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Anatomia sistêmica

Nariz
Situa-se acima do palato duro, incluindo a parte externa
e a cavidade nasal (dividida em direita e esquerda pelo
septo nasal).
Função: olfato, respiração, filtração de poeira,
umidificação do ar, recepção e eliminação dos seios
paranasais e ductos lacrimais.

Parte externa do nariz


A parte externa é constituída principalmente de
cartilagem. O dorso do nariz se estende da raiz até o
ápice (ponta). A face ínfero-anterior possui duas Cartilagens (5):
perfurações piriformes (pera), as narinas, limitadas
lateralmente pelas asas do nariz. 1. Cartilagens alares (2)- livres e móveis, estreitam
e dilatam as narinas,
2. Cartilagem septal (2)
3. Cartilagens laterais (2)

A pele na parte óssea (dorso) é fina e sem muitas


glândulas. Já a pele que reveste a cartilagem é espessa
e com grande número de glândulas sebáceas A pele
projeta-se internamente no nariz, região denominada
vestíbulo, contendo número variável de pelos rígidos
(vibrícias), que realizam papel de filtração de
micropartículas no turbilhonamento do ar durante a
inspiração. Após, há uma área de transição para a
mucosa do nariz, chamada de limem onde não há
presença de pelos. Septo nasal
Esqueleto do nariz Divide a câmara do nariz em duas cavidades nasais.
Possui parte óssea e cartilagínea.
É formado por ossos e cartilagem hialina.
1. Lâmina perpendicular do osso etmoide;
Ossos: 2. Osso vômer
3. Cartilagem septal
1. Ossos nasais
2. Processos frontais das maxilas
3. Parte nasal do frontal
4. Espinha nasal
5. Partes ósseas do septo nasal
Monitoras de Anatomia Sistêmica 2021/1 Ana Julia P.eccin Sartori, Fabiana Baldissera Bom e Camila Luiza Lagni.
Assoalho: processos palatinos do osso maxilar e lâminas
horizontais do osso palatino.

Parede medial: septo nasal (vômer, cartilagem septal e


lâmina perpendicular do osso etmoide).
Parede lateral: osso nasal, processo frontal do maxilar,
lacrimal, concha nasal inferior, etmoide, lâmina
perpendicular do palatino e processo pterigoide do
esfenoide.
.

Conchas e meatos nasais


O ser humano possui três conchas nasais, sendo que
somente a concha nasal inferior é constituída por uma
projeção óssea (osso da concha nasal inferior). As
conchas são lâminas revestidas de mucosa que se
prostram convolutamente ínfero-medialmente, como
“rolos”, formando recessos sob elas mesmas, chamados
de meatos nasais.
Cavidades nasais
Existem cinco meatos nasais:
Anteriormente é limitada pelas narinas, e
posteriormente pelas coanas na nasofaringe, sendo 1. Recesso esfenoidal (posterosuperior) 
revestida por mucosa, exceto na porção do vestíbulo. recebe o seio esfenoidal
2. Meato nasal superior (lateral) recebe os seios
A túnica mucosa do nariz está unida ao periósteo e etmoidais posteriores
pericôndrio, sendo contínua com o revestimento de 3. Meato nasal médio (lateral) o infundíbulo
todas as câmaras comunicantes com a cavidade nasal: etmoidal comunica-se com seio frontal pelo
os seios paranasais e lacrimais, nasofaringe e túnica ducto frontonasal; hiato semilunar recebe o seio
conjuntiva. frontal e etmoidais anteriores, ficando sob a
bolha etmoidal, a qual drena os seios etmoidais
Os 2/3 inferiores da túnica mucosa correspondem à médios.
área respiratória. (aquecimento e umidificação) O 1/3 4. Meato nasal inferior (lateral): recebe o ducto
superior da túnica corresponde à parte olfatória (órgão lacrimo nasal que drena o saco lacrimal.
olfatório). 5. Meato nasal comum (medial): recebe os
recessos laterais e o meato.

Limites da cavidade nasal


Teto: formado por cartilagem, osso frontal, osso nasal,
osso etmoide e esfenoide.

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”triângulo perigoso da face” é uma expressão
referente ao risco por comunicar-se com o seio
cavernoso (tromboflebite da artéria facial).

Vasculatura e inervação do nariz


A irrigação arterial tem cinco procedências:

 Artéria etmoidal anterior e Artéria etmoidal


posterior (ramos da artéria oftálmica)
 Artéria esfenopalatina e Artéria palatina maior
(ramos da artéria maxilar)
 Ramo septal da artéria labial superior (ramo da
artéria facial)
A Artéria. Palatina maior chega ao septo nasal via canal
incisivo, e culmina na área de Klesselbach (plexo
A inervação do nariz pode ser dividida em
anastomótico das cinco artérias que irrigam o septo),
junto com as outras quatro artérias nasais. Túnica mucosa: anterossuperior: nervo oftálmico (V-1)
dá origem aos nervos etmoidal anterior e posterior, que
são ramos do nervo nasociliar.

Túnica mucosa posteroinferior: nervo maxilar da origem


ao nervo nasopalatino (septo), e o nervo palatino maior
da origem ao ramo nasal lateral superior posterior e
nasal lateral inferior (lateral).

Dorso e ápice: nervo oftálmico da origem ao ramo infra


troclear e ramo nasal externo do ervo etmoidal anterior

Asas: ramos nasais do nervo infra orbital (V-2)


Nervos olfatórios: os processos centrais das células do
epitélio olfatório atravessam a lâmina crivosa do osso
etmoide e terminam no bulbo olfatório.

A drenagem venosa ocorre pelo plexo venoso


submucoso (importante termorregulador), que drena
para as veias esfenopalatina, facial e oftálmica. As
tributárias da veia facial são as veias angular e nasal
lateral

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Seios paranasais Os seios esfenoidais localizam-se no corpo do esfenoide
e são inervados pelo nervo etmoidal posterior, e
Extensões da parte respiratória da cavidade nasal cheias irrigados pela artéria etmoidal posterior. São divididos
de ar nos seguintes ossos cranianos: frontal, etmoide, por um septo ósseo desigual. É frágil e fica próximo a
esfenoide e maxila. Nos idosos, essas expansões são importantes estruturas como: nervos e quiasma óptico,
ainda maiores. hipófise, artérias carótidas internas e seio cavernoso..
Deriva de uma célula etmoidal invasora a partir dos dois
Os seios frontais (direito e esquerdo) ficam dispostos anos de idade, podendo em algumas pessoas, gerar
entre as lâminas interna e externa do osso frontal e mais de um seio esfenoidal.
são inervados por ramos dos nervos supraorbitários (V-
1). Os seios não são simétricos, e nem mesmo seu
septo sempre está localizado medialmente a eles. Drena
pelo ducto frontonasal para o infundíbulo etmoidal,
abrindo-se no hiato semilunar meato nasal médio.

Os seios maxilares são os maiores seios paranasais,


ocupando o corpo do osso maxilar e comunicando-se
As células etmoidais são pequenas invaginações da com o meato nasal médio. Drena por meio do óstio
túnica mucosa dos meatos nasal médio e superior, maxilar no hiato semilunar. É irrigado pelos ramos
inervadas pelos ramos etmoidais anteriores e alveolares superiores da artéria maxilar, e pelos ramo
posteriores do nervo nasociliar (V-1). Em geral, não são palatino descendente e maior. A inervação é realizada
visíveis em radiografia simples antes dos dois anos de pelos nervos alveolares superiores anterior, médio e
idade, mas sim em TC. As células etmoidais anteriores posterior (ramos do nervo maxilar).
drenam direta ou indiretamente ao meato nasal médio
pelo infundíbulo etmoidal. As células etmoidais médias
abrem-se diretamente no meato nasal médio e formam
a bolha etmoidal (saliência na margem superior do hiato
semilunar). As células etmoidais posteriores abrem-se
diretamente no meato nasal superior.

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Compreende a cavidade oral, dentes, língua, gengiva,
palato e tonsilas palatinas.

Cavidade oral
É onde ocorre a deglutição voluntária, mastigação do
alimento e processo de digestão de amido e outras
proteínas devido à ação da saliva, secretada por três
glândulas que possuem seus óstios na cavidade oral.
Dividida em vestíbulo e cavidade própria, sendo o
vestíbulo da boca (antessala) um espaço semelhante a
uma fenda entre os dentes (interno) e a gengiva
Correlações clínicas (interno) e os lábios (anterior) e as bochechas (lateral),
comunicando com o exterior através da rima da boca.
Desvio de septo nasal: pode ocasionar obstrução
(abertura). Em repouso é uma cavidade virtual e inflada
respiratória e exacerba o ronco por ser muito
é real, onde fica localizado o óstio do ducto da glândula
acentuado. Corrigível cirurgicamente.
parotídea (Stenon), ao nível do segundo molar superior
Fraturas de nariz podem quebrar os ossos ou desloca- á a cavidade própria da boca é o espaço entre as
los e gerar epistaxe. arcadas ou arcos dentais maxilar e mandibular. Quando a
boca está fechada e em repouso, a língua ocupa
Rinite: edema e inflamação da mucosa nasal em totalmente a cavidade oral.
infecções respiratórias altas graves e reações alérgicas

Epistaxe: ocorre geralmente após trauma, e o sangue


provem da área de kiesselbach.
Bochecha
Sinusite: inflamação dos seios paranasais- pansinusite é Vestíbul
em vários seios. - que ocasiona edema e gera dor, o
podendo obstruir os óstios de drenagem dos seios.
Cavidade bucal
Infecções das células etmoidais: podem ocasionar
própria
cegueira em casos graves por causar neurite óptica.

Infecções dos seios maxilares: drenam para “cima”, por


isso, o decúbito lateral alivia o lado que esta
superiormente, pois este está sendo drenado. Durante
a noite, o paciente rola e movimenta-se com
frequência.
O tamanho da rima é controlado pelos músculos
Dentes molares e o seio maxilar: devido a proximidade periorais: orbicular da boca, bucinador, risório e
a inflamação da túnica pode causar dor, e ser depressores e elevadores dos lábios.
confundida com “dor de dente”.
Limites da cavidade oral
Transiluminação dos seios: realizada em uma sala
escura, insere-se um foco de luz intensa na face do Teto  palato
paciente, direcionando o feixe de luz contra a bochecha
ou palato, e conforme o grau de luminescência, pode- Assoalho  músculo milohioideo
se haver presença de líquido ou massa excessiva no
seio maxilar. Quanto menos luz, mais material há dentro. Anterior:  lábios
Pode ser realizada no seio frontal também.
Posterior  ístmo da fauce
Região oral Lateral  bochechas

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orbital. O lábio inferior é irrigado por remos labiais
inferiores das artérias facial e mentual.

Lábios
Pregas músculo fibrosas móveis que circundam a boca.
Desde o sulco nasolabial (superior) até o sulco
mentolabial (inferior). São cobertos externamente por
pele e internamente por túnica mucosa
São usados para apreender o alimento, sugar líquidos,
manter o alimento fora do vestíbulo da boca, produzir
fala e osculação (beijo). A zona de transição é muito
vascularizada (brilha) e é continua com a túnica mucosa
oral

Os frênulos dos lábios são pregas da túnica mucosa na


linha mediana que se estendem da gengiva até a
porção interna do lábio sup. e inf., sendo o superior
maior que o inferior.

Inervação do lábio
Filtro

Sulco Tubérculo
nasolabial Ramo labial superior inerva o lábio superior, tendo
origem no nervo supraorbitário (V-2.). Já o lábio inferior,
é inervado pelos ramos labiais inferiores dos nervos
mentuais (V-3).
Comissura

Sulco Rima da
mentolabial boca

Irrigação arterial
As artérias labiais superiores e inferiores são ramos das
artérias faciais e anastomosam-se entre si nos lábios,
formando um anel arterial. O lábio superior é irrigado
por ramos labiais superiores das artérias facial e infra

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Superior  região zigomático

Posterior  região parotídeomassetérica

Inferior  margem inferior da mandíbula.


Proeminência da bochecha acontece na junção das
regiões zigomática e bucal.
Os principais músculos são os bucinadores, e entre
esse músculo e a túnica mucosa há a presença de
várias glândulas bucais, perfurada pelo ducto parotídeo.

Corpos adiposos
 A linfa dois lábios superiores e lateral do lábio Coleção encapsulada de gordura  Gordura de Bichat
inferior é filtrada nos linfonodos (superficiais aos músculos-maiores em lactentes)
submandibulares e da parte medial do abio
Vascularização é realizada pelos ramos bucais da artéria
inferior nos linfonodos submentuais.
maxilar. A inervação é realizada pelos ramos bucais do
nervo mandibular.
Condições clínicas associadas
Frênulo hipertrófico: afasta dentes incisivos centrais
(diastema)

Cianose labial: lábios tem muito fluxo superficial de


sangue e sistema simpático pode redirecioná-lo para
centro do corpo. Cor roxa - o2 deficiente;

Fenda labial (leporino) entalhe na zona de transição


do lábio superior. Pode ocorrer concomitantemente
com a fenda palatina.

Gengiva
São formadas por tecido fibroso coberto por túnica
mucosa. Rósea, pontilhada e queratinizada.
Propriamente dita: firmemente presa aos processos
alveolares da mandíbula e da maxila e aos colos dos
Bochechas dentes.

Estrutura quase igual a dos lábios, sendo contínuas a Depende a região em que está, possui nome diferente:
eles. Paredes móveis da cavidade oral. A face externa
corresponde à região bucal. 1. Gengiva labial: adjacente ao lábio
2. Gengiva bucal maxilar: adjacente às bochechas
Limites 3. Gengiva mandibular adjacente às bochechas
4. Gengivas linguais sup. e inf. adjacente à língua
Anterior  região oral e mentual Túnica mucosa alveolar é vermelho-brilhante e não
queratinizada
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Gengivite inflamação da gengiva por depósito de Coroa  colo  raiz
alimento nas fendas dentais e gengivais.
Vasculatura e inervação
As artérias alveolares superior e inferior que são ramos
da artéria maxilar irrigam os dentes maxilares e
mandibulares respectivamente. Veias de mesmo nome
acompanham as artérias para drenagem. Os vasos
linfáticos seguem para os linfonodos submandibulares
principalmente. Os plexos dentais suprem os dentes,
sendo formados pelos ramos alveolar superior (NC V-2)
e inferior (NC V-3).
Cáries dentais, pulpite e abscessos dentais: carie invade
Dentes os tecidos da cavidade pulpar e causa inflamação e dor
intensa. A pulpite pode causar sinusite.
Funções:
Hiperdontia (supranuméricos): assemelham-se aos
1. Cortar, reduzir, e misturar o alimento à saliva
dentes normais, decíduos ou permanentes. Já os
durante a mastigação.
dentes acessórios possuem formas e tamanhos
2. Ajudar sua própria sustentação nos alvéolos
diferentes (ex: pino). O mais comum é o mesiodente
dentais, para desenvolvimento e proteção dos
entre os incisivos no centro da maxila.
tecidos que sustentam.
3. Articulação (fala conectada distinta) Extração: nervo lingual próximo à face medial do 3°
molar. Evitar lesão para não perder sensibilidade na
 Inseridos nos alvéolos dentais (maior mudança)
língua.
dos processos alveolares mandibulares e maxilar
e são separados por SEPTOS Implantes dentais: pode ser necessário aumentar o osso
INTERALVEOLARES enquanto as raízes são alveolar com implante da fíbula ou de cadáver. Aí, aloca-
separadas por SEPTOS INTERRADICULARES se um munhão (pino) e uma coroa.
 Antes da erupção estão nos arcos alveolares
como brotos dentais
Palato
Classificação
Forma o teto curvo da boca, e assoalho das cavidades
 Decíduos: 20 dentes EM CRIANÇAS (8 I; 4 C; 4 nasais, bem como, separa a orofaringe da nasofaringe.
PM; 4 M). Tendo duas porções: palato duro (anterior) e mole
 Permanentes: 32 dentes EM ADULTOS (8 I; 4 (posterior). A parte superior do palato é recoberta por
mucosa respiratória e a parte inferior por mucosa oral
C; 8 PM; 12 M)  3°MOLAR É O SISO.
(muitas glândulas).
Incisivos: margens cortantes finas

Caninos: cones proeminentes únicos

Pré-molares: duas cúspides (TRITURAM)

Molares: três ou mais cúspides (PULVERIZAM)

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Ao deglutir, o palato mole fica tensionado, e
posteriormente é elevado para impedir a entrada do bolo
alimentar na cavidade nasal.

Papilas gustativas: (poucas) no epitélio da superior oral


até epiglote.

ARCO PALATOGLOSSO (união com língua) e ARCO


PALATOFARÍNGEO (união com faringe).

Palato duro
Possui formato de abóbada, espaço ocupado pela língua
em repouso.

Formado pelos processos palatinos do osso maxilar e Glândulas Palatinas


pelas lâminas horizontais dos ossos palatinos.
(camada suspensa no mole e fixa no duro – ausentes
É perfurado pelos canais incisivos os quais se abrem na na fossa incisiva e na parte anterior da rafe) secretoras
fossa incisiva (depressão na linha mediana), posterior aos de muco. Profundamente a túnica, e os óstios de seus
dentes incisivos. Por esses forames incisivos atravessam ductos dão aspecto de casca de laranja ao palato.
os nervos nasopalatinos.
Papila incisiva: linha mediana anterior à fossa incisiva.
Medialmente ao 3° molar o palato ósseo é perfurado Elevação da túnica mucosa, dela irradiam pregas
em sua margem lateral pelo forame palatino maior, por palatinas transversais laterais que ajudam na
onde emergem os vasos e o nervo palatino maior manipulação do alimento na mastigação;
seguindo anteriormente obre o palato. Posteriormente RAFE DO PALATO: crista esbranquiçada mais posterior.
ao Forame Palatino Maior, há o forame palatino menor, Indica o local de fusão dos processos palatinos
perfurando o processo piramidal o osso palatino, por embrionários. (prateleiras palatinas)
onde atravessam os nervos e vasos palatinos menores,
seguindo para o palato mole e adjacências. Istmo das Fauces
Túnica mucosa unida ao osso, por isso injeções Espaço de conexão entre cavidade própria da boca e
submucosas nesse local são muito dolorosas. Amortece orofaringe.
com anestesia na gengiva de um dente, pois gengiva Limites:
lingual superior e processo alveolar são contínuos com SUP: palato mole
a mucosa do palato. INF: língua
ANT: arco palatoglosso
Palato mole POST: arco palato faríngeo
LAT: pilares das fauces (arcos PG e PF)
Terço posterior móvel do palato. Não possui parte óssea,
mas sim uma aponeurose, reforçada pela aponeurose Tonsilas Palatinas (amígdala)
palatina. Anteriormente a aponeurose (formada pelo
São massas de tecido linfoide localizadas uma de cada
tendão expandido do músculo tensor do véu palatino) é
lado da orofaringe, entre os arcos palatoglosso e
espessa, posteriormente é fina, fundindo-se com uma
palatofaríngeo, na fossa tonsilar, limitada pela língua.
porção muscular, que segue como margem livre curva
até o processo cônico – úvula.

Monitoras de Anatomia Sistêmica 2021/1 Ana Julia P.eccin Sartori, Fabiana Baldissera Bom e Camila Luiza Lagni.
 Fixação posterior: túnica mucosa da úvula
 Inervação: ramo faríngeo do X NC pelo
plexo faríngeo
 Ação: encurta a úvula e a traciona
superiormente
Vasculatura e inervação do palato
 A Artéria palatina maior (ramo da A. palatina
descendente) é o principal ramo que irriga o
palato, atravessando o forame palatino maior e
seguindo Antero medialmente.
 A Artéria palatina menor (ramo da A. palatina
descendente também, porém, menor que a
Músculos do palato mole artéria palatina maior) se insere no forame
1. Tensor do véu palatino palatino menor e anastomosa-se com a artéria
 Fixação superior: fossa escafoide da palatina ascendente (ramo A. facial).
lâmina medial do processo pterigoide,  As veias do palato tributam no plexo venoso
espinha do esfenoide e cartilagem da pterigoideo.
tube auditiva.  Os nervos sensitivos do palato são ramos do
 Fixação inferior: aponeurose palatina V2 NC originários do gânglio pterigopalatino
 Inervação: n. pterigoideo medial (V3) Nervo palatino maior: gengiva, túnica mucosa e a
via gânglio ótico maioria das glândulas do palato duro.
 Ação: tensiona o palato mole e abre o Nervo palatino menor: palato mole
óstio da tuba auditiva durante a Nervo nasopalatino: túnica mucosa da parte anterior
deglutição e o bocejo do palato duro
2. Levantador do véu palatino *Nervos e artérias passam juntos nos forames
 Fixação anterior: cartilagem da tuba auditiva
e parte petrosa do temporal
 Fixação posterior: aponeurose palatina
 Inervação: ramo faríngeo do X NC pelo
plexo faríngeo
 Ação: eleva o palato mole durante a
deglutição e o bocejo
3. Palatoglosso
 Fixação anterior: aponeurose palatina
 Fixação posterior: lateral da língua
 Inervação: ramo faríngeo do X NC pelo
Bloqueio do nervo palatino maior: injeção de anestésico
plexo faríngeo
no forame palatino maior (2° e 3° molares). Anestesia
 Ação: eleva a parte posterior da língua e da mucosa palatina, gengiva lingual, dentes posteriores
leva o palato mole sobre a língua aos caninos maxilares e ao osso subjacente do palato
4. Palatofaríngeo deve ser aplicado lentamente, evitando o vaso arterial.
 Fixação anterior: palato duro e aponeurose
palatina
 Fixação posterior: parede lateral da faringe
 Inervação: ramo faríngeo do X NC pelo
plexo faríngeo
 Ação: tensiona o palato mole e traciona as
paredes da faringe em direção superior,
anterior e medial durante a deglutição.
5. Músculo da úvula
 Fixação anterior: espinha nasal posterior e
aponeurose palatina
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Ápice: ponta. É a extremidade anterior
do corpo que se apoia sob os dentes
incisivos.

Dorso: parte extensa superior e posterior. Possui um


sulco em forma de V  sulco terminal da língua, cujo
ângulo aponta para o forame cego. Essa pequena
depressão é um remanescente embriológico inativo do
ducto tireoglosso proximalmente, a partir do qual se
formou a glândula tireoide. A partir do V lingual, tem
uma parte pré-sulcal (anterior) e uma pós-sulcal
(posterior).
Bloqueio do nervo nasopalatino: injeção de anestésico Assoalho: parte inferior que descansa sobre o assoalho
na fossa incisiva no palato duro, posterior à papila da boca
incisiva. Anestesia a mucosa palatina, gengiva lingual e
osso alveolar dos seis maxilares anteriores e palato duro. Margem: separa as faces superior e inferior, tendo
relação de cada lado com a gengiva lingual e os dentes
laterais.

Sulco mediano: divide a língua anterior em duas


metades

Termina na valécula (intubação);

Papilas

 A parte anterior do dorso da língua possui


muitas papilas linguais (pequenas) que deixam a
túnica mucosa com aspecto áspero.
FENDA PALATINA: Ocorre por ausência e fusão das
massas mesenquimais nos processos palatinos laterais
entre si com o septo nasal e processo palatino mediano.
Pode envolver apenas a úvula ou estender-se no palato.
Casos graves estendem-se aos processos alveolares
dos maxilares e aos lábios.

Língua
Órgão muscular móvel poliforme recoberto por túnica
mucosa
Parte na cavidade oral e parte na orofaringe Papilas circunvaladas: grandes e com too plano, são
Funções: articular para fala, compressão do alimento anteriores ao sulco terminal organizadas em fileira na
para orofaringe como parte da deglutição. Associada ao forma de um V. São glândulas circundadas por
paladar, mastigação e limpeza da boca. depressões circulares profundas, repletas de canalículos
Partes e faces da língua gustatórios. Os ductos das glândulas serosas da língua
se abrem nessas depressões também.
Raiz: porção posterior fixa que se estende entre a
mandíbula e o hioide. Papilas folhadas: pequenas pregas laterais da túnica
mucosa lingual. Pouco desenvolvidas nos seres humanos.
Corpo: 2/3 anteriores, entre a raiz e o
ápice. Papilas filiformes: longas e numerosas contêm
Muito terminações nervosas aferentes sensíveis ao toque. São
móveis cônicas e descamativas, de coloração rosa-acinzentada.
Organizam-se em v paralelas ao sulco terminal.
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Papilas fungiformes: pontos em formato de cogumelos Fixação distal: todo o dorso da língua; as fibras
rosa ou avermelhado, mais numerosos non ápice e inferiores e as fibras posteriores fixam-se ao corpo
margens. do hioide.

As papilas circunvaladas, folheadas e algumas Ação: abaixa a língua, a parte central em especial,
fungiformes possuem receptores gustativos nos protrai a língua.
canalículos.
2. Hioglosso
 Na túnica mucosa posterior da língua não há
papilas, é espessa e tem nódulos linfáticos, Formato e posição: músculo fino, quadrilátero.
conferindo aparência irregular (pedra de Fixação proximal: corpo e corno maior do hioide
calçamento). Esses nódulos são conhecidos
como tonsilas linguais. Fixação distal: faces inferiores da parte lateral da
língua
Para examinar a parte posterior utiliza-se espelho ou
pressiona-se a língua para baixo com um abaixador de Ação: abaixa a língua, as laterais para baixo, ajuda a
língua. retrair a língua.
 Na face inferior da língua a túnica é fina e 3. Estiloglosso
transparente, possui o frênulo da língua (prega
mediana). De cada lado do frênulo há uma veia Formato e posição: músculo triangular pequeno e
lingual profunda visível, uma carúncula sublingual curto
(óstio do ducto submandibular ou Warthon).
Fixação proximal: margem anterior do processo
estiloide distal; ligamento estilo-hioide.

Fixação distal: laterais da língua posteriormente,


interdigitando-se com o M. hioglosso.
Ação: retrai a língua e curva (eleva as laterais),
atuando om o M. genioglosso para formar uma
depressão central durante a deglutição.

4. Palatoglosso

Formato e posição: músculo palatino estreito em


formato e meia lua; constitui a coluna posterior do
istmo das fauces.

Fixação proximal: aponeurose palatina do palato


mole
Músculos da língua
Fixação distal: entra na região posterolateral da
Extrínsecos separados dos intrínsecos por um língua transversalmente, fundindo-se aos músculos
SEPTO LINGUAL fibroso mediano que se funde transversos intrínsecos.
posteriormente com a aponeurose lingual E
Ação: capaz de elevar a parte posterior da língua
Extrínsecos: posição da língua ou abaixar o palato mole, contraindo o istmo das
fauces.
1. Genioglosso:

Formato e posição: músculo em forma de leque;


representa a maior parte da língua.

Fixação proximal: tendão curto na parte superior


da espinha geniana da mandíbula

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Formato e posição: as fibras cruzam o músculo
transverso.

Fixação proximal: tela fibrosa submucosa do dorso


da língua
Fixação distal: face inferior das margens da língua

Ação: achata e alarga a língua.

Intrínsecos: formato da língua (não


são fixados à ossos e sim à língua)
1. Longitudinal superior
Formato e posição: camada fina situada
profundamente à túnica mucosa do dorso da língua.

Fixação proximal: tela fibrosa submucosa e septo


fibroso mediano

Fixação distal: margens da língua e túnica mucosa


Ação: curva a língua longitudinalmente para cima,
elevando o ápice e as laterais da língua; encurta
(retrai) a língua.

2. Longitudinal inferior
Inervação da língua
Formato e posição: faixa estreita próximo da face Todos os músculos da língua recebem inervação
inferior motora do nervo Hipoglosso (XII NC), com exceção
do palatoglosso, que é inervado pelo plexo faríngeo.
Fixação proximal: raiz da língua e corpo do hioide
A inervação sensitiva de tato e temperatura dos
Fixação distal: ápice da língua 2/3 anteriores é feita pelo nervo lingual (ramo do
V3 NV)
Ação: curva a língua longitudinalmente para baixo,
abaixando o ápice; encurta (retrai) a língua. Para sensações gustatórias o nervo corda do
tímpano (ramo do VII NC- Facial) inerva a língua.
3. Transverso
O 1/3 posterior é suprido pelo ramo lingual do
Formato e posição: situado profundamente ao M. nervo glossofaríngeo (IX NC) para sensibilidade
longitudinal superior geral e especial.
Fixação proximal: septo fibroso mediano Anteriormente a epiglote, brotos do nervo laríngeo
Fixação distal: tecido fibroso nas margens laterais da interno (ramo do nervo vago X NC) parte da
língua sensibilidade geral e parte especial. Fibras
secretomotoras parassimpáticas para as glândulas
Ação: estreita e alonga (protrai) a língua serosas da língua.

4. Vertical Sensações do paladar


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Doce: ápice
Glândulas salivares
Salgado: margens laterais
São as parótidas, as submandibulares e sublinguais.
Amargo e azedo: posterior da língua Há também algumas glândulas acessórias (palato,
lábios, tonsila, língua e bochechas).
Os outros sabores sentidos pelos GOURMETS são
olfatórios (odor, aroma). Função da saliva: umedecer a túnica mucosa,
lubrificar o alimento durante a mastigação, iniciar a
digestão de amidos (amilase salivar), colutório
intrínseco e auxilia na prevenção de cáries
dentárias e no paladar.

Glândula parótida:
Maiores glândulas salivares. Estão localizadas em
posição lateral e posterior aos ramos da mandíbula
e aos músculos masseteres, dentro de bainhas
fibrosas inflexíveis. Drenam anteriormente através
do ducto que entra no vestíbulo da boca no
segundo molar maxilar (ducto de Stenon)
Vasculatura da língua
As artérias da língua são derivadas da A. Lingual
(ramo da carótida externa). As artérias dorsais da
língua vascularizam a raiz, as artérias profundas da
língua vascularizam o corpo da língua,
comunicando-se entre si perto do ápice. O septo
da língua impede a comunicação das artérias
dorsais.

As veias são as dorsais da língua que acompanham


a artéria lingual. As veias profundas da língua, que
começam no ápice, seguem até se unir à veia
sublingual. Nos idosos as veias sublinguais costumam
ser varicosas (dilatadas ou tortuosas). Podem ser
drenadas diretamente para a veia jugular interna ou
Glândulas submandibulares
indiretamente com a união para formar a veia
Situam-se ao longo do corpo da mandíbula, parte
lingual (acompanha a parte inicial da artéria lingual).
sup. e inf. à metade posterior da mandíbula, e parte
A drenagem linfática da língua é excepcional. Parte superficial e parte profunda ao músculo milo-hioideo.
converge para drenagem venosa e o restante
O ducto submandibular (Wharton) é enrolado pelo
segue quatro trajetos:
nervo lingual e abre-se (1 a 3 óstios) ao lado do
1. Raiz: linfonodos cervicais profundos superiores frênulo da língua. Durante o bocejo ocorre
2. Corpo medial: linfonodos cervicais profundos pulverização da saliva por esses ductos.
inferiores
A irrigação arterial provem das artérias
3. Corpo lateral: linfonodos submandibulares
submentuais, com veias acompanhantes. Os
4. Ápice e frênulo: linfonodos submentuais.
linfonodos terminam no linfonodo júgulo-omo-
Toda a linfa acaba drenada nos linfonodos cervicais hioideo
profundos e chega à jugular no ângulo venoso
Fibras secretoras parassimpáticas pré-ganglionares,
direito e esquerdo da jugular.
conduzidas pelo nervo corda do tímpano (ramo do
VII NC), supre a glândula submandibular.
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Glândulas sublinguais FRENECTOMIA: frênulo muito grande (língua presa)
pode afetar a fala. Deve ser liberada em lactentes
São as menores e mais profundas glândulas ou bebes.
salivares. Situa-se no assoalho da boca, entre a
mandíbula e o músculo genioglosso. Formam uma EXCISÃO DE GLÂNDULA SUBMANDIBULAR E
massa em forma de ferradura no centro do tecido RETIRADA DE CÁLCULO: tumor ou calculo pode
conectivo da boca. Muitos ductos se abrem nas exigir retirada. Cautela com nervo lingual
pregas sublinguais. (ductos de Rivinus)
SIALOGRAFIA DOS DUCTOS SUBMANDIBULARES:
A irrigação é feita pelas artérias sublinguais (ramo ao injetar contraste se vê nitidamente a glândula
da artéria lingual) e submentuais (ramo da artéria
facial)

Os nervos das glândulas acompanham os nervos da


glândula submandibular.

Faringe

Condições clínicas associadas


Parte expandida superior do sistema digestório,
REFLEXO FARÍNGEO: ao tocar a parte posterior da posterior às cavidades nasal e oral. Estende-se da
língua o individuo tem ânsia de vomito. Nervo base do crânio (clivos) até a margem inferior da
glossofaríngeo é o remo aferente do reflexo do cartilagem cricóidea anteriormente e a margem
vomito. inferior da vertebra C6 posteriormente. É continua
PARALISIA NO MÚSCULO GENIOGLOSSO: língua com o esôfago, tendo sua parede posterior plana
cai posteriormente, obstruindo a via respiratória, situando-se contra a lâmina pré-vertebral da fáscia
causando risco de sufocamento. Anestesia geral cervical. Limite anterior nasal: é a coana, o anterior
ocorre a intubação para evitar a queda da língua. oral: istmo da fauce e anterior laríngeo é o ádito da
laringe.
LESAO DO NERVO HIPOGLOSSO: fratura da
mandíbula pode lesar o nervo, com paralisia ou
atrofia unilateral da língua. A língua desvia-se para o
lado paralisado.

ABSORÇÃO SUBLINGUAL DE FÁRMACOS:


nitroglicerina para vaso dilatar na angina pectoris,
administra-se sob a língua o comprimido ou spray,
que chega as veias profundas da língua em menos
de 1 minuto.

CARCINOMA DA LINGUA: posterior em especial


pode ser metastático

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Superior: palato mole

Inferior: base da língua


Laterais: arcos palatoglosso e palatofaríngeo (entre
o quais esta a fossa tonsilar abrigando a tonsila
palatina.).

Estende-se do palato mole até a margem superior


da epiglote

Estágios da deglutição:
Primeiro estágio: bolo alimentar contra o palato e da
É dividida em três partes: boca para a parte oral da faringe (voluntário)
Segundo estágio: palato mole elevado e mus. Supra-
 Nasofaringe: posterior ao nariz e superior ao hioideos elevam a laringe (involuntário) faringe larga e
palato mole. Função respiratória. O teto e a curta.
parede posterior da orofaringe são contínuos Terceiro estágio: contração dos músculos constritores
inferiormente ao corpo do esfenoide e a parte que força o bolo alimentar (involuntário)
basilar do osso occipital. Há a presença de um
anel tonsilar incompleto constituído de tecido  Laringofaringe: posterior à laringe. Limitada pela
linfoide na parte superior da faringe nasal. A margem superior da cartilagem epiglote e
tonsila faríngea é comumente chamada de pregas faringoepiglóticas até a margem inferior
adenoide quando aumentada. (hipertrofiada até da cartilagem cricoidea, onde se estreita e
os 6 anos) o que causa ronco e protrusão continua com o esôfago. As paredes laterais e
dental Uma prega vertical de mucosa, a prega posterior da laringofaringe são constituídas
salpingofaríngea, estende-se inferiormente na pelos músculos constritor médio e inferior da
extremidade medial da tuba auditiva, conectada faringe. Externamente. Internamente, a parede
ao ouvido interno Essa prega cobre o músculo é formada pelos músculos palatofaríngeo e
salpingofaríngeo, responsável por abrir o óstio estilofaríngeo. Comunica-se com a laringe
faríngeo da tuba auditiva durante a deglutição. através do ádito da laringe.
Próximo ao óstio há tecido linfoide, a tonsila  O recesso piriforme é uma pequena
tubária. Acima do toro tubário, há uma depressão da laringofaringe de cada lado
projeção lateral, similar a uma fenda, o recesso do ádito que é revestida por túnica mucosa
faríngeo. (onde escorre secreção) e é separado do ádito pela prega
ariepiglótica. Os ramos dos nervos laríngeo
Cabo de guarda-chuva invertido. A curva recobre o interno e recorrente situam-se
óstio da tuba auditiva, o toro tubário é o cabo do
profundamente a essa mucosa do recesso
guarda-chuva. piriforme, passível de lesão caso um corpo
estranho de aloje nessa região. O alimento
cai no seio piriforme e desliza ao esôfago.

 Orofaringe: posterior à boca: tem função


digestória. Limites:

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Vasos da faringe

Músculos da faringe Um ramo da artéria facial (a artéria tonsilar) atravessa o


músculo constritor superior da faringe e entra no polo
Interna longitudinal (palatofaríngeo, estilofaríngeo e inferior da tonsila palatina. Além disso, a tonsila recebe
salpingofaríngeo) e circular externa (três constritores da brotos das artérias palatina descendente, ascendente,
faringe: superior, médio e inferior) que encurtam a lingual e faríngea ascendente.
faringe e a elevam durante a deglutição e a fala. A grande veia palatina externa desce do palato mole e
Externos: passa perto da face lateral da tonsila antes de entrar no
plexo venoso faríngeo.

Os vasos linfáticos
 Constritor superior
O: hâmulo pterigoideo, rafe pterigomandibular e linha ANEL LINFÁTICO: tonsilas palatinas, linguais e faríngeas.
milo hioidea
I: rafe mediana da faringe Nervos faríngeos
 Constritor médio
Motora e grande parte da sensitiva (plexo nervoso
O: ligamento estilo hioideo, corno maior e menor do faríngeo). As fibras motoras derivam do nervo vago.
osso hioideo. Todos os músculos da faringe e palato mole são
I: rafe mediana da faringe inervados pelo nervo vago, exceto o estilo faríngeo
 Constritor inferior, maior de todos. (glossofaríngeo) e o tensor do véu palatino (oftálmico
do trigêmeo). As fibras sensitivas do plexo derivam do
O: lateral a cartilagem tireoide e cricoide glossofaríngeo.
I: rafe mediana da faringe

Internos:

Os músculos vêm de trás pra frente.

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Movimentos: rotação e deslizamento da cartilagem
Laringe tireóidea que ocasiona modificação no comprimento das
pregas vocais.
Função: proteger as vias respiratórias durante a
deglutição, servindo como “esfíncter’’, fornecendo a via Formato de escudo (do grego ‘tirius’);
aberta (relaxado) ou fechada temporariamente .
(contraído); e produção da voz.
Região anterior do pescoço à nível de C3 e C6, que
une a parte inferior da faringe com a traqueia.

Formada por 9 cartilagens unidas por membranas e


ligamentos. Possui também as pregas vocais.

Três cartilagens são ímpares: tireóidea, cricoidea e


epiglótica; e três são pares: aritenoidea, corniculada e
cuneiforme;

 Glândula tireoide está na sobre a


cartilagem cricoide, 1º, 2º e 3º anéis
traqueais.

Cartilagem cricoidea
Formato de anel de sinete. Arco à frente e lamina atrás.
É mais espessa e forte que a cartilagem tireóidea,
sendo o único anel completo que circunda a via
respiratória. Fixa-se a margem inferior da cartilagem
tireoide pelo ligamento cricotireoideo mediano
(percebido como ponto mole na palpação inferior da
cartilagem tireoide) e ao primeiro anel traqueal pelo
Cartilagem tireóidea ligamento cricotraqueal.
É a maior das cartilagens. Margem superior é oposta a
vertebra C4. Suas duas lâminas fundem-se (ligamento vocal/ligamento tireoaritnóideo + mucosa -
anteriormente para formar a proeminência laríngea vai da porção vocal até a cartilagem tireóidea);prega
(pomo de adão, mais ressaltado em homens). Acima vocal.
das lâminas, há uma divergência, formando a incisura
tireóidea superior em forma de V. A incisura tireóidea
inferior é bem menos definida, entalhe superficial na Cartilagem epiglótica
margem inferior da cartilagem. A margem superior fixa-
se ao osso hioide pela membrana tireo-hioidea. A parte Por ter cartilagem elástica, confere flexibilidade à
mediana espessa dessa membrana é o ligamento tireo- epiglote. Tem formato de coração ou folha, coberta
hioideo mediano, e suas partes laterais são os por túnica mucosa. Localiza-se anteriormente ao ádito
ligamentos tireo-hioideos laterais. da laringe, posteriormente à raiz da língua e ao hioide
(forma a valécula). Sua parte superior é larga e livre, sua
Os cornos inferiores se articulam com a parte lateral da
porção inferior afunilada (pecíolo epiglótico) é fixada ao
cartilagem cricoide na articulação cricotireoidea.
ângulo entre as lâminas da cartilagem tireoide pelo
ligamento tireoepiglótico. O ligamento hioepiglótico liga a
face anterior da cartilagem epiglótica ao hioide.
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A membrana quadrangular é uma lamina submucosa
fina de tecido conjuntivo que se estende entre as faces
laterais das cartilagens aritenoidea e epiglótica. A
margem inferior (livre) constitui o ligamento vestibular
(forma a prega vestibular), situada acima da prega vocal,
estendendo-se desde a cartilagem tireóidea até a
cartilagem aritenoidea. A parte superior (livre) da
membrana quadrangular forma o ligamento ariepiglótico
que forma a prega ariepiglótica.

 Na deglutição os músculos se contraem e


cartilagem aritnoide sobe e encosta na epiglote,
fechando a laringe. Interior da laringe
A cavidade laríngea se estende do ádito até margem
Cartilagem aritenoidea inferior da cartilagem cricoidea.

Formato piramidal com três lados que se articulam com Porções:


as partes laterais da margem superior da lâmina da
cartilagem cricoidea. Os processos são: ápice superior,  Vestíbulo da laringe: entre o ádito e as
processo vocal anterior e processo muscular lateral. O pregas vestibulares
ápice se articula com a cartilagem corniculada e fixa-se  Parte media da cavidade da laringe:
a prega ariepiglótica. O processo vocal fixa o ligamento cavidade central entre pregas verdadeiras
vocal, e o processo muscular e atua como alavanca na (vocal) e falsas (vestibular).
qual estão inseridos os músculos cricoaritenoide.  Ventrículo da laringe: recessos entre as
pregas vocais e vestibulares que se
O posterior e lateral. As articulações cricoaritenoideas estende horizontalmente na lateral da parte
permitem deslizamento para afastar ou aproximar as média da laringe. O sáculo da laringe (bolsa
cartilagens aritenoideas, inclinar ou girar, para relaxar e cega que se abre para cada ventrículo
tensionar as pregas vocais. revestida por glândulas mucosas).
 Cavidade infra glótica: inferior à laringe entre as
Os ligamentos vocais elásticos ligam a junção das
pregas vocais e a margem inferior da
lâminas da cartilagem tireóidea ao processo vocal da
cartilagem cricoidea, onde é contínua com o
cartilagem aritenoidea. Esses ligamentos formam o
lúmen da traqueia.
esqueleto submucoso das pregas vocais. (margem
superior livre espessada do cone elástico ou membrana
cricovocal)

Rima da glote: abertura.

Cartilagem corniculada e cuneiforme


Pequenos nódulos na parte posterior das pregas
ariepiglóticas. Corniculadas fixam-se ao ápice da
cartilagem aritenoidea. A cuneiforme não se fixa
diretamente a outra cartilagem e está acima da Pregas
corniculada.

A membrana quadrangular e o cone elástico são as  Pegas Vestibulares (Falsas): mais acima,
partes superior e inferior da membrana fibroelástica da proteção (quando entra algo ela contrai e joga
laringe (tela submucosa) para fora, “tosse”); rima do vestíbulo é o
espaço entre elas.

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 Pregas Vocais Verdadeiras ou Cordas Vocais:  Glote – Das pregas vestibulares até as pregas
Ligamento vocal/Ligamento tireoaritnoideo Verdadeiras (Ventrículo);
revestido pela mucosa, mais abaixo;  Subglote – Das pregas verdadeiras até a
 Entre elas está a Rima da Glote. margem inferior da cartilagem cricoide
(Cavidade Infraglótica).
Músculos da laringe

Extrínsecos (longitudinais): movem a laringe como um


todo

Infra-hioideos: abaixam o hioide e a laringe.


4 músculos: Esterno-hioideo, Esterno-tireóideo, Omo-
hioideo e Tireo-hiodeo.

Supra hioideos: elevam a faringe e o hioide (junto com


o estiofaringeo)
4 músculos: Milo-hioideo, Estilo-hioideo, Genio-hióideo e
Digástrico. Puxam

A glote (aparelho vocal da laringe) é formada pelas


pregas e processos vocais, juntamente com a rima da
glote. Maior comprimento das cordas vocais pós-
puberdade menor amplitude de altura da voz. Voz
grossa. Alterações de comprimento, tensão e
intensidade do ar alteram a altura da voz.
Intrínsecos (circulares): movem os componentes da
Tensão – mais tenso é som mais fino; laringe, alterando comprimento e tensão das pregas e
Comprimento (maior nos homens); tamanho/formato rima da glote.
Largura da rima (ex: mais fechada = assobio);
Intensidade da respiração – volume.  Cricotireoideo: único tensor da corda vocal;
 Tireoaritenoideo: relaxador da corda vocal;
 Cricoaritenoide posterior: único abdutor da
corda vocal;
o Cricoaritenoideo lateral: aduzem as
Permitem cordas vocais;
a o Aritenoidea transverso: aduzem as
produção cordas vocais;
do som o Aritenoideo oblíquo: aduzem as
A: respiração normal cordas vocais;
B: respiração forçada

C: fonação

D: sussurro

Divisões
 Supra glote – Do ádito da laringe ou da
Epiglote até as pregas vestibulares (Vestíbulo);
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A artéria laríngea superior: acompanha o ramo interno
do nervo laríngeo superior através da membrana tire-o-
hioidea e ramos para suprir a face interna da laringe

Artéria cricotireoideia (ramo da A. tireóidea sup.) supre


o musculo cricotireoideo.

Artéria laríngea inferior (ramo A. tireóidea inferior)


acompanha o nervo laríngeo inferior (terminal do
laríngeo recorrente) supre a parte inferior da laringe
(túnica e músculos)
Inervação As veias laríngeas acompanham as artérias laringeas
Todos os músculos intrínsecos da laringe são supridos Veia laríngea superior drena para tireóidea superior que
pelo ramo laríngeo recorrente (vago, X NC), exceto o drena para a veia jugular interna
músculo criocotireoideo, que é suprido pelo nervo
laríngeo externo (ramo terminal do nervo laríngeo Veia laríngea inferior drena para veia tireóidea inferior
superior). que drena para o plexo venoso traqueal, que tributa na
veia braquioencefalica. Esquerda.

Laríngeo superior (origem no gânglio vagal inferior)


 Ramo interno (autônomo e sensitivo) 
causa dor
Ramo externo (motor)  inerva M.
criocotireoideo; (perfura o musculo constritor
inferior da faringe).
Laríngeo Inferior
Ramo terminal do Laríngeo Recorrente
(motor)  inerva todos os outros. Divide-se
em anterior e posterior ainda.

Vasos linfáticos
Os vasos linfáticos superiores as pregas vocais drenam
para os linfonodos cervicais profundos superiores

Os vasos linfáticos inferiores às pregas vocais drenam


para os linfonodos pré-traqueais ou paratraqueais, que
drenam para os linfonodos cervicais profundos
inferiores.

Condições clínicas associadas

Vasculatura Artéria tireóidea ima: 10% das pessoas podem tê-la


originando-se do tronco braquiocefálico. Risco de
Artérias laringes (ramos das artérias tireóideas superior sangramento em cirurgias na linha mediana do pescoço.
e inferior) Deve ser considerada.
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Proteção do coração, grandes vasos, pulmões, fígado e
Traqueia baço; auxilio na pressão interna negativa (respiração);
fixação e sustentação dos membros superiores,
Estende-se da laringe (C6) ao tórax (ângulo esternal ou abdome, pescoço e dorso.
disco entre T4 e T5), terminando com a divisão em
dois brônquios fonte (principais) direito e esquerdo. A Tórax: entre o pescoço e o abdome
região onde se divide é denominada Carina.
Abertura superior: 6 cm e 12 cm, meio verticalizada.
É um tubo fibrocartilaginoso composto por anéis Temos a primeira costela, esterno e a primeira
incompletos de cartilagem (mantém a traqueia pérvia) vertebra torácica.
tendo musculatura lisa na sua parede posterior (músculo Abertura inferior: vai até T12, relacionada ao diafragma,
traqueal) que é adjacente ao esôfago. apêndice xifoide.
Função: condução do ar aos pulmões, epitélio A parede da cavidade é fina, espessura de seu
impulsiona muco com resíduos à faringe para ser esqueleto aproximadamente. (gaiola abaulada)
expelido pela boca.
Três cavidades: mediastino, cavidade pulmonar
Em adultos, 2,5 cm de diâmetro aproximadamente. Em esquerda e cavidade pulmonar direita. Assoalho da
lactentes, diâmetro de um lápis. cavidade torácica: diafragma
Lateralmente à traqueia estão as artérias carótidas : ·12 costelas e cartilagens associadas
comuns e os lobos da glândula tireoide.
Caixa torácica Esterno

12 vértebras

Costelas
Possuem tecido hematopoiético em seu interior
esponjoso.
Parede torácica
Inclui a caixa torácica, os músculos intercostais, pele, tela
subcutânea, músculos e fáscias que revestem a face
anterolateral. (glândulas mamárias estão na tela
subcutânea da parede torácica.).

Função

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Existem três tipos de costelas:
10 a 12 uma faceta na cabeça
 Verdadeiras  I a VII, cartilagem costal 11 e 12 são curtas sem colo ou tubérculos
diretamente ligada ao esterno.
Cartilagens costais são moles, quanto mais novo, mais
 Falsas  VIII, IX, e geralmente X, suas mole, em idosos, são duras e quebram mais. Prolongam
cartilagens unem-se a cartilagem das costelas as costelas, elasticidade da parede.
acima delas, tendo conexão indireta com
esterno.
 Flutuantes  XI e XII, não se ligam ao esterno,
somente possuem cartilagem rudimentar. Às
vezes X pode ser flutuante também.
Além disso, podem ser divididas em típicas ou atípicas.

 Costelas típicas  III a IX

Cabeças: possui duas faces para articular-se com


vertebra superior e correspondente

Colo: une a cabeça ao corpo da costela

Tubérculo da costela: articula-se com o processo


transverso da vertebra correspondente e serve de
fixação para o ligamento costotranversário.

Corpo da costela ou diáfise: face interna côncava exibe


o sulco da costela, paralelo a margem inferior,
protegendo nervo e vasos intercostais.

 Costelas atípicas  I, II, e X a XII.


Espaços intercostais
11 espaços intercostais, 1 espaço subcostal
(bilateralmente).

Músculos internos:

 Intercostais anteriores  internos e externos


 Intercostais posteriores  internos e externos
 Tranverso do tórax

Os musculos intercostais externos tem continuidade


inferior com o músculos obliquo externo do abdome.
Mais ativo na inspiração.

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Os músculos intercostais internos tem continuidade com Movimentos da parede torácica – alterações do volume
os musculos obliquos internos no abdome. Mais fracos intratorácico e dos diâmetros do tórax
que os intercostais externos, mais ativos na expiração.
Inspiração: diafragma desce
O musculo tranverso do tórax, apresenta continuidade • Diâmetro vertical: aumenta pela descida do diafragma.
com o músculo transverso do abdome.
• Diâmetro transverso: aumenta com contração dos
Fascia endotorácia é uma membrana que recobre a músculos intercostais (alça de balde).
parte interna da cavidade torácica, fixando a pleura
parietal. • Diâmetro Antero Posterior: aumenta (alça de bomba).

*o diafrágma é o principal músculos na inspiração e o


reto abdominal é o principal na expiração.

Artérias, veias e nervos intercostais são anteriores ou


posteriores e recebem o nome do esaço intercostal
correspondente.

Músculos acessórios da respiração (participam


indiretamente da expiração).
Músculos da parede torácica
• Serrátil posterior • Levantadores da costela
• Intercostal externo • Intercostal interno
• Transverso do tórax • Intercostais íntimos
• Peitoral maior • Serrátil anterior
• Músculos escalenos • Esternocleidomastoideo

Esterno
 Manúbrio possui a incisura jugular. A junçao
com o corpo, chamada de sinfise manubrio
esternal é denominada ângulo de louis
 Corpo
 Processo xifoide

A 1ª costela se fixa no manúbrio, a 2ª costela entre o


manúbrio e o corpo.

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O 5º espaço intercostal, o ângulo de Louis, tem a
bifurcação da traqueia – Carina.

Cada nervo intercostal pode dar um ramo cutaneo, e


suprir um dermátomo
Vértebras torácicas
Vascularização
▪ Processo espinhoso longo e inferior ▪ Fóvea costal É dada anteriormente pelas arterias intercostais que são
proc. Transverso, se articula a própria costela por meio ramos da arteria torácica interna. (ramo da a. subclávia)
do tubérculo.
Posteriormente as arterias intercostais e subcostais são
• Fóvea costal superior, onde se articula a costela. ramos diretos da aorta torácica.. as subcstais podem
varias, tendo origem na aorta abdominal.
• Fóvea costal inferior

Inervação
É dada pelos nervos intercotais e subcostais, oriundos
do plexo simpático (nervos espinhais de t1 a t12)

A inflamação do gânglio nervoso é chamada de Neurite


intercostal/ cobreiro. Ocorrerá inflamação de apenas um
lado, não irá ultrapassar. (Herpes zoster)
Às vezes pode ultrapassar, mas não é frequente.
Tratamento é clinico e pode usar fármaco antiviral

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1° nervo intercostal, ramo anterior, divide-se em uma
grande parte superior e uma pequena parte inferior. A
parte superior se une ao plexo braquial.

Condições clinicas associadas


PECTUS EXCAVATUM: para correção fratura-se o
esterno em 2 partes, e insere uma haste de ferro para
sustentar com parafusos.

DOR TORÁCICA: sintoma mais comumente cardíaco,


As arterias se anastomosam, permitindo o de caráter opressivo subesternal que não desaparece
desenvolvimento de vias de circulação colateral. com o repouso.
*artéria torácica interna é ipsilateral e paraesternal, mais FRATURAS DAS COSTELAS: geralmente resultado de
lateral á veia toracica internal. A arteria Torácica Interna golpes ou lesões por esmagamento. A costela fraturada
se divide em epigástrica superior e musculofrênica ao pode perfuras e lesionar as vísceras adjacentes, bem
passar pelo 6° espaço intercostal. De 1 a 6 EI ramos como o próprio diafragma (causa hérnia diafragmática).
diretos da torácica interna. De 7 a 9 EI são ramos da São dolorosas, pois as partes fraturadas se movem ao
arteria musculofrenica. Os dois EI inferiores são irrigados respirar, rir, falar e espirrar.
pelas arterias intercostais posteriores
TORACOTOMIA: abertura cirúrgica da parede torácica
As veias intercostais anteriores drenam para as para penetrar na cavidade pleural. Face posterolateral
torácicas internas, que tributam nas veias dos espaços 5° e 7° intercostal são importantes para a
braquiocefálicas. toracotomia
As veias intercostais posteriores, drenam, do lado
esquerdo veia hemiázigos e do lado direito na veia COSTELAS SUPRENUMÉRICAS: podem ser cervicais
ázigos. (0,5 a 2%) ou lombares, podendo confundir os exames
As veias intercostais anteriores e posteriores se radiográficos e os espaços intercostais.
anastomosam.
As veias do 2, 3 e às vezes 4 espaço intercostal se ENVELHECIMENTO: causa calcificação das cartilagens
unem para formar a veia intercostal superior, que costais e seu enfraquecimento, bem como do processo
tributa na ázigo do lado direito e na braquiocefálica do xifoide.
lado esquerdo. Ela recebe, em geral, as veias brônquicas FRATURA DO ESTERNO: geralmente a fratura do
esquerdas e pode receber também a pericardiofrênica, corpo esternal é cominutiva (muitos fragmentos
podendo comunicar-se com a veia hemiázigo acessória. ósseos). Mais comum é a luxação da sínfise
As arterias e veias passam juntamente ao nervo manubriesternal em idosos. Cerca de 25 % a 45 % das
intercostal no sulco costal pessoas com lesão esternal morrem por trauma as
Lembrar: ordem NAV vísceras associadas, como coração e pulmão.

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ESTERNOTOMIA MEDIANA: divisão do esterno para Separados pelo mediastino e fixam-se ao mediastino
realização de cirurgias como retirada de canceres nos pelas raízes dos pulmões.
lobos superiores do pulmão.
Possui um ápice convexo (acima da costela 1), uma base
BIOPSIA DO ESTERNO: avaliação da medula. côncava que acomoda a cúpula ipsilateral do diafragma.
ANOMALIAS DO ESTERNO: caso não haja fundição Três Margens: anterior, inferior e posterior.
das metades do esterno no feto, este pode apresentas
ectopia cordis (coração protuso). O pulmão direito apresenta três lobos: superior, médio
e inferior; os quais são separados por fissuras.
SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO
 Sup. Médio: fissura horizontal.
LESÃO OU SEPARAÇÃO DAS COSTELAS: pode  Médio-inf: fissura obliqua direita.
ocorrer deslocamento da cartilagem costal em relação
ao esterno ou separação da cartilagem costal e costela. Além de ser mais pesado e maior que o esquerdo, ele
Ambas ocasionam muita dor, podendo lesionar é mais curto, pois a cúpula do diafragma do lado direito
estruturas viscerais adjacentes. Na luxação, um nódulo é mais alta.
permanece aparente.
O pulmão esquerdo, por estar mais comprimido pelo
PARALISIA DO DIAFRAGMA: as cúpulas do diafragma coração, possui apenas 2 lobos: superior e inferior,
possuem inervações separas, pois o nervo frênico é separados pela fissura obliquo esquerda, sendo que no
bilateral, podendo ocorrer paralisia em somente um dos lobo superior há uma estrutura chamada de língula, que
lados (hemidiafragma). A cúpula paralisada realiza corresponderia a um lobo médio atrofiado. Possui em
movimento contrario a cúpula normal. Na inspiração ela sua margem anterior a incisura cardíaca
ascende e na expiração ela desce.
Cada lobo tem sua artéria, suas veias e seu brônquio
BLOQUEIO DO NERVO INTERCOSTAL: infiltração do (pode ser retirado um segmento).
anestésico ao redor do tronco do nervo intercostal e
de seus ramos colaterais. Geralmente, não ocasiona
total perda de sensibilidade.

Cavidade pulmonar
Esta contida na cavidade torácica, sendo direita e
esquerda. Compartimento que ocupa a maior parte da
cavidade torácica e comporta os pulmões e pleuras.

Pulmões
Órgãos vitais da respiração que realizam hematose.
Tem aspectos leve, macio e esponjoso, ocupando
totalmente a cavidade pulmonar. São elásticos, retraem-
se até 1/3 do tamanho original.

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Pleura
Cada pulmão é envolvido por um saco pleural seroso
formado por duas membranas contínuas: folheto
parietal e folheto visceral

No hilo pulmonar não há revestimento pleural: raiz do


pulmão. Inferiormente a raiz do pulmão, a continuidade
entre a pleura parietal e visceral forma o ligamento
pulmonar.

A pleura parietal esta aderida à parede torácica (costal), Conteúdos:


ao mediastino (mediastinal) e ao diafragma
(diafragmática) possuindo inervação (causa dor), e  Brônquio fonte direito ou esquerdo e vasos
sendo mais espessa que a visceral. A pleura parietal se brônquicos associados
separa da parede torácica pela fáscia endotorácica,  Entra uma artéria pulmonar em cada lado
servindo de clivagem natural para acesso cirúrgico  Saem duas veias pulmonares de cada lado
intratorácico extrapleural. Inferiormente, a pleura  Vasos linfáticos.
diafragmática se une a uma porção mais fina e elástica  Plexos pulmonares de nervos (fibras aferentes
da fáscia endotorácica, a fáscia frênicopleural, aderida a simpáticas, parassimpáticas e viscerais).
parte superior do diafragma. A cúpula da pleura recobre
o ápice do pulmão, sendo reforçada pela fáscia de
ARTÉRIAS PULMONARES DIREITA E ESQUERDA: vem
Sibson (suprapleural)- extensão fibrosa da fáscia
do tronco pulmonar, conduzem sangue pouco
endotorácica.
oxigenado para oxigenação nos pulmões. As artérias
Enquanto que a pleura visceral está aderida ao pulmonares dividem-se em lobares, que se dividem em
parênquima pulmonar, dando aspecto brilhante e segmentares que acompanham e suprem cada
escorregadio ao pulmão. Entre as pleuras há um segmento broncopulmonar.
espaço virtual (cavidade pleural) preenchido por
pequena quantidade de liquido pleural seroso, o qual
permite o deslize de uma lamina sobre a outra. A
tensão superficial proporcionada por esse líquido
garante a coesão que mantém a superfície pulmonar
em contato com a parede torácica.

VEIAS PULMONARES SUPERIOR E INFERIOR: conduzem


sangue rico em oxigênio para o átrio esquerdo do

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coração. As veias da pleura parietal pouco oxigenadas
unem-se as veias sistêmicas antes de cair no coração.

Vasculatura dos pulmões e pleuras


ARTÉRIAS BRONQUIAIS: são DUAS artérias esquerdas
e UMA direita, vem da parte torácica (pode vir da 3
artéria intercostal posterior direita) da aorta. Suprem a
substância do pulmão.
VEIAS BRONQUIAIS: drenam parte do sangue levado
pelas artérias bronquiais e recebem sangue das veias
esofágicas. A veia direita drena para a veia ázigo e a
Árvore traqueobronquial veia esquerda drena para a veia hemiázigo acessória ou
a veia intercostal superior esquerda. Nas regiões
Formada pelas vias respiratórias sublaríngeas; centrais e próximas ao hilo. Nas regiões periféricas a
Traqueia – tronco da árvore; veia pulmonar drena as veias brônquicas, misturando
Brônquios principais/ fontes/ primários – sentido pouco sangue pobre em O2 com muito sangue rico
inferoposterior, entram nos hilos; em O2.
Inervação da pleura
Brônquio principal direito:  Visceral: plexo pulmonar nervoso
+ LARGO, + CURTO, + VERTICAL (objetos estranhos  Parietal: nervos intercostais – parte costas e
entram mais facilmente por esse motivo); parte periférica diafragmática; Frênicos- parte
Divide-se em três brônquios lobares/secundários – mediastinal e parte central da porção
superior médio e inferior. diafragmática.
Brônquio principal esquerdo:
+ ESTREITO, + LONGO, + HORIZONTAL
(inferiormente ao arco da aorta e anteriormente ao
esôfago e à parte torácica da aorta, para chegar ao hilo
do pulmão);
Divide-se em dois brônquios lobares/secundários –
superior e inferior;

BRÔNQUIO FONTE  BRÔNQUIOS LOBARES 


BRÔNQUIOS SEGMENTARES  BRONQUÍOLOS
TERMINAIS  BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS 
DUCTOS ALVEOLARES  SACOS ALVEOLARES 
ALVÉOLOS (HEMATOSE).
Diafragma

Estrutura musculotendínea e cupuliforme, o qual separa


a cavidade torácica da abdominal; Parte muscular é

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periférica; Parte tendínea/aponeurótica é central, em
forma de trevo;
 Face convexa – superior; Face côncava -
inferior;
*Principal músculo da inspiração;
Tem três hiatos: HIATO ESOFÁGICO (passa esôfago e
N. Vago), HIATO AÓRTICO (passa aorta) e FORAME
CAVAL/DA VEIA CAVA INFERIOR (passa veia cava
inferior); O hiato esofágico e aórtico estão na parte
muscular porque podem ser comprimidos, não fecham),
já o forame da veia cava fica na parte tendínea, porque
Condições clínicas associadas
se comprimisse ela colabaria e o fluxo sanguíneo seria
prejudicado; LESÕES DA CÚPULA DA PLEURA E DO ÁPICE DO
PULMÃO: feridas e lesões na base do pescoço podem
provocar pneumotórax por lesionar a pleura e os
pulmões na região da cúpula e ápice. Em lactentes e
em crianças pequenas a cúpula pleural é um pouco
mais alta, pois o pescoço é mais curto nesses
indivíduos, sendo mais suscetíveis.

LESÕES DE OUTRAS PARTES DA PLEURA: incisões


no tórax, posteriormente inclusive, podem ocasionar
pneumotórax. Como por exemplo, para expor um rim.

COLAPSO PULMONAR: atelectasia primária é a não


insuflação ao nascimento, atelectasia secundária é o
colapso e um pulmão previamente insuflado. Quando
ocorre perfuração da pleura, o ar migra dos pulmões
para a cavidade pleural que passa a ser um espaço real
e não mais virtual, e ocorre a atelectasia. Pode ocorrer
colapso em apenas um pulmão e no outro não.
Cirurgias torácicas a céu aberto deve-se inflar e
Divisão em: Centro tendíneo, Parte esternal, Parte esvaziar alternadamente os pulmões.
costal, e Parte lombar.
PNEUMOTÓRAX, HIDROTÓRAX E HEMOTÓRAX:
Fixação lombar pelos PILARES DIAFRAGMÁTICOS entrada de ar na cavidade pleural, entrada de liquido na
esquerdo (faz uma laçada ao redor do esôfago, cavidade pleural (derrame pleural) e entrada de sangue
Esfíncter Esofágico Inferior- forma o hiato esofágico) e na cavidade pleural, respectivamente. Pode ocorrer dois
direito; ao mesmo tempo, hemopneumotórax.
Irrigação diafragmática TORACOCENTESE: introdução de uma agulha
Artérias musculofrênica e pericardiofrênica (ramos da hipodérmica na cavidade pleural, através de um espaço
artéria torácica interna), artérias frênicas superiores e intercostal para colher amostra de líquido ou retirar
inferiores. (ramos da aorta torácica e abdominal sangue/pus. A agulha penetra os músculos intercostais e
respectivamente) a pleura costal até a cavidade pleural. Em posição
ortostática, no 9° espaço intercostal insere-se a agulha
Inervação na linha axilar média durante a expiração para evitar a
N. frênico (C3-C4-C5) – inervam o diafragma e o margem inferior do pulmão, com a angulação voltada
pericárdio (passam entre a pleura visceral e o para cima.
pericárdio). Irritações nesse nervo pode dar soluço. É só
superior. INSERÇÃO DE TUBO TORÁCICO: grandes volumes de
ar, sangue, líquido seroso, pus ou qualquer associação
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destas substâncias na cavidade pleural costumam ser
removidas por inserção de tubo torácico. Incisão no 5°
ou 6° espaço intercostal na linha axilar média, inserindo
o tubo direcionado superiormente para retirar ar ou
inferiormente para retirar liquido. A parte externa do
tubo é conectada a um sistema de sucção controlada.

PLEURECTOMIA E PLEURODESE: obliteração da


cavidade pleural pode causar dor ao esforço. Pó irritante
ou esclerosante é usado para aderir às pleuras e evitar
pneumotórax espontâneo e atelectasia secundária.

PLEURITE: inflamação das pleuras ocasiona um som


característico passível de ser detectado pelo
estetoscópio, caracterizada por dor aguda, perfurante,
quando há esforço. A inflamação pode causar aderência
das pleuras.

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