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As glândulas salivares podem ser divididas em: maiores,

compostas pelas glândulas parótidas, sublinguais e


mandibulares, além da zigomática (carnívoros); e menores,
que se situam na bochecha, lábios, palato, cavidade oral e
mucosa da língua
As glândulas salivares principais ou maiores são pares e correspondem as
PARÓTIDAS, SUBMANDIBULARES e SUBLINGUAIS.
ESTRUTURA HISTOLÓGICA:
• Revestidas por cápsula de TCD, de onde partem septos que dividem as glândulas
em lóbulos.
•São glândulas TUBULO ACINOSAS COMPOSTAS formadas por uma porção
secretora (ADENÔMEROS) e por uma porção excretora.
•Porção secretora é formada por células epiteliais glandulares dispostas em ácinos
•Porção excretora por ductos INTERCALARES, ESTRIADOS e EXCRETORES.
•Os ductos INTERCALARES são formados por epitélio cúbico simples e ligam os
ácinos aos ductos estriados.
•Os ductos ESTRIADOS são formados por epitélio cúbico a cilíndrico simples.
•Os ductos EXCRETORES são formados pela fusão dos ductos estriados e
apresentam epitélio cilíndrico estratificado que gradualmente se torna plano
estratificado não queratinizado envolto por uma camada espessa de TC.
•Os ácinos e ductos são envoltos por células mioepiteliais.
•São as maiores glândulas salivares
•Situam-se no tec. Subcutâneo, abaixo e na frente das orelhas, lateral e
posteriormente ao músculo masseter.
•Ácinos formados por CÉLULAS SEROSAS com grânulos de secreção
acidófilos ricos em AMILASE.
•Ductos intercalares numerosos com diâmetro menor que os ácinos
•Ductos estriados também numerosos e de diâmetro maior ou igual aos
ácinos
•Ductos excretores vão formar o ducto principal da Parótida (DUCTO DE
STENSEN) que se abre na mucosa da bochecha em frente ao 2º molar
superior.
Ducto

Lóbulo

Septo
Ácino seroso

Ducto estriado
•Situam-se nos dois lados do assoalho da boca, junto a mandíbula
•Seus ácinos são formados por CÉLULAS SEROSAS e CÉLULAS
MUCOSAS formando ácinos serosos e ácinos mucosos. As céls. serosas
formam ácinos ou se associam aos ácinos mucosos formando MEIA-LUAS
SEROSAS (ácino misto).
•Ocorrem um predomínio das células serosas.
•Os ácinos mucosos apresentam células com núcleo central e citoplasma
CLARO.
•Ductos semelhantes ao das Parótidas com seus ductos excretores
drenando para o ducto principal (DUCTO DE WARTON) que se abre
posteriormente aos incisivos, lateralmente ao freio lingual.
Meia lua serosa

cino mucoso
•Situam-se no assoalho da boca, anterior as glândulas submandibulares.
São as menores das três glândulas.
•Seus ácinos são mistos (ácinos mucosos com meia-lua serosa). Ocorre
assim o predomínio das células mucosas.
É a sialoadenopatia mais comum nos cães e acomete mais freqüentemente
as glândulas submandibular e sublingual.
•Situa-se na cavidade abdominal, entre as alças do duodeno.
•Glândula endócrina e exócrina.
•ENDÓCRINA corresponde as ILHOTAS DE LANGERHANS, pequenos
aglomerados de células secretoras de hormônios.
•EXÓCRINA é contínua e formada por ácinos SEROSOS. Sua secreção, o
suco pancreático, chega ao duodeno através dos ductos pancreáticos
principal (WIRSUNG) e acessório (SANTORINI).
ESTRUTURA

A) CÁPSULA – Delgada de tecido conjuntivo que envia septos finos para o


interior da glândula dividindo o parênquima em lóbulos. Dos septos partem
finas membranas de tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizadas que
envolvem os ácinos.

B) PARÊNQUIMA – Semelhante a parótida porém apresenta as ILHOTAS


DE LANGERHANS com ductos intralobulares e interlobulares.
•As células serosas dos ácinos são triangulares, com núcleo basal e
citoplasma intensamente basófilo com granulações acidófilas na porção
apical.
•Ácinos apresentam na luz células arredondadas e claras: CÉLULAS
CENTROACINOSAS, que fazem parte dos ductos intercalares que se
invaginam para a luz do ácino.
•Ductos intercalares e intralobulares, apresentam epitélio cúbico simples,
que desembocam nos ductos interlobulares com epitélio cilíndrico baixo.
•Os ductos pancreáticos principal e acessório são envolvidos por tecido
conjuntivo denso e apresentam epitélio cilíndrico simples com algumas
células caliciformes.
SECREÇÃO PANCREÁTICA
•Água, íons e as enzimas e pró-enzimas digestivas: tripsinogênio,
quimiotripsinogênio, carboxipeptidase (A e B), ribonuclease,
desoxirribonuclease, triacilglicerol, lipase, fosfolipase A, elastase
e amilase
•Sua secreção é regulada principalmente por 2 hormônios
gastrointestinais:
SECRETINA – estimula a liberação de uma secreção alcalina,
rica em bicarbonato e pobre em enzimas que neutraliza a acidez
dos alimentos que chegam ao duodeno – age principalmente nas
células centroacinosas e ductos.
COLICISTOQUININA – estimula a secreção de enzimas pelas
células serosas dos ácinos, é uma secreção menos abundante.
•Situa-se na cavidade abdominal, abaixo do diafragma.
Recebe a maior parte do seu sangue (+_70%) da VEIA
PORTA
•Restante da ARTÈRIA HEPÁTICA (+_30%).
•Pela VEIA PORTA chega ao fígado o material absorvido
nos intestinos com exceção dos lipídios que são
transportados por via linfática. Isso permite ao fígado
metabolizar e acumular nutrientes e eliminar substâncias
tóxicas.
ESTRUTURA
1- CÁPSULA – apresenta uma cápsula de tecido conjuntivo denso –
CAPSULA DE GLISSON – que penetra no parênquima dividindo-o em
lóbulos hepáticos
2- PARÊNQUIMA
A) LÓBULOS HEPÁTICOS –
São constituídos basicamente por HEPATÓCITOS, células
epiteliais poliédricas que formam cordões celulares anastomosados que se
dispõem radialmente (de dentro para a periferia), formando lóbulos
hepáticos de formato poliédrico, geralmente hexagonal.
O espaço entre os cordões de hepatócitos é ocupado por sinusóides
hepáticos que são capilares sinusóides revestidos por células endoteliais e
macrófagos – CÉLULAS DE KUPFFER – células estreladas de núcleo oval
e grande com nucléolo evidente que fazem fagocitose de hemácias velhas
com digestão da hemoglobina e produção de bilirrubina, e poros que
permitem livre acesso dos hepatócitos as substâncias que circulam neles.
Nos sinusóides desembocam ramos da veia porta e da artéria hepática
O espaço entre os hepatócitos e os sinusóides é chamado de ESPAÇO
DE DISSE – preenchido por fibras reticulares, microvilos dos
hepatócitos, fluido tecidual e células estreladas armazenadoras de
lipídios (armazenam vitamina A nas gotículas de lipídios).
No centro do lóbulo encontra-se a VEIA CENTROLOBULAR onde os
sinusóides desembocam.
Nos cantos do hexágono formam-se os ESPAÇOS PORTA, nos quais
encontramos uma vênula, uma arteríola, um ducto biliar e vasos
linfáticos envolvidos por tecido conjuntivo.
HEPATÓCITOS
São células epiteliais poliédricas que apresentam 1 a 2 núcleos
centrais e arredondados com 1 ou 2 nucléolos bem evidentes, e com o
retículo endoplasmático bem desenvolvido. Suas paredes fazem contato
com:
- a parede dos capilares sinusóides através do espaço de Disse
- outras células hepáticas
- outra célula hepática formando com ela as paredes dos canalículos biliares
(espaço tubular que primeiro coleta a bile).
CIRCULAÇÃO BILIAR
Os canalículos biliares não tem parede própria, sendo formados
pela membrana plasmática dos hepatócitos onde encontramos complexos
unitivos e junções comunicantes. Formam uma rede complexa do centro do
lóbulo para a periferia, desembocando em canalículos chamados de
CANAIS DE HERING – células cúbicas de citoplasma claro. Após curto
trajeto desembocam nos DUCTOS BILIARES dos espaços porta – células
cúbicas ou prismáticas envoltas por tecido conjuntivo – que se alargam e se
anastomosam formando os DUCTOS HEPÁTICOS que saem do fígado
como o DUCTO HEPÁTICO COMUM.
O DUCTO HEPÁTICO COMUM se une ao DUCTO CÍSTICO da
vesícula biliar formando o DUCTO COLÉDOCO que desemboca no
duodeno. Eles são revestidos por epitélio cilíndrico simples alto que se
apóia em uma fina camada de tecido conjuntivo e uma discreta camada
muscular lisa. A medida que o Colédoco se aproxima do intestino a camada
muscular se espessa e forma um esfíncter que regula o fluxo de bile para o
duodeno
FUNÇÕES
- SÍNTESE PROTEICA – albunina, protrombina, fibrinogênio e lipoproteínas
(exportação)
- SECREÇÃO DE BILE – ácidos biliares e bilirrubina (emulsificação de
lipídios facilita hidrólise pelas enzimas digestivas)
- ACÚMULO DE METABÓLITOS – lipídios, glicídios, vit A
- FUNÇÃO METABÓLICA – gliconeogênese
- DESINTOXICAÇÃO E NEUTRALIZAÇÃO
Cirrose Hepática
ESTEATOSE HEPÁTICA
ÓRGÃO OCO, PIRIFORME, PRESO À SUPERFÍCIE INFERIOR DO FÍGADO E
QUE DESEMBOCA NO Colédoco através do DUCTO CÍSTICO.
A vesícula biliar armazena e concentra( 5 a 10x) a bile produzida no
fígado (absorção de água e sais).
A COLICISTOQUININA (hormônio GI) promove a contração da
vesícula biliar.

ESTRUTURA
A) MUCOSA – EPITÉLIO CILÍNDRICO SIMPLES COM MICROVILOS + lâmina
própria de TCF. Apresenta dobras e perto do ducto cístico, invaginações
formando Glândulas tubuloacinosas produtoras de muco.
B) MUSCULAR – camada de fibras musculares lisas entremeadas por tecido
conjuntivo.
C) ADVENTÍCIA – na parte que se liga a superfície do fígado
SEROSA – na parte livre

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