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Alimentos deteriorados;

O estômago tem células parietais e principais; Toxinas (uremias – doença renal crônica, mineralização da mucosa,
halitose, dor abdominal, anorexia);
Sob estímulo da gastrina, as cél. principais
liberam pepsinogênio que precisa do HCl liberado pelas cél. parietais Agentes químicos e físicos;
sob estímulo da histamina, gastrina e acetilcolina (BOMBA H+, K+, Nervosa por estresse (suínos);
ATPase) para degradar proteínas e peptídeos.
Medicamentosa: AINEs (COX1 - citoproteção do TGI aumenta a
Sob influência de COX1, as prostaglandinas (E2) estimulam cél. secreção de muco e o fluxo sanguíneo, diminui secreção de ácido
epiteliais a liberarem muco e bicarbonato que inibem a secreção de gástrico; função renal causa vasodilatação PG´s; COX2 – induzida,
H+, ficando em equilíbrio no estômago. dor e inflamação)

Os vômitos são os principais sintomas, é um mecanismo de defesa


para remover o material ingerido, visando impedir a absorção do
agente tóxico, principalmente em úlceras gástricas.
A gastropatia é definida como um distúrbio digestivo caracterizado
como um conjunto de sintomas relacionado ao TGI superior
(desconforto abdominal, dor, queimação) Lesão epitelial da mucosa
gástrica na ausência do infiltrado inflamatório.
Ex.: gastropatia causada por AINEs.
* A prostaglandina inibe a secreção de H+ e a produção de muco;
Hematêmese (vômito com sangue): gastropatias erosivas e
ulcerativas ou do esôfago. * Presença de erosões e úlceras sanguinolentas no estômago;
Apatia, anorexia e desidratação. Glicocorticoides e antibióticos.

Diagnóstico histológico por endoscopia; Consequência de muitas alterações no estômago, é


uma lesão escavada na mucosa gástrica ou
Lesão epitelial na mucosa gástrica na presença de infiltrado
duodenal que expõe a submucosa à secreção ácida
inflamatório;
e autodigestiva. Muito ligada aos motivos que levam
Inflamação mucosas e outras camadas. ao desequilíbrio da integridade da barreira de muco
com o HCl e a pepsina que possuem efeitos
Vírus: BVD/IBR/FCM (ruminantes - inflamação, abomasite
necrosantes.
hemorrágica), parvovírus (cães – processo inflamatório);
Hipersecreção HCl.
Bactérias: Fusobacterium necrophorum (gastrite com muita necrose),
Clostridium sp. (abomasite hemorrágica); Salmonella sp. (placas com Falhas na integridade da mucosa:
fibrina, hiperemia e perda da mucosa), Hellicobacter pylori;
 AINE´s que interferem no metabolismo das PG´s;
Fungos: Candida albicans, Aspergil us sp., Histoplasma, Mucor,  Glicocorticoides e estresse diminuem a renovação do
Rhizopus; epitélio e inibição COX1 (  PG´s) e estimula a secreção
da gastrina que estimula as células parietais e principais.
Parasitos: Gasterophylus (equídeos – erosão da mucosa, inflamação),
Haemonchus (peq. Ruminantes – edema submandibular pela * Região de cárdia (aglandular).
esfoliação da mucosa, anemia, perda de peso), Ostertagia,
Consequências: perfurações (peritonite), sangramento (anemia),
Trichostrongylus (gastrite metaplásica);
hematêmese ou melena.
Auto-imune: lúpus eritromatoso sistêmico;
Ocorre mais frequentemente em equinos e cães.
Dilatação gástrica primária: origem nutricional, ingestão de alimentos
(carb) altamente fermentáveis, de curso agudo e ocorre mais em
equinos. Patogênese semelhante à acidose lática.
 Estômago do equino em relação à capacidade do TGI (10 a 18L).
O carboidrato fermenta pelas bac. amilolíticas (  AGV´s inibem
o esvaziamento gástrico pois intoxicam a musculatura da parede
gástrica inibindo a motilidade), vai dilatar devido ao aumento de
gás e retenção de fluidos, e sem o vômito ocorre a ruptura.
Consequência: hemorragia, extravasamento para a cavidade
 O baço é deslocado para a direita e ventralmente, causando a
abdominal, irritação peritoneal com peritonite e choque séptico.
sua “dobra em V”, impedindo o retorno venoso da veia porta
Carac. necropsia: edemaciamento das bordas, muita hemorragia, (união veias mesentéricas), causando aumento de tamanho e
transudato na cav. abdominal e inflamação com fibrinas. congestão do sangue levando à hipóxia que consequentemente
leva à necrose;
Dilatação secundária: impedimento físico ou funcional do  O fluxo sanguíneo das veias caudal e porta é diminuído, assim
esvaziamento do estômago, pode ser aguda ou crônica. diminuindo também o retorno venoso, o débito cardíaco (FC x
 Causas: corpos estranhos, neoplasias, atonia por distenção da VS), a PA e a perfusão tecidual que leva à isquemia do pâncreas,
parede (aerofagia ou alim. grosseiros), paralisia do nervo vago e este libera o fator depressor do miocárdio, gerando isquemia
que promove a contração do estômago, obstrução int. delgado do miocárdio levando a um choque circulatório no animal e
e reflexo à obstrução ceco/cólon. consequentemente morte;
 A compressão diafragmática e torácica diminui o volume
Consequências: atonia (agrava a dilatação), deslocamento do órgão corrente de sangue, caindo novamente na diminuição do retorno
na cav. Abdominal, ruptura, distúrbios metabólicos e morte por venoso e suas consequências;
peritonite, acidose ou alcalose metabólica.  O acúmulo de gás leva ao aumento da pressão intragástrica,
diminuindo o fluxo sanguíneo e a tensão de O2 do próprio
estômago, que entra em isquemia e necrose gástrica com
Torção do estômago em seu próprio eixo, primeiro ocorre a perfuração e consequentemente peritonite e morte ou com
dilatação. Afecção aguda e de alta mortalidade (45% em animais absorção de bac. e endotoxinas na corrente sanguínea levando
tratados) a um choque séptico;
 A atonia gástrica também leva ao acúmulo de gás e suas
* Dilatação fisiológica do estômago dos lobos de até 17%
consequências.
Relacionado com o tamanho grande do animal, tórax profundo,
prática de exercícios após a refeição, alimentos altamente
processáveis e água; única alimentação diária/ alimentação voraz,
acúmulo de gás no lúmen (aerofagia + alim. bacteriana), esforço e
vômito não produtivo.
A) O estômago dilata;
B) Tendência do estômago de girar em sentido horário ao redor do
esôfago; Consequências: choque e perfusão tecidual inadequada afetam
C) A curvatura maior move-se ventrocaudalmente, deslocando-se múltiplos órgãos.
dorsalmente para a direita e o duodeno e o piloro se movem

ventralmente para a esquerda da linha média;
D) Duodeno e piloro permanecem entre o esôfago e o estômago, e
a dilatação/rotação pode ser de 90 a 360°.
 
 Lesão por reperfusão causa boa parte dos danos teciduais  Porção anterior do
após a cirurgia. Como o estômago está congesto, há hipóxia e intestino – curso
baixa de glicose, assim não formando ATP e gerando isquemia. agudo, intestino
*Isquemia: ATP  ADP  AMP  Inosina  hipoxantina delgado cranial e
Ao mesmo tempo, cél. em necrose liberam Ca+, que ativa xantina médio (duodeno e
desidrogenase a virar xantina oxidase. jejuno).
Ao reverter a torção, o sangue vai voltar a circular normalmente Ocorre obliteração do lúmen sem comprometer a integridade
e o venoso será removido. O sangue arterial leva O2 para uma da parede, acumulando líquidos e alimentos junto com
área cheia de xantina pela degradação de ATP. O O2 em contato secreções, havendo fermentação bac. e formação de gás
com a hipoxantina e xantina oxidase leva à lesão por reperfusão, com distensão do intestino e sequestro de água para o
e toda vez que reperfunde um órgão que esteve em isquemia lúmen. A dilatação promove o vômito (conteúdo estomacal +
ocorre injúria por reperfusão. HCl) gerando desidratação, hipocalemia, hipocloremia e entra
A presença de O2 forma radicais livres que chegam na membrana em alcalose metabólica (eliminação de H+ E Cl-) que gera um
das células e causam oxidação lipídica das membranas e o ácido grave desequilíbrio ácido-básico e hidroeletrolítico;
aracdônico é liberado, produzindo prostaglandinas (vasodilatadoras
que atraem cél. inflamatórias que migram pra parede estomacal  Porção posterior do
e liberam suas enzimas), leucotrienos e tromboxanos gerando uma intestino – curso
inflamação. mais crônico, envolve
íleo e intestino
grosso, o animal vai
Associada a parasitismo, úlceras, neoplasias, traumatismos e corpos conseguir fazer a
estranhos pontiagudos. absorção de
nutrientes, o desequilíbrio eletrolítico é menos grave, e
Consequência: peritonite e consequentemente morte. previne distensão aguda intestinal (vômitos).
Ocorre obliteração do lúmen sem comprometer a integridade
da parede, acumulando líquidos e alimentos junto com
Tricobenzoários: concreções formadas por pelos. secreções, havendo fermentação bac. e formação de gás
com distensão do intestino e sequestro de água para o
 Bovinos – dieta pobre em Na+, vacas com cria nova e lúmen (forma lenta). O animal para o consumo e assimilação
dermatoses pruriginosas; de alimento, passando a ter desidratação e catabolismo de
 Felinos – grooming. gordura e proteína muscular para manter a energia
Fitobenzoários: concreções formadas por fibras de baixa corporal, formando corpos cetônicos e assim gerando
digestibilidade (alimento rico em lignina que não é fermentada pelas acidose metabólica com grave desequilíbrio eletrolítico.
bactérias intestinais)
Consequências: podem permanecer no rúmen sem sequelas ao
animal ou podem ser regurgitados para o esôfago ou propelidos ao
intestino gerando obstruções ou timpanismo secundário.
Achados de necropsia: distensão porção anterior (varia), acúmulo de
gás no lúmen, congestão da mucosa.
Obstrução estrangulada: com comprometimento da parede intestinal,
apresentando necrose e hemorragias, possuem curso agudo, ocorre
em qualquer parte do intestino, com comprometimento vascular e
perda da integridade da mucosa.
Sempre há dilatação anterior ao ponto de obstrução, causando *Na cirurgia deve-se fazer a enterectomia (retirar a alça não
vômitos como sinal clínico. viável).
Obstrução simples: Obstrução do lúmen sem comprometimento da Ocorre hipóxia e perda da integridade da mucosa gerando parada
parede do intestino. da absorção de água e eletrólitos, com efusão de líquidos e sangue
para o lúmen, favorecendo a proliferação de bac. aeróbias, gerando
gás e consequentemente a distensão, gangrena (ruptura e capazes de se contraírem mais; lipomas pedunculados (neoplasias
peritonite séptica), e absorção de toxinas pela mucosa desvitalizada, benignas tec. adiposo), que pesam e torcem a alça.
causando toxemia e choque séptico.
*Se a extensão for grande, é necessário fazer a eutanásia.
Achados de necropsia: distensão, gangrena, perfuração, peritonite,
acúmulo de gás no interior.
Causas: obstrução mecânica Toda inflamação vai ter uma distribuição, podendo ser segmentar,
focal, multifocal ou difusa, são baseadas na intensidade (discreta,
 Estreitamento (congênitas – atresia anal ou estenose do moderada ou acentuada), vão seguir muito características
intestino; adquiridas – prolapso retal, inflamação, morfológicas (catarral, hemorrágica, purulenta, granulomatosa,
traumatismos ou neoplasias); necrótica) e podem ser causadas por vírus, bactérias, parasitos, etc.
 Obstruções – corpos estranhos, parasitos (Parascaris
equorum, Toxocara cati, Toxocara canis e Ascaris suum), Gastroenterite: vômito, diarreia, dor abdominal, febre e desidratação
enterólitos (compactação alimentar em equinos); Enterite hemorrágica: Clostridium perfringes tipo B em ruminantes,
 Compressão externa – hérnias, torção ou vólvulo, alças escuras com conteúdo sanguinolento;
intuscepção;
Enterite catarral: comum em suínos, presença de catarro e muco;
Obstrução vascular – tromboembolismo, redução da perfusão.
Enterite fibrinosa: muita fibrina no interior do intestino, Salmonella
sp. em suínos, BVD em bovinos.
Quando um segmento intestinal invagina
para dentro do segmento
imediatamente distal devido a alto Sinal cardinal do mau funcionamento do intestino, com presença de
motilidade do intestino. Os animais excesso de água nas fezes em relação à matéria fecal.
apresentam vômito, dor abdominal, Diarreia secretória: aumento de secreção para dentro do lúmen
passagem de muco e sangue. intestinal suficiente para suplantar a capacidade absortiva intestinal.
Geralmente as veias do mesentério ingurgitadas e a alça bem As células das criptas intestinais secretam eletrólitos e água para
congesta, podendo evoluir para uma obstrução estrangulada. dentro do lúmen. Ex.: enterotoxinas bacterianas (Salmonella sp., E.
coli toxigênica, Yersina enterocolítica, Shiguella e Clostridium
perfringes), vírus (rotavírus).
A passagem de uma víscera em uma
 Por algum motivo ou desequilíbrio da flora, os agentes
abertura natural. Tem que ter o anel
infecciosos dentro do lúmen vão produzir toxinas que vão
herniário, formando uma bolsa herniária
estimular nas vilosidades a parada do transporte de Na+ e Cl-
onde as alças vão penetrar.
pelo bloqueio da entrada de NaCl para o interior da célula , e
Ex.: hérnia umbilical, escrotal (passam pelo no enterócito estimula o AMP cíclico que por sua vez estimula
canal inguinal e seguem para o escroto), e hérnia perineal. as bombas de NaCl e a secreção para o lúmen, na membrana
dos enterócitos, assim deixando o meio mais concentrado e
O problema é justamente a hérnia ficar encarcerada, e levar vasos
consequentemente atraindo mais água para o lúmen,
sanguíneos junto, podendo ocasionar em congestão e necrose, deste
aumentando o peristaltismo e perda de água pelas fezes.
modo a alça precisa ser fechada.
Diarreia efusiva: ocorre por aumento de permeabilidade, pela
dilatação anormal dos poros ou junções intercelulares. Mesmas
Torção de um segmento intestinal, em que a porção intestinal se causas de edema ( pressão hidrostática devido ao
rotaciona em seu próprio eixo. São obstruções do tipo estrangulada extravasamento de líquido;  de pressão oncótica pois as
pois levam a congestão, hipóxia, isquemia e necrose. proteínas mantém a pressão para o extravasamento de líquido;
obstrução dos vasos linfáticos, diminuindo a drenagem de linfa e
Causas: frequentemente em equinos devido ao comprimento e permitindo o extravasamento de líquido; ou as próprias enterites
espaço da cavidade grandes e muita motilidade intestinal; parasitismo por causa da inflamação que causa dilatação dos poros e junções
de Parascaris equorum ou Strongylus vulgaris, e este pela migração entre os enterólitos).
na artéria mesentérica, causa arterite, aneurisma e
tromboembolismo, causando áreas de infarto e as alças não são
Diarreia mal absortiva (osmótica): falhas na digestão ou absorção Peritonite fibrinosa: presença de fibrina devido a ruptura de alças
de substâncias osmoticamente ativas, principalmente carboidratos intestinais ou estômago. Frequente em equinos.
e ácidos graxos, ou seja, não houve digestão de carb. e gordura,
logo terá a atração de água, favorecendo o crescimento
bacteriano. É ácida pois diminui demais o pH fecal e gera muito gás
(cólica). Muito comum em filhotes.
 Há deficiência na digestão de nutrientes, ocasionando em má
absorção e digestão de nutrientes pois não foram quebrados, Deposição de glicerídeos nos
logo aumentando a osmolaridade luminal e atraindo água, hepatócitos, está diretamente
aumentando conteúdo fecal e peristaltismo. relacionado com o metabolismo; pode
 Causas: não habituação adequada ao novo nutriente, mudando ocorrer em todos os tecidos, mas o
o perfil de bactérias e a fermentação; parasitismo (Giardia sp. fígado é mais afetado justamente
que interfere na absorção de nutrientes pela parede dos porque é um órgão de metabolismo
enterócitos; insuf. pancreática exócrina; supercrescimento de gordura.
bacteriano intestinal (deficiência de IgA); hipersensibilidade a
determinados alimentos; doença inflamatória intestinal
(enterite linfocítica-plasmocitária); e linfoma intestinal.

Falha na formação de lipoproteína: o organismo não vai conseguir


formar lipoproteínas, e os lipídios na forma de triglicerídeos serão
estocados nos hepatócitos. Ex.: déficit proteico na dieta ou distúrbio
na síntese proteica;
Diminuição no volume de oxidação dos ácidos graxos: quando os
ácidos graxos e triglicerídeos são formados, precisam de O2 para
serem oxidados na mitocôndria. Logo sua falta pode estimular
Hidroperitôneo ou ascite: presença de líquido. Varia desde o acúmulo de lipídios nos hepatócitos. Ex.: anemia, hipóxia e toxinas;
transudato transparente (âmbar) ao transudato modificado
Aporte excessivo de ácidos graxos para o fígado: o problema é na
(presença de hemácias);
quantidade de AG´s que chegam nos hepatócitos, que superam a
Hemoperitôneo: presença de sangue. O achado de necropsia é o capacidade de oxidar e formar lipoproteínas. Ex.: dieta rica em
órgão rompido; gordura ou distúrbios do metabolismo
Uroperitôneo: presença de urina (nem sempre há bactérias, pois, a  Cetose bovina – o balanço energético negativo leva à retirada
bexiga geralmente é estéril, gerando assim peritonite asséptica de energia do tec. adiposo causando lipólise, removendo o
devido à toxicidade da amônia). Cálculos na bexiga predispõem a excesso de gordura e aumentando a oxidação de AG´s no
ruptura; fígado, formando Acetil-COA podendo entrar no ciclo de Krebs
ou acúmulo de corpos cetônicos gerando a cetose. Os Acetil-
Peritonite séptica: conteúdo intestinal. PIF (peritonite infecciosa
COA em excesso se acumulam no fígado e como os bovinos têm
felina) em felinos;
baixa capac. de exportar triglicerídeos na forma de lipoproteínas, Bacterianas:
leva a esteatose hepática;
 Salmonella sp., E. coli, Clostridium perfringens, Tuberculose;
 Diabetes mellitus/ obesidade – quando há dieta inadequada, o
 Abcessos hepáticos – migração parasitária, retículo-peritonite
animal entra no quadro hiperglicemia, a glicose é transportada
traumática, complexo ruminite abcesso hepático (acidose),
para o tec. adiposo, vira α- glicerol-P e é estocado na forma
necrobacilose (Fusobacterium necrophorum), onfaloflebite (má
de triglicerídeos. À medida que o indivíduo fica obeso, o tec.
cicatrização do umbigo);
adiposo que é pouco vascularizado começa a entrar em
 Hemoglobinúria bacilar – Clostridium haemolyticum, comum em
apoptose, e assim começa a inflamar liberando leptina, TNF-α
fascíola hepática. O animal vai ingerir os esporos do Clostridium
e IL-6 que cai na corrente sanguínea e leva a resistência à
haemolyticum, que chega ao fígado ficando latentes nas cél. de
insulina. Deste modo o tecido muscular não expressa GLUT-4 e
Kupffer (macrófagos do fígado). Após a infecção pelas larvas
o indivíduo não consegue utilizar a glicose como fonte de energia,
da fascíola hepática, causando irritação e inflamação no fígado,
levando à hiperglicemia que estimula a liberação de insulina, mas
vai gerar áreas hipóxia que promove a germinação dos bacilos
por causa da resistência consequentemente desenvolve um
do Clostridium, que se multiplicam causando hepatite e
quadro de diabetes mellitus. Para ter energia, a musculatura tem
produzindo toxinas hepatotóxicas que seguem para a corrente
que usar os AG´s e começa a ter catabolismo dos triglicerídeos,
sanguínea causando hemólise intravascular e sinais clínicos como
que na forma de AGL caem na corrente sanguínea e são
febre, hemoglobinúria (hemoglobina é tóxica, levando a um
transportados para o fígado, superando o aporte de oxidação
quadro de nefrose) e necrose hepática;
e formação de apoproteínas, e consequentemente acumulando
no fígado e levando à lipidose hepática;
 Corticoideterapia prolongada - o corticoide é antagonista à
insulina, não deixando a glicose ser absorvida, logo para gerar
energia será necessário a remoção de triglicerídeos do tec.  Leptospirose: anemia hemolítica intravascular (prod. toxina que
adiposo que vão para o fígado na forma de AG livres, causa hemólise), insuf. renal e hepática em cães e aborto em
sobrecarregando-o; bovinos. É uma bac. que acomete diretamente o fígado,
 Inapetência - falta de capacidade de utilizar bem carboidratos causando necrose dos hepatócitos, levando à hepatite (insuf.
em felinos, estimulando a quebra de adrenalina e glucagon, hepáticahemorragia), colestase (parada do fluxo biliar) e
causando lipólise e AG livres para o fígado; consequentemente à icterícia pois a bilirrubina não é eliminada,
 Ingestão de sementes de girassol - ricas em gordura. aumentando sua concentração na corrente sanguínea e como
é lipossolúvel atravessa os tecidos. Ademais, como há uma
Achados de necropsia: Coloração amarelada do fígado, aumento de
bacteremia na microvasculatura, leva a uma vasculite (inflamação
peso e volume, o órgão fica friável, com bordas arredondadas e
dos capilares), formando uma coagulação intravascular
aspecto untoso ao corte.
disseminada (CID) e o desenvolvimento de hemorragias. Nos rins,
Achados de histopatologia: hepatócitos com grande acúmulo de a bactéria causa um processo inflamatório túbulo-intersticial e
gordura citoplasmática, núcleo deslocado para a periferia e gera uma nefrite, uma das principais causas da insuf. renal aguda.
hepatócitos semelhantes ao tecido adiposo. Por fim a hemólise intravascular pela liberação das toxinas causa
a liberação da hemoglobina e consequentemente hemoglobinúria
que em excesso nos túbulos renais leva a uma degeneração e
Inflamação do parênquima hepático necrose dos túbulos renais, causando nefrose hemoglobinúrica.

Vias de entrada: hematógena (o agente circulante no organismo Achados de necropsia: icterícia, hemorragias multifocais, nefrose,
acaba chegando no fígado); direta e ascendente pelo sistema biliar. aumento do padrão lobular dos hepatócitos.

Hepatite aguda: necrose; Parasitárias: larvas de nematódeos (Ascaris suum, Strongylus sp.),
cestódeos cisticercos (C. celul osae, C. bovis, C. tenicollis e Echinococcus
Hepatite crônica: fibrose. granulosus – cisto hidátido) e trematódeos (Fascíola hepática,
Vírus: Eurytrema sp., Platynosomum fastosum).

 Hepatite infecciosa canina (adeno-vírus canino 1) -


hepatomegalia e áreas de necrose;
Inflamação da vesícula biliar
 PIF (coronavírus) - o vírus pode causar a reação inflamatória
exsudativa ou a reação do tipo seca na forma de granuloma; Causas: vírus, bactérias, parasitas, colelitíase (cálculos biliares)
Extra-hepática: obstrução do ducto-colédoco (cálculos ou parasitos); Aumento de deposição da matriz extracelular, colágenos tipo I e III.
A fibrose progressiva leva à cirrose.
Intra-hepática:
 Disfunção dos hepatócitos – inibição das enzimas ligadas à
membrana ou das enzimas citoplasmáticas que facilitam o As células de Kupffer ativam citocinas
metabolismo dos ácidos biliares. Pode ocorrer estase da bile nos TNF-α e IL-1, ativando as células de Ito
canalículos hepáticos. que por sua vez transformam-se em cél.
semelhantes a fibroblasto, passando a
produzir colágeno desordenadamente no espaço de Dyce, com
deposição difusa pelos lóbulos. Deste modo ocorre obstrução do fluxo
sanguíneo, aumentando a pressão hidrostática e conseq. insuf.
hepática e hiperplasia biliar pelo aumento dos canalículos biliares,
impedindo a difusão de solutos entre hepatócitos e o plasma,
consequentemente gerando necrose dos hepatócitos e tentativas
de regenerações nodulares, com liberação de citocinas e atração de
cél. inflamatórias e de Kupffer, gerando um ciclo vicioso.
 Obstrução dos canalículos biliares intra-hepáticos – se há uma
inflamação nos hepatócitos, o fluxo biliar pode ser interrompido, Achados de necropsia: distensão do parênquima hepático, com
ou seja, a bilirrubina vai acumular nos canalículos e interior dos textura firme e diminuição de tamanho.
hepatócitos, podendo haver obstrução.

Incapacidade de realizar as atividades fisiológicas; quanto mais


funções, mais disfunções generalizadas o órgão terá.
Hemorragia: deficiência na síntese dos fatores de coagulação. Dos
13 existentes,11 fatores são produzidos pelo fígado. Como
consequência, o animal apresenta diátese hemorrágica na forma
principalmente de petéquias em vários órgãos.
Edemas:
 Anasarca (generalizados);
 Ascite hipertensão portal - sobrecarga do sistema porta,
desenvolvendo shunts portossistêmicos. Como consequências
A vesícula biliar inflama, distende de tamanho e a bile começa a ficar também há aumento da pressão hidrostática e da produção de
em um aspecto mucoso. linfa no espaço de Dyce e diminuição da pressão oncótica,
levando a uma hipoalbuinemia. Quando o fígado está em estado
cirrótico, diminui prod. de albumina desenvolvendo hipertensão
Os hepatócitos periportais portal levando a congestão do baço, e como o volume plasmático
possuem alta atividade efetivo diminui, também diminui a perfusão renal com ativação
mitótica, regenerando do sistema renina/angiotensina/aldosterona;
hepatócitos e mantendo o  Encefalopatia hepática: o sangue desvia através dos shunts
“arcabouço”. Estão portossistêmicos, e como consequência o animal apresenta
próximas da tríade portal manifestações neurológicas por causa da prod. de amônia dos
e por isso recebem mais microrganismos, que não circula no ciclo da ureia, passando pela
O2, assim capazes de fazer o reparo. O sucesso regenerativo barreira hematoencefálica e levando ao aumento de glutamato
depende do suprimento sanguíneo, drenagem da bile (tóxica, pode (glutamina + amônia) substância tóxica em grandes quantidades
causar colestase) e manutenção do colágeno tipo III. (para não intoxicar, os astrócitos quebram o glutamato em
A necrose ou lesões repetidas levam à fibrose, substituindo
hepatócitos por colágeno.
glutamina), que abre os canais de Na+ e Ca+. Causa letargia e Icterícia:
inconsciência.
 Pré-hepática – causas antes do fígado que levam à hemólise.
Sempre ligada à hemólise excessiva, que libera a bilirrubina (não-
conjugada/indireta) na corrente sanguínea, aumentando o

aporte hepático e incapacidade de metabolização. Babesiose
(hemólise imunomediada); leptospirose; anemia infecciosa equina;
acidente ofídico (componente que causa hemólise no veneno);
transfusão sanguínea incompatível; e isoeritrólise neonatal (o tipo
de placenta dos equinos não permitem a passagem de
anticorpos, logo o potro nasce normal e nas primeiras mamadas
os anticorpos passam para o intestino e chegam na corrente
sanguínea causando a hemólise e gerando icterícia,
hemoglobinúria, fraqueza, anoxia, nefrose hemoglobinúrica e até
sepse bacteriana);

 Hepática – indicando insuf. hepática. Lesão direta aos


hepatócitos causa diminuição da capacidade de metabolização
e excreção aumentando a bilirrubina não-conjugada ou causa a
tumefação (inchaço) dos hepatócitos com bloqueio dos
canalículos biliares aumentando a bilirrubina conjugada (estase),
que fica retida e se acumula nos canalículos, sinusóides e na
corrente sanguínea (cirrose, hepatites tóxicas, neoplasias,
leptospirose, adenovírus canino 1). Geralmente desenvolve
colestase intra-hepática.

 Pós hepática - tudo que leva ao comprometimento da vesícula


e ductos biliares. Geralmente desenvolve colestase extra-
hepática por obstrução principalmente do ducto colédoco ou
canais próximos ao fígado. Aumento de bilirrubina conjugada,
apresentando diarreia mal absortiva. Obstruções parasitárias,
colangite, cálculos ou neoplasias próximas aos ductos.

Fotodermatite: fotossensibilização secundária. As plantas têm um


pigmento chamado filoeritrina (braquiárias, lantana). No animal
saudável a clorofila é liberada no rúmen, vai na corrente sanguínea,
chega no fígado e é excretada pela bile. No animal com insuficiência
hepática, a filoeritrina permanece na corrente sanguínea e em
contato com o sol, causa necrose na pele.

O indivíduo começa a desenvolver doença hepática, manifestando-a


através dos rins.
Redução perfusão renal: nefrose isquêmica. O volume plasmático
efetivo reduz, ativando o sistema renina/angiotensina/aldosterona,
e toda vez que liberam ANG II em algum grau causa vasoconstrição
que nos rins causa primeiro vasoconstrição nas arteríolas eferentes,
mas quando é na arteríola aferente, a quantidade de sangue aos
nefrons é baixa, levando à hipóxia nos túbulos e consequentemente
nefrose isquêmica.
Hiperbilirrubinemia/bilirrubinúria: aumento bilirrubina não conjugada
causando nefrose nos rins (IRA). Icterícia
Hemoglobinemia /hemoglobinúria: hemólise intravascular aguda, não
dá tempo da hemoglobina se transformar em bilirrubina, logo ela é
eliminada pela urina e causando Nefrose hemoglobinúrica (anemia);
Hemólise intravascular: lise no interior dos vasos, gerando mais
hemoglobina do que bilirrubina pois geralmente as causas são agudas
e não dá tempo da hemoglobina se transformar em bilirrubina;
Hemólise extravascular: lise dentro dos macrófagos no baço. Alguns
agentes infecciosos formam anticorpos na superfície da hemácia
que é conduzida ao baço, reconhecida pelos macrófagos e
fagocitadas, gerando oxidação do grupo heme e formação de
bilirrubina não-conjugada que leva ao desenvolvimento de icterícia.

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