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PERCEBENDO O MUNDO

Os cinco sentidos

Sentidos Químicos:
Gustação e Olfação
Alex Kors Vidsiunas
PAPILAS GUSTATIVAS

Papilas filiformes receptores de tato


50 a 100 células gustativas
Uma célula gustativa responde a mais de um estímulo químico
SENTIDOS QUÍMICOS:
GUSTAÇÃO
O açúcar liga-se a receptores de células gustativas associadas à proteína G (gustducina).
A proteína G ativa uma enzima responsável pela conversão de ATP em AMPc (segundo
mensageiro), que leva ao fechamento dos canais de potássio, e à entrada de Na+ e de
Ca++, determinando uma despolarização e um sinal elétrico ao cérebro que é
interpretado como gosto doce.
Alcaloides como o quinino também ligam-se a receptores de células associadas à
proteína G, com a formação de segundo mensageiro, que provocam a liberação de
íons cálcio do retículo endoplasmático para o meio intracelular, causando a
despolarização, a liberação de neurotransmissores e a transmissão do sinal elétrico
para o cérebro de gosto amargo.
O glutamato, muito utilizado no preparo de pratos japoneses, também se liga a um receptor
de células gustativas associadas à proteína G, com a ativação de segundo mensageiro.
Porém, os passos de abertura e fechamentos dos canais iônicos, e a consequente liberação
de neurotransmissores ainda não foram descobertos.
Os íons sódio entram diretamente através dos canais iônicos das próprias vilosidades,
determinando a despolarização e favorecendo a entrada de íons Ca++ na célula
gustativa.
Com a entrada destes íons, ocorre nova despolarização e a liberação de
neurotransmissores na fenda sináptica, sendo o estímulo elétrico conduzido pelo
neurônio e interpretado pelo cérebro como o gosto salgado.
Os ácidos, quando em solução, liberam íons de hidrogênio (H+). Estes íons podem agir nas
células gustativas de três formas: entrando diretamente na célula, pela região da
microvilosidade; bloqueando os canais iônicos de K+ das microvilosidades; ou ligando-se a
canais iônicos presentes nas microvilosidades e permitindo a abertura e entrada de outros
íons positivos, que não o K+, para dentro da célula. Desta forma, o aumento das cargas
positivas no meio intracelular despolariza a célula e determina a liberação de
neurotransmissores.
RECEPTORES GUSTATIVOS
Cromossomos 5 e 7 codificam os receptores gustativos

T2R azedo

2 famílias T1R1
umami fungiformes e foliadas
T1R T1R3
doce foliadas e circunvaladas
T1R2

amargo-diferentes receptores em todas as células

salgado – não tem receptor

Gosto = doce, salgado, azedo, umami, amargo


Sabor = gosto + informações táteis + olfatórias
Via Neural da Gustação
Vias neurais da
gustação
Córtex gustativo:
Região média do opérculo frontal
Região anteror da ínsula
Região caudolateral do córtex
orbitofrontal

N. Ventral posteromedial
tálamo

NTS bulbo

NC VII facial
NC IX glossofaríngeo
NC X vago
ALTERAÇÕES DO SISTEMA GUSTATIVO
Doença de Parkison: as alterações gustativas e olfatórias parecem preceder os
primeiros sinais motores da doença, em decorrência da redução de dopamina.

Doença de Alzheimer: os sinais da doença progridem paralelamente ao do sistema


gustativo.

Processo de envelhecimento: diminuição do número de papilas gustativas, da


produção de saliva (extremamente importante na detecção dos gostos) e da
capacidade de discriminação dos sabores. Há casos extremos, de perda total da
função gustativa, que são agravados por doenças e, principalmente pelo uso
excessivo de medicamentos.
VIA NEURAL DA OLFAÇÃO

Tubérculo olfatório

sinapse

Córtex olfatório
faces inferior e média
do lobo temporal –
Uncus Sistema
Límbico
percepção
consciente do respostas
cheiro emocionais e nossas
memórias evocadas
por cheiros
FEROMÔNIOS
Influencia na ovulação, o
ciclo reprodutivo, e até agir
negativamente, inibindo a
concepção ou induzindo o
aborto

Controle da reprodução sexual de ação inconsciente,


e muito importantes nos comportamentos sexuais

Odor é liberado através das glândulas apócrinas,


localizadas nas axilas, ao redor dos mamilos e na virilha
DISFUNÇÕES DO SISTEMA OLFATÓRIO
Doença de Parkinson: Um dos primeiros sinais não motores da e que pode surgir
até anos antes dos sinais motores, é a redução da percepção de odores.

Doença de Alzheimer: também se encontrou prejuízos na identificação e detecção


de odores, provavelmente em decorrência de alterações periféricas (núcleo
olfatório anterior e bulbo olfatório) e no córtex olfatório. Preconiza-se que este
sinal possa ser identificado já na fase inicial da doença, e auxiliar na diferenciação
de diagnóstico com outros tipos de demência.

Esquizofrenia: Anormalidades no desenvolvimento do cérebro podem ser uma das


justificativas patofisiológicas para esse transtorno. Estas alterações podem ser:
redução do tamanho craniano e do próprio neurônio, redução da densidade do
córtex límbico e do bulbo olfatório.

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