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Orelha Externa
➔ Orelha (pavilhão auricular):
- Flexível.
- Sustentada pela cartilagem elástica.
- Circunda o meato acústico externo.
- Faz a proteção do meato acústico externo e permite sensibilidade direcionada para a
orelha via bloqueio ou facilitação da passagem do som até a membrana timpânica.
- O que é a membrana timpânica? Uma lâmina delgada (muito delicada) e
semitransparente de tecido conectivo que vai separar a orelha externa da orelha
média.
- Orelha e estreito meato acústico externo→ fornecem proteção contra lesões acidentais
da membrana timpânica.
- Glândulas ceruminosas→ realizam a secreção de um material chamado “ceráceo” e
também de pêlos projetados para o exterior (ajudam a evitar que corpos estranhos ou
insetos penetrem).
- Cerume: é a secreção cerácea das glândulas ceruminosas→ ajuda a minimizar o
crescimento de microrganismos no meato acústico externo e reduz as chances de
infecção.
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Orelha Média
➔ Consiste em um espaço aéreo.
➔ Cavidade timpânica: contém ossículos da audição.
➔ Membrana timpânica: separa o meato acústico externo da cavidade timpânica.
➔ Mas se a cavidade timpânica está separada, então ela não se comunica com as demais
estruturas? Não! A cavidade timpânica consegue se comunicar com a região nasal por
meio da tuba auditiva, e se comunica com os seios mastóideos via pequenas conexões
pequenas que são criadas.
➔ Tuba auditiva:
- Ou ainda “tuba faringotimpânica” ou “trompa de Estáquio”.
- Penetra a parte petrosa do temporal dentro do canal musculotubário.
- A conexão entre a cavidade timpânica e a tuba auditiva é estreita e sustentada por uma
cartilagem elástica.
- Função da tuba auditiva→ realiza o equilíbrio entre a pressão de ar da cavidade
timpânica com a pressão atmosférica da orelha externa.
- O que ocorre se a pressão aérea não for igual em ambos os lados? ocorrerá uma
distorção dolorosa da membrana.
- Infecção de ouvido→ a tuba auditiva pode permitir
que os microrganismos transitem da região
nasal da faringe para a cavidade timpânica,
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➔ Ossículos da audição:
- São 3 pequenos ossos da cavidade timpânica.
- Menores ossos do corpo.
- Conectam a membrana timpânica com o complexo
receptor da orelha interna.
- Ossículos: Martelo, Bigorna e Estribo.
- Função principal dos ossículos→ atuar como alavancas
que transferem as vibrações sonoras da membrana timpânica para as câmaras
preenchidas com líquido dentro da orelha interna.
- Superfície lateral do martelo→ fixada na superfície interna da cavidade timpânica.
- Bigorna (ossículo médio) → conecta a superfície medial do martelo ao estribo.
- Vibrações da membrana timpânica→ irão converter as ondas sonoras que entram na
membrana, em movimentos mecânicos.
- Ossículos conduzem as vibrações→ os movimentos do estribo transmitem as vibrações
para→ o conteúdo da orelha interna.
- Movimento de “vai e vem” → causa o balanço no estribo.
➔ Processo de amplificação:
- causa a deflexão potente do estribo na janela do vestíbulo.
- Permite escutarmos sons “muito fracos”.
- se a exposição à ruídos for muito alta→ amplificação pode torna-se um problema.
Aplicações Clínicas:
1) OTITE MÉDIA AGUDA:
- Infecção da orelha média.
- Origem bacteriana (geralmente).
- Mais frequente em lactentes e crianças.
- Como ocorre?
1- Orelha média sofre uma infecção por patógenos que chegam na tuba auditiva.
2- Normalmente isso ocorre durante uma infecção das VAS (Vias Aéreas Superiores).
3- Produção de pus na cavidade timpânica.
4- Se esse pus se acumula→ a membrana fica dolorosamente distorcida→ e se não
tratada a otite→ a membrana timpânica se rompe, produz uma efusão de pus no meato
acústico externo e essa infecção pode chegar até as células mastóideas.
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Otite causada por Vírus→ resolução mais rápida em curto período de tempo, com o uso de
analgésicos e descongestionantes para ajudar na drenagem do muco cristalino (resposta
produzida ao edema da mucosa).
Otite causada por bactérias→ piora dos sintomas e o muco fica obscuro por causa das
bactérias e neutrófilos (ativos ou mortos).
2) MASTOIDITE CRÔNICA:
- Infecção bacteriana grave que afeta as membranas que revestem o osso mastóide no
crânio, encontrada atrás da orelha.
- Acompanhada por drenagem através da membrana timpânica perfurada e necrose ao
redor dos ossículos da audição.
- Causa comum de perda auditiva (principalmente em áreas sem atendimento médico).
- Estádio grave da Mastoidite: ruptura da membrana timpânica ou infecção do processo
mastóide.
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Orelha Interna
➔ Faz o suprimento dos sentidos de audição e equilíbrio via receptores.
➔ Receptores: alojados dentro de uma série de tubos e câmaras preenchidos pelo
labirinto membranáceo.
➔ Endolinfa→ líquido contido no labirinto, que contém muitos íons potássio e poucos
íons sódio.
➔ Células receptoras da orelha: só funcionam quando são expostas à composição iônica da
endolinfa.
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➔ Labirinto ósseo→ estojo ósseo denso, que faz o revestimento e proteção do labirinto
membranáceo.
➔ Perilinfa→ líquido com propriedades parecidas do líquido cerebroespinhal.
➔ Labirinto ósseo é dividido em:
- Vestíbulo COMPLEXO VESTIBULAR
- Canais Semicirculares → possuem estímulos responsáveis pela rotação da cabeça.
- Cóclea
—VESTÍBULO—
➔ Utrículo e Sáculo: são cavidades contidas no interior do
vestíbulo.
➔ O Utrículo e o Sáculo possuem receptores que dão a sen-
sação de gravidade e aceleração linear.
➔ Janela do vestíbulo: abertura mais superior da parede coclear.
➔ Quando um som faz vibração da membrana timpânica→ os movimentos são
transmitidos até a perilinfa da orelha interna via movimentos do estribo→
ocorre a estimulação dos receptores no interior do ducto coclear→
consegue-se ouvir o “som”.
–CÓCLEA–
➔ Ducto coclear: está prensado entre um par de câmaras cheias de perilinfa.
➔ Janela da cóclea: abertura mais inferior.
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➔ Células ciliadas: receptores sensitivos da orelha interna controlados por fibras
sensitivas aferentes.
➔ Células ciliadas estão rodeadas por células de sustentação.
➔ As células ciliadas são mecanorreceptores muito especializados, sensíveis à distorção
dos estereocílios→ essas células têm alta capacidade de dar sensações de equilíbrio no
vestíbulo e de audição na cóclea → há uma dependência de estruturas acessórias para
restringir as fontes de estimulação.
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UTRÍCULO E SÁCULO
➔ Ducto endolinfático.
➔ Saco endolinfático.
➔ As células ciliadas do utrículo e sáculo estão distribuídos nas máculas ovais.
➔ Estatocônios: cristais de carbonato de cálcio compactados.
➔ Otólito: matriz gelatinosa + estatocônios.
➔ Se a cabeça está em posição normal (ereta)→ otólitos estão repousados no topo da
mácula (o peso da cabeça faz pressão sobre a superfície macular, empurrando os cílios
sensitivos mais pra baixo do que para os lados).
➔ Se a cabeça está inclinada→ há força da gravidade sobre os otólitos, que se desviam
para os lados (o desvio deforma os cílios sensitivos e a alteração na atividade da célula
receptora avisa o SNC que a cabeça não está mais nivelada).
EXEMPLO DO ELEVADOR:
- Quando o elevador arremete para baixo. na
hora conseguimos sentir o movimento pois os
otólitos não fazem mais uma pressão tão
forte sobre a superfície das células recep-
toras.
- Quando o elevador retorna a sua nivelação,
não percebemos o deslocamento até o elevador
parar subitamente→ conforme o corpo desa-
celera, os otólitos pressionam fortemente a superfície das células receptoras e
“sentimos” a força da gravidade aumentar.
Aplicação Clínica (nota clínica)
1) NISTAGMO:
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VIAS VESTIBULARES
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AUDIÇÃO
➔ CÓCLEA:
- se espirala ao redor do modíolo (eixo central).
- Modíolo: encerra (limite) o gânglio espiral.
- Gânglio espiral: contém corpos celulares de neurônios sensitivos que controlam os
receptores do ducto coclear.
- Rampa do vestíbulo e Rampa do tímpano→ interconectadas no corpo espiral da cóclea.
- Órgão de Corti (ou espiral):
- contém células ciliadas do ducto coclear.
- membrana basilar→ separa o ducto coclear da rampa do tímpano.
- células ciliadas→ não possuem cinetocílios e seus estereocílios estão em contato com
a membrana tectória (se uma parte da parede da membrana sobe ou desce, os
estereocílios das células ciliadas são deformadas).
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2) Axônios dos neurônios de segunda ordem irão CRUZAR PARA LADO OPOSTO
do encéfalo e descer pelo colículo inferior do mesencéfalo.
3) Antes mesmo de chegar ao córtex cerebral, as sensações auditivas sobem e
fazem sinapse no metatálamo.
4) Fibras de projeção enviam a informação para o córtex auditivo do lobo
temporal.
APLICAÇÕES CLÍNICAS
1) PERDA AUDITIVA:
- Resulta de: patologias na orelha média.
- Ocorre o bloqueio da transferencia normal da vibração da membrana timpânica à
janela do vestíbulo.
- Perda auditiva temporária→ pode ser causada pelo acúmulo de água ou cerume no
meato acústico externo.
- Exemplos de surdez de condução: cicatrização ou perfuração da membrana timpânica e
imobilização de ossículos da audição.
- Surdez Neurossensorial: afeta o interior da cóclea ou outra região da via auditiva→ as
vibrações conseguem alcançar a janela do vestíbulo, porém os receptores não
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2) VERTIGEM:
- Sensação imprópria de movimento (rotação).
- Causada por: condições anormais da orelha interna, estimulação da orelha interna ou
problemas em qualquer outro local da via vestibular que leva a sensações de equilíbrio.
- Pode estar associada a : problemas neurológicos ou a febre alta.
- Qualquer evento que faça a endolinfa se mover→ estimula receptores→ vertigem.
- Consumo excessivo de álcool ou outras drogas→ pode causar vertigem.
- Perturbação das células ciliadas da orelha interna→ pode causar vertigem.
- Infecção viral do N.vestibular e lesão dos núcleos vestibulares→ pode causar vertigem.
- Vertigem aguda: pode ser causada pela produção anormal de endolinfa→ DOENÇA DE
MÉNIÈRE.
- Causa mais comum de vertigem→ CINETOSE (enjoo de movimento).
- Sinais e sintomas da cinetose: cefaléia, sudorese, rubor facial, náuseas, vômitos e
alterações no estado mental.
- Drogas usadas (geralmente) para evitar a cinetose:
- Dimenidrinato
- Escopolamina
- Prometazina
- As drogas irão deprimir a atividade nos núcleos vestibu-
lares.
3) DOENÇA DE MÉNIÈRE:
- É a deformação do labirinto membranáceo da orelha interna.
- Ocorre pela alta pressão hidrostática que pode romper as paredes membranáceas e
misturar a endolinfa com a perilinfa.
- Forte estimulação dos receptores que estão no vestíbulo e nos ductos semicirculares.
- Indivíduo pode não conseguir realizar movimentos voluntários pois está passando por
sensações intensas de rotação e de balanço.
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IMPLANTE COCLEAR