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MARIA FERNANDA VILAS BOAS VANZOLINI

RESUMO

Anatomofisiologia do sistema auditivo periférico:

orelha externa, média e interna.

Docente: Profa. Dra. Renata Sales

FRANCA – SP

2023

INTRODUÇÃO
Baseado nas necessidades humanas, o sistema auditivo evoluiu e se aperfeiçoou de modo que
nos ajudasse a desenvolvermo-nos num meio social, visto que a audição é fundamental para a
comunicação.
Quanto à estrutura do sistema, é formado por orelha externa, média e interna e, ainda, pelas
vias auditivas. A orelha tem essas três divisões devido às diferentes peculiaridades em suas
estruturas e funções e se encontram no osso temporal.

DESMEMBRANDO O SISTEMA AUDITIVO


ORELHA EXTERNA (O.E)
A região denominada orelha externa é estruturada por: pavilhão auricular, meato acústico
externo e pela face externa da membrana timpânica (M.T). A O.E é responsável pela
captação dos sons.
O pavilhão auricular é a parte visível da O.M, formado por uma cartilagem flexível recoberta
por pele e é responsável por captar os sons e as encaminhar para o meato.
O meato acústico externo possui uma medida próxima de 27mm, considerando desde o poro
acústico externo à MT e é formado por duas partes centrais ósseas e uma cartilaginosa. A
funcionalidade do meato é a ressonância e a proteção do som. É nesta estrutura que se
encontra a cera, produzida por glândulas ceruminosas da pele da estrutura formando uma
membrana, responsável por proteger e encauchar de microorganismos por causa de sua
composição e acidez. Além disso, o meato funciona como um bloqueio contra as mudanças
de temperatura ou umidade que podem atingir e mudar a flexibilidade da membrana
timpânica, além de aumentar os sons. A derme do meato acústico externo compõe a parte
externa do MT, um septo fibromuscular constituído por muitas camadas.

ORELHA MÉDIA (O.M)


A região denominada como orelha média é composta pela face interna da membrana
timpânica, cavidade timpânica, onde está localizado o conjunto de ossículos e tuba auditiva.
A cavidade conta com seis paredes, denominadas como: parede jugular (assoalho/inferior),
parede tegmental (teto/superior), parede labiríntica (interna),
parede mastóidea (posterior), parece carotídea (anterior) e parede membranácea (lateral).
A orelha média é responsável por se constituir em um transformador de impedância
extremamente eficaz, o que permite a passagem correta dos balanços aéreos aos líquidos do
labirinto. Para cumprir tal papel são necessárias três estruturas tuba auditiva, os músculos dos
ossículos e o sistema tímpano-ossicular.
A tuba auditiva é a via que faz a ligação da rinofaringe à O.M e viabiliza a introdução do ar
na cavidade. O arejamento da orelha acontece durante espirros, bocejos, deglutição, ou seja,
durante ações que fazem com que a tuba se abra. Sua função é homogeneizar as pressões
externas e internas à membrana timpânica, assim ela fica livre para vibrar.
Quanto aos músculos dos ossículos do ouvido, o músculo tensor do tímpano é inervado pelo
trigêmeo, o VII par craniano, se conecta ao cabo do ossículo martelo e quando contraído,
puxa-o para dentro. O estapédio é inervado pelo facial, o VII par craniano e se conecta à
cabeça do ossículo estribo e quando contraído, desloca o estribo rumo a janela do vestíbulo,
onde está estabelecido. Quando submetido a ruídos acentuados, os músculos retraem o que
amplifica a resistência à propagação sonora com frequências inferiores a 1.800Hz,
posibilitando a redução de basicamente 30dB na intensidade, em função da alta firmeza da
cadeia ossicular, para defesa da orelha interna.
O sistema tímpano-ossicular é composto pela membrana timpânica e pelos ossículos Bigorna,
Martelo e Estribo retido em tal ponto através de vários ligamentos. O Martelo é o primeiro e
o maior e se crava à MT, a união entre ele a bigorna se dá a partir da articulação
incodumaleolar e a articulação incudoestapedial é responsável pela conexão da bigorna e do
estribo. A articulação vestibuloestapedial conecta a base do estribo à janela vestibular.
Quando estruturada, a cadeia ossicular conduz as vibrações da MT à janela do vestíbulo e à
perilinfa da escala vestibular. Esse é o denominado meio de transmissão aérea. Esse sistema é
considerado um modificador enérgico que vai estabilizar as impedâncias da O.M e da O.I
para uma passagem de som adequada, através do mecanismo hidráulico e do mecanismo de
alavanca.
No sistema auditivo, encontra-se, além da transmissão aérea, a condução óssea, que acontece
através de vibrações ósseas que alcançam justamente os líquidos da O.I induzindo os
recebedores do órgão de Corti. Essa condução acontece em duas maneiras: ondas de
constrição e rarefação do vértice craniano e, movimento do crânio com relação ao conjunto
de ossículos fixos. A investigação da transmissão aérea e da condução óssea forma a origem
da audiometria tonal óssea e a aérea para diagnosticar e localizar alterações audiológicas.

ORELHA INTERNA (O.I)


Encontrada na parte petrosa do osso temporal e é nela que são contidos os órgãos sensoriais
auditivos e de equilíbrio corporal, estes utilizam terminações nervosas dos ramos coclear e
vestibular na inervação vestibulococlear, VIII par. E conta com três estruturas essenciais:
labirinto ósseo (perilinfático), cápsula ótica (labiríntica) e o labirinto membranáceo
(endolinfático).
O labirinto perilinfático tem 20mm de comprimento e conta com um estojo que abriga o
labirinto endolinfático e é constituído por três estruturas: vestíbulo, canais semicirculares e a
cóclea, além de conter um líquido a perilinfa, que rodeia o labirinto endolinfático. O labirinto
endolinfático conta com vesículas e ductos repletos pelo líquido endolinfa, as muitas partes
desse labirinto montam um sistema de canais fechados que se relacionam, dessa forma, os
ductos semicirculares se abrem no utrículo e sáculo. As partes sensoriais estão localizadas na
ampola de cada ducto semicircular, as chamadas cristas ampulares, no sáculo: mácula
sacular; e no utrículo: mácula utricular. As partes sensoriais pertencem ao chamado sistema
vestibular, que é um dos responsáveis pelo equilíbrio. O sáculo tem função auditiva residual.
A estrutura sensorial, órgão de Corti, está localizado no ducto coclear.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Munhoz,MSL; Caovilla, HH; Silva, MLG; Ganança, MM. Audiologia Clínica. [São Paulo].
Editora Atheneu LTDA. [2000] p. 19-23. vol. 2

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