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Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Anatomia cabeça e pescoço


Anatomia do nariz e seios da face Cavidades nasais
- Se abrem posteriormente na parte nasal da faringe através das coanas.
- É a parte do trato respiratorio acima do palato duro e contem o
- A túnica mucosa reveste as cavidades nasais, exceto o vestíbulo que é
órgão periférico do olfato.
revestido com pele, vibrissas crescem a partir desta pele
- Septo nasal: divide o nariz em cavidades direita e esquerda.
1/3 superior: área olfatória
2/3 inferior: área respiratória (umidificador)
Nariz externo
Limites da cavidade nasal:
- É a porção do nariz que surge da face. 1. Teto: curvo e estreito, dividido em frontonasal, etmoidal e esfenoidal.
- Formado por esqueleto osteofibrocartilaginoso. 2. Assoalho: mais largo, formado por processo palatino da maxila e lamina
Parte óssea: ossos nasais, processos frontais das maxilas e horizontal do palatino.
parte nasal e espinha nasal do osso frontal. 3. Parede medial: formada pelo septo nasal.
4. Parede lateral: é irregular, por tres elevações enroladas (conchas nasais).
Parte cartilaginosa: 2 cartilagens laterais e 2 alares (formato 5. Meato: passagem na cavidade formada pelas conchas nasais.
de U) e uma cartilagem do septo nasal.

Pirâmide nasal
Conchas nasais:
- BASE: formada pela abertura piriforme.
- VÉRTICE: pela ponta nasal. 1. Recesso esfenoetmoidal: supero-posterior à concha superior.
- MARGENS: correspondem aos sulcos formados pelos encontros dos 2. Meato nasal superior: entre as conchas superior e media.
processos frontais e alveolares da maxila com as faces laterais do 3. Meato nasal médio: infundibulo etmoidal
nariz externo e as asas do nariz. 4. Meato nasal inferior: ínfero-lateral à concha inferior

Septo Nasal: ósseo e cartilagíneo


1. Lâmina perpendicular do etmoide
2. Vômer: osso achatado e fino
3. Cartilagem do septo nasal
Desvio de septo nasal
- Por lesão no nascimento/ trauma
Fraturas do nariz - Desvio da linha mediana.
- Comuns em esportes e acidentes - Desvio muito acentuado: pode colar na
devido à proeminência do nariz. parede lateral da cavidade nasal, podendo
- Força lateral: epistaxe obstruir a respiração.
- Fraturas graves: luxação
- Golpe direto: lâmina cribriforme
Rinite
-Túnica mucosa inflamada durante infecções
do etmoide pode sofrer fatura.
do TRS e reações alérgicas; devido sua alta
Vascularização
Rinorreia de liquido cerebrospinal vascularização pode se espalhar para orelha - A irrigação das paredes medial e lateral da cavidade nasal é feita
media, seios paranasal, aparelho lacrimal, através dos ramos das arterias esfenopalatina, etmoidais anterior e
- Resulta da fratura da lâmina túnica conjuntiva. posterior, palatina maior, labial superior e ramos nasais laterais da arteria
cribriforme, dilaceração das meninges Epistaxe facial.
cranianas e extravasamento de liquido
no nariz. - Maioria dos casos: trauma e área de * Zona de Kiesselbach: onde as cinco arterias se anastomosam na parte
- O liquido drena a partir do nariz Kiesselbach. anterior do septo nasal
dentro de 48 horas - Associada com infecções e hipertensão - Drenagem venosa: feita pelo plexo venoso submucoso, que drena para
- Rinorreia persistente aumenta o risco - Jatos de sangue no nariz: ruptura de
artérias as veias esfenopalatina, facial e oftálmica.
de meningite.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Anatomia cabeça e pescoço Seios Etmodais:


- Compreendem diversas cavidades:
1. Células etmoidais anteriores: drenam para o meato medio
2. Células etmoidais medias: se abrem no meato medio
3. Células etmoidais posteriores: se abrem no meato superior.
- Inervação: ramos dos nervos nasociliares.

Infecção das células etmoidais


Se a drenagem nasal for bloqueada -> abrem-se
Inervação caminhos na parede medial da orbita -> cegueira
-> neurite óptica.
- É feita pelos nervos nasopalatino (septo nasal), palatino maior
(parede lateral) e nervos etmoidais anteriores (parede anterossuperior
da túnica mucosa).
Seios Esfenoidais:
- Encontram-se no corpo do esfenoide, por isso o corpo do esfenoide é
frágil.
- Derivam de células etmoidais que invadem o esfenoide.
- Inervação: arterias etmoidais posteriores e nervo etmoidais posteriores.

Seios maxilares:
- São os maiores dos seios paranasais.
- Ocupam os corpos das maxilas.
* Seio maxilar -> óstio maxilar -> meato medio.
- Inervação: arteria maxilar e palatina maior, nervos alveolares e maxilar.

Seios Paranasais Infecção dos seios maxilares Transiluminação dos seios


- Sao os mais comumente infectados - É realizada em um quarto
- São extensões cheias de ar da parte respiratoria da cavidade nasal - Cabeça ereta = os seios nao drenam escuro -> luz brilhante -> palato
no interior dos seguintes ossos do crânio. - Resfriado, alergia. duro -> brilho opaco
crescenteforme abaixo da orbita.
1. Frontal Relação dos dentes com o seio maxilar * Se seio com liquido, massa -
2. Etmoide - Dentes molares -> remoção -> fratura raiz -> brilho diminui.
3. Esferoide cria uma comunicação entre a cavidade bucal e * Seios etmoidais e esfenoidais nao
4. Maxila seio maxilar -> infecções + dor de dente molar podem ser examinados

Fisiologia
Respiração
- As cavidades nasais auxiliam a respiração por meio da purificação, do
aquecimento e umidificação do ar inspirado.
Seios Frontais - Indivíduo normal em repouso realiza 12 a 24 movimentos respiratorios
por minuto -> 30 L de ar por minuto.
- Localizados entre as laminas externa e interna do frontal, posterior
aos arcos super ciliares e raiz do nariz.
- Inervação: ramos dos nervos supra-orbitais.
Filtragem
* Cada seio drena pelo ducto frontonaso para o infundíbulo, que se - Realizado pelas vibrissas, pelo reflexo esternutatório, pela ação de adesão
abre no hiato seminular do meato medio. e bactericida do muco e pelos cilios do epitelio de revestimento da mucosa
nasal.

Aquecimento
Sinusite - Feito por meio da vascularização da mucosa nasal.
- Inflamação e tumefação da túnica mucosa dos seios.
- TC: padrão ouro para sinusite (Não se pede em pct <5 anos)
Umidificação
* Pansinusite: varios seios inflamam, podendo causar obstrução - É feita por meio das secreções nasais, da transdução serosa dos vasos
nos orificios dos seios no interior das cavidades nasais. da mucosa nasal e da secreção lacrimal.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Anatomia cabeça e pescoço Glotes


Anatomia da laringe
Supraglote (vestíbulo)
- É um órgão musculocartilaginoso que desempenha uma série de - Ácima das pregas vocais
atividades fisiológicas. Dentre elas, podem-se destacar a esfincteriana Glote (ventrículo)
(protetora da via aérea), a respiratória e a fonatória. - Ao nivel das pregas vocais
- Está situado na região infra-hióidea, no nível das vértebras C3 a C6. Subglote
Ou seja, localiza-se a partir da porção laríngea da faringe até a margem - Abaixo das pregas vocais.
inferior da cartilagem cricóidea
Pregas vocais
Formação esquelética
- O esqueleto da laringe é constituido por 9 cartilagens ao todo (3 - São estruturas que se projetam bilateralmente para o interior da
impares e 3 pares) que se articulam através de membranas, ligamentos cavidade laringea.
e pregas. - Tem com função: produzir sons.
- Cartilagens principais: epiglote, tireoidea e cricóidea. - As pregas vocais (verdadeiras) consistem em:
- A maior cartilagem chama-se tireoidea.
Ligamento vocal -> borda medial livre do cone elástico.
Músculo vocal -> se origina das fibras mediais do músculo
tireoaritenóideo.

Pregas vestibulares
- Pregas vocais falsas
- Recobrem os ligamentos vestibulares que se encontram logo acima das
pregas vocais verdadeiras, protegendo-as.
- Se estendem entre as cartilagens tireóidea e aritenóideas.

Região posterior da laringe


- EPIGLOTE
· Cartilagem impar, elástica, revestida por mucosa.
· Localizada no orifício superior da laringe.
· Protetor das vias aéreas inferiores durante a deglutição.
- CARTILAGEM TIREOIDEA
· Constituída por 2 laminas, que formam a proeminência laríngea
(pombo de Adão).
· Músculo cricotireóideo.
· Membrana tireo-hioidea.
- CARTILAGEM CRICOIDE
· Possui um anel completo (anel de sinete)
· Situado abaixo da tireoide.
- CARTILAGEM ARTEINOIDEAS
· Sao pares, forma de pirámide triangular. Laringite
· Estão apoiadas sobre a cricoidea. - É uma patologia muito comum que ocorre quando a mucosa da
laringe e as cordas vocais se tornam inflamadas.
· Tem um processo vocal que se liga ao ligamento vocal e um - Perda temporaria parcial ou completa da voz do paciente.
processo lateral e posterior - muscular. - Rouqidão.
- CARTILAGEM CORNICULADA - Aguda ou crônica.
- Origem infecciosa ou nao infecciosa.

Membranas Pólipo laríngeo benigno


Membrana quadrangular - “nódulo dos cantores”
- Entre arotenoides e epiglote - Causados pelo uso excessivo das cordas vocais verdadeiras.
Membrana triangular
- Forma ligamento vocal (parte das pregas vocais)
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Anatomia cabeça e pescoço


Inervação
- Feita pelo nervo vago (X)
- Inervação sensitiva e motora da laringe

Ramo laríngeo superior


Ramo interno (sensitivo)
- Base da língua
- Supra glote
- Face superior das pregas vocais
Ramo externo (motor)
- Músculo cricotireoideo
- Músculo constritor inferior da faringe

Ramo laríngeo recorrente (inferior)


Inerva todos os músculos INTRÍNSECOS, exceto o cricotireoideo

Musculatura
Divisão da musculatura:
- Musculatura supraioiteia
- Musculatura infraioiteia
- Musculatura intrínseca (som)
- Musculatura extrínseca (suspendem a laringe)

Músculos intrínsecos
Músculo tireoaritenoideo
- Corpo das pregas vocais
- Adutor das pregas vocais
- Inervado pelo nervo laríngeo recorrente
Músculos extrínsecos
Músculo interaritenoideo
- Feixe transverso e oblíquo Levantadores:
- Adução porção cartilaginosa da prega vocal - Músculo tireoioideo
- Inervado pelo laríngeo recorrente - Músculo estiloioideo
- Músculo mioioideo
Músculo cricoaritenoideo lateral - Músculo digástrico
- Adutor das pregas vocais (porção membranosa) - Músculo estilofaringico - Músculo palatofaríngeo
- Inervado pelo laríngeo recorrente
Depressores:
Músculo cricoaritenoideo posterior - Músculo omoioideo
- Abdutor das pregas vocais - Músculo esternoioideo
- Inervado pelo laríngeo recorrente - Músculo esternotireoideo

Músculo cricotireoideo
- Principal músculo tensor da prega vocal
- Abdutor e adutor
- Controle da frequência da voz (sons agudos)
- Inervado pelo nervo laríngeo superior

Músculo ariepiglotico

Músculo tireoepiglotico
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Anatomia cabeça e pescoço


Anatomia da glandula tireoide Anatomia das glândulas salivares

Anatomía GLÂNDULAS PARÓTIDAS


- Glândula única - São as maiores glândulas salivares;
- Situa-se anteriormente à traqueia, entre a cartilagem cricóidea e a - Massas irregulares, lobuladas, amareladas e flexíveis;
incisura supraesternal, entre a 5ª vértebra cervical e a 1ª torácica. - Situadas no leito parotídeo, anteroinferiormente ao meato acústico
- Possui dois lobos conectados por um istmo, e quatro glândulas externo;
paratireoides na região posterior, produtoras do paratormônio. - Inseridas entre o ramo da mandíbula e o processo mastóide;
- Revestidas pela cápsula parotídea, derivada da lâmina superficial da
fáscia cervical;
- A superfície superior se relaciona com a parte cartilaginosa do meato
acústico externo e com a articulação temporomandibular.

Artéria carótida externa, veia retromandibular e nervo facial (NC VII)


atravessam a glândula. Em sua superfície se encontram os ramos faciais
do nervo auricular magno, os linfonodos parotídeos e a margem
posterior do músculo platisma.

Funções da glândula tireoide


- Crescimento e desenvolvimento Inervação
- Aumento do ganho muscular
- Redução do armazenamento de gordura - Nervo auriculotemporal inerva a glândula;
- Produção hormonal - Nervo auricular magno inerva a fáscia (cápsula) parotídea;
- Aumento do metabolismo .
A estimulação das fibras parassimpáticas do nervo auriculotemporal
produz saliva fina e aquosa. Já as fibras simpáticas derivam do plexo
Vascularização Arterial nervoso carotídeo externo da artéria carótida externa, e sua atividade
- Artérias tireóideas superiores vasomotora reduz a secreção da glândula.
· Ramos da carótida externa
- Arterias tireóideas inferiores
· Ramos do tronco tireocervical, colateral da artéria subclávia.
A inflamação aguda da glândula
- Artéria tireóidea ima da parótida (sialadenite aguda)
· Proveniente do tronco braquicefálico ou do próprio arco aórtico. pode causar dor cortante na
região pré-auricular como
resultado de um estiramento da
cápsula e estimulação do nervo
auricular. As causas de sialadenite
aguda incluem obstrução do ducto
parotídeo (cálculos, tampões de
muco e estreitamento de ducto) e
caxumba.

GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES
Drenagem venosa
- Veia tiroideia superior - Situam-se ao longo do corpo da mandíbula, em sua metade posterior.
- Veia tiroideia média - Os linfonodos submandibulares estão em contato com a glândula.
- Veia tiroideia inferior - O ducto submandibular origina-se da parte da glândula situada entre
os músculos milo-hióideo e hioglosso e abre-se em uma pequena papila
sublingual ao lado da base do frênulo da língua.
Inervação - Os óstios dos ductos submandibulares são visíveis, e pode-se ver o
- É inervada pelo nervo vago (X) gotejamento da saliva.
- Derivam dos gânglios simpáticos cervicais superior, médio e inferior.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Inervação
Anatomia cabeça e pescoço Vestíbulo
- Gânglio submandibular (do nervo facial NC VII) e pelo nervo lingual. - Lábios
· Músculo orbicular oral
As glândulas submandibulares são supridas por fibras secretomotoras · Inervado pelos nervos infraorbitário e mental.
parassimpáticas pré- ganglionares que são conduzidas, pelo nervo corda - Bochechas
do tímpano, do nervo facial para o nervo lingual, e fazem sinapse com · Músculo bucinador
neurónios pós-ganglionares no gânglio submandibular. As últimas fibras · Inervado pelo ramo bucal da divisão mandibular do nervo trigêmeo.
acompanham artérias para chegar à glândula, juntamente com fibras
simpáticas pós-ganglionares vasoconstritoras do gânglio cervical superior.
Cavidade oral
- Delimitada pelos arcos alveolares da mandíbula.
GLÂNDULAS SUBLINGUAIS - Assoalho é ocupado pela língua.
- Os músculos milo-hióideos constituem o assoalho muscular.
- São as menores e mais profundas das principais glândulas salivares. - Teto é formado pelos palatos duro e mole e a úvula.
- Situadas no assoalho da boca, entre a mandíbula e o músculo - O istmo da garganta (abertura da boca na faringe), tem, lateralmente,
genioglosso. os arcos palatoglossos (pilar anterior) e, inferiormente, o dorso da língua.

As glândulas de cada lado se unem para formar massa em formato de


ferradura ao redor do centro de tecido conectivo do frênulo da língua.
Muitos pequenos ductos sublinguais abrem-se no assoalho da boca ao
longo das pregas sublinguais.

Inervação:
- Gânglio submandibular;

Os nervos das glândulas sublinguais acompanham os nervos da glândula


submandibular. As fibras secretomotoras parassimpáticas pré-
ganglionares são conduzidas pelos nervos facial, corda do tímpano e
lingual e fazem sinapse no gânglio submandibular.

Anatomia da Língua
Extrínsecos
• Músculo estiloglosso
• Músculo hipoglosso
• Músculo genioglosso
• Músculo palatoglosso
Intrínsecos
• Músculo longitudinal superior
• Músculo longitudinal inferior
• Músculo vertical
• Músculo transverso

Os dois terços anteriores são inervados por:


- Ramos sensitivos do nervo lingual (par craniano V/III – Nervo trigêmeo,
ramo mandibular) e pelo ramo da corda do tímpano do par craniano VII –
Anatomia da cavidade oral nervo facial para o paladar;
- Ramos motores do nervo hipoglosso (par craniano XII), um dos nervos
- Tonsilas palatinas cranianos.
- Mucosa jugal
- Freio lingual O terço posterior é inervado por:
- Dorso da língua - Ramos sensitivos do nervo glossofaríngeo (par craniano IX), para
- Arcada dentária sensações e paladar.
- Pilares amigdalianos - Amígdalas - Ramos motores do nervo hipoglosso (par craniano XII)
- Úvula
O nervo hipoglosso (par craniano XII) fornece inervação motora para todos
os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua, exceto o músculo
palatoglosso, que é inervado pelo nervo vago (par craniano X).
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Anatomia cabeça e pescoço


Anatomia das orelhas - Função: proteger a membrana timpânica e conduz as ondas sonoras
para a orelha média.

- Órgão vestibulococlear
- Dividido em orelha externa, orelha média e orelha interna
Lesão à orelha externa Perfuração da
- Hematoma auricular membrana timpanica
- Funções: audição e equilíbrio - Não tratado -> interrompe o suprimento
sanguíneo. - Pode resultar de uma Otite
- Orelha “couve-flor” media
* Boxeadores - Causa de surde da orelha
media
As partes externa e media estão relacionadas com
Otite externa - Rupturas menores: cicatrizam
a transferencia de som para a orelha interna, espontaneamente.
- Infecção bacteriana do meato acústico
que contem o órgão do equilibrio e da audição. externo - Rupturas grandes: reparo
A membrana timpanica separa a orelha externa - Coceira e dor na orelha externa cirúrgico.
da orelha media.
A tuba auditiva conecta a orelha media à parte
nasal da faringe.
Orelha media
Composto por:
1. Membrana timpânica
2. Ossículos (martelo, bigorna e estribo)
3. Músculos tensor do tímpano e estapédio
4. Cavidade timpanica
Orelha Externa 5. Tuba auditiva

Composto por: Cavidade timpanica


1. Pavilhão auricular (orelha)
2. Meato acústico externo. - É o espaço interno à membrana timpanica.

Paredes da cavidade timpânica


Pavilhão auricular 1. Teto (tegmental): limite com com a fossa craniana media.
- A maior parte consiste em cartilagem elástica recoberta com pele. 2. Assoalho (jugular): limite com a fossa jugular.
3. Parede medial (labiríntica): proeminência do VII.
- É formado por: 4. Parede lateral (membranócea): membrana timpânica.
· Hélice 5. Parede anterior (carótida): limite com a arteria carótida interna.
· Escafa 6. Parede posterior (mastóidea): limite com a mastoide.
· Anti-hélice
· Fossa triangular
· Concha
L depressão mais profunda
· Trago
· Incisura intertrágica
· Antitrago
· Lóbulo
L destituído de cartilagem

- Função: coletar e conduzir o estimulo sonoro para o meato acústico


externo.
- Vascularização: arteria auricular posterior e temporal superficial. Membrana timpânica
- Inervação: nervos auricular magno e auriculotemporal.
- Porções: tensa e flácida
- Funções: separar a orelha media da externa e transmitir vibrações
Meato acústico externo: sonoras para cadeia ossicular.
- 1/3 cartilaginoso - Umbigo do tímpano: projeção da extremidade do cabo do martelo no
- 2/3 ósseos tímpano
- Tem aproximadamente 25 mm - Triângulo luminoso: se forma quando a luz é refletida na membrana
timpanica (quadrante ântero-inferior)
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Anatomia cabeça e pescoço Cóclea


- Contém o ducto coclear + Canal espiral.
- Ramos do nervo coclear (ramo coclear do VIII par craniano)

Cóclea (internamente)
- Rampa vestibular (superior)
- Rampa timpânica (inferior)
- Rampa média (dúctio coclear)

Órgão de Corti (ducto coclear)


O!ículos da audição - Membrana tectória
- Martelo: se fixa na membrana timpanica. - Membrana basilar
- Bigorna: entre o martelo e o estribo. - Células ciliadas
- Estribo: ocupa a janela do estribo
O ramo coclear do VIII par inerva as células ciliadas

Helicotrema: orifício de comunicação entre a rampa vestibular e rampa


timpânica.

Órgão de corti
Constituição:
- Esteriocilios
- Células ciliadas externas e internas
- Células de sustentação

Diferença da célula ciliada interna x externa


Tuba auditiva Células ciliadas internas Células ciliadas externas
Fileira única 3-5 fileiras
- Conecta a cavidade timpânica com a parten nasal da faringe. Esterocilios curto Esterocilios mais longos
- 1/3 ósseo Recebem mais fibras do nervo coclear Recebem menos fibras do nervo coclear
- 2/3 cartilaginosos
- Função: equilibrar as pressões entre a orelha média e a orelha externa
* Viagens e pousos de avião podem gerar um comprometimento da
função da tuba auditiva de equilibrar as pressões.
- Irrigação: arteria faríngea ascendente, ramo da carótida externa e
meningea média e do canal pterigóideo.

Orelha interna Orelha interna

- Contém o órgão vestibulococlear.


L recepção do som e manutenção do equilibrio.

Subdivisão Inervação
- Labirinto anterior (cóclea)
- Labirinto posterior (vestíbulo - sáculo e utrículo e canais - Ouvido interno é inervado pelo nervo craniano VIII, que sai da ponte e entra no conduto
semicirculares) auditivo interno -> chega no labirinto e se divide em:
- Labirinto ósseo (perilinfático - revestido pela perilinfa): 1. Ramo anterior: inerva a cóclea
· Cóclea 2. Ramo posterior: inerva os canais semicirculares e vestíbulo.
· Vestíbulo
- O nervo facial sai do angulo pontocerebelar e entra pelo conduto auditivo interno ->
· Canais semicirculares. relação com a orelha media, canais semicirculares laterais, bigorna e parede posterior do
- Labirinto membranoso (endolinfático - revestido pela endolinfa): conduto externo. Divide-se em:
· Ducto coclear 1. Nervo estapédio: ativa o músculo estapédio e protege a orelha interna de trauma
· Ductos semicirculares acústico.
2. Nervo corda do tímpano: inervação gustativa da língua.
· Vestíbulo membranoso
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Anatomia cabeça e pescoço


Fisiologia da audição
Orelha média
1. Contração dos músculos tensor do tímpano e estapédio

2. Tensor do tímpano
- Quando som muito intenso, puxa o cabo do martelo para dentro da
cavidade timpânica.

3. Estapédio
- Puxa o estribo para fora da janela oval

4. Transformador de impedâncias -> permite que o som seja


transmitido de um meio aéreo para um meio líquido endococlear
.
5. Amplificação do som (mecanismo hidráulico da OM)
- O som é conduzido pelo CAE, chega na MT, passa pela cadeia
ossicular, chegando na janela oval
- A pressão sonora que atinge a janela oval é muito maior, pois ela é
pequena comparada a MT (pressão na platina do estribo)

6. Articulação entre os ossiculos

Orelha interna.
1. Estímulo sonoro chega na membrana timpânica

2. Passa pela cadeia ossicular

3. Estribo passa a vibração para a rampa vestibularca


- Movimentação da perilinfa

4. Abaulamento da janela redonda, com isso


- Vibração da membrana basilar do órgão de Corti

5. Movimentação das células ciliadas externas


- Abertura dos canais iônicos, ocorrendo uma despolarização das células
ciliadas externas.

6. Movimentação das células ciliadas internas


- Abertura dos canais ionicos e consequentemente despolarização das
células ciliadas internas

7. Estímulo elétrico passa das células ciliadas internas para o nervo


coclear.

Resumindo ... A vibração das ondas sonoras


serão conduzidas para o CAE, fazendo vibrar
a membrana timpânica, sendo encaminhada
a onda sonora pela cadeia ossicular,
movimentando fluidos intracocleares e no
órgão de corti vai haver a transdução
elétrica, tranformando estímulos mecânicos
em elétrico, que será transmitido pelo nervo
coclear para o cerebro.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
@Sinapsesdalore
Propedeutica e exames
!"

otorrinolaringologicos
#

Propedêutica Bucofaríngeo Classificação de Brodsky (grau de obstrução da tonsila)


- Grau 0: tonsilas situadas na fossa tonsilar sem causar obstrução da via
aérea e orofaringe.
Oroscopia - Grau 1: tonsilas situadas levemente fora da fossa tonsilar, com < 25%
- Inspeção da cavidade oral de obstrução da via aérea.
- Língua e tonsilas - Grau 2: tonsilas prontamente visíveis, causando 25% a 50% de
- Palato duro e mole obstrução da via aérea.
- Tórus e mucosa jugar. - Grau 3: tonsilas obstruindo 50% a 75% da via aérea.
- Grau 4: tonsilas causam mais de 75% de obstrução da via aérea

A orofaringe deve ser avaliada com o auxílio de um abaixador de língua,


posicionado-o nos 2/3 anteriores da língua para evitar reflexo de náusea.
A língua deve ficar dentro da boca e solicita-se ao paciente para falar a
vogal “a” ou “e”, pois essas vogais levantam o palato permitindo melhor
visualização da orofaringe e tonsilas palatinas.

Avaliação da língua
- Verificar a cor, as papilas, os frênulos linguais, a lateral da língua,
palpar a língua.l
- Freio lingual
- Dorso da língua
- Base da língua: rânula (cistos) Classificação de Mallampati ( visualização do palato)
- Freio: anquiloglossia (língua presa)
• Classe I – palato mole, fauce, úvula e pilares amigdalianos visíveis;
Avaliação das gengivas • Classe II – palato mole, fauce e úvula visível;
• Classe III – palato mole e base da úvula visível;
- Observar áreas de hiperemia, sangramentos, tumorações ou • Classe IV – palato mole totalmente não visível.
ulcerações.

Avaliação da arcada dentaria


- Ao iniciar o exame físico, é necessário solicitar ao paciente que retire
todas as próteses dentárias removíveis e verificar se a higienização
esta adequada.
- Mordida aberta ou cruzada
- Estado de conservação dos dentes
- Cáries
- Abaulamentos ósseos Avaliação vocal
- Rouquidão
Avaliação das tonsilas - Aspereza (fumante)
- Soprosidade (efeito de bernowilly)
- Verificar tamanho e simetria - Tensão (força, dor)
- Presença de exsudato, ulcerações, tumores ou abaulamentos - Tempo de instalação (usa muito a voz? estresse vocal - pólipo, cisto...)
_ Observar a presença de caseum e o tamanho das criptas - Abuso vocal
- Clinicamente, as tonsilas podem ser avaliadas usando as classificações - Fatores de risco para carcinoma (tabagismo, álcool, radiação, idade e
de Brodsky e Mallampati. HPV)
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
@Sinapsesdalore
Propedeutica e exames
!"

otorrinolaringologicos
#

Endoscopia Laringea - Solicitar que o paciente recline a cabeça para trás, é possível examinar a
- Realizado no consultório porção alta das cavidades nasais. Pode-se ver:
- Tem indicação pacientes: · Lateralmente: a cabeça do corneto médio e o meato médio. No nível
L Mais de 2 semanas com disfonia e disfagia. do meato médio, escoam as secreções provenientes dos seios frontal,
L Tabagistas maxilar e etmoidal anterior. Hipertrofias e conchas bolhosas dos cornetos
médios, assim como abaulamentos, edemas, secreções anormais, pólipos ou
lesões expansivas nos meatos médios, são sugestivos de comprometimento
$%
() secundário dos seios paranasais correspondentes.
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· Medialmente: o septo, observar presença ou ausencia de desvio.
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Propedêutica Nasal
Endoscopia nasal
Inspeção - Consegue ver a porção posterior do nariz
- Analisar a pirâmide nasal - Não visualiza os seios da face.
- Detectar dismorfias, disturbios do desenvolvimento e desvios
(traumas). Radiografía
- Revelar sinais sugestivos de processos infecciosos como: hiperemias,
edemas e abaulamentos. - Principalmente para fraturas
- Presença do traço sobre o dorso nasal -> saudação alérgica - Ex: fratura de adenoide (trata com corticoide ou cirurgia)

Palpação tátil Tomografia computadorizada


- Detectar sinais flogisticos como calor local, dor à palpação, flutuações - Deve ser somente utilizada em casos de suspeita de complicações
e mudanças na espessura, consistência e dureza da pele. orbitárias e intracranianas das rinossinusites, casos crônicos, confirmação
- História de trauma nasal ou em face devem-se procurar traços de de diagnóstico (alterações de mucosa, tipo de secreção nos seios, variantes
fratura, crepitações e dor. anatômicas, etc.)
- Abaulamentos, avaliar à sua extensão, aderências aos planos - Padrão ouro para rinossinusites
profundos, presença de dor e flutuação, que sugerem lesões expansivas. - Só visualiza seios da face com tomografia
- Menor que 5 anos não tem sinusite, tem etmoidite
Rinoscopia
- Com auxílio do espéculo nasal, de tamanho adequado para cada
paciente, promove-se a lateralização da asa do nariz.
- A rinoscopia anterior deve primeiramente ser realizada com o
paciente olhando de frente para o examinador. Assim é possível ver:
· Inferior: o assoalho da cavidade nasal e verificar a presença de
secreções ou lesões anormais.
· Lateral: a cabeça da concha inferior, observar a coloração da sua
mucosa, que pode variar desde o róseo (normais), passando pelo pálido-
violáceo (atópicos), até a vermelha (processos infecciosos agudos). A
hipertrofia e/ou degeneração polipoide da concha inferior.
· Medial: a presença de deformidades, perfurações (traumas, doenças
granulomatosas) e abaulamentos (abscessos) no septo.

O diagnostico de Sinusite aguda é CLÍNICO e não


precisa de exames de imagem
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
@Sinapsesdalore
Propedeutica e exames
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otorrinolaringologicos
#

Propedêutica do pescoço Propedêutica da orelha

Palpação cervical Queixas principais:


- Palpação submentoniana temos os músculos milo-hióideo, digástrico, - Hipoacusia/perda auditiva associada a otorreia, otalgia e otorragia.
glândula salivar, linfonodos. Os linfonodos podem ser submentonianos - Tontura
(abaixo do queixo) ou submandibulares. - Zumbido
- Palpar a tireóide, cartilagem tireóide (pomo de adão), embaixo tem
uma depressão que é a cartilagem cricotireóidea. E próximo a fúrcula, Exame físico
tem-se o istmo da tireoide.
- É possível palpar também o músculo esternocleidomastóideo. Sua Otoscopia (Usar o otoscópio)
palpação é importante porque ele será o ponto de referência para
classificar os linfonodos cervicais. - Orelha externa, avaliar se há alterações como:
L Anotia (sem pavilhão)
Abordagem posterior: L Microtia (pavilhão pequeno)
L Poliotia (2 pavilhões)
· Paciente na frente do examinador com pescoço levemente estendido
L Outros: edema, abaulamento, secreção, hiperemia.
· Examinador colocara as duas mãos ao redor do pescoço do paciente
· Pedir para o paciente deglutir, examinando a cartilagem tireoide - Conduto auditivo externo, avaliar:
L Coloração, edema, tumorações, secreções, cerume, sangue.

- Membrana timpânica
L Normal: arredondada, parece um cone, coloração cinza-translúcido
ou perlácea, transparência.
L Possível ver o triângulo luminoso de Politzer (anterior inferior) e o
cabo do martelo
L Alteração: hiperemiada, amarelada, opaca, placas esbranquiçadas,
arroxeada, abaulada, retraída.
Cla!ificação dos linfonodos cervicais L Importante ver se há perfuração ou não
- Na região submentoniana, temos:
L Região I -> entre o osso hioide e o músculo milo-hióideo. - Cavidade timpânica, visualizar:
L Região II -> da base do crânio à borda inferior do osso hioide, L Integridade dos ossículos e aspecto da mucosa
posteriormente à glândula submandibular, anteriormente ao músculo L Depende se a MT está perfurada ou não
esternocleidomastóideo e acima do bulbo carotídeo.
L Região III é a região média.
L Região IV -> da margem inferior da cartilagem cricóide (istmo da
tireoide) à clavícula, lateralmente às artérias carótidas
L Região V é a região posterior ao esternocleidomastoideo, acima do
trapézio.
L Região VI é a região anterior, entre os esternocleidomastóideos,
entre o osso hioide e a fúrcula.
.

Palpação
- Pavilhão auricular
- Região mastoidea
- Procura de linfonodos, tumores, cistos....

Ausculta
Ao identificar uma massa ou linfonodo, dizer a localização, o tamanho, o
número, se é doloroso, móvel, sensível, aderido, consistente, duro ou mole
- Para avaliação de fístulas, aneurismas e má formações arteriovenosas
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
@Sinapsesdalore
Propedeutica e exames
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otorrinolaringologicos
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Testes com diapasão Avaliação do equilibrio


- Testes por via óssea - Teste de Roomberg
- Testes por via aérea - Teste de Fukuda/Utemberg
- Testes mistos - Dix Hallppike
- Avaliação da marcha
- Avaliação de coordenação (índex-nariz, índex- índex)
- Teste de Barany

Teste de Romberg
- O paciente é colocado em posição ortostática, com os calcanhares unidos
e pontas dos pés separados em 30°, cabeça reta, braços ao longo do
corpo na posição anatômica, olhos fechados durante um minuto.
- O exame é considerado alterado se houver queda.
- Quando o teste traz dúvidas, podemos sensibilizá-lo através de algumas
manobras:
L Manobra de Jendrassik: mãos em oposição e cotovelos na
horizontal.
L Romberg- Barre: colocando-se em pé um diante do outro, em
linha reta, diminuindo a base de sustentação.
Teste de Weber (via ó!ea) - Nas afecções centrais, a queda ocorre geralmente para frente ou para
- Sensível para perdas auditivas condutivas trás (Romberg clássico) enquanto nos distúrbios do sistema proprioceptivo,
- O diapasão deve ser colocado na linha média do crânio do paciente, na não há lado preferencial para a queda.
testa, na glabela e nos incisivos superiores ou inferiores. - Nas cerebelopatias o paciente procura manter a base alargada (abasia),
_ O paciente deve informar se escutou o som na linha média, orelha caindo ao aproximar os pés, mesmo de olhos abertos.
direita ou esquerda. - Classicamente quando há queda com lateralização para direita ou
L Normal: vibrar nas 2 orelhas esquerda pede-se ao paciente para girar a cabeça primeiro para a direita
L Perda auditiva unilateral: lateralização para um dos lados e depois para a esquerda para observar se há alteração na direção da
· Neurosensorial: orelha sadia (ex: nervo) queda, dependendo da posição do labirinto posterior (Romberg Vestibular).
· Condutiva: orelha afetada (ex: cera)

Teste de Unterberger
Teste de Rinne (misto) - Avalia o equilíbrio dinâmico.
- Útil para diferenciar perda condutiva e neurossensorial - O paciente executa 90 passos, sem deslocar-se com os olhos fechados,
- O diapasão é colocado na apófise do mastoide do paciente ate o como se estivesse “andando sem sair do lugar”.
desaparecimento da percepção sonora, e depois na região anterior do - Estará alterado se o paciente realizar desvio do corpo maior que 45°
trago, sem toca-lo. para um dos lados ou deslocar-se por mais de um metro. Neste caso, o
L Normal: via aérea melhor que via óssea (Rinne +) teste é positivo e, provavelmente tem uma lesão periférica.
L Perda auditiva de percepção -> via aérea melhor que via óssea - Nas lesões vestibulares agudas unilaterais, o paciente desvia para o lado
com percepção diminuída (rinne + patológico) do labirinto hipoativo.
L Perda auditiva de condução -> via óssea melhor que via aérea - Indivíduos com lesões sérias do sistema vestibular podem ser incapazes
(rinne -) de realizar o teste ou movimentar-se de maneira descostrolada.
- Quando há comprometimento do SNC, o corpo costuma oscilar durante
a marcha, eventualmente com queda.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
@Sinapsesdalore
Propedeutica e exames
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otorrinolaringologicos
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Teste de Fukuda Teste de Barany


- O teste é realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no - Avalia o equilíbrio estático.
chão, cujos raios têm 0,5m de diferença entre si. Estes círculos são - Paciente de olhos fechados e sentada, ergue os braços para a frente.
divididos em 12 partes iguais, por retas que cruzam o centro, L Se os braços permanecem no mesmo local, o teste é negativo/
formando um ângulo de 30°. normal.
- O paciente marcha, elevando os joelhos aproximadamente 45° sem L Se mover os braços em alguma direção, o teste é positivo/
deslocar-se, executando 60 passos (um por segundo) com os braços alterado.
estendidos e os olhos fechados. L Em doenças periféricas, desviará o braço para o lado afetado.
- São considerados resultados patológicos se houver deslocamento L Doença central, desviará o braço para o lado contrário a lesão.
maior do que 1m e/ou rotação superior a 30°.
- Este teste é útil no acompanhamento de pacientes com patologias Teste do Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO)
periféricas durante o tratamento, pois fornece sinais de compensação
vestibula - O paciente permanece à frente do examinador com a cabeça rodada
para a direita enquanto fixa o olhar em um ponto entre os olhos do
examinador. O examinador move a cabeça do paciente rapidamente da
direita para a esquerda, enquanto o movimento dos olhos do paciente é
monitorado.
- Quando o reflexo vestíbulo-ocular (RVO) está intacto, os olhos do
paciente se mantêm fixos no alvo. Quando está comprometido, o reflexo
ocular apresenta-se defasado em relação ao movimento da cabeça,
obrigando o paciente a realizar movimento compensatório dos olhos,
Manobra de Dix-Hallpike denominado sacada.
- Para nistagmos posicionais. - A positividade do teste sugere comprometimento vestibular ipsilateral ao
- Paciente sentado sobre a maca, com a cabeça rodada 45º para o lado testado. Assim, se o paciente apresenta sacada corretiva após o
lado a ser avaliado; com a ajuda do examinador, o paciente assume movimento da cabeça da direita para a esquerda, isso indica perda da
rapidamente a posição de decúbito dorsal com hiperextensão cervical e função vestibular esquerda
cabeça pendente, mantendo a posição da cabeça rodada 45° para o
lado.
- O examinador observa os olhos do paciente à procura do nistagmo de
posicionamento. Na presença de nistagmo, suspeitar de doença
vestibular, provavelmente nos canais semicirculares lateral/anterior /
posterior. A doença se chama vertigem postural paroxística benigna
(VPPB)

Testes de coordenação
Prova de índex-nariz/ index-índex
- Paciente realiza movimento de elevação e abaixamento dos braços, com
os olhos fechados, usando os dedos do médico como referência. Se o
paciente tocar o ponto de partida a prova é negativa.
- Índex-nariz: de braços estendidos ao lado do corpo, com os olhos
Avaliação da marcha fechados, o paciente deverá realizar manobras tocando com a ponta de
- Avaliar o equilíbrio dinâmico. seu indicador a ponta de seu nariz.
- Consiste em fazer o paciente andar para a frente e para trás com
os olhos fechados.
- Portadores de disfunção vestibular unilateral -> marcha em estrela.
- Nos pacientes periféricos crônicos, os desvios são raros.
- Quando existe doença central -> marcha atáxica ou espástica.

Babinski-Weil: Pede-se ao paciente para andar para a frente (5 a 6


passos) e voltar de costas com os olhos fechados. Nos casos
patológicos, ele desviará a marcha para o lado lesado.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
@Sinapsesdalore
Propedeutica e exames
,!

otorrinolaringologicos

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Tomografia Computadorizada das orelhas
Indicações:
- praticamente em todas as doenças, salvo casos agudos nas otites nao
complicadas.

Quando nao pedir:


- otites agudas simples e otalgias inespecíficas.
LorenaLoureiro
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas infecciosas da orelha


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Doenças da orelha externa :9!7'

- Otite externa difusa aguda


- Otite externa necrotizante ou maligna
- Miringite granulosa ou otite externa granulosa
- Otite externa bolhosa/hemorrágica
- Otomicose
- Otite externa aguda localizada ou furunculose
- Celulite e erisipela
- Pericondrite e condrite auricular
- Dermatite de contato Agentes etiológicos (bacterias)
- Pseudomonas aeruginosa (gram -) (38%)
Fatores predisponentes - Staphylococcus epidermidis (9,1%)
- Staphylococcus aureus (7,8%)
- Ausência de cerume
- Traumatismos
- Supurações da OM Tratamento
- Substâncias cáusticas - Analgésicos: Paracetamol, dipirona, opióides e AINES
- Queimaduras - Antibiótico tópico local que cubra pseudomonas: Gentamicina
- Corpos estranhos - Antibiótico Oral (casos de acometimento do pavilhão auricular, abscessso)
- Lavagens repetidas 1ª escolha: Ciprofloxacino - 3 gotas - 3x/dia - 8/8 hrs por 7 dias
- Alterações de temperatura e umidade do ambiente 2ª escolha (infecção mais grave ou associado a doença sistêmica):
Amoxicilina + clavulonato
- Corticoides tópicos: Dexametasona
Otite externa difusa aguda - Limpeza do CAE em consultório

Conceito Em caso de perfuração timpânica, não usar drogas que contenham álcool
- Inflamação difusa do conduto auditivo externo (CAE) podendo atingir ou baixo pH devido ao risco de dor e otoxicidade.
o pavilhão auricular e a membrana timpânica.
- Conhecida como “orelha do nadador” Prevenção
- Remover cerume obstrutivo
Quadro clinico - Usar gotas auriculares ácidas
- Início agudo (menor que 3 semanas) - Usar protetores auriculares ao nadar
- Associado a banhos de mar, piscina ou manipulação do CAE - Evitar trauma ao CAE
- Frequente no verão (clima quente e úmido) - Durante o tratamento: evitar banhos de imersão por 10 dias e proteger
o CAE durante o banho.
Sintomas principais
- Dor
- Prurido Otite Externa Necrotizante ou Maligna
- Plenitude auricular
- Perda auditiva
- Otorrreia Conceito
- Edema - Infecção potencialmente letal que começa no CAE e se estende até a
- Dor palpação do trago desproporcional ao quadro inflamatorio base do crânio.
- Mais comum em pacientes diabéticos, idosos e pacientes em estado de
Estágios imunossupressã.o e pacientes HIV positivos.
- Pré-inflamatório: é retirada a camada lipídica pelo trauma local
- Inflamatório Agentes etiológicos
· Leve: hiperemia e edema + otorreia clara, dor no trago. - Bactérias: Pseudomonas aeruginosa (96-98%), Proteus mirabilis, S.
· Moderado: dor e prurido e edema mais intensos, diminuição do Aureus, Klebisiella sp., S. epidermidis
lúmen do CAE e otorreia seropurulenta. - Fungos: Cândida albicans e Aspergillus fumigatos.
· Grave: CAE obstruído com secreção cinza- esverdeada e
descamação, pele edematosa, adenopatia, dor após mastigação/trago.
- Inflamatório crônico: prurido mais prolongado, CAE com pele atrófica,
sem cerume, seco e espessamento do canal (parece dermatite).
LorenaLoureiro
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
@Sinapsesdalore

Doencas infecciosas da orelha


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Quadro clinico Prognóstico


Início: - 76% de sobrevida em 3 anos.
- Semelhante a otite externa difusa aguda - Recorrência entre 9% a 27%

Evolução (pode ser bilateral)


- Otalgia lancinante (resistente a analgésicos) que irradia para região
frontotemporal e parietal, com piora à noite
Otite Externa Granulosa ou Miringite granulosa
- Otorreia fétida e purulenta
- Hipoacusia condutiva leve Conceito
- Sensibilidade e edema periauricular com tecido de granulação - Desepitelização da MT com formação de tecido de granulação sem
- Edema e hiperemia do CAE envolvimento da orelha média
- Membrana timpânica geralmente intacta
- Sem sinais sistêmicos (febre ou taquicardia) Etiologia
- Secundária: otite externa ou cirurgias prévias
Associada a paralisia facial
- Inflamação refratária ao tratamento clínico.

Biópsia Quadro clinico


- Importante para descartar carcinoma espinocelular - Otalgia leve
- Sensação de plenitude aural
Diagnóstico - Drenagem de secreção purulenta fétida
1. Otalgia persistente (+ 1 mês) - Lesão ulcerada rasa em CAE ósseo
2. Otorreia purulenta persistente associada a tecido de granulação por - Tecido de granulação com MT integra
várias semanas
3. DM mellitus, idade avançada ou estados de imunossupressão Otoscopia
4. Envolvimento de pares cranianos - facial (7º), glossofaringeo (9º), - Área focal de desepitelização, granulação pólipos focal e formação de
vago (10º) e hipoglosso (12º). polipódio difusa sobre toda a MT
- Pode ocorre perfuração timpânica, que normalmente se fecha sem
Complicações envolvimento da orelha media.
- Abscesso cerebral
- Sinusite esfenoidal Alta Mortalidade Diagnóstico Diferencial
- Aneurisma micótico - Neoplasia
- Parotidite - OEN
- Trombose de seio lateral e sigmoide
É necessário realizar biópsia
Monitorização clinica
- Hemograma Tratamento
- Velocidade eritrossedimentação (VHS) - Remover tecido de granulação
- Proteína C reativa (PCR) - Uso de antibióticos tópico ou sistêmico
- Corticoides tópicos
Exames de imagem - Curativo local ou Gelfoam com gotas tópicas
- TC do osso temporal com contraste - Cauterização com nitrato de prata a 10% ou ácido ticloroacético a 70%
- RM (acometimento do SN)
- Cintilografia Otite Externa Bolhosa ou Otite Externa Hemorrágica
Tratamento
- Internação + ATB intravenoso Quadro clinico
- Controle da DM - História de infecção de vias aéreas superiores
- Limpeza frequente do CAE - Melhora da dor após a drenagem
- Otalgia intensa e súbita
Casos leves - Otorreia sanguinolenta ou serossanguinolenta
- Ciprofloxacino oral - Hipoacusia
- Tratamento ambulatorial por ates 6 meses. - Perda auditiva condutiva

Casos moderados Otoscopia


- Ceftazidime (cefalosporina de 3o geração) - 4 a 6 semanas - 2g a - Bolhas hemorrágicas vermelho-azuladas cobrindo a pele do CAE ósseo e
cada 8/8hrs da MT
LorenaLoureiro
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas infecciosas da orelha


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Agente etiológico
- Bactérias: Mycoplasma pneumoniae, Streptococcus pneumoniae,
Otite Externa Aguda Localizada
Haemophilus influenzae e Streptococcus B- hemolítico
- Vírus: Influenza, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório Conceito
- Infecção dos pilos sebáceos no terço lateral do CAE, com foliculite,
Tratamento podendo evoluir para um abscesso ou furúnculo.
- Analgésicos, corticoides, antibióticos tópicos e sistêmicos (como a
ampicilina, sulfa e eritromicina). Agentes etiológicos
- Paracentese das vesículas para descompressão e alívio da dor - Staphylococcus aureus

Otomicose Quadro clinico


- Pequena pústula superficial até abscessos
- Otalgia forte
Conceito - Hipoacusia nos casos de oclusão do CAE
- Infecção causada por fungos na pele do CAE - Secreção quando ocorre drenagem do abscesso

Fatores de risco Tratamento


- Regiões tropicais, calor e umidade - Limpeza local
- Uso constante de gotas otológicas - Analgésicos/AINE
- Estenoses do CAE - ATB (antes da drenagem): Penicilina penicilinase-resistente, Cefalexina ou
- Perda da camada protetora de cerume Clindamicina
- Maior predisposição em DM mellitus e imunossuprimidos - Drenagem

Agente etiológico * Compressas quentes: podem drenar a lesão


- Aspergillus
- Cândida * Ponto de flutuação: incisado e drenado
- Actinomyces
- Phycomycetes
- Rhizopus
Celulite Auricular
- Penicillium
Conceito
Clínica - Infecção da pele e do tecido subcutâneo que acomete a orelha externa e
- Prurido intenso estruturas anexas
- Plenitude auricular pelo acúmulo de secreções - Pode ser por trauma ou extensão de uma otite externa
- Otorreia e otalgia
Agente etiológico
Otoscopia - Streptococcus ou Sthapylococcus
- Conduto hiperemiado com pouco edema, e com presença de micélios
fúngicos com diversas colorações Clínica
- Dor
* Infecção por Cândida: massa esbranquiçada (semelhante a algodão) - Edema
- Hiperemia
- Podendo haver febre e calafrios

Tratamento
- Analgésicos
- ATB Penicilina V/B Clindamicina Cefalexina

Tratamento
- Remoção completa dos fungos e do macerado epitelial
Erisipela
- Evitar entrada de água
- Antifúngicos Conceito
L Tópicos: Clotrimazol, Nistatina, Cetoconazol, Miconazol... - É uma celulite superficial causada pelo Streptococcus pyogenes, com
L Sistêmicos: Cetoconazol, Itraconazol, Fluconazol e Terbinafina envolvimento de vasos linfáticos.
- Imunossupressão (anfotericina B)
LorenaLoureiro
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas infecciosas da orelha


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Quadro clinico Tratamento


- Lesão endurecida, avermelhada, dolorosa, com bordas - Evitar agente estressor
delimitadas e irregulares - Corticoide tópico
- Pode haver vesículas e/ou bolhas - Anti-histamínicos
- Com envolvimento de vasos linfáticos
- Geralmente acompanha febre, calafrios e cefaleia

Tratamento
Herpes
- Analgésicos
- ATB Penicilina V/B Clindamicina Cefalexina Conceito
- O vírus varicela-zóster pode acometer o aparelho auditivo, ocasionando
Pericondrite e condrite auricular no pavilhão auricular e canal erupções vesiculosas típicas, unilaterais,
extremamente dolorosas.
- A infecção herpética pode determinar um quadro mais amplo, não
Conceito restrito ao canal, denominado SÍNDROME DE RAMPSAY-HUNT, quando
- Processos inflamatórios do pericondrio e da cartilagem do pavilhão além das vesículas desenvolve-se paralisia facial e surdez neurossensorial
auricular, causados por extensão de processos infecciosos ou por
trauma. Otite Externa Eczematosa
Agente etiológico
- Pseudomonas aeruginosa Conceito
- Consiste em um processo alérgico, com reação de hiperssensibilidade da
Quadro clinico pele do MAE.
- O quadro é em geral crônico, ou pelo menos recidivante.
- Hiperemia dolorosa
- Endurecimento
- Descamação da pele, com crostas e úlceras Fatores predisponentes
- Pode causar deformidade total e permanente da orelha (orelha em - A alergia pode ser desencadeada por ingestão de alimentos, por
couve flor/do boxeador) medicamentos, e não raro por situações de conflito emocional ou stress.
- A contaminação das lesões eczematosas da pele por agentes bacterianos
Abscessos: devem ser drenados e mandados a cultura é muito frequente, desencadeando quadro de OEDA.

Tratamento Quadro Clinico:


- Antibióticos orais - Prurido intenso de MAE
- Colocação de drenos - Descamação furfurácea da pele
- Cicatrização por segunda intensão - Exudação de liquido seroso amarelado

Tratamento:
Dermatite - Evitar fatores desencadeantes
- Corticóides tópicos e antihistamínicos.

Conceito Doenças da orelha media


- São inflamações superficiais na pele
Dermatite de contato: inflamação aguda ou crônica causado por uma
ação irritante ou alérgica - Otite media aguda (OMA)
Dermatite atópica: inflamação crônica associada a asma e/ou rinite - Otite média aguda recorrente
alérgica - Otite média serosa ou de efusão
Dermatite seborreica: afeta glândulas sebáceas (caspas, muita - Otites médias crônicas
descamação...) - Complicações da otite média

Quadro clinico Otite Média Aguda


- Prurido
- Edema
- Eritema Conceito
- Exsudação - Surgimento rápido de sinais e sintomas de inflamação do mucoperiosteo
- Crostas da orelha média, de etiologia viral ou bacteriana
- Descamação
LorenaLoureiro
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas infecciosas da orelha


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Epidemiologia Tratamento (maioria tem resolução espontânea)


- Predomínio em lactentes - Analgésicos
- Pico de incidencia: 6-12 meses - Antibiótico empírico:
L Amoxacilina + clavulonato - 850 mg - 7 dias
Fatores de risco L Outros: Amoxacilina, Cefalosporina de 2o e 3o geração (ex:
Fatores extrínsecos Ceftriaxona)
- Fator sazonal - Drenagem
- Infecção das vias aéreas superiores (IVAS)
- Baixo nível socioeconômico Falha no tratamento:
- Aglomerados (creches) Ceftriaxona - IM - 50mg/kg/ dia por 3 dias

Fatores intrínsecos
- Genética
Otite Média Aguda Recorrente
- Idade
- Hipertrofia de adenoides Quadro clinico
- Doença do refluxo gastro-esofágico - Quando os episódios se tornam frequentes:
- Fenda palatina - Presença de 3 ou mais episódios de OMA em um período de 6 meses
ou
Fatores alérgicos - 4 ou mais episódios em um período de 12 meses
- Fumaça de cigarro * Os episódios devem ter intervalo de tempo, devendo haver melhora da
- Hiperplasia das células calciformes com hipersecreçao da mucosa e OM entre os episodios, ficando livre de efusão
diminuição do transporte mucociliar.
Fatores de risco
Patogênese
- 1º Episodio de OMA antes dos 6 meses
- A tuba auditiva da criança é mais e horizontalizada do que a do - Frequentar creche
adulto, o que facilita a ocorrência de infecção para a orelha media. - Tabagista passivo
- Frequentemente é precedida em 3-4 dias por IVAS. - Ausência ou curta duração do aleitamento materno
- Outro filho com OMA.
Agente etiológico
- Vírus: vírus sincicial respiratório (15%), influenza A e B (5%),
adenovírus (5%). Tratamento:
- Bactérias: S. pneumoniae (40%), H. influenzae (30%) e M. catarrhalis - Timpanotomia: para inserção de tubo de ventilação
(10%) e S. pyogens (2-3%). - Adenoidectomia

Sinais e sintomas Vacinação


- Otalgia (+ frequente e específica) - Previne infecção pelos vírus e bactérias mais prevalentes da etiologia
- Febre (presente ou não) - Pneumococo, Influenza e H. influenza não tipavel
- Outros: irritabilidade, diminuição do apetite, vômitos, diarreia e fadiga
Otite Média Serosa ou OM com efusão
Otoscopia
Diagnóstico
- Principal: abaulamento da membrana timpânica (MT) associados a Conceito
hiperemia - Presença de fluido na orelha média, na ausência de sinais e sintomas de
- Mudanças de translucidez, forma, cor (vermelha sugere fase inicial e infecção otológica aguda.
viral; esbranquiçada/amarelada sugere secreção purulenta de OMA - Efusão da orelha média: reduz mobilidade da MT, formando barreira na
bacteriana), vascularização e integridade. condução sonora
- Nível hidroaéreo sugere fase de resolução. - Fluido: pode ser mucoide, seroso, sanguinolento, serossanguinolento,
purulento ou combinação

Classificação
- Aguda: menos que 3 semanas
- Subaguda: de 3 semanas a 3 meses
- Crônica: maior que 3 meses
LorenaLoureiro
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas infecciosas da orelha


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Epidemiologia
- Mais frequente entre 6 meses a 4 anos, após OMA ou IVAS
Otites Médias Crônicas
Sinais e sintomas Conceito
- Falta de atenção - Condição inflamatória, infecciosa ou não, associada ou não a perfuração
- Alterações comportamentais da membrana timpânica e otorréia
- Dificuldade em acompanhar uma conversa em volume normal - Duração maior que 3 meses
- Uso de aparelhos com som excessivamente elevado - Inflamação e alterações teciduais irreversíveis
- Atraso na fala ou linguagem
- Problemas de equilíbrio Etiologia
- OMA supurativa
Otoscopia - OMA necrotizante
- Bolhas de secreção e nível hidroaéreo sugere fase de resolução do - Disfunção tubária isolada
processo. - Trauma
- Tumores
- Doenças sistêmicas (granulomatose de Wegenee, histiocitose X)

Classificação
Não específica
- Não coleosteatomatosas: perfuração central, perfuração marginal,
retração timpânica
- A MT pode estar menos transparente/opaca e a efusão pode atingir * Perfuração bonitinha, retração = “tímpano sugado”
tons azulados (blue ear drum) ou viscosa (glue ear), - Colesteatomatosas: colesteatoma primário, secundário e congênito
- Otite media crônica silenciosa (nao tem perfuração)

Específica
- TB, actinomicose, luética e outros....

Otite Média Crônica Não Colesteatomatosa


Formas clinicas
- Perfuração de membrana timpanica
Testes · Perfuração permanente (LILLIE TIPO I)
- Timpanometria confirma diagnóstico mostrando curva de Jerger tipo
B
- Miringotomia (padrão ouro)
- Teste auditivo (atraso de linguagem ou deficiência auditiva
significativa por mais de 3 meses)
· Mucosite tubotimpânica (LILLIE TIPO II)
Tratamento
- Pode ter resolução espontânea (3 a 6 meses)
- ATB (poucos efetivos)
L Ciprofloxacino - 3 gotas - 3x/dia - 8/8hrs - 7 dias
- Corticoesteroides
- Insuflação - Retração de membrana timpânica
- Anti-histamínico
- Descongestionante
- Cirúrgico
L Timpanectomia para inserção de tubo de ventilação (1o escolha)
Tratamento
- Clínico (“secar orelhas”)
Diferença para a OMA: NÃO tem DOR! - Cirúrgico
· Timpanoplastia
· Tímpanomastoidectomia: exérese dos tecidos de granulação e pólipos
· Arejamento aticoantral
· Não obliterar a tuba auditiva
LorenaLoureiro
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas infecciosas da orelha


6

Otite Média Com Efusão Crônica Otite Média Crônica Silenciosa


Conceito Conceito
- Quando a efusão permanece por mais de 3 meses, sem sinais - São alterações teciduais inflamatorios irreversíveis na fenda auditiva
inflamatórios agudos associadas a uma membrana timpanica integra.
- Essa efusão pode provocar hipoacusia condutiva de leve a moderada, - Situa-se entre estágios ativos, com aumento da vascularização da
flutuante ou persistente mucosa e submucosa, infiltrados inflamatórios agudos, ulcerações e tecido
- Pode ter repercussões na fala, linguagem e aprendizado de granulação imaturo; e cicatriciais nos quais predominam a fibrose e a
neoformação óssea.
Diagnóstico diferencial entre OMA x OME
- OME: presença de líquido na orelha com ausência de dor e outros Complicações das otites medias
sintomas - Perfuração da MT
- OMA: Abaulamento, hiperemia da MT, febre e otalgia L Qualquer quebra na integridade da membrana timpânica.
L Podem ser: centrais ou marginais; benignas ou malignas
Formas —> Benigna: se restringe à doença tubotimpânica
- Forma silenciosa —> Maligno: patologia aticoantrais
- Hipoacusia leve e não perceptível pelo paciente L Avaliação audiométrica completa é mandatória
- Hipoacusia importante, acompanhada ou não de zumbido ou L Perda auditiva é do tipo condutiva
desequilíbrio L Tratamento: cirúrgico —> miringoplastia

Otoscopia
- Secreção serosa: MT translúcida, que permite a visualização de um
líquido na orelha média
- Secreção mucoide: MT espessa, diminui translucidez e mobilidade e
tem aumento da vascularização
- Outros: Timpanoesclerose, atelectasia, erosão ossicular, perda auditiva
condutiva ou neurossensorial
Otite Média Crônica Colesteatomatosa
Definição
- Crescimento de pele em cavidade timpânica ou mastóide
- Pode ser adquirido primario ou secundario

Complicações extracranianas .
- Abscesso Retroauricular é a forma mais frequente das complicações
- Ou congênito extracranianas das OM. Apresenta-se como um abaulamento
retroauricular, febre, toxemia e dor intensa.
- Fístula Labiríntica: É a complicação extracraniana mais frequentemente
associada a colesteatoma.

Complicações intracranianas
- A complicação intracraniana mais frequente é a meningite, seguida de
abscesso cerebral, tromboflebite do seio sigmoide, abscesso epidural,
Tratamento
empiema subdural e hidrocefalia otogênica.
- Clínico - Com exceção da meningite, que geralmente é uma complicação de um
- Cirúrgico quadro de otite média aguda, as complicações intracranianas são,
L Pré-operatorio -> Diminuir a otorreia normalmente, decorrentes de OMC colesteatomatosa ou não.
· Gotas otologicas - As vias de disseminação das complicações intracranianas podem ser:
· Limpeza local por contiguidade (disseminação hematogênica ou via tromboflebite) ou por
· Antibiótico sistêmico continuidade (através da parede óssea por osteíte).
- Sintomas predominantes nas complicações intracranianas são febre
persistente, cefaleia e otorreia purulenta.
LorenaLoureiro
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas infecciosas da orelha


6

Casos clínicos
Caso 1 Caso 2
- Jovem mulher de 30 anos, comparece em consultório com queixa de - Mulher de 42 anos. Refere síndrome gripal com rinorreia persistente
otalgia leve direita e hipoacusia. Refere ter ido ao OS no 2º dia do clara por 1 semana, seguida de início de hipoacusia e dor na orelha
quadro, onde fora prescrito ceruminolítico e ibuprofeno. Sem febre, esquerda, intensa e lancinante. Sem comorbidades, sem uso de
sem comorbidades e sem alergias. medicamentos, sem alergias.
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7'">.02!

Descreva a otoscopia Descreva a imagem


- CAE com edema, hiperemia e presença de vesículas e bolhas. - Membrana timpânica abaulada com presença de secreção purulenta do
lado direito (ambas as imagens são do lado direito)
Qual o diagnostico?
- Otite externa aguda herpetiforme Qual o diagnostico?
- Otite media aguda
Quais as etiologias mais comuns de!e quadro?
- HERPES Quais as etiologias mais comuns de!e quadro?
- Etiologias mais comuns: sazonalidade, gripes, IVAS, etc.
Você concorda com o tratamento prescrito? - Agentes etiológicos mais comuns: Haemophilus influenzae, moraxella
- Não, o certo seria iniciar um antiviral (aciclovir) catharralis e streptococcus pneumoniae

Compareceu no 5º dia no consultorio de ORL com a piora do quadro e Exames complementares


esse aspecto. - Não precisa

Qual tratamento prescrito?


- Antibiótico oral (amoxicilina + acido clavulônico), analgésicos, lavagem nasal
e spray com corticoide nasal

A paciente não seguiu o tratamento de maneira adequada, retornou com


alívio da dor, mas diz que agora tem secreção saindo da orelha.
Recomendado seguir o tratamento prescrito, agora associado com gota
otológica.

Descreva a imagem
- Pavilhão auricular com hiperemia, edema e otorreia (pericondrite).

Qual o diagnostico?
- Pericondrite
O que você acha que aconteceu aqui?
- A paciente não fez o tratamento e evoluiu com uma otite média aguda
Quais as etiologias mais comuns de!e quadro? supurativa/purulenta. Por isso, foi associada a gota otológica
- Pseudomonas aeruginosas
Fez o tratamento e voltou 2 semanas depois para revisão do ouvido. A
Exames complementares? única queixa é que não escuta muito bem da orelha esquerda.
- Hemograma, cultura,

Tratamento
- Antibiótico oral devido à otorreia (amoxicilina + ácido clavulônico e
gota otológica), antibiótico tópico (pomada – neomicina, ácido fusídico)
LorenaLoureiro
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas infecciosas da orelha


6

Casos clínicos
Descreva a imagem
- Perfuração timpanica

Qual o diagnostico?
- Perfuração timpanica

O que você pensa como tratamento e seguimento?


- Cirurgia é a indicação de tratamento – timpanoplastia
- Seguimento: avaliação audiológica completa

Caso 3

Descreva esta otoscopia


- Perfuração timpânica ampla com retração da membrana timpânica
associada e presença de cadeia ossicular (martelo, bigorna e estribo).
- Diagnóstico: otite média crônica.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Audiologia basica
?

Introdução

- A avaliação audiológica básica é composta por audiometria tonal liminar, audiometria vocal e
imitanciometria.
- Para a realização do exame é fundamental a otoscopia: remoção prévia de qualquer obstáculo
@

como cerume ou corpo estranho que possam interferir nos resultados

Objetivo
- Determinar a integridade do sistema auditivo, além de identificar tipo, grau e configuração da
perda auditiva em cada orelha.

Tipos de testes Resultado audiológico (tipo, grau, configuração e lateralidade da perda auditiva.)

Subjetivos (necessitam de participação ativa do paciente para a realização)


A) Quanto ao tipo da perda auditiva:
- Audiometria tonal
- Audiometria vocal

Objetivos (não necessitam da participação do paciente, pois é eletroacústico)


- Imitanciometria (timpanometria e pesquisa dos reflexos estapedianos)
- EOA
- PEATE ou BERA

Audiometria tonal
- Teste padrão-ouro na determinação de grau, tipo e configuração das perdas auditivas. - Espaço entre via óssea e via área: GAP
- Pesquisa do limiar auditivo
- Auxiliar na localização da lesão (consegue ver se a perda é na orelha externa/média ou - Exemplos de perda condutiva: otites médias, otosclerose (fixação do estribo na janela oval
interna) decorrente de foco otosclerótico)
- A audiometria determina, para cada frequência sonora audível, a menor intensidade detectável
em via aérea e via óssea. - Exemplos de perda neurossensorial: presbiacusia, PAIR, doença de Meniere.
- São testadas frequências que vão de 250 a 8.000 Hz, e as intensidades são medidas em
decibéis (dB). B) Quanto ao grau da perda auditiva:
- Os limiares auditivos tonais podem ser obtidos desde os seis meses de idade. - 25 dB: não significativo
- Para indivíduos expostos ao ruído ocupacional, deve-se respeitar repouso auditivo de pelo - 26-40 dB: leve
menos 14 horas antes do exame. - 41-70 dB: moderado
- 71-90 dB: severo
Audiometria por via aérea - + de 91 dB: profundo
- O fone é colocado no canal auditivo e o som percorre, na sequência, conduto auditivo,
membrana timpânica, cadeia ossicular, cóclea, nervo auditivo. C) Configaração

Audiometria por via óssea


- O diapasão é colocado junto ao osso temporal, e a vibração sonora é transmitida diretamente
à cóclea e, em seguida, ao nervo auditivo. Sem uso do complexo tímpano-ossicular.

Audiograma e Simbologia
· Audiometria tonal limiar ~> determina os limiares auditivos comparando os valores obtidos com
os padrões de normalidade, usando como referência o tom puro

· Audiômetro -> da pra selecionar a frequência, intensidade, via aérea, via óssea e setor de
orelha (D e E)

· Audiograma ~> é construído como uma grade, com as frequências em Hertz (Hz) e o nível de
audição (NA) em decibel (dB)
D) Lateralidade
- Bilateral
- Unilateral
- Simétricas
---* ---* '
---*
- Assimétricas
A
Grau: pegar 3 potências e
dividir por 3 -> vai gerar o
valor da perda auditiva Audiometria Tonal Normal
BC FG(FG(H&4 )G)
D E I J FF FK

F F
1L
:9!0"
$'7'

· Simbologia ~> específica para poder diferenciar:


A) orelha direita da orelha esquerda
B) condução aérea de condução óssea
C) limiares mascarados de limiares não mascarados
D) presença de reposta e ausência de resposta - Todos os limiares menores que 25 dB
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Audiologia basica
?

@
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Audiologia basica
?

Otosclerose
Audiometria Vocal
- Doença hereditária que provoca um crescimento ósseo em torno do ouvido médio, impedindo-
o de vibrar quando estimulado pelo som; - É chamado também de Logoaudiometria
- Causa fibrose ao redor da platina do estribo (borda antifenestra da platina do estribo), - O examinador pronuncia palavras padronizadas em intensidades predeterminadas de
alterando a vibração da cadeia ossicular e provocando, então, uma perda auditiva condutiva; acordo com a audiometria tonal e solicita ao paciente que as repita.
- Otoscopia normal; - Função de confirmar o limiar audiométrico por via aérea e determinar a capacidade de
- É uma doença comum em mulheres de meia idade, afrodescendentes; discriminação da fala.
- Composta por: limiar de reconhecimento de fala (LRF), limiar de detecção de voz (LDV) e
Diagnóstico o índice percentual de reconhecimento da fala (IPRF).
- É realizado com audiometria e TC para confirmar a esclerose;
- Curva AR na timpanometria; Limiar de reconhecimento da fala (L RF ou SRT):
- Valor mínimo de intensidade de bissílabos em que o indivíduo examinado consegue repetir
Quadro clínico: com 50% de acertos. O valor normal é de até 20 dB;
- Perda auditiva essencialmente condutiva ou mista, afetando jovens, de caráter progressivo;
- Pico máximo entre 30 e 45 anos; Limiar de detecção de fala (LDFouSDT):
- Uni ou bilateral; - Mede a menor intensidade com qual o paciente consegue detectar a presença de fala.
- História familiar em cerca de 60% dos casos; - É realizado quando o paciente não consegue ou não quer repetir as palavras de SRT.
- Tinnitus;
- Sintomas vestibulares (curta duração e posicional); Índice percentual de reconhecimento da fala (IPRF) ou índice percentual de discriminação:
- Início precoce (<20anos) -> evolução rápida; - É o percentual máximo de reconhecimento correto de monossílabos apresentados na
- Início tardio -> evolução lenta. intensidade de máximo conforto auditivo para o indivíduo examinado.
- O valor normal deve ser entre 92 e 100% de acertos.
Tratamento - IPRF alterado: perda neurossensorial maior/ patologias retrococleares (nervo auditivo,
- Clínico: bifosfonados tronco encefálico)
- Cirúrgico: estapedotomia

Impedanciometria
- A impedância acústica representa a oposição total que o sistema tímpano-ossicular
oferece ao fluxo de energia sonora, e a admitância acústica expressa a facilitação com que a
energia flui através do sistema.

- Timpanometria
- Pesquisa dos reflexos acústicos estapedianos

Feito através do Imitanciometro


Perda auditiva induzida por ruído – PAIR
Avalia a complacência da MT e do sistema timpano-ossicular
- Perda auditiva induzida por ruido
- São perdas auditivas neurossensoriais (cóclea) irreversíveis;
- São bilaterais e simétricas; Timpanometria
- Atingem preferencialmente as frequências altas (3, 4, 6 KHz) – fenômeno da gota
acústica (Curva configuração V).
- Mobilidade da membrana, funcionamento do ouvido médio
- Verifica a variação da complacência decorrente da mudança de pressão no conduto
auditivo externo

Presbiacusia
- Paciente idoso, acima de 60 anos
- Perdas auditivas neurossensoriais
- Perda nas frequências agudas
- Curva com configuração descendente

Classificação de Jerger:
Doença de ménière - Tipo A: ouvidos normais ou disacusia neurossensorial
- Tipo AS/AR: decréscimo da complascência – fixação ossicular; membrana espessada;
- Perdas auditivas neurossensoriais timpanoesclerose.
- Geralmente apenas em uma orelha - Tipo AD: complascência muito aumentada – membrana timpânica flácida; interrupção
- Perda em frequências elevadas cadeia ossicular.
- Curva em configuração ascendente. - Tipo B: curva achatada, complascência reduzida – efusão ouvido médio; perfuração na
membrana; cerúmen.
- Tipo C: membrana intacta, pressão negativa no ouvido médio - obstrução da trompa de
Eustáquio.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Audiologia basica
?

Reflexo Acústico Estapediano


- Estímulo provocado pelo som intenso – contração reflexa do músculo estapédico.
- Estímulo unilateral = contração bilateral;
- Altera a rigidez da cadeia ossicular;
- Produzida pelo estímulo entre 70 a 100 dB tom puro;
- Reflexo que vai pelo VIII e volta pelo VII par de NC;
- A presença de reflexos é esperada em todos os casos de audição normal e sem patologias da
orelha média.

Via aferente
- Orelha no qual é dado o estímulo sonoro

Via eferente
- A orelha a qual a contração muscular é captada pela sonda do equipamento

Via do reflexo ipsilateral


- O som é dado na orelha, segue pela cóclea, segue pelo nervo coclear (ramo do
vestibulococlear), segue para os núcleos cocleares, chega no plexo olivar superior e ao núcleo
motor do facial (que inerva o músculo estapédio) que desencadeia a contração do músculo
estapédio

Via do reflexo contralateral


- Estímulo dado na orelha direita, segue pela cóclea, segue pelo nervo coclear, segue pelo núcleo
coclear e cruza a linha média e segue pelo complexo olivar superior e núcleo motor do facial e
causa a contração do músculo estapédio do outro lado

Ausência do reflexo
1- Lesão da aferência (PNS severa/profunda)
2- Lesão da eferencia (VII) ou patologia da OM
3- Lesão de tronco (presença ipsilateral e ausência contralateral) - cruza do tronco
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Audiologia basica
?

Caso clinico 1

- Idoso de 77 anos trazido pelos filhos com história de zumbido bilateral, dificuldade de
compreensão da fala, embotamento afetivo e uso da televisão em volume muito alto em casa.

✓ Média tritonal = (30 + 30 + 35) / 3 = 31,66 → perda leve;

a) Considerando a imitanciometria tipo A bilateral e a otoscopia normal, qual o diagnóstico


audiológico e médico? Qual a possibilidade de tratamento você imagina possível?
- Diagnostico audiológico:n Perda auditiva neurossensorial bilateral leve, por isso que ele escuta e
tem dificuldade em entender, não há surdez.
- Diagnóstico médico: Presbiacusia
- O tratamento é feito com aparelho auditivo, e pode haver encaminhamento para psiquiatria
devido ao embotamento afetivo.

B) Se na otoscopia o idoso estivesse com cera bilateral e dificuldade de ouvir, qual a conduta?
- Remoção do cerúmen e solicitação de exames audiológicos.

Caso clinico 2
- Larissa é uma criança de 3 anos de idade, sem doenças prévias crônicas, e vem ao
consultório com a mãe que diz que a filha troca as letras quando fala. Ronca alto à noite, e tem
um sono incomodado. No exame físico, você percebe amígdalas grau III, com discreta rinorreia
mucoide posterior. O teste da orelhinha era normal ao nascimento. A otoscopia que você fez e
os exames médicos audiométricos trazidos pela mãe são os seguintes:

M-='9'4-! 1-4=N,-.! ;

O%2<!" &'
;

M-='9 7!".02!9-3!P/% 'Q0"/%


;
R'&0P/% &' 19!,"=!9S,.-!
1-4=N,-.!
;

?T!02!4',1% &! 8+

U1-1' .%4 'Q0"/%

A) Qual o diagnóstico audiológico?


- Perda condutiva bilateral de grau moderado.
- Condutiva porque a via óssea está normal e a via aérea rebaixada, e moderado porque a
média tritonal = (40 + 45 + 45) / 3 = 43,33.

B) Qual o diagnóstico médico otorrinolaringológico?


- Otite média por efusão ou otite média serosa.

C) Quais as causas para essa doença?


- Presença de adenoide, histórico familiar de otite média por efusão, sexo feminino, crianças
abaixo de 4 anos de idade em creches, doença do refluxo gastroesofáfigo, instabilidade da tuba
auditiva, fendas palatinas e malformação craniofacial.
- Principal suspeita para essa criança é obstrução das tubas auditivas devido às adenoides
(ronca alto, sono incomodado, tonsila hipertrófica grau III).

D) Qual a possibilidade de tratamento você imagina possível?


- Timpanotomia para colocar tubo de ventilação para drenagem da secreção, e remoção
das adenoides.
Lorena Loureiro
Triagem Auditiva Neonatal @Sinapsesdalore

Classificação
Teste da orelhinha ~> criança deve estar quieta/calma, dormindo
- Classificação da perda auditiva até os 7 anos

- Média tritonal (500 - 1000 - 2000 Hz) Locais:


- Maternidade (24-48h) antes da alta
- 0-15 dB: normal - Ambulatorial (até 1 mês de vida)
- 16-25 dB: discreta
- 26-30 dB: leve
- 31-50 dB: moderada - 51-70 dB: severa Profissionais
- +71 dB: profunda - Fonoaudiólogos
- Médicos

Fallha no TANU
Acumetria - Refazer em até no máximo 30 dias

- Teste de Weber ?21'9!PV'" .%,&01-7! 4'0 9%""',"%9-!2 Tratamento de surdez infantil


- Teste de Rinne - Tratar causa de base
- Testar aparelhos de amplificação sonora individual (AASI) e fonoterapia
Fatores de risco para surdez em RN - Educação especial

- Preocupação dos pais com o desenvolvimento Persistência na alteração:


- Histórico Familiar - Encaminhar para o serviço de saúde auditiva para diagnóstico confirmatório - EOA +
- Permanência na UTI por mais de 5 dias, ou ocorrência de (ventilação extracorpórea, ventilação PEATE + imitanciometria + comportamental + ORL, fazendo intervenção com AASI, IC ou
assistida, exposição a drogas ototóxicas, hiperbilirrubinemia, anóxia perinatal grave, Apgar 0-4 no libras
min 1/ 0-6 no min 5, peso < 1.500g), independe do tempo em UTI
- Icterícia neonatal
- Infecções congênitas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, herpes, HIV)
- Síndromes genéticas
- Distúrbios neurodegenerativos
- Infecção pós natal
- Traumatismo craniano
- Quimioterapia
- Consanguinidade

Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU)


- Deve ser realizado em todos os recém nascidos para a identificação daqueles com grande
possibilidades de terem deficiência auditiva

Importancia:
- Tratamento precoce
- De preferencia até 3 meses

Técnicas:
EOA (Exame de otoemissão da cóclea)
- Vibração das células ciliadas externas do órgão de Corti (amplificador coclear)

EOA evocadas (por estímulo sonoro): Transientes ou por produtos de distorção

Emissões otoacústicas evocadas


- Reprodutividade maior ou igual a 75% e relação sinal/ruído maior ou igual a 6

Podem estar ausentes:


- Alterações de OM (otite média, líquido amniótico em neonatos
- Alterações de OE (rolha de cerume, vérnix em neonatos)
- Limiar maior que 20 dB

PEAT (Potencial Evocado Auditivo de Tronco encefálico)


- Registram a despolarização de todo o trajeto nervoso, desde o nervo acústico até as vias
centrais;
- Neonatos com fatores de risco para deficiência auditiva;
- Não invasivo;
- Perda auditiva com distúrbio da comunicação.
- Ondas no nervo coclear e no tronco encefálico
- Diagnóstico de surdez infantil
Lorena Loureiro
Triagem Auditiva Neonatal @Sinapsesdalore

Caso clinico

- Criança com 30 dias de nascimento comparece na 1a consulta com médico da ESF:

a) A criança possui fatores de risco para perda auditiva? Se sim, quais?


- Sim, criança abaixo de 1,5kb, prematuridade, passagem pelo CTI, ventilação mecânica
(possibilidade), alteração no teste.

b) Concorda com a conduta da triagem auditiva? Se não, o que faria de diferente?


- Não, como a criança tem fatores de risco, seria necessário fazer o PEATE e repeti-lo em 1
mês, ao invés de EO.

Obs: o ideal é fazer o diagnóstico até 3 meses de idade, e até 6 meses estabelecer a intervenção (tratamento).

A criança, por morar no interior do Amazonas, não conseguiu fazer nenhum seguimento.
Aparece aos três anos, sem fala inteligível, com a avó que busca saber o que pode ser feito
para este caso do neto.

a) Qual o diagnóstico?
- Perda auditiva neurossensorial profunda bilateral.

b) O que você diria para esta avó quanto à fala da criança?


- O desenvolvimento da linguagem oral depende da audição. Ele não fala porque ele não escuta.

c) Qual a possibilidade de tratamento você imagina possível?


- Implante coclear, fonoterapia, acompanhamento psicológico e social, desenvolvimento de
linguagem não verbal (libras).
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Transtorno do VIII Par
Doenças da orelha interna
Introdução - Transtornos ósseos:
L Otoesclerose
L Doença de Paget
- Lembrar que na orelha interna ocorre a transdução de energia L Osteossíntese imperfeita
mecânica em energia elétrica. L Acromegalia.
- Qualquer alteração nesse trajeto causa perda auditiva
neurossensorial. - Neoplasias:
- As doenças da cóclea e do nervo são tratáveis com aparelho, L Schwanoma vestibular
porém são irreversíveis. L Meningioma.
Vertigem: qualquer ilusão de movimento corporal, geralmente - Etiologia desconhecida:
rotatório podendo ser espontânea ou desencadeada por algo. L Presbiacusia
L Doença de Menière
Tontura: percepção errônea de alteração do equilíbrio corpóreo sem L Surdez súbita.
ilusão de movimento
Tratamento:
Etiologia
- Programa multiprofissional;
- Transtorno no desenvolvimento, hereditárias, sindrômicas e não
sindrômicas: - AASI (aparelho de amplificação sonoraindividual):
L Síndrome de Alport L Dispositivos eletrônicos que captam os sons ambientes e
L Síndrome de Usher os amplificam de maneira que aumentam o sinal sonoro,
L Síndrome do Arqueduto Vestibular Alargado permitindo sua percepção pelo usuário;
L Síndrome de Pendred
L Síndrome de Treacher-Collins (malformação craniofacial)
L Síndrome de Stickler.

- Infecciosos:
L Otite média labirintizada - IOM (implantes de orelha média):
L Sífilis L Amplificam o sinal sonoro e mantém o CAE livre;
L CMV (citomegalovírus) L Inseridos cirurgicamente, podem ser totalmente ou
L Parotidite epidêmica (caxumba). parcialmente implantáveis: Vibrant soundbridge, Carina, Esteem;
L Perdas neurossensoriais de grau moderado a severo
- Toxicidade farmacológica:
L Aminoglicosídeos (gentamicina, vancomicina) - IC (implante coclear):
L Diuréticos L As ondas sonoras são captadas e convertidas em um
L Salicilatos sinal elétrico, transmitido á cóclea por um feixe de eletrodos;
L Antimaláricos L São transmitidos ao nervo auditivo e interpretados como
L Cisplatina som;
L Porção externa: microfone, e porção interna: eletrodos
- Trauma: estimulam diretamente a cóclea;
L Traumatismo encefálico L Indicações: perda auditiva neurossensorial severa ou
L Induzido por ruído profunda bilateral
L Barotrauma e irradiação. * Se não houver código linguístico bem estabelecido, não
há indicação, por exemplo: criança com 5 anos de idade e que
- Doenças de origem neurológica: nasceu com surdez não deve usar.
L Esclerose múltipla. ** Ideal é realizar o implante coclear até 2 anos
L Resultado ≤ 50% de reconhecimento de sentenças em
- Doenças vasculares e hematológicas: formato aberto com uso de AASI em ambas as orelhas.
L Enxaqueca
L Crioglobulinemia
L Anemia falciforme
L Discrasias sanguíneas.

- Distúrbios imunes: - Terapia medicamentosa;


L Poliarteritenodosa
L HIV.
- Terapias genéticas e de células tronco.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Transtorno do VIII Par
Doenças da orelha interna
Prevenção Exames Vestibulares:
- Vacinas: H.influenzae e S. pneumoniae (meningite é uma causa de No exame ORL:
perda auditiva);
- Protetores auriculares (EPIs) em atividades de alto risco para PAIR 1. Motricidade ocular:
L Trabalho com metal, equipamentos elétricos, caça, motores de - III (oculomotor)
combustão, motores de POPA, e serras elétricas. - IV (troclear)
- VI (abducente)
Fisiología do equilibrio Avaliação de nistagmo
- Nistagmo de vertigem central é espontâneo e não obedece a um padrão.
- Transformar as forças de aceleração e da gravidade em um sinal - Nistagmo de vertigem periférica é provocado (através de manobras) e
biológico (feito no labirinto posterior) ocorre dentro de alguns padrões;
- Informar aos centros nervosas sobre a velocidade e posição no
espaço
2. Sensibilidade da face:
- Iniciar alguns reflexos necessários para a estabilização do olhar, da
- V (trigêmio);
cabeça e do corpo.
- Informações sensórias:
3. Motricidade da face:
L Sistema vestibular
L Sistema visual – percepção espacial W0!2W0'9 !21'9!P/% - VII (facial);
=%&' =9%7%.!9
L Sistema proprioceptivo &'"'W0-2>T9-% 4. Audiometria.

Exame do equilíbrio:

1. Estático:
- Teste de Romberg;

2. Dinâmico:
- Teste de Unterberger;
- As células despolarizam conforme movimento de aceleração
- O movimento da cabeça faz com que a otoconia (na região da 3. Coordenação:
- Testes: index-index, index-nariz, index-joelho;
ampola) se movimente, esticando os estereocilios → influxo de sódio
e efluxo de potássio → despolarização do VIII par; 4. Eletronistagmografia
- Ocorre pelo VIII par com interação cerebelar e também relação
com equilíbrio com movimentação dos olhos, vestíbulo cerebelar e 5. Provas calóricas;
fascículo longitudinal medial (responsáveis pelo trato do equilíbrio)
- O equilíbrio tem 2 principais reflexos: 6. Provas metabólicas.
L Reflexo Vestíbulo Ocular (RVO) – reflexo de estabilização do
olhar; quando caminhamos, conseguimos ler informações, o olho fica
estabilizado (não treme) – esse reflexo é realizado pelo labirinto, que Vestibulopatias
mantém essa estabilidade ocular
L Reflexo Vestíbulo Espinhal (RVE) - o ato de ficar em pé e - O sistema de equilíbrio utiliza os estímulos sensoriais e as
movimentar-se é percebido pela cabeça, sistema vestibular e respostas motoras inatas e adquiridas;
cerebelo; estabiliza a coluna e o cordão cervical; - Há um equilíbrio entre as respostas labirínticas. Deste modo,
as assimetrias serão sempre sentidas como transtorno do
Tríade do equilibrio: (propriocepção) + OLHO + LABIRINTO + CEREBELO equilíbrio;
- A compensação central exerce papel importante de modo que
- Canais semicirculares (anterior, lateral e posterior): são responsáveis a supressão labiríntica, mesmo que terapêutica, pode retardar a
pela interpretação da posição da cabeça (eles que despolarizam e melhora (o paciente deve fazer uso de medicamento, mas esse
mandam a informação ao cérebro). Dentro do vestíbulo, existe o deve ser suspenso após um tempo, pois é necessário que o
utrículo e o sáculo, que são perpendiculares; o utrículo dá informação cérebro aja de maneira a compensar).
sobre o deslocamento no plano horizontal (para frente e para trás) e - A anamnese e o exame clínico devem estabelecer a hierarquia
o sáculo dá informação sobre o deslocamento vertical (subir e dos diagnósticos das possíveis localizações das lesões e, em
descer). seguida, confirmadas pelas imagens; exame físico e testes
auxiliares;
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Transtorno do VIII Par
Doenças da orelha interna
Vertigem: - Teoria da cupololitíase: otólitos se aderem à cúpula e à tornam
L Origem periférica–labirinto; mais pesada que a endolinfa, tornando-a sensível a gravidade, o
L Origem central – vias aferentes, nervo vestibular, cerebelo, estímulo provocado pela alteração na cúpula causa contração dos
tálamo, córtex vestibular, vias aferentes, visão, propriocepção e músculos oculares extrínsecos (nistagmo)
sistema motor
Manobras de posicionamento que auxiliam no diagnóstico
VERTIGEM - Manobra de Dix-Hallpike: testa os canais verticais posterior e
anterior. A duração do nistagmo indica a forma da VPPB -> até
60 segundos é canalolitíase e maior que 60 segundos é
Anamnese cupulolitíase.
Exame clinico
Testes labirínticos

Sinais Sinais
otológicos neurológicos

Orelha media Orelha interna Central Periférico

Tomografia ; RNM
- Manobra de girar a cabeça: testa os canais horizontais.
O objetivo do médico generalista é identificar e diferenciar os
comprometimentos centrais (SNC) e periféricos (labirinto) Tratamento:
* Manobras liberatorias e/ou de reposicionamento que dependem
do canal acometido e do subtipo de VPPB.
Duração da vertigem (sensação de rotação)
- Segundos: 1. Manobra de eplay
L Vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) – relacionada - O tratamento é feito pela manobra de Epley, que visa o
com o movimento da cabeça; reposicionamento dos otólitos:
- Minutos a hora: - A partir da última posição da manobra de Dix-Hillpike, vira-se
L Hidropsia endolinfática idiopática (doença de Menière) a cabeça do paciente para o lado contralateral (mantendo
L Hidropsia endolinfática secundária (sd. De Menière); angulação de 30º) por cerca de 30 a 60 segundos.
- Dias a semanas: - O paciente vira-se para decúbito lateral, mantendo a rotação
L Neurite vestibular; da cabeça, e permanece nesta posição por 30 a 60 segundos.
- Duração variável: - O paciente é levantado e mantido sentado na maca, ainda com
L Vestibulopatias metabólicas e hormonais a rotação da cabeça em 30o para a esquerda, por mais 30 a
L Físitula de orelha interna 60 segundos.
L Trauma e outras.

Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB)


- 75% dos casos de vertigem
- É caracterizada pelo aparecimento de vertigem rotatória com
duração de segundos, desencadeada pela movimentação da cabeça,
principalmente na hiperextensão cervical e lateralização.
- Crises transitórias bruscas;
- Associado a nistagmo posicional paroxístico;
- Ocorre principalmente em idosos (aumenta risco de queda)

Etiopatogenia
- Teoria da canalolitíase: otocônicas se desprendem da mácula do
utrículo, flutuam em um canal semicircular e desviam a cúpula
ampular, causando excitação ou inibição, o que causa a vertigem
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Transtorno do VIII Par
Doenças da orelha interna
2. Manobra de Lempert Diagnostico clinico
- Nos casos de presença de debris nos CSC laterais, a manobra - Doença de Menière definida:
terapêutica utilizada é denominada de Lempert, onde o paciente L Síndrome de vertigem episódica associada à perda auditiva
deita-se em decúbito dorsal com a orelha afetada para baixo. Em neurossensorial de baixa a média frequência
seguida, realiza-se a seguinte seqüência: girar a cabeça de modo que L Sintomas auditivos flutuantes (ouvido, zumbido e/ou
o nariz permaneça para cima, orelha intacta para baixo, nariz para plenitude) na orelha afetada.
baixo e por último a orelha afetada para baixo novamente. Cada L Episódio de vertigem é limitado de 20 min á 12 horas
posição deve ser mantida por 15 segundos consecutivos.
- Doença de Menière provável:
L Sintomas vestibulares episódicos (vertigem ou tontura)
associados a sintomas flutuantes de aural que ocorrem num
período de 20 minutos a 24 horas.

Tratamento

1. Medicamentoso:
- Crise
L Internação
L Uso de depressivos vestibulares;

- Manutenção
3. Manobra de Brandt-Daroff
L 1ª linha – baixa ingesta de sal (< 1500 mg/dia) e terapia
- Deve ser realizada repetidas vezes, por dias consecutivos, até a
com betaestatina/diuréticos;
melhora do quadro de vertigem
L 2ª linha – terapia de ablação química;
L 3ª linha – descompressão do saco endolinfático;
L 4ª linha – secção do nervo vestibular;
L 5ª linha – labirintectomia.

4. Manobra de Semont
- Tratamento da VPPB de canal posterior

Neurite Vestibular
- Vertigem severa de início súbito.
- Perda vestibular unilateral

Etiologia:
Doença de Menière - Vírus Herpes simples (tipo I)
- Borrelia burgdorferi
- É uma alteração da orelha interna caracterizada por dois grupos - Herpes zoster;
de sintomas: os sintomas vestibulares e sintomas auditivos. - Inflamação do ramo vestibular superior.
- 25% dos casos de vertigem
Quadro clinico:
Fisiopatologia: - Sintomas típicos: crise aguda de vertigem intensa,
- Hidropsia endolinfática principalmente ao acordar, piora com movimentos da cabeça.
- Pode ter sudorese, palidez, náuseas e vômitos
Quadro clinico - NÃO HÁ SINTOMAS AUDITIVOS
- Hipoacusia flutuante; - Os sintomas costumam durar dias ininterruptos com melhora
- Vertigem recorrente; lenta e gradual
- Zumbidos (tinitus)
– “Pressão no ouvido” geralmente unilateral.
- Perda auditiva neurossensorial
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore
Transtorno do VIII Par
Doenças da orelha interna
Diagnóstico:
- Clínico;
- Eletroneuromiografia–hiporreflexia ou arreflexia.

Tratamento:
- Antieméticos e sedativos;
- Labirínticos;
- Corticoides;
- Deambulação precoce.

Neurinoma acústico
- Tumor angulo pontocerebelar
- PERDA AUDITIVA NEUROSENSORIAL UNILATERAL progressiva
tem que fazer ressonância de base de crânio e orelha interna.

Outros:
Cinetose:
- Alteração no reflexo vestibulo ocular
– Incoordenação entre o que se vê e o que o labirinto registra;
- Familiar
- Tratamento: reabilitação -> exercícios para diminuir a sensibilidade
do labirinto

Metabólicas:
- Transtornos dos carboidratos;
- Transtornos dos distúrbios hidroeletrolíticos.

Hormonais:
- Tireoide.

Infecciosas.
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Y'09-1'
*

CASO 1
CASO CLÍNICO
Um paciente do sexo masculino, 42 anos, branco, vem ao consultório devido a tontura
intensa com duração de cinco dias. O paciente apresenta história de hipertensão arterial,
diabetes e dislipidemia. Ele relata que passa por episódios nos quais sente o ambiente girar
e sua duração varia entre minutos e poucas horas. Ele afirma que ocorrem náuseas e
sudorese associadas. Não há piora ou alívio com mudanças de posição da cabeça. Relata
também ter apresentado infecção de vias respiratórias altas recentemente. O paciente
utiliza as seguintes medicações: captopril, sinvastatina, ácido acetilsalicílico e metformina.
O exame físico evidencia nistagmo horizontal com componente rápido à esquerda e mais
intenso ao olhar para esse lado, além de perda auditiva à direita. Os sinais vitais verificados
em decúbito são pressão arterial de 130/90 mmHg e 70 pulsos. Após 2 minutos de
ortostatismo, a pressão arterial é de 130/85 mmHg e a frequência cardíaca é de 90 bpm.

Qual o diagnóstico ?
Neurite Vestibular secundária à infecção viral de vias respiratórias.

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Cite 3 diagnósticos diferenciais.
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1. Doença de Meniére I K
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2. AVE I ^%9 ,/% 1'9


3. Neurite vestibular
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Como você trataria este caso no PS?
1. Corticoides orais: prednisona ou prednisolona: 1 mg/Kg, via oral, de 24 em
24 horas, por 5 dias. Seguido de redução gradativa da dose por mais 15 dias.
2. Sedativos labirínticos ou antieméticos como o Dimenidrinato + Piridoxina,
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50 mg, via oral, de 6/6 horas por 3 a 5 dias.
3. Encaminhamento para Reabilitação Vestibular: exercícios de reabilitação
vestibular devem ser iniciados quando o estágio agudo com náuseas e
vômitos tiver acabado.

CASO 2
Estudante, 17 anos, vindo do Interior do Estado do Amazonas, 4 dias de evolução
de hipoacusia esquerda aguda ao despertar pela manhã, com vertigem subjetiva
intensa e; sem zumbido. Sem comorbidades Otoscopia: normal
;
RNM normais
/Laboratório normal.

Qual o diagnóstico ? ;

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Doença de Meniére: Provável
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Cite 3 diagnósticos diferenciais.
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1. Shwanoma
C2. Fístula perilinfática
3. VPPB
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Como você trataria este caso no PS?


1. Controle dietético: restringir sódio, chocolate, açúcares, cafeína e álcool;
2. Betaistina (vasodilatador), 24 mg, via oral, de 12 em 12 horas após as
refeições.
3. Depressores labirínticos nas crises: Dimenidrinato + piridoxina, 50 mg,
endovenosa, de 6/6 horas. ,%
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I
CASO 3
X'91-L'4 g 1%,109!
Uma diretora de comunicação de 28 anos de idade se apresentou ao seu médico de h
família com um histórico de dois meses de tonturas, quase sempre ao levantar da
cama. A vertigem se dava quase todos os dias, mas cada episódio não durava mais Q2010!
do que um minuto. • A paciente negava febre, calafrios ou náuseas, bem como
perda auditiva, dor de ouvido ou tinnitus. Era previamente saudável, sem histórico
de cirurgia, trauma ou alergias. • Ao exame físico demonstrou ser uma mulher alerta
e bem nutrida, com sinais vitais normais. Nada foi notado no exame da cabeça e
pescoço, e o exame neurológico motor e sensitivo estava normal. No entanto,
durante a manobra de Dix-Hallpike, a paciente apresentou nistagmo rotatório que
batia para cima com a orelha direita voltada para baixo, assim como náuseas e
tonturas leves. Os sintomas diminuíram quando a paciente se sentou na posição
vertical. • A paciente foi por fim diagnosticada com vertigem posicional paroxística
benigna (VPPB).

Qual das seguintes afirmações sobre a epidemiologia e o fardo para a saúde da


VPPB é verdadeira?

a) Menos de 1% das pessoas com uma queixa primária de vertigem são


diagnosticadas com VPPB.
b) Em comparação com as mulheres, os homens são mais frequentemente afetados
pela VPPB.
c) A causa mais comum de VPPB é a enxaqueca.
d) A VPPB de canal posterior é mais comum do que a VPPB de canal lateral/
horizontal.
e) A maioria dos pacientes com VPPB se recupera espontaneamente dentro de um
mês.

CASO 4
Um carteiro de 43 anos de idade visitou uma clínica de atenção primária com queixa
de tontura intermitente e instabilidade postural durante o mês anterior. Ele relatou
que às vezes a tontura acontecia quando ele saía da van para entregar as
correspondências e outras vezes enquanto estava separando cartas no escritório.
Excetuando esta descrição, ele foi incapaz de determinar com precisão o que
desencadeava o sintoma. Ele descreveu a tontura como intensa, embora
geralmente durasse apenas alguns segundos. No entanto, a sensação de
desequilíbrio frequentemente persistia por vários minutos ou mais. • O paciente
negou outros sintomas otológicos ou neurológicos, como perda de audição ou de
visão, cefaleia ou fraqueza facial. Fazia uso de uma única medicação para
hipertensão, mas não apresentava outros problemas médicos. Relatou não ter
alergias ou histórico de cirurgia. Também informou que jogava basquete e flagbol
com os amigos regularmente. • Ao exame físico, demonstrou estar aparentemente
bem, sem distúrbios, e com sinais vitais normais. Não foi notado nada no exame
geral, além do teste de Dix-Hallpike positivo ao virar a cabeça para a esquerda. O
médico estava avaliando o que mais seria necessário para diagnosticar a VPPB.

Qual das seguintes afirmações sobre o diagnóstico da VPPB é verdadeira??

a) Um teste positivo de Dix-Hallpike é caracterizado por vertigem associada ao

+C
nistagmo torsional que bate para baixo
b) Não existe latência entre a conclusão da manobra de Dix-Hallpike e o
aparecimento de vertigem e nistagmo na VPPB de canal posterior
c) O teste de rotação da cabeça em supino é a técnica preferida para o diagnóstico
da VPPB de canal lateral
d) A RM cerebral ou dos canais auditivos internos é rotineiramente indicada para o
diagnóstico de VPPB
e) A videonistagmografia é necessária para o diagnóstico da VPPB
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Paralisia facial periferica


; ?8i

Conceito Causas bacteriana:


- Otite média aguda, otite externa necrotizante, otite média
suprida, Doença de Lyme, Hanseniase, Otite média tuberculosa.
- A Paralisia Facial Periférica (PFP) é uma afecção clínica decorrente
de uma lesão do nervo facial em seu trajeto a partir do tronco
encefálico até chegar à musculatura da mímica facial. Causas traumáticas (30% dos casos):
- Pode causar uma deformidade facial, em maior ou menor grau. - Fraturas do osso temporal e da mandíbula, lesões por arma de
fogo ou arma branca e iatrogênicas) ou por calor (queimaduras)
Nervo facial ou radiação nuclear.
- Traumatismos cranioencefálicos decorrentes, de acidentes
automobilísticos, agressão física ou quedas podem determinar
- É o sétimo nervo craniano lesões do nervo facial intratemporal, por contusão ou secção
- Responsável pela atividade motora dos músculos da mímica facial, parcial ou total.
pela estimulação das glândulas lacrimais e salivares (sublingual e
submandibular), e pela gustação dos 2/3 anteriores da língua. Causas Vasculares:
- Inflamação dos vasos que nutrem o nervo facial.
- Granulomatose de Wegener (vasculite necrotizante),
poliarterite nodosa, crise hipertensiva arterial.

Causas metabólicas
- Diabetes melito (desmelienização e degeneração das células de
Schwann), hipotireoidismo (mixedema), gestação (edema).

Causas neurológicas:
- Síndrome de Guillain-Barré (principal causa de paralisia facial
bilateral), miastenia gravis e esclerose múltipla.
Fisiopatologia
Causas neoplasicas:
- Na maioria das PFP ocorre uma lesão no trajeto intratemporal do - Tumor de nervo facial: Schwannoma, lento e progressivo.
nervo facial, durante o processo inflamatório ou traumático, - O nervo facial pode ser afetado por infiltração de tumores
apresentando edema, o que determina um bloqueio na transmissão malignos como: carcinomas das orelhas externa e média;
elétrica neural e a paralisia das fibras musculares. tumores malignos de parótida (carcinoma adenoide cístico,
- Se a agressão ao nervo for maior, o edema torna-se mais intenso, carcinoma indiferenciado, tumor mucoepidermoide); linfomas,
e o fluxo sanguíneo vascular reduz, levando a uma síndrome rabdomiossarcomas, leucemias agudas; metástases de tumores
compartimental, devido a isquemia. de pulmão, mama, próstata, entre outros.
- Quanto maior e por mais tempo for a agressão neural, mais fibras - Tumores benignos afetam o nervo tardiamente quando há
axonais sofrerão danos, consequentemente menor a possibilidade de comprometimento da vascularização.
regeneração e maior a possibilidade de sequelas.

Síndrome de Ramsay Hunt


Etiologia
- Causada pelo varicela zóster (VVZ)
- Paralisia de Bell (50% a 80%), diagnóstico por exclusão. - Corresponde a PFP e lesões cutâneas (vesículas e bolhas na
- Em seguida aparece a causa traumática e, depois, tumores ou concha auricular), podendo ainda estar associada a zumbido e
outras causas infecciosas. vertigem.
- Apresenta-se de forma clínica mais grave nos idosos e pode
deixar sequelas faciais em torno de 50% dos casos
Causas congênitas:
- Podem ser isoladas como agenesia de nervo facial ou sindrômicas
quando associada a outras alterações (sequência de Möebius).

Causas infecciosas:
- Viral: Herpes simples tipo I (VHS), varicela zoster, Epstein-Barr,
CMV, vírus da caxumba, sarampo e HIV.
- Família herpes: reativação viral que ocasionara um processo
inflamatório no nervo facial, sendo etiologia da paralisia de Bell.
- SIDA: Causa neurite viral ou reativação de outros agentes
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Paralisia facial periferica


; ?8i

Paralisia de Bell Classificação de House-brackmann

- Caracteriza-se por paralisia da hemiface, aguda, não contagiosa,


isolada ou acompanhada, eventualmente, de dor retroauricular em
hemiface, disgeusia, cefaleia, alteração da sensibilidade da faringe,
redução ou aumento do lacrimejamento e hiperacusia.
- É mais frequente dos 20 a 60 anos.

Quadro clinico

- A paralisia pode aparecer de forma súbita, com evolução em


poucas horas e piorando em alguns dias.
- Em alguns casos a paralisia é de instalação insidiosa e está
frequentemente relacionada a lesões tumorais benignas ou doenças
degenerativas.
- Outros sintomas: sensação de olho seco e irritado devido à adaptação visual por larizini
redução da produção lacrimal e pela incapacidade de oclusão ocular;
redução da gustação; dor retroauricular e algiacusia.
- Podemos ter sintomas auditivos como perda da audição, tonturas
e zumbidos, em casos de tumores de orelha interna e média;
sintomas gerais como perda de peso e fraqueza na leucemia e;
cefaleia, nos casos de tumores cerebrais de ângulo pontocerebelar.

Exame fisco

Determinar se a paralisia é periférica ou central.


- Paralisias centrais: paralisia apenas na parte inferior da hemiface
contralateral à lesão.
- Paralisias periféricas: toda a hemiface homolateral à lesão é
afetada.

Movimentação da musculatura facial na PF P


- No repouso observam-se: abolição das rugas frontais da testa;
rebaixamento da ponta da sobrancelha; olho mais aberto ou pálpebra
inferior caída do lado afetado; nariz desviado em vírgula para o lado
são; abolição do sulco nasolabial; desvio e depressão da comissura
labial; lábio superior e inferior desabados e bochecha flácida pendendo
em saco.
- Em movimento, solicita- se para que o paciente tente elevar as
sobrancelhas, fechar os olhos, sorrir e fazer bico com os labios. Avaliação topográfica
- O diagnóstico topográfico visa identificar o local da lesão no
nervo facial. Essa avaliação baseia-se no resultado de três
exames principais: teste de Schirmer, pesquisa do reflexo
estapediano e avaliação da gustação.

Teste de Schirmer
- Pesquisa do lacrimejamento.
Sinal de Bell - Avalia-se a função das glândulas lacrimais através da colocação
- Examinador pede para o paciente fechar os olhos e, como há uma de papel-filtro posicionada no fórnice conjuntiva inferior
redução na oclusão palpebral, nota-se a rotação do globo ocular para bilateralmente por 5 minutos e mede-se a extensão de papel
cima, ação motora comandada por outros nervos cranianos. úmido.
- Diferenças maiores que 27% entre os olhos apontam disfunção
- Na evolução, pacientes podem apresentar sinais de contratura do nervo petroso superficial maior e, portanto, que o local da
muscular e/ou sincinesias. lesão é proximal ao gânglio geniculado, local de sua emergência.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Paralisia facial periferica


; ?8i

Reflexo estapediano ou do reflexo do músculo estapédio Anastomose do nervo facial


- Na paralisia facial, a presença do reflexo estapediano sinaliza lesão – Realizada quando há perda de substância do nervo facial, na
distal ao ponto de surgimento do nervo do músculo estapédio. fase aguda da paralisia. Pode ser realizada anastomose término-
terminal ou por interposição de enxerto neural.
Avaliação da gustação
- Realizada pela estimulação das duas metades anteriores da língua. Derivação neural
- Indica-se a utilização de cotonetes embebidos em sal (salgado), – Utiliza fibras de outro nervo para anastomose. Na derivação
açúcar (doce), limão (azedo) e café. hipoglosso-facial utilizam-se fibras do nervo hipoglosso. Na
- Em situações em que o paciente não percebe o estímulo gustativo, técnica cross-face ou contralateral, utilizam-se ramos do nervo
admite -se disfunção do nervo corda do tímpano e, por conseguinte, facial da hemiface normal.
lesão do nervo facial proximal à sua emergência.
Diferença entre paralisia facial
Exames complementares
central e periférica
Depende da investigação etiológica
- Audiometria tonal e vocal para função auditiva - As fibras axonais motoras seguem via trato corticonuclear,
- Exame vestibular cruzam a linha média, chegam aos núcleos faciais contralaterais
- Hemograma. no tronco encefálico. De lá, os axônios seguem para toda a
- Eletroneurografia e eletromiografia musculatura da mímica facial da hemiface oposta. Mas existem
- Solorogia fibras neurais oriundas de cada córtex cerebral que não cruzam
- RM na investigação tumoral a linha média do tronco encefálico e vão estimular parte do
núcleo facial responsável pela inervação da porção superior da
Tratamento Farmacológico hemiface homolateral.
- Os músculos dos quadrantes superiores da face têm dupla
inervação cortical, enquanto os quadrantes inferiores têm
Antiinflamatórios inervação apenas do hemisfério cortical contralateral.
– Os corticoides são os mais utilizados na fase aguda da doença, em - Em função dessas características anatômicas, as lesões que
especial a prednisona na dose de 1 mg/kg/dia com redução gradativa ocorrem no córtex cerebral como o AVC determinam paralisia
a cada três dias. apenas do quadrante inferior da hemiface contralateral. Por
outro lado, após o nervo facial emergir do tronco encefálico, as
Drogas antivirais lesões do nervo comprometerão toda a hemiface homolateral ao
– O Aciclovir é recomendado na dose de 200 a 400 mg via oral a lado lesado, resultando a PFP.
cada 4 horas, cinco vezes ao dia, por 7 a 10 dias. - A PFC é decorrente de lesões supranucleares e, resulta na
- Nos casos de Síndrome de Ramsay Hunt a dosagem pode ser imobilidade apenas do terço inferior da face (orbicular da boca,
dobrada. bucinador e platisma), pois, a musculatura dos dois terços
superiores permanece recebendo inervação do córtex ipsilateral.
Antibióticos - Na paralisia facial periférica, como as lesões são nucleares ou
infranucleares, ou seja, dos motoneurônios inferiores do nervo
– Utilizados nos casos de otites agudas ou crônicas.
facial, ocorre imobilidade de toda a hemiface.
Medicamentos oculares
– Colírios à base de metilcelulose e pomadas oftálmicas para
aplicação noturna são utilizados para evitar lesões da córnea.

Toxina botulínica
– Utilizada na fase tardia, de sequela, aplicada do lado normal de
forma a obter simetria na face. Também utilizada nos casos com
contratura muscular e/ou sincinesias no lado da hemiface afetada.

Tratamento cirúrgico

Descompressão do nervo facial


– Aliviar a compressão neural dentro do canal ósseo intratemporal,
de forma a melhorar a circulação sanguínea do nervo e criar
condições para sua regeneração.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Paralisia facial periferica


; ?8i

Caso clinico 1
- Identificação: VCCT, 52 anos, natural e procedente de São Paulo,
sexo feminino
- HPP: nega comorbidades ou uso regular de medicações e cirurgias.
- Alergia medicamentosa: nega
- Hábitos de vida: tabagismo + e etilismo +. Prática atividade física
2x na semana
- QP: otalgia intensa esquerda e ardor local
- Paciente com 3 dias de otalgia esquerda, início súbito. Nega
hipoacusia, nega mergulhos.
- Exame físico: PA: 120x60 mmHg, Tax: 36,5º C, FC: 82 bpm,
ansiosa.
- ORL: palpaçao cervical , oroscopia e rinoscopia.

Fluxograma

Qual hipótese diagnostica? Eletromiografia

- SÍNDROME DE RAMPSAY-HUNT
L Paralisia facial periférica de etiologia Herpética

Qual seria o tratamento prescrito?


- AINE (corticoide)
- Antiviral (acicovlir)
- Colírio (cuidados oftalmológicos)
- Analgesia
- Fisioterapia

O tratamento será ambulatorial ou hospitalar?


- Ambulatorial

A paciente tem indicação cirúrgica?


- Nao

Cité 3 diagnósticos diferenciais:


- AVE
- Tumores na parótida
- OMA

Cite prováveis complicações:


- Neuralgia pós-herpética, persistência da paralisia facial periférica,
pericondrite (se for uma infecção bacteriana)

Como classificar os graus de paralisia facial?


- Grau III
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Epistaxe
Sangramentos nasais
Introdução Classificação
- É uma Emergência
Anterior
- 6% necessita de atenção médica
- Tem baixo risco de Mortalidade < 0,01% - Área de little ou kesselback
- 90% dos casos é anterior (região de kesselback) - 90% dos casos
- Área de little: etmoidal anterior e posterior, esfenopalatina,
labial superior, palatina maior.
- Sangramentos leves, geralmente com resolução espontânea ou
Conceito intervenção simples, sem necessidade de admissão hospitalar

- Epistaxe: sangramento originário da mucosa nasal derivado da Posterior


alteração da hemostasia normal do nariz - Área de woodruff
- Artéria nasal lateral posterior, arteria nasoseptal e
- Hemorragia nasal: é um sangramento através das fossas nasais, esfenopalatina.
que pode se derivar da mesma, dos seios paranasais, da tuba - Sangramentos mais volumosos, de difícil controle, pode
auditiva ou da rinofaringe. ocasionar complicações e morte, geralmente com intervenções
invasivas.

Vascularização da Fossa nasal Epistaxe grave: aquela com 2 origens distintas e


irrigadas por sistemas artérias diferentes,

Causas
Epidemiologia
- Locais: trauma, vascular, irritantes, inflamação, cirurgia,
anatomia, corpo estranho, spray.
- Estima-se que ocorre em 60% das pessoas.
- Apenas 6% necessitam de tratamento médico - Sistêmicas: Vascular (HAS/ Má formação), infecções, discrasias,
drogas tóxicas, alergias
Distribuição bimodal:
- Antes dos 10 anos de idade (raro em < 2anos) - Epistaxe é o principal sintoma de apresentação de
- Entre 45 e 65 anos de idade Telangiectasia hemorrágica hereditária ou Síndrome de Osler -
Weber (95%) e de tumores nasais benignos e malignos.
Fisiopatologia
Manejo
Estímulos alterações da fisiologia nasal, modificações de
volume sanguíneo, função glandular local e integridade da - ABCDE (ATLS)
mucosa expõe vasculatura favorece epistaxe - Materiais utilizados (hemostatico): gelfoam, xeroform, ponteiras
para cauterização química ou cauterização elétrica
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Epistaxe
Sangramentos nasais
Abordagem inicial Tampão nasal anterior
- Localização do sangramento - Indicação: sangramento difuso ou não localizado, ou falha com
- Gravidade e repercussão clínica métodos conservadores.
- Comportamento e evolução
- Idade e estado geral prévio do paciente Métodos:
- Algodão embebido com anestésico
- Tampão de gaze (dedo de luva), preservativo com espuma,
Tratamento surgicel ou gelfoam
- Tampão na cavidade nasal em direção às coanas (Retirar após
Melhor manejo 48 horas)
- Utilizar gase gorda (jelonet) ou Merocel
- Compressão bidigital na ponta do nariz de 10 - 30min + gelo
- Não levantar a cabeça
- Na ausência de um especialista para a avaliação em casos de
sangramento ativo, pode-se proceder a algumas manobras, como
orientar o paciente a apertar as narinas contra o septo de 10 a 20
minutos na tentativa de estancar o sangramento, visto que a maior
parte das epistaxes se origina na parte anterior do septo.

Cauterização química
- Desvantagens do tampão anterior: dor, reflexo vagal, lesão de
- Algodão mucosa pelo tampão, sinequias (fibrose), sangramento ocular,
- Nitrato de prata ou acido tricloroacético ATA ou ácido crômico obstrução do óstio sinusal (sinusite) e síndrome do choque tóxico
- Ao redor do sítio sangrante
- Efeitos adversos : rinoreia e crostas Síndrome do choque tóxico:
- Complicações: lesões, rotura do vaso, piora do sangramento
- Endotoxina Estafilococos aureus
- Quadro clinico: febre súbita, vômitos, hipotensão, choque, rash
Cauterização elétrica cutâneo
- Tratamento: ATB específico (amoxacilina + clavulanato)
- Unipolar ou bipolar - ATB profilático não resolve, mas usa a profilaxia para o
- Sangramento pontual e localizado sangramento.
- Indicações: Persistente ou recorrente a cauterização química
- Complicações: Ulceração e perfuração septal
Tampão nasal anteroposterior
Cauterização endoscópica - Para sangramentos que não cessam com o tampão anterior
- Usa-se Sonda de Foley
- Controle de epistaxes: eficácia de 82-92%
- Sondas nasais pneumáticas para tamponamento anterior e
- Endoscópio flexível ou rígido
posterior: fáceis de inserir e remover
- Localização da região e cauterização
- Novelo de gaze fixado por fio
- Vantagens: seletivo, atraumático, rápido, efetivo
- Drogas hemostáticas, antibióticos, analgesia
- Menor tempo de internação
- Retirar após 72 horas
Cuidados após cauterização
- Não manipular o local Tampão nasal posterior
- Não assoar o nariz
- Espirrar com a boca aberta - Algália de Foley
- Evitar esforço físico por 7 dias - Complicações e desvantagens: desconforto, dor, necrose
- Elevar cabeceira isquêmica de narina por tração, disfunção da tuba auditiva,
- Evitar salicilatos hipoxia com isquemia miocárdica e/ou cerebral, óbito.
- Usar creme lubrificante

Drogas hemostáticas
- Ácido tranexâmico (transamim)
- Ácido épsilon aminocapróico (ípsilon)
- Desmopressina
- Estrógeno
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Epistaxe
Sangramentos nasais
Tratamento cirúrgico das epistaxes
- 4 a 8% dos casos indica cirurgia ou embolização
- Após 2 ou 3 tentativas de tampão anteroposterior
- 90% dos casos em uma ligadura da a. esfenopalatina

Ligaduras arteriais:
- Art. Esfenopalatina
- Art. Etmoidais
- Art. Maxilar
- Art. Carótida externa

Ligadura da artéria carótida externa


- É menos utilizada
- Incisão ao longo da borda anterior do ECM
- Ligadura o mair próximo possível da a. faríngea ascendente
- Circulação colateral pela etmoidal anterior tem que ligar também.

Ligadura da artéria esfenopalatina


- Via endoscópica

Fluxograma de abordagem terapêutica


Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Corpo Estranho
Otorrinolaringologia
Conceito Motivação para introdução de CEs nas orelhas:
- Crianças: curiosidade
- Qualquer elemento animado ou inanimado, introduzido voluntária ou - Adultos: sintomas irritativos de prurido e/ou hábito que leva à
involuntariamente dentro do ouvido, nariz, boca, faringe, cavidades manipulação do meato auditivo.
cinzas, laringe ou brônquios.
Epidemiologia
- 35 a 66,6% não são suspeitados pelo fato de não haver
Epidemiologia sintomatologia.
- É mais prevalente na infância
- Comum nas unidades de emergência, principalmente em pacientes - Maior incidência no sexo masculino.
pediátrico os e psiquiátricos.
- 1000 vítimas fatais a cada ano nos Estados Unidos Quadro clínico
- 75% dos casos de aspiração de corpos estranhos ocorre em - Maioria das vezes assintomático ou oligossomático
crianças entre 1 e 3 anos de idade. - Pode iniciar com hipoacusia, otorragia, otorréia ou zumbido
- Outros: disacusia, autofonia, dor, incomodo e percepção
exacerbada de sons corpóreos (mastigação, pulsação de vasos
Característica clinicas gerais sanguíneos).

- Raramente são assintomáticos; Sinais e sintomas que alertam para um possível agravamento do
- Sintomatologia variável: local, tempo de evolução, tipo de material, quadro
se houve manipulação. - Zumbido intenso, tontura ou vertigem e teste de weber
- Corpos estranhos animados ou inanimados. sugestivo alertam para a ocorrência de perda neurossensorial –>
- Orelha > nariz > faringe > laringe avaliação emergencial com audiometria
- Otorragia –> sugere lesão de MT e outras estruturas da OM
Manipulação prévia - Otorreia e edema –> complicação infecciosa secundaria;
mastoidite
- Presente em cerca de 20 a 60% dos casos.
- 11 a 50% das complicações são decorrentes de manipulação Diagnóstico
prévia. - Otoscopia
- 19 a 38% mencionaram manipulação previa do CE. - Não há necessidade de exames complementares
- 15 a 78,9% foram manipulações por leigos
- 4 a 21,1% por médicos não especialistas. CE animados
- Pode haver otalgia intensa de início súbito, desesperadora,
Corpo estranho na orelha frequentemente durante o sono, barulho intenso e algumas
ferroadas
- Pode evoluir para miíase, principalmente pacientes com otorreia
- O CE tem maior prevalência em orelha externa mas também
previa.
pode acometer média e, mais raramente, interna.
CE inanimados
- Sementes, borrachas, correntes, espumas, botão, baterias,
espinha de peixe.

Diagnostico diferencial
- Coleasteatoma
- Otite Média Supurativa

Abordagem geral

Classificação !;
L'1

- Orgânicos/inorgânicos
- Animados/inanimados
- Metálicos/não metálicos
- Higroscópicos (absorve água) ou não

sucesso
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Corpo Estranho
Otorrinolaringologia
Tratamento Complicações:
- A retirada de corpo estranho de orelha exige experiência e - Sangramento e lacerações de Conduto Auditivo Externo;
material adequado. - Perfuração Timpanica;
- Iatrogenias podem levar a traumas da membrana timpânica, - Otite externa e otomicoses;
lacerações da pele do canal e traumatismo psicológico da criança.
- Remoção cuidadosa: lavagem e/ou manipulação instrumental, com
CE na orelha média
ou sem sedação.
- A remoção pode ser feita por via transcanal (geralmente) ou com - Pode gerar reação inflamatória crônica, inclusive com formação
acesso retroauricular em casos que possuem grande edema da pele de granuloma
do meato. - Comum em casos de ferimentos por arma de fogo no osso
- O istmo do canal externo representa o maior desafio na remoção. temporal, onde resíduos do projétil alojados na fenda e/ou
mastoide podem acarretar surgimento de colesteatoma.
Uso de irrigação do Conduto Auditivo Externo: - Dispositivos implantáveis como próteses de estapedotomia e
- Método de escolha para quase todos corpos estranhos; implantes cocleares ou substâncias inorgânicas utilizadas em
- Contraindicado: em caso de perfuração timpânica e grãos e procedimentos cirúrgicos (hidroxipatita) também podem atuar
sementes vegetais. como CE na OM e devem ser removidos para o controle de
status inflamatório.
Uso de ganchos rombos e pinças
- Indicado para sementes e suspeita de perfuração timpânica.
Corpos estranhos nasais
- Em 5 a 10% há necessidade de remoção sob anestesia geral
- Qualquer CE na cavidade nasal e seios paranasais que
Animados (Insetos) dependendo da localização e do tipo são tratados como
- Remoção após a imobilização por afogamento em óleo mineral emergência otorrinolaringológica.
(vaselina) ou vegetal para evitar o desconforto do paciente pela
movimentação do inseto. Epidemiologia
- Remover com lavagem, pinça de Hartman, ganchos, alças, jacaré - São mais comuns na faixa etária pediátrica, entre 2 e 8 anos.
ou aspiração - Em adultos os casos podem ser voluntários ou acidentais.
- Lavagem (irrigação): seringa com água morna, de 20 ml - Os acidentais são causados principalmente por insetos.

Inanimados (Baterias) Complicações


- Baterias elétricas devem ser removidas o mais rápido possível, sem - Epistaxe
a lavagem - Asma
– Risco de oxidação; o extravasamento de substâncias químicas que - Infecções broncopulmonares decorrentes da aspiração do CE
compõem as baterias podem gerar uma inflamação no meato e
dificultar sua remoção. Locais frequentes
- Frequentemente encontrado no assoalho nasal, logo abaixo da
Cerúmen oclusivo concha inferior.
- Removido por lavagem otológica ou manipulação instrumental - Outra localização comum é a anterior à concha nasal média.
precedida de emolientes.

Miíase
- Larva de insetos, sobretudo moscas e pode ser primária ou
secundária.
- Primária: a larva invade o tecido saudável, considerada parasita –
berne
- Secundária: as larvas são parasitas ocasionais, pois se desenvolvem
em tecidos necróticos e/ou cavidades corpóreas (“bicheira”) – situação
favorecida em casos de OMC supurativa e/ou neoplasias de orelha
externa.
- Tratamento:
L Livro: Ivermectina (Dose única VO, 6mg a cada 30kg de
peso) + e/ou aplicações tópicas repetitivas de iodofórmio em pó
L Aula: remoção das larvas sob otomicroscopia, Ivermectina VO
– 6 mg, a cada 30 kg de peso (repete em 1 semana) + 5ml
hipoclorito de sodio (solução que injeta na orelha, tampa e no outro
dia remove). Quando os pais presenciam a colocação do CE, é importante
definir tipo, forma e então planejar a melhor maneira de
Sempre fazer profilaxia tópica com antibiótico. remove-lo com o mínimo de trauma.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Corpo Estranho
Otorrinolaringologia
Classificação Abordagem geral
- Inanimados: fragmentos de espuma, objetos de plásticos, feijão,
papel.
- A maioria provoca congestão da mucosa com possibilidade de

+!7!4
causar necrose, ulceração e/ou epistaxe. ZCd
Nariz Sonda com balão
j Tumoração suspeita
- Animados: miiase, áscaris e insetos Remoção sem

4%P!
baterias, Pressão positiva
%%%% sucesso
botões, Aspiração Edema, destruição
Tipos de CE miçangas, etc ,! óssea, tecido de
Rinólito granulação, CE
- CE bem aderido e impactado, pode ser incrustado, parcial ou crônico/rinólito
completamente, por tecido de granulação e envolvido por cálcio,
fosfato de magnésio e carbonato. Geralmente se forma no assoalho Tratamento
nasal e tem seu núcleo formado por diversos materiais (animal, - O CE deve ser removido com cooperação do paciente,
vegetal ou mineral) e é radiopaco. instrumental adequado e com visualização.
- Caso o CE esteja em posição mais difícil e paciente pouco
Baterias colaborativo, opta-se por um ambiente hospitalar com sedação.
- A liberação de metais pesados ocasiona vários tipos de lesão por - Instrumentos que podem ser utilizados: ganchos rombos,
pressão exercida sobre determinada área ou queimadura com reação sondas de itard, pinças tipo baioneta/Hartmann e Aspiração.
tecidual intensa e necrose, evoluindo para perfuração septal, sinéquias - Consistência dura: uso de sonda ou ganchos;
e estenose de cavidade nasal. - Consistência mole: preensão direta por pinças.
- A técnica e o instrumental utilizado dependem da localização
CE animados do objeto, forma e composição. O processo de remoção deve ser
- Larvas são as mais comuns, produzindo graus variados de reação cuidadoso para que o CE não caia em rinofaringe e seja aspirado,
inflamatória – desde infecção localizada, até destruição óssea e principalmente por crianças com choro intenso.
cartilaginosa, com formação de cavernas com supuração. - Pode ser feita a lavagem com soro fisiológico a 0,9% ou
aspiração da secreção.
Quadro clinico - Após a retirada, ambas as fossas nasais devem ser
- Espirros, coriza serosa e obstrução nasal, evoluindo em alguns dias examinadas.
para rinorréia unilateral fétida e purulenta
- Rinólitos podem ser encontrados apenas anos depois por serem Complicações
indolores. Nesses casos, a obstrução torna-se queixa quando o - Fatores que favorecem: o tempo de permanência do CE,
rinócito toma dimensões maiores dentro do nariz. No exame, manipulação prévia e não cooperação do paciente.
observa-se massa endurecida irregular acinzentada no assoalho da - Lesões na mucosa, sangramento, infecção, aspiração,
fossa nasal. perfuração septal e deformidade nasal.
- Pacientes com CE animado: os sintomas tendem a ser bilaterais, - Rinussinusite, broncoaspiração
obstrução nasal, cefaleia, espirros com descarga serossanguinolenta. - Evolução para Rinólito no futuro.
O exame de cavidade pode revelar extensa destruição da mucosa,
osso e cartilagem.
Corpo estranho na orofaringe
Característica clinica do CE = rinorreia unilateral
purulenta ou serossanguinolenta, associada ou não a - Usualmente são espinhas de peixe ou ossos delgados de
obstrução nasal unilateral e vestibulite ipsilateral galinha.
- Locais mais comuns: parede posterior da faringe, tonsilas
palatinas, base da língua, hipofaringe e valécula;
Exames complementares - Podem levar a dor, disfagia e sialorréia.
- A rinoscopia anterior é capaz de evidenciar a maioria dos CEs. - Diagnostico fácil com visão direta do corpo estranho na
- Quando não, pode-se realizar uma videoendoscopia nasal com orofaringoscopia;
nasofaringoscópio flexível (especialmente na pediatria). - Remoção é simples com retirada por pinças apropriadas com
- Radiografia simples pode ser útil em CEs metálicos ou calcificados. ou sem anestesia tópica.
- TC de seios paranasais serve para confirmação diagnóstica em
casos de rinolitíase, com identificação de lesão de superfície irregular Epidemiologia
e com atenuação de partes osseas. Também serve para a definição - Predomínio de casos na infância, especialmente de 0-3 anos
exata da anatomia nasal para exploração cirúrgica.
Hipofaringe e laringe
- São menos frequentes que os de esôfago.
- O acidente agudo de aspiração está presente na história;
- Aparição imediata de disfonia e obstrução respiratória alta
como dispneia e estridor;
- Algumas vezes, necessário traqueostomia de urgência.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Corpo Estranho
Otorrinolaringologia
Diagnostico - É indicado cirurgia quando o CE não é passível de retirada por
- No momento da aspiração, a principal queixa é de engasgos, métodos conservadores ou quando existem lacerações teciduais,
reflexos nauseosos e dor na faringe, seguidos de tosse. formação de abscesso, hemorragias ou injúrias de órgãos
- Na orofaringe, o sintoma mais frequente é a odinofagia. adjacentes. Associar antibioticoterapia, nessas situações, para
- Obstrução parcial da laringe costuma causar rouquidão, afonia, minimizar chance de complicações graves.
estridor e dispneia;
- Quando o CE migra distalmente na arvore respiratória, o paciente C3
Complicações
tende a apresentar sintomas respiratórios como dispneia, sibilos e - Fatores de risco para complicações: tentativa de remoção por
tosse. Podem evoluir com pneumonias, atelectasias. curiosos ou profissionais não habilitados, inexperiência do médico
na remoção do CE, falta de infraestrutura e longa permanência
Exame físico do CE.
– Oroscopia - Obstrução total da via aérea por CE na laringe ou que
- Se o paciente apresentar reflexo nauseoso muito exacerbado, pode progride até a traqueia (uma das principais causas de
ser utilizada solução de lidocaína em spray na concentração de 10%. mortalidade em crianças entre 1-4 anos).
Contraindicado em casos de miastenia gravis e em história de reação - Complicações: abscesso retrofaríngeo, celulites craniofaciais,
alérgica. mediastinites, pneumopatias de aspiração e migração para órgão
- CE na hipofaringe ou laringe vizinho.
L Laringoscopia indireta com espelho de Garcia
L Videolaringoscopia com endoscópio rígido – primeira escolha. Abordagem geral
L Se não houver laringoscópio → TC de pescoço partes moles.
- CE passou do esôfago: endoscopia digestiva alta
Recomendação. Evidência
Exames de imagem CE diretamente visível, preensável, em orelha ou nariz,
- TC em casos de suspeita de CE na faringe e laringe. pode ser conduzido sem especialista. C
- TC é indicada também em suspeitas de abscesso parafaríngeo e CE remoção difícil, não-preensável, esféricos, no CAE com
penetração do CE nas estruturas mais profundas do pescoço. possível contato com a MT, deve requerer especialista. C
CE nariz, ouvido ou garganta, não diretamente visualizável,
ou se as tentativas forem sem sucesso, deve requerer
Diagnostico diferencial C
especialista.
- Estenose esofágica CE em orofaringe devem ser sempre referenciados ao
- Divertículo especialista, a menos que estejam facilmente visíveis C
- Hérnia de hiato
- Tumores na faringe ou laringe
- Doença do refluxo faringolaríngeo.

Abordagem geral

kkk*"%L%0-lC+%CL3W!:Q:5
!*
Orofaringe Frequentemente Necessidade de sedação
precisam de - Visualização difícil
baterias, endoscopia. - VAS comprometidas
botões, metal, - Podem requerer
ossos, moedas, sedação.
dentes,
miçangas, etc
K
Tratamento
- O manejo clínico deve focar na preservação da via aérea, remoção
do CE e tratamento de eventuais complicações;
- Situações de emergencia: pacientes inaptos a manejar
adequadamente secreções com alto risco de aspiração, CE pérfuro-
cortantes ou baterias em esôfago (tolerância de até 6 horas para
remoção).
- CE na faringe: retirada com pinça hemostática ou Hartmann (caso
seja detectado na observação pelo exame orofaríngeo);
- Se o CE não for detectado, realizar laringoscopia indireta para
guiar a retirada do CE de hipofaringe ou laringe utilizando-se pinças
anguladas específicas tipo jacaré, saca-bocado, dente de rato.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Faringotonsilites
Anginas cervicais
Etiologias
As anginas cervicais são classificadas em:
- Faringites
- Tonsilites (amigdalites) - Vírus: adenovírus, influenza, parainfluenza, Coxsackie, sincicial
- Tonsilite lingual respiratório e Epstein-Barr.
- Adenoidites - Bactérias: EBHGA (20-30%), hemofilos (15%), moxarela
(15%), estafilococo dourado (20%), pneumococo (1%).
- Outros: fungos, refluxo gastro-faringeo, obstrutivas/tumorais
(carcinoma, ou aumento do tamanho causando apneia do sono).
Introdução
- Faringotonsilites (FT) são infecções autolimitadas que se Classificaçao
desenvolvem nas tonsilas, faringe posterior, palato mole, órgãos
linfoides, e representam uma das infecções mais frequentes de vias Classificação clínica:
aéreas superiores, principalmente na população infantil.
- Aguda
- Recorrente (critérios Paradise)
- Crônicas (>3meses)
- Crônica caseosa (formação de massinhas)

Apresentação clinica:
1. Eritematosa e eritematopultáceas
- Bacterianas.
- Virais.

- As faringotonsilites clinicamente podem ser classificadas em 2. Vesiculosas


inespecíficas (virais e bacterianas), quando não há especificidade - Herpes simples.
entre o agente etiológico e o quadro clínico; e as específicas (sífilis, - Herpangina (várias “aftas” no palato e faringe)
leishmaniose, tuberculose, mononucleose, difteria, angina de plaut–
vicent ou fusoespiralar), quando há correlação entre a clínica e o 3. Ulcero–necrosante
agente etiológico. - Angina de Paut-vicent
- São comumente de origem viral mas também podem ser - Sífilis
- Agranulocitose
causadas por bactérias, especialmente o estreptococo β-hemolítico
do grupo A (EBHGA) que pode levar a sequelas supurativas e não
supurativas. Faringotonsilites agudas inespecificas
- Na maioria das vezes, as crianças e os adultos se recuperam
rapidamente (3 a 4 dias) de uma infecção faringotonsilar, mas,
ocasionalmente, podem desenvolver complicações. Faringotonsilites Virais
- Correspondem a 75% dos casos em crianças menores de 2
Principais funções das tonsilas anos e diminuem após a puberdade,
- O principal vírus é o adenovírus (20%), mas rhinovírus,
coronavírus, influenzae, parainfluenzae e vírus sincicial respiratório
1) Secretar imunoglobulinas: atua como tecido imunocompetente também podem estar envolvidos.
local, secretando IgA, IgG, IgM, IgD e IgE, que impedirão a replicação - Pacientes apresentam febre, exsudato na faringe e tonsilas,
bacteriana e viral no trato respiratório superior - representando a mialgia, coriza e obstrução nasal.
primeira linha de defesa contra doenças infecciosas na região. - Alguns vírus como o Herpes simplex e Epstein-Barr também
podem se manifestar como faringotonsilite e/ou estomatite.
2) Produzir cadeias J: responsáveis por completar a estrutura - Geralmente têm evolução benigna.
moleculares das imunoglobulinas A e que posteriormente migrarão - Tratamento: cuidados com estado geral, hidratação, medicação
para outras áreas do trato superior. analgésica e antitérmica.

Epidemiologia
- Predominante em crianças e adolescentes em contato muito
próximo, como nas escolas.
- Transmissão: gotículas de saliva
- Período de incubação: 1 a 4 dias
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Faringotonsilites
Anginas cervicais
Mononucleose Infecciosa
- Pode ser causada por Epstein-Barr vírus (EBV), Citomegalovírus Diagnostico de faringotonsilites estreptocócicas
(CMV), toxoplasma, adenovírus ou vírus da hepatite. - Principais sinais clínicos: início súbito da dor de garganta, febre
- O principal é o EBV vírus, da família Herpesviriadae, que pode acima de 38,5ºC, cefaleia, nauseas, vômitos e dor abdominal,
causar tonsilite aguda, recorrente ou hipertrofia tonsilar. inflamação das tonsilas e faringe, exsudato faringotonsilar em
- Transmissão: troca de saliva por beijo ou contato próximo. placas, petequias no palato, adenite cervical anterior, historia de
- É caracterizada por um pródromo de mal-estar e fadiga, seguido exposição à faringite estreptocócica e exantema escarlatiniforme.
de febre e dor de garganta. - Exame laboratorial: cultura (padrão ouro) ou detecção
- Exame físico: antigênica (teste rápido).
L Tonsilas aumentadas, eritematosas, em muitos casos com - Os testes rápidos para identificação do GAS são: imunoensaio
exsudato branco-amarelado, edema de úvula e palato. Há adenopatia enzimático (ELISA), imunoensaios ópticos (OIA) e sondas (probes)
cervical envolvendo nódulos cervicais posteriores. de DNA.
- Entre a segunda e quarta semanas, cerca de 50% dos pacientes - Os testes sorológicos são úteis para saber se ocorreu uma
apresenta esplenomegalia, e 30% a 50%, hepatomegalia, rash, infecção estreptocócica, mas não para o diagnóstico inicial da
petéquias palatais e dor abdominal. A febre e a faringite costumam doença.
durar até duas semanas, enquanto adenopatia, hepatoesplenomegalia - A elevação nos títulos de ASLO geralmente pode ser
e mal-estar podem se prolongar por até seis semanas. demonstrada uma semana após a infecção, com pico entre 3 e
- A infecção por EBV pode ser preditora de futuros episódios de 6 semanas. O declínio subsequente ocorre entre 6 e 8 semanas,
tonsilites recorrentes e abscesso peritonsilar. porém, em alguns casos, isto só ocorre depois de meses.
- Diagnóstico:
L Hemograma (atipia linfocitaria > 10%), pesquisa de anticorpos,
aumento discreto das transaminases TGO e TGP, sorologia IgM e Principais sinais e sintomas clínicos da
IgG IgM e IgG contra antígenos do capsídeo viral (Anti- VCA). IgM faringotonsilite por GAS
positivo após 10-20 dias tem alta sensibilidade e especificidade.
- Tratamento: • Início súbito da dor de garganta
L Suporte, hidratação e analgésicos. • Idade: 5 a 15 anos
L Repouso é importante pelo risco de ruptura esplênica. • Febre acima de 38,5ºC
L Obs: evitar ampicilina e tratar infecções secundarias. • Cefaleia
• Náuseas, vômitos e dor abdominal
Bacterianas inespecificas • Inflamação das tonsilas e faringe
• Exsudato faringotonsilar em placas
- A FT bacteriana inespecífica pode desencadear sintomatologia com • Petéquias no palato
duração de 3 a 6 dias no adulto, e 6 a 10 dias nas crianças. • Adenite cervical anterior
- Etiologia pelo Streptococus pyogenes do grupo A (GAS), pode • História de exposição à faringite estreptocócica
levar a complicações supurativas ou não supurativas. O GAS é • Exantema escarlatiniforme
responsável por cerca de 20% das faringotonsilites agudas em
crianças e adolescentes, começando a partir dos 2 ou 3 anos, com
Criterios Centor Modificado:
prevalência maior entre 5 e 15 anos.
- A soma dos pontos é usada para estimar a possiblidade de
- Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia pneumoniae podem ser
faringotonsilite estreptocócica por GAS e a conduta.
causa de FT, afetando preferencialmente a população entre 9 e 19
anos, e costumam ser acompanhadas por outros sinais de infecção
respiratória, especialmente tosse.
- Bactérias como Staphylococcus aureus, Haemophilus spp, Moraxella
catarrhalis são, por vezes, responsáveis por recaídas de infecções
estreptocócicas.
- Quadro clínico:
L Dor de garganta, disfagia, febre, gânglios submandibulares
aumentados de volume e dolorosos à palpação, achados mais
frequentes, além de eventualmente, náuseas e vômitos, dor
abdominal e cefaleia.
- Exame físico:
L Orofaringe hiperemiada, mucosa edemaciada, tonsilas palatinas
com exsudato e criptas com pontos purulentos ou recobertos por
secreções. A palpação cervical revela gânglios submandibulares
aumentados e dolorosos.
- Hemograma:
L Nas infecções bacterianas haverá leucocitose, com desvio à
esquerda e neutrofilia.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Faringotonsilites
Anginas cervicais
Tratamento Quadro diferencial de bacteria e
- Sintomático: analgésico, antitérmico, hidratação, alimentação
adequada. virus
- Penicilina G (antibiótico de escolha) pode ser administrada na
dosagem de 600.000 UI para crianças com peso < 20 kg, e
900.000 a 1.200.000 UI para aquelas com peso > 20 kg.
- Alternativa: Amoxicilina VO, 40mg/kg/dia, 3x ao dia durante 10 dia
- Em recaídas (mesmo agente infeccioso que não foi totalmente
debelado), Amoxicilina associada ao ácido clavulânico; cefalosporinas e
macrolídeos ou clindamicina.

Complicações:
1. Supurativas (abscessos periamigdaliano e parafaríngeo)
a. Abscesso periamigdaliano/peritonsilar
L O abscesso é quando há coleção purulenta entre a tonsila
e o tecido do palato fibroso.
L Ocorre abaulamento do pilar e do palato.
L Paciente apresenta febre alta, dor intensa, disfagia a
sólidos e líquidos, desidratação, trismo, queda do estado geral,
abaulamento do pilar anterior (palato fibroso).

b. Abscesso parafaríngeo
L Paciente refere odinofagia, disfagia, queda do estado geral
e sem muitas alterações à oroscopia. Frequentemente apresenta
rigidez de nuca.
L Pode, ainda, apresentar: recusa de ingesta oral, trismo
(menos frequente que o peritonsilar), sialorréia, cefaleia, distúrbios da
Faringotonsilite recorrente
voz, letargia e rinorreia.
L O exame a ser solicitado é a TC com contraste, pois é a - A recorrência caracteriza-se por agente infeccioso diferente
única forma de dar o diagnóstico. daquele que causou a infecção precedente, independente do
L Opções de tratamento: clindamicina, ampicilina/sulbactam intervalo entre os episódios;
ou cefalosporina + metronidazol. - Fatores predisponentes:
L Uso abusivo e incorreto de antibióticos, alterações da
2. Não supurativas microbiota locorregional, mudanças estruturais no epitélio das
a. Escarlatina: as endotoxinas causam rash cutâneo finamente criptas, algumas infecções virais; alergias, refluxo faríngeo-
papular e eritematoso. laríngeo, anemia, redução da imunidade.
b. Febre Reumática: 2-3 semanas após a faringite
estreptocóccica. Tratamento:
c. Glomerulonefrite: geralmente presente 1-2 semanas após - Broncho-vaxom por 3 meses (lisado bacteriano – fragmentos
infecção faríngea ou de pele. de bactéria que estimulam a imunidade do paciente), vacinas
d. Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico: após infecção de (pneumococo), antibioticoterapia por 10 dias, cirurgia;
qualquer sítio. - Penicilina/Amoxicilina;
- Nos casos refratários, utilizar antibióticos que tenham ação
PANDAS – Pedia!ic autoimmune neuropsychia!ic dis"d#s contra bactérias produtoras de betalactamases;
a$ociated with s!eptococcal infections - Tonsilectomia pode ser indicada quando o tratamento se
- Doença autoimune pediátrica que ocorre como complicação da mostrar ineficaz, de acordo com os critérios de Paradise.
infecção estreptocócica.
- Os fatores de risco são sexo: masculino e histórico familiar. Criterios de Paradise - indicação de
- O tratamento das exacerbações é feito com antibiótico e amigdalectomia em FT recorrente
tratamento neuropsiquiátrico.

Sinais e sintomas de PANDAS • Sete episódios agudos em um ano


• Transtorno obsessivo-compulsivo • Cinco episódios por ano, em dois anos
• Início pré-puberal consecutivos
• Aparecimento ou exacerbações abruptas • Três episódios de infecção aguda, em três
• Associação com outras alterações neurológicas (p. ex., anos consecutivos
hiperatividade motora nas crises)
• Associação temporal com infecção pelo GAS
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Faringotonsilites
Anginas cervicais
PFAPA Tratamento:
- Internação.
- Quadro clínico: febre periódica, estomatite, faringite e adenite - Punção com drenagem
cervical. - Hidratação
- Início antes dos 5 anos e resolução na adolescência, mas pode - Analgésicos e anti-inflamatórios.
persistir na vida adulta. - Antibioticoterapia EV: Penicilina associada a metronidazol,
- Os episódios febris ocorrem a cada 3 a 8 semanas, com duração Amoxicilina com Clavulanato, Clindamicina associada ou não a
de 3 a 6 dias. Ceftriaxone.
- Autolimitada e benigna. - Tonsilectomia (na vigência do abscesso), a depender da história
- Tratamento: pregressa.
L Prednisona (1-2 mg/kg) ou betametasona (0,1-0,2 mg/kg),
com resposta rápida dos sintomas.
L Colchicina pode ser usada como profilático entre as crises. Faringotonsilite especificas
L Considerar amigdalectomia em pacientes com pequenos
intervalos entre as crises, que não respondem ou têm Difteria:
contraindicação ao corticoide.
- Doença infecciosa aguda grave causada pelo Corynebacterium
diphteriae, bacilo gram + anaeróbio (porém é rara devido à
Tonsilite Crônica cobertura vacinal).
- Doença de notificação compulsória imediata diante da suspeita.
- Faringotonsilite crônica caseosa - Comum em crianças de até 10 anos.
- Infecção persistente das tonsilas - Transmissão por contato direto com doentes ou portadores,
– Dor de garganta > 3 meses, associada a inflamação tonsilar; por meio de gotículas respiratórias (tosses, espirros);
- Pode estar associada a halitose, presença de caseum nas criptas, - Período de incubação varia de 1 a 6 dias.
eritema peritonsilar e adenopatia cervical persistente; - Quadro clínico:
- Repercussões sistêmicas: febre recorrente, odinofagia, dificuldade de L Dor de garganta pouco intensa, febre baixa, sinais de
deglutição, enfartamento ganglionar submandibular e cervical, halitose, toxemia, prostração e palidez. Placas pseudomembranosas
respiração bucal, alterações gerais na disposição física, aprendizado, aderentes às tonsilas, pilares e úvula, além de linfadenopatia
apetite, humor e até palidez cutânea; cervical e submandibular; placas, falsas membranas, obstrução de
- Flora bacteriana mista: anaeróbios, GAS e outros estreptococos; vias aéreas, febre moderada, hipotensão, palidez e toxemia;
- Tratamento: - Tratamento:
L Gargarejo, expressão para remoção, e encaminhamento para L Administrar soro antidiftérico, antibiótico penicilina ou
especialista para verificar interesse de cirurgia; eritromicina.
L A cirurgia pode ser considerada nas tonsilites crônicas com - O padrão ouro para o diagnóstico é a cultura do C. diphtheriae
manifestações locorregionais e/ou sistêmicas bem evidentes; coletado das lesões; baterioscopia, cultura dos exsudados em
- Complicações: abscesso periamigdaliano, parafaringeo, retrofaringeo, meio de klebseffler.
escarlatina, FR/STILL/wissler fanconi, angina de Ludwig, e - O prognóstico depende da precocidade do diagnóstico e do
glomerulonefrite. início do tratamento (pior se > 3 dias).
- Complicações: exotoxina, miocardite, sistema nervoso, arritmia,
Abscesso peritonsilar hipotensão, diplopia, paralisia do véu palatino.
- Medidas de prevenção: vacinação antidiftérica para os
- Complicação supurativa de tonsilites, quando o processo infeccioso contactantes e quimioprofilaxia para os contactantes com cultura
atinge o espaço peritonsilar. positiva.
- Complicações: ruptura espontânea e aspiração para a via aérea
inferior, ou extensão ao espaço lateral da faringe (abscesso Angina de Plaut-Vincent (Tonsilite ulcero necrotizante)
parafaríngeo). - Associação do espirilo e fusobacterium, UNILATERAL, antecedente de
manipulação dentária.
- Mais frequentes em adultos jovens ou adolescentes; - Quadro clínico:
- Quadro clínico: L Lesão ulceronecrótica unilateral, recoberta por exsudato
L Dor intensa unilateral, com irradiação para a orelha, sialorreia, pseudomembranoso, fétida, disfagia e odinofagia.
dificuldade para deglutir, voz anasalada, trismo, febre, mal-estar e L Febre pode não estar presente;
calafrios. Abaulamento unilateral, que desloca a tonsila em direção à - Diagnóstico: avaliação clínica, exame físico e confirmação com exame
linha média, com edema, hiperemia e exsudato purulento. bacteriológico que evidencia a natureza fusoespiralar do agente.
- TC com contraste pode auxiliar na diferenciação entre celulite e - Cultura de secreção obrigatória.
abscesso peritonsilar. - Tratamento:
- A cultura costuma mostrar flora polimicrobiana (anaeróbios e L Penicilina ou cefalosporina associado a metronidazol higine bucal
com soluções antissépticas.
aeróbios) com aumento de bactérias gram-negativas. L Tratar com clindamicina ou metronidazol, pois não há resposta
L Anaeróbios: Prevotella, Porphyromonas, Fusobacterium e com amoxicinila.
Peptostreptococcus spp. - Diagnostico diferencial: lesão tumoral
L Aeróbios: GAS, Staphylococcus aureus e H. influenzae;
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Faringotonsilites
Anginas cervicais
Angina Luética (Sífilis) Leishmaniose
- Doença infectocontagiosa sistêmica bacteriana causada pelo - Infecção por protozoários do gênero Leishmania. A transmissão
Treponema pallidum. se dá por picada de inseto, geralmente Flebótomos.
- Considerar em pacientes com ulceração tonsilar UNILATERAL, - A leishmaniose mucosa é causada geralmente pela Leishmania
pouco dolorosa, de aspecto tumoral e endurecida à palpação; braziliensis e tem como alvo principal a mucosa nasal, além de
- A boca é o local extragenital mais acometido (10% dos casos). faringe, cavidade oral e laringe. Há infiltração edematosa intensa,
- Diagnóstico laboratorial é feito por microscopia de campo escuro principalmente na úvula, pilares amigdalianos e parede posterior
ou sorologia (VDRL, FTA-abs). da faringe.
- Tratamento: - Observa-se tecido fibroso misturado a tecido de granulação
L Penicilina benzatina – 2.400.000 UI IM, em dose única nos com aspecto vegetante e pode ocorrer destruição tecidual,
casos de sífilis primária. inclusive no anel linfático de Waldeyer.
L Penicilina ou cefalosporina associado a metronidazol, higiene - O diagnóstico se baseia em biópsia. Como diferencial deve-se
bucal com soluçoes antissépticas. pensar em outras granulomatoses (p. ex., Hanseníase,
Tuberculose e Paracoccidioidomicose). Após o tratamento pode-se
Faringite gonocócica: observar a formação de cordões esbranquiçados cicatriciais com
- Doença infectocontagiosa causada por Neisseria gonorrheae deformação das estruturas anatômicas do véu palatino e da
(diplococo gram-negativo) de transmissão sexual. parede posterior da faringe, inclusive com estenoses.
- Acometimento primário se dá nas mucosas do trato urogenital, - O tratamento indicado é o uso de Antimoniais pentavalentes
mas pode acometer reto, orofaringe e conjuntiva; (Glucantime®).
- Maior incidência entre os 15-30 anos, com predomínio nos homens.
- Período de incubação de 2 a 5 dias;
- Manifestacao faríngea acomete 10-20% dos indivíduos que Hipertrofia das Tonsilas Palatinas e
praticam sexo oral em portadores de uretrite gonocócica.
- Pode ser assintomática, ou provocar odinofagia e mal-estar local; Faríngea
- Tratamento: Ceftriaxone IM ou Doxiciclina VO por 7 dias.
- O maior aumento de volume das tonsilas palatinas ocorre dos
Faringite herpética: 4 aos 10 anos, e o das faríngeas, dos 3 aos 7.
- O vírus Herpes simplex (HSV) tipo 1 é o mais associado a - A hiperplasia tonsilar exuberante e excessiva pode levar a
manifestações orais. distúrbios respiratórios, como respiração oral, distúrbios
- A infecção primária geralmente aparece como gengivoestomatite, e fonoarticulatórios, de mastigação e de deglutição, e anomalias do
15-30% dos pacientes podem ter faringite herpética concomitante; desenvolvimento craniofacial;
- Transmissão por meio de saliva ou secreções, com período de - Relação entre respiração oral e distúrbio respiratório do sono;
incubação de 2 a 12 dias. - A principal causa de apneia obstrutiva do sono é a hipertrofia
- Sintomas: mal-estar, febre e dor de garganta. Vesícular sangrantes tonsilar.
ao toque ou ulceras com exsudato acinzentado e linfadenopatia - São sintomas comuns da apneia obstrutiva do sono: sonolência,
cervical. voz hiponasal, irritabilidade, roncos noturnos, apneia, respiração
- A fase aguda dura 7 a 10 dias, com regressão espontânea dos oral, engasgos, sono sem descanso, terror noturno, enurese
sintomas e desenvolvimento de anticorpos. noturna.
- O vírus fica latente e pode ser reativado (fadiga, estresse, trauma,
febre e imunodeficiências). Diagnóstico:
- Tratamento: - Avaliar o tamanho das tonsilas – radiografias laterais da
L Sintomático com anti-inflamatórios não esteroidais e nasofaringe, ou radiografia de cavum (para a tonsila faríngea);
analgésicos. endoscopia nasal ou fibronasofaringoscopia é o método de
L Anti-retrovirais em pacientes com deficiências imunológicas. escolha para a avaliação da nasofaringe (visualização direta da
tonsila).
- Oroscopia: identificação da hiperplasia de amígdalas e
Herpangina
classificação de Brodsky (graus III e IV são obstrutivos);
- Causada pelo vírus Coxsackie tipos 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 10 ou - Polissonografia é o padrão ouro para identificação e diagnóstico
Enterovírus, por transmissão fecal-oral ou disseminação respiratória. do grau de apneia obstrutiva do sono. Critérios para solicitação:
- Acomete geralmente crianças entre 1 e 7 anos e se inicia com crianças menores de 3 anos, crianças obesas, com comorbidades
febre alta acompanhada de anorexia e dor de garganta, além de como síndrome de Down e doenças neuromusculares.
vômitos e diarreia, podendo durar de 2 a 4 dias.
- Na orofaringe observam-se lesões hiperemiadas com vesículas ao Tratamento:
centro, principalmente nos pilares de tonsilas, palato mole e úvula. - Adenoidectomia indicação absoluta
Após o rompimento das vesículas formam-se úlceras rasas. L Síndrome da apneia obstrutiva do sono
- O tratamento é essencialmente sintomático. L Deformidade da face
L Otites recorrentes, otite média secretora
L Sinusites recorrente
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Faringotonsilites
Anginas cervicais
- Diferencial de hipertrofia da tonsila faríngea: angiofibroma Caso clinico 1
nasofaringe, cisto de thornwaldt, linfoma, hemangioma, adenoma
papilífero, HIV (fazer sorologia)
- Identificação: VCCT, 15 anos, natural e procedente de
Hipertrofia da tonsila palatina Manaus, sexo feminino
- Amigdalectomia se - HPP: nega comorbidades ou uso regular de medicações e
L Síndrome da apneia obstrutiva do sono cirurgias.
L Deformidade da face - Alergia medicamentosa: nega
L Tonsilites recorrente, (critério Paradise) - Hábitos de vida: nega tabagismo ou etilismo. Prática atividade
L Tonsilite crônica indicação relativa diferencial: física 2x na semana
- QP: dor para engolir
- Diagnostico diferencial: linfoma, carcinoma, tuberculose, abscesso, - Paciente com grande dificuldade em articular as palavras,
tumores parafaríngeos comparece em unidade de pronto atendimento referindo historia
que há 15 dias atrás iniciou um quadro de dor de garganta,
Classificação em graus da Hiperplasia febre e mal estar, onde procurou um PS e foi prescrito
Amoxicilina 500mg (8/8 hrs) e Ibuprofeno 500 mg (8/8h)
amigdaliana durante 7 dias. Entretanto, não houve melhora dos sintomas ao
final da medicação. Novamente procurou OS e foi receitado
Levofloxacino durante 5 dias, mas os sintomas se intensificaram,
evoluindo com trismo, dificuldade de deglutição e na fala,
sialorreia e dor intensa. Está muito ansiosa e aflita.
- Exame físico: PA: 100x60mmHg, Tax: 38,5oC, FC: 110 bpm,
ansiosa.
- ORL: presença de abaulamento do pilar amigdaliano anterior
bilateralmente, não visualizada úvula.

Qual hipótese diagnostica?


- Faringotonsilite aguda bacteriana com complicação peritonsilar
Bilateral
- Comentário: A progressão da doença em 15 dias, sialorreia,
trismo e febre sugerem o abscesso periamigdaliano. Obs: caso
fosse necessário solicitar um exame de imagem – TC de pescoço
partes moles com contraste.

Qual seria o tratamento prescrito?


- Internação
- Antibiótico: Amoxicilina-clavulanato 1g 8/8h EV, Metronidazol
500 mg 8/8h EV
L Outra opção: Ceftriaxone 1g 2x ao dia + clindamicina
600mg 3x ao dia
- Drenagem
- Analgesia e corticoide: Dexametasona 0,15mg/Kg

O tratamento será ambulatorial ou hospitalar?


- Hospitalar - internar o paciente

A paciente tem indicação cirúrgica?


- Sim, drenagem de abscesso; pode-se indicar
amigdalectomia.

Cité 3 diagnósticos diferenciais:


- Abscesso bilateral, linfoma agudo e infecção viral.

Cite prováveis complicações:


- Trombose de veia jugular interna, mediastinite, insuficiência
respiratória aguda e sepse.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas da Glandula Tireoide


[

Otorrinolaringologia
Anatomia Diagnostico

n
- É uma glândula, localizada na região cervical anterior, - Anamnese
- É dividida em três lobos, piramidal, direito e esquerdo, unidos por - Exame físico
um istmo, recobertos por uma capsula.
- Os lobos sao divididos em dois pólos, superior e inferior.
Exames de imagem
- Grupos celulares:
L Células foliculares (elemento funcional da glândula da tireoide), 1. USG
dentro dele tem o coloide que armazena a tireoglobulina, principal - Método de escolha
precursor da formação dos hormônios tireoidianos. - Serve para avaliar alterações de forma (com ou sem Doppler).
L Células parafoliculares secretam a calcitocina. - USG com Doppler: identificar a vascularização, quanto mais
central, mais chances de malignidade.
[[ [ [
[ [

m Achados ultrassonográficos que sugerem malignidade:


Hipoecogenicidade
$%T%
$%T%qQ'"W0',&%
p
o -,.-1% I
Aumento da vascularização intranodular
Limites imprecisos
Margens irregulares
Ausência de halo
Presença de microcalcificações
Introdução Formato mais alto que largo.

- A frequência de nódulos detectados por USG é maior em idosos,


principalmente mulheres acima de 60 anos; 2. Tomografia
- A importância clínica do nódulo de tireoide se resume em excluir a - Realizada na suspeita de câncer ou presença de metástase
presença de um câncer. (para a realização do estadiamento).
- 90% dos carcinomas da tireoide correspondem ao carcinoma - Pode ajudar a verificar invasão de tecido.
diferenciado da tireoide, papilífero e folicular.
- Nódulos maiores que 1 cm necessitam de punção aspirativa por 3. Ressonância magnética
agulha fina (PAAF) – maiores chances de serem malignos. - Raramente utilizada.
- Nódulos menores com achados suspeitos à US, principalmente em
pacientes com fatores de risco associados, precisam ser avaliados. 4. Cintilografia Iodo-131
- Quando tem alteração de função (pensar quando tem lesão
nodular e o TSH suprimido).
Conceitos - Saber se é hipercaptante (quente) ou hipocaptante (frio).

- Bócio: clinicamente é qualquer aumento do volume da tireoide, que - Alterações na forma, função e histologia
histopatologicamente podem ser de origem neoplásica benigna, L Para avaliar forma: exame físico, USG (método de
maligna ou coloide. escolha), TC, RNM
* O bócio coloide, mais comum na nossa região. L Para avaliar função: T3, T4 livre, T4 total, TSH e
Cintilografia lodo-131

Fisiologia

Dosagens dos hormônios


- Lembrar da fisiologia, do hipotálamo, que inibe T3 e T4 por 1. T3, T4 Livre, T4 total, TSH.
feedback; o TRH que estimula a hipófise a liberar TSH e o TSH que - Dosagem de TSH primeiro exame laboratorial a ser solicitado
estimula a tireoide a liberar os hormônios T3 e T4. Qualquer - Na presença da hiperfunção ou hipofunção, vamos precisar dos
desregulação pode levar a transtornos tireoidianos. hormônios tireoidianos.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas da Glandula Tireoide

-
Otorrinolaringologia
Exame da histopatologia Indicação de PAAF
1. Procedimentos e cirurgias para a obtenção do material a ser
examinado
L PAAF (citologia).
L Biópsia a céu aberto.
L Tireoidectomias parciais e total.

2. Técnicas para o diagnóstico histopatológico


L Hematoxina-eosina.
L Corantes específicos.
L Imuno-histoquímica.

~> Temos a tireoidite de Hashimoto, que é uma lesão inflamatória; o


hipertireoidismo Basedow-Graves; o bócio coloide; carcinoma
papilífero, com alterações de invasão, e o adenoma, que é uma lesão
benigna.
- Deve ser realizada após confirmação de nódulo sólido pela US.
-> Paciente com nódulo tireoidiano, para avaliar a chance de se - É recomendação de rotina para 1) nódulos maiores ou iguais a
tornar maligno, é preciso avaliar a presença de fatores de risco 1cm no seu maior diâmetro com características US altamente
(risco para malignidade). suspeitas; 2) nódulos maiores ou iguais a 1cm no seu maior
diâmetro com aspectos US e suspeita intermediária; 3) nódulos
maiores ou iguais a 1,5cm no seu maior diâmetro com baixa
RISCO PARA MALIGNIDADE suspeição US.
- O PAAF pode te dar uma origem de suspeita de malignidade
• %escimento rapido do nodulo. ou benignidade. Se for um nódulo benigno pequeno, que não
• Fixacao a es!uturas adjacentes. esteja comprimindo nenhuma estrutura adjacente, é só fazer
acampamento, mas se houver suspeita de malignidade, é
• Nodulo pe!eo. cirúrgico
• P&alisia de 'ega vocal ipsilat#al ao nodulo.
• Adenomegalia regional ipsilat#al. Bethesda para resultado de PAAF
• Hist"ia de (radiacao local ou total.
• Hist"ia famili& de canc# de t(eoide.
• Hist"ia famili& de neoplasia endo)ina multipla.

Abordagem

- O PAAF não é diagnóstico, classificamos pelo BETHESDA, que


é uma classificação que vai de I – VI.
- A classificação I é “não diagnóstica” (p.ex.: celularidade
insuficiente, só veio sangue na amostra), você precisa repetir a
USG e se esta for inadequada, fazemos acompanhamento
- Se a USG cervical mostra nódulo menor do que 1 cm e nao rigoroso; se maligno, fazemos cirurgia.
houver qualquer fator de suspeita, o paciente poderá ser seguido - A tipo III (provavelmente benigno) a maioria é indeterminado e
apenas clinicamente. Nódulos > 1 cm ou suspeitos à clinica e/ou USG deve ser realizado outra PAAF, e o tipo IV (provavelmente
devem ser puncionados. maligno) faz o controle cirúrgico.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas da Glandula Tireoide

-
Otorrinolaringologia
Padrões Ultrassonograficos e risco Doença Nodular
estimado de malignidade para nódulos
Bócios coloides ou adenomatosos:
da tireoide - Estimulação desordenada da tireoide
1. Endêmico - 10% da população
2. Simples - Eutireoidismo
3. Multinodular
4. Multinodular tóxico
5. Bócio de grande volume

Bócio de grande volume


- Compressão traqueal
- Podem ser 300 a 400 g, geralmente que vão para o tórax, às
vezes desviando a traqueia, compressivas, e que precisam de
cirurgias.
- Incompetência da incisão infraioidea em colar de Kocher.

Classificação quanto ao risco de malignidade: ————————————————————————————————————— Questions


1. Benignos (risco < 1%) são totalmente císticos, com nenhum ∙ O que modula o crescimento tireoidiano?
componente sólido; não realizar PAAF; L Variáveis genéticas, hormônios, alimentação
2. Risco muito baixo (< 3%), espongiforme ou parcialmente cístico e
• Há diferença entre a expressão nos diferentes pontos da
sem nenhuma característica suspeita de malignidade; Se ≥ 2 cm →
glândula tireoide?
PAAF;
L Vários pontos da glândula têm expressões diferentes
3. Risco baixo (5 a 10%), sólido, margem regular, isoecoico ou
(regiões mais ou menos carcinogênicas).
hiperecoico ou parciamente cístico e sem nenhuma característica
suspeita de malignidade; Se ≥ 1,5 cm → PAAF; • A heterogeneidade das apresentações do bócio pode ser
4. Risco intermediário (10 a 20%), nódulo sólido hipoecoico, fino halo, explicada molecularmente?
sem micro calcificação, extensão extratireoidiana ou altura maior que L Há pacientes com bócio pequeno e com bócio grande;
a largura; Se ≥ 1 cm → PAAF; bócios pequenos que nunca irão crescer; bócio de grande volume
5. Alto risco (> 70 a 90%), nódulo sólido hipoecoico com uma ou que pode ou não se tornar maligno, etc.
mais das seguintes características: margens irregulares (infiltrativas
ou microlobulada), microcalcificações, altura maior que a largura,
margens calcificadas com pequena área de extrusão, evidencia de Tumores malignos bem
extensão extratireoidiana. Se ≥ 1 cm ou linfonodos suspeitos →
PAAF.
diferenciados
- Originados nas células foliculares
Classificação de BETHESDA - Os tumores bem diferenciados são aqueles que ainda mantém
uma arquitetura celular com alguns marcadores específicos.

Carcinoma papilífero
- É o mais comum
- Sexo feminino
- Idade: 30 a 40 anos
- Excelente prognostico
- Associado à radiação
- Disseminação:
L Linfática (local e mediastino)
L Pulmões, esterno e base do crânio

Até 30% das PAAFs são indeterminadas.


Até 10% de falsos negativos CAT II.
Lorena Loureiro @Sinapsesdalore

Doencas da Glandula Tireoide

-
Otorrinolaringologia
Carcinoma folicular Carcinoma anaplásico
- 2ª forma mais comum. - Extremamente agressivo
- Mulheres 3 : 1 homens. - 5% dos carcinomas
- Idade > 50 anos. - Mulheres idosas
- Locais deficientes em iodo. - Ocorre por indiferenciação de tumor pre-existente
- Células oxifílicas e de Hürthle > 60 anos. - Sobrevida baixa
- Disseminação: - Disseminação: linfática e hematogenica
L Vascular: pulmão, ossos, fígado (33%); - Metástases comuns
L Linfático: rara (maior agressividade).

A tireoidectomia total é o procedimento cirúrgico de


escolha no tratamento do câncer diferenciado de tireóide

Carcinomas não diferenciados/


indiferenciados
- Bem menos comuns.
- Originados nas células parafoliculares
- Carcinomas das células parafoliculares são geralmente associados a
Neoplasia endocrina múltipla (NEM).
Diagnóstico Diferencial
- Lipoma
Carcinoma medular da tireoide (CMT) - Cisto tireoglosso
- Bolsa faringea
- Esporádicos: 80% (5ª e 6ª décadas de vida/unilateral). Observação:
- Familiares: 20% (entre 21 e 34 anos). - Retirada de cisto tireoglosso —> ter cuidado, pois pode haver
* Alta penetrancia do gene PTEN tireoide abaixo da língua
* Mutações no gene RET são responsáveis pela forma - Tireoidectomia parcial —> as vezes é necessário repor
hereditaria da neoplasia. hormônio, mas em doses menores
- Bem mais agressivo que os bem diferenciados.
- Taxa de sobrevida: 60 – 80% (idade, sexo, estágio).
- Sobrevida em 10 anos:
L 90% Doença confinada a glândula;
L 70% Presença de linfonodos; e
L 20% Metástases.
- NEM 2A: melhor prognóstico.
- Esporádico: pior prognóstico
- Calcitonina estimulada: > 10.000 pg/cc (cura: 40%).
- ↑ Somatostatina: bom prognóstico.
- Marcador sorológico CEA: metástases.

Neoplasia endócrina múltipla (NEM):


- NEM 2A: paciente com carcinoma de células parafoliculares
associado ao feocromocitoma e o hiperparatireoidismo.
- NEM 2B: paciente com CMT associado ao feocromocitoma,
neuromas mucosos e os hábitos marfanoides (alterações da
síndrome de Marfan / alteração de colágeno).

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