Matrícula 0081498 Nome da Atividade Diferença dos receptores Período 2° Período
Nosso corpo humano possui diversas células de natureza sensorial, as quais,
podem detectar substâncias químicas, duas das várias que possuimos são: as células olfatórias e gustativas. Os nomes são bem intuitivos, enquanto as gustativas (gustação) detectam o gosto, o sabor, as olfatórias (olfato) captam o cheiro, o odor das substâncias. É interessante discorrer que para cada um desses sentidos possuimos nervos que, são responsáveis por cada um dos sentidos, por isso inervam a área responsável por eles, no caso do olfato, possuímos o Nervo Olfatório (I), no paladar, no sentido de sabor, gosto temos o Nervo Glossofaríngeo (IX). Sendo assim, pelo sentido do paladar temos os botões gustativos, que por sua vez, são quimiorreceptores periféricos responsáveis pela percepção dos sabores, os quais, encontram-se no epitélio da superfície dorsal da língua, palato mole, faringe, laringe, e esôfago superior. Por outro lado, pelo sentido do olfato, temos receptores olfativos que são neurônios genuinos, que possuem receptores próprios, que por sua vez penetram no Sistema Nervoso Central. Seu funcionamento é da seguinte maneira: estímulos chegam aos receptores, dos receptrores vão diretamente para o bulbo olfativo, deles se direcionam até o centro olfativo, onde há a decodificação e interpretação desses estímulos, dessa maneira pode-se afirmar o que é esse estímulo (cheiro, odor). Os receptores (gustativos e olfatório) se diferenciam em: 1. Na localização, anatomicamente falando: • Células gustativas se encontram principalmente na língua, mas há também na porção posterior da garganta e no palato. • Células olfatórias estão na mucosa olfativa, que por sua vez, recobre a porção superior das cavidades nasais. 2. Quanto aos estímulos detectados: • As gustatórias são capazes de detectar sabores como: doce, salgado, azedo, amargo e umami. • As olfatórias podem detectar milhares de odores diferentes, sendo mais diversificada do que as gustatórias. 3. Adaptação: • As gustatórias são mais lentas para se adaptar, por essa razão podemos sentir o gosto continuamente de um mesmo alimento • As olfatórias se adaptam muito rapidamente a odores, logo paramos de sentir um odor, que a primeira vista parecia forte, por isso temos a sensação de que nosso perfume nunca fixa o suficiente. 4. Processamento neural • As gustatórias são, principalmente, processadas no cérebro, na região do cortéx gustativo (área de Broadman 43) • As olfatórias são processadas na região do cortéx orbifrontal, onde haverá apenas discriminação do odor, já na Amigdala e Hipotálamo ocorre a integração de aspectos emocionais e motivacionais do cheiro, é justamente por isso, sentimos a sensação de pertecimento a algum odor, ás vezes ao detectar um odor específico, ocorre até uma nostalgia, como se fosse uma reativação na memória. A transdução de sinal nos receptores gustatórios nada mais é do que a conversão de estímulos químicos dos alimentos em sinais elétricos que são interpretados conforme o gosto dos alimentos. 1. Inicia-se quando os componentes químicos do alimento que ingerimos entra em contato com as papilas gustativas e se ligam aos receptores específicos na superfície das células gustativas. 2. Essa ligação do componente químico ao receptor altera estruturalmente a conformação do receptor, resultando na ativação de proteínas associadas ao receptor 3. Quando ativados, os receptores desencadeiam a abertura de canais iônicos na mebrana celular das células gustativas, permitindo dessa maneira a entrada de íons de carga positiva, tais quais: sódio e cálcio 4. a entrada dos íons vai despolarizar a membrana, pois muda o potencial elétrico 5. Após a criação do potencial de ação, ele vai do axônio até a periferia das células gustativas, onde há a sinapse com neurônios sensoriais, quando o P.A. chega às terminações nervosas liberam neurotransmissores, como glutamato e ATP na fenda sináptica. 6. Os neurotransmissores que são liberados ativam os neurônios sensoriais que transmite o sinal elétrico ao SNC através do nervo gustativo (glossofaríngeo (IX). Já com os sinais elétricos no cérebro, serão processados e diferenciados em: doce, amargo, azedo, salgado ou umami. Referências TORTORA, Gerard J.. Princípios de anatomia e fisiologia. 14 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019, 1201 p. GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed., 2017. Editora Elsevier. SILVERTHORN, D.. – Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. DA SILVA, Mardem Michael Ferreira; COSTA, Mayra Cristina da Silva; CASTRO, Eduardo França. O jogo do paladar: proposta deum jogo de tabuleiro sobre o tema fisiologia da gustação para o ensino médio. 2017.v. 10, n. 22, p. 161-172. Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, Sergipe, Brasil.