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Aromaterapia e o olfato

PPSSIICCOA
OARRO
OMMAT
ATEERRAAPPIIAA
A aromaterapia atua em três níveis diferentes no organismo:
Nível alopático: devido à composição química dos óleos
essenciais e suas propriedades anti-sépticas, estimulantes,
Níveis de calmantes, anti-nevrálgicas e outras.

atuação da Nível sutil: nível da informação e energia semelhante aos


medicamentos homeopáticos ou antroposóficos.
Aromaterapia Nível emocional (psicológico): atua ajudando a superar o
estresse, depressão, melancolia, ansiedade e promove um
estado de harmonia e equilibrando a mente e o corpo.
Portanto, podemos afirmar que essa terapia se vale dos
poderes dos óleos essenciais para predispor à prevenção, à
cura e ao equilíbrio psicossomático.

É um método suave e natural de trabalhar com as forças da


natureza e não contra elas como muitos métodos agressivos
atuais o fazem.

Tratam distúrbios emocionais e da nossa personalidade, por


atuar diretamente em nosso subconsciente (sistema límbico e
no hipotálamo), onde estão guardados nossos mais primários
instintos os quais trazemos geneticamente conosco de nossos
antepassados.
SEGUNDO ANDRÉ FERRAZ, OS ÓLEOS TAMBÉM POSSUEM AFINIDADE AROMAS AGRADÁVEIS INDUZEM “O CÉREBRO E O SISTEMA
ESSENCIAIS AGEM RAPIDAMENTE POR VIA COM A AMÍGDALA CEREBRAL, RESPOSTAS EMOCIONAIS OLFATIVO POSSUEM UMA LIGAÇÃO
INALAÇÃO EM CENTROS NERVOSOS COMO RESPONSÁVEL PELA COGNIÇÃO POSITIVAS, MELHORANDO HUMOR, CURTA E DIRETA COM OS CENTROS
HIPOTÁLAMO QUE É DIRETAMENTE SOCIAL E AS EMOÇÕES, AGINDO DIMINUINDO TENSÃO NERVOSAS, DA MEMÓRIA, OS CHEIROS PODEM
RESPONSÁVEL PELA HIPÓFISE E DIRETAMENTE EM NOSSO DEPRESSÃO, ANSIEDADE, DOR E NOS LEVAR DIRETAMENTE DE
INDIRETAMENTE PELA ADRENAL, SUBCONSCIENTE. ESTADO DE CONFUSÃO MENTAL. VOLTA A UMA CENA VÍVIDA DO
GÔNADAS, TIREÓIDE, GLÂNDULA MAMÁRIA PASSADO. ” (RATEY, DR. JOHN J. O
E AINDA SOBRE VÁRIOS TECIDOS CÉREBRO)
ORGÂNICOS POR POSSUIR CÉLULAS
SENSÍVEIS A ESTEROIDES,
GLICOCORTICOIDES, T3, T4 E OUTROS
HORMÔNIOS.
SEGUNDO GUYTON, DOS NOSSOS POSSUÍMOS MAIS DE 100 MILHÕES ASSIM NECESSITAM SER ESTIMA-SE QUE SE PERCA 1%
SENTIDOS, O OLFATO É O MENOS DE CÉLULAS RECEPTORAS REPRODUZIDAS CONTINUAMENTE, DESSAS CÉLULAS POR ANO, O QUE
CONHECIDO. OLFATIVAS, COM UMA VIDA MÉDIA O QUE É POSSÍVEL POR CAUSA DE EXPLICA A DIMINUIÇÃO DO OLFATO
É MENOS DESENVOLVIDO NOS CALCULADA ENTRE 30 E 60 DIAS, CÉLULAS BASILARES. NA VELHICE.
HUMANOS DO QUE EM OUTRAS EM VIRTUDE DE SUA LOCALIZAÇÃO
ESPÉCIES MAS FOI O PRIMEIRO A SE SUPERFICIAL, SÃO FACILMENTE
DESENVOLVER DURANTE O SUSCETÍVEIS A TRAUMAS.
PROCESSO EVOLUTIVO, QUANDO
AS REAÇÕES RÁPIDAS E/OU
EMOCIONAIS ERAM DE
FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA
PARA A SOBREVIVÊNCIA.
Epitélio Olfativo
O processo de percepção do cheiro ficou mais claro e
conhecido a partir de 2004, quando Richard Axel e Linda
Buck, foram laureados com o Prêmio Nobel de Medicina
pelos estudos a respeito do sistema olfativo, desenvolvidos
inicialmente na Universidade de Columbia, Nova York.
Os pesquisadores americanos descobriram que o sistema
olfativo está ligado a uma grande família de genes, cerca de
1.000 genes diferentes, que estão na origem dos receptores
olfativos.
AS MOLÉCULAS ODORÍFICAS, APÓS SEREM INALADAS SÃO
DISSOLVIDAS NO MUCO E SE LIGAM AOS RECEPTORES OLFATIVOS
ONDE SINAIS ELÉTRICOS SÃO TRANSMITIDOS PARA OS CADA CÉLULA RECEPTORA POSSUI UM
GLOMÉRULOS, LOCALIZADOS NO BULBO OLFATIVO. TIPO DE RECEPTOR DE ODOR, QUE
ENTÃO AS INFORMAÇÕES SÃO ENVIADAS PARA O SISTEMA POR SUA VEZ, PODE DETECTAR UM
LÍMBICO. NÚMERO LIMITADO DE CHEIROS.
Adaptação Aproximadamente, 50% dos receptores olfatórios se adaptam
em cerca do primeiro segundo de estimulação.

dos Em seguida, eles se adaptam muito pouco e lentamente.

Sentidos
As sensações de olfação se adaptam quase até a extinção em
aproximadamente 1 minuto após entrar em ambiente
fortemente odorífico.
Olfatórios
A origem da palavra – Grécia. “pherein”, carregar – “horman” –
excitar, estimular ou como Sônia Corazza sugere transportador
de excitação.
Os feromônios são substâncias usadas para promover uma
comunicação entre indivíduos da mesma espécie.

FEROMÔNI Estas substâncias são produzidas na área genital, peito, mamilos


e abdômen.
OS Cientistas alemães conseguiram provar que os feromônios são
fortes instrumentos de atração sexual.
Manfred Milinski e Claus Wediking através de experimentos com
136 voluntários concluíram que as preferências olfativas estão
relacionadas com a genética.
Em 1703, o médico holandês Ruysch descobriu um órgão na
cavidade nasal que seria responsável pela identificação dos
feromônios.
Não existe consenso a respeito da existência deste órgão em
Órgão seres humanos, alguns médicos acreditam que esteja atrofiado
ou seja apenas vestigial.
Vomeronasa Pesquisas atuais comprovam que homens e mulheres reagem
l (OVM) psicologicamente e fisiologicamente ao serem estimulados com
odores dos hormônios sexuais, havendo um interesse científico e
mercadológico em investigar o funcionamento deste código de
comunicação interpessoal.
Segundo Tetrazini Anjos, cada pessoa possui um cheiro característico, embora estejamos sempre
tentando disfarça-los com o uso de perfumes, desodorantes e sabonetes.

A despeito desta questão, a referida autora classificou alguns odores liberados com mais
frequência por certos grupos de pessoas, relacionando a liberação de alguns cheiros a aspectos
emocionais, tipos de alimentação e aos ensinamentos da Medicina Tradicional Chinesa.
Psicoaromaterapia
A Aromaterapia Psicológica ou Psicoaromaterapia, termo
criado por Robert Tisserand para designar a utilização dos
óleos essenciais no tratamento de distúrbios emocionais
e mentais.
Atualmente, o termo Psicoaromaterapia é utilizado pela
Outactury Research Fundation N.Y. e pelo Monel Chemical.
Estas instituições pesquisam o aspecto psíquico do olfato e
suas reações.
Os profissionais que atuam nesta área usam os OE como recurso para monitorar os estados
emocionais, evocar memórias conscientes e inconscientes, tratar distúrbios psicológicos,
promover uma sensação de equilíbrio e bem-estar em função do acesso direto ao cérebro
emocional e também por causa de seus princípios ativos que atuarão sobre o Sistema Nervoso.
A partir da observação dos padrões somáticos, bloqueios e experiências emocionais que ficam
registrados no corpo, o aromaterapeuta pode selecionar o repertório de OE que serão utilizados
no tratamento e suas respectivas formas de aplicação.
Sistema
Límbico
Como os aromas dos óleos essenciais
agem sobre o cérebro?
Nosso cérebro é dividido em dois hemisférios: direito e
esquerdo
O hemisfério esquerdo produz um pensamento linear e é
responsável pela lógica e linguagem.
O hemisfério direito opera com conceitos e pelo lado
intuitivo e artístico.
Segundo Giraud (2018), de acordo com os últimos avanços
da Neurociência, esses dois hemisférios são ainda
subdivididos em três partes aninhadas umas dentro das
outras: Cérebro reptiliano, Neocórtex e Cérebro límbico, que
será estudado mais adiante.
O sistema límbico é conhecido como cérebro emocional.
Ele envolve uma área do nosso cérebro relacionada com nossa
memória, emoções profundamente arraigadas e responde pelos
instintos mais primitivos como: fome, sede, sexo, defesa.
Os aromas agem justamente nesta área, estimulando reações
comportamentais positivas ou negativas, podendo com isso
ajudar a trabalhar traumas, distúrbios de personalidade e
alterações comportamental

“A felicidade é um estado mental ativado pelo sistema límbico.”


- Antonio Damasio-
Os óleos essenciais podem induzir o sistema límbico a liberar noradrenalina, endorfina,
encefalina e serotonina, neurotransmissores relacionados ao prazer, redução de dor e regulação
do sistema circadiano.
Regiões cerebrais que podem sofrer ação dos óleos
essenciais e suas funções
Hipotálamo:
Representa menos do que 1% da massa encefálica, é uma das estruturas de controle mais
importantes do sistema límbico.
A região do hipotálamo recebe um número considerável de neurônios olfativos e libera diversos
hormônios que passam para a hipófise (pituitária) anterior através do sistema portal hipofisário;
em seguida, induz a pituitária a segregar o conjunto de hormônios que governam e controlam os
ciclos sexuais dos mamíferos e outros que controlam todas as outras glândulas endócrinas do
corpo.
Além de controlar a maioria das funções vegetativas e endócrinas do corpo, ele também
controla muitos aspectos do comportamento emocional.
Estimulação de diferentes áreas do hipotálamo pode causar muitos efeitos neurogênicos
conhecidos do sistema cardiovascular, incluindo aumento da pressão arterial, diminuição da
pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e diminuição da frequência cardíaca, controle
de temperatura corporal, centro de sede e fome, excreção de urina, regulação gastrointestinal,
desejo sexual.
Amígdala
Sede das emoções. O neurocientista Joseph Le Doux, foi o primeiro a descobrir a importância da
amigdala para o cérebro emocional.
Esta pequena estrutura em forma de amêndoa esta interconectada entre outros com o
hipocampo e o tálamo, garantindo um importante desempenho no campo emocional. É na
amigdala que o perigo é identificado, desencadeado a reação de fuga ou luta fundamental para
autopreservação.
Hipocampo
Relacionada à memória e a comparação.
Tronco encefálico
Emoções fortes como o choro e alterações de fisionomia.
Complexo pré-frontal (amigdala-hipocampo, tálamo, gânglios da base e suas interconexões)
Regulação de humor.
Área frontal
Atenção dirigida, lógica sequencial de pensamentos.
Tronco encefálico
Emoções fortes como o choro e alterações de fisionomia.
• Complexo pré-frontal (amigdala-hipocampo, tálamo, gânglios da base e suas interconexões):
regulação de humor.
• Área frontal: atenção dirigida, lógica sequencial de pensamentos.
Neocórtex – Sede do pensamento, também conhecido como cérebro cognitivo. Vinculado à
linguagem simbólica, pensamento lógico, analítico, abstrato. Regula os processos de atenção e
concentração, inibição dos impulsos e dos instintos, das relações sociais e do comportamento
moral
Molécula aromática
Consciência do odor

Neurônio Córtex Frontal


olfativo

Bulbo
Tálamo
olfativo

Hipotálamo
Sistema límbico Aciona o Sistema
Endócrino

MARTHA MENDONÇA 26
Nosso cérebro armazena inúmeras
lembranças.

MEMÓRIA Quando ativado por um estímulo externo, que


é o aroma, o cérebro desencadeia uma reação

OLFATIVA neurológica na memória, associando tal cheiro


a fatos importantes da nossa vida;

Basta sentir um cheiro familiar para que a


cena do passado venha para nossa memória
com uma incrível riqueza de detalhes;
A “memória olfativa” é um fenômeno que acontece porque o olfato está diretamente ligado aos
mecanismos fisiológicos que regem as emoções;
Quando sentimos um cheiro, a informação passa pelas narinas e é processada no sistema
límbico, parte do cérebro responsável pela memória, sentimentos, reações instintivas e reflexos.
PSICOSSOMÁTICA
PSYKÊ = alma SOMA = corpo
PSICOSSOMÁTICA = estabelece a relação entre a alma e o corpo.
O termo PSICOSSOMÁTICA foi criado em 1818 pelo médico alemão Heinroth, sugerindo que os
problemas emocionais poderiam estar na origem de inúmeras doenças.
Em 1828, este medico cria outro termo: SOMATOPSÍQUICA, diferenciando as duas direções dos
processos patológicos.
“Toda a angustia psíquica pode gerar seu equivalente somático, sendo então a doença uma
manifestação das dificuldades emocionais, frente às quais encontra esta forma de expressão.
O corpo em suas dores se transforma em um mapa dos acidentes emocionais do indivíduo.
Não falaremos então de doenças e sim do doente pois nossas dores dizem de quem somos e de
nossas aflições. ” (Flávia Cristina Santos de Souza)
Segundo o Dr. José Atilio Bombana, psiquiatra, psicanalista e professor do curso de psicossomática
no Instituto Sedes Sapientiae "O ser humano é psicossomático por constituição, ou seja, há uma
interação profunda entre fatores orgânicos e psíquicos e, portanto, em tese pode-se considerar
toda doença psicossomática."
A prática da Medicina Psicossomática é muito antiga. Hipócrates – “o pai da Medicina” – observava
os seus pacientes no que diz respeito à sua herança familiar, hábitos, condições ambientais, as
dores da alma; enfim, associava as doenças às circunstâncias psíquicas, biológicas e ambientais.
Atualmente a psicossomática é considerada antes de tudo uma filosofia, cuja abordagem pretende
compreender o ser humano e seus desequilíbrios físicos de uma forma global, dando atenção aos
fatores psicossociais. Integrando corpo, mente e espírito, superando a visão mecanicista da
medicina.
Emoções X Sentimentos
AS EMOÇÕES E OS SENTIMENTOS
Etimologia da palavra EMOVERE: EX.= para fora; MOTION = movimento. ” (Antônio Pedreira)
“Todas as emoções são impulsos levados pela evolução para uma ação imediata, para
planejamentos instantâneos que visam a lidar com a vida. ” (Daniel Golleman)
As emoções fazem parte do ser humano e são de extrema importância pois permitem sinalizar
situações tanto em relação ao convívio social quanto em relação ao indivíduo e o seu próprio
entendimento.
É essencial compreender que a emoção é um movimento de dentro para fora, um modo de
comunicar os nossos mais importantes esta­dos e necessidades internas (RATEY,2002).
Uma emoção é um conjunto de respostas químicas e neurais baseadas nas memórias
emocionais, e surgem quando o cérebro recebe um estímulo externo.
Exemplo de emoções: raiva e medo
Os sentimentos constituem a percepção que temos das experiências e do mundo.
“São os sentimentos que nos dizem quando alguma coisa é dolorosa e machuca.
O pensamento explica o machucado, justifica-o e racionaliza-o.
A emoção e as várias reações a ela relacionadas estão alinhadas com o corpo, enquanto os
sentimentos estão alinhados com a mente”. (Antônio Damásio)
As emoções são ações ou movimentos, muitos deles públicos, que ocorrem no rosto, na voz ou
comportamentos específicos”. (Antônio Damásio)
“Os sentimentos são ‘invisíveis como outras imagens mentais, acessíveis apenas a seu
‘proprietário’ – a propriedade mais privada do organismo. ” (Antônio Damásio)
Ex: Amor, mágoa, desgosto.
Emoção positiva X Emoção negativa

EMOÇÃO POSITIVA: EXPERIÊNCIA EMOÇÃO NEGATIVA: EXPERIÊNCIA


AGRADÁVEL – POTENCIALIZA A SAÚDE. DESAGRADÁVEL – COMPROMETE A
SAÚDE.
Estresse
O contexto sociocultural inibe a manifestação das emoções, interpretando-as como fraquezas.
O sistema nervoso parassimpático (embora ativado) é bloqueado.
O bloqueio sistemático provoca um desequilíbrio neurovegetativo interno desencadeando as
doenças.
A impossibilidade de manifestar as emoções resulta numa autoagressão que pode levar a
somatização.
Ex. O estresse e o sistema imunológico.
O estresse provoca alterações orgânicas gerando um aumento da produção de cortisona que
gera uma destruição dos linfócitos comprometendo o sistema imunológico.
ESTRESSE
Estresse (físico,psicológico ou social) é uma estimulação pontual – agressiva ou não que produz
um conjunto de reações no organismo, implicando em respostas neuronais, neuroendócrinas,
metabólicas e comportamentais que causam distúrbios no equilíbrio do organismo,
frequentemente com efeitos danosos.
Essas respostas se organizam na Síndrome Geral de Adaptação ao Estresse, o que permite ao
organismo adaptar-se para enfrentar o agente estressor, ou seja qualquer nova situação.
(Ururahy, Gilberto e Albert, Eric)
Tanto os animais quanto os seres humanos reagem aos estímulos estressores. No caso dos
animais serão sempre estímulos externos, enquanto no homem estes estímulos, podem ser de
origem externa e interna. Os estímulos estressores externos representam ameaças concretas
vivenciadas no dia a dia.
Na sociedade moderna, a competição, trânsito, violência urbana, dificuldades financeiras,
conflitos entre as pessoas, processos de separação, submetem milhares de pessoas a um estado
de tensão e alerta permanentes.
O estresse pode atingir qualquer pessoa, pois mesmo as mais fortes estão sujeitas a um excesso
de fatores estressantes que ultrapassam sua capacidade física e emocional de resistir.
Fases do Estresse
De acordo com Rangé (2003), o modelo cognitivo parte do pressuposto de que os nossos sentimentos são
resultados das interpretações que fazemos dos acontecimentos.
Sendo assim, a mesma situação pode desencadear, ou não, uma reação de estresse em diferentes pessoas.
Depende de como cada indivíduo vai interpretar o evento.
O estresse se desenvolve de acordo com etapas.
No passado, pensava-se que o stress se desenvolvia apenas em três fases: alerta, resistência e exaustão (Selye,
1956).
De acordo com Lipp (2000), existem quatro fases: alerta, resistência, quase exaustão e exaustão.
Nas primeiras fases os sintomas são universais, ou seja, todos reagem de modo semelhante, independente de
outras características. Porém, nas fases mais graves os sintomas dependerão muito da fragilidade física e
psicológica do indivíduo.
Fase de Alerta
Neste estágio do desenvolvimento do estresse, a pessoa precisa gerar mais força e energia para
poder enfrentar o que está exigindo dela mais esforço.
O processo de autorregulação do organismo reconhece o desafio ou ameaça percebida e o
mecanismo de luta ou fuga se prepara para agir, produzindo adrenalina e noradrenalina na
corrente sanguínea.
O hipotálamo participa deste processo liberando neurohormônios (peptídeos cerebrais, STC,
prolactina, entre outros) que estimulam a hipófise a liberar ACTH. As suprarrenais passam a
secretar corticoides. .
Essas mudanças hormonais são importantes para que haja um aumento da motivação,
entusiasmo e energia, gerando aumento da produtividade nas pessoas.
Sintomas físicos e emocionais da Fase de
Alerta
Mãos e/ou pés frios Respiração ofegante
Boca seca Insônia
Dor no estômago Hipertensão súbita ou passageira
Sudorese Mudança de apetite
Tensão e dores musculares Agitação
Diarreia passageira Entusiasmo súbito
Taquicardia
Fase de Resistência
Neste estágio acontece um aumento na capacidade de resistência além do normal.
Busca-se, nesta fase, um reequilíbrio, pois gasta-se muita energia, gerando uma sensação de
desgaste generalizado sem que se saiba a causa e dificuldades com relação à memória.
O lapso de memória sinaliza que a demanda ultrapassou a capacidade do indivíduo de manejar
a presente situação.
Quanto mais a pessoa se esforça para adaptar-se e reequilibrar-se, mais desgastada se sente.
Se o organismo consegue se adaptar completamente e resistir ao fator estressante
adequadamente, o processo se interrompe sem deixar sequelas.
Com a manutenção do agente estressor, o processo torna-se crônico ocasionando uma
hiperatividade das glândulas suprarrenais, aumentando a produção de cortisol.
O baço e o sistema linfático sofrem uma atrofia e há um aumento continuado de glóbulos
brancos no sangue.
Podem surgir nesta fase os seguintes
sintomas físicos e emocionais:
Falhas de memória
Fadiga
Mal-estar generalizado
Hipertensão arterial
Gastrite
Tontura
Hipersensibilidade emocional
Apatia sexual
Obsessão com o agente estressor
Irritabilidade excessiva.
Fase de quase exaustão
Nesta etapa as defesas do organismo começam a ceder e já não consegue resistir às tensões
nem restaurar a homeostase interior.
É frequente o indivíduo alternar entre momentos de bem-estar e calma e momentos de
desconforto, cansaço e ansiedade.
Nesta fase, algumas doenças começam a surgir, indicando que a resistência está senso ineficaz.
Neste estágio, a resistência já foi totalmente quebrada.
Alguns sintomas se mostram parecidos aos da fase de alarme, porém muito mais significativos.
Há exaustão psicológica em forma de depressão e exaustão física, em forma de doenças que
começam a aparecer. A evolução pode resultar em morte.
Emocionalmente, o estresse também pode desencadear outros distúrbios psicológicos, como
ansiedade generalizada, insônia, depressão, raiva entre outros.
ANSIEDADE
A ansiedade é um sinal de alerta que adverte sobre a necessidade de adaptação eminente,
capacitando a pessoa para medidas eficientes de enfrentamento. ”
A ansiedade preconiza um estado de apreensão, de alarme, físico e psicológico.
A ansiedade produz alterações fisiológicas com o objetivo de facilitar a adaptação a uma nova
situação.
O medo é uma emoção presente nos estados de ansiedade, gerando sintomas idênticos ao
estresse, como: pupilas dilatadas, taquicardia, envio do sangue para a musculatura voluntária,
dilatação dos brônquios e aumento da glicose.
TRANSTORNOS E SINTOMAS TÍPICOS DE
ANSIEDADE
Transtorno do Ajustamento com humor depressivo
Sintomas: Tristeza, choro, desinteresse, apatia sexual, baixa-estima, medo, insônia, negativismo,
solidão.
OE: revigorantes, harmonizadores, equilibradores, neurotônicos.
Transtorno do Ajustamento com Ansiedade
Sintomas: Inquietação, nervosismo, preocupação, palpitação, sudorese, falta de ar.
OE: sedativos, ansiolíticos, equilibradores, anti-inflamatórios, desintoxicante.
Transtornos do pânico ou ansiedade intensa
Sintomas: falta de ar, enjoos, palpitações, tremores, náusea, coceiras, medo, descontrole, sensação de
morte eminente.
OE: sedativos, ansiolíticos, equilibradores, desintoxicantes.
Síndrome do Pânico
Sintomas: palpitações, sudorese, tremores e abalos, faltam de ar, sensação de asfixia, desconforto
torácico e/ou abdominal, sensações de vertigem ou desmaio, irritabilidade, sensações de desconexão
com a realidade ou despersonalização, medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer,
calafrios ou ondas de calor.
OE: sedativos, ansiolíticos, ante estresse, equilibradores.
OE sedativos, ansiolíticos e equilibradores
Benjoim Limão
Bergamota Petitgrain
Camomila romana Manjerona
Camomila alemã Melissa
Cedro Néroli
Espruce Olíbano
Lavanda Rosa
Bibliografia
Hoare, Joanna - Guia Completo de Aromaterapia (2010)
Wolffenbuttel, Adriana Nunes – Base da Química dos Óleos e
Essenciais e Aromaterapia (2010)
Tisserand, Robert – A Arte da Aomaterapia (1993)
Lavabre, Marcel – Aromaterapia – a cura Pelos Óeos Essenciais(1990)
Berwick, Ann – Aromaterapia Holística (1999)
Maluf, Samia – Apostila de aromaterapia Mod. I
LASZLO, Fabian – Apostila de introdução a aromatologia.

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