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AULA 4 – CCD1 – N2

SISTEMA ESQUELÉTICO APENDICULAR DO CÃO E GATO


 Sistema apendicular = membros
 Raio-x é muito usado para visualizar ossos, pois a maior parte do osso é de material
mineralizado = muito denso = muito bem visualizado no raio x ( 1/3 matriz orgânica
[osteóide] e 2/3 material não-orgânico [mineralizado] )  a porção mineralizada é
visualizada no Rx
 O osso é radiopaco (branco) junto com os dentes, os ossos são as estruturas mais
densas que tem no corpo.
 Tipos de ossos:
o Ossos são formados por 2 partes, principalmente os ossos longos, que são a parte
cortical e a parte medular (trabecular)  “parte de fora e a parte de dentro”
o A parte de fora (cortical) é mais densa, então ela é mais radiopaca (branca) do
que a parte interna  A cortical é a camada externa da maioria dos ossos 
radiograficamente é densa (radiopaca) e homogênea.
o A parte medular está nas extremidades dos ossos longos, vertebras e ossos chatos
 nos ossos longos é onde tem a medula óssea  parece uma esponja, por isso
é menos denso  radiograficamente é trabeculada, esponjosa ou porosa  está
cercado por sangue
o Ossos curtos ou cuboides, ossos chatos, ossos longos, ossos sesamóides
o Ossos sesamoides também são ossos curtos, ex a patela  ficam próximo às
articulações e muitas vezes passam ligamentos por eles, eles servem para ajudar
na articulação

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o Partes dos ossos longos


 Parte mais próxima do corpo do animal é a parte proximal e a parte mais
próxima ao chão é a parte distal do osso longo
 Disco de crescimento (cartilagem epifiseal/fise)  cartilagem entre a epífise e
a metáfise que vemos em animais jovens  Cartilagem não conseguimos ver
no raio x, tem a mesma densidade de musculo  vemos uma linha
radioluscente (preta) entre a epífise e a metáfise de ossos longos que é o disco
de crescimento  para cada osso temos um local de disco de crescimento,
por exemplo no fêmur tem na cabeça do fêmur , no trocanter maior e na
porção distal  precisamos saber identificar o disco de crescimento e saber
diferenciar de uma fratura que também vai aparecer como uma linha
radioluscente (preta), então é importante saber os locais do disco de
crescimento de cada osso para conseguir diferenciar.  É bom ver o disco de
crescimento para saber a idade do animal também, cães e gatos,
conseguimos enxergar o disco até 1 ano de idade mais ou menos, em cães de
raças grandes tem um amadurecimento mais tardio e conseguimos visualizar
por mais tempo  a cartilagem vira osso
 Epífise  extremidade do osso (distal e proximal)  na região da epífise não
tem periósteo, tem cartilagem articular (não enxergamos no raio x)
 Apófise  tuberosidade da tíbia, trocanter maior do fêmur, ...
 Metáfise  meio (logo após as epífises) tem distal e proximal
 Diáfise  bem no meio da parte proximal e parte distal  maior parte do osso
longo  dentro da diáfise vamos dizer se ela é proximal, medial ou distal
 Periósteo  menos nas articulações (cartilagens), sua camada interna possui
osteoblastos  membrana ao redor do osso, a camada mais externa do osso,
que envolve ele  é muito importante na cicatrização do osso, na
consolidação
 Endósteo  forra a cavidade medular e é composto por osteoblastos e
osteoclastos  é uma membrana interna do osso.
 Canais nutridores  forames (furos) que passam entre os ossos para nutrir eles

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 Quando olhamos o osso, vamos avaliar os seguintes parâmetros:


o Continuidade óssea  integridade do osso
o Densidade óssea  saber que a cortical é mais densa do que a medular
o Congruência articular  se um osso está articulando corretamente com o outro
 Sempre fazer duas incidências (2 raios X) em ângulo reto, uma em relação a outra
 no raio x sempre precisamos de 2 projeções para saber a profundidade, e se esta
deslocado o osso por exemplo
 Para cada parte do corpo, tem posições padronizadas, tem um modo de
posicionar o paciente especifico.
 Indica-se fazer o raio x de membros para  fraturas, luxações, neoplasias, em
doenças do desenvolvimento, degenerativas e metabólicas  exames
complementares podem ser usados para o diagnostico
 Membros torácicos/anteriores (direito e esquerdo) e pélvicos/posteriores (direito e
esquerdo)
 Articulações
o Consistem em duas superfícies ósseas opostas, moveis ou não
o Cartilagem articular, circundada pela cápsula articular que secreta o liquido
sinovial, meniscos, ligamentos, coxins de gordura  não conseguimos visualizar
no raio x, são limitações radiográficas, devido a densidade dessas estruturas, elas
tem as mesmas densidades, ficando tudo radiopaco com densidade de tecido

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mole, não conseguimos diferenciar (fica cinza)  essas estruturas são visualizadas
e exames de ressonância magnética e US
o Articulações dos membros torácicos  ombro (escapulo-umeral), cotovelo
(úmero-radio-ulnar), articulação carpal
o Articulações dos membros pélvicos  coxo-femoral, joelho (femuro-tibial),
articulação tarsal
MEMBROS TORÁCICOS
 Escapula, úmero, radio, ulna, carpo, metacarpos, falanges

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 É muito importante colocar o feixe central do raio x, no osso de estudo, onde


queremos radiografar, pois ali vai ser o local onde temos a melhor imagem  por
exemplo se queremos fazer um raio x do ombro, colocar o raio central nessa
articulação
 As incidências/projeções radiográficas que vamos usar nos membros torácicos são
 crânio-caudal ou dorso-palmar (após o carpo) e médio-lateral
 O animal deve estar em decúbito ventral/esternal e lateral direito ou esquerdo para
fazer as projeções nos membros  o membro que queremos radiografar deve estar
perto da placa/mesa

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 ESCÁPULA E ARTICULAÇÃO DO OMBRO


o A radiografia da escápula, é uma exceção no posicionamento e na projeção 
geralmente fazemos caudo-cranial em decúbito dorsal, pois se posicionar o
cachorro em decúbito esternal, puxando o membro para frente para fazer a
projeção crânio-caudal, o peito do paciente (principalmente em cães com peito
profundo) vai causar uma angulação, a escápula vai ficar maior do que seria e a
imagem vai ficar diferente do real  fazer raio x de escápula é difícil, muitas
vezes temos que sedar o paciente  mas podemos fazer a médio-lateral
também
o Tracionar os dois membros cranialmente, ao lado da cabeça
o O feixe central deve estar no ombro

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o Projeção médio-lateral  deitar o paciente de lado, puxar o membro que não


queremos radiografar, para trás e o membro que queremos ver, vamos puxar
para frente  a escapula vai ficar com muita sobreposição da coluna cervical,
mas conseguimos ver a articulação do ombro  tracionar a cabeça
dorsalmente (para cima)  essa projeção e posição se faz bastante para ver o
membro torácico

ombro
Sobreposição

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o Raio x de ombro e escápula não é muito solicitado

Cavidade glenóide = articula com o úmero

 ÚMERO E ARTICULAÇÃO DO OMBRO


o Projeção caudo-cranial, crânio-caudal e médio-lateral para a articulação do
ombro e parte do úmero
o para o úmero a projeção médio-lateral é a melhor, em decúbito lateral
tracionando a cabeça e pescoço dorsalmente. Tracionar o membro
cranialmente e o membro contralateral(o que não queremos radiografar)
caudalmente, cuidar sempre com o alinhamento do membro e o feixe central
do raio deve ser no meio do úmero

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o Em gatos geralmente vemos resquícios de clavícula (umas vírgulas radiopacas,


brancas próximo a articulação do ombro)  imagem abaixo carnívoros não
tem clavícula

 RÁDIO, ULNA E ARTICULAÇÃO DO COTOVELO

o Projeção médio-lateral na posição de decúbito lateral é Mais fácil de ver a


articulação, radio e a ulna a articulação tem o Processo ancôneo e a
tuberosidade do olecrano e vemos o rádio cranial a ulna  tracionar a cabeça
e pescoço dorsalmente, tracionar o membro cranialmente e o membro contra-
lateral (o que não queremos radiografar) caudalmente, devemos ter atenção ao
alinhamento do membro e o feixe central deve ser no cotovelo (para a
articulação) e no meio do radio (para radio e ulna)  vemos a ulna caudal ao
radio

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o Projeção cranio-caudal na imagem vai aparecer o olécrano sobreposto ao


umero , então sabemos que a projeção foi cranio-caudal  o decubito vai ser
ventral, tracionar a cabeça e o pescoço cudalmente, tracionar ambos os
membros cranialmente. Ter atenção ao alinhamento do membro e o feixe
central deve ser no cotovelo (para articulação) e no meio do radio (para radio e
ulna)  vemos a ulna sobrebondo ao radio

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o Em uma displasia de cotovelo, o olecrano e o processo ancôneo vão estar


alterados
 CARPO, METACARPOS E FALANGES
o Projeção Dorso-palmar  raio entra na frente e sai atrás da “mão”  decúbito
ventral, o feixe central vai estar nos ossos do carpo ou metacarpos  tracionar a
cabeça e o pescoço caudalmente, fixar o cotovelo e tracionar o membro
cranialmente

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o Os carnívoros possuem 5 dedos, portanto 5 metacarpos e falanges, o 1


metacarpo é o que está na região medial do membro.
o Existe a falange proximal, medial e distal  nos carnívoros a falange distal é a
unha

o Projeção médio-lateral  decúbito lateral, o feixe central deve ficar nos ossos do
carpo  tracionar a cabeça e pescoço dorsalmente, fixar o cotovelo e tracionar
o membro cranialmente

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o Projeção oblíqua (mediopalmar-dorsolateral)  decúbito lateral, o feixe central


deve ser nos ossos do carpo  tracionar a cabeça e pescoço dorsalmente, fixar
o cotovelo e tracionar o membro cranialmente  se faz essa projeção obliqua
para enxergar melhoro alguns ossos do metacarpo  ao invés de ficar bem de
lado o membro, damos uma leve inclinada

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MEMBROS PÉLVICOS
 Pelve (coxal, “bacia”), fêmur, tíbia, fíbula, tarso, metatarsos e falanges e sesamóides
como a patela
 Importante colocar o feixe central no osso de estudo
 Incidências crânio-caudal ou dorso-plantar (planta do pé) e médio-lateral 
exceção para radiografar a coxofemoral que é muito requisitada que se usa então
as projeções ventro-dorsal e latero-lateral (a pelve fica mais próximo/ “dentro” do
abdômen, por isso essas projeções)
 Decúbito ventral/esternal e lateral direito/esquerdo  para coxofemoral pode ser
em decúbito dorsal também

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 PELVE E ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL


o Projeção ventro-dorsal  decúbito dorsal, feixe central na linha média entre os
trocanteres femorais  tracionar os membros pélvicos caudalmente, atenção ao
alinhamento do esterno e abdômen  o raio vai entrar no ventre e vai sair no
dorso

o A cabeça do fêmur deve estar congruente com o acetábulo na articulação


coxofemoral  é nessa articulação que vai ocorrer a maior parte das displasias
o Devemos avaliar o lado esquerdo e direito e ver se eles estão simétricos, por
exemplo olhar a asa do íleo e ver se estão do mesmo tamanho, se elas estão
iguais , ver o forame obturador e ver se estão do mesmo tamanho, se estiver
significa que estão simétricos, está bem posicionado  devemos avaliar a
continuidade/integridade óssea também  avaliamos a densidade óssea 
avaliamos a radiopacidade óssea também

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o Projeção latero-lateral  o raio vai entrar na lateral e vai sair na lateral 


decúbito lateral direito ou esquerdo, o feixe central no trocanter maior do fêmur
 tracionar levemente os membros pélvicos caudalmente, deixar os membros
bem retos, bem paralelos entre si para que a cabeça do fêmur entre
perfeitamente dentro do acetábulo  vai ter sobreposição, a melhor para
coxofemoral é a ventro-dorsal

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 FÊMUR E JOELHO

o Projeção crânio-caudal  raio entra em cima (cranial) e sai na parte caudal 


decúbito dorsal, o feixe central deve ser no joelho  tracionar os membros
pélvicos caudalmente e rotacionar a tíbia medialmente  atenção ao
alinhamento do esterno e abdômen  sabemos que a projeção é crânio-caudal
pois conseguimos ver uma estrutura arredondada radiopaca (mais branca)
sobreposta ao fêmur, que é a patela. Outra maneira de saber, e olhando que a
fíbula está do lado da tíbia

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o Projeção médio-lateral  estendida ou flexionada  vamos ver o fêmur e a


patela cranial ao fêmur  É importante fazer essas as duas projeções no joelho,
pois duas lesões comumente encontradas são a luxação de patela e ruptura de
ligamento (no raio x não vemos o ligamento, não vemos as estruturas da
articulação  mas fazemos o rx para ver como estão as estruturas ósseas e para
ver se tem uma incongruência nessa articulação, um deslocamento, por isso é
importante fazer a projeção com o membro flexionado também a flexionada,
vamos dobrar a pata e empurrar para forçar a articulação do joelho e ver se tem
algum deslocamento  estendida o feixe central deve ficar no meio do fêmur,
afastar o membro contra-lateral ( o membro que não queremos radiografar), o
animal deve estar em decúbito lateral. Atenção ao alinhamento do fêmur em
relação a placa  na flexionada, o animal fica em decúbito lateral, o feixe
central deve ser no joelho, afastar o membro contra-lateral, flexionar o joelho em
um ângulo de 90° flexionar ao máximo o tarso para criar o deslocamento da
tíbia proximal em relação ao fêmur. Atenção ao alinhamento do fêmur em
relação a placa
o Vemos a patela na porção cranial do fêmur na médio-lateral

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 TÍBIA E FÍBULA
o Mesmas projeções do fêmur  crânio-caudal
o Crânio-caudal ou caudo-cranial  vemos a tíbia, e a fíbula na face lateral 
decúbito ventral ou dorsal  o feixe central no meio da tíbia  tracionar o
membro pélvico caudalmente, atenção ao alinhamento do membro

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o Projeção médio-lateral  vemos a fíbula escondida na tíbia, o corpo da fíbula


fica sobreposto a tíbia  decúbito lateral  feixe central no meio da tíbia 
incluir fêmur e tarso  abduzir/afastar o membro contra-lateral  atenção ao
alinhamento da tíbia em relação a placa

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 TARSO
o Projeção dorso-plantar  decúbito ventral, com o feixe central no meio do tarso
 tracionar o membro cranialmente  paciente pode ficar sentado também 
nessa projeção vamos ter sobreposição do calcâneo

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o Projeção médio-lateral  decúbito lateral  feixe central no meio do tarso 


incluir tíbia e metatarsos  abduzir/afastar o membro contra-lateral  nessa
projeção vemos o calcâneo bem definido e tem a sobreposição dos metatarsos
(“dedos sobrepostos”)

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DESENVOLVIMENTO ÓSSEO

 Os ossos são compostos basicamente de cálcio e fósforo


 Os osteoblastos depositam matéria óssea e são responsáveis pela ossificação
 Tem regiões que produzem mais osteoblastos e tem uma maior ossificação
 Para o osso crescer precisa de cálcio e fosforo

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 Quando tem uma fratura no osso, precisa de uma proliferação óssea para formar o
calo ósseo e ter a consolidação.
 A ossificação entre a epífise e a metáfise se dá em idades diferentes, conforme a
raça, espécie e osso  tem o disco de crescimento e com o decorrer do tempo
tem a ossificação dessa cartilagem e não tem mias esse disco  imagem acima da
esquerda mostra o disco de crescimento entre a epífise e a metáfise e na imagem
da direita já mostra a ossificação, sem o disco de crescimento mais.

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 Radiograficamente, vemos o desenvolvimento ósseo como na imagem acima. 


um filhote de 4 semanas é ruim de analisar radiograficamente, pois vai ter uma
menor densidade óssea e vamos ter uma separação muito grande dos ossos nos
locais do disco de crescimento podemos nos confundir com fraturas  conforme as
semanas vão passando vai tendo uma diminuição da linha radioluscente (disco de
crescimento) como na cabeça do fêmur na imagem acima, por exemplo

 Imagem acima, vamos vendo a consolidação cada vez mais intensa com o passar
do tempo
 Precisamos saber os locais dos discos de crescimento para saber diferenciar de
lesões e porque esses discos são suscetíveis a sofrer lesões

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 REAÇÃO ÓSSEA:

o A reação óssea pode ser proliferativa (produção óssea) ou lítica (perda óssea)
o Produção óssea  vamos ter uma reação periostal  o periósteo que é a
membrana que reveste o osso, vai produzir mais osso  podemos ter osteofito ou
entesófito, esclerose, ou calo ósseo  aumento de osso, vai ficar radiopaco
o Perda óssea  vamos ter uma reação lítica, perda de tecido ósseo  vai ficar
mais radioluscente  pode ser uma Osteólise (perda óssea local) ou osteopenia
(perda óssea generalizada)
o REAÇÃO PERIOSTAL
 Periósteo  osteoblastos ao longo do periósteo
 Se tiver uma lesão, vai ter uma produção óssea, pois o periósteo tenta
consertar o problema  essa produção óssea vai ter a função de
preenchimento dessa lesão, esse preenchimento tem vários estágios e várias
formas
 Formação do calo ósseo  se forma para “consertar” uma fratura

 O osso normalmente tem que ser liso/uniforme e na primeira imagem abaixo


estamos vendo uma descontinuidade óssea indicando uma fratura, aparece
também um fragmento ósseo e conseguimos ver que tem uma nuvem
radiopaca na volta desse fragmento, isso é uma reação óssea, é o osso
tentando se recuperar  com o passar do tempo o osso tentando se
recuperar cada vez mais fica como na segunda imagem abaixo, já tem um
preenchimento, já está tudo radiopaco (branco) , isso é a produção óssea é
um calo ósseo  no inicio de uma fratura, a reação começa devagar para ir
preenchendo o espaço que precisa para a consolidação, então tem estágios
dessa reação

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 Formas  podemos ter uma produção óssea, uma reação lisa/definida, ou


uma mal definida, vamos avaliar as margens dessa produção óssea  se
temos uma margem lisa, podemos suspeitar de uma lesão menos agressiva,
mais branda, um processo inativo  se temos uma produção óssea com
margens irregulares ou mal definidas, podemos pensar em um processo mais
agressivo e ativo  então as margens podem sugerir se o processo é muito
agressivo ou menos agressivo  processos agressivos podemos relacionar
com tumores ósseos, com processos infecciosos e inflamatórios.

 Imagem abaixo são os padrões, as formas da reação periostal  vamos


avaliar as margens  margens lisas como a primeira, indica uma lesão mais
inativa, uma lesão como a ultima (conhecida como raio de sol - sunburst), tem
as margens extremamente irregulares, um processo desorganizado, isso sugere
uma proliferação óssea bem agressiva provavelmente um tumor ósseo  o
triangulo de codman (segunda figura) é quando temos o periósteo levantado
e temos uma produção óssea entre o periósteo e a cortical, causa lise da
cortical sugerindo um processo agressivo, geralmente tumor ósseo rugosa (3ª

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imagem) tem as margens um pouco irregulares, mas em tanto  a laminar (4ª


imagem) tem uma margem lisa  escova de dentes (5ª imagem)  paliçada
e espiculada (6 e 7 figuras) não são tão agressivas apesar de irregulares, não
causam uma lise óssea como o raio de sol , no raio de sol tem perda da
cortical (como mostra a figura), tem lise da cortical assim como no triangulo
de codman

 A proliferação óssea vai ser radiopaca, e sempre temos que definir as margens
para tentar sugerir no laudo se é uma lesão agressiva ou não
 Quando a margem é desigual ou irregular  sugere lesão agressiva, de rápido
crescimento  temos a perda de definição da cortical, tem uma lise da
cortical  tumores ósseos, por exemplo, aparece a forma radiada (sol
radiado, raio de sol) a partir do centro da lesão e espiculada com destruição
cortical

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 Quando não tem uma forma definida, um padrão, chamamos de amorfa


como na imagem abaixo  crescimento muito rápido, processo muito
agressivo  periósteo rompido, com reação óssea desorganizada, em diversas
direções  há diversos focos mineralizados, margens mal definidas e
destruição cortical

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 Importante sempre analisarmos a cortical, para ver se tem lise óssea e se a


margem é irregular  se é bem desorganizada = agressiva
 Imagens abaixo  vemos a cortical do osso integra geralmente lembra
colunas perpendiculares ao córtex; ocorre em fase menos ativa da doença; o
córtex geralmente está intacto  é irregular, mas geralmente não causa a lise
da cortical

 Imagem abaixo  Triangulo de coldman  resulta na elevação do periósteo


 área mineralizada (radiopaca) em forma de cunha, pequena e sólida na
periferia da lesão  Margens mal definidas  o córtex abaixo do triangulo de
coldman pode estar intacto

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 OSTEÓFITOS E ENTESÓFITOS  REAÇÃO PERIOSTAL


o Reação óssea proliferativa do periósteo, encontrada nas articulações, são
proliferações ósseas  geralmente estão relacionadas a processos
degenerativos (são vistos em doenças degenerativas), que é um processo
crônico  se desenvolvem nas margens periféricas das cartilagens articulares
(osteófitos), causado por algum dano a cartilagem, leva a mineralização da
cartilagem e ao desenvolvimento de um esporão ósseo periarticular  se
desenvolvem em áreas de inserção de tendões, ligamentos, capsulas articulares
e fáscias (entesófitos), causado por tensão crônica anormal ou trauma, causa
mineralização do tecido fibroso e formação de esporão ósseo
o O osteófito vai estar bem na articulação  então vamos ter uma proliferação
óssea bem na articulação
o O entesófito vai estar um pouco mais afastado, ele fica na região de inserção de
ligamento ou tendão
o Chamados comumente de esporão ósseo
o Ambos estão relacionadas com doenças degenerativas, e com lesões repetitivas

o Muito comum de ver em artroses


o Sinais clínicos  dor e claudicação, ou nenhum sinal

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o Imagem abaixo mostrando um esquema de ligamentos e tendões (que não


aparecem no raio x) e na ultima imagem aparece uma radiografia de um
entesófito pois sabemos que é uma região de inserção de ligamento aquela
proliferação óssea

 Imagem abaixo  Sempre temos que avaliar a integridade do osso, temos que ver
se a superfície dele está lisa  tem uma região nesse osso (cabeça do fêmur) , que
não está lisa, tem algo erado ali = displasia coxofemoral

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 Imagem abaixo  Sempre temos que avaliar a integridade do osso, temos que ver
se a superfície dele está lisa  tem uma proliferação óssea ali, não está bem liso e é
bem na articulação = osteófito

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 OSTEOESCLEROSE  reação proliferativa


o Esclerose = aumento de radiopacidade óssea = proliferação óssea
o Pode ser focal ou generalizada
o Resulta em doenças metabólicas, estresse ósseo, trauma.

o Por exemplo, esclerose entre as epífises cranial e caudal


de T1 e T2 = proliferação óssea entre as vértebras
o Vai ocorrer também em alguns casos de lesões repetitivas
o Generalizada  o osso se torna grosso, denso, porém
frágil, sujeito a fraturas patológicas
o Focal  circundam áreas de infecção (mecanismo de
defesa ósseo), geralmente associada a alterações
inflamatórias em uma articulação  aparece como uma
borda fina de opacidade aumentada, adjacente a uma
lesão (enquanto o corpo tenta bloquear a doença) ou na
superfície subcondral perto da superfície articular

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o Aparece como uma área mais radiopaca

o Imagem acima = osteófito na vertebra junto com esclerose (área mais radiopaca
que o resto da vertebra)
 RESPOSTA ÓSSEA  OSTEOPENIA (perda óssea)
o Diminuição da radiopacidade, não vamos enxergar o osso tão
branco/radiopaco  pode ser local ou generalizada (não ocorre muito, ocorre
mais por alguma alteração metabólica como uma alimentação inadequada,
causando osteopenia em todos os ossos)

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o Imagem acima  o osso está com a densidade parecida com a do musculo ao


redor, está quase da mesma cor  (na seta preta tem uma fratura )
o Uma osteopenia local, pode ser por desuso do membro, por exemplo 
Osteopenia por desuso geralmente afeta a porção distal do membro
o Podem ser causadas por traumatismo, desuso, doença metabólica, infecção ou
neoplasia
o Só é detectada se 30 a 50% de seu conteúdo mineral for perdido
o Superexposição radiográfica pode simular patologia
o O osso se torna mais fraco ocasionando mais fraturas = fraturas patológicas
pode causar também deformidades ósseas de crescimento
o A opacidade óssea fica diminuída
o O contraste entre o osso e tecidos moles é diminuído
o A porção cortical é fina, com pouca definição da medular
o O osso trabecular parece mais largo e mais poroso
 RESPOSTA ÓSSEA  OSTEÓLISE (perda óssea)
o Também é uma resposta óssea a alguma patologia
o Ocorre a lise óssea, perda óssea  diminuição da radiopacidade óssea em uma
área restrita (localizada/focal)
o O padrão da osteólise reflete a agressividade da doença (assim como as
margens da proliferação óssea )
o Uma lise óssea com margens definidas, lisas  sugere uma lesão menos
agressiva, como as imagens abaixo

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o Uma lise óssea com margens irregulares  sugere uma lesão mais agressiva,
como a imagem abaixo mostra.

o Padrões  geográfico (menos agressivo)  comido por traça (mais agressivo) 


permeável (muito agressivo)  mas normalmente no laudo colocamos reação
óssea lítica e proliferativa, com margens irregulares (sugestivo de tumor ósseo) ou
regulares

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o Imagem acima indica lise óssea, perda da densidade do osso, estão mais
radioluscente/preto  o íleo quase nem aparece mais as duas radiografias
acima são uma reação óssea lítica e proliferativa também (nuvem em volta,
depois da cortical)

o Imagem acima, vemos a cortical, e uma diminuição da densidade óssea, não


está tão branco/radiopaco o osso  nessa imagem vemos várias áreas
radioluscentes dentro do osso, isso indica lise óssea

ALTERAÇÃO DE TAMANHO ÓSSEO


 Não é muito frequente
 Pode ocorrer por traumatismos ou doenças principalmente na fase de crescimento
 exemplo um filhote que teve alguma lesão no disco de crescimento, causando o
fechamento do disco de crescimento e os outros continuam crescendo
normalmente causando uma deformação  fazer o raio x dos dois membros para
comparar
 Os ossos podem possuir tamanho e contorno anormais
 Fechamento prematuro da placa de crescimento faz com que o osso afetado seja
mais curto do que o normal e acaba afetando os ossos adjacentes
 Valgus = angulação que se afasta da linha mediana do corpo
 Varus = angulação em direção a linha mediana

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AULA 4 – CCD1 – N2

 Imagem acima  a ulna parou de crescer e o radio continuou crescendo


formando uma angulação no membro  projeções das radiografias é médio-lateral
e crânio-caudal mostrando a angulação

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