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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SUPERIOR DA CAÁLA

DISCIPLINA: HISTOLOGIA BUCAL E EMBRIOLOGIA

CURSO: MEDICINA DENTÁRIA


ANO: 1RO
SEMESTRE: 1RO
DOCENTE: Moisés Chivela Jala
Msc: Microbiologia Clínica

CAÁLA 2020
TEMA V - Aparelho Gustativo
2.3 Aparelho Gustativo
Objectivos
• Conhecer a especialidade do sistema gustativo;
• Descrever as características do sistema gustativo.
Introdução
O Sistema gustativo faz parte do complexo sistema
digestivo que na sua especialidade permite-nos saber
se o alimento é comestível e se a textura é agradável.
Este é apelidado de sistema químico, tal como o
olfativo.
GUSTAÇÃO
Os sentidos gustativos são chamados sentidos
químicos, porque seus receptores são excitados por
estimulantes químicos. Os receptores gustativos são
excitados por substâncias químicas existentes nos
alimentos. Esses sentidos trabalham conjuntamente na
percepção dos sabores. O centro do gosto encontra-se
no cérebro e combina a informação sensorial da língua
e do nariz.
Sistema gustativo

Órgãos que fazem parte do sistema gustativo:

• Língua
• Faringe
• Epiglote
• Palato
• Receptores gustativos (botões gustativos).
Sistema gustativo
O receptor sensorial do paladar é a papila gustativa. É constituída por células epiteliais
localizadas em torno de um poro central na membrana mucosa basal da língua. Na
superfície de cada uma das células gustativas observam-se prolongamentos finos como
pêlos, projetando-se em direção da cavidade bucal; são chamados microvilosidades. Essas
estruturas fornecem a superfície receptora para o paladar.
 
Observa-se entre as células gustativas de uma papila uma rede com duas ou três fibras
nervosas gustativas, as quais são estimuladas pelas próprias células gustativas. Para que se
possa sentir o gosto de uma substância, ela deve primeiramente ser dissolvida no líquido
bucal e difundida através do poro gustativo em torno das microvilosidades. Portanto
substâncias altamente solúveis e difusíveis, como sais ou outros compostos que têm
moléculas pequenas, geralmente fornecem graus gustativos mais altos do que substâncias
pouco solúveis difusíveis, como proteínas e outras que possuam moléculas maiores.
Língua

As Quatro Sensações Gustativas-Primárias


Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas,
cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários,
aos quais chamamos sensações gustativas primárias: amargo
(A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce ( D). De sua
combinação resultam centenas de sabores distintos. A
distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na
superfície da língua, não é homogênea.
Papilas da Língua
1.Papilas circunvaladas 
2.Papilas fungiformes 
3.Papilas filiformes
Até os últimos anos acreditava-se que existiam quatro tipos inteiramente diferentes de
papilas gustativas, cada qual detectando uma das sensações gustativas primárias
particular. Sabe-se agora que todas as papilas gustativas possuem alguns graus de
sensibilidade para cada uma das sensações gustativas primárias. Entretanto, cada papila
normalmente tem maior grau de sensibilidade para uma ou duas das sensações
gustativas. O cérebro detecta o tipo de gosto pela relação (razão) de estimulação entre as
diferentes papilas gustativas. Isto é, se uma papila que detecta principalmente salinidade
é estimulada com maior intensidade que as papilas que respondem mais a outros gostos,
o cérebro interpreta a sensação como de salinidade, embora outras papilas tenham sido
estimuladas, em menor extensão, ao mesmo tempo.
O sabor das comidas

Cada comida ativa uma diferente combinação de sabores


básicos, ajudando a torná-la única. Muitas comidas têm um
sabor distinto como resultado da soma de seu gosto e cheiro,
percebidos simultaneamente. Além disso, outras modalidades
sensoriais também contribuem com a experiência gustativa,
como a textura e a temperatura dos alimentos. A sensação de
dor também é essencial para sentirmos o sabor picante e
estimulante das comidas apimentadas.
REGULAÇÃO DA DIETA PELAS
SENSAÇÕES GUSTATIVAS
As sensações gustativas obviamente auxiliam na regulação da dieta. Por exemplo, o sabor doce é
normalmente agradável, o que faz com que um animal procure preferentemente alimentos doces.
Por outro lado, o gosto amargo é geralmente desagradável, fazendo com que os alimentos amargos,
que geralmente são venenosos, sejam rejeitados. O gosto ácido é muitas vezes desagradável, o
mesmo ocorrendo com o sabor salgado. O prazer sentido com os diferentes tipos de gosto é
determinado normalmente pelo estado de nutrição momentâneo do organismo. Se uma pessoa
está há muito sem ingerir sal, por motivos ainda não conhecidos, a sensação salgada torna-se
extremamente agradável.
Caso a pessoa tenha ingerido sal em excesso, o sabor salgado ser-lhe-á bastante desagradável. O
mesmo acontece com o gosto ácido e, em menor extensão, com o sabor doce. Dessa forma, a
qualidade da dieta é automaticamente modificada de acordo com as necessidades do organismo.
Isto é, a carência de um determinado tipo de nutriente geralmente intensifica uma ou mais
sensações gustativas e faz com que a pessoa procure alimentos que possuam o gosto característico
do alimento de que carece.
IMPORTÂNCIA DO OLFATO NO
PALADAR

Muito do que chamamos gosto é, na verdade, olfato, pois os alimentos, ao


penetrarem na boca, liberam odores que se espalham pelo nariz.
Normalmente, a pessoa que está resfriada afirma não sentir gosto, mas, ao
testar suas quatro sensações gustativas primárias, verifica-se que estão
normais.
As sensações olfativas funcionam ao lado das sensações gustativas, auxiliando
no controle do apetite e da quantidade de alimentos que são ingeridos.
Regulação do gosto

TRANSMISSÃO DE ESTÍMULOS AO SISTEMA NERVOSO CENTRAL


• As vias de transmissão dos estímulos gustativos ao tronco cerebral e daí ao córtex
cerebral. Os estímulos passam das papilas gustativas na boca ao tracto solitário,
localizado na medula oblonga (bulbo). Em seguida, os estímulos são transmitidos ao
tálamo; do tálamo passam ao córtex gustativo primário e, subsequentemente, às áreas
associativas gustativas circundantes e à região integrativa comum que é responsável pela
integração de todas as sensações.
REFLEXOS GUSTATIVOS
• Uma das funções do aparelho gustativo é fornecer reflexos às glândulas salivares da
boca. Para tanto, estímulos são transmitidos do tracto solitário, no cérebro, aos núcleos
vizinhos que controlam a secreção das glândulas salivares. Quando o alimento é
ingerido, o tipo de sensação gustativa, atuando através desses reflexos, ajuda a
determinar se a secreção salivar deverá ser grande ou pequena.
O sistema gustativo ou sentido do paladar é o sistema sensorial
parcialmente responsável pela percepção do sabor (flavor). O paladar é
a percepção produzida ou estimulada quando uma substância na boca
reage quimicamente com as células receptoras gustativas localizadas
nas papilas gustativas da cavidade oral, principalmente na língua. O
paladar, junto com o cheiro (olfato) e a estimulação do nervo trigêmeo
(registrando a textura, a dor e a temperatura), determina os sabores
dos alimentos e outras substâncias. Os seres humanos têm receptores
gustativos nas papilas gustativas e em outras áreas, incluindo a
superfície superior da língua e a epiglote. O córtex gustativo é
responsável pela percepção do paladar.
A língua é coberta por milhares de pequenas saliências chamadas papilas, que são visíveis a olho nu.
Dentro de cada papila existem centenas de papilas gustativas. A exceção a isso são as papilas filiformes
que não contêm papilas gustativas. Existem entre 2.000 e 5.000 papilas gustativas localizadas na parte
posterior e frontal da língua. Outros estão localizados no céu, nas laterais e na parte posterior da boca e
na garganta. Cada papila ou botão gustativo contém 50 a 100 células receptoras gustativas.

Os receptores de sabor na boca detectam as cinco modalidades de sabor: doçura, acidez, salgado,
amargo e umami (presença do aminoácido L-glutamato). Experimentos científicos demonstraram que
esses cinco sabores existem e são distintos um do outro. As papilas gustativas são capazes de distinguir
entre diferentes sabores através da detecção de interação com diferentes moléculas ou íons. Os sabores
doce, umami e amargo são desencadeados pela ligação de moléculas a receptores acoplados à proteína G
nas membranas celulares das papilas gustativas. O salgado e o azedo são percebidos quando o metal
alcalino ou os íons de hidrogênio entram nas papilas gustativas, respectivamente.

As enzimas digestivas na saliva começam a dissolver os alimentos em produtos químicos básicos que são
lavados nas papilas e detectados como sabores pelas papilas gustativas.
As modalidades básicas de sabor contribuem apenas parcialmente para a sensação e o
sabor dos alimentos na boca — outros fatores incluem o cheiro, detectado pelo epitélio
olfatório do nariz; textura, detectada através de uma variedade de mecanorreceptores,
nervos musculares, etc.; temperatura, detectada por termorreceptores; e "frieza"
(como do mentol) e "quentura" (pungência), por meio de quimestesia.
Como o sistema gustativo percebe tanto coisas prejudiciais quanto benéficas, todas as
modalidades básicas de paladar são classificadas como aversivas ou apetitivas,
dependendo do efeito que as coisas que sentem têm em nossos corpos. A doçura ajuda
a identificar alimentos ricos em energia, enquanto o amargor serve como um sinal de
alerta de venenos.
Entre os humanos, a percepção do paladar começa a desaparecer por volta dos
cinquenta anos de idade por causa da perda das papilas da língua e uma diminuição
geral na produção de saliva. Os humanos também podem ter distorção de gostos por
meio da disgeusia. Nem todos os mamíferos compartilham as mesmas modalidades de
sabor: alguns roedores podem sentir o gosto do amido (o que os humanos não podem),
os gatos não podem sentir.
Conclusão
O sabor no sistema gustativo permite aos humanos distinguir entre
alimentos seguros e prejudiciais e avaliar o valor nutricional dos
alimentos. A língua é coberta por milhares de pequenas saliências
chamadas papilas, que são visíveis a olho nu. Dentro de cada papila
existem centenas de papilas gustativas. Estas papilas têm a capacidade
de identificar os sabores de alimentos. O sistema gustativo por si só
torna-se ineficaz e então precisa contar com a atuação do sistema
olfatório, importante na identificação dos alimentos para preservar a
saúde orgânica.
Bibliografia Básica:
BERKOVITZ, B.K.B., HOLLAND, G.R. & MOXHAM, B.J. Anatomia, Embriologia e Histologia Bucal. 3ª ed.-
Porto Alegre: Artmed, 2004, 378p.
 
BRADASCHIA, VIVIAN; ARANA, VICTOR. Biologia Celular e Tecidual para Odontologia, Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012, 328p.
 
DUARTE, P. M. G. Iria. Histologia Dentária. 2008, Maringá: Dental Press,143p.
KATCHBURIAN, Eduardo. ARANA, Victor. Histologia e Embriologia Oral: texto, atlas, correlações clínicas. 3ª
ed. ver. atual. - Rio de Janeiro: Guanabara, 2012, 282p.
 
MOORE, K.L. & PERSAUD, T.V.N., Embriologia Clínica, 4ª reimpressão. 2004, Rio de Janeiro, RJ: Elsevier,
609p. NANCI, Antonio. Histologia Oral Ten Cate. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, 432p.
SILVA, A.F. Guia Prático de Embriologia e Histologia Bucal. 2011, Pelotas: editora e gráfica UFPel, 116p.
 
Bibliografia Complementar:
http://www.med.unifi.it/didonline/anno-I/istologia/embriol/2base.htm
 http://www.usc.edu/hsc/dental/ohisto/
 http://www2.uerj.br/~micron/atlas/tecidos.htm

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