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Canal alimentar
Definição: Tubo único e oco da boca ao ânus que possui diferentes subdivisões funcionais, histológicas, vasculares,
embrionárias
Conteúdo: além de conteúdos alimentares e secretórios, há ar. A origem do ar pode ser o meio externo (deglutição e
alimentos) ou interno (produção bacteriana). O ar da parte oca (luz) é visível em exames de imagem.
Exemplo de patologia que se manifesta no canal alimentar: Doença de Crohn (doença inflamatória intestinal autoimune
na qual há ulcerações na cavidade oral até o anus)
Divisão: cavidade oral, faringe (principalmente parte oral e laríngea), esôfago, estomago, duodeno, intestino delgado,
intestino grosso, reto e canal anal
Órgãos anexos
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Cavidade oral
Glândulas palatinas (menores): glândulas salivares menores profundas a mucosa, difícil visualização macroscópica e
produção menos intensa de saliva
Glândulas salivares extra parietais (maiores):
Parótida
Submandibular
Sublingual
Salivação:
Função imunológica, digestória, enzimática, de lubrificação e proteção da cavidade oral
Decorrente de estímulo parassimpático
Glândulas parótidas
2 glândulas
Principais produtoras de saliva
Adjacentes a áreas ótica (auditiva)
Inervação secretomotora: n. glossofaríngeo
Nervo facial passa dentro da glândula parótida e não a inerva. Se ramifica em cerca de 5 ramos dentro da glândula.
Tumores, lesões da glândula parótida podem lesar um ou mais ramificações do n. facial, levando a paralisia das regiões
inervadas correspondentes
Está fora da cavidade oral e comunica com esta por meio do ducto parotídeo
Ducto parotídeo:
Glândula submandibular
Glândula Sublingual
Ao contrário das outras glândulas maiores, possui vários ductos de cada lado que se abrem por duas cristas abaixo da
língua
Inervação secretomotora: n facial
Não existe mecanismo fisiológico normal para hiperartivação parassimpática difusa. A causa de hiperativação simpática
é necessariamente EXTERNA.
Em toda intoxicação exógena, existe uma relação dose-dependente do agente intoxicante do indivíduo. Essa relação é
particular para cada organismo.
Sintomas:
Tratamento:
Causas:
Intencionais
Acidentais
Homicidas
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Língua
Inervação:
Terço posterior: n. glossofaríngeo com fibras aferentes viscerais especiais (gustatórias) e fibras sensoriais gerais (dor,
temperatura, tato, propriocepção)
Dois terços anteriores:
Ramo lingual da divisão mandibular do n. trigêmeo (V/III): sensibilidade somática geral
Nervo corda do tímpano (ramo da divisão intermédia do n. facial): gustação
Motricidade: n. hipoglosso
N. corda do tímpano se une ao lingual quando chega
até a língua, por isso não é visível anatomicamente
Dois terços anteriores são mais importantes pra
gustação (n. facial)
Na língua, há a possibilidade de avaliarmos o
funcionamento de 4 pares cranianos
Papilas circunvaladas também são demarcadores da
divisão entre orofaringe/cavidade oral. São
inervadas pelo glossofaríngeo (estão na orofaringe)
e a região anterior a elas é inervada pelo
trigêmeo/facial
Regiões da língua:
Ápice
Raiz
Corpo
Dorso (toca no palato duro)
Músculo genioglosso: constituinte básico muscular do corpo da língua.
Relaxamento do músculo genioglosso pode fazer com que a língua se desloque posteriormente e obstrua a orofaringe e
dificulte a entrada de ar no ádito da laringe. A língua está acoplada na cartilagem epiglótica para conseguir ocluir a
entrada da laringe para não aspirar o conteúdo a ser deglutido (proteção da via aérea).
Causas preocupantes de comprometimento respiratório: obstrução da via aérea pela língua e aspiração do conteúdo
gástrico. Qualquer alteração na deglutição ou diminuição do estado de consciência do organismo constitui uma ameaça
para via aérea. Diminuição do estado de consciência relaxamento da língua potencial obstrução da via aérea
Escala de coma de Glasgow: afere quantitativamente a escala de consciência do indivíduo e a sua capacidade de proteger
a própria via aérea. Pontuação menor ou igual a 8 exige intubação orotraquel
Após a crise convulsiva tônico-clônica, há relaxamento muscular difuso, o que faz com que a língua relaxe e obstrua a via
aérea. Durante a crise, o indivíduo fica em apneia. Para evitar obstrução, não se deve puxar a língua e sim tracionar a
mandíbula, uma vez que o ponto de fixação do músculo genioglosso é a proeminência geniana. Além disso, deve-se
colocar o paciente em decúbito lateral, para que a ação da gravidade evite que a língua obstrua a via aérea.
Tonsilas palatinas muito inflamadas podem cruzar o plano mediano, tocar uma a outra e obstruir a via aérea
mecanicamente
Processos inflamatórios nas vias aéreas são muito mais frequentes em crianças do que em adultos, fazendo com que
haja tendência de reversão do aumento das tonsilas ao longo do tempo. Remoção cirúrgica de tonsilas
(adenoamigdalectomia) atualmente não é primeira opção, já que é muito invasivo
Arco tonsilar (ou arco de waldeyer): formado pela tonsilas linguais, palatinas e faríngeas. Interage com antígenos
aspirados e deglutidos
Cartilagem epiglótica
Pregas glosoepiglóticas (medianas e laterais)
Valéculas epiglóticas:
Espaço entre as 3 pregas glossoepiglóticas medianas e laterais
Direita e esquerda
Onde fica a amina do laringoscópio na intubação, para tracionar a língua anteriormente
Onde podem ficar presos compridos e resíduos alimentares
Forame cego: origem embrionária da glândula tireoide, há o ducto tireoglosso (10% das pessoas tem tecido tireoide
ectópico intralingual)
Glândulas
Sublingual e submandibular jogam suas secreções na região inferior na língua por meio de ductos
Nervos
Nervo mandibular
Termina bifurcando próximo ao processo coronoide da mandíbula em nervo lingual e nervo alveolar
inferior
Nervo lingual
Bloqueio do n lingual: mais da metade da língua do mesmo lado da anestesiada tanto para gustação
quanto para sensibilidade geral, já que o corda do tímpano já entrou no lingual na altura da anestesia
Nervo alveolar inferior
Entra no forame mandibular passa pelo canal mandibular e inerva metade dos dentes inferiores
sai pelo forame mental e inerva o lábio e inferior.
Bloqueio do nervo alveolar inferior em tratamento dentário: anestesia dos dentes inferiores e do lábio
inferior
Músculos
Músculo milo-hiodeo
Principal assoalho da cavidade oral
Oferece resistência ao aumento de pressão da cavidade oral na deglutição (ação diafragmática)
Inervado pelo n. milo-hiodeo (rano da divisão mandibular do trigemio)
Ventre anterior do m. digástrico
Inervado pelo n. milo-hiodeo. Compõe o assoalho
Ventre posterior do m. digastrico e m. estilo-hioideo
Inervados pelo n. facial
Todos os músculos estriados esqueléticos que o trigêmeo inerva vem da divisão mandibular. Divisões oftálmicas e maxilar não
inervam músculos.
Anatomia dentária
Dentes decíduos (de leite): cerca de 20 (não terceiro molar e nem pré-molares)
Dentes permanentes: 32 (tem 2 pré-molares de cada lado e o terceiro molar/siso)
Quanto mais posteriores os dentes, maior o número de raízes. O molar é normalmente trirradicular pois precisa estar
acoplado no respectivo alvéolo para exercer sua função de trituração. Os elementos dentários anteriores tendem a ser
monorradiculares por ter função de preensão, perfuração e corte. Mais fácil de serem extraídos por procedimento
odontológico ou por trauma
Sulco gengival: espaço entre a gengiva e o dente propriamente dito. Parte do corpo com maior concentração bacteriana
por unidade de área
Intubação orotraqueal: caminho do tubo: cavidade oral- orofaringe – laringe – traqueia. Corpo estranho comunicando cavidade
oral com traqueia cria complicações locais (balonete comprime a mucosa traqueal) e infecção, o que justifica não poder intubar
por muito tempo. Se o indivíduo ainda sem necessita de ventilação mecânica passados 10-14 dias, é preciso reverter a intubação
e fazer a traqueostomia. Isso Visa minimizar a chance de infecção, pois a diferença de população bacteriana na cavidade oral e na
traqueia é grande.
Faringe
Músculos
Nervos
Inervação vasta: praticamente todos os músculos da faringe motora, inervação motora do esôfago, inervação motora
parassimpática até o intestino grosso (metade do colón transverso)
É o nervo da deglutição do ponto de vista faríngeo
Grande fornecedor de fibras parassimpáticas para o pescoço, tórax e abdome
Vascularização arterial
Vai para o plexo pterigoideo, na região mais profunda da bochecha e da fossa intratemporal
A jugular interna que recebe as veias tem 1 ou 2 válvulas, ao final, que não funcionam direito.
Todo sistema de drenagem venosa da cabeça e pescoço tem nenhuma ou poucas válvulas que funcionam mal. O retorno
venoso dessa região não acontece bem se estivermos contra a gravidade (ex: ficar de cabeça para baixo)
Drenagem linfática
Possíveis acometimentos
Orofaringite:
Linfadenite secundaria
Odinofagia: dor ao deglutir
Câncer na região: gera acometimento lifonodal local. Principal fator de risco: tabagismo
Febre, odinofagia, fibrina, alteração linfonodal indica infecção bacteriana. A ausência desses sintomas indica maior
probabilidade de infecção viral (maioria, não necessita de antibiótico.
Deglutição
1° estágio – voluntário
2° estágio – involuntário
Faringe esofágica
N. vago contrai constritor superior, médio e inferior
3° estágio – involuntário
Esofágica
Esôfago: é apenas via de passagem do alimento entre faringe e estômago, que permanece no esôfago por cerca de 3s,
Cruza todo o mediastino posterior
Como o esôfago é muito delicado, engolir espinho de peixe pode perfurar o esôfago, gerando mediastinite
Esôfago
Circundado pelo constritor inferior da laringe com parte cricofaríngea, começa no nível C6
Esôfago é cruzado pelo brônquio principal esquerdo e pela aorta
Constrições/estreitamentos do esôfago:
1. Esfíncter esofágico superior / estreitamento cricofaríngeo
2. Constrição broncoaórtica
3. Hiato esofágico no diafragma