide até formar palmar ou plantar, onde a artéria palmar se divide em
sinusoides hepáticos (cavidades preenchidas com sangue várias artérias digitais conforme o número de dedos, a
envolvidas por lâminas de células hepáticas), o sangue pata de cães e gatos recebem sangue adicional das
sinusoide é coletado na veia central (constituindo o início artérias digitais dorsais.
do sistema venoso eferente do fígado), as veias As artérias digitais palmares
centrais se unem formando as veias interlobulares que (plantares) formam anastomose uma com a outra
se confluem formando as veias hepáticas.
e formam os arcos terminais.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 169 | P á g i n a


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Maria Eduarda Cabral 172 | P á g i n a


1. Principais vasos responsáveis pela drenagem sanguínea para os membros pélvicos :
veia ilíaca externa e veia femoral.
2. Principal vaso responsável pelo aporte sanguíneo para o membro pélvico : artéria
ilíaca externa.
3. Principal vaso de drenagem para o rim: veia renal.
4. Principal vaso de aporte sanguíneo no rim: artéria renal.

Maria Eduarda Cabral 173 | P á g i n a


Questões
1. Descreva todo o caminho que o sangue percorre no coração do animal, abordando sobre os principais vasos sanguíneos,
valvas cardíacas, diástoles e sístoles das câmaras.

2. Quais são as pleuras existentes?

3. Escreva (V) para verdadeiro e (F) para as alternativas falsas. Lembre de explicar ou corrigir as alternativas incorretas para
obter um melhor aprendizado do conteúdo.
( ) As valvas atrioventriculares estão localizadas entre os átrios e os ventrículos e seu intuito é de impedir o refluxo sanguíneo.
A valva atrioventricular bicúspide também conhecida como mitral, se localizada entre o átrio direito e o ventrículo direito, enquanto
que a valva atrioventricular tricúspide está posicionada entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo.

( ) O ducto arterioso é uma estrutura presente no organismo animal que permanece após o nascimento, sua função é realizar
o transporte de sangue diretamente para a aorta, fazendo com que ocorra a mistura dos sangues.

( ) Na maioria dos casos, as artérias transportam sangue oxigenado, enquanto que as veias realizam o carregamento de sangue
desoxigenado, porém, no organismo temos uma exceção, pois a artéria pulmonar faz o transporte de sangue desoxigenado até
o pulmão para sofrer o processo de hematose, ao se tornar oxigenado, esse sangue retornará ao coração por meio das veias
pulmonares.

Maria Eduarda Cabral 174 | P á g i n a


4. Complete a figura abaixo:

Maria Eduarda Cabral 175 | P á g i n a


Maria Eduarda Cabral 176 | P á g i n a
Linfático
Maria Eduarda Cabral
Sistema Imune e Órgãos Linfáticos
Para a histologia e imunologia temos que o sangue é Os macrófagos fazem parte do sistema
composto por hemácias, plaquetas, plasma, proteínas mononuclear de fagocitose (SMF), realiza uma
plasmáticas e leucócitos. resposta imune inespecífica.
os leucócitos são divididos em: linfócitos T e B
ou plasmócitos. (são denominados plasmócitos
quando adquirem a capacidade de produzir
anticorpos), neutrófilos, basófilos, eosinófilos e
monócitos ou macrófagos (quando localizados nos Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
tecidos).

O sistema imune possui mecanismos de defesa


específicos e inespecíficos para proteger o corpo,
sendo então divididos em componentes celulares
e vasculares.
Os componentes celulares incluem o tecido
linfático encontrado como células isoladas, espalhas pelo
corpo, como agregados de células linfáticas (tonsilas ou
tonsilas palatinas) ou em órgãos linfáticos (timo,
linfonodos e baço que apresentam centros germinativos
de células de defesa).
Os componentes circulatórios incluem
linfócitos, monócitos e células plasmáticas, sendo
encontradas em órgãos, no sangue, em espaço de
tecidos e na circulação linfática. Fonte: Internet

Esse sistema inclui capilares linfáticos, vasos


linfáticos e ductos coletores de linfa.
Durante a circulação sanguínea das artérias até as
veias, as proteínas e o líquido conseguem passar pelas
paredes capilares para os espaços de líquido
As principais células são os linfócitos e os
intersticial.
macrófagos.
Os linfócitos é o tipo celular do sistema imunológico e Esse transudato (líquido pobre em células e pobre em
proteínas, quando temos um líquido rico em células e em
são divididos em linfócitos B e T. proteínas é chamado de exsudato) transparente se
são formados na medula óssea e nos órgãos chama linfa.
linfáticos.
Essa linfa drena parte dos nutrientes e possui proteínas
são distribuídos nos vasos linfáticos e no sangue, de baixo peso molecular, há um aspecto leitoso dado pela
possuem uma resposta imunológica específica. presença do quilomícron.

Maria Eduarda Cabral 177 | P á g i n a


A linfa é absorvida pelos capilares linfáticos de Os vasos linfáticos possuem paredes mais finas
fundo cego, esses capilares linfáticos formam plexos que as veias do mesmo tamanho e há a presença de
na maioria dos tecidos corporais, dos quais se originam válvulas.
vasos linfáticos maiores que se abrem em as contrações da túnica muscular média são
ductos linfáticos, que por fim, escoam para a veia responsáveis pelo fluxo da linfa em direção ao
jugular ou para a veia cava cranial.
ducto torácico.
os vasos linfáticos que transportam a linfa da
Os vasos linfáticos são interrompidos por linfonodos, que região dos capilares para um linfonodo, ou seja,
funcionam como filtros e centros germinativos para que chegam até o linfonodo, é denominado de
linfócitos, sendo considerados uma barreira para vasos linfáticos aferentes, enquanto que, os
disseminação de infecção e tumores, ausência de vasos
vasos linfáticos eferentes são aqueles que
linfáticos no sistema nervoso central.
deixam o linfonodo, conduzindo a linfa filtrada e
enriquecida com linfócitos.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

A linfa é coletada por um capilar linfático de


fundo cego, esse capilar começa a se fundir
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso formando os vasos linfáticos maiores e
No leito capilar origina os capilares linfáticos de fundo chegando no linfonodo através de um vaso
cego, os capilares linfáticos são revestidos linfático aferente e saindo pela região de hilo como
por um endotélio simples com uma membrana basal vaso linfático eferente, a região do hilo ocorre a
subjacente incompleta, eles não possuem válvulas,
entrada e saída de vasos sanguíneos.
permitem a passagem de líquidos e gorduras
emulsificadas.

Maria Eduarda Cabral 178 | P á g i n a


Fonte: Internet
eferentes deixam o linfonodo pelo seio
subescapular.
São bastante vascularizados por vasos sanguíneos e
Os linfonodos são firmes e apresentam uma superfície penetram na altura do hilo.
lisa, de formato ovoide ou de "feijão", com uma
superfície convexa extensa e uma área côncava menor Cada linfonodo é responsável pela drenagem de uma
que recebe o nome de hilo. região determinada, sua zona de tributação.

O linfonodo se divide em um córtex e uma medula, o Grupos de linfonodos vizinhos compõem os


córtex contém os centros germinativos, local que os linfocentros (conjunto de linfonodos).
linfócitos são produzidos continuamente, a medula Há diferenças entre as espécies quanto aos
consiste em cordões de linfócitos em anastomose. linfocentros:
Os vasos linfáticos aferentes se abrem no seio nos carnívoros e nos ruminantes os linfonodos as
subescapular ou marginal, ramos do seio subescapular individualmente maiores e formam menos linfocentros
formam um seio medular, próximo ao hilo, de onde (são conjunto de linfonodos que drenam uma região).
emergem os vasos linfáticos eferentes. em relação aos equinos e suínos temos um número
No suíno o linfonodo possui uma ordem invertida, os maior de linfonodos pequenos.
vasos aferentes penetram no hilo e os vasos
Maria Eduarda Cabral 179 | P á g i n a
Linfonodos situados entre as hemimandíbulas,
facilmente identificados por palpação, os linfáticos
São agrupados nos seguintes linfocentros: aferentes do linfocentro mandibular drenam a cavidade
oral, incluindo a língua e os dentes, as glândulas salivares,
o espaço intermandibular e a musculatura da mastigação.
É composto de um ou dois linfonodos na base da orelha
próximos da articulação temporomandibular e cobertos
pela glândula parótida ou pelo músculo masseter. Os vasos linfáticos aferentes drenam as partes
profundas da cabeça, incluindo a faringe e a laringe,
traqueia e esôfago cranial.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Se organizam em dois grupos:

Presença do linfonodo superficial cervical ou


pré-escapular, se situa cranial à articulação do
ombro, coberto pelo músculo braquiocefálico e
omotransverso.
Drena a linfa da região da superfície.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Compreende vários linfonodos na extensão da traqueia.

Maria Eduarda Cabral 180 | P á g i n a


Medial a articulação do ombro, além do linfonodo
axilar próprio, pode haver um linfonodo
axilar acessório na direção caudal, e um
linfonodo da primeira costela na direção
cranial.
Drena o membro torácico e as glândulas mamárias,
drenando a linda das glândulas mamárias de animais que
a cadeia chega até a região torácica e membro torácico.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

A linfa das partes superficial e proximal do membro


torácico escoa para o linfocentro cervical superficial.
A linfa do restante do membro escoa para o linfocentro
axilar.

Situa-se na axila medial à articulação do ombro, onde a


artéria axilar se bifurca para formas as artérias
subescapular e braquial.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Fonte: DYCE et al., 2010.

Maria Eduarda Cabral 181 | P á g i n a


linfonodos aorticotorácicos: se espalham na
extensão da aorta.
Drena o teto do tórax e envia seus vasos eferentes
Linfonodo inguinal superficial ou linfonodo mamário. para o ducto torácico.

As paredes torácicas são drenadas por: Situam-se dorsalmente ao esterno e lateralmente ao


músculo transverso do tórax, drena a parte ventral da
parede torácica e envia seus vasos linfáticos eferentes
diretamente para o ducto torácico, ou então para os
Compreende dois grupos de linfonodos: linfonodos mediastinais.
linfonodos intercostais: situado na parte
superior de alguns espaços intercostais.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Os órgãos no interior da cavidade torácica mediastino, incluindo o coração, a traqueia, o esôfago e
o timo.
são drenados por:

É composto pelos LINFONODOS


Compreende os LINFONODOS MEDIASTINAIS TRAQUEOBRÔNQUICOS, entre a traqueia e os
CRANIAL, MÉDIO E CAUDAL.
brônquios) situados sobre a bifurcação da traqueia, é um
em ruminantes, os linfonodos mediastinais caudais linfonodo profundo.
forma uma massa relativamente grande no aspecto
dorsal do esôfago.
A zona de tributação do linfocentro compreende Linfonodos intercostais e aorticotorácicos.
mediastinal compreende os órgãos no interior do

Maria Eduarda Cabral 182 | P á g i n a


correspondem de modo geral às artérias celíaca,
mesentérica cranial e mesentérica caudal, os vasos
eferentes desses centros convergem para forma a
A cavidade abdominal e seus órgãos são drenados por cisterna do quilo.
vários grupos de linfonodos na extensão da aorta
cisterna do quilo: ponto de dilatação dos vasos
abdominal.
linfáticos na altura do rim, o quilo é uma linfa com
Os três linfocentros associados à drenagem das alta concentração de gordura.
vísceras abdominais possuem zonas tributárias que

Fonte: DYCE et al., 2010.


Maria Eduarda Cabral 183 | P á g i n a
Compõe-se dos linfonodos lombares aórticos
(posicionam de cada lado da aorta, entre os processos
transversos das vértebras lombares) e os
linfonodos renais (associados aos vasos renais e
drenam os rins).
Localizado abaixo das vértebras lombares, recebe a linfa
vindo dos membros e da pelve, fica no ponto de
trifurcação da aorta.
A drenagem linfática do linfocentro lombar é recebida
pela cisterna do quilo (localizada no abdome).

Compõe-se dos linfonodos celíacos, esplênicos,


gástricos e pancreaticoduodenais.
Em ruminantes, os linfonodos gástricos se
subdividem em ruminais, reticulares, omasais e
abomasais. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Os vasos eferentes formam o tronco linfático celíaco,
uma das raízes da cisterna do quilo.

Drenam o intestino delgado e o intestino grosso, o


linfonodo mesentérico cranial e caudal são profundos.
Composto pelos linfonodos mesentérico
cranial, jejunal, cecal e cólico.

Maria Eduarda Cabral 184 | P á g i n a


Composto pelos linfonodos mesentéricos caudais, que
recebem a linfa do cólon descendente.

Localizado perto do pâncreas e do duodeno.

As zonas tributárias dos linfonodos da pelve costumam Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
coincidir com os associados à parede abdominal.

Compreende:
linfonodos ilíacos mediais: posicionam na
ramificação final da aorta, são os centros de filtração
secundário dos linfonodos as vísceras pélvicas e do
membro pélvico;
linfonodos ilíacos internos;
linfonodos sacrais;
linfonodos anorretais.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Compreende linfonodos localizados na extensão da
artéria ilíaca externa ou sua continuação femoral.

Compreende:
linfonodos inguinais superficiais (do escroto ou
mamário); úbere: glândulas mamárias na região
inguinal;
linfonodo subilíaco;
linfonodo coxal;
linfonodo da fossa paralombar;
linfonodos epigástricos. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
O linfocentro inguinofemoral drena o flanco (região
abdominal lateral), a parte caudoventral da parede
abdominal, o escroto e as glândulas mamárias.
Composto pelo linfonodo isquiático, ausentem nos
cães.

Maria Eduarda Cabral 185 | P á g i n a


parte distal do membro pélvico e direciona seu fluxo
eferente para o centro ilíaco medial.
É o linfocentro mais distal do membro pélvico e é Localizado na região da articulação femoro-tibio-patelar
composto pelos linfonodos poplíteos, drena a na face caudal.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Fonte: DYCE et al., 2010.

Maria Eduarda Cabral 186 | P á g i n a


Se abre na veia jugular esquerda ou na veia
cava cranial, podendo se dividir em diversos ramos
terminais.
O fluxo da linfa é auxiliado pelos movimentos
respiratórios do diafragma e pela pulsação da aorta.
A linfa é coletada pelos capilares linfáticos de fundo
cego (localizados em regiões de leitos capilares).
Após o recolhimento, os capilares começam a se fundir
formando os vasos linfáticos aferentes que direciona a O timo é importante em animais jovens onde atinge seu
linfa até os linfonodos para que ocorra a filtração. desenvolvimento máximo 3 semanas após o nascimento
em cães, 9 meses após o nascimento do suíno e 1 ano
Essa linfa sairá através de um vaso linfático eferente
após o nascimento no equino.
até alcançar a cisterna do quilo, localizadas na altura do
rim, esses vasos linfáticos eferentes irão se abrir em após esse período, ele começa a involuir até que o
ductos torácicos e devolvido para o sistema circulatório animal atinja sua maturidade sexual (puberdade), o
sanguíneo através da veia cava cranial ou da timo vai sendo substituído por gordura, mas pode se
veia jugular externa.
observar seus vestígios na maioria dos animais,
independentemente da idade.
Cresce seguindo o pescoço sendo lateral a traqueia se
prolongando até o pericárdio, invadem o mediastino
A linfa é coletada por capilares linfáticos de fundo cego, (sendo localizados no mediastino).
que irão convergir em vasos linfáticos aferentes que
Em suínos e ruminantes o timo se divide em uma
direcionará a linfa até os linfonodos.
parte torácica ímpar e em partes
Essa linfa após a filtração sairá por um vaso linfático cervicais esquerda e direita.
eferente que irá se abrir no ducto torácico
desembocando na veia cava cranial ou na veia No cão e no equino, a parte torácica se localiza no
jugular externa. mediastino cranial, e a parte cervical regride
prematuramente.
O timo possui um aspecto lobulado.
Macroscopicamente, o timo o timo é um órgão
acinzentado a róseo, é bastante lobulado.

O principal canal coletor de linfa é o ducto torácico,


sua linfa é denominada quilo por causa de sua aparência
leitosa devido à gordura emulsificada que recebe do
trato intestinal.
O ducto torácico se inicia entre os capilares do
diafragma como a continuação cranial da cisterna do
quilo, possui um formato de fuso ou saco, é dorsal à
aorta (até as artérias renais).
Ele se divide em 2 ou 3, dorsal à aorta, passando pelo
hiato aórtico no mediastino e continua como um
ducto simples cranial e ventralmente sobre o lado
esquerdo da aorta.

Maria Eduarda Cabral 187 | P á g i n a


suíno: LÍNGUA;
carnívoros: BOTA;
É um órgão de coloração pardo-avermelhada a
acinzentada, se situa caudal ao diafragma dentro da ruminantes de pequeno porte: FOLHA;
porção cranial do abdome. bovino: FAIXA LARGA.
Ele se situa inteiramente dentro do peritônio na maioria O baço apresenta duas faces, sendo elas:
dos animais, com exceção dos ruminantes, nos quais o
baço se prolonga para a zona de fixação retroperitoneal face diafragmática: voltada para o diafragma.
entre o diafragma e o saco dorsal do rúmen. face visceral: face volta para as vísceras, é
O baço se fixa ao estômago por meio do ligamento marcada pelo hilo, onde temos a presença da
gastroesplênico (do estômago até o baço), o qual artéria esplênica e artéria celíaca, que se
faz parte do omento (ou, epíplon, é a rede que cobre ramificam repetidamente.
as vísceras). O baço é envolvido por uma cápsula de tecido
no equino há um ligamento adicional entre o baço e mole rico em fibras musculares.
o rim esquerdo, o ligamento esplenorrenal (o
baço até o rim), que cria espaço esplenorrenal, onde Seu parênquima é composto por polpa branca
segmentos dos intestinos podem ficar presos (formada por tecido linfoide folicular) e polpa
resultando em cólica. vermelha (formada pelos seios venosos revestidos
Sua forma básica varia, onde encontramos as seguintes por endotélio).
formas: O baço faz a reserva de eritrócitos (hemácias), remove
equinos: FALCIFORME; as hemácias velhas filtrando o sangue, e produz e
monócitos.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Maria Eduarda Cabral 188 | P á g i n a


Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Fonte: DYCE et al., 2010.

Maria Eduarda Cabral 189 | P á g i n a


São estruturas que diferem dos linfonodos pela ausência
de cápsula, possui uma íntima relação com a mucosa,
e, além do mais, uma localização a origem de uma via de
drenagem linfática com vasos linfáticos aferentes
ausentes, ou seja, só faz a drenagem.
Caso seja a tonsila palatina, estará localizada próxima ao
palato e seu sítio de defesa se encontrará voltado para
a cavidade oral.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Linfonodo mandibular/submandibular. Linfonodo mesentérico.


Linfonodo axilar. Linfonodo sublombar.
Linfonodo pré-escapular. Linfonodo peripancreático.
Linfonodo inguinal superficial e linfonodo poplíteo. Linfonodo traqueobrônquicos.

Maria Eduarda Cabral 190 | P á g i n a


Os linfonodos possuem uma superfície lisa e uma área
central mais escura, enquanto que as glândulas
apresentam uma superfície mais globulosa.

Cavidade Nasal Cavidade Oral


Faringe (nasofaringe) Faringe (orofaringe)
Laringe Esôfago
Traqueia Estômago
Brônquios Intestino Delgado
Duodeno
Jejuno
Íleo
Bronquíolos Intestino Grosso
Ceco
Cólon
Reto
Alvéolos (realiza trocas gasosas) Ânus

Maria Eduarda Cabral 191 | P á g i n a


Respiratório
Maria Eduarda Cabral
Sistema Respiratório
O sistema respiratório é essencial para as trocas O ar entra em turbilhonamento, e o sistema respiratório
gasosas entre o ar e o sangue. é um filtro de remoção de partículas de poeira.
A respiração compreende tanto o transporte de O transporte desses gases dos pulmões para as células
gases até as células como os processos e seu retorno aos pulmões é executado pelo sistema
oxidativos no interior das células. circulatório.
As pequenas partículas de poeira do ar inspirado são
Pode ser dividido em vias respiratórias (ausência
filtradas e ele então é umedecido e aquecido nas vias
respiratórias. de trocas gasosas, o ar é preparado) e locais de
trocas gasosas.

Vias respiratórias Locais de Troca gasosas


Nariz Externo Bronquíolos Respiratórios
Cavidade Nasal Ductos Alveolares
Nasofaringe Sáculos Alveolares
Laringe Alvéolos
Traqueia
Brônquios
Pulmões
O trato respiratório é dividido em: a laringe protege a entrada para a traqueia,
superior. regula a inspiração e expiração de ar e desempenha
uma função essencial para a vocalização, auxiliada
inferior.
por outros órgãos como a língua.
SUPERIOR: narinas à laringe e parte da traqueia.
O ar entra dorsal e continua ventral,
INFERIOR: parte da traqueia, brônquios, bronquíolos enquanto que o alimento entra ventral e
e pulmão.
continua dorsal.
localizados dentro do tórax.
O palato duro apresenta ondulações que são
A maior parte do sistema respiratório é revestida pela chamadas de rugas palatinas, no final da
mucosa respiratória, com epitélio produtor de
cavidade nasal encontramos a nasofaringe, local que
muco e pseudoestratificado.
se localiza o óstio faríngeo da tuba auditiva.
O sistema respiratório desempenha diversas funções,
temos no nariz a presença de receptores olfativos, o óstio faríngeo da tuba auditiva faz comunicação da
que fornecem informações sobre o ambiente que nasofaringe com a orelha média.
podem ser usadas para a orientação e para a proteção nos equídeos leva ao divertículo da tuba
contra substâncias nociva. auditiva.
a cavidade nasal e as conchas aquecem e
umedecem o ar e filtra corpos estranhos.
Maria Eduarda Cabral 192 | P á g i n a
em equinos encontramos a bolsa gutural (dividido cavidade que se comunica com o óstio faríngeo da
incompletamente pelo osso estilo-hioide em 2 tuba auditiva, cuja função é aliviar a pressão e
compartimentos – lateral e medial), que é uma aquecer o ar (essas funções são suposições de
autores e cientistas).

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015


lateralmente, pelos ossos incisivos,
maxilares e palatinos ventralmente, e
caudalmente ele é delimitado pela lâmina
crivosa do osso etmoide.
O nariz é composto por: o osso etmoide é a parte do teto caudal da cavidade
narinas externas e cartilagens. nasal, possui diversas e pequenas aberturas,
chamada de lâmina cribiforme/crivosa, que possibilita
cavidade nasal.
a passagem das fibras nervosas do nervo olfatório,
seios paranasais. o bulbo olfatório faz a separação.
O nariz é formado pelos ossos nasais
dorsalmente, pelos ossos maxilares

Maria Eduarda Cabral 193 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 194 | P á g i n a


O palato separa a cavidade nasal da Ápice do nariz
cavidade oral.
O ápice do nariz e a parte rostral da mandíbula e do
a cavidade nasal prossegue ventralmente com a maxilar formam o focinho.
faringe. a forma e o tamanho são variáveis conforme a
o septo mediano é a continuação do osso etmoide e espécie.
consiste em cartilagem hialina que divide a cavidade O tegumento ao redor das narinas não possui pelos e
nasal nos lados direito e esquerdo, sendo que a parte sua delimitação é evidente em todos os animais, exceto
caudal dessa cartilagem se ossifica com o avançar os equinos, no qual possuem alguns pelos táteis ao redor
da idade. das narinas.
o septo mediano prolonga-se do osso etmoide até o No bovino, o tegumento da região rostral é modificado
ápice do nariz. para formar o plano nasolabial liso e sem pelos.
O nariz é dividido em: O ponto de transição entre a pele e a mucosa no nariz
ápice. é denominado junção mucocutânea.
dorso. O plano nasal é dividido por um sulco mediano, o
raiz. filtro, que prossegue ventralmente e divide o lábio
superior, separando em direito e esquerdo.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Maria Eduarda Cabral 195 | P á g i n a


A face do plano nasal dos carnívoros é umedecida pela Vestíbulo nasal
secreção da e por
É a área de abertura, a narina forma a abertura
.
da cavidade nasal e cerca o vestíbulo nasal.
Abaixo da junção mucocutânea tem as cartilagens nasais No equino e no asinino (burro/asno), o tegumento
que possibilitam a abertura da narina. continua dentro da cavidade nasal e forma uma
No suíno, o ponto móvel em formato de disco do focinho delimitação precisa com a mucosa nasal.
é denominado rostro ou focinho. no equino, o ducto nasolacrimal situa-se no
assoalho ventral, próximo a essa transição mucosa.
Cartilagens nasais
nos demais animais, ele se localiza mais caudalmente
As narinas externas são sustentadas pelas cartilagens e eventualmente com mais de uma abertura.
nasais que determinam a abertura da narina, as O ducto nasolacrimal comunica o olho com o
cartilagens nasais laterais se fixam à extremidade
nariz, mantendo a cavidade nasal limpa.
rostral do septo nasal, do qual se prolongam ventral
e dorsalmente, essas cartilagens nasais dorsal e ventral Cavidade nasal
estão em contato uma com a outra na maioria das
espécies, exceto nos equinos. Se prolonga das narinas até a lâmina crivosa do osso
Dependendo da espécie, várias cartilagens nasais etmoide, é dividida pelo septo nasal em um lado direito
acessórias podem emergir das cartilagens nasais e o outro esquerdo.
laterais. As conchas nasais são projeções para o interior
No equino a cartilagem nasal dorsal não se prolonga da cavidade nasal (para o centro da luz), aumentando a
muito e a cartilagem nasal ventral é praticamente face da área respiratória e da face olfativa, isso faz
inexistente, ao invés, encontraremos as cartilagens com que o ar entre em turbilhonamento, aumentando a
alares que são divididas em uma lâmina (mais dorsal) superfície de contato do ar com a mucosa, possibilitando
e um corno (mais ventral), as cartilagens alares são que o ar chegue mais puro no pulmão, sendo que as
células caliciformes são as células produtoras de muco.
responsáveis pela forma de vírgula característica, a qual
divide a narina em uma parte ventral, chamada de narina Há a presença de plexos vasculares sob a mucosa,
verdadeira que conduz à cavidade nasal, e uma parte sendo formados por vasos anastomóticos múltiplos.
dorsal, ou falsa narina, que conduz ao divertículo Caudoventralmente, a cavidade nasal se comunica com
revestido de pele que ocupa a incisura nasoincisiva. a parte nasal da faringe pelas coanas, a coana é a
abertura nasal posterior, são divididas pelo osso vômer,
é uma abertura para a faringe.
O septo nasal divide a cavidade nasal da lâmina
cribiforme até a narina, quando está presente não é
possível visualizar as conchas nasais.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015.


Maria Eduarda Cabral 196 | P á g i n a
CONCHAS NASAIS
São espirais cartilaginosas ou ossificadas com mucosa
nasal, ocupam a maior parte da cavidade nasal, são
divididas em:
concha dorsal.
concha média.
concha ventral.
conchas etmoidas.
São espirais, o ar entra em turbilhonamento, há a
presença de muco.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


meato nasal dorsal: é a passagem entre o teto
MEATOS NASAL
da cavidade nasal e a concha nasal dorsal, ele
O espaço entre as conchas nasais é chamado de conduz diretamente ao fundo da cavidade nasal e
meatos nasais, é o local que conduz o ar até a canaliza o ar para a mucosa olfativa.
faringe. meato nasal médio: situa-se entre as conchas
As conchas maiores dividem a cavidade nasal em uma nasais ventral e dorsal e se comunica com os seios
série de sulcos e meatos que se ramificam de um meato paranasais.
nasal comum (é o espaço longitudinal de cada lado do meato nasal ventral: é o caminho principal para
septo nasal, ele se comunica com todos os outros o fluxo de ar que conduz à faringe e situa-se entre
meatos nasais) próximo ao septo nasal. a concha nasal ventral e o assoalho à cavidade nasal.
Temos a presença de 3 meatos:

Maria Eduarda Cabral 197 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Fonte: DYCE et al., 2010

Maria Eduarda Cabral 198 | P á g i n a


órbita, à cavidade nasal e às cavidades cranianas, eles
Seios paranasais também alargam as áreas para fixação muscular sem
aumentar o peso do crânio e participam da fonação.
São divertículos da cavidade nasal que formam cavidades São revestidos pela mucosa respiratória, podendo ser
preenchidas com ar entre as lâminas externa e interna encontrados os seguintes seios paranasais:
dos ossos do crânio.
seio maxilar.
São cavidades nos ossos, estão relacionadas a fonação,
pois separa uma lâmina da outra, o nome do seio é o seio frontal.
nome do osso em que ele está presente, revestido pela seio palatino.
mucosa e pobremente vascularizado, possui um fluxo de seio esfenoidal.
ar.
seio lacrimal.
São mais desenvolvidos nos equinos e nos
bovinos, fornecem proteção térmica e mecânica à

Maria Eduarda Cabral 199 | P á g i n a


A epiglote está presente na laringe, as tonsilas palatinas
Órgão vomeronasal não apresentam o vaso linfático aferente, é um
tecido linfoide, está relacionado a defesa.
Permite a comunicação da cavidade oral com a cavidade
nasal, é um par de divertículos localizados no assoalho As paredes da laringe são formadas pelas cartilagens
laríngeas e por seus músculos conectores e ligamentos,
da cavidade nasal.
os quais unem a laringe ao aparelho hióide rostralmente
São envoltos por cartilagem, revestidos internamente e à traqueia caudalmente.
por uma mucosa olfatória acessória. Durante a deglutição, a epiglote se
Abrem-se no ducto incisivo na região do nasopalatino, prende para trás com a finalidade de
sua função é a identificação de feromônios de cobrir parcialmente a abertura rostral
estresse, apaziguamento (bem desenvolvido em da laringe.
gatos), e nos machos auxilia na identificação O osso hioide proporciona sustentação a laringe e a base
de fêmeas no cio. da língua.
Dorsalmente a traqueia encontra-se o esôfago que
atravessa o diafragma e vai até o estômago.

É um órgão musculocartilaginoso cilíndrico, conecta a


faringe à traqueia.
Ela protege a entrada para a traqueia e, desse modo,
impede a aspiração de material estranho pelo trato
respiratório inferior, também é importante para a
vocalização.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 200 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 201 | P á g i n a


Cartilagens da laringe CARTILAGEM ARITENÓIDEA
É composta das seguintes cartilagens: Dorsais a tireoide, formato triangular que se irradiam
epiglote. três processos.
cartilagem tireóidea. A aritenóidea determinam
cartilagem a
abertura da laringe e a epiglote fecha.
cartilagem aritenóidea.
cartilagem cricóidea. CARTILAGEM CRICÓIDEA
Faz a sustentação da laringe.
Possui um formato de anel.

EPIGLOTE
É uma abertura para a traqueia, se assemelha a uma
folha.
DURANTE A DEGLUTIÇÃO ela pende
caudalmente para cobrir a entrada para a cavidade Cavidades da laringe
laríngea.
É dividida em 3 espaços:
Os processos cuneiformes estão presentes em
vestíbulo da laringe.
alguns animais de cada lado da base da epiglote,
projetando-se dorsalmente. glote.
A epiglote se encontra acima da glote. cavidade infraglótica.

CARTILAGEM TIREÓIDEA VESTÍBULO DA LARINGE

Faz a sustentação da laringe. É a abertura, o espaço entre a epiglote e a


glote.
Possui duas lâminas e um corpo ventral, cada lâmina se
expande dorsalmente para formar um processo rostral GLOTE
(se articula com o osso hioide) e um processo caudal (se
articula com a cartilagem cricóidea). É o espaço entre as pregas vocais (direita e esquerda).
Possui um formato de um escudo. Localizada na parte ventral e entre os processos vocais
e partes adjacentes da aritenóide, na altura das pregas
vocais encontramos a glote.

Maria Eduarda Cabral 202 | P á g i n a


A glote incha possibilitando a passagem do ar quando o CAVIDADE INFRAGLÓTICA
indivíduo é exposto a algo que tem alergia.
Após a glote e o início da traqueia, é o espaço da laringe.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


Os músculos da laringe servem para dar sustentação
para a cartilagem.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 203 | P á g i n a


base do coração e na altura do 5º espaço
intercostal.
É um órgão tubular suas cartilagens possuem um apresenta os anéis traqueais.
formato de "C". A traqueia dos bovinos possui um formato de gota, o
As cartilagens traqueais se abrem ponto da bifurcação da traqueia recebe o nome de
carina.
dorsalmente, o espaço que surge quando essas
cartilagens não se encontram dorsalmente é coberto Após a bifurcação origina os brônquios
pelo músculo traqueal transverso e por extrapulmonares.
tecido conjuntivo.
Em ruminantes e suínos, emerge um brônquio
A traqueia passa da laringe, mediante o espaço visceral traqueal separado proximal à bifurcação da traqueia
do pescoço ventral à coluna cervical e ao músculo longo que ventila o lobo cranial do pulmão direito presente
do colo até a abertura torácica. nessas espécies.
prossegue para a sua bifurcação dorsal (para
mandar ar para o pulmão esquerdo e direito) até a

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Sistema Respiratório Normal


CONDUÇÃO REVESTIMENTO
Cavidade Nasal Células Colunares Ciliadas
Seios Paranasais Células Secretoras Caliciformes
Faringe
Laringe
Traqueia
Brônquios

Maria Eduarda Cabral 204 | P á g i n a


TRANSIÇÃO
Bronquíolos Redução gradativa do epitélio ciliado;
Ausência de células caliciformes;
Células claras: reparo, imunidade, detoxificação.
TROCA GASOSA
Ductos Alveolares Pneumócitos I – hematose
Alvéolos Pneumócitos II – surfactante e regeneração.

O ar entra em turbilhonamento e é lançado contra a BALT: tecido linfoide associado aos


parede epitelial batendo no epitélio cheio de muco. brônquios.
Os pontos de vulnerabilidade presentes no sistema
presentes na bifurcação e trifurcação dos brônquios
respiratórios são nas regiões de bifurcação e
pois são pontos de vulnerabilidade, é o local de colisão
trifurcação, nesses locais há a presença de células
de partículas inaladas.
de defesa.
a função dos BALTS consiste em defesa.
Na região da carina encontramos o linfonodo
traqueobrônquico.

Maria Eduarda Cabral 205 | P á g i n a


Os macrófagos presentes nos alvéolos pulmonares têm são trocados, ele compreende os bronquíolos e seus
um mecanismo de defesa contra os microrganismos ramos, e os alvéolos pulmonares terminais.
invasores. O interstício é o local em que se insere glândulas
o sistema respiratório normal possui uma microbiota mistas, fibras musculares lisas, fibras nervosas, vasos
residente/própria, que são microrganismos sanguíneos e vasos linfáticos.
naturalmente presentes, vivem no organismo sem
As faces dos pulmões são cobertas pela pleura
causar dano.
pulmonar.
estão restritos a porção rostral: cavidade nasal,
faringe e laringe. Árvore brônquica
como exemplo, temos:
Os bronquíolos se dividem nos pulmões de forma
 Manhheimia (Pasteurella) haemolytica: DICOTÔMICA ou TRICOTÔMICA, cada
gado; ramificação possui um diâmetro menor.
 Pasteurella multocida: gatos, gado e suínos; Ela é dividida em:
 Bordetella bronchiseptica: cães e suínos. brônquios principais.
A partir da traqueia, brônquio e pulmões temos uma brônquios lobares.
ausência de microbiota.
brônquios segmentares.
bronquíolos: são divididos em porções de troca
respiratória (faz a hematose) e porção condutora
O pulmão esquerdo e o pulmão direito são semelhantes
(conduz o ar).
e se conectam um ao outro na bifurcação da traqueia.
ductos alveolares: faz hematose.
São órgãos elásticos preenchidos com ar, revestido pela
pleura, o espaço entre a pleura visceral e a pleura alvéolos pulmonares: faz hematose.
parietal existe um líquido para diminuir o atrito na
expansão do pulmão.
Cada pulmão possui uma face dorsal, face
diaframática e uma face mediastinal.
A área de cada pulmão que recebe o brônquio principal,
os vasos pulmonares (artéria e veia pulmonares, artéria
e veia brônquicas, vasos linfáticos) e nervos é conhecida
com raiz do pulmão ou hilo pulmonar.
Os pulmões são mantidos no lugar devido a sua fixação
à traqueia, aos vasos sanguíneos, ao mediastino e à
pleura.

Estruturas do pulmão

Os pulmões compõem-se de parênquima e


interstício.
Por conta de o coração ser desviado para o lado
O parênquima pulmonar é o órgão em que o
esquerdo, acaba sobrando mais espaço para o pulmão
oxigênio da atmosfera e o dióxido de carbono do sangue direito.

Maria Eduarda Cabral 206 | P á g i n a


Cada brônquio abastece seu próprio lobo, sendo que: Antes da carina, os ruminantes e suínos apresentam um
brônquio traqueal, que envia o ar para o lobo
Pulmão Direito Pulmão Esquerdo
cranial direito, o lobo acessório é voltado para o coração.
Lobo Cranial Lobo Cranial Os pulmões e sistema de tubos comunicam o parênquima
Lobo Médio Lobo Caudal pulmonar com o meio exterior.
Lobo Acessório - no Sendo dividido em:
recesso mediastínico porção condutora: fossas nasais, nasofaringe,
Lobo Caudal laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos.
porção respiratória/troca: bronquíolos
respiratórios, ductos alveolares e alvéolos.

Maria Eduarda Cabral 207 | P á g i n a


Maria Eduarda Cabral 208 | P á g i n a
traqueal e bronquial faz com que ocorra uma colisão das
partículas.
Temos os meatos nasais estreitos e os cornetos nasais Há a presença de aerossóis infectantes no acesso
espiralados. região broncoalveolar, entre os mecanismos de limpeza
A turbulência no fluxo de ar faz com que as partículas encontramos: espirro, tosse, transporte mucociliar e
maiores parem na superfície nasal, e nas bifurcações fagocitose.

Questões
1. Assinale a alternativa correta em relação ao sistema respiratório:
a) O sistema respiratório é essencial para que ocorra as trocas gasosas entre o ar e o sangue, sendo dividido em vias
respiratórias e vias de passagem.
b) É um sistema que permite o transporte de gases dos pulmões para as células e o seu retorno para os pulmões.
c) O processo de respiração compreende o transporte de gases até as células como os processo oxidativos no interior das
mesmas.
d) O ar entra em turbilhonamento no sistema respiratório, porém, a filtração e remoção das partículas de poeira não é
realizado.
2. Cite quais são as regiões que estão presentes nas vias respiratórias e quais são os locais de trocas gasosas.

3. Qual a função do órgão vomeronasal?

4. Faça um desenho esquemático que contempla as cartilagens da laringe.

Maria Eduarda Cabral 209 | P á g i n a


5. Explique o funcionamento da epiglote durante a deglutição.

6. A bifurcação traqueal está presente nos e .

Maria Eduarda Cabral 210 | P á g i n a


Digestório
Maria Eduarda Cabral
Sistema Digestório
O sistema digestório é como se fosse um tubo onde o pâncreas: acompanha o início do duodeno, é
alimento vai ser quebrado através das enzimas, as bilobulado com um formato de “V”, uma parte se
principais células de quebra no intestino são os direciona ao estômago e a outra parte acompanha
enterócitos. o duodeno.
É responsável pela quebra dos alimentos em partes  possui função exócrina (secreta o suco
menores, de forma que possa ser utilizado para gerar pancreático) e endócrina (produção de insulina e
energia, para o crescimento e para a renovação celular. glucagon.
É composto pelo canal alimentar que se prolonga da boca Sendo dividido em 5 segmentos:
até o ânus, incluindo glândulas anexas, como as 1. BOCA (cavidade oral) e FARINGE (orofaringe).
glândulas salivares, o fígado e o pâncreas. 2. ESÔFAGO e ESTÔMAGO.
glândulas salivares: glândula sublingual, 3. INTESTINO DELGADO.
localizado na região da língua; glândula mandibular;
4. INTESTINO GROSSO.
glândula parótida que está presente abaixo da
orelha. 5. ÂNUS.
fígado: realiza a produção da bile no parênquima
hepático, sendo armazenada na vesícula biliar.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Caminho do Alimento Caminho do Ar


Boca (cavidade oral) Nariz (cavidade nasal)
Faringe (orofaringe) Faringe (nasofaringe)

Maria Eduarda Cabral 211 | P á g i n a


Esôfago Laringe (epiglote)
Estômago Traqueia
Intestino Delgado
Duodeno;
Brônquios
Jejuno;
Íleo.
Intestino Grosso
Ceco;
Bronquíolos
Cólon;
Reto.
Ânus Alvéolos

As glândulas no geral produzem algum tipo de secreção,


onde é dividida em:
glândulas exócrinas: a secreção é encaminhada Suas funções consistem na captura do alimento,
por um ducto até a superfície ou lúmen.
mastigação, salivação, agressão e defesa e
glândulas endócrinas: a substância é secretada
é onde se inicia o processo da digestão.
na corrente sanguínea ou no interstício (entre as
células). As estruturas apresentadas são:
A concentração sérica é a quantidade de substâncias bochecha.
presentes no plasma. palato duro.
palato mole.
língua.
lábios.
dentes.
tonsilas palatinas.
glândulas salivares localizadas no assoalho da
cavidade oral.
O palato é o limite dorsal da cavidade
oral e ventral da cavidade nasal.
A transição da pele com a mucosa recebe o nome de
junção mucocutânea (no caso da cavidade oral,
seria os lábios).
A cavidade oral é cercada dorsalmente pelo palato,
ventralmente pela língua e pela mucosa refletida, e
lateral e rostralmente pelos dentes, arcos dentais e
gengivas.

Maria Eduarda Cabral 212 | P á g i n a


Fonte: DYCE et al., 2010.
A cavidade oral apresenta um revestimento mucoso,  as papilas possuem uma concentração maior na
podendo apresentar uma mucosa úmida e brilhante, língua e no palato, fazendo a percepção de
rosada ou pigmentada. sabor e o direcionamento do alimento.
Sobre os processos alveolares (cavidade onde a papila incisiva está cercada em cada lado pelos
os dentes se inserem, sendo revestido pela gengiva) do ductos incisivos, os quais perfuram o palato, esses
maxilar, da mandíbula e do dente incisivo, a mucosa se ductos se ramificam e conduzem para a cavidade
modifica formando a gengiva. nasal e para o órgão vomeronasal.
Os lábios são utilizados para a apreensão dos Dentes
alimentos, comunicação e sucção em recém-nascidos.
DENTES INCISIVOS
são pigmentados e em algumas espécies apresentam
pelos táteis. Preensão
o lábio superior é dividido por um filtro em DENTES CANINOS
carnívoros e em ruminantes de pequeno porte. Dilaceradores
O palato é uma divisória composta parcialmente de DENTES PRÉ-MOLARES
tecido ósseo e parcialmente de tecido mole, separando Corte
a cavidade oral e a cavidade nasal. DENTES MOLARES
o palato duro (formado pelo tecido ósseo) Trituração
posiciona-se rostral ao palato mole (constituído
Em ruminantes ocorre uma ausência dos dentes
por tecido mole).
incisivos na parte superior, sendo substituídos por uma
o palato duro é recoberto por uma mucosa estrutura denominada PULVINO DENTÁRIO ou
espessa e cornificada, atravessada por rugas ALMOFADA DENTÁRIA.
palatinas, contendo papilas direcionadas
Quando ergue a língua encontramos duas estruturas no
caudalmente, como por exemplo, a papila incisiva
assoalho da cavidade oral, sendo elas:
(uma pequena saliência mediana) que se encontra
caudal aos dentes incisivos.

Maria Eduarda Cabral 213 | P á g i n a


frênulo lingual: cuja função é prender a língua na polpa: suprimento sanguíneo e nervoso.
cavidade oral. dentina: proteção da polpa.
carúnculas sublinguais: é uma abertura para a cemento: fixação do dente.
saída da saliva, localiza-se lateral ao frênulo,
apresenta o orifício do ducto da glândula sublingual, esmalte: proteção do dente.
excretando saliva.
Os dentes são fixados nos alvéolos da mandíbula e
maxilar, cuja função é a captura do alimento, mastigação
e ataque.
em carnívoros são pontudos e curvados para trás,
cuja finalidade é prender a presa, cortar e dilacerar
o alimento.
em herbívoros os dentes são retos na ponta, com
a função de triturar plantas e grãos.
No geral, as principais porções dos dentes são:

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Maria Eduarda Cabral 214 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
espesso formando pelo tecido epitelial pavimentoso
estratificado queratinizado, sendo revestido por essa
mucosa que contém as papilas, possuindo sensores
O palato mole irá separar a região de orofaringe da
voltados para gustação e sensibilidade.
região de nasofaringe.
A língua é dividida de rostral para caudal em: ÁPICE
O palato mole apresenta músculos que irão determinar
=> CORPO => RAIZ.
o seu movimento, o músculo palatino irá realizar
A raiz fica próximo a região de laringe, sendo a divisão
a função de encurtar o palato, enquanto que o
mais caudal da língua.
músculo tensor do palato irá tensionar e
levantar o palato mole, elevando-o. A língua é responsável pela captação de água e alimento,
pela manipulação do alimento dentro da boca e pela
A língua é constituída por músculo estriado deglutição.
esquelético, apresentando um epitélio dorsalmente

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 215 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Possui receptores para paladar, temperatura e dor, em Em equinos, a língua apresentará uma cartilagem para o
cães é usada para intensificar a perda de calor pela fortalecimento, sendo delimitada pela parte dorsal da
respiração, facilitada pela intensa vascularização. língua, possuindo duas papilas na região da raiz, esse
O corpo da língua está unido ao assoalho da cavidade oral cordão de cartilagem hialina e tecido fibroelástico
pelo frênulo lingual (ou, freio da língua). presente no dorso da língua, resultará em um suporte
adicional.
Em cães, o aspecto dorsal da língua será marcado As tonsilas palatinas localizadas lateralmente, é um
longitudinalmente pelo SULCO MEDIANO (uma linha tecido linfoide sendo ausente o vaso aferente.
visível em carnívoros).
Sua superfície é composta por diversas papilas, onde as
Enquanto que na língua de ruminante encontraremos o
papilas linguais proporcionarão uma apreensão e
TÓRUS LINGUAL, que é uma massa mais alta
mastigação facilitando o movimento do alimento,
localizada na parte caudal, prosseguindo do corpo até a
participando da gustação.
raiz da língua, apresentam a fossa lingual que é a
região rostral ao tórus.

Maria Eduarda Cabral 216 | P á g i n a


Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015
As papilas são divididas conforme sua função, onde
teremos:

PAPILAS FILIFORMES PAPILAS FUNGIFORMES


São as mais pequenas e numerosas. Quanto mais Ou, lentiformes. São projeções queratinizadas
próximo ao ápice menor é o tamanho destas achatadas e esféricas, localizadas na porção dorsal
papilas. do terço caudal da língua. Em ruminantes, na região
de tórus lingual, teremos uma mucosa bem
definida, ocasionando em um desenvolvimento
maior destas papilas, sua mucosa apresenta
tecido conjuntivo intercalado por invaginações
epiteliais profundas e papilas lentiformes
intermitentes.
PAPILAS CÔNICAS PAPILAS CIRCUNVALADAS
Presentes na raiz da língua em cães e suínos, são Ou, papilas valadas. Apresentam função gustativa.
menos queratinizadas e maiores que as filiformes.
PAPILAS MARGINAIS PAPILAS FOLHADAS
Presentes em carnívoros recém-nascidos e em
leitões, auxiliando na amamentação.
As papilas mecânicas aparecem em maior mesmo tempo em que protegem as estruturas mais
quantidade se comparadas com as papilas gustativas, profundas de lesões.
estas papilas são cornificadas e auxiliam na lambida ao
Maria Eduarda Cabral 217 | P á g i n a
As papilas gustativas apresentam botões
gustativos, sendo sensíveis ao sabor.
O assoalho da cavidade oral faz parte das delimitações
anatômicas, assim como as bochechas, palato duro,
palato mole, língua e lábios.
O óstio faríngeo da tuba auditiva é uma
comunicação da faringe com a orelha média.
O osso hióide realiza a sustentação da laringe com a
língua, onde na laringe encontramos a glote
(apresentando as pregas vocais).
Cranial a epiglote encontramos a faringe, que é dividida
Papila folhosa em orofaringe e nasofaringe, a estrutura que
realiza essa separação é o palato mole.
Nessa região de faringe (mais especificamente, de
nasofaringe) encontraremos o óstio faríngeo da
tuba auditiva, que é uma abertura para a
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
comunicação da faringe com a orelha média.
na orelha média encontramos o meato acústico, pina
e o tímpano que é uma membrana.
A onda sonora causa uma vibração no tímpano,
movimentando os 3 ossículos presente – martelo,
bigorna e estribo -, após isso, essa onda sonora vira uma
onda mecânica prosseguindo pela orelha interna.
Nos equídeos, esse óstio faríngeo da tuba auditiva leva
ao DIVERTÍCULO DA TUBA AUDITIVA, que é
dividido incompletamente pelo osso estilo-hióide em 2
compartimentos (lateral e medial).
Os equinos apresentam as bolsas guturais, que
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso são divertículos faríngeos (bolsas) da tuba auditiva, onde
o óstio faríngeo da tuba auditiva se comunica com a
bolsa gutural, sendo um local comum de infecção e
acúmulo de pus.

É um canal entre a faringe e o estômago,


sendo uma estrutura tubular que comunica a cavidade
oral com o estômago passando na base do coração.
Se inicia dorsal a traqueia e termina na cárdia do
estômago.
Em sua origem, na região cervical, o esôfago se
posiciona no aspecto lateral esquerdo da traqueia,
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso enquanto que na região torácica ele se localiza dorsal à

Maria Eduarda Cabral 218 | P á g i n a


traqueia, percorrendo o mediastino sobre a base do 4. ADVENTÍCIA (na região cervical) e SEROSA
coração, prosseguido ventral a aorta descendente (região do tórax que é sendo revestida pela pleura e
penetrando na cavidade abdominal através do hiato região do abdome revestido peritônio).
esofágico do diafragma. O esôfago termina no cárdia.
O esôfago é dividido em PORÇÃO CERVICAL,
TORÁCICA e ABDOMINAL.
As maiores porções são a cervical e torácica.
O esôfago apresenta pontos de estreitamento
fisiológico (são locais que possuem uma estrutura que
impede a distensão deixando-os mais estreitos, é
realizado a busca por corpos estranhos que possam a
vir parar na região), sendo eles:
região inicial do esôfago: próximo a cavidade
oral, ocorre por conta das cartilagens da laringe que
não permitem sua distensão.
região da penetração do esôfago na Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
cavidade torácica;
região da base do coração;
passagem pelo diafragma (hiato esofágico);
região do esfíncter esofágico do cárdia: na
transição do esôfago para o estômago, região de
entrada.
O esôfago apresenta 4 túnicas, que são:
1. MUCOSA.
2. SUBMUCOSA.
3. MUSCULAR: é o local onde se forma o esfíncter
do/da cárdia, sendo constituído por um músculo com
formato circular, com capacidade de abrir e fechar. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

na túnica muscular, ocorre as contrações


peristálticas que impulsiona o alimento para o
estômago.
além dessas, tem as contrações
antiperistálticas, sendo realizada na
regurgitação em ruminantes e pelo vômito nos outros
animais.
o esfíncter é um músculo com uma forma redonda
que permite a passagem do alimento, a partir do
momento que esse músculo se contrai ele impede
esta passagem, e quando relaxa consequentemente,
permite a passagem deste alimento.

Maria Eduarda Cabral 219 | P á g i n a


antímero é quando traça um plano médio sagital,
cada região que esse plano divide é um antímero,
É uma área dilatada do tubo digestório onde inicia-se a sendo a metade esquerda ou direita.
digestão. Interposto entre o fígado e as alças intestinais (intestino
Alargamento no canal alimentar em forma de saco, o delgado e grosso).
alimento ele chega através do esôfago no estômago, e
sai do estômago para o duodeno.
Sua localização é caudal ao diafragma e a sua forma O estômago é dividido em 4 regiões, sendo elas:
sofre variações nas espécies, sendo que em 1. CÁRDIA: região de abertura do esôfago, possui o
carnívoros, equinos e suínos ele é esfíncter do cárdia.
unicavitário (possuindo uma digestão fácil), e em
localizado a direita.
ruminantes é pluricavitário (realizando a
2. FUNDO: região de acúmulo de gases do processo
digestão de celulose e carboidratos). digestivo, é a parte mais alta.
É um órgão oco, muscular e responsável por parte da contém glândulas gástricas.
digestão química dos alimentos.
evaginação cega (acima do cárdia), possui o formato
É delimitado por 2 esfíncteres: de saco cego no equino e forma divertículo
1. ventricular no suíno.
2. (mais caudal): transição da região 3. CORPO: grande concentração de glândulas gástricas
(secretam ácido clorídrico, pepsinogênio e muco).
pilórica com o duodeno.
parte média maior.
É a região onde o suco gástrico é liberado juntamente
com o muco, o muco serve para que esse suco gástrico 4. REGIÃO PILÓRICA: tritura o alimento.
não ocasione uma digestão da parede do estômago, as glândulas secretam gastrina, contém o esfíncter
servindo como uma proteção/barreira para a túnica pilórico - esquerda.
mucosa. pode ser dividida em antro pilórico (porção inicial
Está localizado na porção mais cranial da cavidade do piloro, próximo a região do pâncreas) e no canal
abdominal, no antímero esquerdo. pilórico.

Maria Eduarda Cabral 220 | P á g i n a


A comunicação do estômago é dividida em duas regiões,
a oral que se localiza o óstio cárdico e a aboral,
onde encontra-se o óstio pilórico.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


A face parietal do estômago se situa contra o prolonga desde a cárdia até o piloro, onde sairá o omento
maior (curvatura maior do estômago até o diafragma,
diafragma e o fígado, enquanto que a face visceral baço e cólon transverso), esse omento vai ser
está em contato com os órgãos abdominais adjacentes direcionado para as alças intestinais.
situados na direção caudal.
A curvatura menor é a margem dorsal côncava do
A borda que separa as duas superfícies divide-se em estômago e também segue o trajeto a cárdia até o
pequena e grande curvaturas, a curvatura maior piloro, estando conectada ao fígado pelo omento menor.
é a margem convexa ventral do estômago que se

Maria Eduarda Cabral 221 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
O omento são reflexões largas do peritônio, amplas, que Seu estômago é dividido em porção aglandular e porção
se dispõe entre duas vísceras, cuja função é em manter glandular.
a inflamação no local e no posicionamento das A separação destas duas regiões é feita pela
estruturas na cavidade abdominal. margem pregueada ou margo plicatus.
No estômago, encontramos as pregas gástricas.
A região aglandular é mais seca, onde ocorre a entrada
do esôfago, é a primeira porção.
Equinos
A região glandular é mais macia, sendo a segunda porção
e direcionando o quimo para o duodeno.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 222 | P á g i n a


O caminho que o alimento percorre do esôfago até o
abomaso é:
Apresenta 4 compartimentos: ESÔFAGO => RÚMEN (REALIZA A QUEBRA
1. rúmen. PARCIAL DA INGESTA FIBROSA) => RETÍCULO
(EM CONTATO DIRETO COM O DIAFRAGMA, O
2. retículo. RETÍCULO FAZ A CONTRAÇÃO PARA A
3. omaso. REGURGITAÇÃO) => SOBE PELO ESÔFAGO E
4. abomaso. RUMINAÇÃO => RÚMEN => RETÍCULO =>
OMASO => ABOMASO.
Ocupando ¾ da cavidade abdominal (metade esquerda),
o rúmen, retículo e omaso apresentam uma mucosa Após a ruminação, esse alimento é triturado novamente
agladular, enquanto que o abomaso se caracteriza por na cavidade oral e deglutido, percorrendo pelo esôfago,
ser o estômago verdadeiro ou glandular. as partículas maiores voltam para o rúmen para realizar
novamente a fermentação, as partículas menores
prosseguem até o retículo para sofrer a digestão
química no abomaso.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 223 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 224 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
No antímero esquerdo de ruminantes, enxerga
praticamente apenas o rúmen, enquanto que as outras
estruturas foram deslocadas para o antímero direito.
O RÚMEN, RETÍCULO e OMASO são os pré
estômagos, onde as proporções de tamanho e função,
são respectivamente: 80% - ocorre a digestão
microbiana -, 5% - seleção de partículas por tamanho -
, 7% - quebra mecânica do alimento, reabsorção de
água.
O ABOMASO é considerado o estômago verdadeiro,
ocupando 8%, cuja função é a digestão química.
As partículas mais pesadas tendem a cair no retículo
por conta da sua posição anatômica.
A goteira esofágica é um canal que direciona o
líquido direto para o abomaso, por ser desnecessário o
processo de fermentação no rúmen.
em bezerros neonatos ele irá direcionar o leite até
o abomaso, por conta disso, esses ruminantes
neonatos possuem um abomaso maior que o rúmen
por realizar pouquíssima fermentação,
permanecendo na vida adulta. óstio retículo-omasal => sulco do
sendo uma estrutura de comunicação do esôfago até omaso => óstio do omaso-abomaso.
o abomaso, onde o líquido percorre o assoalho do
retículo e do omaso prosseguindo como canal omasal Rúmen
até o abomaso, passando pelo esôfago, retículo,
Antímero esquerdo.
omaso e abomaso.
Maria Eduarda Cabral 225 | P á g i n a
Realiza a fermentação microbiana. composto simples: equinos (a margem pregueada
separa a região aglandular da glandular, o esfíncter
Retículo cárdico é bem desenvolvido) e suínos (divertículo
acima do fundo gástrico, no piloro apresenta o toro
Cranial ao rúmen no antímero esquerdo. pilórico). A maior parte é glandular. Pequena porção
Faz a fermentação microbiana e seletividade do cranial aglandular.
alimento. composto complexo: ruminantes, possui 4
compartimentos, sendo que a sua porção aglandular
Omaso compreende rúmen, retículo e omaso. A porção
glandular refere-se ao abomaso.
Antímero direito.
Comprime o alimento e faz a absorção de água.

Abomaso

Antímero direito.
Digestão química.

A estrutura da parede é semelhante a do esôfago,


sendo as túnicas:
túnica mucosa.
túnica submucosa.
túnica muscular.
 camada circular interna: forma o
esfíncter cárdico, os equinos apresentam um
forte arco ao redor do esfíncter, por conta disso,
os equinos não vomitam com facilidade. E o Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
esfíncter pilórico que em suínos forma o toro
pilórico, que é uma projeção ao lúmen no canal
pilórico.
 camada longitudinal externa:
continua com a camada longitudinal do esôfago
e do duodeno.
túnica serosa: revestida pelo peritônio.
Ocorre variações entre as espécies, onde os
monogástricos possuem um estômago simples, enquanto
que os poligástricos são complexos, com isso, temos a
seguinte configuração:
simples e glandular: gatos (forma de letra C com Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
um lúmen mais estreito) e cães (forma de letra C).

Maria Eduarda Cabral 226 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
A vascularização do estômago ocorre através de uma A quarta câmara é o abomaso, possuindo uma
das ramificações da artéria aorta, que origina a mucosa glandular sendo comparável ao
artéria celíaca (tronco celíaco) originando três estômago simples dos outros mamíferos domésticos.
novos vasos, a artéria gástrica esquerda O ABOMASO em recém-nascido ocupa a maior parte
(curvatura maior) sendo o maior ramo de vascularização do trato gastrointestinal, onde realiza a digestão e a
do estômago, a artéria hepática que também irriga recepção do leite, sendo necessária a reabsorção do
o fígado e, a artéria esplênica que também irriga colostro 24 horas após o parto.
o baço. o colostro é o primeiro leite rico em anticorpos onde
O EPÍPLOON se origina da parede dorsal do abdome, é necessário a ingestão nas primeiras horas de vida
possuindo uma aparência rendada, se projeta para o para a absorção, esse colostro segue direto pela
assoalho abdominal até a abertura pélvica, cuja função goteira esofágica até o abomaso.
é controlar a inflamação e realizar a proteção dos É necessário dias para o amadurecimento da mucosa
órgãos da cavidade abdominal. e o funcionamento adequado, após cerca de três
semanas, quando o bezerro começa a ingerir
alimentos sólidos, o rúmen e o retículo começam a
crescer, por volta da 12ª semana eles dobram de
O estômago dos ruminantes domésticos é composto por tamanho.
4 câmaras, sendo elas os pró-ventrículos rúmen,
retículo e omaso com uma mucosa Nos primeiros dias de vida a maior câmara é o

aglandular, onde a microbiota do rúmen realiza a abomaso, após alguns dias a maior câmara se torna

digestão da celulose. o rúmen.

Maria Eduarda Cabral 227 | P á g i n a


Dependendo do tamanho do animal, a capacidade total do
estômago bovino adulto é de 60 a 100 litros, 80% dos
quais se referem ao rúmen, ocupando quase a totalidade
esquerda do abdome, e o retículo a porção cranial,
enquanto que o omaso se desloca na metade direita da
cavidade abdominal.
Os principais órgãos do antímero esquerdo dos
ruminantes, são: rúmen, retículo e baço.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 228 | P á g i n a


O sulco reticular ou goteira esofágica irá
Rúmen direcionar o líquido direto para o abomaso.

Aparenta um saco grande preenchendo praticamente a Omaso ou Folhoso


metade esquerda do abdome, se prolonga a partir do
diafragma até a cavidade pélvica. Localizado no abdome direito, seu formato sofre
O rúmen é dividido em várias partes por inflexões das variações nas espécies, onde em bovinos é uma esfera
paredes que se projetam para o lúmen, sendo achatada bilateralmente, e em caprinos e ovinos possui
denominados de pilares ruminais, dividindo em: a forma de feijão.
O omaso se comunica com o retículo no óstio
saco ventral.
retículomasal, e com o abomaso pelo óstio
saco cranial. omasoabomasal que é acompanhado por duas
saco dorsal. pregas mucosas de cada lado.
saco cego caudodorsal. Sendo as duas aberturas conectadas pelo sulco
saco cego caudoventral. omasal, o interior é ocupado pelas lâminas
A divisão do rúmen a partir do retículo é alcançada pela paralelas, proporcionando um aspecto folhoso que
prega ruminorreticular. auxilia na retirada de água do alimento.
transição do rúmen para o retículo, ampla As lâminas paralelas possuem diferentes tamanhos, e
comunicação com o retículo. são camadas musculares revestidas por mucosa
sofre variações dos sacos das diferentes espécies aglandular com papilas curtas/papilas omasais.
dos ruminantes, em ovinos e caprinos o saco dorsal
é menor que o saco ventral.
Possui uma mucosa aglandular, com um epitélio
escamoso estratificado revestido por papilas
ruminais que aumentam em sete vezes a área de
superfície, sofrendo grande variação de formato e
tamanho (cônicas, línguas), quando o alimento é áspero
as papilas são menores e em alimentos energéticos as
papilas são maiores.

Retículo ou barrete

Cranial ao rúmen encontra-se o retículo, em contato Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
com o diafragma (ventral a junção gastroesofágica,
acima do processo xifoide), possuindo um formato Abomaso
esférico.
Similar ao estômago dos monogástricos, apresentando
A mucosa reticular é aglandular, com um epitélio
fundo, corpo e piloro.
estratificado, as cristas reticulares dividem o
retículo em células, dando a conformação de favo de Possui a curvatura maior e a curvatura menor,
apresentando as glândulas gástricas e glândulas pilóricas.
mel.
Apresenta as pregas abomasais.
Apresentam papilas curtas que auxiliam na
regurgitação.

Maria Eduarda Cabral 229 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
O omento maior em ruminantes se direciona até o
rúmen, retículo e abomaso, derivando-se da curvatura
maior.
duodeno, jejuno e ileo.
O omento menor irá ao omaso e abomaso se
desenvolvendo a partir da curvatura menor. ceco, cólon (ascendente,
O baço encontra-se aderido ao rúmen. transverso e descendente) e reto.
O caminho que o alimento percorre é: O intestino realiza a absorção de nutrientes, localizado
na porção caudal do trato gastrointestinal, onde o
CAVIDADE ORAL
intestino na cavidade pélvica recebe o nome de reto.
FARINGE Seu início é no piloro e o final no ânus, com um
comprimento variável.
ESÔFAGO carnívoros o trato intestinal é curto, cerca de 5x o
tamanho do corpo.
RÚMEN
herbívoros o trato intestinal é longo, equinos é cerca
de 10x o tamanho do corpo, ruminantes é 20x o
RETÍCULO
tamanho do corpo.
OMASO Apresenta 4 camadas, sendo elas:
1. Mucosa.
ABOMASO
2. Submucosa.
Maria Eduarda Cabral 230 | P á g i n a
3. Muscular. primeira linha de defesa contra algum microrganismo
invasor.
4. Serosa (revestida pelo peritônio).
enterite é a inflamação do intestino.
A vascularização ocorre através da artéria celíaca
(tronco celíaco) que irriga a porção cranial do duodeno,
da artéria pudenta interna que irriga a parte caudal do
reto e, também, das artérias mesentéricas que formam
anastomoses (comunicação), assegurando suprimentos
sanguíneos mesmo diante de obstruções, sendo divididas
em artéria mesentérica cranial (artéria jejunal, artéria
ileocólica e artéria cólica média) e artéria mesentérica
caudal.
As veias correm paralelas às artérias e se unem para
formar as veias mesentéricas cranial e
caudal.
Essas veias são duas das principais fontes de irrigação
da veia porta (espaço porta = veia porta, artéria
hepática e ducto biliar).
O corte no intestino é feito na união do mesentério com As veias da parte caudal do reto da região anal se unem
o intestino, no duodeno desemboca o ducto colédoco. à veia cava caudal.
Contêm vilosidades que são projeções em forma de A veia porta recebe sangue venoso da artéria celíaca
dedos, aumentando a superfície de contato e das artérias mesentéricas cranial e caudal, coletando
favorecendo a absorção, possui uma aparência o sangue de todos os órgãos abdominais ímpares, exceto
aveludada, a maior quantidade de material absorvido do reto terminal.
ocorre no intestino delgado.
Caminho do sangue
ARTÉRIA MESENTÉRICA
CRANIAL E CAUDAL

VEIA MESENTÉRICA
CRANIAL E CAUDAL

VEIA PORTA

ARTÉRIA HEPÁTICA E
VEIA PORTA

O intestino grosso não apresenta as vilosidades


SINUSÓIDES
intestinais, sendo rico em células caliciformes
produtoras de muco, que auxiliam na passagem do
conteúdo intestinal. VEIA CENTROLOBULAR

sua função principal é a reabsorção de água,


ocasionando numa desidratação do conteúdo fecal. VEIA HEPÁTICA
As placas de peyer são um tecido linfoide na mucosa
(presente na transição do íleo com o ceco), sendo a
VEIA CAVA CAUDAL

Maria Eduarda Cabral 231 | P á g i n a


As artérias mesentéricas cranial e caudal HEPATÓCITO
PRODUZ A BILE
irão realizar o aporte sanguíneo no intestino.
O sangue será drenado pela veia mesentérica CANALÍCULO
cranial e caudal que direcionará para a veia BILIAR
porta.

A veia porta (que carrega um sangue pobre em DUCTO BILIAR

oxigênio, porém rico em nutrientes) adentra o espaço


porta no fígado junto com a artéria hepática
DUCTO CÍSTICO
(sangue oxigenado).
A veia porta e a artéria hepática conduzirá o
VESÍCULA BILIAR
sangue até os capilares sinusóides, onde ambos
os sangues irão se misturar caracterizando o sangue
misto que realiza toda a nutrição e oxigenação dos DUCTO COLÉDOCO
hepatócitos.
Os capilares sinusóides conduzem o sangue até
PAPILA
a veia centrolobular (veia que deixa o lóbulo DUODENAL MAIOR
hepático) que direcionará até a veia cava caudal,
que posteriormente, transportará esse sangue até o DUODENO
átrio direito no coração, para ser bombeado aos
pulmões e sofrer a hematose. O intestino apresenta a face mesentérica (onde
ocorre a inserção do mesentério) e a face
antimesentérica.
As funções principais do intestino delgado são digestão Os pontos em que o omento se fixa recebe o nome de
e absorção, a DIGESTÃO é definida como a ligamentos conforme a sua região, onde uma das suas
degradação enzimática do material ingerido em funções é a reserva de gordura.
partículas prontas para absorção.
O suco pancreático irá realizar a quebra de Duodeno
carboidratos e proteínas, enquanto que a bile irá atuar
Porção fixa.
emulsificando a gordura, tornando-as solúveis a quebra.
Recebe o ducto pancreático e o ducto colédoco;
Abrem-se o ducto pancreático e o ducto biliar
ligamento hepato-duodenal.
(colédoco) na papila duodenal maior (ponto em que o
Primeira parte depois do estômago, apresenta o
ducto colédoco irá se abrir). pâncreas.
E sustentado pelo mesentério (cuja aparência lembra um
leque), que é uma prega do peritônio em forma de leque, Jejuno
sustenta jejuno e íleo.
Maior parte do intestino delgado.
Sequência da produção da bile até o duodeno:
Realiza a absorção de nutrientes.

Íleo

Prega ileocecal.
Absorção.
Maria Eduarda Cabral 232 | P á g i n a
Transverso.
Descendente.
Realiza a absorção de água e eletrólitos (Na, Cl, K, etc.),
começa a formação do bolo fecal.
Reto
Em equinos o ceco e o cólon fazem a fermentação
microbiana. Se direciona para a cavidade pélvica.
Sendo dividido em:
ceco.
cólon. Carnívoros
reto.
Os intestinos são relativamente curtos.
Ceco O jejuno é o maior segmento sendo móvel, e na região
do íleo terá a maior presença dos linfonodos
Saco de fundo cego.
mesentéricos.
Faz a quebra de carboidratos.
O ceco se fixa ao íleo pela prega ileocecal,
Ápice cecal – complexo em equinos.
apresenta um ceco curto e torcido (4ª vértebra
lombar).
Cólon
O intestino grosso apresenta pouca mobilidade, sendo
Ascendente. que o cólon descendente é o maior segmento.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015


O intestino delgado e o intestino grosso se localizam no
Ruminantes antímero direito, as alças intestinais formam
espirais.
Maria Eduarda Cabral 233 | P á g i n a
espirais curtas na margem livre do curto e apresenta a prega ileocecal.
mesentérico. porção mais larga do intestino.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015


cólon ventral direito.
Equino
flexura esternal.
Realiza a digestão e absorção, principalmente no cólon ventral esquerdo.
intestino grosso, no ceco. flexura pélvica.
Possui um ceco grande, ocupando quase todo o antímero cólon dorsal esquerdo.
direito, com uma capacidade superior a 30 litros (até 1
flexura diafragmática.
metro), local onde sofre fermentação microbiana, o
ápice cecal se direciona a cartilagem xifoide, possuindo cólon dorsal direito.
um início dorsal direito. O cólon transverso é curto com uma redução de
O cólon ascendente se subdivide em 4 segmentos calibre.
paralelos e 3 flexuras (voltas), sendo elas: O cólon descendente é longo.

Maria Eduarda Cabral 234 | P á g i n a


Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Maria Eduarda Cabral 235 | P á g i n a


Sequência:
DUODENO

JEJUNO

Éa , possuindo função
CECO
exócrina (secreção da bile) e endócrina.
A bile é armazenada na vesícula biliar, que é
ÓSTIO
ILEOCECAL ausente em equinos, cuja função da bile é a
emulsificação da gordura e a eliminação da
CÓLON bilirrubina.
ASCENDENTE
A veia porta leva o sangue vindo do intestino até o fígado
para a metabolização dos metabólitos, levando produtos
CÓLON
TRANSVERSO da digestão para o fígado, realizando um depósito de
glicogênio.
CÓLON O fígado é dividido em lobos hepáticos e não passa
DESCENDENTE
o gradil costal.

RETO

ÂNUS

Maria Eduarda Cabral 236 | P á g i n a


Em animais jovens o fígado é relativamente maior e 4. Lobo hepático quadrado: a vesícula biliar está em
desempenha uma função hematopoiética (produção de contato com o lobo hepático quadrado e o lobo
células do sangue) nesse período, juntamente com o hepático medial direito (lobo hepático direito).
baço.
Anatomicamente, sua localização é no abdômen em Carnívoros
contato com o diafragma, porém voltado para a
cavidade abdominal. 1. Lobo Hepático Lateral Direito.
Possui uma face convexa ou diafragmática
(voltada ao diafragma) e uma face côncava ou 2. Lobo Hepático Medial Direito.
visceral (voltada para os órgãos, como o estômago, 3. Lobo Hepático Lateral Esquerdo.
duodeno, pâncreas e rim direito).
Sua maior parte se localiza na parte direita do plano 4. Lobo Hepático Medial Esquerdo.
mediano, em ruminantes por conta do rúmen, ele é
5. Lobo Caudado:
totalmente deslocado para o lado direito.
É dividido em lobos hepáticos, sendo a divisão mais processo caudado do lobo caudado – em
simples em: contato com o lobo hepático lateral direito.
1. Lobo hepático direito. processo papilar do lobo caudado – em
2. Lobo hepático esquerdo. contato com o lobo hepático lateral esquerdo.
3. Lobo hepático caudado. 6. Lobo Quadrado.

Maria Eduarda Cabral 237 | P á g i n a


Semelhante ao do cão.
Suínos
Ausência do processo papilar do lobo caudado.

Maria Eduarda Cabral 238 | P á g i n a


3. Lobo Hepático Esquerdo Medial.
Equinos
4. Lobo Hepático Caudado.
1. Lobo Hepático Direito.
sem o processo papilar.
2. Lobo Hepático Esquerdo Lateral, 5. Lobo Hepático Quadrado.

Ruminanyes 2. Lobo Hepático Esquerdo.

Sem fissuras. 3. Lobo Hepático Caudado.

1. Lobo Hepático Direito. 4. Lobo Hepático Quadrado.

Maria Eduarda Cabral 239 | P á g i n a


A face livre do fígado é revestida pelo peritônio, no qual biliar pelo ducto colédoco que a transporta até o
forma uma cobertura serosa que se funde a cápsula duodeno, se abrindo na papila duodenal maior.
fibrosa do órgão. A vesícula biliar é ausente em equinos, e possui um
A vesícula biliar pode aparecer amarelada, esverdeada formato piriforme, é vista na face visceral próximo a
ou vazia. veia porta, entre o lobo hepático quadrado e lobo
hepático direito.
A vascularização do fígado na face visceral
ocorre a entrada da artéria hepática que é um sua função é o armazenamento e a concentração
da bile.
ramo do tronco celíaco, e da veia porta que leva o
sangue das veias esplênicas e mesentéricas cranial e
caudal.
Localizado na parte dorsal da cavidade abdominal,
O escoamento venoso do fígado se inicia na veia intimamente relacionado ao duodeno, possuindo funções
centrolobular que direciona o sangue até as veias endócrinas e exócrinas.
hepáticas deixando o órgão por sua face diafragmática
até escoarem na veia cava caudal. Seu formato clássico é o de "V", onde um de seus lobos
se dirige lateral ao duodeno e o outro medial, apresenta
A bile é produzida nos hepatócitos que a direciona até uma incisura pancreática pela veia porta e uma
os canalículos biliares, nos canalículos biliares superfície lobada.
essa bile será direcionada até o ducto biliar que a
canaliza até o ducto cístico, que a leva até a Em equinos o lobo do V tem um vértice mais curto,
vesícula biliar onde será armazenada, deixa a vesícula fazendo com que o seu corpo seja mais volumoso, sendo
perfurado pela veia porta no anel pancreático.

Maria Eduarda Cabral 240 | P á g i n a


Seu ducto em carnívoros e pequenos ruminantes é
sobre o masseter, em equinos e bovinos é medial ao
São órgãos pareados que secretam saliva através de ângulo da mandíbula, e se abre no vestíbulo oral (dente
seus ductos a cavidade oral. molar).
Se dividem em glândulas salivares menores (distribuídas GLÂNDULA SALIVAR MANDIBULAR
pela mucosa de lábios, bochecha, língua, palato e
assoalho sublingual, os cães apresentam as glândulas Situa-se próximo ao ângulo da mandíbula, parcialmente
zigomáticas) e as glândulas salivares maiores. coberta pela glândula salivar parótida, sendo maior que
a glândula parótida.
Glândulas salivares maiores Está próxima ao linfonodo mandibular e se abre na
carúncula sublingual.
GLÂNDULA SALIVAR PARÓTIDA
GLÂNDULA SALIVAR SUBLINGUAL
Na base da cartilagem auricular (ventral), em equinos é
adjacente a bolsa gutural. 2 glândulas de cada lado.
É bem desenvolvida em herbívoros. Abre-se na carúncula sublingual, possui um
aspecto lobado, é redonda.

Maria Eduarda Cabral 241 | P á g i n a


Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Questões
1. Explique o que são as placas de Peyer e onde elas estão localizadas

2. Qual a sequência do fluxo sanguíneo no fígado?

3. Qual a função da goteira esofágica e em qual espécie animal ela está presente?

Maria Eduarda Cabral 242 | P á g i n a


4. Qual a função da bile? Ela é produzida e armazenada por qual (is) órgão (os)?

5. Faça um desenho esquemático dos pré-estômago dos ruminantes.

6. Preencha corretamente as regiões do estômago indicadas pelas setas.

Maria Eduarda Cabral 243 | P á g i n a


7. Faça um desenho esquemático do intestino do equino.

Maria Eduarda Cabral 244 | P á g i n a


Maria Eduarda Cabral 245 | P á g i n a
Urinário
Maria Eduarda Cabral
Sistema Urinário
Os órgãos que compõe o sistema urinário são:
rins: realiza a filtração do sangue para a retirada de
metabólitos produzidos no ciclo de Krebs, resultando
na produção da urina.
ureteres: sai do hilo renal e conduz a urina até a
bexiga.
vesícula urinária ou bexiga: armazena a urina.
uretra: transporta a urina até o ambiente externo,
eliminando-as.
O néfron é a unidade funcional do rim,
sendo através dele que ocorre o processo de filtração
do sangue para a retirada de impurezas.
O rim é cortado no corte médio-sagital, na qual realiza- A urina é produzida no néfron, no qual a encaminha até
se a avaliação da superfície de corte do rim, através a PAPILA RENAL, a papila renal irá direcionar essa
desse corte conseguimos identificar duas regiões do rim: urina até o cálice menor que se abre no cálice maior,
região cortical (mais externa). onde posteriormente será conduzida até a PELVE
RENAL.
região medular (mais interna).
A PELVE RENAL é um "funil" que recebe o líquido
No rim encontramos a parte côncava (região onde filtrado (urina) e o canaliza para o ureter, se localizando
sai o hilo renal) e a parte convexa (oposta à parte na continuação da região medular.
côncava). Ureteres é a estrutura que realiza a comunicação da
No hilo renal ocorre a entrada e saída de grandes pelve renal com a bexiga (ou, vesícula urinária), sendo
estruturas, como a veia renal, a artéria renal e o um tubo muscular.
ureter. Apresenta a junção ureterovesicular que é a
O conjunto da artéria renal, veia renal e ureter forma junção do ureter com a vesícula urinária, sendo que
o pedículo renal. o ureter entra na bexiga de forma oblíqua garantindo
um fluxo urinário contínuo, dessa forma, impede o
refluxo urinário quando a bexiga se encontra repleta
(cheia).

Maria Eduarda Cabral 246 | P á g i n a


O sistema urinário é constituído por 2 ureteres e uma continuação caudal da
1 uretra, onde a comunicação dos 2 ureteres com a bexiga para a uretra, a musculatura mais o tecido
uretra forma o trígono vesical, que é uma área elástico forma o esfíncter interno.
triangular na bexiga. é o canal que comunica a bexiga como meio
apresenta tecido muscular liso externo, cuja função é transportar a urina.
que faz a contração involuntária. a uretra é dividida em uretra pélvica, uretra
o músculo presente na bexiga é o detrusor. peniana e uretra prostática, sendo que a
uretra é a continuação caudal do colo da bexiga,
possui um formato piriforme (pêra), sendo um órgão onde a saída da uretra encontra-se acima do púbis.
oco com formato variável, pois depende da
quantidade de urina sendo armazenada. quando a vesícula urinária está vazia a uretra está
direcionada para a parte pélvica.
seu epitélio é o de transição permitindo a sua
dilatação. o colo caudal e o início da uretra formam o assoalho
pélvico.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 247 | P á g i n a


da pressão sanguínea sistêmica e eritropoetina,
responsável pela eritropoiese.
Possuem uma consistência firme e uma coloração
O sistema urinário começa a ser formado antes do castanha avermelhada, seu aspecto é variável entre as
sistema genital. espécies.
Na vida intrauterina a bexiga se comunica com o
alantoide para fazer o armazenamento temporário.

o alantoide é um anexo embrionário que armazena Os rins estão situados na região retroperitoneal.
excretas, se estendendo da vesícula urinária até a
região umbilical no úraco. Nos mamíferos domésticos com exceção do suíno, o
rim direito se localiza mais cranial que o
sendo o úraco um ponto de comunicação da bexiga esquerdo fazendo contato com o processo caudado do
com o alantoide, após o nascimento essa lobo hepático caudado e com o lobo hepático direito, se
comunicação oclui. posiciona em uma fossa do fígado limitando a sua
Os anexos embrionários são estruturas que derivam dos movimentação.
folhetos germinativos e auxiliam no desenvolvimento Nos ruminantes, o rúmen empurra o rim esquerdo
embrionário. em direção ao antímero direito, cada rim possui tecido
1. SACO VITELÍNICO: realiza a nutrição. adiposo em volta.
2. ÂMNION (LÍQUIDO): serve para a proteção. Sua localização é na parte superior do abdome, sendo
3. CÓRION (SEROSA): respiração. um de cada lado da coluna vertebral, com exceção dos
ruminantes.
4. ALANTÓIDE: excreção.
Raramente são simétricos e no geral, o rim direito
Após o nascimento o úraco enruga-se formando uma localiza-se mais cranialmente enquanto que o rim
cicatriz no ápice da bexiga, a parte caudal transforma- esquerdo mais caudalmente.
se em uretra.
Em ruminantes e pequenos ruminantes o
rim direito faz impressão no fígado sendo mais cranial
que o rim esquerdo que é deslocado para a direita,
O rim cuja função é manter a composição dos líquidos ambos os rins ficam posicionados a direita do plano
corporais dentro do âmbito fisiológico, removendo os mediano.
produtos finais do metabolismo e a excreção de
substâncias do sangue pela filtração do plasma, obtendo
o ultrafiltrado ou urina primária.
Esse ultrafiltrado passa por um novo processamento
onde as substâncias úteis são reabsorvidas de forma
seletiva e as desnecessárias são eliminadas, resultando
na urina secundária.
Os rins tentam filtrar todo o plasma que está passando
mesmo que ocorra uma perca de néfrons,
apresentando uma capacidade de reserva grande.
Realiza a secreção endócrina e exócrina.
a parte endócrina é toda a substância que é liberada
entre células ou nos vasos sanguíneos, como por
exemplo os hormônios, nos rins ocorre a produção
dos hormônios renina, responsável pela regulação
Maria Eduarda Cabral 248 | P á g i n a
Em suínos possui um formato de feijão achatado,
onde são mais simétricos do que nos outros animais.

Localizam-se dentro da fenda da fáscia sublombar, onde


a gordura perirrenal pode encobri-lo completamente.
essa gordura exerce a função de proteção contra a
pressão dos órgãos adjacentes.

Em carnívoros, possui uma forma de feijão onde o


rim direito fica mais cranial que o esquerdo, inserindo- Seu formato é variável.
se na impressão no fígado (fossa do fígado).
Em cães, gatos e em pequenos ruminantes
possui um formato reniforme (feijão).
Em bovinos apresentam uma sulcada que delineia
muitos lóbulos, possui uma forma oval irregular.
Em suínos o rim é mais achatado, possuindo um
comprimento maior e uma largura menor.
Possuem uma superfície lisa e convexa, com exceção da
borda medial que apresenta o hilo renal, onde temos a
origem dilatada do ureter, que é a pelve renal deixando-
o, e os vasos e nervos adentrando-o, podendo haver
depósito de gordura nessa região.

O parênquima renal é envolvido por uma cápsula fibrosa,


Os equinos possuem os rins em forma a de coração. que denominamos de cápsula renal, restringindo a
capacidade de expansão do rim.
A tumefação do órgão irá comprimir o tecido, quando o
animal se encontra sadio a cápsula renal é facilmente
removida, podendo aderir e lesões antigas e cicatrizadas.
No corte médio sagital conseguimos dividir o parênquima
em duas porções, sendo elas:

Maria Eduarda Cabral 249 | P á g i n a


1. é a parte mais externa do parênquima,
apresenta uma coloração pardoavermelhada e uma
aparência granular.
2. mais interna e possui diferenças
entre as espécies, sua zona externa possui uma
coloração arroxeada e a sua zona interna uma tonalidade
vermelho-acinzentado.
Durante o desenvolvimento embrionário todos os Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
mamíferos apresentam os rins multilobulados, só que na RINS MULTILOBULADOS (SUÍNOS):
maioria das espécies acontece uma fusão dos seus lobos apresentam uma superfície lisa e pirâmides
individuais (possuem um formato piramidal) formando individualizadas, possuindo múltiplas papilas.
uma massa contínua, o seu grau de fusão varia entre RINS MULTILOBULADOS (BOVINOS):
as espécies. superfície lobulada e pirâmides individualizadas,
No bovino e no suíno, uma porção do córtex apresentam múltiplas papilas.
associado com a medula se divide em lobos
piramidais, o ápice de cada lobo se volta para o seio
renal (é a estrutura que abriga a pelve renal, é
caracterizada pela presença de gordura) e forma a
papila.
A papila irá se encaixar no cálice renal, que conduzirá
essa urina até o seio renal, deixando o rim pelo ureter.
Os rins que possuem a estrutura das pirâmides Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
individualizadas são denominados Portanto, em sua constituição, encontraremos as
multilobulado/ multipiramidal. seguintes estruturas:
Os rins de suínos são multilobulares com pirâmide renal: é uma parte da medula renal.
nenhuma evidência externa de lobulação, possuindo uma o ápice da pirâmide renal irá apontar para o seio
superfície lisa. renal.
Os rins de bovinos também apresentam a papila renal: orifício da pirâmide renal (ponta), está
configuração de serem multilobulares, porém, sua direcionada para o seio renal.
superfície é lobulada, possuindo limites entre os lobos lobo renal: é cada sulco formado, utilizado para rins
pelas fissuras que o penetram.
multilobulares/multipiramidais, junção do córtex +
No cão, no equino e no ovino (pequenos ruminantes), medula.
temos uma conformação de rins unilobular/ a papila se assenta em uma expansão da pelve
unipiamidal, onde as pirâmides irão se fundir renal: cálice.
formando uma única massa medular, essa fusão une as a papila se abre para o cálice, que posteriormente
papilas originando a crista renal, que marca o fim da
direcionará a urina para a pelve renal, conduzindo-
porção medular e se abre para a pelve renal.
a até o ureter, que transportará essa urina para
RINS UNILOBULADOS: possuem uma superfície
ser armazenada na vesícula urinária.
lisa e apresenta a crista renal, presente em cães, gatos,
equinos e pequenos ruminantes. Os pontos dilatados do sistema urinário são regiões
propensas ao desenvolvimento de cálculos.

Maria Eduarda Cabral 250 | P á g i n a


A primeira abertura após a papila renal, encontraremos no glomérulo renal acontecerá a filtração do plasma,
o cálice renal que irá confluir a urina ao cálice maior, retirando os metabólitos, água, íons e tudo aquilo que
onde irá se abrir para a pelve renal. não é mais útil ao organismo formando o ultrafiltrado.
o ultrafiltrado vai se direcionar ao TCP onde
acontecerá a maior taxa de reabsorção.
GLOMÉRULO prosseguirá pela alça de Henle até chegar no TCD,
onde é a última porção do néfron capaz de realizar
a reabsorção.
NÉFRON
após isso, é direcionado ao ducto coletor que irá se
inserir na papila renal.
PAPILA RENAL a papila renal irá conduzir essa urina até o cálice
menor que irá se confluir em cálice maior
convergindo em pelve renal.
CÁLICE MENOR
a pelve renal irá direcionar a urina até o ureter que
deixará o rim através do hilo renal, esse ureter possui
CÁLICE MAIOR função de transportar a urina até a bexiga onde
ocorrerá o armazenamento da mesma.
essa urina será encaminhada para o meio externo
PELVE RENAL através da uretra sendo eliminada do organismo do
animal.
URETER

O rim é altamente vascularizado, realizando o equilíbrio


BEXIGA
hídrico (controle da quantidade de água), o controle
eletrolítico e o equilíbrio ácido básico.
URETRA Sua vascularização possui um formato triangular, pois é
ao redor de cada pirâmide.
Dentro do néfron, o caminho percorrido é túbulo Da artéria aorta abdominal, irá sair um ramo
contorcido proximal (TCP), seguindo pela alça de Henle,
para realizar a irrigação do rim, onde esse ramo recebe
chega ao túbulo contorcido distal (TCD) que encaminhará
o nome de artéria renal, sofrerá uma divisão em
para o ducto coletor, chegando na papila renal.
diversas artérias interlobares, que irão
Em unipiramidais, a junção de todas as papilas renais
forma a crista renal, que direcionará a urina até a pelve acompanhar as pirâmides.
renal. Essas artérias interlobares irá sofrer uma nova
O pedículo renal é a junção da artéria renal, veia ramificação originando as artérias arqueadas
renal e o ureter, enquanto que hilo renal é a emergindo destas as artérias interlobulares
abertura onde as estruturas do pedículo renal entram (irrigando os lóbulos), as artérias interlobulares
e saem do rim, localizados na parte côncava. originarão diversos ramos para irrigar os glomérulos
individuais.
O sangue irá sair do rim através da veia renal que
conduzem um sangue venoso, onde convergem-se na
veia cava caudal.

Maria Eduarda Cabral 251 | P á g i n a


O músculo da parede da bexiga é o detrusor, onde o
epitélio da vesícula urinária é o epitélio de transição,
A pelve renal é localizada no interior do seio renal, mas sendo dilatável, sofrendo alterações conforme o grau
está aderida ao tecido renal apenas ao redor das papilas. de dilatação da bexiga, conforme vai enchendo-a, ela
É uma dilatação cranial ao ureter que recebe a urina dos começa a ser direcionada para a cavidade abdominal.
cálices e a direciona para o ureter. A manutenção do posicionamento da bexiga ocorre
através das pregas vesicais laterais (2 ligamentos
redondo vesical) sendo um vestígio das artérias
umbilicais.
É um tubo muscular que se posiciona caudalmente no E também, da prega vesical mediana (ligamento vesical
espaço retroperitoneal na extensão da parede corporal mediano) sendo um vestígio do úraco.
dorsal, possuindo um calibre uniforme.
Trígono vesical é a região onde encontra-se os
Pode ser dividido em uma parte abdominal e uma parte
orifícios dos ureteres, a crista uretral mediana (união
pélvica, na cavidade pélvica atinge a superfície dorsal da
das pregas) e a uretra pélvica, sendo uma área mais
bexiga, se abrindo próximo ao colo vesical.
resistente a distensão vesical.
O ureter sai da região de hilo renal e entra de forma
Na saída da bexiga encontramos um esfíncter
oblíqua na bexiga, cuja função é a proteção contra o
refluxo de urina. interno que se dilata ao contrair e ocluem o lúmen,
possuindo um controle involuntário, e um esfíncter
externo, sendo composto pela musculatura estriada,
possuindo um controle voluntário.
É um órgão distensível de estocagem (armazenamento),
quando se encontra vazia é pequena, possuindo uma
parede espessa e um lúmen reduzido, se localizando nos
ossos púbicos na cavidade pélvica, em carnívoros
A uretra em MACHOS é dividida em dois ou três tipos
estende-se para o abdome e a sua superfície é
de segmentos:
pregueada.
1. divisão opcional, menor área de divisão da
Quando a bexiga se encontra repleta (cheia) se torna
visível o seu formato piriforme possuindo uma uretra, passando no interior da glândula prostática.
superfície lisa, sendo dividida em 3 regiões: 2.
1. ÁPICE: vértice cranial. 3.
2. CORPO: região intermediária. A uretra nas FÊMEAS não existe divisão, sendo
3. COLO VESICAL: região caudal, se estreita em apenas a uretra pélvica, percorre caudalmente o
direção a uretra. assoalho pélvico.

Questões
1. Quais os órgãos que compõem o sistema urinário?

Maria Eduarda Cabral 252 | P á g i n a


2. O que evita o refluxo da urina da bexiga para os ureteres?

3. Um rim em formato de coração é característico de qual espécie?

4. O que forma o trígono vesical?

5. O que é o úraco?

6. Faça um fluxograma que explique o caminho da urina.

Maria Eduarda Cabral 253 | P á g i n a


7. Faça o desenho dos rins de cada espécie, evidenciando suas diferenças.

Maria Eduarda Cabral 254 | P á g i n a


Maria Eduarda Cabral 255 | P á g i n a
Reprodutor
Masculino
Maria Eduarda Cabral
Sistema Genital Masculino
Os órgãos reprodutivos masculinos são: depende da temperatura, e as funções endócrinas são
independentes à temperatura.
próstata.
Criptorquidia é a definição dada ao testículo que
testículo: local que ocorre a produção dos se encontra fora da sua região anatômica, ou seja, fora
gametas masculinos e a secreção de hormônios, do saco escrotal.
possui gônadas pares.
As funções do sistema reprodutor masculino, são:
sistema de ductos gonadais: epidídimo e ducto
reprodução.
deferente.
produção e transporte dos espermatozoides.
glândulas acessórias: contribuem para o volume
secreção do hormônio sexual masculino.
do sêmen.
secreção de fluídos.
uretra masculina: desde a bexiga até a
extremidade do pênis, ocorre a passagem de urina e deposição de sêmen no trato feminino.
do sêmen. transporte da urina (função complementar).
pênis: é o órgão copulador, que deposita o sêmen
no trato reprodutivo feminino.
O sistema de túbulo é onde o espermatozoide será Seus componentes são:
direcionada da uretra até o meio externo ou sistema
reprodutor feminino, então, do testículo até a uretra bolsa escrotal: mais externa.
ocorre uma comunicação de ductos. túnica vaginal: derivada do peritônio, sendo
A região perineal é a região ao redor do ânus. dividida em parietal (voltada para a parede do saco
O pênis em algumas espécies faz uma curva sendo escrotal) e vaginal (mais interna, voltada ao testículo).
direcionado para a região do abdome. túnica albugínea: em contato com os túbulos
A produção do espermatozoide é uma função exócrina, seminíferos, voltada ao parênquima testicular.
o testículo se localiza externamente para que ocorra um parênquima testicular: região onde inicia a rede
controle da temperatura, onde a função exócrina de túbulos seminíferos.

Maria Eduarda Cabral 256 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 257 | P á g i n a


Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
Sequência da produção do espermatozoide até a sua
eliminação:
TÚBULOS
SEMINÍFEROS

EPIDÍDIMO

DUCTO DEFERENTE

URETRA
PROSTÁTICA

URETRA PÉLVICA

URETRA PENIANA
Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015
A regulação da temperatura do testículo é realizada
através do plexo pampiniforme (veia testicular
enovelada na artéria testicular).

Maria Eduarda Cabral 258 | P á g i n a


a artéria testicular é uma das ramificações da (consegue contrair a pele para
artéria aorta abdominal trazendo consigo um sangue aproximar o testículo quando a cremaster contrai,
quente, para diminuir a temperatura desse sangue a realiza um controle da pele, com função de contração
veia testicular se enovela na artéria testicular e relaxamento)
regredindo a temperatura.
FUNÍCULO ESPERMÁTICO: ducto deferente,
essa diminuição da temperatura ocorre por conta do plexo pampiniforme (artéria testicular que advém da
sangue mais frio que a veia testicular transporta. cavidade abdominal e veia testicular que se direciona
para a cavidade abdominal), túnicas e músculo
cremaster.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Maria Eduarda Cabral 259 | P á g i n a


Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015


No colo da bexiga se localiza a próstata, local que o ducto Sua função endócrina seria a secreção de
deferente desemboca. hormônios sexuais, funcionando na temperatura
O ducto deferente corre lateral ao epidídimo. interna do organismo.
O parênquima testicular também pode ser chamado de Sua função exócrina estaria relacionada a
mediastino testicular. produção dos espermatozoides, sendo
O epidídimo é dividido em: cabeça, corpo e cauda. dependentes do controle da temperatura, ou seja,
necessita de uma temperatura mais baixa do que a do
abdômen.
Os testículos combinam componentes endócrinos e Os testículos se desenvolvem no abdome e
exócrinos dentro de uma cápsula comum, sendo uma posteriormente migram pelo canal inguinal se
direcionando até o escroto.
glândula mista.
Escroto é a bolsa de pele e fáscias, dispostas entre a
virilha e o peritônio.

Maria Eduarda Cabral 260 | P á g i n a


A forma testicular varia entre as Os testículos estão suspensos separadamente dentro
espécies. do escroto por um cordão denominado funículo
em bovinos e equinos possui um formato ovalado, espermático, que é um feixe de estruturas que inclui
em suínos um formato elíptico, em cães são mais o ducto deferente, vasos e nervos, revestidos por uma
redondos a ovalados. cobertura dupla de peritônio.
o volume do testículo não tem relação ao tamanho A túnica albugínea é uma cápsula espessada formada
corpóreo, sendo pequenos em gatos e grandes em por tecido conjuntivo mais musculatura lisa, estando em
ovinos e caprinos. contato com o parênquima testicular pressionando-o,
possui uma orientação variável, eixos longitudinais quando corta a túnica albugínea o parênquima protrui.
verticais em ruminantes (escroto profundo e A superfície externa do testículo é lisa, exceto nos pólos
pendular), horizontais em equinos e caninos, e (margem onde os testículos ficam aderidos ao epidídimo,
inclinados em direção ao ânus em suínos e felinos. porção inicial espiralada dos ductos externos).
Os ramos maiores da artéria testicular e veia testicular
correm dentro da cápsula.
Orquite é a inflamação do testículo, o parênquima
frente a qualquer incisão da cápsula e da túnica
albugínea ele protrui.
A cápsula envia septos e trabéculas que dividem o
parênquima em lóbulos, esses septos nem sempre são
visíveis e em algumas espécies esses septos convergem
para o mediastino do testículo (parte central do
parênquima).
O parênquima é macio, amarelado ou acastanhado,
consiste em túbulos seminíferos e tecido intersticial.
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso Os túbulos seminíferos realizam a espermatogênese,
O músculo cremaster aproxima os testículos na enquanto que o tecido intersticial apresenta as células
de Leyding (ou, intersticiais) que são produtoras de
contração e os separa no relaxamento. hormônios andrógenos, mantidas por um arcabouço de
O plexo pampiniforme realiza a termorregulação tecido conjuntivo, contendo vasos sanguíneos e
e o funículo espermático passa pela cavidade pélvica, linfáticos.
está dentro da cavidade abdominal. células de Sertoli: localizadas na base do túbulo
A transição do abdome para o testículo é oblíqua. seminífero, controla a espermatogônia no
O ducto deferente passa pelo canal inguinal. desenvolvimento.
S PENIANO OU FLEXURA SIGMOIDE: espermatogônia: origina os espermatozoides
presente em pênis fibroelástico como o de ruminantes O tecido que une o plexo pampiniforme com o ducto
e suínos. deferente é o mesórquio.
são pênis menos vascularizados, não precisando de O funículo espermático passa pelo canal inguinal.
muito sangue para ficar ereto.
A túnica dartos se localiza abaixo da bolsa escrotal. A
sua posição sofre variações, onde em ruminantes é
abaixo da parte caudal do abdome, perineal em suínos e É um órgão firme, possui um ducto dentro de uma
felinos e uma posição intermediária em equinos e matriz de tecido conjuntivo, fixo ao longo de uma das
caninos. bordas do testículo.

Maria Eduarda Cabral 261 | P á g i n a


É dividido em cabeça (parte inicial, sai do testículo), A parte proximal estreita do processo vaginal envolve o
corpo (aderida ao testículo) e caudal (se direciona funículo espermático/cordão espermático, a
ao ducto deferente). artéria testicular se ramifica da aorta abdominal, na sua
A cabeça encontra-se aderida a cápsula testicular, parte distal é totalmente contorcida.
onde recebe os ductos eferentes que se unem As veias testiculares formam um plexo pampiniforme,
formando o ducto do epidídimo. sendo a única veia que se dirige para a veia cava caudal.
O corpo é a estrutura menos ligado ao testículo (seio O linfonodo inguinal encontra-se próximo ou acima.
epididimário), o espaço entre o corpo do epidídimo e o
testículo é denominado bolsa testicular.
A cauda está ligada ao testículo pelo ligamento próprio Realiza a proteção do testículo, um sulco mediano o divide
do testículo e na continuidade da mesma é o ducto em direito e esquerdo, sendo uma separação
deferente. assimétrica.
Possui um aspecto esponjoso ao corte, com um ducto Sua parte inferior ajusta-se à medida que sua
enovelado. temperatura sofre variações com a temperatura do
ambiente, possuindo uma pele do saco escrotal final
para a manutenção da temperatura.
Rico em glândulas sudoríparas e sebáceas, em gatos é
O ducto deferente é ondulado quando emerge e se
encoberto por pelos, em ovinos pela lã e, em alguns
torna retilíneo gradualmente, corre medialmente ao
animais, ocorre ausência de pelos, possuindo uma
epidídimo seguindo em direção a cavidade abdominal.
pigmentação, sendo denominado de glabra.
Ascende dentro do cordão ou funículo espermático A pele escrotal aderida a uma túnica fibrovascular
penetrando na cavidade abdominal através do canal
resistente recebe a denominação de túnica dartos.
inguinal, se volta caudomedialmente passando sob os
ureteres, penetra na próstata antes e adentrar na Sequência da região mais externa do testículo até o
uretra. parênquima testicular:
Possui um lúmen estreito e uma espessa parede PELE DO SACO
muscular, no seu trecho terminal ele sofre uma ESCROTAL
dilatação originando a glândula ampular (ou, ampola do
ducto deferente) antes de chegar na uretra. TÚNICA DARTOS
A glândula ampular possui uma parede muscular mais
espessa, sendo uma proliferação glandular na parede do TÚNICA VAGINAL
ducto, liberando secreções que irão compor o sêmen PORÇÃO PARIETAL
posteriormente.
TÚNICA VAGINAL
PORÇÃO VISCERAL

A túnica vaginal é uma continuidade do peritônio, sendo TÚNICA ALBUGÍNEA


uma invaginação do revestimento do abdome pelo canal
inguinal. PARÊNQUIMA
TESTICULAR
As camadas parietal e visceral estão unidas por uma
prega na cauda do epidídimo, possui uma comunicação A sequência básica da produção do espermatozoide até
com o abdômen e pode ocorrer uma herniação de alça a sua eliminação, pode ser considerada:
intestinal.

Maria Eduarda Cabral 262 | P á g i n a


Em bovinos e suínos, o testículo migra para o
TÚBULOS
SEMINÍFEROS escroto logo após o nascimento.

EPIDÍDIMO Situação exposta do escroto.


Ausência de gordura dentro da fáscia escrotal.
Posição intracapsular dos grandes vasos.
DUCTO
DEFERENTE Suprimento abundante de glândulas sudoríparas.
Extenso contato dos vasos no cordão espermático.
sangue arterial resfria com o plexo venoso enovelado.
URETRA Contração da túnica dartos.
contrai e recolhe o escroto.
A fáscia espermática envolve o cordão Músculo cremasteres.
espermático/funículo espermático. puxam a túnica vaginal.

Quando o testículo se encontra fora da sua Se estende desde o óstio interno do colo da
posição anatômica, não descendo para o escroto. bexiga até um óstio externo da extremidade
Ocorre uma lesão do epitélio seminífero não produzindo livre do pênis.
espermatozoides.
Podendo ser dividida e 3 regiões, nas quais seriam:
Pode reduzir seu tamanho quando criptorquida,
consegue se reproduzir desde que um dos testículos prostática.
tenha descido para o escroto. pélvica.
Quando se localiza fora da sua posição anatômica, os peniana.
testículos não conseguem controlar a temperatura,
O diâmetro da uretra em machos é menor do que o da
fazendo com que a temperatura elevada do organismo
fêmea, sendo mais fácil obstruir (em gato, possui o
do animal impossibilite a produção dos espermatozoides,
menor diâmetro).
inviabilizando este testículo.
A uretra masculina é fracionada em parte pélvica ou
interna, unindo-se a ducto deferente e vesicular, e
também, em parte esponjosa ou externa que se
Geralmente, em neonatos não aconteceu a descida encontra majoritariamente dentro do pênis.
testicular. O tubo mucoso é revestido por uma submucosa vascular
No cão e no gato ocorre após a primeira semana de e uma túnica muscular (músculo uretral).
nascimento. A mucosa apresenta pregas longitudinais na uretra
prostática, que são orifícios em forma de fenda dos
Em equinos, o testículo pode voltar à cavidade
ductos deferente e aberturas menores pelas quais
abdominal caso o animal sofra algum tipo de estresse desembocam os ductos prostáticos.
até aproximadamente 18 meses, quando a descida se
Encontra-se alojada em tecido conjuntivo e gordura,
torna irreversível.
repousando sobre o assoalho pélvico, a superfície dorsal

Maria Eduarda Cabral 263 | P á g i n a


está relacionada com o reto e glândulas, sendo
facilmente palpada pelo reto.
O sêmen que está sendo transportado pelo ducto A próstata encontra-se presente em todas as espécies
deferente recebe secreções ao longo do seu caminho domésticas, divididas em duas partes, onde uma delas é
até chegar na uretra, essas secreções são liberadas difusamente distribuída dentro da parede da uretra, e
pelas glândulas anexas ao sistema reprodutor, e após a a segunda parte possui um corpo compacto situado
sua chegada na uretra ele continua recebendo externamente, sendo que ambas as partes drenam
secreções da mesma. muitos ductos.
A uretra percorre o corpo peniano internamente. Em pequenos ruminantes apresenta apenas a
parte difusa da próstata, em equinos apenas a parte
A próstata em cães é mais bilobulada. compacta, os cães possuem uma parte disseminada
vestigial, e uma parte compacta circundando a uretra
por completo, e por fim, em gatos encontramos a
parte disseminada vestigial, e a parte compactada
circundando quase que inteiramente.
Sua palpação pode ser realizada pelo reto, sendo
Dilatação do trecho final do ducto deferente, não sendo importante em cães.
tão visível em cães e gatos.

Em pares, localizada na face dorsal da uretra próximo a


Em pares, presente em todas as espécies domésticas, saída da pelve, presente em todas as espécies exceto
com exceção do cão e gato, cresce na parte distal do no cão e vestigiais em gatos.
ducto deferente.
Em equinos e ruminantes possuem um tamanho
Em suínos a abertura é separada na uretra, em moderado e em suínos são muito grandes, possuindo
equinos são grandes, extremamente lisas e com cilindros irregulares ao longo da uretra.
formato de bexiga, e nas demais espécies são
nodosas, cuja a parede é espessa, com um lúmen Nem todas as glândulas estão presentes em todas as
ramificado e estreito. espécies.
Cada glândula vesicular fica lateral ao ducto deferente
correspondente.

Maria Eduarda Cabral 264 | P á g i n a


Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Maria Eduarda Cabral 265 | P á g i n a


O orifício uretral é conduzido até a extremidade máxima
do pênis.
Em suínos, a glande é pouco desenvolvida possuindo
O prepúcio é a continuidade da pele do abdome e cobre um formato de saca rolha, onde aparenta ser todo
a glande, onde a glande possui variações nas espécies. torcido na região de glande.
O pênis encontra-se suspenso abaixo do tronco, sendo Em equinos a glande apresenta um formato de
contido entre as coxas preso ao assoalho da pelve. cogumelo e é grande.
Em estado quiescente é coberto por uma invaginação de Em bovinos e suínos o pênis é mais fibroso,
pele abdominal, o prepúcio. contendo pequenos vasos sanguíneos, porém uma alta
O pênis é formado por três colunas de tecido erétil, quantidade de tecido fibroelástico resistente, não
sendo elas: necessitando de muito sangue para o pênis ficar ereto,
nesses animais encontraremos a flexura sigmoide
raiz: independente no sentido caudal.
ou s peniano, vista quando o pênis está em seu
corpo do pênis: partes combinadas.
estado quiescente.
colunas dorsais: em pares, apresentando os Em cães encontraremos o osso peniano, enquanto que
pilares do pênis, onde encontra-se o corpo os gatos apresentarão processos espinhosos em sua
cavernoso e o corpo esponjoso. superfície dependente de androgênio, sendo sua
 corpo cavernoso está localizado orientação no sentido posterior.
dorsalmente, é um núcleo de tecido cavernoso E por fim, os pequenos ruminantes possuirão
envolto por tecido conjuntivo, ou seja, pela túnica uma projeção da uretra (processo uretral livre) após a
albugínea. o septo na parte proximal desaparece glande.
distalmente, os carnívoros possuem um septo
O óstio uretral é uma abertura da uretra e em
completo.
equinos recebe o nome de processo uretral, pois ele
 corpo esponjoso está localizado termina junto com a glande.
ventralmente, circundando a uretra.
No pênis de suínos existe um divertículo prepucial que
O corpo cavernoso não se estende até o ápice do pênis, armazena urina e resto de tecidos e células.
é formado por uma expansão do corpo esponjoso onde
na saída da pelve ocorre um súbito aumento de volume. O corpo cavernoso possui uma quantidade maior de
sangue necessária para a ereção, contendo um tecido
O bulbo do pênis é uma estrutura bilobada que diminui musculocavernoso ocorrentes em equinos e cães.
gradualmente, onde na região da uretra o corpo esponjo
torna-se escasso. O prepúcio é a camada interna e o revestimento peniano
desprovidos de pele, estão bem guarnecidos de glândulas
O corpo esponjoso possui espaços sanguíneos maiores secretoras de esmegma (secreção liberada pelas
e septos mais finos, a sua expansão cranial origina a glândulas no prepúcio) e tecido linfoide.
glande.
O mediastino testicular é a parte central do testículo.

Questões
1. Cite os órgãos que compõem o sistema reprodutivo masculino?

Maria Eduarda Cabral 266 | P á g i n a


2. Quais são os componentes endócrinos e exócrinos do testículo?

3. Diferencie os testículos em cada espécie com base na sua posição.

4. Faça um desenho esquemático do testículo.

5. Qual a divisão da uretra?

6. A flexura sigmoide está presente em qual espécie animal? Qual sua função?

Maria Eduarda Cabral 267 | P á g i n a


Maria Eduarda Cabral 268 | P á g i n a
Reprodutor
Feminino
Maria Eduarda Cabral
Sistema Genital Feminino
É composto pelos: separando o útero da vagina encontra-se a cérvix
ovários. (se mantém fechada, só se abre quando a fêmea
está receptiva ao macho).
tubas uterinas.
cornos uterinos.
útero.
cérvix.
vagina.
vestíbulo.
clitóris.
vulva.
glândulas mamárias.
GÔNADAS OU OVÁRIOS: presente em pares, é
uma glândula mista, produzindo os gametas femininos e
secretando hormônios. Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

as fêmeas já nascem com uma quantidade VESTÍBULO: é a continuação da vagina abrindo-se na


determinada de gametas que foram produzidos na vulva, possui uma função dupla atuando como órgão
vida intrauterina. urinário.
TUBAS UTERINAS: em pares, realizam a captação
dos gametas quando são liberados pelos ovários e o
conduzem, direcionando-o para o útero. Suas funções estão relacionadas a gametogênese e
secreções endócrinas.

Possui um corpo maciço com um formato elipsoide,


normalmente apresenta uma superfície irregular por
conta dos folículos ou do corpo lúteo.
Sua irregularidade é maior em fêmeas polítocas,
onde os folículos amadurecem em grupo.
A foliculogênese é a maturação do folículo, alterando a
superfície do ovário, conforme essas células vão
maturando o folículo começa a aumentar de tamanho
resultando em elevações na parede do ovário.
Não exibem proporção constante com o peso corpóreo,
Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso sendo menores que o testículo.
ÚTERO: apresenta uma mucosa rica em glândulas, Em éguas geralmente são grandes e com um formato
região onde os óvulos fertilizados ficam retidos e são reniforme (de rim).
nutridos.
Localiza-se na parte dorsal do abdome, próximo as
VAGINA: é um órgão copulador, sendo o canal do extremidades dos cornos uterinos, em ruminantes os
parto.

Maria Eduarda Cabral 269 | P á g i n a


vários se situam próximos entrada pélvica, no restante corpo sólido a partir das células que revestiam o folículo,
dos animais, cranial aos ovários encontra-se os rins. sendo denominado de corpo lúteo.
Cada ovário fica suspenso pelo ligamento largo é uma glândula endócrina transitória,
(MESOVÁRIO), quando cortado, sua parte central é desempenhando a função da secreção de hormônios
mais frouxa e mais vascular, é dividido em região (progesterona).
cortical (folículos ovarianos em diferentes estágios, Quando não ocorre a fecundação, esse corpo lúteo é
perifericamente) e medular (tecido conjuntivo, vasos degenerado sendo substituído por uma cicatriz de tecido
sanguíneos e nervos, realizam a nutrição). conjuntivo, o corpo albicans.
Na maioria das espécies, o córtex encontra-se mais Na égua a região cortical encontra-se mais interna e a
externo. região medular mais periférica.
células que dão suporte.
células que desempenham a função do
órgão.
O córtex ou parênquima ovariano é limitado pela túnica
albugínea, diretamente abaixo do peritônio e
apresentando folículos disseminados em variados
estágios, cada folículo originará um único óvulo.
Quando o folículo atinge seu estado de maturação ele é
liberando, esse folículo estava contido em um grupo de
células e a partir do momento que sai do ovário gera um

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015

Maria Eduarda Cabral 270 | P á g i n a


Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015
Próximo ao ovário, localiza-se o infundíbulo com um
formato de funil, sua borda livre possui as fímbrias
que entram em contato com a superfície do ovário,
Outra nomenclatura para as tubas uterinas, seria auxiliando no deslocamento do gameta.
trompas de falópio e ovidutos, porém,
encontra-se em desuso. Além do infundíbulo, a tuba uterina divide-se em:
Salpinge refere-se as tubas uterinas, que capturam os ampola: porção mais cranial.
óvulos liberados pelos ovários e os conduzem até o útero. istmo: porção mais contorcida.
Encontra-se em prega lateral ao ligamento largo, onde a unindo-se ao corno uterino na junção utrotubárica
porção desse ligamento nessa região denomina-se (salpingouterina).
mesossalpinge.

Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015


Maria Eduarda Cabral 271 | P á g i n a
A cérvix possui a função de abrir e fechar
possibilitando a comunicação do útero com a vagina, se
abrindo no período em que o útero está apto a receber
Métrio e Hister = útero. o embrião e no período de parto/pós-parto).
metrite é a inflamação do útero. óstio externo: quando se abre para a vagina (para
histerectomia é a remoção cirúrgica do útero. o lúmen vaginal).
É a parte de maior volume do trato reprodutivo, lúmen da cérvix: ocluído por pregas mucosas
aumentando de tamanho durante a gestação ou em (canal cervical).
frente a uma infecção, sendo o local que os óstio interno: abertura para o útero.
embriões/fetos ficam e repouso, onde ocorre a
nidação. O corpo uterino é geralmente menor, porém em éguas
ele é maior.
Região de intercâmbio fisiológico com a corrente
sanguínea da mãe. Os cornos uterinos variam em tamanho entre as
espécies, sendo enrolados em ruminantes, retilíneos e
Em roedores a união dos cornos uterinos é mais caudal, divergentes em éguas e cadelas e semelhante ao
consistindo em dois tubos pares que se abrem intestino em porcas.
separadamente na vagina.
Localizado no abdome sobre os intestinos.
Em mulheres e primatas sua união é bem cranial,
possuindo um útero sem divisão. Apresenta a extensão do ligamento largo:
MESOMÉTRIO.
O útero bicórneo ocorre uma fusão intermediária,
Endométrio é a parte mais interna, apresenta inúmeras
sendo encontrada nas principais espécies domésticas glândulas tubulares, revestido por epitélio simples
(possuindo os cornos uterinos de ambos os lados e o colunar onde em ruminantes encontra-se elevações
corpo do útero, uma única parte). permanentes denominadas carúnculas, sendo locais
OVÁRIO onde as membranas embrionárias se aderem durante a
gestação, realizando comunicação com a placenta.
O ligamento largo é dividido em:
TUBAS UTERINAS
MESOVÁRIO

CORNOS UTERINOS
MESOSSALPINGE
O segmento caudal contendo uma parede mais espessa
é a região de cérvix, sendo uma estrutura mais firme.
MESOMÉTRIO

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Fonte: KONIG e LIEBICH, 2015
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A uretra na fêmea não sofre divisões, sendo apenas
uretra pélvica.

Mais curto que a vagina sendo caudal ao arco isquiático,


inclina-se ventralmente em relação a abertura da vulva,
possuindo paredes menos elásticas que as da vagina, no
Vagina repouso ficam juntas reduzindo o lúmen a uma fenda
vertical, a uretra abre-se no assoalho sendo caudal ao
Passagem puramente reprodutiva, vai da cérvix até a hímen.
entrada da uretra. Abre-se para o exterior até a vulva, onde a abertura
Dorsalmente com o reto e ventralmente com a bexiga, vulvar são os lábios vulvais, os lábios se encontram
a divisão da vagina com o vestíbulo é marcada pelo óstio nas comissuras sendo a comissura dorsal mais
uretral externo (local onde a uretra se abre), sua arredondada e a ventral mais pontiaguda, ou seja,
comissuras é o encontro dos lábios vulvais direito e
posição é retroperitonial (localização alta, perto das
esquerdo.
vértebras).
É um conduto longo de parede final sendo distensível,
ventralmente possui uma rica rede de plexos de veias,
músculo vaginal é semelhante ao do útero, apresenta Homólogo feminino do pênis, sendo formado por um
glândulas na porção cranial. corpo e uma glande (apenas a glande é visível), possuindo
envolta uma prega de mucosa que constitui o prepúcio.
Ao redor da cérvix tem um saco de fundo cego
denominado fórnix (intrusão da cérvix na porção Localiza-se dentro da comissura ventral do assoalho
vestibular.
cranial).
Junção vagina-vestíbulo é marcada em
fêmeas virgens, onde existe um hímen sendo uma dobra
da mucosa.

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso

Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso


O ligamento largo compreende a parte
cranial (ovário, tubas e cornos uterinos) e a parte
caudal (horizontalmente inserido ao lado do corpo
Vestíbulo uterino, a cérvix e a parte cranial da vagina), é dividido
em:
Combina funções reprodutivas e urinárias, desde o
orifício uretral (óstio uretral externo que fica no mesovário (ou, bolsa ovariana).
assoalho do vestíbulo) até a vulva. mesossalpinge.
Maria Eduarda Cabral 274 | P á g i n a
mesométrio.
sustenta o ovário.
sustenta a tuba uterina.
em éguas é rasa e incapaz de
manter o ovário, e cadelas é profunda, fazendo com
que os ovários fiquem ocultos.
O ligamento largo é o nome do tecido inteiro, cuja unção
principal é auxiliar no posicionamento das estruturas do
sistema reprodutor.
O ligamento redondo auxilia no posicionamento e
prossegue até o canal inguinal, a fossa da ovulação é
onde o óvulo será liberado nas éguas e o hímen localiza- Imagem retirada da aula do Prof.º Rogério Anderson Marcasso
se acima do óstio uretral externo.

A artéria ovárica é um dos ramos da artéria aorta,


realizando a nutrição do ovário e ramifica-se para a tuba
e parte cranial do corno uterino.
A artéria ovárica une-se a artéria uterina no ligamento
largo, onde a artéria uterina é um ramo indireto da
artéria ilíaca interna irrigando o corno e o corpo uterino,
e por fim, a artéria vaginal.

Questões
1. Cite os órgãos que compõem o sistema reprodutor feminino.

2. Qual a divisão do ligamento largo? Cite as regiões que cada divisão está presente.

3. Explique a função de cada órgão que compõe o sistema reprodutor feminino.

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Referências
Anotações em sala de aula com o conteúdo ministrado pelo Prof.º Rogério
Anderson Marcasso.
DYCE, K. M. Tratado de Anatomia Veterinária. 4. ed. [S.I.]: Guanabara
Koogan, 2010.
KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H.G. Anatomia dos Animais Domésticos. 6. ed. [S.I]:
Artmed, 2016.
Material disponibilizado pelo Prof.º Rogério Anderson Marcasso.

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