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BÁSICA
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença
DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto
DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Caroline da Silva Marques
Eduardo Alves de Oliveira
Jéssica Eugênio Azevedo
Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
Hugo Batalhoti Morangueira
Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira
Carlos Henrique Moraes dos Anjos
Kauê Berto
Pedro Vinícius de Lima Machado
Thassiane da Silva Jacinto
FICHA CATALOGRÁFICA
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
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AUTORA
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a) à disciplina de Anatomia Humana!
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
Introdução ao Estudo da Anatomia
Humana e Aparelho Locomotor
UNIDADE 2
Sistemas Cardiovascular, Linfático e
Respiratório
UNIDADE 3
Sistema Nervoso
UNIDADE 4
Sistemas Digestório, Urinário e Genital
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1
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UNIDADE
INTRODUÇÃO
AO ESTUDO DA
ANATOMIA HUMANA
E APARELHO
LOCOMOTOR
Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
Plano de Estudos
• Introdução ao Estudo da Anatomia Humana;
• Sistema Esquelético
• Sistema Articular
• Sistema Muscular
Objetivos da Aprendizagem
• Definir anatomia humana;
• Identificar os níveis de organização estrutural do corpo humano e
as terminologias anatômicas;
• Definir os três sistemas que formam o aparelho locomotor: Siste-
mas esquelético, articular e muscular;
• Compreender as funções e classificações dos sistemas
esquelético, articular e muscular.
INTRODUÇÃO
O estudo da anatomia humana é extremamente interessante por proporcionar a
compreensão da constituição do corpo e como ele funciona, permitindo a você adquirir
conhecimentos que serão fundamentais na aplicação clínica após sua formação como
profissional da área da saúde.
Portanto, na unidade I iniciaremos nosso estudo a partir da introdução ao estudo
da anatomia humana através da definição, terminologia anatômica e planos de secção do
corpo humano que fornecerá embasamento para a compreensão dos tópicos seguintes.
Posteriormente, iniciaremos o estudo do aparelho locomotor através do estudo de três
sistemas: esquelético, articular e muscular. A respeito do sistema esquelético será abordado
suas funções, composição, formatos e classificações. O sistema articular, estudaremos a
definição e as classificações articulares. E finalizamos, estudando o sistema muscular que
é tão complexo e fascinante ao mesmo tempo, mas veremos de maneira simples e de fácil
entendimento as funções e classificações musculares.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA
ANATOMIA HUMANA
Assim como toda ciência, a anatomia também possui sua linguagem própria para
descrever o organismo e suas partes, a padronização nos termos foi necessária pois no
Ao estudar uma região corporal é mostrada uma secção do mesmo. Uma secção é
um corte do corpo ou de um de seus órgãos feito ao longo de um dos planos anatômicos
descritos acima. É importante conhecer o plano da secção para compreender a relação
anatômica de uma parte com a outra. A Figura 1 exemplifica três principais planos de
secção: sagital, frontal e transversal, através de visões diferentes do corpo.
SISTEMA ESQUELÉTICO
O tecido ósseo é composto por dois tipos de osso, o osso compacto e o osso
esponjoso. Diferencia-se pela quantidade de material sólido e pelo número e tamanho dos
espaços que eles contêm, sendo que a proporção de osso compacto e esponjoso varia de
acordo com a função do osso (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
O osso esponjoso localiza-se no interior do osso e seu aspecto esponjoso se deve a
presença de espaços entre as lamínulas ósseas que são chamadas de trabéculas ósseas. Em
algumas partes o osso esponjoso é substituído por uma cavidade medular que abriga a medula
óssea amarela (armazena gordura) ou vermelha, responsável pela função hematopoiética
(produção de células sanguíneas e plaquetas) (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
● Diáfise: é a haste longa do osso (corpo do osso). Ela é composta principalmente por
tecido ósseo compacto, proporcionando resistência ao osso longo.
● Epífises: são as extremidades de um osso longo e locais onde um osso se articula
a um segundo osso, formando uma articulação. Cada epífise é coberta com uma fina
camada de cartilagem hialina, chamada cartilagem articular.
● Linha epifisial: Localiza-se entre a diáfise e cada epífise de um osso longo adulto.
É um sinal da lâmina epifisial, que é um disco de cartilagem hialina responsável pelo
crescimento ósseo (alongamento do osso) durante a infância.
● O periósteo (periósteo = em torno do osso) é uma membrana de tecido conjuntivo
que recobre os ossos externamente, responsável por irrigar os ossos com nervos e
vasos sanguíneos, por isso sentimos dor ao fraturar um osso. O periósteo fornece
pontos de inserção para os tendões e ligamentos que se unem a um osso.
SISTEMA
ARTICULAR
3.1 Definição
As articulações são definidas como sendo o ponto de contato entre dois ossos,
entre osso e cartilagem ou entre osso e dente, com formas e funções variadas. Algumas
articulações não possuem movimento, outras permitem pequenos movimentos, enquanto
outras têm mobilidade livre. (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
3.2 Classificação
As articulações são formadas por tecido fibroso (tecido conjuntivo denso não
modelado), nestas articulações as superfícies dos ossos estão quase em contato direto
e a maioria das articulações fibrosas são imóveis ou ligeiramente móveis. Há três tipos
principais de articulações fibrosas:
● Suturas: As suturas estão presentes apenas nos ossos do crânio, mantendo os
ossos firmemente unidos e consideradas funcionalmente como articulações imóveis
(sinartrose). Os tipos de suturas existentes são: plana, escamosa e denteada.
● Sindesmose: A sindesmose é um tipo de articulação fibrosa, une os ossos
com uma lâmina de tecido fibroso, podendo ser um ligamento ou uma membrana
fibrosa que une ossos (membrana interóssea).
● Gonfose ou também chamada de sindesmose dentoalveolar: é uma arti-
culação fibrosa onde ocorre à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na man-
díbula e maxilas, é um processo semelhante a um pino encaixando-se em uma ca-
vidade entre a raiz do dente e o processo alveolar da maxila.
As sindesmoses e gonfoses são classificadas funcionalmente como anfiartroses, por
realizar pequenos movimentos (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY;
AGUR, 2014).
SISTEMA
MUSCULAR
4.1 Conceitos
4.3 Funções
Os músculos podem ser classificados de acordo com seu formato relacionado com
a disposição das fibras musculares.
● Músculos peniformes: A disposição das fibras musculares são parecidas com penas.
E podem ser classificados como, semipeniformes, peniformes ou multipeniformes.
Exemplo: M. extensor longo dos dedos (semipeniforme), M. reto femoral (peniforme)
e M. deltoide (multipeniforme).
Prezado(a) aluno(a),
Neste material, busquei trazer para você os aspectos gerais da anatomia humana que
servirá de base para o estudo dos temas subsequentes, fornecendo conhecimento de termos
técnicos-científicos utilizados rotineiramente nos estudos. Posterior, a esta apresentação
inicial, iniciamos os estudos da anatomia macroscópica sistêmica que consiste no estudo
detalhado dos sistemas que formam o corpo humano. Nesta abordagem, definimos e
destacamos as funções de três sistemas: sistema esquelético, articular e muscular. Com
base na contextualização de cada sistema acredito que tenha ficado claro a você que a
forma didática de estudar a anatomia é através das classificações dos sistemas. No caso do
sistema esquelético, classificamos os ossos de acordo com as características morfológicas
que é o aspecto que este osso apresenta. Contudo, o sistema articular é classificado de
duas formas: de acordo com a funcionalidade da articulação, que diz respeito ao grau de
movimento que a mesma executa (imóvel, ligeiramente móvel ou movimentos livres) e a
estrutura da articulação (qual tecido à compõem). E por fim, abordamos a classificação dos
músculos de acordo com a forma que o músculo se apresenta que depende da disposição
das fibras musculares.
A partir de agora acreditamos que você está preparado para dar continuidade aos
estudos dos próximos sistemas anatômicos que servirá de base para a compreensão de
outras disciplinas, como a fisiologia que estudará de forma detalhada a funcionalidade de
cada sistema e finalizamos com as classificações que são formas didáticas de apresentação
das estruturas anatômicas.
INTRODUÇÃO
CASO
LIVRO
Título: Gray - Anatomia Clínica para Estudantes
Autor: Richard Drake.
Editora: Guanabara Koogan.
Sinopse: O Gray Anatomia Clínica para Estudantes, foca pre-
cisamente nas informações que você necessita para estudar
Anatomia, em um formato fácil de ler e visualmente atraente
que facilita o estudo.
FILME/VÍDEO
Título: Introdução à Anatomia
Ano: 2020.
Sinopse: O vídeo aborda os aspectos introdutórios à anatomia
humana, destacando o conceito e apresenta a terminologia
anatômica.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5c3Pp-
-b7uwc.
SISTEMAS
CARDIOVASCULAR,
LINFÁTICO E
RESPIRATÓRIO
Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
Plano de Estudos
• Sistema Cardiovascular
• Sistema Linfático
• Sistema Respiratório
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar o sistema cardiovascular e conhecer os elementos que
compõem estes sistemas (sangue, coração e vasos sanguíneos);
• Identificar a morfologia externa e interna do coração;
• Compreender a circulação pulmonar e sistêmica;
• Conceituar o sistema linfático;
• Definir os vasos linfáticos, tecidos e órgãos linfáticos;
• Conceituar o sistema respiratório e identificar seus órgãos.
INTRODUÇÃO
Nesta unidade vocês aprenderão sobre o sistema cardiovascular, linfático e
respiratório. O sistema circulatório compreende o estudo de dois sistemas, o sistema
cardiovascular e o linfático. Iniciaremos falando sobre o sistema cardiovascular que é
formado pelo coração e vasos sanguíneos que trabalham em conjunto com o objetivo de
manter o sangue circulando no nosso corpo. A circulação sanguínea é promovida pela ação
do bombeamento do coração que impulsiona o sangue a sair do coração em direção as
artérias, estas por sua vez se ramificam até se tornarem capilares sanguíneos, que irrigam
os tecidos corporais transportando pelo sangue oxigênio e nutrientes, e também promove
o transporte de dióxido de carbono (CO2) e resíduos celulares que se difundem dos tecidos
para a corrente sanguínea. Além do oxigênio, fica a cargo do sistema cardiovascular a
realização do transporte de outras substâncias como, hormônios até seus órgãos-alvo,
bem como, de células de defesa do corpo para locais específicos de combate à infecção.
Com relação ao sistema linfático, ele também é considerado parte do sistema circulatório,
sendo composto por vasos linfáticos, órgão linfáticos e um líquido que flui através dos vasos
linfáticos. Este líquido é proveniente da drenagem do líquido intersticial (líquido que banha
as células) que ao adentrarem os vasos linfáticos, recebe o nome de linfa. A linfa percorre
o trajeto por vasos linfáticos, passando por linfonodos, que são estruturas que abrigam
células que destroem agentes estranhos patogênicos presentes na linfa, promovendo seu
retorno ao sangue.
Finalizaremos estudando sobre as estruturas anatômicas do sistema respiratório, e
a função primordial deste sistema que consiste em realizar a troca de gases (oxigênio e dió-
xido de carbono) com o ar atmosférico, garantindo a concentração de oxigênio no sangue
necessária para as realizações das reações metabólicas celulares, bem como, promover
a eliminação de gases residuais, resultantes dessas reações que são representadas pelo
gás carbônico.
SISTEMA
CARDIOVASCULAR
O coração é um órgão muscular oco, um pouco maior do que uma mão fechada e
considerado o maior órgão do mediastino (região localizada entre os dois pulmões) cuja
função é de bombear o sangue através do sistema cardiovascular. A contração cardíaca
é chamada de sístole e o relaxamento do coração é chamado de diástole. O coração tem
forma de cone, localiza-se no tórax com seu ápice voltado para o lado esquerdo do corpo,
posterior ao osso esterno e as cartilagens costais e apoiado sobre o diafragma (Figura 2)
(MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O coração é revestido por uma membrana externa que protege o coração e mantém
sua posição no mediastino, embora permita a realização de movimentação de contrações
rápidas e vigorosas (Figura 2). O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio
fibroso e pericárdio seroso (Figura 3).
A parede do coração é formada por três camadas (Figura 3): o epicárdio (camada
externa), o miocárdio (camada intermediária) e o endocárdio (camada interna).
● Epicárdio: Camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O
epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericár-
dio, denominado camada visceral do pericárdio seroso.
● Miocárdio: É a camada média e a mais espessa do coração, composto por músculo
estriado cardíaco que permite a contração rápida e vigorosa do coração impulsionando o
sangue que saí do coração em direção aos vasos sanguíneos.
● Endocárdio: É a camada interna do coração uma fina camada de tecido composto
por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. O endocárdio
também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que
entram e saem do coração (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Os vasos sanguíneos formam uma rede de tubos por onde o sangue circula em
direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração e são divididos em: artérias, veias e
capilares.
As artérias são os vasos sanguíneos que partem do coração e vão se ramificando
em menor calibre, até atingirem os capilares que irrigam os tecidos do corpo. Enquanto
que, as veias são os vasos sanguíneos que chegam ao coração trazendo o sangue da
periferia do corpo para o coração. Já os capilares sanguíneos são vasos de menor calibre
(muito finos) responsáveis por chegar efetivamente até as células do corpo para realizar as
trocas de gases, nutrientes e resíduos. Esta passagem de sangue através do coração e dos
vasos sanguíneos é chamada de circulação sanguínea.
SISTEMA
LINFÁTICO
O sistema linfático é composto por uma rede de vasos linfáticos que transportam um
líquido chamado linfa, e diversas estruturas e órgãos linfáticos (baço, linfonodos e timo). O
sistema linfático apresenta três funções principais:
● Drenagem do excesso de líquido intersticial: O líquido intersticial é o líquido
que banha as células do corpo, esta função é responsável pela conexão entre o
sistema linfático e o sistema circulatório cardiovascular. O sistema linfático devolve
o excesso de líquido para o sistema vascular sanguíneo através da drenagem do
líquido intersticial realizado pelos vasos linfáticos e o transporta para a corrente
sanguínea, devolvendo ao sangue.
● Desempenhar respostas imunes: O sistema imune protege o organismo contra
agentes causadores de doenças atuando no combate às infecções, conferindo
imunidade às doenças.
● Transportar lipídios oriundos da dieta: Os vasos linfáticos transportam lipídios e
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema digestório (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
A linfa é transportada dos capilares linfáticos para os vasos linfáticos que chegam aos
linfonodos. Ao sair dos linfonodos os vasos linfáticos unem formando troncos linfáticos
responsáveis por drenar a linfa de uma região específica do corpo.
UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO 42
Os principais troncos linfáticos são:
● Troncos lombares: drenam a linfa dos membros inferiores, pelve, rins, glândulas
suprarrenais e da parede abdominal.
● Tronco intestinal: drena a linfa do estômago, intestinos, pâncreas, baço e parte do
fígado.
● Troncos broncomediastinais: drenam a linfa da parede torácica, pulmão e coração.
● Troncos subclávios: drenam os membros superiores.
● Troncos jugulares: drenam a cabeça e o pescoço.
A linfa é drenada dos troncos linfáticos para dois vasos linfáticos maiores, chamados
ducto torácico e ducto linfático direito, que drenam a linfa para o sangue venoso.
O ducto torácico começa com uma dilatação chamada cisterna do quilo que recebe
a linfa dos troncos lombar direito, esquerdo e do tronco intestinal. No pescoço, o ducto
torácico também recebe a linfa dos troncos jugular esquerdo, subclávio esquerdo e
broncomediastinal esquerdo. Desta maneira, o ducto torácico é responsável por receber
a linfa do lado esquerdo da cabeça, do pescoço, do tórax, do membro superior esquerdo
e de todo o corpo abaixo das costelas, e proporciona a drenagem da linfa para o sangue.
Todavia, o ducto linfático direito recebe a linfa do lado superior direito do corpo através dos
troncos jugular direito, subclávio direito e broncomediastinal direito, drenando a linfa para
o sangue venoso desembocando nas veias do pescoço jugular interna direita e subclávia
direita (Figura 8) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Classificamos em dois grupos de acordo com suas funções em: os órgãos linfáticos
primários e secundários. Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea (dá origem a
linfócitos B maduros e a células T) e o timo. Já os órgãos e tecidos linfáticos secundários,
são os locais em que ocorre a maior parte das respostas imunes e incluem: os linfonodos,
o baço e os nódulos linfáticos (folículos). A seguir abordaremos os conceitos gerais sobre
os principais órgãos linfáticos.
2.3.1 Timo
O timo é um órgão linfático primário, bilobado (possui dois lobos) e localiza-se entre o
esterno e a aorta (região do mediastino), envolto por tecido conjuntivo que mantém os dois
lobos unidos (Figura 9). Cada lobo do timo é formado por um córtex externo de coloração
escura e uma medula central de coloração mais clara. Na região do córtex contém uma
grande quantidade de linfócitos T que migram da medula óssea para o córtex do timo,
onde se proliferam e começam a maturar. Posteriormente, os linfócitos T que saem do
timo pelo sangue para colonizar os linfonodos, baço e outros tecidos linfáticos (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
2.3.2 Linfonodos
2.3.3 Baço
O baço é uma estrutura oval, maior massa de tecido linfático do corpo, tendo
aproximadamente 12 cm de comprimento. Sua face superior é lisa e convexa que permite o
encaixe perfeito à face côncava do diafragma. Localiza-se entre o estômago e o diafragma
(região do hipocôndrio esquerdo) (Figura 11).
Assim como os linfonodos, o baço também possui um hilo por onde chegam à artéria
esplênica, a veia esplênica e os vasos linfáticos eferentes. No interior do baço observa-
se o parênquima do baço, composto por dois tipos diferentes de tecido chamados de
polpa branca e polpa vermelha (Figura 12). A polpa branca é composta por tecido linfático
(linfócitos e macrófagos) organizados ao redor da artéria esplênica (que na polpa branca
recebe o nome de artérias centrais). Já, a polpa vermelha é composta por veias cheias
de sangue e por diversas células como: eritrócitos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos e
granulócitos.
SISTEMA
RESPIRATÓRIO
As células do corpo humano utilizam oxigênio (O2) para realizar reações metabólicas
e produção de ATP que são essenciais para sua sobrevivência. Em contrapartida, estas
reações produzem metabólitos como, o dióxido de carbono (CO2) que precisam ser
eliminados do organismo pois o acúmulo de CO2 promove a acidez do pH sanguíneo sendo
tóxico para as células. É competência do sistema respiratório realizar as seguintes funções:
1) Promover a troca gasosa promovendo a captação do O2 do meio externo para dentro
do organismo e eliminar o CO2 do meio interno para o meio atmosférico.
2) Regular o pH sanguíneo através da eliminação do CO2, impedindo a acidificação do
pH que é letal para as células.
3) Promover a filtragem do ar inspirado e produzir sons (laringe).
O sistema respiratório é constituído pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios
e pelos pulmões (Figura 13). Classificamos o sistema respiratório de acordo com sua
estrutura ou função. Estruturalmente, o aparelho respiratório é formado por duas partes:
1) O sistema respiratório superior que inclui o nariz, a cavidade nasal, a faringe e
laringe;
2) O sistema respiratório inferior inclui a laringe, a traqueia, os brônquios e os
pulmões.
Funcionalmente, dividimos o sistema respiratório em duas partes denominadas de:
1) Região condutora do ar: cuja função é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para
os pulmões. É composto por várias estruturas tubulares e incluem: o nariz, a cavidade nasal,
a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos terminais;
cuja função é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para os pulmões.
2) A zona respiratória é formada por estruturas anatômicas onde ocorrem as trocas gasosas.
3.2.1 Nariz
O nariz é o primeiro órgão do sistema respiratório caracterizado por uma parte externa
visível no centro da face e uma parte interna (intracraniana) chamada de cavidade nasal.
O nariz externo é constituído por osso e cartilagem hialina recoberta por músculo e pele, é
revestida por túnica mucosa e permite a entrada do ar no trato respiratório através de duas
aberturas chamadas narinas, localizadas na face inferior do nariz e flui para a cavidade
nasal. Os pelos do interior das narinas filtram partículas grandes de poeira evitando sua
inalação
A cavidade nasal é a escavação encontrada no interior do nariz, e dividida pelo septo
nasal em dois compartimentos, direito e esquerdo. A cavidade nasal se funde ao nariz
permitindo a comunicação com a faringe por meio de duas aberturas chamadas de cóanos.
É na cavidade nasal que acontece a filtragem do ar retendo partículas menores,
umedecido e aquecido do ar. Na parede lateral da cavidade nasal encontram-se as conchas
nasais que são divididas em superior, média e inferior (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
A faringe é um tubo com início na região do coáno e une as cavidades nasal e oral
respectivamente com a laringe e o esôfago, por isso consideramos que a faringe seja um órgão
que pertence tanto ao sistema respiratório quanto ao sistema digestório, pois ela permite
a passagem de ar e alimento. Contudo, dividimos a faringe em três regiões anatômicas:
nasofaringe, orofaringe e laringofaringe (Figura 14) (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
3.2.3 Laringe
3.2.4 Traqueia
3.2.5 Brônquios
Cada pulmão tem um ápice (extremidade superior arredondada) e uma base que fica
apoiado sobre o diafragma. O pulmão apresenta três faces:
a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para
a superfície interna da cavidade torácica.
b) Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a
cúpula diafragmática.
c) Face Mediastinal (face medial): é a face que possui uma região côncava
onde se acomoda o coração. E encontra-se a região denominada hilo pulmonar
através da qual vasos sanguíneos, brônquios, vasos linfáticos e nervos entram e
saem do pulmão (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Cada pulmão é envolvido por uma membrana serosa de dupla camada que protege
cada pulmão. A pleura possui duas membranas contínuas: pleura visceral e a pleura parietal. A
Pleura Visceral reveste os próprios pulmões aderindo-se intimamente à superfície pulmonar,
torna a superfície do pulmão lisa e escorregadia, permitindo o livre movimento sobre a
pleura parietal. Enquanto, a pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, aderindo-se
à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. É mais espessa do que a pleura visceral,
e durante cirurgias e dissecção de cadáver, pode ser separada das superfícies que reveste.
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, chamado
cavidade pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, esse líquido reduz
o atrito entre as túnicas, permitindo o fácil deslizamento das pleuras durante a respiração
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O sangue é o rio da vida dentro de nós, transportando quase tudo o que precisa ser transportado de um
lugar para o outro no corpo. (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Prezado(a) aluno(a),
O sistema linfático é constituído por vasos linfáticos que transportam a linfa, tecido
linfático e órgãos linfáticos que estão envolvidos na luta do corpo contra a doença. Os
órgãos linfáticos e o sistema imune atendem bem as pessoas até a velhice, quando sua
eficiência é afetada sua capacidade para combater a infecção diminui. Essa diminuição na
função parece ser proveniente de uma diminuição na produção e capacidade de resposta
das células T e B
Abordaremos algumas condições patológicas que afetam o sistema linfático:
● A esplenomegalia é caracterizada pelo aumento do baço,
resultante de doenças que afetam o sangue como, por exemplo: mononucleose,
malária, leucemia, entre outras. Seu diagnóstico clínico baseia-se na
observação do aumento do baço, percebido através da palpação do abdome.
● Linfadenopatia é a doença dos linfonodos definida por
alterações nas características do linfonodo como resultado da invasão de sua
estrutura por células inflamatórias ou neoplásicas. Diversas condições estão
associadas com a ocorrência da linfadenopatia, seu diagnóstico baseia-se
no exame físico e anamnese como roteiro diagnóstico para solicitar exames
complementares. É uma condição associada com linfoma, tumor do tecido
linfático de característica benigna ou maligna. No câncer linfático o linfonodo-
sentinela é o primeiro linfonodo que recebe a linfa drenada de uma área do
corpo suspeita de ter um tumor. Quando examinado quanto a presença de
células cancerosas, esse linfonodo fornece a melhor indicação da ocorrência
ou não de metástase através dos vasos linfáticos.
● Tonsilite: As tonsilas são intumescências da mucosa que
reveste a faringe, composta por tecido linfático, atua combatendo a invasão
do organismo por agentes patogênicos que adentram pela via respiratória
(ar inalado) e oral (alimentos). Existem quatro grupos de tonsilas: 1) Tonsilas
palatinas localiza-se na parede lateral da faringe, posterior à boca e ao
palato (“céu-da-boca”). São as maiores tonsilas, as que normalmente são
infectadas e precisam ser removidas com frequência durante a infância, em
um procedimento cirúrgico chamado tonsilectomia. 2) Tonsila lingual situa -se
na superfície posterior da língua. 3) Tonsila faríngea conhecida por adenoides,
localiza-se no teto faríngeo. 4) Tonsila tubária situa-se posteriormente ao óstio
faríngeo da tuba auditiva.
A tonsilite é a congestão das tonsilas, causadas por bactérias infectantes
que adentram a via oral levando a inflamação das tonsilas que ficam vermelhas
e inchadas (aumentam de tamanho) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014;
DIDIER NETO; KISO, 2013).
LIVRO
Título: Gray - Anatomia Clínica para Estudantes
Autor: Richard Richard Drake
Editora: Guanabara Koogan
Sinopse: O Gray 's Anatomia Clínica para Estudantes, foca pre-
cisamente nas informações que você necessita para estudar
Anatomia, em um formato fácil de ler e visualmente atraente
que facilita o estudo.
FILME/VÍDEO
Título: SISTEMA CARDIOVASCULAR - Anatomia e Fisiologia -
Prof. Emerson Inácio
Ano: 2021
Sinopse: O sistema cardiovascular, também conhecido como
sistema circulatório, realiza o transporte de substância no nosso
corpo. Esse sistema é subdividido em sistema sanguíneo e siste-
ma linfático. Neste vídeo você aprenderá sobre a organização do
sistema cardiovascular, anatomia do coração e vasos sanguíneos
e a fisiologia da circulação sanguínea.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/results?search_
query=sistema+cardiovascular+anatomia
SISTEMA NERVOSO
Plano de Estudos
• Sistema Nervoso Central (SNC)
• Sistema Nervoso Periférico (SNP)
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar o sistema nervoso central e periférico;
• Identificar a divisão do sistema nervoso;
• Identificar o tecido nervoso, os tipos de neurônios e a classificação
dos neurônios;
• Identificar os componentes do sistema nervoso central e periférico.
INTRODUÇÃO
Nesta unidade vocês irão aprender sobre o sistema nervoso que é extremamente
fascinante e atua de forma complexa, sendo responsável por nossas percepções,
comportamentos, memórias e controle dos movimentos voluntários e involuntários exercidos
pelo corpo humano. O sistema nervoso é dividido em: sistema nervoso central, que é aquele
localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral) que compreende
o encéfalo e a medula espinal, respectivamente; e o sistema nervoso periférico, localizado
no esqueleto apendicular, que é formado pelos nervos e gânglios.
O sistema nervoso se relaciona com o organismo e com o meio ambiente através
da comunicação estabelecida pelas conexões sensitivas e motoras. A conexão neuronal
sensitiva (aferente) é responsável por captar o estímulo (por exemplo, dor e calor) externo e
o transmite para sistema nervoso central que processa a informação e produz uma resposta
que é conduzida pela via eferente (neurônios motores) até o órgão efetor que pode ser os
músculos estriados esqueléticos onde a resposta será a contração muscular.
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
O tecido nervoso é constituído por dois tipos de células que são: os neurônios e
a neuróglia ou também chamada de células gliais. Ambas são células estruturalmente
diferentes de acordo com sua localização no SNC ou no SNP e divergem nas funções.
Os neurônios são as unidades estruturais e funcionais do sistema nervoso que atingem
grandes comprimentos, especializados para a comunicação rápida por apresentarem
excitabilidade elétrica que é a capacidade de responder a um estímulo e convertê-lo em um
potencial de ação (impulso nervoso) que é um sinal elétrico que se propaga pela membrana
do neurônio.
As células da neuróglia são células menores que ocupam os espaços entre os
neurônios com a função de fornecer suporte, nutrição e proteção aos neurônios e continua
se dividindo durante toda a vida do indivíduo e difere dos neurônios por não propagar
potenciais de ação. Existem 6 tipos de células da neuróglia, sendo 2 encontradas apenas
no SNP (células de Schwann e células satélites) e 4 pertencentes ao SNC e são elas
(Figura 3):
As estruturas que compõem os neurônios são: corpo celular, axônio e dendritos que
são prolongamentos que conduzem os impulsos que entram e saem do corpo celular. O
axônio neuronal é revestido com uma camada de lipídios e substâncias proteicas chamada
bainha de mielina, a mielina proporciona um aumento da velocidade na condução do
impulso nervoso (Figura 4).
A comunicação entre os neurônios é chamada de sinapses e ocorre por meio de
neurotransmissores que são substâncias químicas liberadas por um neurônio e atuam
estimulando ou inibindo outro neurônio, permitindo a continuidade ou interrupção à
transmissão de impulsos. Os neurônios possuem características estruturais e funcionais
diferentes que determinam sua classificação.
1.3.2.2 Classificação Funcional: Diz respeito à direção para qual o impulso nervoso
(potencial de ação) é transmitido no SNC.
● Neurônios sensitivos ou aferentes: Contêm receptores sensitivos em suas
extremidades distais (dendritos) e quando um estímulo apropriado ativa um receptor
sensitivo, ele gera um potencial de ação que percorre seu axônio sendo transportado
para o SNC por nervos cranianos e espinais. A maioria dos neurônios sensitivos é
classificado estruturalmente como unipolares.
● Neurônios motores ou eferentes: São responsáveis por transportar os potenciais
de ação para fora do SNC em direção a órgãos efetores (músculos e glândulas)
localizados na periferia do corpo (SNP) por meio de nervos cranianos e espinais. Os
neurônios motores estruturalmente são do tipo multipolares.
1.4 Encéfalo
O tronco encefálico situa-se entre o diencéfalo conectando-se à medula espinal (Figura 7).
As funções do tronco encefálico são:
1. É uma via de passagem que recebe e envia informações motoras e sensitivas para
o cérebro.
2. Recebe ou emite fibras nervosas que formam os nervos cranianos, sendo que dos
12 pares de nervos cranianos 10 estão conectados a ele.
3. Produz comportamentos rigidamente programados e automáticos, necessários para
a sobrevivência.
4. Integra os reflexos auditivos e visuais.
O tronco encefálico apresenta três regiões: o bulbo, a ponte e o mesencéfalo, estas três
estruturas juntas correspondem a 25% da massa encefálica (MARIEB; WILHELM; MALLA-
TT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2014).
O bulbo tem forma de um cone, é a parte mais caudal do tronco encefálico e sua
extremidade menor conecta-se com a medula espinhal, no entanto, não tem uma região
demarcando o local de separação entre medula e bulbo por isso, considera-se o limite
correspondente ao nível do forame magno do osso occipital.
O bulbo apresenta duas cristas longitudinais chamadas pirâmides (Figura 8), formada
por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do
cérebro aos neurônios motores da medula espinal, as fibras nervosas cruzam obliquamente
o plano mediano formando a decussação das pirâmides que é responsável por fazer com
que o hemisfério cerebral direito controle o lado esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral
esquerdo controle o lado direito. Isso fica evidente em casos de lesão encefálica à direita,
onde o corpo será acometido em toda sua metade esquerda.
O bulbo abriga o centro de controle de órgãos e funções importantes, como: o centro
respiratório (regulando o ritmo respiratório), o centro vasomotor e o centro do vômito. Pelo
fato de o bulbo conter a presença dos centros respiratórios e vasomotor as lesões nesta
estrutura encefálica são extremamente perigosas, o que explica a gravidade de fratura na
base do crânio (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
1.6 Diencéfalo
1.6.1 Tálamo
1.6.2 Hipotálamo
1.6.3 Epitálamo
A medula espinal é uma massa de tecido nervoso em formato cilíndrico que se estende
do bulbo até a margem superior da segunda vértebra lombar e fica abrigada dentro do canal
vertebral. Ela contém substância cinzenta localizada por dentro da branca e apresenta a
forma de uma borboleta, ou de um H (Figura 16). Nos adultos a medula espinal varia entre
42 a 45 cm de comprimento (MARTINI; TIMMONS; TALLITSH, 2009).
A medula espinal é uma via para transmissão de informação ao encéfalo ou a partir
dele e também integra e processa informações. São observadas na medula espinal duas
intumescências: a intumescência cervical, que se estende da quarta vértebra cervical (C IV)
até a primeira vértebra torácica (TI). Os nervos dos membros superiores são provenientes
desta região. E a intumescência lombar (da nona até a décima segunda vértebra torácica
(T XII) que originam os nervos dos membros inferiores.
1.9 Meninges
SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO (SNP)
O sistema nervoso periférico (SNP) é composto por nervos espinais (parte da medula
espinal) e nervos cranianos (originam-se no encéfalo). Os nervos são feixes de axônios de
neurônios que apresentam função motora (leva a informação do SNC para o órgão efetor,
produzindo uma resposta) ou dos dendritos que são fibras sensitivas (capta o estímulo e
leva para ser processado pelo SNC).
Divisão do SNP de acordo com as funções das fibras nervosas sensitivas e motoras
(Figura 17).
Os nervos cranianos se originam no encéfalo e são doze pares no total. Cada nervo
craniano tem sua nomenclatura própria de acordo com a distribuição ou a função dos
nervos, mas também recebe uma numeração (número romano) que indicam a ordem, na
qual os nervos se originam no encéfalo (Figura 19).
A superfície da medula apresenta sulcos que fazem conexão com pequenos filamentos
nervosos que se unem formando as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinais.
Os nervos espinais são vias de comunicação entre a medula espinal e regiões
específicas do corpo. Cada par de nervos espinais surge de um segmento espinal,
responsável por conferir a nomeação dos nervos espinais de acordo com o segmento
nos quais estão localizados. Existem 31 pares de nervos espinais sendo distribuídos da
seguinte forma: 8 cervicais (C1–C8), 12 torácicos (T1–T12), 5 lombares (L1-L5), 5 sacrais
(S1–S5) e 1 coccígeo (Co1).
Os nervos espinais se ramificam a partir da medula espinal e se projetam lateralmente
saindo do canal vertebral através dos forames intervertebrais. Contudo, os nervos das
regiões lombar, sacral e coccígea não saem da coluna vertebral, as raízes destes nervos
espinais ficam semelhantes a uma cauda de um cavalo, atribuindo o nome às raízes destes
nervos de cauda equina (TORTORA; DERRICKSON 2016).
Com apenas 2 kg de peso, cerca de 3% do peso corporal total, o sistema nervoso é um dos menores, porém
mais complexos sistemas corporais, contém bilhões de neurônios e de um número ainda maior de células
da neuroglia (TORTORA; DERRICKSON, 2014).
Prezado(a) aluno(a),
LIVRO
Título: Anatomia Humana
Autor: Frederic H. Martin, Michael J. Timmons, Robert B.
Tallitsch.
Editora: Artmed.
Sinopse: A Coleção Martini foi especialmente pensada para
proporcionar ao leitor o melhor recurso didático para ensino
e aprendizagem da Anatomia. Para isso, foram reunidos o
livro-texto Anatomia humana, que se destaca pela riqueza de
detalhes visuais e por um texto extremamente didático, o Atlas
do corpo humano – um atlas fotográfico cuja objetividade é seu
ponto alto.
FILME/VÍDEO
Título: Sistema Nervoso | Prof. Paulo Jubilut
Ano: 2019
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_prsD-
Dg_cJM
SISTEMAS
DIGESTÓRIO,
URINÁRIO E
GENITAL
Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
Plano de Estudos
• Sistema Digestório
• Sistema Urinário
• Sistema Genital Masculino
• Sistema Genital Feminino
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar os sistemas digestório, urinário e
reprodutor masculino e feminino;
• Compreender os principais aspectos anatômicos dos órgãos que
constituem cada sistema;
• Estabelecer a importância dos sistemas para a manutenção da vida
humana.
INTRODUÇÃO
Quantas vezes escutamos durante nossa infância sobre a importância dos alimentos?
Ou o quanto é importante a ingestão de água diariamente? Todos os sistemas do nosso
corpo exercem um papel fundamental para a manutenção da vida. O sistema digestório,
por exemplo, é responsável desde a quebra do alimento em moléculas menores permitindo,
assim, que nossas células possam absorver os nutrientes, até a formação das fezes. Já o
sistema urinário realiza a filtragem do sangue e, como consequência desse processo, elimina
restos metabólicos através da urina. Além disso, o sistema reprodutor tem características
distintas entre os gêneros, mas ambos contribuem na produção dos gametas e permitem,
assim, a reprodução e a continuação da espécie humana.
Caro estudante, nesta unidade vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre
os sistemas digestório, urinário e reprodutor. Sendo, o objetivo principal desta unidade é
proporcionar a compreensão das funções e os aspectos anatômicos relevantes de cada
órgão que os compõem.
SISTEMA
DIGESTÓRIO
A cavidade oral é formada pelas bochechas que terminam nos lábios, palato duro
(parte anterior do céu da boca), palato mole (parte posterior do céu da boca) e língua. O
palato é uma parede que separa a cavidade oral da cavidade nasal, e forma o céu da boca e
sua presença permite mastigar e respirar ao mesmo tempo. Pendurada na margem livre do
palato mole está localizada uma estrutura muscular chamada úvula. Durante a deglutição,
o palato mole e a úvula são atraídos superiormente, fechando a parte nasal da faringe e
impedindo que os alimentos e líquidos ingeridos entrem na cavidade nasal (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
O primeiro órgão do tubo digestório é a boca e a digestão mecânica dos alimentos
que ocorre neste local é chamada de mastigação onde o alimento é manipulado pela
língua, triturado pelos dentes e misturado com a saliva, a fim de deixá-lo com um pequeno
tamanho e permitindo-o ser facilmente engolido. Essa massa formada recebe o nome de
bolo alimentar. Já a digestão química envolve a ação de enzimas, como a amilase salivar
e a lipase lingual.
1.2.1 Dentes
1.2.3 Língua
1.3 Faringe
1.5 Estômago
Após descer pelo esôfago, o bolo alimentar chega no estômago, o órgão mais dis-
tensível do sistema digestório. Ele está localizado entre o esôfago e o intestino delgado e
na maioria das pessoas possui formato da letra “j”, voltado para o lado esquerdo do corpo.
Quando vazio, o estômago apresenta grandes rugas denominadas pregas gástricas, mas
que diminuem ou desaparecem quando o estômago está distendido (MOORE; DALLEY;
AGUR, 2014).
O estômago realiza digestão química e mecânica, além da absorção de algumas
substâncias, como álcool e medicamentos. Ele possui quatro partes. Vejamos a seguir:
As fezes são compostas por água, sais inorgânicos, células epiteliais da túnica
mucosa do canal alimentar, bactérias e produtos da decomposição bacteriana, materiais
digeridos e não absorvidos e partes não digeríveis de alimentos e sua eliminação se dá por
meio da defecação (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Agora que já conhecemos o papel exercido pelo intestino delgado e o intestino
grosso, vejamos, na Figura 1, a anatomia dos dois órgãos.
O pâncreas faz partes dos órgãos acessórios, assim como o fígado e a vesícula
biliar. O pâncreas é uma glândula mista com cerca de 12 a 15 cm localizado atrás da
curvatura maior do estômago e geralmente está ligado ao duodeno por meio de ductos,
ducto colédoco e ducto pancreático.
SISTEMA
URINÁRIO
Como já visto acima, por meio do sistema digestório, o organismo obtém substâncias
importantes para o corpo e que foram perdidas ou utilizadas. A principal função do sistema
urinário é regular o volume e a composição do líquido extracelular. Assim, o processo de
excreção é uma consequência desta regulação e ao longo deste tópico abordaremos os
órgãos que constituem este sistema cuja função é imprescindível para manutenção da
homeostasia do corpo humano.
2.1. Rins
2.2. Ureteres
A bexiga urinária é um órgão cuja função é o armazenamento da urina até esta ser
eliminada do corpo. Nos homens, ela está localizada anteriormente ao reto e, nas mulheres,
anteriormente à vagina e inferior ao útero. A capacidade média da bexiga urinária é de
aproximadamente 300 a 700 ml.
UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL 99
No seu assoalho tem-se uma pequena área triangular chamada trígono da bexiga.
Os dois cantos posteriores desse trígono contêm os dois óstios dos ureteres e a abertura
da uretra, chamada de óstio interno da uretra (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A micção
ocorre por meio de uma combinação de contrações musculares involuntárias e voluntárias.
A musculatura da bexiga faz com que, no momento da micção, o óstio interno da uretra
se abre e os óstios dos ureteres se fechem, evitando então que ocorra refluxo de urina da
bexiga em direção aos rins.
2.4 Uretra
SISTEMA GENITAL
MASCULINO
3.2 Testículos
O escroto é uma estrutura que se encontra pendurada na raiz do pênis e tem a função
de suportar os testículos e epidídimos. Ele tem a aparência de uma pequena bolsa de pele
e está separada em porções por uma divisão chamada rafe do escroto. Internamente, o
septo do escroto se divide em dois sacos onde cada um contém um testículo. O septo do
escroto é constituído por uma tela subcutânea e tecido muscular chamado músculo dartos,
que é composto de feixes de fibras de músculo liso e importante para a termorregulação
testicular. Associado a cada testículo no escroto está o músculo cremaster, uma continuação
do músculo oblíquo interno do abdome (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Por estar localizado externamente ao corpo humano, o escroto é capaz de manter
a sua temperatura 2-3 graus abaixo da temperatura corporal normal, o que é fundamental
para a produção normal dos espermatozoides.
3.5 Uretra
3.7 Pênis
O pênis é uma estrutura que contém a uretra e é composto por um corpo, uma
glande (extremidade distal e sua margem é chamada de coroa da glande) e uma raiz (parte
fixa presa ao períneo). Recobrindo a glande em um pênis não circuncidado está o prepúcio
do pênis.
O corpo do pênis é constituído por três massas cilíndricas de tecido erétil, cada uma
circundada por tecido fibroso chamado de túnica albugínea. As duas massas dorsolaterais
são chamadas de corpos cavernosos, e a massa média ventral menor, chamada de corpo
esponjoso (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
SISTEMA GENITAL
FEMININO
4.2 Ovários
Os ovários são gônadas femininas com formato oval e tamanho semelhantes aos de
uma amêndoa, nos quais se desenvolvem os ovócitos (gametas ou células germinativas
femininas) e também responsáveis pela produção dos hormônios progesterona e estrógeno
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
As mulheres possuem dois ovários que estão localizados na pelve, em depressões
denominadas de fossas ováricas e medindo cerca de 3 cm de comprimento cada. Eles
estão presos ao útero e à cavidade pélvica por meio de ligamentos. Cada um é suspenso
por uma curta prega peritoneal chamada mesovário. O ligamento suspensor do ovário é
outra prega peritoneal por onde vasos sanguíneos, linfáticos e os nervos ovarianos entram
e saem. Medialmente ao mesovário, o ligamento útero-ovárico curto fixa o ovário ao útero
(TORTORA; DERRICKSON, 2016; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Internamente, os ovários são revestidos pelo epitélio germinativo e contém a região
do córtex, onde se encontram os folículos ovarianos primários contendo os ovócitos, e o
estroma, feito de tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. A mulher já nasce com todos os
ovócitos que serão produzidos durante a sua vida.
Perto dos ovários estão localizadas as tubas uterinas, que se estendem lateralmente
a partir do útero. Possuem cerca de 10 cm de comprimento e são as responsáveis pela
condução do ovócito, que é liberado mensalmente durante a vida fértil, para o útero. As
tubas uterinas podem ser divididas em quatro partes:
4.4 Útero
O útero é um órgão muscular oco, ímpar, com paredes espessas onde ocorre a
implantação de um óvulo fertilizado e o desenvolvimento do feto durante a gestação e parto.
Para isso, o útero possui paredes musculares que se adaptam para o crescimento do feto e
também garantem a força para a sua expulsão durante o parto (MOORE, 2014). Durante os
ciclos reprodutivos, quando essa implantação não ocorre, ele é a fonte do fluxo menstrual.
O útero está localizado entre a bexiga urinária e o reto e possui tamanho e formato
de uma pera pequena. Embora possa variar muito, no geral, ele possui cerca de 7,5 cm de
comprimento, 5 cm de largura e 2 cm de espessura.
O útero apresenta três regiões distintas: fundo do útero, corpo do útero e colo do
útero. O corpo do útero é separado do colo pelo istmo do útero, um segmento estreitado e
medindo cerca de 1 cm de comprimento. Já o colo do útero (ou cérvix do útero) é dividido em
uma porção supravaginal, localizada entre o istmo e a vagina, e uma porção vaginal, a qual
circunda o óstio do útero. Juntos, o canal do colo do útero e o lúmen da vagina constituem
o canal de parto, onde o feto atravessa ao fim da gestação (TORTORA; DERRICKSON,
2016; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O útero está fixado à cavidade pélvica por meio de algumas estruturas, sendo o ligamento
útero-ovárico que se fixa ao útero póstero inferiormente à junção útero tubárica; o ligamento
redondo do útero o qual fixa-se anteroinferiormente a essa junção; e o ligamento largo do útero,
que também ajuda a manter o útero em posição (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
Para melhorar o entendimento, veja na figura abaixo (Figura 5) cada componente
referente ao sistema genital feminino estudado até agora.
4.5 Vagina
O termo pudendo feminino refere-se aos órgãos genitais externos da mulher. Fazem
parte desse grupo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014):
● Monte do púbis: é uma elevação de tecido adiposo recoberta por pele e pelos
pubianos, localizada anteriormente às aberturas vaginal e uretral.
● Lábios maiores do pudendo: são duas pregas de pele recobertas por pelos
pubianos, e possuem tecido adiposo, glândulas sebáceas e sudoríparas apócrinas.
● Lábios menores do pudendo: são as duas pregas menores localizadas medialmente
aos lábios maiores e não possuem pelos e gordura, mas possuem glândulas sebáceas
e poucas glândulas sudoríparas.
● Clitóris: pequena massa cilíndrica formada por dois corpos cavernosos, nervos
e vasos sanguíneos. Está localizado na junção anterior dos lábios menores do
pudendo.
● Vestíbulo da vagina: região entre os lábios menores. No seu interior contém o hímen
(quando existe), o óstio da vagina (abertura para o exterior), o óstio externo da uretra
(abertura da uretra para o exterior) e as aberturas dos ductos de diversas glândulas.
● Bulbo do vestíbulo: par de massas alongadas de tecido erétil que se enchem de
sangue durante a excitação sexual estreitando o óstio da vagina.
Por fim, o períneo corresponde a área em forma de diamante posicionada medialmente
às coxas e às nádegas, em ambos os sexos, e contém os órgãos genitais externos e o ânus.
Quando está sendo produzido, o leite passa dos alvéolos por vários túbulos
secundários e, em seguida, para os ductos mamários. Próximo do mamilo, os ductos
mamários se expandem discretamente para formar seios chamados seios lactíferos, para
onde o leite será drenado para um ducto lactífero e, então, transportados para o exterior
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada pela bactéria Escherichia coli,
presente no intestino e importante para a digestão. No trato urinário, porém, essa bactéria pode infectar
a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins (pielonefrite). Outros microrganismos também podem
provocar cistite. Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à cistite. No entanto, ela ocorre mais nas
mulheres porque as características anatômicas femininas favorecem sua ocorrência. A uretra da mulher,
além de muito mais curta que a do homem, está mais próxima do ânus. Nos homens, depois dos 50 anos, o
crescimento da próstata provoca retenção de urina na bexiga e pode causar cistite (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2021).
LIVRO
Título: Gray´s, atlas de anatomia.
Autor: DRAKE, R.L.; VOGL, A.W.; MITCHELL, A.W.M.; TIBBITTS,
R.M.; RICHARDSON, P.E.
Editora: Elsevier
Sinopse: Este livro apresenta imagens didáticas das estruturas
anatômicas de cada sistema do corpo humano. Além disso,
demonstra a correlação com imagens clínicas apropriadas e
anatomia de superfície, permitindo melhor entendimento do
profissional em relação às estruturas estudadas.
FILME/VÍDEO
Título: Rins: o grande filtro do nosso corpo
Ano: 2019.
Sinopse: Os rins são os órgãos responsáveis por filtrar as im-
purezas do nosso corpo. Este vídeo mostra quais são os hábitos
que você precisa adotar e/ou abandonar para mantê-los sempre
saudáveis e funcionando bem.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=C6WhwWfRL-
RA
Neste material, busquei trazer para você de forma resumida e didática os principais
conceitos utilizados na disciplina de anatomia humana, definição dos sistemas e os órgãos
que formam o corpo humano. Inicialmente, abordamos o conteúdo introdutório da anatomia
humana, conceituando termos utilizados pelos anatomistas e que são fundamentais para
a compreensão da literatura técnica-científica. Seguimos, abordando os seis níveis de
organização do corpo humano e para facilitar o estudo da anatomia humana neste material
nos baseamos no estudo da anatomia sistêmica, que é uma das formas didáticas de
estudo desta disciplina que caracteriza o estudo na descrição aprofundada das partes que
compõem um sistema específico do corpo humano.
Desta forma, apresentei a você três sistemas do corpo humano: sistema esquelético,
articular, muscular que juntos formam o aparelho locomotor que é responsável pela
movimentação do corpo. Abordamos, as funções básicas destes sistemas e as estruturas
anatômicas que os compõem como: ossos, articulações e músculos. Demos sequência aos
estudos focando no sistema circulatório que recebe este nome por promover a circulação
de um meio líquido (sangue ou linfa) através de uma rede de tubulações denominadas
vasos. Caso o líquido transportado seja o sangue fluindo pelos vasos sanguíneos, temos o
sistema cardiovascular. A circulação sanguínea ocorre graças a ação do bombeamento do
coração que impulsiona o sangue a sair do coração em direção as artérias, estas por sua
vez se ramificam até se tornarem capilares sanguíneos que irrigam os tecidos corporais
transportando pelo sangue oxigênio e nutrientes, e também promove o transporte de
dióxido de carbono (CO2) e resíduos celulares que se difundem dos tecidos para a corrente
sanguínea. Contudo, o outro sistema promove a circulação de um líquido denominado linfa
através de tubulações agora chamados vasos linfáticos, temos a caracterização do sistema
linfático. Todavia, como apresentado a você que o objetivo da circulação sanguínea é
promover aos tecidos o suprimento de nutrientes e oxigênio garantindo assim a manutenção
do tecido celular. Apresentei a você as estruturas anatômicas do sistema respiratório cuja
função primordial é realizar a troca dos gases (oxigênio e dióxido de carbono) com o ar
atmosférico, garantindo a concentração de oxigênio no sangue necessária para a realização
das reações metabólicas celulares.
Com base neste conteúdo abordado, considero que a partir de agora você está
preparado para seguir adiante com os estudos de outras disciplinas que farão de você no
futuro um profissional capacitado para desenvolver as mais diversas funções atribuídas aos
profissionais da área da saúde.
DRAKE, R. Gray - Anatomia Clínica para Estudantes. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan. 3º ed, 2015.
DRAKE, R.L.; VOGL, A.W.; MITCHELL, A.W.M.; TIBBITTS, R.M.; RICHARDSON, P.E.
Gray´s, atlas de anatomia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
MOORE, K.L.; DALLEY, A.F.; AGUR, A.M.R. Anatomia orientada para a clínica. 7ª ed. Rio
de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2014.
115
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
Praça Brasil , 250 - Centro
CEP 87702 - 320
Paranavaí - PR - Brasil
TELEFONE (44) 3045 - 9898