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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SUPERIOR DA CAÁLA

DISCIPLINA: HISTOLOGIA BUCAL E EMBRIOLOGIA

CURSO: MEDICINA DENTÁRIA


ANO: 1RO
SEMESTRE: 1RO
DOCENTE: Moisés Chivela Jala
Msc: Microbiologia Clínica

CAÁLA 2020
TEMA VI - Glândulas Salivares
2.4 Glândulas Salivares
2.4.1 Glândulas Principais ou maiores
2.4.2 Glândulas Acessórias ou menores
Objectivos
• Caracterizar os aspectos morfo-histológicos das
glândulas salivares.
• Identificar os factores que contribuem no
desenvolvimento das glândulas salivares.
Introdução
As glândulas salivares começam o seu desenvolvimento a partir dos
botões epiteliais que se originam do epitélio bucal da vida fetal precoce.
Constituem um grupo de glândulas exócrinas localizadas na boca e vertem
suas secreções para a cavidade oral, formando no conjunto a saliva. Cada
glândula salivar é formada por elementos parenquimatosos revestidos e
sustentados por tecido conjuntivo. O parênquima é formado
por ácinos e um sistema de ductos. O tecido conjuntivo, por sua parte,
forma o estroma glandular, que é composto por uma cápsula e septos
conjuntivos que dividem grupos de ácinos e de ductos em lobos e lóbulos.
O estroma, além de fornecer o suporte para o parênquima, contém os
vasos sanguíneos e linfáticos e os nervos que suprem as glândulas.
Este tecido conjuntivo muito frouxo é bastante rico em fibras reticulares e
contém muitos plasmócitos (secretam IGA) e linfócitos.
O parênquima glandular salivar é formado por ácinos que se abrem em uma
série de ductos. O sistema de ductos é formado por ductos intercalares,
ductos estriados e ducto excretores. Os ductos intercalares são os menores
ductos do sistema e os mais próximos aos ácinos. Os ductos intercalares
têm continuidade com ductos maiores, os ductos estriados e esses, por sua
vez, reúnem-se em ductos progressivamente de maior calibre, os ductos
excretores. Os ácinos podem ser constituídos por células serosas, por
células mucosas ou pelos dois tipos de células ao mesmo tempo. As células
serosas são identificadas como células piramidais, com núcleo esférico, e as
células mucosas, com núcleos achatados localizados em sua base.
Ao formar órgãos maciços, todas elas são órgãos duplas, que classificam-
se como compostas, ramificadas e merócrina.

Sistema de ductos: Os menores que continuam-se com as unidades


secretoras são os intercalares de epitélio cúbico simples,. estes
continuam-se com os intralobulares ou estriados que tem epitélio
simples colunar. Os interlobulares têm epitélio estratificado cúbico e
finalmente plano.
GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES
A morfogénese das glândulas salivares deriva de células que migraram das
cristas neurais cefálicas para os arcos branquiais. É nesta fase que ocorrem
anomalias crâniofaciais no desenvolvimento do embrião, quer por ausência de
migração destas células, quer por agentes teratogénicos ou quer por motivos
genéticos. Uma das malformações que podem ocorrer é a agenésia das
glândulas salivares.
O desenvolvimento das glândulas salivares maior é feito em três etapas:
A primeira fase é uma fase de preparação, onde são formadas as ramificações
dos ductos.
A segunda fase é onde se dá o aparecimento dos lóbulos, dos ductos, dos
ácinos e das células mioepiteliais.
A terceira fase é marcada pela maturação dos ácinos, dos ductos intercalados
e do tecido conjuntivo.
GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES
Os três pares de glândulas salivares maiores estão localizados fora
da cavidade oral propriamente dita, para onde enviam sua secreção
através de grandes ductos excretores.

As glândulas salivares maiores são constituídas por grande número


de ácinos, ao redor das quais o estroma é muito bem desenvolvido.

As glândulas salivares maiores são as parótidas, as sub-


mandibulares e as sublinguais.

As unidades secretoras têm a sua volta células mioepiteliais. São


ramificadas e contraem-se.
Parótida
É acinosa composta, ramificada, merócrina e serosa
(seromucosa). É uma glândula cujos ácinos são constituídos por
células serosas. O estroma apresenta acúmulos de tecido adiposo
no seu interior, o qual aumenta com a idade; além disso, em geral,
toda glândula parótida apresenta um ou mais linfonodos no seu
estroma, que foram incorporados durante o desenvolvimento.
O primórdio da glândula parótida humana aparece entre a quarta
e sexta (4ª e 6ª) semana da vida intra-uterina nas dobras laterais
do estomoideo (cavidade oral primitiva). É a primeira a aparecer.
Sub-mandibular
É tubuloacinosa composta, ramificada, merócrina e mista com
predomínio seroso. Produzem lisozima, pouca quantidade de
amilasa e algumas secretam lactoferrina.
A sub-mandibular é uma glândula mista onde a maioria dos ácinos
é constituída por células serosas; o restante dos ácinos é mucoso, a
maioria com semilua serosa.

Origina-se no soalho bucal durante a sexta (6ª) semana da vida


intra-uterina.
Sublingual
É tubuloacinosa composta, ramificada, merócrina e mista com
predomínio mucoso. Produzem lisozima ( a porção da secreção
serosa). Nas glândulas sublinguais quase a totalidade dos ácinos
apresenta células mucosas com semiluas serosas.

As glândulas sublinguais diferem das duas anteriormente


descritas por não serem, cada uma delas, uma única glândula
envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo; são, na
verdade, um conjunto de glândulas muito próximas que estão
ligadas por um estroma comum e envolvidas por uma
delicada cápsula, localizado na membrana mucosa do assoalho
bucal.
Sublingual
A glândula sublingual Forma-se lateralmente ao
primórdio da sub-mandibular entre a sétima e oitava
(7ª e 8ª semana) da vida intra-uterina.

Todas as glândulas salivares menores Formam-se


mais tardiamente a partir do epitélio de
revestimento das áreas específicas da cavidade bucal.
GLÂNDULA PARÓTIDA. Serosa.
ESTRUTURAS HISTOLÓGICAS 1
Observam-se os ductos
intralobulares (1)

DAS GLÂNDULAS SALIVARES


MAIORES

GLÂNDULA SUBLINGUAL . Mista de predomínio mucoso. Observam-se o ductos


GLÂNDULA SUBMANDIBULAR. Mista a predomínio seroso.
Observam-se os ductos intralobulares (1)( mais pálidos.
Glândulas salivares menores

Na mucosa que recobre todas as regiões da cavidade oral, ou na sua


submucosa, com exceção de gengiva e da porção anterior do palato duro,
existem numerosas e pequenas glândulas salivares. A maioria delas
apresenta suas unidades secretoras terminais entremeadas no tecido
conjuntivo das mucosas de revestimento da boca, principalmente na
submucosa ou entre as fibras musculares da língua, conforme sua
localização. A maioria das glândulas salivares menores é constituída por
ácinos com células mucosas e serosas (semiluas), tendo por isso uma
função glandular do tipo mista. Das glândulas salivares menores saem
curtos ductos que se abrem na cavidade oral. Essas glândulas recebem
sua denominação segundo a região onde se apresentam.
As glândulas menores encontram-se por toda a cavidade oral e orofaringe,
em grande número, isto é, existem cerca de 450 a 750, e com cerca de 1 a
5 mm de diâmetro. Estão divididas em quatro grandes grupos: palatinas,
linguais, labiais e jugais. As palatinas estão situadas na abóbada palatina;
as labiais na face interna dos lábios; as jugais na mucosa jugal, tomando o
nome de glândulas molares quando próximas destes dentes; e as linguais
situadas por toda a língua, e divididas em subgrupos: as que estão
próximas das papilas circunvaladas e foliadas, as dos bordos laterais e as
da face inferior junto ao vértice (glândulas linguais anteriores)
Glândulas salivares menores:
• Glândulas labiais (superior e inferior)
• Bucais
• Palatinas
• Glossopalatinas
• Mucosa jugal
• Mandibula
• Soalho bucal
• Linguais.
As glândulas salivares menores são responsáveis por aproximadamente
um por cento ou menos do total do débito salivar. Elas podem ser
encontradas em agrupamentos nos arredores da cavidade oral, como na
bochecha, nos lábios, na mucosa lingual, na palato mole, nas partes
laterais do palato duro, no assoalho da boca e entre as fibras musculares
da língua. Elas somam aproximadamente mil glândulas individuais no
total.
São caracterizadas por serem glândulas mucosas. Contudo as glândulas
linguais posteriores, chamadas glândulas de Von Ebner’s, que estão
situadas perto das papilas circunvaladas e foliadas são glândulas do tipo
seroso. Apesar do seu contributo ser menor na totalidade de saliva estas
são as únicas glândulas que secretam saliva espontaneamente.
Glândulas salivares
O desenvolvimento das glândulas salivares podem ser
divididos em 5 estágios:
• Pré-botão
• Botão inicial
• Pseudo-glandular
• Canalicular
• Botão terminal.
Conclusão
As Glândulas salivares Constituem um grupo de glândulas
exócrinas localizadas na boca e vertem suas secreções para a
cavidade oral, formando no conjunto a saliva. Começam o
seu desenvolvimento a partir dos botões epiteliais que se
originam do epitélio bucal da vida fetal precoce. São divididas
em maiores e menores, sendo que as maiores têm como
principal função a produção e as menores produzem em
menores quantidades.
Bibliografia Básica:
BERKOVITZ, B.K.B., HOLLAND, G.R. & MOXHAM, B.J. Anatomia, Embriologia e Histologia Bucal. 3ª ed.-
Porto Alegre: Artmed, 2004, 378p.
 
BRADASCHIA, VIVIAN; ARANA, VICTOR. Biologia Celular e Tecidual para Odontologia, Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012, 328p.
 
DUARTE, P. M. G. Iria. Histologia Dentária. 2008, Maringá: Dental Press,143p.
KATCHBURIAN, Eduardo. ARANA, Victor. Histologia e Embriologia Oral: texto, atlas, correlações clínicas. 3ª
ed. ver. atual. - Rio de Janeiro: Guanabara, 2012, 282p.
 
MOORE, K.L. & PERSAUD, T.V.N., Embriologia Clínica, 4ª reimpressão. 2004, Rio de Janeiro, RJ: Elsevier,
609p. NANCI, Antonio. Histologia Oral Ten Cate. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, 432p.
SILVA, A.F. Guia Prático de Embriologia e Histologia Bucal. 2011, Pelotas: editora e gráfica UFPel, 116p.
 
Bibliografia Complementar:
http://www.med.unifi.it/didonline/anno-I/istologia/embriol/2base.htm
 http://www.usc.edu/hsc/dental/ohisto/
 http://www2.uerj.br/~micron/atlas/tecidos.htm
MUITO OBRIGADO

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