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Anatomia Teórica III

Professor Luis Henrique Rapucci Moraes Giovanna Firmino - XLVI

❖ Cabeça e face:
Estratigrafia do escalpe: cinco camadas e suas especificidades
- Pele (folículo piloso, camada superficial)
- Tela subcutânea (leito vascular, lesão no couro cabeludo se infeccionar e
atingir a tela subcutânea infecção pode se propagar pelas meninges)

Como uma lesão no couro cabeludo pode evoluir para uma meningite?
R: Ao atingir a tela subcutânea, as veias superficiais drenam para as
veias emissárias que drenam para os seios cavernosos da meninge

- Galea aponeurotica/aponeurose (junção dos músculos occipitofrontal ventre


frontal e ventre occipital; região frontal não possui galea)
- Tecido conjuntivo frouxo (permite o deslizamento das camadas superiores)
- Periósteo

*ao realizar suturas responder as camadas ao contrário, feita debaixo para


cima: tecido conjuntivo frouxo, músculo, tela subcutânea e pele.

➔ Inervação e vascularização:

Inervação do escalpe é feita por 7 nervos: supratroclear, supraorbital,


aurículo temporal, zigomático temporal, occipitais maior e menor, auricular
magno

Vascularização é realizada por 4 artérias: supratroclear, supraorbital,


temporal superficial e occipital

Em uma lesão frontal, quais artérias vão ser clampeadas?


R: supratroclear e supraorbital

➔ Parte superficial da face:


Inervada motoramente pelo facial, que possui 5 ramos: ramo temporal (parte
frontal e superior da órbita), ramo zigomático (parte superior da bochecha e
asa do nariz), ramo bucal (parte inferior da bochecha), ramo marginal da
mandíbula (embaixo da boca) e ramo cervical (só para o platisma)
Paralisia de Bell - compressão ou lesão do nervo facial (este nervo
passa pelo forame estilomastóideo) causa hemiparesia da face (metade
da face paralisada), perda da gustação (n. lingual e corda do tímpano) e
hiperacusia (m. estapédio)

Pede nome da síndrome dando os sintomas ou nome do nervo afetado

Inervada sensitivamente pelo nervo trigêmio, que possui 3 ramos: ramo


oftálmico (V1 nervo supratroclear e supra orbital), ramo maxilar (V2 nervo
infraorbital e zigomático facial) e ramo mandibular (V3 nervo mentual)

Obs: nervo trigêmio é motor para os músculos da mastigação no V3


(masseter, temporal, pterigóideos e digástricos)

➔ Fossas principais da face:


- Temporal (prática)
- Infratemporal (prática)
- Pterigopalatina (teórica)

Fossa temporal contém o músculo temporal, inervado pelo n. trigêmeo


ramo mandibular e vascularização pela a. maxilar artérias temporais
profundas (cortes coronais)

Fossa infratemporal contém a estrutura nervosa e vascular


Estrutura nervosa - n. mandibular se divide em 5 ramos principais:

- N. lingual (sensibilidade dos ⅔ anteriores da língua, junto com n. corda do


tímpano que faz sensibilidade gustativa)
- N. alveolar inferior (inervação sensitiva da arcada dentária inferior, passa
pelo forame da mandíbula e sai como n. mentual)
- N. auriculotemporal (inervação do escalpo; possui fibras do n.
glossofaríngeo que faz a inervação da parótida; na lesão ocorre paralisia da
secreção de saliva)

Síndrome de Frey: ocorre lesão de colo de mandíbula,quando há uma


fratura tem uma compressão do n. auriculotemporal fazendo com que a
glândula parótida pare de secretar saliva; processo inflamatório

- Ramos musculares (inervação motora dos músculos da mastigação): ramo


massetérico, ramo temporal, ramo pterigóideo e ramo digástrico

Estrutura vascular - artéria maxilar (prática no China) se divide em 3 partes:


- Parte mandibular
- Parte pterigóidea
- Parte pterigopalatina

ESTUDAR TRÍGONOS DO PESCOÇO (EXISTEM 4, UM PARA CADA


SUBTURMA) - DELIMITAÇÕES E CONTEÚDO DE CADA

Fossa pterigopalatina: delimitações


- \Comunica com a fossa cerebral (através do forame redondo) - V2
- Comunica com a órbita (através da fissura orbital inferior) - V2 no assoalho
da órbita vira n. alveolar superior (inervação sensitiva da arcada dentária
superior) e sai na frente como nervo infraorbital, zigomático facial ou
zigomático temporal (depende do forame que vai sair)

Para realizar anestesia no alveolar superior usa-se como referência o


forame infraorbital

- Comunica com a cavidade nasal (através do forame esfenopalatino) - a.


esfenopalatina e n. nasopalatino ambos são ramos do nervo e artéria
maxilar

Quais fossas o forame esfenopalatino comunica?


R: cavidade nasal e fossa pterigopalatina

- Comunica com a cavidade oral (através dos canais palatinos maiores e


menores) - passam nervos e artérias palatinos maiores e menores

Pode dar o forame e pedir quais fossas se comunicam através dele

Estruturas intrínsecas da parótida: nervo facial, nervo auriculotemporal,


carótida externa e veia retromandibular

Clínica: hematoma periorbital ou hematoma retroauricular


Causa: fratura de base de crânio
Nome do sinal: sinal de guaxinim e sinal de batalha
Acontece devido à inserção dos músculos acumulando sangue

❖ Olho
Possui 6 músculos extrínsecos: reto superior, reto inferior, reto lateral, reto
medial, oblíquo superior e oblíquo inferior
Possui 3 nervos: nervo troclear (IV) inerva o m. oblíquo superior, nervo
abducente (VI) inerva o m. reto lateral e o resto é oculomotor (III)

OS (oblíquo superior) 4 RELA (reto lateral) 6 e o resto é 3


Clínica: queixa de estrabismo convergente
Qual músculo lesado? R: m. reto lateral
Qual nervo lesado? R: n. abducente

Glaucoma: aumento da pressão intraocular, problema na drenagem ou


produção excessiva do humor aquoso; seio venoso da esclera não supre
essa quantidade a mais

Catarata: cristalino fica turvo

Síndrome de Horner: lesão no simpático - paciente apresenta miose,


anidrose (não sua de um lado da face) e ptose (pálpebra caída) -
relaciona com o plexo cervical do pescoço

❖ Orelha

A orelha média tem comunicação com a faringe através do óstio faríngeo da


tuba auditiva, em uma criança essa comunicação é mais retificada, enquanto
no adulto é mais oblíqua (ao se alimentar não passa tanto alimento por essa
comunicação, mas durante a infância pode ocorrer com mais frequência
causando inflamação)

Porque uma inflamação na garganta pode evoluir para uma otite?


R: Por conta da retificação da tuba auditiva da criança, facilitando
passagem da inflamação por essa comunicação com a faringe.

A orelha média tem uma comunicação com as células mastoideas pelo


antro mastóideo, podendo causar uma mastoidite em caso de otite.

Na orelha interna há o labirinto membranáceo que está contido no labirinto


ósseo (cóclea e vestíbulo com os canais semicirculares - propriocepção)

Síndrome de Meniere: aumento da pressão dentro dos canais


semicirculares na orelha interna, ativando o n. vestibular causando
cefaleia, tontura e cansaço;

Dentro da cóclea existem a rampa timpânica e tampa vestibular, dentro das


rampas existe a perilinfa que quando estimulada pela vibração da membrana
timpânica estimula a endolinfa que estimula as células ciliares (são células
nervosas) que formam o estímulo auditivo

Som → meato acústico → estimula membrana timpânica → energia vibratória


→ martelo, bigorna e estribo → perilinfa → endolinfa → energia auditiva/sonora
❖ Pescoço:
Trígonos do pescoço

Trígono cervical anterior: está limitado pela margem anterior do


músculo esternocleidomastoideo, margem inferior da base da
mandíbula e linha mediana anterior.

Submandibular
conteúdo: glândula submandibular, linfonodos submandibulares, os nervos
hipoglosso (XII) e milo-hióideo, e artéria e veias faciais.
delimitação: ventres anterior e posterior do músculo digástrico, e margem
inferior da base da mandíbula.

Trígono carótico
conteúdo: artéria carótida comum, seio carótico, artéria carótida externa,
veia jugular interna, nervos vago, acessório e hipoglosso
delimitação: ventre superior do músculo omo-hióideo, ventre posterior do
músculo digástrico, e margem anterior do músculo esternocleidomastoideo.

Trígono submentual
conteúdo: veias jugulares anteriores e os linfonodos submentuais.
delimitação: pela linha mediana anterior, pelo ventre anterior do músculo
digástrico e pelo hióide.

Trígono muscular
conteúdo: glândulas tireoide e paratireoides, laringe e
traqueia, esôfago (parte cervical) e os músculos infra-hióideos.
delimitação: ventre superior do músculo omo-hióideo, pela linha mediana
anterior e pela margem anterior do músculo esternocleidomastoideo.

Estratigrafia:
- Pele
- Músculo platisma (n. facial ramo cervical)
- Tela subcutânea
- Fáscias
cervical: dividida em 3 lâminas (superficial, pré-traqueal e pré-vertebral)
importantes para conter infecções e para fins cirúrgicos

Em uma cirurgia para retirada de tumor na tireoide, quais camadas


precisam ser atravessadas e quais os vasos que devem ser
clampeados?
R: camadas são: pele, m. platisma, tela subcutânea e lâmina superficial,
músculos infra-hióideos e lâmina pré-traqueal; vasos são: artérias
tireóideas superior e inferior, e artéria tireóidea ima.
Em uma lesão de chicote (ex: em um acidente em que a cabeça vai para
frente e para trás) os ligamentos lesados são: ligamento longitudinal anterior
e posterior;

Nos bolachões são cobrados altura das vértebras (C3, C4, C5, C6 ou C7)
e os processos das vértebras (corpo vertebral e processo espinhoso)

Seio carótico e glomo carótico: dois corpos nervosos juntos à carótida


interna; glomo fica entre a carótida interna e externa; seio fica dentro da
carótida interna (controle da pressão arterial; barorreceptores)

Espaço retrofaríngeo: delimitado pelas fáscias;


Uma tonsilite pode evoluir para uma mediastinite ou meningite (por
conta da comunicação feita pelo espaço retrofaríngeo)

Inervação do pescoço: plexo cervical, plexo braquial - nervo frênico (C3, C4 e


C5) e alça cervical, inerva os m. infra-hióideos (raízes C1, C2 e C3)

Músculos: esternocleidomastoideo e trapézio (inervados pelo nervo


acessório)

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