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Bases Morfofuncionais I – Farley Reis Rodrigues

CRÂNIO NEUROCRÂNIO

• Possui um teto (calvária) e um assoalho


EMBRIOLOGIA
(base do crânio);
• É proveniente do mesênquima, o qual • Ossos que formam a calvária são planos:
originará o neurocrânio e o viscerocrânio; frontal, parietal e temporal;
• O neurocrânio protege o encéfalo; • Os ossos da base do crânio são: frontal,
o Caixa óssea do encéfalo e das occipital, esfenoide, etmoide, parietal e
meninges cranianas; temporal;
o Contém as partes proximais dos nn. • O etmoide também faz parte do
cranianos e a vasculatura encefálica; viscerocrânio.
o Ele pode ser, inicialmente,
cartilaginoso (condrocrânio), VISCEROCRÂNIO
sofrendo processo de ossificação • Compreende os ossos da face, constitui a
posteriormente;
parte anterior do crânio;
• Ossificação endocondral dos ossos da
• Formado por 15 ossos irregulares;
base do crânio:
• 3 ímpares e 6 pares;
o 1º: occipital;
• Ímpares: mandíbula, etmoide e vômer;
o 2º: esfenoide;
• Pares: maxilas, conchas nasais inferiores,
o 3º: etmoide.
zigomáticos, palatinos, nasais e
• Já o neurocrânio membranoso é
lacrimais;
derivado das células da crista neural e do
• Obs.: a maxila representa a maior parte
mesoderma paraxial que recobrem o
do esqueleto facial superior, forma a
encéfalo em desenvolvimento;
arcada dentária superior. Já a mandíbula
• Abriga os ossos chatos e constitui a
forma a arcada dentária inferior, que é
calvária (cúpula ou teto do crânio);
móvel (se articula com a base do crânio
o Sofre ossificação intramembranosa;
pela ATM).
o Os ossos são separados pelas suturas
• Além disso, vários ossos do crânio são
(tecido conjuntivo fibroso);
pneumáticos, contendo espaços aéreos,
• O viscerocrânio cartilaginoso é derivado
de modo a produzir redução no peso.
dos dois primeiros arcos faríngeos, o arco
mandibular e o arco hioide; SUTURAS
• O viscerocrânio membranoso irá sofrer
ossificação intramembranosa do • Os ossos da calvária são unidos por
mesênquima do 1º arco faríngeo; suturas (tipo de articulação fibrosa);
o Formará os ossos da face. • Principais suturas:

FRONTAL
• Separa os ossos frontais, mas é
temporária, desaparece a partir de 2 anos
de idade. No entanto, em cerca de 8% das
pessoas há um remanescente desta
(sutura metópica).
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CORONAL FONTANELAS OU FONTÍCULOS
• Separa o osso frontal dos parietais. • São os encontros das suturas,
representando partes de ossos não
SAGITAL ossificados;
• Separa os dois ossos parietais. • Permitem a passagem do crânio do bebê
pelo canal vaginal durante o parto
LAMBDÓIDE (remodelação);
• Anterior: futuro local do bregma;
• Separa os ossos parietais e temporais do
• Posterior: futuro local do lambda;
occipital.
• Esfenoidais (anterolateral): localizada
entre as suturas coronal e escamosa;
ESCAMOSA
• Mastoideas (posterolateral): está entre
• Separa o parietal do temporal; as suturas lambdoidea e sagital.
• As suturas sagital e lambdóidea
convergem em um lambda;
• Há outras, mais específicas de acordo
com os contatos ósseos;
• O fechamento das suturas (sinotose)
inicia entre os 30-40 anos de idade.

CORRELAÇÃO CLÍNICA

• Fontanela comprimida: indica processo


de desidratação;
• Fontanela abalada: indica aumento da
pressão intracraniana.

MALFORMAÇÕES DO CRÂNIO -
CRANIOSSINOSTOSE

ESCAFOCEFALIA
• Fechamento prematuro da sutura sagital,
o crânio fica com aspecto longo, estreito
e cuneiforme.

TRIGONOCEFALIA
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• Fechamento precoce da sutura metópica. porção inferior com o nasal e o
zigomático;
PLAGIOCEFALIA • Em alguns adultos há a sutura metópica
na linha mediana da glabela (parte lisa
• Fechamento prematuro da sutura
entre as sobrancelhas);
coronal ou lambdoidea é unilateral, há
• O násio é a articulação dos ossos nasal e
torção e assimetria do crânio.
frontal. É um dos pontos craniométricos
usados na medicina;
BRAQUICEFALIA

• Semelhante à plagiocefalia, mas ocorre
bilateralmente. OSSO FRONTAL
• OBS.: essas malformações geralmente
• Articula-se com lacrimal, etmoide e
não acarretam prejuízo para o
esfenoide;
desenvolvimento cognitivo;
• Uma parte horizontal (orbital) forma o
• OBS.: a Microcefalia (quando o diâmetro
teto da órbita e uma porção do assoalho
do crânio é menor do que deveria) não é
da parte anterior da cavidade do crânio;
problema de malformação óssea, mas
• Em alguns crânios a margem supraorbital
sim problema relacionado ao
do frontal possui um forame ou incisura
desenvolvimento do SNC.
supraorbital (dá passagem ao nervo e
vasos supraorbitais);
• Arco superciliar: está acima da margem
supraorbital, se estendendo lateralmente
de cada lado da glabela.

OSSOS ZIGOMÁTICOS
• Situam-se nas paredes inferior e lateral
das órbitas, apoiados sobre as maxilas;
• São quadriláteros;
• Era denominado de osso malar;
• Rubor malar: é um sinal clínico, eritema
cutâneo que proeminência zigomática

está associada à elevação da temperatura
ANATOMIA DO CRÂNIO que ocorre em algumas doenças, como a
tuberculose e o lúpus eritematoso
VISTA FRONTAL DO CRÂNIO sistêmico (LES);
• Forame zigomaticofacial: perfura a face
• É formada pelos ossos frontal,
zigomático, órbitas, região nasal, maxila e lateral de cada osso;
• Articulam-se com o frontal, o esfenoide,
mandíbula;
• A escama (parte plana) do frontal forma o o temporal e a maxila.
esqueleto da fronte, articulando-se na

OSSOS NASAIS
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• Inferiormente a eles está a abertura etmoide e os ossos nasais, e segue em
piriforme, em forma de pera, (abertura direção lateral através das asas maiores
nasal anterior do crânio); do esfenoide e das suturas
• O septo nasal ósseo pode ser observado frontozigomáticas. A fratura
através dessa abertura, dividindo a concomitante dos arcos zigomáticos
cavidade nasal em direita e esquerda; separa a maxila e os zigomáticos do
• Na parede lateral de cada cavidade nasal restante do crânio.
há lâminas ósseas curvas, as conchas
nasais.

MAXILAS

• Formam o esqueleto do arco dental


superior;
• Os processos alveolares incluem as
cavidades (alvéolos) dos dentes; MANDÍBULA
• As maxilas são unidas pela sutura
• Tem formato de “U”;
intermaxilar no plano mediano;
• Possui processo alveolar que sustenta os
• Elas circundam a maior parte da abertura
dentes mandibulares e constitui a arcada
piriforme e formam as margens
dentária inferior;
infraorbitais medialmente;
• Corpo: parte horizontal;
• Conexão com os zigomáticos
• Ramo: parte vertical;
lateralmente;
• Forames mentuais: passa os nervos e
• Forame infraorbital: passagem ao nervo
vasos mentuais;
e aos vasos infraorbitais.
• A protuberância mentual é uma elevação
FRATURAS MAXILARES – CLASSIFICAÇÃO DE LE óssea triangular situada em posição
FORT inferior à sínfise da mandíbula (união
óssea onde se fundem as metades da
• Le Fort I: fratura horizontal da maxila,
mandíbula do lactente).
segue superiormente ao processo
alveolar maxilar, cruza o septo nasal VISTA LATERAL
ósseo e possivelmente as lâminas do
• É formada pelo neurocrânio e pelo
processo pterigoide;
• Le Fort II: segue das partes viscerocrânio;
posterolaterais dos seios maxilares em • Os principais constituintes do
sentido superomedial através dos neurocrânio são a fossa temporal, o poro
forames infraorbitais, lacrimais ou acústico externo do meato acústico
etmoides até a ponte do nariz. Toda a externo e o processo mastoide do
parte central da face, inclusive o palato temporal;
duro e os processos alveolares são • Os principais constituintes do
separados do restante do crânio; viscerocrânio são a fossa infratemporal,
• Le Fort III: fratura horizontal que o arco zigomático e as faces laterais da
atravessa as fissuras orbitais superiores, o maxila e mandíbula;
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• Limites superior e posterior da fossa • Ínio: é um ponto craniométrico
temporal são as linhas temporais importante e é definido pela extremidade
superior e inferior; da protuberância occipital externa;
• O limite anterior é representado pelo • Crista occipital externa: desce da
frontal e pelo zigomático; protuberância em direção ao forame
• O limite inferior é o arco zigomático; magno (grande abertura na parte basilar
• A margem superior desse arco do occipital);
corresponde ao limite inferior do • Linha nucal superior: forma o limite
hemisfério cerebral; superior do pescoço, estende-se
• O arco zigomático é formado pela união lateralmente a partir de cada lado da
do processo temporal do zigomático com protuberância, a linha nucal inferior é
o processo zigomático do temporal; menos evidente;
• Ptério: área de junção óssea localizada na • Lambda: indica a junção das suturas
parte anterior da fossa temporal (3 a 4 cm sagital e lambdoidea;
acima do ponto médio do arco o Ossos suturais: nessa região pode
zigomático); haver ossos acessórios (um ou mais)
o Ele é indicado por suturas que no lambda ou perto do processo
formam um H e unem o frontal, o mastoide.
parietal, o esfenoide (asa maior) e o
temporal; VISTA SUPERIOR/VERTICAL
• O poro acústico externo é a entrada do • Um pouco oval, alarga-se em sentido
meato acústico externo (leva à posterolateral nas eminências parietais;
membrana timpânica); • Em algumas pessoas as eminências
• Processo mastoide do temporal: situa-se frontais também são visíveis (confere à
posteroinferiormente ao poro acústico calvária aparência quase quadrada);
externo do meato; • A sutura coronal separa os ossos parietais
o Anteromedialmente a ele está o do frontal;
processo estiloide do temporal, uma • Bregma: é o ponto de referência
projeção fina, pontiaguda craniométrico formado pela interseção
(semelhante a uma agulha); das suturas sagital e coronal;
• Fossa infratemporal: espaço irregular • O vértice é o ponto mais alto da calvária,
situado profundamente ao arco está perto da sutura sagital;
zigomático e à mandíbula e • O forame parietal é uma abertura
posteriormente à maxila. pequena e inconstante localizada na
região posterior do parietal, perto da
VISTA OCCIPITAL
sutura sagital (pode haver 2 forames);
• A vista posterior é formada pelo • Forames emissários: são forames
occipúcio, partes dos parietais e partes irregulares, dão passagem às veias
mastoideas dos temporais; emissárias, que são responsáveis pela
• Protuberância occipital externa: palpada conexão entre as veias do couro cabeludo
com facilidade no plano mediano; e os seios venosos da dura-máter.

VISTA INFERIOR DA BASE


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• A base do crânio é a parte inferior do • Osso ímpar irregular, encaixado entre o
neurocrânio e viscerocrânio (menos a frontal, o temporal e o occipital;
mandíbula); • Formado por um corpo, asas maiores,
• Tal vista é constituída pelo arco alveolar asas menores e processos pterigoides;
da maxila, pelos processos palatinos das • Asas maiores: estendem-se lateralmente
maxilas, pelo palatino, efenoide, vômer, a partir das faces laterais do corpo do
temporal e occipital; osso. Têm faces orbital, temporal e
• A parte anterior do palato duro (ósseo) é infratemporal (observadas nas vistas
formada pelos processos palatinos da facial, lateral e inferior do exterior do
maxila e a parte posterior, pelas lâminas crânio);
horizontais dos palatinos; • Processos pterigoides: são formados
• A margem posterior livre do palato duro pelas lâminas lateral e medial, estendem-
projeta-se posteriormente no plano se em sentido inferior, de cada lado do
mediano como a espinha nasal posterior; esfenoide, a partir da junção do corpo e
• Fossa incisiva: depressão na linha das asas maiores.
mediana do palato duro (abre-se os
canais incisivos); • O sulco para a parte cartilagínea da tuba
• Os nervos nasopalatinos direito e auditiva situa-se medial à espinha do
esquerdo partem do nariz através de um esfenoide, abaixo da junção da asa maior
número variável de canais incisivos e do esfenoide com a parte petrosa do
forames; temporal;
• Forames palatinos maior e menor: • As depressões na parte escamosa do
localizados na região posterolateral; temporal, denominadas fossas
• Cóanos: são aberturas nasais posteriores mandibulares, acomodam os côndilos
situados superiormente à margem do mandibulares quando a boca está
palato e são separados pelo vômer (osso fechada;
que constitui grande parte do septo nasal • A parte posterior da base do crânio é
ósseo). formada pelo occipital, que se articula
com o esfenoide anteriormente;
• As quatro partes do OCCIPITAL são
dispostas ao redor do forame magno;
• Forame magno: por ele passam as
seguintes estruturas, medula espinal, as
meninges do encéfalo e da medula
espinal, as artérias vertebrais, as artérias
espinais anteriores e posteriores e a raiz
do nervo acessório (NC XI);
• Côndilos occipitais: estão nas partes
laterais do occipital e se articulam com a
coluna vertebral;
• Forame jugular: grande abertura entre o

occipital e a parte petrosa do temporal,
por onde emergem do crânio a veia
OSSO ESFENOIDE
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jugular interna e vários nervos cranianos • A parte maior é formada pelas partes
(NC IX ao XI); orbitais do frontal (sustentam os lobos
• Canal carótico: entrada da artéria frontais e formam os tetos das órbitas);
carótida interna, ele se situa • Essa superfície tem impressões sinuosas
imediatamente anterior ao forame dos giros (cristas) orbitais dos lobos
jugular; frontais;
• Forame estilomastoideo: dá passagem • Crista frontal: extensão óssea mediana
ao nervo facial (NC VII) e à artéria do frontal;
estilomastoidea (situa-se posteriormente • Em sua base está o forame cego do
à base do processo estiloide). frontal (dá passagem a vasos durante o
desenvolvimento fetal, mas é
VISTA SUPERIOR DA BASE insignificante após o nascimento);
• Possui três grandes depressões situadas e • Crista etmoidal: crista óssea mediana e
diferentes níveis: as fossas anterior, espessa, está posteriormente ao forame
média e posterior do crânio, que formam cego (se projeta superiormente a partir
o assoalho côncavo da cavidade do do etmoide);
crânio. • De cada lado dessa crista está a lâmina
cribiforme do osso etmoide, que possui
muitos forames pequenos, os quais dão
passagem aos nervos olfatórios (NC I).
• Obs.: quando se suspeita de TCE
acometendo a base do crânio, não se
pode passar determinados tipos de
sondas nasais, já que poderá ocasionar
prejuízos significativos.

FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO

• Possui forma de borboleta;


• A parte central é formada pela sela turca
no corpo do esfenoide;
• As partes laterais são formadas pelos
seguintes componentes: asas maiores do
esfenoide, e partes escamosas dos
FOSSA ANTERIOR DO CRÂNIO
temporais (lateralmente) e as partes
• As partes inferior e anterior dos lobos petrosas dos temporais
frontais do encéfalo ocupam a fossa (posteriormente);
anterior do crânio; • As partes laterais sustentam os lobos
• É formada: temporais do encéfalo;
o Anteriormente: pelo frontal; • Margem superior petrosa do temporal: é
o Meio: pelo etmoide; o limite entre as fossas média e posterior
o Posteriormente: pelo corpo e asas do crânio (lateralmente);
menores do esfenoide; • Já medialmente, o limite é o dorso da sela
do esfenoide;
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• Já as grandes partes laterais são lua perfuram as raízes das faces cerebrais
deprimidas de cada lado; das asas maiores dos esfenoides.
• Essa fossa está situada o Fissura orbital superior: está entre as
posteroinferiormente à fossa anterior do asas maior e menor, abre-se
crânio; anteriormente para o interior da
• É separada pelas cristas esfenoidais órbita. Dá passagem ao nervo
salientes lateralmente e o limbo oculomotor, nervo troclear, ramo
esfenoidal no centro; oftálmico do nervo trigêmeo e nervo
• Cristas Esfenoidais: são formadas pelas abducente;
margens posteriores salientes das asas o Forame redondo: está
menores dos esfenoides; posteriormente à extremidade medial
• Os limites mediais são os processos da fissura orbital superior, segue um
clinoides anteriores (duas projeções trajeto horizontal até uma abertura
ósseas pontiagudas); na face anterior da raiz da asa maior
• Limbo esfenoidal: crista com do esfenoide para a fossa
proeminência variável, é o limite anterior pterigopalatina (estrutura óssea entre
do sulco pré-quiasmático transversal (se o esfenoide, a maxila e os palatinos);
estende entre os canais ópticos direito e o Forame oval: é um grande forame
esquerdo); posterolateral ao forame redondo;
• A sela turca é a formação óssea situada abre-se inferiormente na fossa
sobre a face superior do corpo do infratemporal;
esfenoide (que é circundada pelos o Forame espinhoso: situado
processos clinoides anteriores e posterolateralmente ao forame oval e
posteriores); se abre na fossa infratemporal (perto
• Esses quatro processos circundam a fossa da espinha do esfenoide).
hipofisial (formando o leito da hipófise); • O forame lacerado não faz parte da meia-
• A sela turca possui três partes: lua de forames. Ele está situado
o Tubérculo da sela: elevação mediana posterolateralmente à fossa hipofisial,
(varia de pequena a proeminente) sendo possível de observar somente
que forma o limite posterior do sulco seco, pois em vida é fechado por uma
pré-quiasmático e o limite anterior lâmina de cartilagem;
da fossa hipofisial; o Apenas alguns ramos da artéria
o Fossa hipofisial: depressão mediana meníngea e pequenas veias
no corpo do esfenoide que acomoda a atravessam verticalmente a
hipófise; cartilagem;
o Dorso da sela: é uma lâmina o A artéria carótida interna e seus
quadrada de osso. Forma o limite plexos simpático e venoso
acompanhantes atravessam a parte
posterior da sela turca e seus ângulos
proeminentes formam os processos superior da cartilagem, e alguns nn.
clinoides posteriores. atravessam-na horizontalmente,
• De cada lado do corpo do esfenoide, seguindo até um forame em seu limite
inferior;
quatro forames, que formam uma meia-
• Na face anterossuperior da parte petrosa
do temporal há um sulco do nervo
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petroso maior (se estende no sentido • A maioria dos ossos da calvária é formada
posterior e lateral a partir do forame por lâminas interna e externa do osso
lacerado). compacto, separadas por díploe;
• A substância óssea do crânio é distribuída
FOSSA POSTERIOR DO CRÂNIO desigualmente;
• É a maior e mais profunda das três; • Ossos planos (e relativamente finos)
• Aloja o cerebelo, a ponte e o bulbo; proporcionam resistência necessária para
• É formada pelo occipital, mas o dorso da manter as cavidades e proteger seu
sela do esfenoide marca seu limite conteúdo;
central; • Os ossos do neurocrânio são locais de
• As partes petrosa e mastoidea dos origem dos fortes músculos da
temporais formam as paredes mastigação, que se fixam distalmente na
anterolaterais; mandíbula. Assim, grandes forças de
• Clivo: é uma inclinação a partir do dorso tração atravessam a cavidade nasal e as
da sela que leva ao forame magno; órbitas, situadas entre eles;
• Posteriormente a esse forame, a fossa • As partes espessas dos ossos cranianos
posterior do crânio é parcialmente formam os pilares mais fortes ou reforços
dividida pela crista occipital interna em que conduzem as forças, passando ao
fossas cerebelares (grandes impressões largo das órbitas e da cavidade nasal.
côncavas); • Reforço frontonasal: se estende da
• Protuberância occipital interna: começa região dos dentes caninos entre as
a partir da crista occipital interna, e é cavidades nasal e orbital até a parte
formada em relação à confluência dos central do frontal;
seios, uma fusão dos seios venosos • Reforço arcozigomático – margem
durais; orbital lateral: que vai da região dos
• Forame jugular: está na base da crista molares até a parte lateral do frontal e o
petrosa do temporal. Dá passagem a temporal;
vários nervos cranianos além do seio • Reforços occipitais: conduzem as forças
sigmoideo (sai do crânio como a veia recebidas lateralmente ao forame magno
jugular interna); provenientes da coluna vertebral
• Anterossuperiormente ao forame jugular
REGIÕES DA CABEÇA
está o meato acústico interno para os
nervos facial (NC VII) e vestibulococlear • A cabeça é dividida em regiões para
(NC VIII) e a artéria do labirinto; permitir a comunicação exata acerca da
• O canal do nervo hipoglosso (NC XII) está localização das estruturas, lesões ou
superiormente à margem anterolateral afecções;
do forame magno. • Com exceção da região auricular, os
nomes das regiões neurocranianas da
PAREDES DA CAVIDADE DO CRÂNIO cabeça correspondem aos ossos ou a
• A espessura varia nas diferentes regiões; acidentes ósseos subjacentes;
• Os ossos tendem a ser mais finos em área • A parte neurocraniana possui as
cobertas por músculos (como a parte seguintes regiões:
escamosa do temporal); o Frontal;
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o Parietal;
o Occipital;

o Temporal;
o Auricular;
o Mastoidea.
• A parte viscerocraniana inclui a região
facial (que é dividida em cinco regiões
bilaterais e três medianas associadas aos
elementos superficiais):
o Região orbital;

o Região infraorbital;
o Região bucal;
o Região parotídea;
o Região zigomática;
o Região nasal;
o Região oral;
o Região mentual.


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FORAMES E PONTOS CRANIOMÉTRICOS
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