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Anatomia do nariz e seios da face

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Anatomia do nariz e seios da face


Liliane Coelho
UFPB - PB
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NARIZ

Parte externa do nariz

O nariz é uma estrutura piramidal que se localiza na linha mediana da face, cujo dorso
estende-se da raiz do nariz até o seu ápice, projetado anteriormente. Inferiormente, observam-se
as narinas, duas aberturas elipsoidais cujos limites laterais são as asas do nariz. O septo nasal
separa as duas narinas.

Figura 1 - Vista lateral da anatomia de superfície da parte externa do nariz. Fonte: MOORE; ANNE;
DALLEY, 2017.

A parte externa do nariz divide-se em duas porções: a parte óssea, formada pelos ossos
nasais, pelos processos frontais das maxilas, pela parte nasal e espinha nasal do osso frontal e
pela parte óssea do septo nasal; e a parte cartilaginosa, constituída por cinco cartilagens, sendo
duas cartilagens laterais e duas alares (em forma de U, são móveis) e uma cartilagem do septo
nasal.
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Figura 2 - Vista anterior dos ossos e cartilagens (tracionadas inferiormente) da parte externa do nariz.
Fonte: MOORE; ANNE; DALLEY, 2017.

Os músculos nasais são: prócero, nasal, dilatador anterior das narinas, abaixador do
septo nasal e levantador do lábio superior e da asa do nariz.

Figura 3 - Musculatura do nariz. Fonte: STANDRING,


2010.
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Cavidades nasais

As narinas são as aberturas anteriores das cavidades nasais, e, posteriormente, as


cavidades nasais abrem-se na parte nasal da faringe através das coanas.

O teto da cavidade nasal é formado por três partes: frontonasal, etmoidal e esfenoidal, de
acordo com os ossos que as formam. O assoalho da cavidade nasal é formado pelos processos
palatinos da maxila e pela lâmina horizontal do palatino. Já a parede medial é formada pelo septo
nasal, constituído pela lâmina perpendicular do etmoide, pelo vômer, pelas cartilagens do septo
nasal e pelas cristas nasais da maxila e do palatino. A parede lateral é irregular, formada pelas
conchas nasais.

Figura 4 - Paredes medial e lateral da cavidade nasal. Fonte: STANDRING, 2010.

As conchas nasais são projeções que se curvam inferomedialmente, formando o teto


para os meatos inferior, médio e superior e para o recesso esfenoidal. Esse último localiza-se
superiormente e posteriormente à concha nasal superior, recebendo a abertura do seio esfenoidal.
O meato nasal superior fica entre as conchas nasais superior e média, e recebe a(s) abertura(s)
dos seios etmoidais posteriores. O meato nasal médio é mais largo, abriga, em sua parte
anterossuperior, o infundíbulo etmoidal, no qual observa-se um sulco semicircular chamado hiato
semilunar, no qual se abre o ducto frontonasal, que é uma comunicação com o seio frontal. Acima
do hiato semilunar, há a bolha etmoidal, formada pelas células etmoidais médias que compõem os
seios etmoidais. Na extremidade posterior do hiato semilunar, verifica-se ainda a abertura do seio
maxilar. O meato nasal inferior, inferolateral à concha nasal inferior, recebe a abertura do ducto
nasolacrimal, que comunica-se com o saco lacrimal.
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Figura 5 - Parede lateral do nariz, com parte das conchas nasais removidas. Fonte: MOORE; ANNE;
DALLEY, 2017.

A irrigação das paredes medial e lateral da cavidade nasal é feita através dos ramos
da artéria esfenopalatina, das artérias etmoidais anterior e posterior, da artéria palatina maior, da
artéria labial superior e dos ramos nasais laterais da artéria facial. As cinco artérias anastomosam-
se na parte anterior do septo nasal, originando uma área rica em capilares, conhecida como zona
de Kiesselbach. A drenagem venosa é feita através de um plexo venoso submucoso, que drena
para as veias esfenopalatina, facial e oftálmica.

Figura 6 - Irrigação arterial da cavidade nasal. A = parede lateral; B = parede medial. Fonte: STANDRING,
2010.
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Em relação à inervação, é feita pelos nervos nasopalatino (septo nasal), palatino maior
(parede lateral) e nervos etmoidais anteriores (parede anterossuperior da túnica mucosa). Já a
drenagem linfática é feita para os linfonodos submandibulares (drenam a região anterior da
cavidade nasal), para os linfonodos cervicais profundos superiores (drenam a maior parte da
cavidade nasal, nasofaringe e extremidade faríngea da tuba auditiva) e para os linfonodos
parotídeos (drenam o assoalho da parte posterior da cavidade nasal).

Figura 7 - Inervação das paredes lateral (A) e medial (B) da cavidade nasal. Fonte: STANDRING, 2010.

SEIOS PARANASAIS
Os seios paranasais são extensões da porção respiratória da cavidade nasal, no interior de
alguns ossos do crânio, sendo eles o frontal, etmoide, esfenoide e maxila. Essas extensões são
preenchidas por ar.

Seios frontais

Em número de dois, localizam-se entre as lâminas externa e interna do osso frontal,


posteriormente aos arcos superciliares. Sua inervação é feita pelos ramos dos nervos
supraorbitais, provenientes do NC V1.
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Seios etmoidais

São diversas cavidades (número varia de três a 18) na massa lateral do etmoide, entre a
cavidade nasal e a órbita, e dividem-se em células etmoidais anteriores (drenam para o infundíbulo
etmoidal), células etmoidais médias (formam a bolha etmoidal, que se abre no meato médio), e
células etmoidais posteriores (drenam diretamente no meato superior). O suprimento nervoso é
realizado através dos ramos etmoidais anterior e posterior dos nervos nasociliares (NC V1).

Seios esfenoidais

São encontrados no corpo do esfenoide, e seu suprimento é feito pelas artérias


etmoidais posteriores. O nervo etmoidal posterior realiza o suprimento nervoso dos seios
esfenoidais.

Os seios esfenoidais relacionam-se com estruturas intracranianas importantes.


Superiormente, relaciona-se com o quiasma óptico e com a hipófise, e com a artéria carótida
interna e com o seio cavernoso, de cada lado.

Figura 8 - Corte sagital evidenciando os seios frontal, etmoidais e esfenoidal. Fonte: NETTER, 2014.
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Seios maxilares

São cavidades piramidais que ocupam completamente o corpo das maxilas. Divide-se em
ápice (que se estende em direção ao zigomático), base (que constitui a parte inferior da parede
lateral da cavidade nasal), teto (formado pelo assoalho da órbita), assoalho (parte alveolar da
maxila). A irrigação arterial é feita pelos ramos alveolares superiores da artéria maxilar e ramos da
artéria palatina maior. A inervação é feita pelos ramos anterior, médio e posterior dos nervos
alveolares superiores (do NC V2).

Figura 9 - Corte frontal, evidenciando os seios maxilar, frontal e etmoidais. Fonte: NETTER, 2014.
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REFERÊNCIAS

1. MOORE, K.L.; ANNE, M.R.A.; DALLEY, A.F. Fundamentos de anatomia clínica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
2. NETTER, F.H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
3. STANDRING, S. Gray’s anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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